Caderno Didático - Ambientação em EaD - CURSO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

Ambientação
em EaD
Jonathan Pippi
CURSO
Microempreendedor Individual
reitora
Nídia Heringer
pró-reitor de ensino
Renato Xavier Coutinho
diretora de educação a distância

Raquel Lunardi
organizadores
Adriano Brum Fontoura
Franciele Meinerz Forigo
designers gráficos
Juliana Facco Segalla
Leandro Ayres Peres
Leandro Felipe Aguilar Freitas
designers instrucionais
Clenio Vianei Mazzonetto
Mara Rúbia Roos
Rafaela Bohrz
suporte moodle
Aliane Loureiro Krassmann
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir

do seu trabalho para fins não comerciais, desde que atribuam
o devido crédito e que licenciem as novas criações sob termos idênticos.
Ficha elaborada por Diego Borba CRB10/1970

P665a Pippi, Jonathan
Ambientação em EaD: curso microempreendedor individual / Jonathan Pippi;

organizado por Adriano Brum Fontoura, Franciele Meinerz Forigo – Santa Maria: Instituto
Federal Farroupilha, 2021. 35 p. : il.
1. Economia. 2. Empresas. 3. Empreendedor. I. Pippi, Jonathan. II. Fontoura,

Adriano Brum. III. Forigo, Franciele Meinerz. IV. Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia Farroupilha. V. Título.
CDD 330.122
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha | www.iffar.edu.br

Alameda Santiago do Chile, 195 - Nossa Sra. das Dores. CEP 97050-685 – Santa Maria - RS
apresentação do iffar
Seja bem-vindo(a) ao Instituto Federal Farroupilha! Ficamos felizes em ofertar

cursos de qualificação gratuitos a toda a comunidade.
O Instituto Federal Farroupilha (IFFar) é uma instituição pública e gratuita criada

em 2008. O IFFar possui campus nas cidades de Alegrete, São Borja, Santa
Rosa, Santo Ângelo, Santo Augusto, São Vicente do Sul, Panambi, Jaguari,
Frederico Westphalen, Júlio de Castilhos, um campus avançado na cidade de
Uruguaiana e a Reitoria em Santa Maria. Também possui 2 centros de referência
e 15 polos de educação a distância. O IFFar oferta cursos técnicos integrados e
subsequentes, cursos superiores de graduação (licenciaturas, bacharelados e
tecnologias) e de pós-graduação (especialização e mestrado), além de cursos
de Formação Inicial e Continuada (FIC).
A Educação a Distância (EaD) no IFFar, ofertada desde 2008, busca formar

profissionais em nível médio, superior e cursos de formação inicial e continu-
ada (FIC), possibilitando a democratização e a interiorização da educação. Os
cursos na modalidade EaD são ofertados via programas governamentais e de
forma institucionalizada.
Os cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) são cursos de rápida duração

que têm foco em uma área de atuação específica. Nessa modalidade, os pré-
-requisitos de escolaridade variam de acordo com o curso escolhido, desde o
ensino fundamental incompleto até o nível superior completo. Após a aprovação,
o aluno recebe a certificação do curso de qualificação na área, facilitando sua
inserção no mercado de trabalho.
O IFFar acredita no potencial transformador da educação na vida das pessoas.

Aproveite a oportunidade de se qualificar de forma gratuita em uma instituição
de qualidade reconhecida. Esse material foi preparado para que você possa
realizar seus estudos de forma autônoma, sem tutoria, no horário e na forma que
forem mais convenientes para você. Desejamos um ótimo curso e esperamos
contribuir positivamente para a sua formação. Bons estudos!
educação a distância | instituto federal farroupilha 3

sumário
apresentação do iffar.............................................................................................................3
indicações de ícones............................................................................................................... 5
palavra do professor............................................................................................................. 6
apresentação.............................................................................................................................7
plano de trabalho................................................................................................................... 8
aula 1
Educação a Distância.............................................................................................. 11
1.1 Objetivos de aprendizagem............................................................................................. 11
1.2 Conteúdos de estudo...................................................................................................... 11
aula 2
Hábito de estudos, feedback e estilos de aprendizagem na EaD.......... 20
2.1 Objetivos de aprendizagem............................................................................................ 20
2.2 Conteúdos de estudo..................................................................................................... 20
aula 3
Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem................................................ 25
3.1 Objetivos de aprendizagem.............................................................................................25
3.2 Conteúdos de estudo......................................................................................................25
Leitura complementar.................................................................................................................... 30
Referências........................................................................................................................................ 31
Sobre o autor.................................................................................................................................... 34

indicações de ícones
Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem

e facilitar a organização e a leitura hipertextual.
GLO SSÁR I O
Explicação de um termo utilizado durante o texto da unidade.
L E MBR E -SE
Indica que naquele trecho demarcado deve ser enfatizada a com-

preensão do estudante.
SAI BA MAI S
Texto complementar ou informação importante sobre o assunto que

faz parte da unidade.
PARA R E FL E TI R
Indica questões para que o aluno reflita sobre sua realidade. Vale
também instigar o aluno à pesquisa sobre determinado tema.

palavra do professor
Olá, saudação estudante!
A disciplina de Ambientação em EaD tem o objetivo de apresentar orientações

para que você possa compreender os conceitos básicos da Educação a
Distância, além de uma breve história desta importante modalidade de ensino.
Outro ponto, não menos importante, é compreender o AVEA e suas ferramentas

utilizadas na Educação a Distância.
Seja bem-vindo!
Um grande abraço.
Professor Jonathan Pippi

apresentação
Este livro didático corresponde à disciplina de Ambientação em EaD, do curso

de de MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL na modalidade a distância que
você realiza no Ambiente Virtual Moodle do IFFar.
Este material foi elaborado com o objetivo de proporcionar uma aprendizagem

autônoma, com conteúdo e uma linguagem que facilite seu estudo a distância.
Sua aprendizagem é o nosso principal objetivo.
Bons estudos!
Equipe IFFar.

plano de trabalho
Curso: Microempreendedor Individual
Modalidade: FIC sem mediação – Educação a Distância
Carga horária: 15 horas
Professor(a): Jonathan Donato Pippi
Nome da disciplina: Ambientação em EaD
Ementa
Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem. Ferramentas para navegação e
busca na internet. Concepções e legislação em EaD. Metodologias de estudos
baseadas nos princípios de autonomia, interação e cooperação.
Objetivo geral da disciplina
Demonstrar para o estudante os conceitos fundamentais da Educação a Distância

e apresentar a importância dos Ambientes Virtuais de Ensino e Aprendizagem.
Metodologia
A condução metodológica do componente desenvolver-se-á baseada em
materiais básicos e complementares, bem como a proposição de atividades
de aprendizagem, a partir do ambiente virtual Moodle e suas potencialidades
pedagógicas. Será disponibilizado um caderno didático com o conteúdo da
disciplina e também, uma apresentação em slides com a síntese do conteúdo
de cada tópico. Como materiais complementares poderão ser disponibilizados
vídeos do Youtube, links e sites da internet, infográficos, mapas conceituais,
videoaulas do conteúdo do tópico, podcasts com o conteúdo do tópico, entre
outros.

