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CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

Do Preâmbulo, Dos Objetivos E Dos Direitos E Garantias Fundamentais

Conteúdo Programático Legislação Educacional para Concurso da Educação MG – Carga Horária: 21 aulas
Wellington Campos
AULA 2

DO PREÂMBULO, DOS OBJETIVOS E DOS DIREITOS E GARANTIAS


FUNDAMENTAIS – ART. 1° AO 5°

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo do Estado de Minas Gerais, fiéis aos ideais de liberdade
de sua tradição, reunidos em Assembleia Constituinte, com o propósito de instituir ordem
jurídica autônoma, que, com base nas aspirações dos mineiros, consolide os princípios esta-
belecidos na Constituição da República, promova a descentralização do Poder e assegure
o seu controle pelos cidadãos, garanta o direito de todos à cidadania plena, ao desenvolvi-
mento e à vida, numa sociedade fraterna, pluralista e sem preconceito, fundada na justiça
social, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição:
Há um Julgado do Supremo Tribunal Federal (STF), com relação a este Preâmbulo,
acerca do trecho “sob a proteção e Deus”.
Segundo a Constituição Federal (CF), que é a lei maior, o Estado é laico, ou seja, o Brasil
não tem uma religião oficial. A CF protege a liberdade do cidadão crer ou não crer em algo.
Até o ateísmo tem amparo na proteção constitucional.
A expressão “sob a proteção de Deus” está no preâmbulo tanto da CF e se repete nas
Constituições Estaduais.
O STF considerou que esta expressão “sob a proteção de Deus” não ofende o Estado
laico de Direito, que os Estados poderiam reproduzir, nas suas Constituições, essa expres-
são “sob a proteção de Deus”, por não se constituir numa ofensa para aqueles que não acre-
ditam em Deus porque o Preâmbulo não possui força normativa.
O Preâmbulo é apenas e tão somente uma nota de introdução de um documento que vai
criar direitos e obrigações, mas que no próprio Preâmbulo não cria direitos e, muito menos,
obrigações.
Por ser um elemento formal desprovido de eficácia jurídica, o Preâmbulo não poderia ser
paradigma de controle de constitucionalidade. Este é o entendimento do STF.

Obs.: O Preâmbulo é um elemento formal desprovido de eficácia jurídica,


segundo o STF.
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TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º – O Estado de Minas Gerais integra, com autonomia político-administrativa, a República


Federativa do Brasil.

O Estado de Minas Gerais, assim como os demais Estados membros, fazem parte de
um bloco federativo, onde a Federação tem como marca um pacto indissolúvel dos Estados,
Distrito Federal (DF) e Municípios.
A FEDERAÇÃO é uma forma de Estado que, na CF brasileira, é marcada pelo pacto
indissolúvel.
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§ 1º – Todo o poder do Estado emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos da Constituição da República e desta Constituição.

O poder exercido pelos representantes é a forma indireta do modelo democrático e,


quando exercido pelo povo, é direto.
Esta é a definição do regime de governo que é classificado como de democracia semidi-
reta: ora decide o povo, ora decidem os representantes.

§ 2º – O Estado se organiza e se rege por esta Constituição e leis que adotar, observados os prin-
cípios constitucionais da República.

O Estado de Minas Gerais, como um ente federativo, tem autonomia de se organizar pela
sua Constituição e pelas suas leis, possui autonomia administrativa, autonomia política.

Dos Objetivos

Art. 2º – São objetivos prioritários do Estado:


I – garantir a efetividade dos direitos públicos subjetivos;
II – assegurar o exercício, pelo cidadão, dos mecanismos de controle da legalidade e legitimidade
dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos;
III – preservar os valores éticos;
IV – promover a regionalização da ação administrativa, em busca do equilíbrio no desenvolvimento
das coletividades;
V – criar condições para a segurança e a ordem públicas;
VI – promover as condições necessárias para a fixação do homem no campo;
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VII – garantir a educação, o acesso à informação, o ensino, a saúde e a assistência à maternidade,


à infância, à adolescência e à velhice;
VIII – dar assistência ao Município, especialmente ao de escassas condições de propulsão so-
cioeconômica;
IX – preservar os interesses gerais e coletivos;
X – garantir a unidade e a integridade de seu território;
XI – desenvolver e fortalecer, junto aos cidadãos e aos grupos sociais, os sentimentos de pertinên-
cia à comunidade mineira em favor da preservação da unidade geográfica de Minas Gerais e de
sua identidade social, cultural, política e histórica;
XII – erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais e regionais.

