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PROF. KARINA BERSAN ROCHA
VITÓRIA
2009
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Governo Federal
Ministro de Educação
Fernando Haddad
Pró-Reitora de Ensino
Cristiane Tenan Schlittler dos Santos
Designer Instrucional
Jonathan Toczek Souza
Professor Especialista/Autor
Karina Bersan Rocha
DIREITOS RESERVADOS
Ifes – Instituto Federal do Espírito Santo
Av. Vitória – Jucutuquara – Vitória – ES - CEP - (27) 3331.2139
Revisão de texto:
Zenas Vieira Romano
COPYRIGHT – É proibida a reprodução, mesmo que parcial, por qualquer meio, sem autorização escrita dos autores
e do detentor dos direitos autorais.
Licenciatura em Informática
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Olá, Aluno(a)!
Equipe do Ifes
Língua Portuguesa
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ICONOGRAFIA
Veja, abaixo, alguns símbolos utilizados neste material para guiá-lo em seus estudos.
Fala do Professor
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LÍNGUA PORTUGUESA
Cap. 1 - INTRODUÇÃO 11
Cap. 2 - O TEXTO 15
2.1. O que é Texto? 15
2.2 Texto e Textualidade 16
2.3 O que é Escrever Bem? 18
Cap. 5 - A TEXTUALIDADE 63
5.1. Fatores de Textualidade 64
5.1.1. Intencionalidade e Aceitabilidade 65
5.1.2. Situacionalidade 65
5.1.3. Informatividade 66
5.1.4. Intertextualidade 67
5.2. As Qualidades de um Texto Escrito 69
5.2.1. Concisão: 70
5.2.2. Correção: 70
5.2.3. Clareza: 71
5.2.4. Originalidade: 71
5.2.5. Adequação: 71
5.2.6. Unidade: 71
5.3. Os Defeitos de um Texto 71
5.3.1. Ambiguidade: 71
5.3.2. Obscuridade : 72
5.3.3. Pleonasmo: 72
Língua Portuguesa
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5.3.4. Cacofonia: 73
5.3.5. Eco : 73
5.3.6. Prolixidade: 73
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APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Meu nome é Karina. Sou a professora especialista responsável pela
disciplina de Língua Portuguesa.
Inicio essa conversa com uma breve apresentação de minha trajetó-
ria acadêmica e profissional. Atuo como professora desde 1985, e no
Ifes, desde 1993. Sou Licenciada em Letras - Português, Especializa-
da em Linguística Aplicada ao Ensino de Língua Materna e Mestre
em Estudos Literários pela UFES. No Ifes – Campus Vitória, lecio-
nei vários anos para o Ensino Médio, e hoje trabalho nos Cursos de
Engenharia e Licenciatura, lecionando Língua Portuguesa e outras
disciplinas da área pedagógica (para a Licenciatura).
A disciplina Língua Portuguesa pretende auxiliá-lo a reconhecer
e utilizar as características de um texto escrito claro e correto, do
ponto de vista do nosso idioma. Sabemos que você já se comunica
oralmente e por escrito, mas pretendemos incrementar esse processo,
além de exercitar a produção de alguns textos técnicos e/ou científi-
cos, que serão necessários ao longo do curso.
Este material tem como objetivo auxiliar você no percurso desse
trabalho. Para ser bem sucedido neste curso, é importante que se
tenha compromisso com os estudos, realizando todas as atividades
propostas. Lembro que os exercícios têm como objetivo prepará-lo
para um melhor manejo da Língua e para as atividades avaliativas.
É importante a organização e o controle do seu tempo para o cum-
primento das tarefas.
Língua Portuguesa
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Prezado(a) aluno(a),
Neste primeiro contato, a meta prevista é a apresentação geral da dis-
ciplina Língua Portuguesa. Os objetivos propostos consistem em:
• Conhecer a dinâmica que será desenvolvida ao longo desse
curso.
• Conhecer todos(as) os(as) participantes envolvidos no pro-
cesso educacional.
Para melhor compreensão dessa proposta, é necessário que você
acesse o ambiente virtual de aprendizagem, leia o programa da dis-
ciplina, assista ao vídeo de apresentação do professor e responda ao
questionário. Esse é o primeiro passo para nos conhecermos melhor,
e o conhecimento mútuo, você verá aqui, é essencial a um bom pro-
cesso de comunicação.