Conteúdo programado
Aula 1: Educação a Distância
Aula 2: Conhecer os conceitos, as ferramentas, principais recursos e software

da Educação a Distância;
Aula 3: Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem
Avaliação
Instrumentos
Enquanto elemento formativo, a avaliação é condição integradora entre ensino e
aprendizagem e deverá ser ampla e contínua. Os instrumentos a serem utilizados
pelo professor serão questionários de múltipla escolha de autocorreção, fornecendo
feedback automático ao estudante. Cabe ressaltar que o estudante será avaliado
processualmente, pelo seu desempenho em cada um dos tópicos da disciplina.
Critérios de avaliação
Critérios de avaliação A avaliação deverá considerar o processo de aprendizagem

dos alunos mediante a observação da realização e engajamento com as propostas
de trabalho, considerando: – o domínio dos conhecimentos; – a capacidade de
analisar e relacionar a teoria estudada e a prática; – o envolvimento individual
em relação à responsabilidade na realização das tarefas.
As atividades de aprendizagem propostas para cada aula terão valor 10. Para
cada atividade, o estudante receberá a nota mais alta de um total de três ten-
tativas. A media das notas das atividades de aprendizagem corresponderão a
40% da nota final da disciplina. A avaliação final terá valor 10 e duração de 2
horas. O estudante também receberá a nota mais alta de três tentativas. Esta
avaliação corresponderá aos demais 60% da nota final da disciplina. Considera-
-se aprovado, ao término do componente curricular, o estudante que obtiver
nota final da disciplina igual ou superior a 7,0.

Bibliografia
Bibliografia básica
ALVES, Lynn; BARROS, Daniela; OKADA, Alexandra. Estratégias MOODLE: Pedagógicas e
Estudos de Caso. Salvador – BA,2009. Disponível em: http// www.Iynn.pro.br/admin/files/
lyn_livro/7d17b6fefa.pdf. Acesso em 10 mar. 2021.
ARAÚJO, J.; ARAÚJO, K. EaD em Tela: Docência, Ensino e Ferramentas Digitais. Campinas:
Pontes, 2013. ISBN: 9788571134263. 246 p.
BRASIL. Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017. Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394,

de 20 de dezembro de 1996 , que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9057.
htm#art24. Acesso em 10 mar. 2021.

curso microempreendedor individual
aula 1
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1.1 Objetivos de aprendizagem

» Conhecer a história da Educação a Distância.
» Aprender os conceitos da Educação a Distância.
1.2 Conteúdos de estudo

» História.
» A Educação a Distância no Brasil.
» Conceitos.
1.2.1 História
A Educação a Distância, também conhecida como EaD, surgiu na cidade de Boston (EUA), em
1728, quando um curso por correspondência foi oferecido por uma instituição de ensino. Caleb
Phillips, professor de taquigrafia, ofertava formações sobre técnicas para escrever à mão, de
forma rápida, usando códigos e abreviações para estudantes de todo o país, com materiais
enviados pelo correio (OLIVEIRA et al., 2019).
Com base neste marco, segundo Vasconcelos (2010), é possível determinar as referências
históricas que consolidaram a Educação a Distância no mundo a partir do século XVIII:
Quadro 1 – Referências históricas
1728 – Fundada a Educação a Distância, a partir da proposta da Gazeta de Boston, edição de 20 de março,
um curso que disponibilizava material para o ensino e tutoria por correspondência. Após muitas iniciativas
particulares, durante um longo período e por muitos professores, no século XIX a Educação a Distância começa a
existir institucionalmente.
1829 – É inaugurado na Suécia o Instituto Líber Hermondes que possibilitou a mais de 150.000 pessoas realizar
diversos cursos através da Educação a Distância.
1840 –É instaurada, no Reino Unido, a Faculdade SirIsaac Pitman, a primeira escola por correspondência na
Europa.
ambientação em ead 11
1856 – Em Berlim, a Sociedade de Línguas Modernas contrata os professores Charles Tous-saine e Gustav
Laugenschied para ensinarem a Língua Francesa por correspondência.
1892 – No Departamento de Extensão da Universidade de Chicago (EUA), é criada a Divisão de Ensino por
Correspondência para preparação de docentes.
1922 – Começam a ser criados cursos por correspondência na União Soviética.
1935 – O Japanese National Public Broadcasting Service inicia seus programas escolares pelo rádio, como auxilio
complementar e aperfeiçoamento da escola oficial.
1947 – Na França, mais precisamente em Paris, através da Rádio Sorbonne, tem início a transmissão das aulas de
muitas disciplinas literárias da Faculdade de Letras e Ciências Humanas.
1948 – Na Noruega é criada a primeira legislação para escolas por correspondência.
1951 – Nasce a Universidade de Sudáfrica, única instituição a distância da África, que se propõe, exclusivamente,
a desenvolver cursos na modalidade EaD.
1956 – Nos Estados Unidos, a Chicago TVCollege, começa a transmissão de programas educativos pela televisão.
1960 –Na Argentina, o Ministério da Cultura e Educação cria a TeleEscola Primária, que integrava os materiais
impressos à televisão e à tutoria.
1968 –É fundada a Universidade do Pacífico Sul, uma universidade regional que pertence a 12 países-ilhas da
Oceania.
1969 –No Reino Unido é fundada a Fundação da Universidade Aberta.
1971 –A Universidade Aberta Britânica é criada.
1972 –Na Espanha é implantada a Universidade Nacional de Educação a Distância.
1977 –Na Venezuela é fundada a Fundação da Universidade Nacional Aberta.
1978 –Na Costa Rica é criada a Universidade Estadual a Distância.
1984 –Na Holanda é criada Universidade Aberta.
1985 –É criada a Fundação da Associação Europeia das Escolas por Correspondência; e na Índia, é fundada a
Universidade Nacional Aberta Indira Gandhi.
1987 –É divulgada a resolução do Parlamento Europeu sobre Universidades Abertas na Comunidade Europeia; e
é criada a Fundação da Associação Europeia de Universidades de Ensino a Distância.
1988 –Em Portugal, é criada a Fundação da Universidade Aberta.
1990 –É fundada a rede Europeia de Educação a Distância, baseada na declaração de Budapeste e no relatório da
Comissão sobre educação aberta e a distância na Comunidade Europeia.
Fonte: VASCONCELOS, 2010
Este histórico da evolução da EaD, juntamente com as iniciativas de diversas instituições foram
determinantes para a consolidação da modalidade a distância para fins educacionais. Atualmente,
a maioria dos países adota a Educação a Distância em todos os níveis de ensino, atendendo
milhões de estudantes (GOLVÊA & OLIVEIRA, 2006).
Com o crescimento da modalidade a distância e a falta da relação presencial entre professo-