Todos os objetivos começam com verbos no infinitivo, como indicativo de AÇÃO, como
indicativo de que a implementação e políticas públicas devem ser executadas para atingir
essas metas.

Obs.: Os objetivos são denominados NORMAS PROGRAMÁTICAS que são metas


para o futuro.

A implementação desses objetivos, necessariamente, depende de políticas públicas do


Estado de Minas Gerais com vistas à sua concretização.
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Do desmembramento do Estado

Art. 3º – O território do Estado somente será incorporado, dividido ou desmembrado, com aprova-
ção da Assembleia Legislativa.

Este artigo precisa ser complementado com a CF, que estabelece as regras de desmem-
bramento, incorporação e criação de novos Estados e também de novos Municípios.
Regras da CF para criação, desmembramento ou divisão do Estado (art. 18, § 3º da CF):

• Ouvir a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (parecer opinativo). Art. 48, da CF.
• Plebiscito popular: se positivo (não vincula o Congresso Nacional), se negativo (vin-
cula o Congresso Nacional);
• Edição de Lei Complementar Federal.
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TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Art. 4º – O Estado assegura, no seu território e nos limites de sua competência, os direitos e ga-
rantias fundamentais que a Constituição da República confere aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País.
§ 1º – Incide na penalidade de destituição de mandato administrativo ou de cargo ou função de
direção, em órgão da administração direta ou entidade da administração indireta, o agente público
que deixar injustificadamente de sanar, dentro de noventa dias da data do requerimento do inte-
ressado, omissão que inviabilize o exercício de direito constitucional.
§ 2º – Independe do pagamento de taxa ou de emolumento ou de garantia de instância o exercício
do direito de petição ou representação, bem como a obtenção de certidão para a defesa de direito
ou esclarecimento de situação de interesse pessoal.

Nas repartições públicas o cidadão pode solicitar uma Certidão ou fazer uma Petição na
forma de uma representação, na forma de uma reclamação.
Se é na vida administrativa, nos órgãos, nas autarquias, nas empresas públicas, de eco-
nomia mista de Minas Gerais, independe do pagamento de taxas, há gratuidade.
Os Cartórios não são órgãos da Administração Pública, não é uma entidade da Adminis-
tração Pública Indireta de Minas Gerais –Cartório exerce uma atividade de serviço público
por delegação e, por essa razão, os serviços de Cartório são cobrados porque pertencem à
iniciativa privada.

§ 3º – Nenhuma pessoa será discriminada, ou de qualquer forma prejudicada, pelo fato de litigar
com órgão ou entidade estadual, no âmbito administrativo ou no judicial.
§ 4º – Nos processos administrativos, qualquer que seja o objeto e o procedimento, observar-se-
-ão, entre outros requisitos de validade, a publicidade, o contraditório, a defesa ampla e o despa-
cho ou a decisão motivados.
§ 5º – Todos têm o direito de requerer e obter informação sobre projeto do Poder Público, a qual
será prestada no prazo da lei, ressalvada aquela cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado.

A regra é a PUBLICIDADE, a regra é dar publicidade a todos os atos do governo de Minas


Gerais, porém, se o assunto envolver segurança da sociedade e do próprio Estado, surge o
SIGILO como via de exceção.

§ 6º – O Estado garante o exercício do direito de reunião e de outras liberdades constitucionais e a


defesa da ordem pública, da segurança pessoal e dos patrimônios público e privado.
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Sobre o direito de REUNIÃO há pré-requisitos (art. 5º, inciso XVI da CF):

20m • Para fins pacíficos.


• Sem a presença de arma.
• Independe de autorização.
• Exige um prévio aviso à autoridade competente. O STF julgou recentemente que esse
pré-aviso não precisa ser formal por meio de um requerimento. Esse pré-aviso não é
obrigatório porque as manifestações que são espontâneas ou aquelas que são, ampla-
mente, divulgadas, nas redes sociais já asseguram o direito de reunião. A liberdade da
expressão do pensamento também garante o direito de reunião sem prévio aviso.

Caso não tenha sido feito o pré-aviso formal e, ao chegar ao local, outra reunião, marcada
para o mesmo dia, local e horário, cuja pessoa tenha feito o prévio aviso, ela terá preferência.
A CF exige o prévio aviso, mas o STF considerou que esse pré-aviso não é obrigatório,
não precisa ser formal. A divulgação nas redes sociais já é suficiente.

