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UNIVERSIDADE PITÁ GORAS UNOPAR

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


SERVIÇO SOCIAL

CARACTERIZAÇÃO SÓCIO INSTITUCIONAL

CRAS(CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL) MUNICÍPIO UMBUZEIRO-


PB

NILDA DA SILVA NUNES

Campina Grande-PB
2020
SUMÁRIO

1. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA......................................................................................... 3
1.1 Identificação da Instituição................................................................................................ 3
1.1.1 O município de Umbuzeiro-PB.................................................................................................... 3
1.1.2 Historia do Município Umbuzeiro-PB....................................................................................... 3
1.2 História dos CRAS(Centro de Referência de Assistência Social )...........................5
1.3 Contatos e Localização......................................................................................................... 6
1.4 Horário...................................................................................................................................... 7
1.5 Naturezas e Programas........................................................................................................ 7
1.6 Estrutura Organizacional.................................................................................................... 8
2. OBJETIVO INSTITUCIONAL...................................................................................................... 9
2.1 Naturezas Dos Programas.................................................................................................. 9
2.2 Política Social.......................................................................................................................... 9
2.3 Recursos Financeiros........................................................................................................... 9
3. AMBITO INSTITUCIONAL....................................................................................................... 11
3.1 Caracterização Da População......................................................................................... 11
3.2 Processo Decisório............................................................................................................. 12
3.3 Relação De Demandas/ Cobertura Do Atendimento...............................................12
3.4 Serviço Social Na Instituição........................................................................................... 13
3.5 Relação Profissional De Trabalho Com Os Demais Atores Institucionais........14
3.6 Dimensão Ético Política.................................................................................................... 14
3.7 CADÚNICO CRAS – CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL –
UMBUZEIRO – PB – UMBUZEIRO – PB.................................................................................... 15
3.8 CRAS BOLSA FAMÍLIA EM UMBUZEIRO – PB...............................................................15
4. REFERÊNCIAS............................................................................................................................ 17
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1. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

1.1 Identificação da Instituição

O CRAS é um serviço oferecido pela Administraçã o Pú blica na unidade federativa


da Paraíba, sediado na cidade de Umbuzeiro. A principal funçã o do CRAS Umbuzeiro é
conceder serviços de apoio social da SUAS em á reas de vulnerabilidade social e grande
vulnerabilidade.
O CRAS Umbuzeiro nã o é exceçã o, porque o mesmo ajuda ao auxiliar as unidades
familiares, oferecendo proteçã o em quadro de violência e vulnerabilidade social.
No município de Umbuzeiro a principal tarefa do CRAS é o Serviço de Proteçã o e
Atendimento Integral à Família (PAIF). Através do CRAS, crianças, adolescentes e idosos
do mesmo grupo etá rio serã o convidados para o desenvolvimento de algumas açõ es.

1.1.1 O município de Umbuzeiro-PB1

É um município de significativa relevâ ncia para a histó ria da Paraíba, visto que é
berço de notá veis personalidades da política paraibana e brasileira entre eles Epitá cio
Pessoa, Joã o Pessoa e Assis Chateaubriand. O município é também nacionalmente
reconhecido no meio agropecuá rio pelo desenvolvimento e produçã o do gado Gir, na
antiga Estaçã o de Monta de Umbuzeiro, hoje Estaçã o Experimental Joã o Pessoa, sendo
esta parte da EMBRAPA, tendo posteriormente sua administraçã o transferida para a
EMEPA.
A cidade faz contato com outros municípios do estado por meio das rodovias PB-
102 e PB-082, e com Pernambuco, por meio das rodovias PE-088 e PE-102. Apresenta
também a sede do município e suas principais localidades situadas na divisa com estado
de Pernambuco, assim sendo tem alguns de seus nú cleos urbanos divididos com os
municípios de Orobó e Casinhas.