res e alunos, surge o papel do tutor com a função de ser um mediador entre o professor, os
conteúdos e os alunos (SÁ, 1998).
Barros (2002, p.15) acrescenta que a função do tutor é “orientar o aluno, esclarecer dúvidas
relativas ao estudo da disciplina pela qual é responsável”.
Sá (1998), no quadro abaixo, apresenta as diferenças entre as funções do professor (tradicional)

e o do tutor na Educação a Distância.
Quadro 2 – Diferenças entre as funções do professor e do tutor
Educação PRESENCIAL Educação a DISTÂNCIA
Conduzida pelo professor. Acompanhada pelo tutor.
Atendimento ao aluno, em consultas individualizadas

Predomínio de exposições o tempo inteiro. ou em grupo, em situações em que o tutor mais ouve
do que fala.
Processo centrado no professor. Processo centrado no aluno.
Diversificadas fontes de informações (material

Processo como fonte central de informação.
impresso e multimeios).
Interatividade entre aluno e tutor, sob outras formas,

Convivência, em um mesmo ambiente físico, de
não descartada a ocasião para os “momentos
professores e alunos, o tempo inteiro.
presenciais”.
Ritmo determinado pelo aluno dentro de seus

Ritmo de processo ditado pelo professor.
próprios parâmetros.
Múltiplas formas de contato, incluída a ocasional face

Contato face a face entre professor e aluno.
a face.
Elaboração, controle e correção das avaliações pelo Avaliação de acordo com parâmetros definidos, em
professor. comum acordo, pelo tutor e pelo aluno.
Atendimento, pelo professor, nos rígidos horários de Atendimento pelo tutor, com flexíveis horários, lugares
orientação e sala de aula. distintos e meios diversos.
Fonte: SÁ, 1998
SAIBA MAIS
Para conhecer os demais papéis atuantes na Educação a Distância, faça a leitura da seção Equipe Mul-
tidisciplinar, página 19, do documento Referenciais de qualidade para a EaD: http://portal.mec.gov.br/
seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf
1.2.2 A Educação a Distância no Brasil
A Educação a Distância no Brasil tem um histórico marcado por progresso e retrocessos, devido
ao fato de não existir políticas públicas para a modalidade. (ALVES, 2009).
Abaixo pode-se visualizar uma linha do tempo que aponta os acontecimentos históricos que
a modalidade no Brasil, desde o uso de material impresso e rádio, tecnologias disponíveis à
época (MAIA & MATTAR, 2007):
Quadro 3 – Linha do tempo
1904– Na primeira edição da seção de classificados, do Jornal do Brasil, é visualizado um anúncio que oferece
profissionalização por correspondência para datilógrafo.
1923– No Rio de Janeiro, a Rádio Sociedade, liderada por Henrique Morize e Edgard Roquette-Pinto iniciou a
oferta de cursos de Português, Francês, Silvicultura, Literatura Francesa, Esperanto, Radiotelegrafia e Telefonia.
Com isso, surgiu a Educação a Distância no Brasil, através do rádio.
1934– Foi inaugurada no Rio de Janeiro, a Rádio–Escola Municipal, projeto para a Secretaria Municipal de
Educação. Nesse modelo, os estudantes tinham acesso prévio a folhetos e esquemas de aulas e era utilizada
correspondência para contato com estudantes.
1939– O Instituto Monitor, em São Paulo, foi o primeiro instituto a oferecer regularmente cursos
profissionalizantes a distância por correspondência.
1941– Surge o Instituto Universal Brasileiro, segundo Instituto brasileiro a ofertar cursos profissionalizantes a
distância. Mais de 4 milhões de pessoas e hoje possui cerca de 200 mil estudantes.
1947– Surge a nova Universidade do Ar, patrocinada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC),
Serviço Social do Comércio (SESC) e emissoras associadas. A finalidade era disponibilizar cursos comerciais
radiofônicos, em que os estudantes estudavam nas apostilas e corrigiam exercícios como auxílio dos monitores.
1959– A Diocese de Natal (RN) cria algumas escolas radiofônicas, dando origem ao Movimento de Educação de
Base (MEB), referência na Educação a Distância não formal no Brasil. O MEB, envolvendo a Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil e o Governo Federal recorreu a um sistema rádioeducativopara a disseminação do acesso à
educação, possibilitando o letramento de jovens e adultos.
1962–É fundada em São Paulo, a Ocidental School, concentrada apenas em cursos de eletrônica.
1967– Utilizando a metodologia de ensino por correspondência, o Instituto Brasileiro de Administração Municipal
começa suas atividades na área de educação pública. Ainda neste ano, a Fundação Padre Landell de Moura criou
seu núcleo de Educação a Distância, com metodologia de ensino por correspondência e via rádio.
1970– Surge o Projeto Minerva, uma parceria entre o Ministério da Educação, a Fundação Padre Landell de Moura
e a Fundação Padre Anchieta. O objetivo desse projeto era a utilização do rádio para a educação e a inclusão
social de adultos. O projeto foi mantido até o início da década de 1980.
1974–Iniciam na TVCeará cursos para as 5ª à 8ª séries(atuais 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental), com material
televisivo, impresso e tutores. Também, nasce o Instituto Padre Reus.
1976– É criado o Sistema Nacional de Teleducação com cursos através de material instrucional;
1979– A Universidade de Brasília cria cursos veiculados por jornais e revistas. Em 1989, a Universidade de Brasília
é transformada no Centro de Educação Aberta, Continuada, a Distância (CEAD) e lançado o Brasil EAD. Foi a
pioneira no uso da Educação a Distância, no ensino superior no Brasil.
1981–É fundado o Centro Internacional de Estudos Regulares (CIER) do Colégio Anglo-Americano que oferecia
Ensino Fundamental e Médio a distância.
1983– O SENAC desenvolveu vários programas radiofônicos sobre orientação profissional na área de comércio e
serviços, denominados “Abrindo Caminhos”.
1991– Nasce o programa “Jornal da Educação –Edição do Professor”, um programa para a formação continuada e
aperfeiçoamento de professores, principalmente do Ensino Fundamental e estudantes dos cursos de magistério.
1992–É criada a Universidade Aberta de Brasília, fato importante na Educação a Distância do Brasil.
1995–Foi criado o Programa TV Escola da Secretaria de Educação a Distância do MEC, e também o Centro
Nacional de Educação a Distância.
1996– É criada a Secretaria de Educação a Distância (SEED), pelo Ministério da Educação, dentro de uma política
que privilegia a democratização e a qualidade da educação brasileira.
1996- Surgimento da EaD.
2000– É constituída a UniRede, Rede de Educação Superior a Distância, associação comprometida com a
democratização do acesso à educação de qualidade, por meio da Educação a Distância,oferecendo cursos de
graduação, pós-graduação e extensão.
2002–O CEDERJ é integrado a Fundação Centro de Ciências de Educação Superior a Distância do Rio de Janeiro
(Fundação CECIERJ).
2004– Foram introduzidos pelo MEC, vários programas para a formação inicial e continuada de professores da
rede pública, por meio da EaD. Destacam-se o Pró-Letramento e o curso Mídias na Educação. Isso auxiliou na
criação do Sistema Universidade Aberta do Brasil.
2005– É criada a Universidade Aberta do Brasil, uma parceria entre MEC, estados e municípios, com a finalidade
de integrar cursos, pesquisas e programas de educação superior a distância.
2006–Prevalece o Decreto n° 5.773, de 09 de maio de 2006 – revogado pelo Decreto nº 9.235, de 2017 - que
determina sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação
superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino, adicionando os cursos da
modalidade a distância(BRASIL, 2006).
2008–É criada em São Paulo, uma Lei que possibilita o ensino médio a distância, onde até 20% da carga horária
poderá ser não presencial;
2009–Entra em vigor a Portaria nº 10, de 02 de julho de 2009, que dispõe critérios para a dispensa de avaliação in
loco e outras deliberações para a Educação a Distância no Ensino Superior no Brasil (BRASIL, 2009).
2011–A Secretaria de Educação a Distância é extinta.
2017– Entra em vigor o Decreto nº 6.303 - revogado pelo Decreto nº 9.235, de 2017, de 12 de dezembro de 2007,
que altera dispositivos do Decreto n° 5.622, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL,
2007).
2017– É homologado o Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, que regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394/1996,
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e dispõe sobre a oferta de cursos na modalidade a
distância, maximizando a divulgação da Educação a Distância em todo o território nacional.
2017– É homologada, pelo MEC, a Portaria Normativa MEC nº 11 de 20 de junho de 2017, que estabelece normas
para o credenciamento de instituições e a oferta de cursos superiores a distância, em conformidade com o
Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017.
2019 – É homologada pelo MEC, a portaria nº 2.117, de 6 de Dezembro de 2019, que estabelece limite de 40% de
carga horária EAD em cursos presenciais.
Fonte: MAIA & MATTAR, 2007
SAIBA MAIS
Conforme Nunes (1993) as experiências brasileiras, governamentais, não-governamentais e privadas são