Direitos do preso

Art. 4º (...)
§ 7º – Ao presidiário é assegurado o direito a:
I – assistência médica, jurídica e espiritual;
II – aprendizado profissionalizante e trabalho produtivo e remunerado;

O STF considerou constitucional o pagamento de ¾ do salário mínimo para o presidiário


e que isso não fere a disposição constitucional quanto a ninguém poder receber remunera-
ção inferior a um salário mínimo.
Para ter esse direito, o preso não precisa ter contribuído. A destinação desses ¾ do salá-
rio mínimo podem ser para a família do preso, para pagar alguma indenização, conforme
previsto nas legislações específicas.
Essa é uma prestação que o preso faz para obter uma redução da pena: o preso, a cada
3 dias de trabalho, reduz um dia da pena. O fato dele exercer uma atividade laboral dentro
do sistema penitenciário e receber importância inferior a um salário mínimo, não ofende a CF.
O mesmo ocorre com os recrutas em serviço obrigatório: segundo a Súmula Vinculante
n. 6, o valor pago aos recrutas, abaixo do salário mínimo, não ofende a CF porque se trata
de uma obrigação legal e a todos imposta.
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III – acesso a notícia divulgada fora do ambiente carcerário;

O preso tem o direito de se manter informado. Cabe à organização do presídio trazer


essas informações para o detento.

IV – acesso aos dados relativos à execução da respectiva pena;


V – creche ou outras condições para o atendimento do disposto no art. 5º, inciso L, da Constituição
da República.

Às presidiárias é assegurado o direito de permanecer com os seus filhos durante o perí-


odo da amamentação.
§ 8º – É passível de punição, nos termos da lei, o agente público que, no exercício de suas atribui- ções e
independentemente da função que exerça, violar direito constitucional do cidadão.

Da vedação

Art. 5º – Ao Estado é vedado:


I – estabelecer culto religioso ou igreja, subvencioná-los, embaraçar--lhes o funcionamento ou manter com
eles ou com seus representantes relações de dependência ou de aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público;
II – recusar fé a documento público;
III – criar distinção entre brasileiros ou preferência em relação às demais unidades e entidades da Federação.

ADMINISTRAÇÃO ART. 6º AO 14º - §8TÍTULO III DO ESTADO

CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

Seção I Disposições
Gerais Dos poderes

Art. 6º – São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o


Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Parágrafo único. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, é vedado
a qualquer dos Poderes delegar atribuição e, a quem for investido na função de um
deles, exercer a de outro.

Na União, o Poder Executivo é representado pela presidência da República, nos Estadose DF,
pelas Governadorias e, nos Municípios, pelas prefeituras.
O Poder Legislativo é representado na União pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
Federal, que formam o Congresso Nacional; nos Estados, pela Assembleia Legislativa; no
DF, pela Câmara Legislativa e, nos Municípios, pela Câmara Municipal.
O Poder Judiciário está presente na União e nos Estados. Não há uma autonomia de

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organização judiciária no DF e nos Municípios porque, no DF, quem organiza e mantém o


Judiciário é a União e, nos Municípios, quem organiza o Judiciário é o respectivo Estado.

Dos símbolos e da capital

Art. 7º – São símbolos do Estado a bandeira, o hino e o brasão, definidos em lei.


Art. 8º – A cidade de Belo Horizonte é a Capital do Estado.

Seção II Da Competência do Estado

Art. 9º – É reservada ao Estado a competência que não lhe seja vedada pela
Constituição da República.

É a denominada competência residual ou remanescente.

Art. 10 – Compete ao Estado:


I – manter relações com a União, os Estados Federados, o Distrito Federal e os Municípios;
II – organizar seu Governo e Administração;
III – firmar acordo, convênio, ajuste e instrumento congênere;
IV – difundir a seguridade social, a educação, a cultura, o desporto, a ciência e a tecnologia;
V – proteger o meio ambiente;
VI – manter e preservar a segurança e a ordem públicas e a incolumidade da pessoa e do patrimônio;
VII – intervir no Município, nos casos previstos nesta Constituição;
VIII – explorar diretamente ou mediante concessão os serviços locais de gás canalizado, na
forma da lei;
IX – explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços de transporte rodoviário estadual
de passageiros e de transporte aquaviário que não transponham os limites de seu território, e
diretamente, ou mediante concessão, permissão ou autorização, a infraestrutura e os serviços de
transporte ferroviário que não transponham os limites de seu território;
X – instituir região metropolitana, aglomeração urbana e microrregião;

Região metropolitana é da competência do Estado.

Obs.: Cabe ao Município criar o Distrito.