Bom trabalho!
Atividade
1. Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e assista ao ví-
deo de apresentação do professor.
2. No mesmo ambiente, leia o programa da disciplina e, a seguir,
responda ao Questionário de Apresentação.
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Prezado(a) aluno(a),
Nesta primeira aula, nossa meta é organizar uma discussão sobre a
importância da leitura e do ato de estudar como um todo. Os obje-
tivos propostos consistem em:
• Relacionar as ideias apresentadas no texto selecionado.
• Analisar a importância da leitura na sua vida acadêmica.
Bom trabalho!
Língua Portuguesa
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Licenciatura em Informática
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INTRODUÇÃO
O ATO DE ESTUDAR
Língua Portuguesa
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Capítulo 1
O ATO DE ESTUDAR
Tinha chovido muito toda a noite. Havia enormes poças de água nas par-
tes mais baixas do terreno. Em certos luares a terra, de tão molhada, tinha
virado lama. As vezes, os pés apenas escorregavam nela. As vezes, mais do
que escorregar, os pés se atolavam na lama até acima dos tornozelos. Era
difícil andar. Pedro e Antônio estavam transportando numa camioneta
cestos cheios de cacau para o sítio onde deveriam secar. Em certa altura,
perceberam que a camioneta não atravessaria o atoleiro que tinham pela
frente. Pararam. Desceram da camioneta. Olharam o atoleiro, que era um
problema para eles. Atravessaram os dois metros de lama, defendidos por
suas botas de cano longo. Sentiram a espessura do lamaçal. Pensaram.
Discutiram como resolver o problema. Depois, com a ajuda de algumas
pedras e de galhos secos de árvores, deram ao terreno a consistência mí-
nima para que as rodas da camioneta passassem sem se atolar. Pedro e
Antônio estudaram. Procuraram compreender o problema que tinham a
resolver e, em seguida, encontraram uma resposta precisa.
Estudar exige disciplina. Estudar não é fácil porque estudar é criar e não
repetir o que os outros dizem.
O ATO DE ESTUDAR
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Introdução
(...)
“Se está persuadido de que una verdad es fecunda”, diz Gramsci, “sólo
cuando se ha hecho un esfuerzo para conquistada. Que ella no existe
en si y por si, sino que ha sido una conquista del espíritu, que en cada
individuo es preciso que se reproduzca aquel estado de ansiedad que ha
atravesado el estudioso antes de alcanzarla. (...)
Este representar en acto a los oyentes la serie de esfuerzos, los errores y los
aciertos a través de los cuales han passado los hombres para alcanzar el
conocimiento actual, es mucho más educativo que la exposición esquemá-
tica de este mismo conocimiento. (...)
Língua Portuguesa
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Capítulo 1
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Atividade
3. Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem para participar do
Fórum de discussão do texto.
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1 Gramsci, Antonio, citado por Broccoli, Angelo. In: Antonio Gramsci y ta educación
como hegemonía. México, Editorial Nueva Imagen S. A., 1979, p. 47.
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Conceitos de Metodologia da Pesquisa
O TEXTO
Prezado(a) aluno(a),
Esta atividade tem como metas:
• Compreender o que é um texto e a importância de res-
peitar os elementos que formam a textualidade (níveis de
linguagem, propósito comunicativo, estrutura e mecanis-
mos linguísticos).
• Compreender o texto como rede de relações e funções: fa-
tores de contextualização, de coerência e de coesão.
• Produzir um texto colaborativo no ambiente virtual de
aprendizagem.
• Produzir um texto dissertativo breve.
• Realizar exercícios propostos.
Bom trabalho!
Língua Portuguesa
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Capítulo 2
Texto
Textualidade
Entre os fatores que contribuem para formar a textualidade estão: inten-
cionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade, intertex-
tualidade, coesão e coerência textual.