muitas e representaram, nos últimos tempos, o estímulo de muitas pessoas técnicos e recursos financei-
ros. Mesmo assim, os resultados não foram suficientes para produzir um processo reverso na aceitação
governamental e social da modalidade de educação a distância no Brasil. Os principais motivos disto
são a descontinuidade de projetos, a falta de memória administrativa pública brasileira e certo receio em
adotar metodologias científicas de avaliação dos programas e projetos.
1.2.3 Conceitos
É possível encontrar muitos conceitos de Educação a Distância na literatura. Desde uma forma
de ensino não tradicional a uma modalidade do ensino independente. Desse modo concep-
ção da Educação a Distância justifica-se no fato de que o processo de ensino-aprendizagem
pode ser entendido como a busca de “uma aprendizagem autônoma, independente, em que
o estudante se converte em sujeito de sua própria aprendizagem e centro de todo o sistema”
(RIANO, 1997, p.21).
O Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o artigo 80 da Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional Brasileira - LDB conceitua:
Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação
de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de infor-
mação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação
(BRASIL, 1998).
Os autores Maia e Mattar (2007) afirmam que a Educação a Distância é uma modalidade de
ensino em que professores e estudantes estão separados geograficamente, que utiliza diversas
tecnologias de comunicação e é ofertada por instituições de ensino.
Para Moore e Kearsley (2008), a Educação a Distância:
É o aprendizado planejado que ocorre normalmente em um lugar diferente do local do ensino,

exigindo técnicas especiais de criação do curso e de instrução, comunicação por meio de várias
tecnologias e disposições organizacionais e administrativas especiais (MOORE; KEARSLEY, 2008, p.2).
Enquanto Moran (2002) define que professores e estudantes não estão necessariamente juntos,
mas podem estar conectados através da Internet, embora possam ser utilizados outros meios
de comunicação.
As ações de EaD são norteadas por alguns princípios, dentre eles, Leite (1997, p. 38) destaca:
» Flexibilidade, possibilitando alterações durante o processo para os professores e os

estudantes.
» Contextualização: desempenhando rapidamente demandas e necessidades educativas

estabelecidas por situações socioeconômicas específicas de regiões ou localidades.
» Diversificação: fornecendo tarefas e materiais que permitem diversas maneiras de apren-

dizagem.
» Abertura: possibilitando que o estudante gerencie seu tempo e espaço deforma autônoma.
Estas concepções configuram uma ruptura com o modelo de educação presencial e indicam
a estrutura democrática da EaD, sendo que a relação ensino-aprendizagem não se restringe
apenas ao momento de contato do estudante com o professor (LEITE, 1997, p. 38).
CURIOSIDADE
A Educação a Distância está em constante crescimento no Brasil. O censo realizado em 2019,

pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira aponta que
entre 2009 e 2019 o número de matrículas em cursos a distância aumentou 378,9%.
Estudantes em cursos a distância representavam 16,1% do total, em 2009. Já em 2019, este