1.1.2 Historia do Município Umbuzeiro-PB

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Umbuzeiro_(Para%C3%ADba)

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A histó ria do territó rio do município de Umbuzeiro tem seus primó rdios na
historiografia paraibana quando das primeiras expediçõ es pelo Rio Paraíba à procura de
restabelecer os contatos entre as regiõ es sertanejas e a capital da entã o Capitania da
Parahyba, visto que, grande parte das relaçõ es do sertã o paraibano davam-se com
Pernambuco.
Todavia as primeiras medidas no sentido colonizató rio só se deram a partir de
1713 com a Concessã o da sesmaria de Marcos de Castro Rocha. Sesmaria essa, que viria
posteriormente formar a Fazenda Marcos de Castro de Matinadas, que Passaria no
século XIX a posse do Cel. José da Silva Pessoa e seus descendentes em linha reta,
posteriormente a fazenda teve seu nome alterado para Fazenda Prosperidade de
Umbuzeiro, em face da mudança da sede para propriedade para as proximidades do
lugar onde hoje está edificada a cidade.
A partir de meados do século XIX, com o grande desenvolvimento algodoeiro da
regiã o de Campina Grande, Umbuzeiro tona-se ponto de parada e descanso dos
tropeiros que seguiam a caminho de Recife, afim de escoarem a produçã o de Algodã o
pelo Porto do Recife. Nesse contexto algumas pessoas atraídas pelo comércio
construíram as pequenas casas no local confiantes que os tropeiros poderiam ser um
bom negó cio.
E por volta de 1870 se construía a primeira Igreja da localidade em honra a Nossa
Senhora do Livramento, com a ajuda do Padre Ibiapina, grande propulsor das obras
religiosas pelo interior do nordeste.
A referida Igreja era parte da antiga Freguesia de Nossa Senhora da Conceiçã o da
Barra de Natuba, esta extinta em 21 de outubro de 1902, quando da transferência da
sede da paroquial para a Vila de Umbuzeiro, formando assim, a atual Paró quia de Nossa
Senhora do Livramento, instalada em 26 de outubro de 1902.
Em 2 de maio de 1890, pelo Decreto nº 15 do Governo Provisó rio do Estado da
Parahyba do Norte foi criado o município de Umbuzeiro, com sede na Vila de mesmo
nome e com territó rio desmembrado do entã o município do Ingá , cabe ressaltar que era
entã o secretá rio do governo provisó rio o grande jurista e filho da terra, o Dr. Epitá cio
Pessoa. Sendo formado pela Vila de Umbuzeiro e pelas localidades da Barra de Natuba,
Mata Virgem, Aroeiras, Pedro Velho, Aguapaba, Natuba, Matinadas, Orató rio, Pirauá ,
entre outras localidades.

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Tendo em 1892 a sede municipal transferida para a Vila da Barra de Natuba,


situada no encontro do Rio Paraíba com o Riacho de Natuba, ato esse, revogado em
1904, com a volta da sede municipal para Umbuzeiro, face a completa decadência e falta
de estrutura na Barra. Hoje a antiga Vila da Barra de Natuba é uma fazenda no município
de Natuba.
Em 1938 é elevado a condiçã o de cidade, status esse que mantém até hoje.
Outro acontecimento importante na histó ria de Umbuzeiro é a inauguraçã o em
17 de março de 1941 da Nova Matriz de Nossa Senhora do Livramento, situada na Praça
Cel. Antô nio Pessoa. Com altares em má rmore carrara, sendo o Altar-Mor oferta do Ex-
Presidente da Repú blica Epitá cio Pessoa.

1.2 História dos CRAS(Centro de Referência de Assistência Social )

Com isto percebemos que a Constituiçã o Federal de l988, foi um marco histó rico,
apesar de ter já ter sofrido inú meras emendas, o que reforça nosso pensamento de que
as tensõ es, a correlaçã o de forças, atrapalham a eficá cia e aplicabilidade das
constituiçõ es que devem assegurar o direito a todo cidadã o.
Constituiçã o conseguiu introduzir transformaçõ es no cená rio brasileiro, tendo
criado o conceito de que o Estado deve ser responsá vel por um sistema de proteçã o
capaz de atender à s necessidades de todos na á rea social e, em funçã o disso, foi criado
um sistema protetivo até entã o inexistente no país. (IBRAIM, 2008).
Com isto, ganhou terreno uma legislaçã o social que privilegia a seguridade e a
proteçã o social, mudando fundamentalmente as concepçõ es de Estado e sociedade;
redefinindo o papel de cada um destes; introduzindo mecanismos de democracia
participativa, além da representatividade através das emendas populares e dos
conselhos.
A seguridade social foi instituída a partir de três setores: Saú de, Previdência e
Assistência Social. As leis decorrentes da Constituiçã o de 1988 na á rea da seguridade
social tiveram como diretrizes a descentralizaçã o político-administrativa e a garantia da
participaçã o e representaçã o popular. Para que os direitos constitucionais fossem
assegurados foi necessá ria uma legislaçã o ordiná ria que institucionalizou os avanços
alcançados. Novamente as forças conservadoras tentaram retardar ou fazer com que
outros caminhos fossem trilhados, por isto, passaram-se cinco anos até que se