5m

XI – instituir plano de aproveitamento e destinação de terra pública e devoluta, compatibilizando-o


com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária;
XII – criar sistema integrado de parques estaduais, reservas biológicas, estações ecológicas e
equivalentes, adequado à conservação dos ecossistemas do Estado, para proteção ecológica,
pesquisa científica e recreação pública, e dotá-los dos serviços públicos indispensáveis às suas
finalidades;
XIII – dispor sobre sua divisão e organização judiciárias e divisão administrativa;
XIV – suplementar as normas gerais da União sobre:
a) organização, efetivos, garantias, direitos, deveres, inatividades e pensões da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros Militar;
b) licitação e contrato administrativo na administração pública direta e indireta;
XV – legislar privativamente nas matérias de sua competência e, concorrentemente com a

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União, sobre:
a) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
b) orçamento;
c) junta comercial;
d) custas dos serviços forenses;
e) produção e consumo;
f) florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do ambiente e controle da poluição;
g) proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
h) responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico;
i) educação, cultura, ensino e desporto;
j) criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
l) procedimentos em matéria processual;

Procedimento sobre Direito Processual é o Inquérito policial com competência da


União (Polícia Federal) e dos Estados (Polícia Civil). Legislar sobre Direito
Processual Civil ou Penalé competência somente da União.

m) previdência social, proteção e defesa da saúde;

A Previdência Social existe na União e no Estado e, por essa razão, é concorrente,


masa Seguridade Social é privativa da União.

n) assistência jurídica e defensoria pública;


o) apoio e assistência ao portador de deficiência e sua integração social;
p) proteção à infância e à juventude;
q) organização, garantias, direitos e deveres da Polícia Civil e da Polícia Penal.
§ 1º – No domínio da legislação concorrente, o
Estado exercerá: I – competência suplementar;

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Na omissão da lei federal, o Estado suplementa essa ausência.

II – competência plena, quando inexistir lei federal sobre normas gerais, ficando
suspensa a eficá- cia da lei estadual no que for contrário a lei federal superveniente.

A União faz a norma geral e o Estado faz a norma específica. Se a União não faz a norma
geral, o Estado suplementa a lei federal.
Por exemplo: está valendo a lei do Estado e, posteriormente, vem a União e faz a norma
geral, mas, da forma como foi feita, conflitou com 3 artigos da lei do Estado – esses 3
artigosficam suspensos nos seus efeitos. A lei federal NÃO PODE revogar a lei estadual
porque caracterizaria intervenção federal, que não pode ocorrer porque não tem amparo na
Consti-tuição Federal (CF), seria invasão de competências.

§ 2º – O Estado poderá legislar sobre matéria da competência privativa da União, quando


permitido em lei complementar federal.

Competência Comum

Art. 11 – É competência do Estado, comum à União e ao Município:


I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patri-mônio
público;
II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia do portador de deficiência;
III – proteger os documentos, obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monu-
mentos, paisagens naturais notáveis e sítios arqueológicos;
IV – impedir a evasão, destruição e descaracterização de obra de arte e de outros bens de valor
histórico, artístico ou cultural;
V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;


VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar, com a viabilização
da assistência técnica ao produtor e da extensão rural;
IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e
de saneamento básico;
X – combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, mediante a integração social
dos setores desfavorecidos;
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direito de pesquisa e de exploração de
recursos hídricos e minerais em seu território;
XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Seção III Do Domínio Público

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Art. 12 – Formam o domínio público patrimonial do Estado os seus bens móveis e


imóveis, os seus direitos e os rendimentos das atividades e serviços de sua competência.

Parágrafo único. Incluem-se entre os bens do Estado:


I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, salvo, neste caso,
na forma da lei federal, as decorrentes de obra da União;
II – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
III – os lagos em terreno de seu domínio e os rios que em seu território têm nascente e foz, salvoos de
domínio da União;
IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

É bem do Estado o que não for da União. O que não for da União, é bem do Estado.
Se o rio nasce e morre dentro do próprio Estado, ele é bem do próprio Estado. Se o riocorta
mais de um Estado ou faz fronteira com outros países, é bem da União.

Seção IV Da Administração Pública

Art. 13 – A atividade de administração pública dos Poderes do Estado e a de entidade


descentra- lizada se sujeitarão aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade, eficiên- cia e razoabilidade.

Na LEGALIDADE só se faz o que a lei permite.


Na IMPESSOALIDADE os agentes não podem buscar sua autopromoção.
Na MORALIDADE os agentes devem atuar com ética, honestidade, boa-fé.

Na PUBLICIDADE, os atos devem ser divulgados no Diário Oficial, nos sites


oficiais.
Na EFICIÊNCIA busca-se a economicidade para a administração e a celeridade da pres-
tação do serviço.