público correspondeu a 43,8% do total de alunos matriculados no ensino superior.
Figura 1 – Proporção de novos estudantes

em EAD x Presencial
Fonte: Censo da Educação Superior – INEP, 2019
CURIOSIDADE
O número de estudantes matriculados nos cursos de licenciatura na modalidade a distância,

de acordo com a mesma pesquisa realizada pelo INEP, em 2019, era de 53,3%. Enquanto que
46,7% preferiam o ensino presencial.
Considerando as modalidades, EaD e presencial, as licenciaturas com maiores números de

estudantes no Brasil, em 2019, segundo o censo do INEP, são demonstradas na figura abaixo
Figura 2 – Cursos de licenciatura com mais estudantes matriculados
Fonte: Censo da Educação Superior – INEP, 2019
PA RA R E F LE TI R
Como o ensino remoto e a quarentena estão impactando sua vida e sua rotina de estudos?
aula 2
HÁBITO DE ESTUDOS, FEEDBACK E ESTILOS
DE APRENDIZAGEM NA EAD.

» Compreender a importância de adotar uma rotina de estudos na EaD.
» Entender a importância de feedbacks na EaD.
» Reconhecer os estilos de aprendizagem em EaD.

» Hábito de estudos.
» Feedback.
» Estilos de aprendizagem em EaD.
2.2.1 Hábito de estudos
Adaptar-se à rotina de estudos em cursos a distância nem sempre é fácil, mas para atingir um
bom rendimento no curso, é necessário que o estudante gerencie seu tempo e crie hábito de
estudos que lhe possibilite ler com atenção o material proposto nas disciplinas, tirar suas dúvidas
com os professores, tutores ou colegas e realizar as atividades propostas no prazo estipulado.
O hábito de estudos integra o processo de autonomia do estudante, necessário para o acom-

panhamento de cursos na modalidade a distância (ARCURIO, 2008). Sobre autonomia na EaD,
o mesmo autor contextualiza da seguinte forma:
Um aprendiz autônomo no universo da educação a distância deve saber utilizar certa forma os recur-
sos tecnológicos que a modalidade disponibiliza, adequando as diversas necessidades individuais
de acordo com a flexibilidade de horário para o estudo, atendimento personalizado, inovação das
metodologias de ensino, aperfeiçoamento e novas oportunidades de avaliação da aprendizagem,
sem manchar suas normatizações legais, assim como o grande crescimento de um relacionamento
interpessoal. (ARCÚRIO, 2008, p 2).
GLO SSÁR I O
AVEA • (do inglês: Virtual learning environment) são ambientes que

auxiliam na montagem de cursos acessíveis, livres ou acadêmicos,
pela Internet.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ambiente_virtual_de_aprendizagem
NETIQUETA • (do inglês "network" e "etiquette") é uma etiqueta que

se recomenda observar na internet.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Netiqueta
TICs • é uma expressão que se refere ao papel da comunicação (seja

por fios, cabos, ou sem fio) na moderna tecnologia da informação.
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologias_da_
informa%C3%A7%C3%A3o_e_comunica%C3%A7%C3%A3o
Destacam-se algumas características fundamentais relacionadas aos hábitos de estudos na

modalidade a distância:
» A utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) entre professor e

aluno: o sucesso da EaD, em grande parte, é devido à evolução das TICs, que garantem a
comunicação e interação. Sua utilização permite acesso a diversos conteúdos de maneira
rápida, em um ambiente de aprendizagem interativo e inovador (MORAN, 2012).
» Encontros presenciais: além de um momento de interação entre os professores, tutores

e colegas, é uma oportunidade pedagógica e de socialização, tendo a mesma relevância
de momentos de aprendizagem no que ocorrem no AVEA (SÁ, 1998).
» Autonomia no processo de estudos: no processo de aprendizagem autônoma, o estudante

não é objeto, mas sujeito ativo que realiza sua própria aprendizagem e abstrai o conheci-
mento aplicando-o em situações novas. A motivação, a autoconfiança e a participação do
estudante de forma autônoma são características básicas de estudantes em EaD.O aluno
precisa realmente envolver-se com o curso (BELLONI, 1999).
» Comunicação bilateral: mesmo o aluno tendo autonomia para organizar sua rotina de
estudos, a comunicação e a interação com os professores e tutores é importante para que
aconteça o processo de ensino e de aprendizagem.
Referente a isso, Saraiva (1996) salienta que:
A educação a distância só se realiza quando um processo e utilização garante uma verdadeira comu-
nicação bilateral nitidamente educativa. [...] Ultrapassa o simples colocar materiais instrucionais a
disposição do aluno distante. Exige atendimento pedagógico, superador da distância e que provoca a
essencial relação professor – aluno, por meios e estratégias institucionalmente garantidos (SARAIVA,
1996, p.17).
Um ponto importante relacionado ao hábito de estudos é o de analisar, acompanhar o recebi-

mento dos feedbacks e guiar seus estudos a partir deles. O feedback enviado pelos professores
e tutores em relação ao acesso à plataforma de aprendizagem e à realização das atividades
propostas nas aulas virtuais.
2.2.2 Feedback
Os diálogos entre professores e estudantes, bem como tutores e estudantes são considerados
feedbacks. Segundo Moore e Kearsley (2007, p. 251), um dos motivos determinantes do sucesso
da EaD são a quantidade e a qualidade dos diálogos entre os professores e os estudantes, tendo
como finalidade o estímulo da autonomia de aprendizagem.
Para Mory (2004), o feedback pode ser definido como qualquer método comunicativo feito para
auxiliar o aluno sobre a veracidade de sua resposta, geralmente relacionada a uma pergunta
instrucional. O autor (2004, p.745), acrescenta que “o feedback continua sendo parte fundamental
do processo de ensino-aprendizagem, não importando o modelo adotado”.
Percebendo que a maioria das interações ocorridas em ambientes virtuais de aprendizagem

são feitas por intermédio da linguagem escrita, é importante que o professor e o tutor atentem
para fatores que podem auxiliá-los no processo de elaboração de feedback, com a finalidade
de minimizar problemas na comunicação (ABREU E LIMA, 2011):
» Netiqueta: observar as regras éticas na internet é um ponto muito importante. Mesmo

assim, deve-se compreender que estas normas de netiqueta são criadas de acordo com o
contexto, os estudantes e os meios de comunicação utilizados.
» Correção textual: conferir ortografia antes de postar as mensagens, relendo o texto e