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conseguisse a aprovaçã o da Lei Orgâ nica da Assistência Social.


Assim, seguindo as diretrizes da Constituiçã o de 88, foi promulgada em 1993 a
Lei Orgâ nica da Assistência Social – LOAS (Lei n. 8.742/93), que rompe “com a visã o
assistencialista, rejeita a tutela da populaçã o usuá ria dos serviços, abrindo
possibilidades de desenvolvimento da autonomia e do protagonismo dos sujeitos, por
meio das oportunidades de acesso a benefícios e serviços...”(ARREGUI, 2007).
A Assistência Social vivencia momentos privilegiados de transformaçõ es, em
2004, com a aprovaçã o da PNAS e, em 2005, da Norma Operacional Bá sica/Sistema
Ú nico da Assistência Social – NOB/SUAS, pois no Brasil a Assistência Social até entã o nã o
fora definida como política no campo das políticas sociais e sim como um mix de açõ es
dispersas e descontínuas de ó rgã os governamentais e de entidades sociais em torno do
Estado, em relaçõ es ambíguas e contraditó rias. (Brasil, CapacitaSuas volume 1:2008).
A LOAS reforça a implantaçã o deste sistema em seu artigo 6º que foi baseado no
artigo 204 da Constituiçã o Federal de 1988
Conforme a PNAS, o CRAS é uma unidade pú blica municipal de assistência social
localizada em á rea de maior índice de vulnerabilidade e risco social. Presta serviços e
desenvolve programas socioassistenciais de proteçã o social bá sica à s famílias.
Desenvolve também a articulaçã o destes serviços no seu territó rio de abrangência
visando potencializar a proteçã o social, atuando na perspectiva da intersetorialidade.

1.3 Contatos e Localização

Praça Joã o Pessoa, 22 – Centro – Umbuzeiro – PB – CEP: 58497-000. Responsá vel:


Maria José Cesá rio de Lima Gomes

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Foto 01: Centro de Referência de Assistência Social do município de Umbuzeiro-PB.

Fonte:
https://www.google.com/maps

Foto 02: Localizaçã o Centro de Referência de Assistência Social do município de


Umbuzeiro-PB.

Fonte: https://www.google.com/maps

1.4 Horário

Atualmente a equipe técnica de referência é composta por 02 assistentes sociais,


01 psicó loga, 01 pedagoga, 01 agente social, 02 educadoras sociais e,
administrativamente por 01 auxiliar administrativo, 01 auxiliar de serviços gerais, 01
motorista, 01 estagiá ria de Serviço Social e 03 estagiá rios de psicologia. E o horá rio de
funcionamento é das 08:00 horas à s 17:00 horas de 2ª a 6ª feira.

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1.5 Naturezas e Programas

NATUREZA PROGRAMA
Criança e Adolescente SCFV- Serviço de Convivência e
Fortalecimentos de Vínculos
Conselho Tutelar xxxxx
Idoso Centro de Assistencia ao Idoso
Idoso e Deficiente BPC-Beneficio de Prestaçã o Continuada.
PAIF Proteçã o e Atendimento Integral à Família
Benefícios Eventuais xxxx
Cadastro ú nico – Bolsa Família xxxx
Crianças, Adolescente, Mulheres e idosos. CREAS- Centro de Referência
Especializado da Assistência Social
Individuo e Família Defensoria Pú blica

1.6 Estrutura Organizacional

O Município de Umbuzeiro tem como gestor o Prefeito José Nivaldo de Araú jo e


como Secretaria de Trabalho e Assistência Social Rivaldo Joaquim de Santana, ó rgã o a
qual o subordinado na estrutura organizacional,

Contato da Secretaria de TRABALHO E ASSISTÊNCIA SOCIAL


ENDEREÇO: PRAÇA JOÃ O PESSOA, N 76 – CENTRO
TELEFONE: (83) 3395-1194
acaosocial@umbuzeiro.pb.gov.br
HORÁ RIO DE ATENDIMENTO: DAS 07 À S 13HRS DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA.