Na RAZOABILIDADE, as medidas das penalidades que serão aplicadas devem ser


as estritamente necessárias para inibir novas infrações. Por exemplo, um servidor
de Minas Gerais cometeu uma infração que a lei manda punir com uma
advertência, mas no processoadministrativo ele é punido com demissão. Isso não
é razoável, isso não é proporcional. A punição deve ser na dose certa.

A RAZOABILIDADE também pode ser entendida como duração de processos porque a CF


já estabelece em seu texto que “a todos em processo administrativo judicial é assegurada a
duração razoável dos processos”.

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Da motivação

§ 1º – A moralidade e a razoabilidade dos atos do Poder Público serão apuradas,


para efeito de controle e invalidação, em face dos dados objetivos de cada caso.
§ 2º – O agente público motivará o ato administrativo que praticar, explicitando-lhe
o fundamento
legal, o fático e a finalidade.

Da administração direta

Art. 14 – Administração pública direta é a que compete a órgão de qualquer dos


Poderes do Estado.

Da administração indireta

§ 1º – Administração pública indireta é a que compete:


I – à autarquia, de serviço ou
territorial; II – à sociedade de
economia mista;
III – à empresa pública;
IV – à fundação pública;
V – às demais entidades de direito privado, sob controle direto ou indireto do Estado.

É essa estrutura que vai executar os serviços públicos.


O Estado de Minas Gerais vai se desconcentrar ou vai se descentralizar criando as estru-
turas da Administração Direta ou da Administração Indireta.
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Quando o Estado de Minas Gerais quer manter, sob a sua responsabilidade, a


prestação de serviço, ele vai se DESCONCENTRAR, o que significa distribuição
interna de competên- cias e criação de um órgão público. Esse órgão público não
possui personalidade jurídica. Quando o órgão público comete irregularidades na
prestação do serviço, é o Estado de Minas Gerais que assumirá toda a
responsabilidade que exerce o poder hierárquico sobre esses órgãos.

Quando o Estado de Minas Gerais quer se livrar da responsabilidade, ele desloca o centro, ou
seja, ele DESCENTRALIZA a atividade, que consiste na distribuição externa de compe-
tência, e cria uma entidade administrativa: autarquia, fundação pública, empresa pública ou
uma sociedade de economia mista. O Estado de Minas Gerais faz uma outorga legal: faz um
Projeto de Lei para criar ou autorizar a criação de uma nova personalidade jurídica e todas
as entidades possuem personalidade jurídica.

A lei que cria uma autarquia ou autoriza uma empresa pública transfere para ela a titulari-
dade, ela passa a ter autonomia para decidir porque quem tem autonomia não é subordinado,
não tem poder hierárquico, mas se submete ao controle finalístico, se submete à supervisão
das secretarias estaduais, se submete à tutela ao controle externo, tem que prestar contas
aos tribunais de contas ou estão vinculadas a um órgão público, mas nunca subordinadas.
É assim que surge a estrutura da administração pública, DIRETA e INDIRETA.

Toda essa estrutura criada pelo Estado mineiro tem a missão de executar o serviço público
em prol de toda a coletividade, que pode ser executado de maneira direta ou de maneira
indireta.

§ 2º – A atividade administrativa do Estado se organizará em sistemas,


principalmente a de plane-
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jamento, a de finanças e a de administração geral.
§ 3º – É facultado ao Estado criar órgão, dotado de autonomia financeira e
administrativa, segundo
a lei, sob a denominação de órgão autônomo.

Da lei específica

§ 4º – Depende de lei específica:


I – a instituição e a extinção de autarquia, fundação pública e órgão autônomo;
II – a autorização para instituir, cindir e extinguir a entidade a que se refere o § 14 do art. 36, socie-
dade de economia mista e empresa pública e para alienar ações que garantam o controle dessas
entidades pelo Estado;
III – a autorização para criação de subsidiária das entidades mencionadas neste parágrafo e para
sua participação em empresa privada;

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Este inciso entra em conflito com a CF, mas como não foi declarado
inconstitucional pelo STF, no gabarito para a prova vale o que está determinado na
lei. A criação de subsidiárias, segundo a CF, basta apenas que sejam autorizadas
por lei, mas não exige que a lei seja uma lei específica. A lei que autoriza a criação
de uma subsidiária, que é uma filial, pode tratar deoutros assuntos, segundo a CF.

Este inciso estabelece que, tanto a criação da entidade matriz da empresa pública de

Economia mista quanto da subsidiária, precisa de lei específica.