utilizando os corretores dos próprios editores de texto.
» Coerência textual: verificar se o texto segue uma sequência lógica e refletir se as ideias
não estão confusas ou desconexas.
» Clareza e objetividade: não utilizar palavras ou expressões rebuscadas, exceto termos

que podem ser conhecidos pelos estudantes dentro da sua área de trabalho.
Estes cuidados básicos podem contribuir para a comunicação entre os envolvidos na modalidade
a distância, além de beneficiar o processo de ensino e aprendizagem durante o curso.
SAIBA MAIS
Para entender melhor a importância do feedback ao aluno da Educação a Distância, assista ao vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=J1d9fvkL7lU
2.2.3 Estilos de aprendizagem em EaD
A aprendizagem pode ser entendida como um processo de duas fases: recepção e o processa-
mento da informação. No estágio da recepção, a informação externa (assimilada pelos sentidos)
e a informação interna (que surge introspectivamente) ficam disponíveis para o indivíduo, que
escolhe o material a ser processado e desconsidera o restante. O processamento envolve a
memorização, reflexão ou ação, introspecção ou interação com outros indivíduos. O resultado
disso é que os conceitos são aprendidos de uma maneira ou de outra, ou não é aprendido
(FELDER e SILVERMAN, 1988).
Os estilos de aprendizagem e a interação são variáveis que influenciam na preferência de

estudantes na modalidade a distância e a satisfação, nessa situação, implica em aprendizagem
(EOM, WEN e ASHILL, 2006).
No momento que os estudantes conhecem suas preferências, os mesmos têm a possibilidade

de conduzir suas próprias aprendizagens. Quando isso ocorre, entende-se que os alunos conhe-
cem seus estilos de aprendizagem, que é um passo fundamental para tirar proveito de suas
habilidades (BARROS, 2010).
A partir da identificação dos estilos de aprendizagem dos estudantes,o professor pode pensar
no planejamento das aulas e na disponibilização de materiais que respeitem os alunos e con-
tribuam para a motivação dos mesmos (SILVA e OLIVEIRA NETO, 2010).
O quadro abaixo demonstra as características dos estudantes de acordo com seus estilos de
aprendizagem.
Quadro 4 – Características dos estudantes de acordo com seus estilos de aprendizagem
Dimensão Características dos estudantes
Ativo: tendem a compreender melhor a informação debatendo alguma

atividade, explicando para os colegas e gostam de trabalho em grupo.
Realizam as atividades rapidamente, mas podem se precipitar.
Ativo reflexivo
Reflexivo:gostam de refletir sobre a informação e preferem trabalho
individual ou em dupla. Realizam as atividades mais lentamente.
Sensoriais: tendem a resolver problemas por meio de métodos

estabelecidos e não apreciam surpresas, são pacientes com detalhes,
memorizam fatos facilmente, gostam de trabalhos experimentais e
repetitivos, tendem a ser cuidadosos e não apreciam disciplinas que
não tem conexão com o mundo real.
Sensorial intuitivo
Intuitivo: preferem descobrir possibilidades, gostam de inovação e
não gostam de repetição, apreciam cálculos matemáticos, são rápidos
e criativos e não apreciam as disciplinas que envolvem memorização e
cálculos rotineiros. Apreciam a variedade.
Visuais: recordam-se mais do que viram, trocam as palavras

por símbolos, apreciam as representações visuais (diagramas,
cronogramas, gráficos, filmes e demonstrações) e reconstroem figuras
de distintas maneiras.
Visual verbal
Verbais: se aproveitam das interpretações escritas e faladas, preferem
ouvir e fazer anotações, gostam de materiais impressos, repetem as
palavras (falando ou escrevendo) e leem suas anotações em silêncio e
transformam diagramas em palavras.
Sequenciais: avançam com compreensão parcial, ganham

entendimento em passos lineares, com cada passo de acordo com o
anterior, seguem caminhos lógicos na resolução de um problema, se
sente bem explicando e enfatizam os detalhes.
Globais: absorvem o material aleatoriamente, não enxergam

Sequencial global
conexões e repentinamente entendem tudo, necessitam do contexto,
resolvem problemas complexos rapidamente, tem facilidade para
unir elementos (de maneira nova), mas podem ter dificuldade para
explicar como fizeram isso, seu foco está no resumo e no pensamento
sistêmico.
Fonte: SILVA e OLIVEIRA NETO, 2010
PA RA R E F LE TI R
A partir das dimensões e características do quadro acima, você consegue identificar qual é o seu estilo
de aprendizagem?
aula 3
AMBIENTE VIRTUAL DE ENSINO E
APRENDIZAGEM

» Entender a importância do Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem – AVEAs.
» Conhecer o Moodle e suas ferramentas.

» Conceito. Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem – AVEAs.
» Moodle.
» Ferramentas.
3.2.1 Conceito
O constante avanço tecnológico na educação provoca mudanças e novas possibilidades no

processo de ensino e aprendizagem, o uso de Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem para
disponibilização de aulas virtuais, recursos e atividades, é uma delas, pois apresenta muitos
recursos integrados que permitem a organização e administração de um curso.
Também conhecido como AVEA, Almeida (2003, p.331) entende que os ambientes virtuais de
ensino e aprendizagem são:
Sistemas computacionais disponíveis na internet, destinados ao suporte de atividades mediadas pelas

tecnologias de informação e comunicação. Permitem integrar múltiplas mídias, linguagens e recur-
sos, apresentar informações de maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas e objetos
de conhecimento, elaborar e socializar produções tendo em vista atingir determinados objetivos...
Segundo Ribeiro et al. (2007, p.4) os AVEAs:
“[..]fornecem aos participantes ferramentas a serem utilizadas durante um curso, para facilitar o com-
partilhamento de materiais de estudo, manter discussões, coletar e revisar tarefas, registrar notas,
promover a interação entre outras funcionalidades. Eles contribuem para o melhor aproveitamento
da educação e aprendizagem”.
SAIBA MAIS
A organização perfeita de um AVEA é centrada na aprendizagem, interação, construção do conhecimento

e no desenvolvimento de potencialidades dos estudantes envolvidos. É um espaço educacional virtual
que possibilita a integração de múltiplas linguagens, mídias e atividades mediadas pelas TICs (PALLOFF
e PRAT, 2002).
Para que o AVEA seja um instrumento que promova a interação e a aprendizagem em um curso,
é necessário que o professor reflita sobre alguns métodos fundamentais (HACK, 2010):
» Comunicação adotada no AVEA relacionada com o perfil do estudante, respeitando seus