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2. OBJETIVO INSTITUCIONAL

2.1 Naturezas Dos Programas

 Erradicar o trabalho infantil


 Proteger, promover e assegurar com prioridade a efetivaçã o dos direitos da
criança e do adolescente, conforme o ECA.
 Assegurar a gratuidade dos transportes coletivos viabilizando o passe livre.
 Garantir o beneficio assistencial de um salá rio mínimo para pessoas com
deficiência, e idosa a partir de 65 anos, que nã o possui condiçõ es de prover seu
pró prio sustento.
 Atender a indivíduos e famílias vulnerá veis a riscos sociais para melhor
fortalecer os vínculos familiares.
 Atender as necessidades advindas de situaçõ es de vulnerabilidade temporá ria
com prioridade para a criança, família, idoso, pessoas com deficiência, gestantes e
nos casos de calamidade pú blica.
 (art. 22- LOAS)
 Viabilizar o atendimento a família com renda per capita de 85,01 a 170,00 no
programa de transferência de renda do Governo Federal ( variados R$ 85,01 a
170,00) para enfrentamento da pobreza.
 Acompanhar crianças, adolescentes, mulheres e idosos vitimas de violaçã o dos
direitos humanos.
 Realizar o atendimento jurídico por meio do profissional da á rea.

2.2 Política Social

Proteçã o Social Bá sica, Política Social do idoso, da Criança e do Adolescente, da


pessoa com deficiência, da segurança alimentar e nutricional e política social de
promoçã o da igualdade racial e de gênero.

2.3 Recursos Financeiros

Os critérios de transferência de recursos observam-se os níveis de gestã o do

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município, através de relató rios anuais de gestã o que se controla e comprova os gastos
dos serviços sociais, assistenciais que sã o submetidos à avaliaçã o pelo conselho
municipal.
As despesas com pessoal, agua, luz, internet, despesas de custeio, bem como
material de expediente, material utilizado nas oficinas, equipamentos, sã o mantidos com
recursos federais repassados a Prefeitura e complementadas pelos recursos pró prios.

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3. AMBITO INSTITUCIONAL

3.1 Caracterização Da População

O Atendimento é feitos de acordo com as demandas existentes ma instituiçã o


como; Carteira do Idoso, Beneficio de Prestaçã o Continuada- BPC, solicitaçã o de parecer
atendendo ordens judiciais, visita domiciliar, defensoria pú blica, encaminhamento para
solicitaçã o de passagem para tratamento, solicitaçã o de genêros alimenticios.
O pú blico alvo do atendimento do CRAS Umbuzeiro-PB se constitui em 2.000
(cinco mil) famílias, referenciadas, seus membros e indivíduos com demandas
decorrentes das expressõ es da questã o social que os colocam em situaçã o de
vulnerabilidade social (pobreza, privaçã o, desemprego, violência, fragilizaçã o dos
vínculos familiares e comunitá rios) e famílias beneficiá rias de programas
socioassistenciais.
As açõ es e atividades executadas sã o referentes aos seguintes serviços,
programas e projetos: Serviço de Proteçã o e Atendimento Integral a Família (PAIF),
Programa Bolsa Família, Benefício de Prestaçã o Continuada e Projovem Adolescente,
além dos grupos de convivência e fortalecimento de vínculos: grupo de Crianças de 4 a
14 anos, grupo de Idosos "Café com Conversa”, clube da amizade artesanato, cursos
profissionalizantes e açã o rural.
o CRAS de Umbuzeiro procura amparar os grupos familiares em situaçã o de
instabilidade social. Entre outras finalidades do CRAS na á rea do município devem ser
indicadas:
 O funcionamento da rede de Proteçã o Social Bá sica Local;
 Disponibilizar serviço do PAIF (Serviço de Proteçã o e Atendimento
Integral à Família) e cadastro no Cadú nico;
 Diluir as vulnerabilidades de cunho socioeconô mico no município;
 Respaldar o atendimento ao pú blico carente.
Através de unidades como essa, que as famílias na faixa de pobreza extrema terã o
a inscriçã o em programas de transferência de renda.
 PAIF (Proteçã o e Atendimento Integral à Família)
 SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos)