Segundo a Constituição do Estado de Minas Gerais, a criação de subsidiárias não pode ser
por uma lei genérica, deve ser por uma lei específica. A lei genérica pode tratar de vários
assuntos e a lei específica somente para aquele assunto.

Como não existe uma declaração formal de inconstitucionalidade, preserva-se este


dispositivo.

Obs.: Segundo CF não é necessária lei específica (art. 37, inciso XX da CF).

IV – a alienação de ações que garantam, nas empresas públicas e sociedades de economia mista,
o controle pelo Estado.
§ 5º – Ressalvada a entidade a que se refere o § 14 do art. 36, ao Estado
somente é permitido instituir ou manter fundação com personalidade jurídica de
direito público, cabendo a lei comple- mentar definir as áreas de sua atuação.

As fundações de Minas Gerais mantidas pelo Estado de Minas Gerais são todas pessoas
jurídicas de direito público, mas é possível a criação de fundações de direito privado, exceto
em Minas Gerais, porque há a vedação na Constituição do Estado.

§ 6º – (Revogado pelo art. 3º da Emenda à Constituição n. 75, de 8/8/2006.)


§ 7º – As relações jurídicas entre o Estado e o particular prestador de serviço
público em virtude de
delegação, sob a forma de concessão, permissão ou autorização, são regidas pelo
direito público.
30m § 8º – É vedada a delegação de poderes ao Executivo para criação, extinção ou
transformação de entidade de sua administração indireta.
§ 9º – A lei disciplinará as formas de participação do usuário de serviços públicos
na administração pública direta e indireta, regulando especialmente:
I – a reclamação relativa à prestação de serviços públicos em geral, asseguradas a
manutenção de ser- viços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica,
externa e interna, da qualidade dos serviços; II – o acesso dos usuários a registros

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administrativos e a informações sobre atos de governo, ob- servado o disposto no
art. 5º, X e XXXIII, da Constituição da República;
III – a representação contra negligência ou abuso de poder no exercício de
cargo, emprego ou função da administração pública.

ADMINISTRAÇÃO – ART. 14º §9 AO 19


Art. 14 (...)
§ 10 – A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e das
entidades da administra- ção direta e indireta poderá ser ampliada mediante
instrumento específico que tenha por objetivo a fixação de metas de
desempenho para o órgão ou entidade.

É o contrato de gestão que recentemente mudou a denominação para CONTRATO DE


DESEMPENHO.
As entidades da administração pública indireta podem celebrar com os órgãos e secreta-
rias de Estado esse contrato mediante o qual a secretaria repassa para uma autarquia, por
exemplo, recursos públicos para ampliar a capacidade gerencial, orçamental e financeira
dessa autarquia.
Quando a autarquia ou a fundação têm esse contrato, serão chamadas de AGÊNCIAS
EXECUTIVAS, uma denominação, uma qualificação dada pelo Decreto do Governador.

§ 11 – A lei disporá sobre a natureza jurídica do instrumento a que se refere o § 10


deste artigo e, entre outros requisitos, sobre:
I – o seu prazo de duração;
II – o controle e o critério de avaliação de desempenho;
III – os direitos, as obrigações e as responsabilidades dos dirigentes;
IV – a remuneração do pessoal;
V – alteração do quantitativo e da distribuição dos cargos de provimento em
comissão e das fun- ções gratificadas, observados os valores de retribuição
correspondentes e desde que não altere as unidades orgânicas estabelecidas em
lei e não acarrete aumento de despesa
§ 12 – O Estado e os Municípios disciplinarão, por meio de lei, os consórcios
públicos e os con- vênios de cooperação com os entes federados, autorizando
a gestão associada de serviços pú- blicos bem como a transferência total ou
parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos
serviços transferidos.

Se esse consórcio for uma pessoa jurídica de direito público, será denominada AUTAR-
QUIA MULTIFEDERATIVA, que pertencerá à administração indireta dos Estados e dos Muni-
cípios de Minas Gerais.

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CONSTITUIÇÃO ESTADUAL
Do Preâmbulo, Dos Objetivos E Dos Direitos E Garantias Fundamentais

§ 13 – A transferência ou cessão, onerosa ou gratuita, de pessoal efetivo ou


estável para entidade não mencionada no § 1º deste artigo fica condicionada à
anuência do servidor.
§ 14 – Lei complementar disporá sobre normas gerais de criação, funcionamento
e extinção de conselhos estaduais.