interesses e sua vivência anterior, suas preocupações e suas dificuldades;
» Composição e organização das unidades textuais, tarefas e fóruns virtuais, a partir das
competências que se pretende estimular;
» Linguagem clara, direta e expressiva, com o intuito de transmitir ao estudante a sensação

de que ele está em diálogo constante com o professor e que ambos, juntos, colaboram com
a construção do conhecimento a distância;
» Organização do AVEA de forma hipertextual, instigando o estudante constantemente,

por meio de links, dicas de leitura complementar e tarefas.
3.2.2 Moodle
Para Sabbatini (2007), o Moodle é um dos ambientes mais utilizados e pode ser conceituado
como um Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem baseado em software livre. O termo
Moodle é um acrônimo de Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment (Ambiente
Modular de Aprendizagem Dinâmica Orientada a Objetos).
Os autores Ribeiro e Mendonça concordam com a definição anterior e acrescentam:
O AVA Modular Object Oriented Distance Learning (Moodle) é uma plataforma, Open Source, ou seja,
pode ser instalado, utilizado, modificado e mesmo distribuído. Seu desenvolvimento objetiva o
gerenciamento de aprendizado e de trabalho colaborativo em ambiente virtual, permitindo a criação
e administração de cursos on-line, grupos de trabalho e comunidades de aprendizagem (RIBEIRO e
MENDONÇA, 2007, p.7-8).
A plataforma Moodle possui diversas ferramentas para o desenvolvimento de atividades

nos cursos e dispõe de muitas aplicações que possibilitam instalar e utilizar novos recursos
(KAY, 2014).
3.2.3 Ferramentas
O ambiente virtual de aprendizagem Moodle disponibiliza aos professores e alunos diferentes

recursos e atividades que possibilitam a disponibilização dos materiais de estudo, o envio de
atividades avaliativas, a interação entre professor, tutor e estudante, os quais contribuem para
a prática pedagógica.
Abaixo, em ordem alfabética, são elencadas as funcionalidades das principais ferramentas

disponíveis no Moodle.
» Chat
Conforme Tortorelie Gasparin (2012, p-9), a ferramenta Chat possibilita que os estudantes tenham
“autonomia na forma de se expressar, promovendo a troca de ideias e de informações, além de
ter o feedback imediato à opinião exposta e a possibilidade de reformulá-la, enriquecendo a
discussão”, além de “expor dúvidas, questionamentos, posicionamentos, e até mesmo discutir
questões mais complexas sobre o conteúdo de estudo”.
» Fórum
Através de uma discussão assíncrona, a ferramenta Fórum possibilita a interação entre pro-
fessores, tutores e estudantes sobre determinado assunto de uma disciplina.MOODLE (2011)
aponta inúmeras vantagens desta atividade:
» Possibilita reflexão e pesquisa antes da postagem.

» Proporciona organização do conteúdo.
» Requer expressão correta e clara de ideias.
» Permite aprofundamento de ideias e conceitos.
» Oportuniza a prática consciente de funções cognitivas, como: observar, identificar, rela-
cionar, comparar, analisar, sintetizar, divergir, discordar e generalizar.
» Garante o registro do processo de construção do conhecimento.

» Possibilita uma mediação direcionada pelo professor.
O Moodle tem quatro tipos de fóruns, segundo o próprio desenvolvedor (MOODLE, 2011). São eles:
» Fórum geral– utilizado para discussões nas quais se procura monitorar os estudantes
ou fóruns sociais criados pelos próprios estudantes;
» Uma única discussão simples– muito usado para discussões curtas ou com tempo
limitado, cuja finalidade é abordar um único assunto;
» Cada usuário inicia um novo tópico– possibilita que cada participante inicie apenas um
novo tópico.
» Fórum P e R (Pergunta e Resposta)– é uma opção caso o professor posta uma pergunta e
deseja que ela seja respondida por todos. Esse tipo de fórum oculta as respostas de outros
estudantes, até que o próprio estudante responda à pergunta;
» Glossário
A atividade Glossário possibilita aos estudantes criar dicionários de termos referentes à temá-
tica disciplina, bases de dados de arquivos, galerias de imagens e até links que podem ser
pesquisados (MOODLE, 2010).
» Lição
A ferramenta Lição é definida por Pulino Filho (2005), como um componente interativo de
avaliação, que permite visualizar o feedback do professor a cada questão, além de possibilitar
a revisão do que foi feito.
A utilização da ferramenta Lição serve para rever conceitos da disciplina através de exercícios
de vocabulários próprios do tema estudado (PULINO FILHO, 2005).
» Livro
A ferramenta Livro possibilita o desenvolvimento de sequências de páginas, de forma simples e
organizada. Essa organização pode ser através de capítulos e sub-capítulos ou até mesmo, por
meio da importação de arquivos .html. É possível inserir imagens, sons e vídeos nas páginas
(MOODLE, 2010).
» Questionário
A atividade Questionário permite elaborar ao professor a elaboração de perguntas de diferentes
formatos, como: verdadeiro ou falso, múltiplas escolhas, respostas curtas, entre outros. Possibilita,
também, escolher aleatoriamente perguntas e corrigir automaticamente as respostas a serem

exibidas (MOODLE, 2010).
» Tarefas
A ferramenta Tarefa possibilita que o estudante envie arquivos digitais em diversos formatos
ou escrever a resposta diretamente no editor de texto do próprio Moodle. Geralmente, a tarefa
tem um prazo para ser realizada (MOODLE, 2010).
» Wiki
A finalidade da Wiki é a construção de um documento colaborativo com os participantes de
um curso. É possível acessar às diferentes versões desse documento e verificar as diferenças
entre as versões (MOODLE, 2010).
Moran Costas (2013) define a Wiki como uma ferramenta para o desenvolvimento de ideias e
escrita colaborativa, além de aperfeiçoar o objeto de estudo.
SAIBA MAIS
Para conhecer melhor o ambiente virtual de aprendizagem Moodle, acesse o endereço a seguir e veja as
estatísticas de uso: https://stats.moodle.org/
Leitura complementar
Se você deseja saber como instalar o Moodle em seu computador, acesse os links abaixo:
Como instalar o moodle passo a passo
https://www.noticiasead.com.br/tutoriais-e-dicas/654-como-instalar-o-moodle-passo-a-passo
Como instalar o Moodle 3.8 do Zero
https://www.youtube.com/watch?v=LAbbBPMD5Ug
Referências
ABREU E LIMA, D. M. O feedback e sua importância no processo de tutoria a distância. 2011. Disponível em: http://www.scielo.
br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73072011000200013. Acesso em: 05 mar. 2021.
ALMEIDA, M. E. B.; PRADO, M. E. B. B. Criando situações de aprendizagem colaborativa. In: VALENTE, J. A.; ALMEIDA, M. E. B.;PRADO
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ALVES, J. R. M. A história da EaD no mundo. In: LITTO, F.; FORMIGA, M. (orgs.). Educação a distância: O estado da arte. São Paulo:
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ARCÚRIO, M. S. F. Autonomia do aprendiz na educação a distância. 2008. Disponível em: <www.partes.com.br/educacao/