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O PAIF e o SCFV sã o conjuntos de atividades promovidas pelo CRAS que visam


promover o ganho social e material dos cidadã os. Em outras palavras, sã o serviços de
acompanhamento que visam direcionar as famílias para participar de planos
assistenciais.
Além disso, o CRAS também trabalha para melhorar as condiçõ es de um
município, bairro ou comunidade para questõ es envolvendo transporte, violência,
trabalho infantil, espaços pú blicos de lazer, pontos de cultura, entre outros.
 Famílias e pessoas em situaçã o de desproteçã o social
 Pessoas com deficiência
 Idosos
 Crianças retiradas do trabalho infantil
 Pessoas inscritas no Cadastro Ú nico
 Beneficiá rios do Bolsa Família
 Beneficiá rios do Benefício de Prestaçã o Continuada (BPC), entre outros

3.2 Processo Decisório

O processo de tomada de decisã o se dá atraves dos conselhos de Assistência


Social, onde p orgã o gestor apresenta o plano de açã o ou proposta de trabalho ao CMAS
nas reuniõ es e os conselheiros discute, entre si e deliberam sobre as açõ es da
Secretaria de Assistência Social.

3.3 Relação De Demandas/ Cobertura Do Atendimento

O trabalho feito pelo CRAS, ou ainda de qualquer município é de inestimá vel


relevâ ncia. Visto que graças ao mesmo, famílias em vulnerabilidade social recebem
amparo e sã o inscritas para receber a benefícios sociais.
Conforme o Guia de Orientaçã o Técnica o CRAS é também uma unidade
efetivadora da referência e contra referência do usuá rio na rede socioassistencial do
SUAS, bem como da referência para os serviços das demais políticas pú blicas. O Guia
coloca ainda que o CRAS deve ser a “porta de entrada” dos usuá rios na rede de proteçã o
social bá sica do SUAS. Tem como funçã o organizar a vigilâ ncia social e concretizar o

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direito socioassistencial referente à garantia de acessos a serviços de proteçã o social


bá sica com matricialidade só cio-familiar e ênfase no territó rio de referência.
Aa populaçã o que é atendida pelo CRAS, normalmente busca os serviços, devido a
situaçã o de vulnerabilidade vivenciada com demandas decorrentes da: fome, baixa
renda, drogadiçã o, situaçã o de risco pessoal ou estrutural, expressos em violência
intrafamiliar, conflitos com os filhos (crianças ou adolescentes) e com a comunidade,
bem como porque necessitam de informaçã o e encaminhamento para acessar o
Beneficio de Prestaçã o Continuada (BPC) de inserir-se no Programa Bolsa Família e
ainda por estarem interessados em cursos profissionalizantes, na orientaçã o e
informaçã o em relaçã o ao atendimento das políticas pú blicas

3.4 Serviço Social Na Instituição

O profissional de Serviço Social vai realizar atividades como: reuniõ es com a


equipe, escuta qualificada, visitas domiciliares, planejamento das atividades interna e
externas do CRAS, encaminhamentos para a rede só cio-assistencial. Neste artigo estã o
descritas as principais atividades realizadas pelo Assistente Social no CRAS Umbuzeiro-
PB. Diante do exposto cabe ressaltar o papel do Serviço Social na instituiçã o e a
importâ ncia de refletir sobre a atuaçã o profissional dentro dos CRAS.
Realizaçã o de reuniõ es e debates em equipe interprofissional que podem criar
espaços de discussã o e reflexã o teó rico-metodoló gica, bem como impulsionar o
planejamento de açõ es inovadoras e criativas que garantam o acesso aos direitos e
atenda a necessidades individuais e coletivas, considerando as especificidades das
demandas, dos usuá rios e das equipes; realizaçã o de estudos e pesquisas, através de
visitas domiciliares, abordagens individuais e grupais, estudos socioeconô micos,
pareceres sociais, para a identificaçã o de demandas e conhecimento da situaçã o de vida
dos usuá rios que subsidiem o planejamento, a organizaçã o e a sistematizaçã o das açõ es
profissionais afinadas com as necessidades da populaçã o; execuçã o e fortalecimento de
serviços e benefícios para famílias e indivíduos na perspectiva dos direitos sociais e da
articulaçã o com outras políticas sociais; articulaçã o com movimentos sociais e
organizaçõ es populares, principalmente a partir de reuniõ es e açõ es comunitá rias,
estimulando a organizaçã o coletiva dos sujeitos e da comunidade na luta pela ampliaçã o
de direitos; acolhimento e orientaçã o de famílias e indivíduos, por meio das abordagens