§ 15 – Será de três quintos dos membros da Assembleia Legislativa o quórum


para aprovação de lei que autorizar a alteração da estrutura societária ou a cisão
de sociedade de economia mista e de empresa pública ou a alienação das ações
que garantem o controle direto ou indireto dessas entidades pelo Estado,
ressalvada a alienação de ações para entidade sob controle acionário do poder
público federal, estadual ou municipal.

Dentro deste tema há um Julgado importante do Supremo Tribunal Federal (STF). Uma
sociedade de economia mista pode criar uma subsidiária, uma filial.
Vender as ações dessa filial não significa que vai ocorrer a extinção da entidade matriz.
Por exemplo, a Petrobras é uma sociedade de economia mista da União e possui várias
filiais, como a BR Distribuição, Transpetro. Para transferir o controle acionário de uma das
suas filiais, a Petrobras pode fazer isso sem necessidade de lei autorizativa e de licitação,
pois isso não é desestatização.
5m Segundo o STF, isso é DESINVESTIMENTO. Se a Petrobras continua existindo como
entidade matriz, ela vender ações das suas subsidiárias no mercado, é apenas estratégia de
mercado que ela está implementando, no sentido de crescer ou diminuir.
Para a extinção da entidade matriz Petrobras ou da sociedade de economia mista no
Estado de Minas Gerais é necessária a autorização do Poder Legislativo (quórum de 3/5) e
licitação.

§ 16 – A lei que autorizar a alienação de ações de empresa concessionária ou


permissionária de serviço público estabelecerá a exigência de cumprimento, pelo
adquirente, de metas de qualidade de serviço e de atendimento aos objetivos
sociais inspiradores da constituição da entidade.
§ 17 – A desestatização de empresa de propriedade do Estado prestadora de
serviço público de distribuição de gás canalizado, de geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica ou de saneamento básico, autorizada nos termos
deste artigo, será submetida a referendo popular.

Além da autorização do Poder Legislativo, para poder vender as estatais de Minas Gerais
tem de haver um referendo popular quando forem de distribuição de gás e transmissão de
energia elétrica – deve haver a aprovação da sociedade.

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CONSTITUIÇÃO ESTADUAL
Do Preâmbulo, Dos Objetivos E Dos Direitos E Garantias Fundamentais

Da licitação

Art. 15 – Lei estadual disciplinará o procedimento de licitação, obrigatória para a contratação


de obra, serviço, compra, alienação, concessão e permissão, em todas as modalidades, para a
administração pública direta, autárquica e fundacional, bem como para as empresas públicas e
sociedades de economia mista

A Lei n. 14.133/21 é a nova Lei de Licitação e de contratos, serve para os órgãos,


autar-quias e fundações públicas de Minas Gerais.
A Lei n. 13.303/16 é a Lei das Estatais e se aplica nas licitações das empresas públicas
e também para a sociedade de economia mista.

Dos Princípios

§ 1º – Na licitação a cargo do Estado ou de entidade de administração indireta, observar-se-ão,


entre outros, sob pena de nulidade, os princípios de isonomia, publicidade, probidade adminis-
trativa, vinculação ao instrumento convocatório e julgamento objetivo.
§ 2º – (Suprimido pelo art. 1º da Emenda à Constituição n. 15, de 1/12/1995.)

Da responsabilidade civil

Art. 16 – As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado


prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, sen- do obrigatória a regressão, no prazo
estabelecido em lei, contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa.
10m

Esta é a Teoria do Risco Administrativo.

Na teoria OBJETIVA, o dano independe de dolo ou culpa. Pessoas jurídicas de DIREITO


PÚBLICO (União, Estado, DF, Municípios, autarquias e fundações públicas) e também as
pessoas jurídicas de DIREITO PRIVADO que sejam prestadores de serviço (empresas públi-
cas e sociedades de economia mista).

Na teoria SUBJETIVA, o dano depende de dolo ou culpa para a sua configuração. Pes-
soas jurídicas de DIREITO PRIVADO exploradora de atividade econômica, empresas públi-
cas e sociedades de economia mista. Os agentes públicos também respondem numa AÇÃO

REGRESSIVA se ficar comprovado que da sua conduta houve o dolo ou a culpa. Esta é a

TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO.


Quando é necessário provar o dolo ou culpa para a parte contrária ser condenada, é

TEORIA SUBJETIVA.
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CONSTITUIÇÃO ESTADUAL
Do Preâmbulo, Dos Objetivos E Dos Direitos E Garantias Fundamentais
Quando não é necessário provar dolo ou culpa da parte contrária para que ela possa ser
responsabilizada, é TEORIA OBJETIVA.

