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CONSELHO TUTELAR

FUNÇÃO E COMPETÊNCIA
Kelly Castilho
DIREITOS E DEVERES NO ECA

Art. 227 da CF - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à


criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além
de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão
DIREITOS E DEVERES NO ECA

Art. 6º do ECA - Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais


a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres
individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como
pessoas em desenvolvimento.
DIREITOS DO EDUCANDO NO ECA

- Direito à liberdade e dignidade;


- Direito de conviver em família e com a comunidade;
- Direito de ter a proteção da família;
- Direito à educação sem qualquer tipo de violência;
- Direito à escola pública e gratuita, e em casos de portadores de deficiência,
atendimento educacional especializado;
- Direito à educação de qualidade e participação em programas de cultura,
esporte e lazer;
- Direito de ser protegido contra o trabalho infantil;
- Direito de ser respeitado como cidadão.
DEVERES DO EDUCANDO NO ECA

- Dever de respeitar os pais e responsáveis;

- Dever de frequentar a escola e cumprir a carga horária;

- Dever de respeitar os professores, educadores e funcionários da escola;

- Dever de respeitar o próximo e as suas diferenças;

- Dever de participar das atividades em família e em comunidade;

- Dever de praticar bons costumes;

- Dever de manter limpo e preservar os espaços e ambientes públicos;


DEVERES DO EDUCANDO NO ECA

- Dever de conhecer os valores da escola, da família e da sociedade;

- Dever de conhecer e cumprir as regras estabelecidas;

- Dever de fazer atividades escolares e tirar dúvidas com os professores;

- Dever de não acessar locais não permitidos para crianças e adolescentes;

- Dever de respeitar horários estabelecidos para crianças e adolescentes;

- Dever de participar de atividades culturais, esportivas, educacionais e de lazer;

- Dever de procurar o Conselho Tutelar sempre que tiver dúvida sobre seus
direitos e deveres.
CONSELHO TUTELAR

Art. 131 do ECA - Conselho Tutelar é um órgão permanente, autônomo, não


jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos
direitos da criança e do adolescente, definidos nessa lei.
CONSELHO TUTELAR

Art. 132 do ECA - Em cada Município e em cada Região Administrativa do


Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão
integrante da administração pública local, composto de 5 (cinco) membros,
escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida
recondução por novos processos de escolha.

Art. 133 do ECA - Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão


exigidos os seguintes requisitos:
I - reconhecida idoneidade moral;
II - idade superior a vinte e um anos;
III - residir no município.
CONSELHO TUTELAR

Art. 134 do ECA - Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e horário
de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos
respectivos membros, aos quais é assegurado o direito a:

I - cobertura previdenciária;
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da
remuneração mensal;
III - licença-maternidade;
IV - licença-paternidade;
V - gratificação natalina.
Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e da do Distrito
Federal previsão dos recursos necessários ao funcionamento do Conselho
Tutelar e à remuneração e formação continuada dos conselheiros tutelares.
ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO - ARTIGO 136 DO ECA

Art. 136

I. Atender Crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos artigos 98 e


105, aplicando as medidas previstas no artigo 101, I a VII;

II. Atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas


previstas no artigo 129, I a VII;
ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO - ARTIGO 136 DO ECA

Art. 136

III. Promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:


a. requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social,
previdência, trabalho e segurança;
b. representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento
injustificado de suas deliberações.

IV. Encaminhar ao Ministério Público, notícia de fato que constitua infração


administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;
ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO - ARTIGO 136 DO ECA

Art. 136

V. Encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;


ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO - ARTIGO 136 DO ECA

Art. 136

VI. Providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as


previstas no Artigo 101, incisos de I a VI, para o adolescente autor de ato
infracional;
ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO - ARTIGO 136 DO ECA

Art. 101 do ECA

I. encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de


responsabilidade;
II. orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III. matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino
fundamental;
IV. inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção,
apoio e promoção da família, da criança e do adolescente;
V. requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime
hospitalar ou ambulatorial;
VI. inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e
tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO - ARTIGO 136 DO ECA

VII. Expedir Notificações;


ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO - ARTIGO 136 DO ECA

VIII. Requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente,


quando necessário;
ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO - ARTIGO 136 DO ECA

Art. 102 do ECA

§ 1º Verificada a inexistência de registro anterior, o assento de nascimento da


criança ou adolescente será feito à vista dos elementos disponíveis, mediante
requisição da autoridade judiciária.
§ 2º Os registros e certidões necessários à regularização de que trata este artigo
são isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta prioridade.
ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO - ARTIGO 136 DO ECA

IX. Assessorar o poder executivo local na elaboração da proposta orçamentária


para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do
adolescente;
ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO - ARTIGO 136 DO ECA

X. Representar em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos


previstos no artigo 220, § 3°, inciso II, da Constituição Federal;
ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO - ARTIGO 136 DO ECA

Art. 220.

§ 3º Compete à lei federal:

II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a


possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e
televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de
produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio
ambiente.
ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO - ARTIGO 136 DO ECA

XI. Representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou


suspensão do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção
da criança ou do adolescente junto à família natural;
ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO - ARTIGO 136 DO ECA

XII. Promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de


divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos
em crianças e adolescentes;

Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar


entender necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará
incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os
motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a orientação, o
apoio e a promoção social da família.
FISCALIZAÇÃO

Art. 95 do ECA. As entidades governamentais e não-governamentais referidas


no art. 90 serão fiscalizadas pelo Judiciário, pelo Ministério Público e pelos
Conselhos Tutelares.
FISCALIZAÇÃO

Art. 90 do ECA. As entidades de atendimento são responsáveis pela


manutenção das próprias unidades, assim como pelo planejamento e execução
de programas de proteção e sócio-educativos destinados a crianças e
adolescentes, em regime de:

I. orientação e apoio sócio-familiar;


II. apoio sócio-educativo em meio aberto;
III. colocação familiar;
IV. acolhimento institucional;
V. prestação de serviços à comunidade;
VI. liberdade assistida;
VII. semiliberdade;
VIII. internação.

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