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individuais e grupais, na perspectiva da socializaçã o de informaçõ es e do respeito aos


usuá rios.
O CRAS – Centro De Referência De Assistência Social – Umbuzeiro – Pb –
Umbuzeiro – PB ( Centro de Referência de Assistência Social ) é um equipamento
pú blico mantido pelo MDS (Ministério do Desenvolvimento Social). Ele foi criado com o
objetivo de fornecer apoio e proteçã o assistencial a pessoas que residem em á reas
consideradas de vulnerabilidade social. Uma das atribuiçõ es do CRAS é viabilizar o
acesso a projetos e benefícios governamentais.
Através do atendimento fornecido pelo CRAS nos municípios brasileiros, as
famílias em condiçã o de risco recebem orientaçã o para fazer a inscriçã o no Cadastro
Ú nico, item necessá rio para o ingresso em programas de transferência de renda, como o
Bolsa Família.
A Assistência Social é realizada pela prefeitura por meio da Secretaria de
Desenvolvimento Social e pelas entidades sociais conveniadas.
o CRAS é um equipamento onde sã o realizados os serviços e desenvolvidas as
açõ es do Programa de Atençã o Integral à Família – PAIF6 , sendo que também podem
ser o lugar onde sã o ofertados outros serviços, programas, projetos e benefícios de
proteçã o bá sica relativos à s seguranças de: rendimento, autonomia, acolhida, convívio
ou vivência familiar e comunitá ria e de sobrevivência a riscos circunstanciais.

3.5 Relação Profissional De Trabalho Com Os Demais Atores Institucionais

O CRAS proporciona diversas vivências e conhecimento da realidade social e do


territó rio no qual está inserido, permitindo ao estagiá rio estabelecer a relaçã o teoria-
prá tica, refletindo e intervindo na realidade utilizando-se dos pressupostos teó ricos e
dos instrumentos pertinentes, bem como sistematizando o conhecimento produzido.
A Assistência Social como política de proteçã o social busca garantir , a provisã o
dessa proteçã o a todos que dela necessitam, sem exigência de contribuiçã o prévia..
A proteçã o social bá sica objetiva prevenir situaçõ es de risco por meio de
desenvolvimento de potencialidades, do fortalecimento das relaçõ es familiares e
comunitá rias e de aquisiçõ es da capacidade de fazer suas pró prias escolhas, materiais,
afetivas, culturais e outras.
Busca atender a populaçã o que vive em vulnerabilidade social decorrente da

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pobreza, de privaçõ es por ausência ou precariedade de renda, por dificuldade de acesso


aos serviços pú blicos e, ou por fragilizaçã o de vínculos afetivos, relacionais e de
pertencimento social.
Na proteçã o social especial de média complexidade sã o oferecidos serviços de
atendimento à s famílias e aos indivíduos que tiveram seus direitos violados, sem que, no
entanto, seus vínculos familiares e comunitá rios tenham sido rompidos.