Da publicidade

Art. 17 – A publicidade de ato, programa, projeto, obra, serviço e campanha de


órgão público, por qualquer veículo de comunicação, somente pode ter caráter
informativo, educativo ou de orienta- ção social, e dela não constarão nome,
símbolo ou imagem que caracterizem a promoção pessoal de autoridade, servidor
público ou partido político.

Esta é a definição do princípio da IMPESSOALIDADE.

Parágrafo único. Os Poderes do Estado e do Município, incluídos os órgãos que


os compõem, publicarão, trimestralmente, o montante das despesas com
publicidade pagas, ou contratadas naquele período com cada agência ou veículo
de comunicação

Da alienação de bens

15m

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CONSTITUIÇÃO ESTADUAL
Do Preâmbulo, Dos Objetivos E Dos Direitos E Garantias Fundamentais

Art. 18 – A aquisição de bem imóvel, a título oneroso, depende de avaliação prévia e


de autoriza- ção legislativa, exigida ainda, para a alienação, a licitação, salvo nos casos
de permuta e doação, observada a lei.
§ 1º – A alienação de bem móvel depende de avaliação prévia e de licitação,
dispensável esta, na forma da lei, nos casos de:
I– doação; II-
Permuta.

Os bens públicos são inalienáveis. Essa é a regra, mas há exceções. Existe um grupo de bens
denominados de BENS DOMINICAIS: o Código Civil (CC), do art. 98 ao art. 101, dispõe que esses
bens podem ser alienados e eram aqueles bens de uso comum ou de uso especial que passaram
por um processo de DESAFETAÇÃO, retirando do bem a finalidade pública para a qual ele foi
adquirido.
Uma vez sendo DESAFETADO, ele passa a ser chamado de BEM DOMINICAL, e a partir daí
cabe a sua ALIENAÇÃO. Se for um bem imóvel, precisará de autorização do Poder Legis- lativo para
isso acontecer, assim como promover a licitação.
No caso de bem móvel, é feita uma avaliação prévia, seguida de uma licitação, sendo
dispensada a licitação de bem móvel quando for para doação ou permuta.

§ 2º – O uso especial de bem patrimonial do Estado por terceiro será objeto, na forma da
lei, de:
I – concessão, mediante contrato de direito público, remunerada ou gratuita, ou a título de direito real
resolúvel;

II – permissão;

III – cessão;
IV – autorização
§ 3º – Os bens do patrimônio estadual devem ser cadastrados, zelados e
tecnicamente identifica- dos, especialmente as edificações de interesse
administrativo, as terras públicas e a documenta- ção dos serviços públicos.
§ 4º – O cadastramento e a identificação técnica dos imóveis do Estado, de que
trata o parágrafo anterior, devem ser anualmente atualizados, garantido o
acesso às informações neles contidas.
§ 5º – O disposto neste artigo se aplica às autarquias e às fundações públicas.
§ 3º – Os bens do patrimônio estadual devem ser cadastrados, zelados e
tecnicamente identifica- dos, especialmente as edificações de interesse
administrativo, as terras públicas e a documenta- ção dos serviços públicos.
§ 4º – O cadastramento e a identificação técnica dos imóveis do Estado, de que
trata o parágrafo anterior, devem ser anualmente atualizados, garantido o acesso
às informações neles contidas.
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CONSTITUIÇÃO ESTADUAL
Do Preâmbulo, Dos Objetivos E Dos Direitos E Garantias Fundamentais

§ 5º – O disposto neste artigo se aplica às autarquias e às fundações públicas.

Da administração fazendária

Art. 19 – A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro das


respectivas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais
setores administrativos, na forma da lei.

A administração fazendária são as pessoas jurídicas de Direito Público (União, Estados,


DF, Municípios) com seus órgãos, suas autarquias e as fundações públicas.
Empresas públicas e sociedades de economia mista são de Direito Privado e NÃO fazem
parte do conceito de administração fazendária.
20m As prerrogativas que essa administração fazendária possui são:

• Impenhorabilidade dos seus bens.


• Regime de precatório.
• Prazo privilegiado em juízo (dobro do prazo para contestar uma acusação, dobro do
prazo para recorrer de uma decisão).
• Prescrição quinquenal.
• Garantia do duplo grau de jurisdição obrigatório ou remessa necessária dos autos.

Da administração tributária

Parágrafo único. As administrações tributárias do Estado e dos


Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas
por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a
realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com
o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei
ou de convênio.

Por que a estrutura da administração tributária tem que ter prioridade?


Porque ela atua na arrecadação dos impostos. O Estado precisa ter estrutura para
arre-cadar de maneira a poder financiar a prestação do serviço público.

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