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BARROS, D. M. V. Estilos de Uso do Espaço Virtual: Novas Perspectivas para os Ambientes de Aprendizagem Online. Revista
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_______________. Educação a distância e as novas demandas ocupacionais. In: Revista Tecnologia Educacional, v. 30, nº 156,
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BELLONI, M. L. Educação a distância. Campinas: Autores Associados. 1999.
BRASIL. Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1998/decreto-

2494-10-fevereiro-1998-397980-norma-pe.htm>. Acesso em: 05 mar. 2021.
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BRASIL. Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/

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SÁ, Iranita M. A. Educação a Distância: Processo Contínuo de Inclusão Social.Fortaleza, C.E.C., 1998.
SARAIVA, Terezinha. Educação a distância no Brasil: lições de história. Brasília: Editora Em Aberto, 1996.
SILVA, D. M.; OLIVEIRA NETO, J.D. O impacto dos Estilos de Aprendizagem no ensino de Contabilidade. Contabilidade Vista e
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TORTORELI, Adélia C.; GASPARIN, João Luiz. A interação do professor e alunos no ambiente virtual de aprendizagem: a
ferramenta síncrona chat. Disponível em: www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2012/trabalhos/co_05/103.pdf. 2012.
Acesso em: 25 fev. 2021.
VASCONCELOS, S. P. G. Educação a distância: histórico e perspectivas.Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos.

Rio de Janeiro, RJ: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), 2010.Disponível em: http:// www.filologia.org.br/viiifelin/
19.htm. Acesso em 12 fev. 2021.
WIKIPÉDIA. A enciclopédia livre. 2021. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal.

Acesso em 11 mar. 2021.
Sobre o autor
Jonathan Pippi
Mestrando pelo programa Pós-Graduação em Tecnologias Educacionais em Rede
pela UFSM, Especialista em Informática da Educação e Docência no Ensino Superior
e Graduado em Informática.
Atua desde 2003 como professor na Rede Pública de Ensino (RS), no curso técnico em
Informática, ministrando as disciplinas de Lógica de Programação e Programação.
Na modalidade a distância, possui experiência desde 2006, como tutor, professor
e coordenador de tutoria, atuando na mediação entre professor e estudante.
www.iffar.edu.br
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha
Alameda Santiago do Chile, 195 – Nossa Sra. das Dores
CEP 97050-685 – Santa Maria - RS

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1. Economia. 2. Empresas. 3. Empreendedor. I. Pippi, Jonathan. II. Fontoura,

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Seja bem-vindo(a) ao Instituto Federal Farroupilha! Ficamos felizes em ofertar

O Instituto Federal Farroupilha (IFFar) é uma instituição pública e gratuita criada

A Educação a Distância (EaD) no IFFar, ofertada desde 2008, busca formar

Os cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) são cursos de rápida duração

O IFFar acredita no potencial transformador da educação na vida das pessoas.

educação a distância | instituto federal farroupilha 3

educação a distância | instituto federal farroupilha 4

Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem

Explicação de um termo utilizado durante o texto da unidade.

Indica que naquele trecho demarcado deve ser enfatizada a com-

Texto complementar ou informação importante sobre o assunto que

educação a distância | instituto federal farroupilha 5

Olá, saudação estudante!

A disciplina de Ambientação em EaD tem o objetivo de apresentar orientações

Outro ponto, não menos importante, é compreender o AVEA e suas ferramentas

educação a distância | instituto federal farroupilha 6

Este livro didático corresponde à disciplina de Ambientação em EaD, do curso

Este material foi elaborado com o objetivo de proporcionar uma aprendizagem

Sua aprendizagem é o nosso principal objetivo.

educação a distância | instituto federal farroupilha 7

Modalidade: FIC sem mediação – Educação a Distância

Carga horária: 15 horas

Professor(a): Jonathan Donato Pippi

Nome da disciplina: Ambientação em EaD

Objetivo geral da disciplina

Demonstrar para o estudante os conceitos fundamentais da Educação a Distância

educação a distância | instituto federal farroupilha 8

Aula 2: Conhecer os conceitos, as ferramentas, principais recursos e software

Aula 3: Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem

Critérios de avaliação A avaliação deverá considerar o processo de aprendizagem

educação a distância | instituto federal farroupilha 9

BRASIL. Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017. Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394,

educação a distância | instituto federal farroupilha 10

1.1 Objetivos de aprendizagem

1.2 Conteúdos de estudo

Quadro 1 – Referências históricas

1922 – Começam a ser criados cursos por correspondência na União Soviética.

1948 – Na Noruega é criada a primeira legislação para escolas por correspondência.

1969 –No Reino Unido é fundada a Fundação da Universidade Aberta.

1971 –A Universidade Aberta Britânica é criada.

1972 –Na Espanha é implantada a Universidade Nacional de Educação a Distância.

1977 –Na Venezuela é fundada a Fundação da Universidade Nacional Aberta.

1978 –Na Costa Rica é criada a Universidade Estadual a Distância.

1984 –Na Holanda é criada Universidade Aberta.

1988 –Em Portugal, é criada a Fundação da Universidade Aberta.

Fonte: VASCONCELOS, 2010

Com o crescimento da modalidade a distância e a falta da relação presencial entre professo-

Sá (1998), no quadro abaixo, apresenta as diferenças entre as funções do professor (tradicional)

Quadro 2 – Diferenças entre as funções do professor e do tutor

Educação PRESENCIAL Educação a DISTÂNCIA

Conduzida pelo professor. Acompanhada pelo tutor.

Atendimento ao aluno, em consultas individualizadas

Processo centrado no professor. Processo centrado no aluno.

Diversificadas fontes de informações (material

Interatividade entre aluno e tutor, sob outras formas,

diretora de educação a distância