3.6 Dimensão Ético Política

É de responsabilidade do CRAS executar o trabalho centrado na família, abrigar o


PAIF, desenvolver uma açã o no territó rio. Na medida em que deve ser instalado em
á reas de vulnerabilidade social, tem por responsabilidade realizar a vigilâ ncia social
sobre estas vulnerabilidades, articular a rede socioassistencial e coordenar os serviços
de proteçã o social bá sica executados naqueles territó rios.
A PNAS reconhece a importâ ncia da família como unidade/referência,
considerando-a espaço primeiro de proteçã o e socializaçã o dos indivíduos. Reconhece,
no entanto, as fortes pressõ es que os processos de exclusã o só cio-cultural geram sobre
as famílias brasileiras, acentuando suas fragilidades e contradiçõ es.
O controle social teve seu marco na Constituiçã o Federal de 1988, que prevê a
participaçã o popular, por meio de organizaçõ es representativas, na formulaçã o das
políticas e no controle das açõ es do Estado, conforme preconiza uma das diretrizes que
consta no artigo 5º da LOAS.
O Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) é o ó rgã o responsá vel pela
formulaçã o, controle, acompanhamento e fiscalizaçã o da Política Municipal de
Assistência Social, no intuito de garantir a predominâ ncia do atendimento por entidades
pú blicas.

3.7 CADÚNICO CRAS – CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL –


UMBUZEIRO – PB – UMBUZEIRO – PB

O CadÚ nico CRAS – Centro De Referência De Assistência Social – Umbuzeiro – Pb


em Umbuzeiro – PB tem a finalidade cadastrar famílias em situaçã o de pobreza e

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extrema pobreza de todos os municípios brasileiros, com as informaçõ es vindas da Caixa


Econô mica Federal.
É utilizado para acesso a diversos benefícios por programas sociais do governo,
tendo como principal usuá rio o Programa Bolsa Família e como característica central a
intersetorialidade. A gestã o do cadastro acontece de maneira partilhada entre o Estado,
Governo Federal e Municípios, que possuem responsabilidades específicas.
O município é protagonista do processo de gestã o para o cadastramento ú nico,
cabendo a este, identificar e inscrever as famílias, atentando para a importâ ncia da
inclusã o da populaçã o socialmente mais necessitada.

3.8 CRAS BOLSA FAMÍLIA EM UMBUZEIRO – PB

O Programa CRAS Bolsa Família em Umbuzeiro – PB baseia-se na inclusã o


produtiva , garantia de renda e no acesso aos serviços pú blicos e tem como eixos a
transferência de renda, o cumprimento das condicionalidades e articulaçã o com açõ es e
programas complementares.
O pú blico-alvo, indivíduos e famílias com renda familiar percapita inferior R$67
mensais, porém atende aquelas com renda mensal per capita de até cento e cinquenta e
quatro reais.
A unificaçã o dos programas de transferências de renda no Brasil, operada pelo
Programa Bolsa Família é realizada sob responsabilidades partilhadas entre a Uniã o, os
Estados, sociedade e municípios.

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4. REFERÊNCIAS

Brasil. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei no. 8.069, de 13 de julho de 1990. Em


Oliveira, J. (Org.), 5. ed. atual. e ampl. Sã o Paulo: Saraiva.

BRASIL. Constituição da República Federativa de 1988. Presidência da Repú blica


Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.html. Acesso em: 01
out. 2020.

BRASIL. Decreto Federal nº 6.932, de 11 de agosto de 2009. Dispõ e sobre a


simplificaçã o do atendimento pú blico prestado ao cidadã o, ratifica a dispensa do
reconhecimento de firma em documentos produzidos no Brasil, institui a “Carta de
Serviços ao Cidadã o” e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6932.htm..
Acesso em: 22 set. 2020.

BRASIL. Decreto Federal nº 9.094, de 17 de julho de 2017. Dispõ e sobre a simplificaçã o


do atendimento prestado aos usuá rios dos serviços pú blicos, ratifica a dispensa do
reconhecimento de firma e da autenticaçã o em documentos produzidos no País e institui
a Carta de Serviços ao Usuá rio. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9094.htm.
Acesso em: 22 set. 2020.

BRASIL. LEI Nº 8.069, de 13 de Julho de 1990. Presidência da Repú blica Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos. Dispõ e sobre o estatuto da criança e do adolescente e
dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.html. Acesso em: 01 out. 2020.

BRASIL. LEI Nº 8.242, de 12 de outubro de 1991. Presidência da Repú blica Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos. Cria o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente (Conanda) e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8242.html. Acesso em: 01 out. 2020.

BRASIL. LEI No 8.662, de 7 de Junho de 1993. Presidência da Repú blica Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos. Dispõ e sobre a profissã o de Assistente Social e dá
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