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O Texto
a) Intencionalidade
A intencionalidade concerne ao empenho do produtor em construir um
discurso coerente, coeso e capaz de satisfazer os objetivos que tem em
mente uma determinada situação comunicativa.
b) Aceitabilidade
A aceitabilidade concerne à expectativa do recebedor de que o conjunto
de ocorrências com que se defronta seja um texto coerente, coeso, útil
e relevante para levá-lo a adquirir conhecimentos ou cooperar com os
objetivos do produtor.
c) Situacionalidade
É a situacionalidade que diz respeito aos elementos responsáveis pela
pertinência e relevância do texto quanto ao contexto em que ocorre. É a
adequação do texto à situação sociocomunicativa.
d) Informatividade
A informatividade diz respeito à medida na qual as ocorrências de um
texto são esperadas ou não, conhecidas ou não, no plano conceitual e no
formal. Ocorre que um discurso menos previsível é mais informativo,
porque a sua recepção, embora mais trabalhosa, resulta mais interes-
sante, mais envolvente. Entretanto, se o texto se mostrar inteiramente
inusitado, tenderá a ser rejeitado pelo recebedor, que não conseguirá
processá-lo. Assim, o ideal é o texto se manter num nível mediano de in-
formatividade, no qual se alternam ocorrências de procedimento ime-
diato, que falem do conhecido, com ocorrências de processamento mais
trabalhoso, que trazem a novidade.
e) Intertextualidade
É a transformação de textos, ou seja, um texto escrito remete a outro e as-
sim sucessivamente. Essa transformação não pode ser total e absoluta.
f) Coesão textual
São as articulações gramaticais existentes entre palavras, orações, frases, pará-
grafos e partes maiores de um texto, que garantem sua conexão sequencial.
g) Coerência textual
É o resultado da articulação das ideias de um texto; é a estruturação
lógico-semântica que faz com que numa situação discursiva palavras e
frases componham um todo significativo para os interlocutores.
Língua Portuguesa
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Capítulo 2
Atividade
6. Observe a proposta dos exercícios abaixo. Além de marcar a op-
ção correta, tente identificar os problemas que levam à inadequação
das demais opções. As respostas estarão disponíveis no Ambiente
Virtual de Aprendizagem após o prazo de entrega da atividade.
Licenciatura em Informática
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O Texto
Uma primeira ideia a esse respeito é a de que escrever bem se confunde com
escrever de forma gramaticalmente correta. Qualquer usuário de língua por-
tuguesa, no entanto, sabe que nem sempre textos gramaticalmente corretos
são bons textos. Como explicar esse fato?
Ora, todo texto parte de uma intenção comunicativa que, para realizar-se de
forma adequada, necessita levar em conta a situação geral em que se vai efeti-
var: quem são os interlocutores, qual a relação social entre eles, em que local
se processa etc.; assim, considerando-se todos esses elementos situacionais,
pode-se traçar uma estratégia textual que vá ao encontro de nossos desejos, ou
seja, atinja da forma mais adequada possível a finalidade do texto. Em certas
situações de comunicação, torna-se absolutamente indispensável usar a forma
mais cuidadosa da linguagem, o que compreende estar em concordância com
a gramática. Mas, às vezes, pode-se tornar mais eficiente uma forma menos
cuidada, em que as regras gramaticais não sejam totalmente respeitadas.
Língua Portuguesa
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Capítulo 2
novos textos de forma quase inconsciente, o que nos leva a uma segunda
resposta para escrever bem: escrever sempre, sem medo, entregando seu
modo de ver o mundo aos demais.
Atividade
7. Os exercícios propostos abaixo têm como objetivo verificar a
sua familiaridade com algumas questões da Língua Portuguesa. As
respostas estarão disponíveis após o prazo de entrega da atividade
EXERCÍCIOS
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O Texto
Língua Portuguesa
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Capítulo 2
9. (Provão)
I O assédio em si traz no meio um poder aquisitivo escondendo
ao trabalho, assim podendo fazer e refazer, adicionando, junto a essa
conduta de mulher ideal. Não querendo ser prejudicial ao método
agressivo, mas ao jeito decisivo a maneira pela força que o traz da
forma de se agir. A teimosia circunstancial vem devido a exotismo
da participação com credibiloso contraste à elevacidade do adulté-
rio da simples cena de uma turbulência a um ser precioso.
(Trecho de dissertação de um aluno de segundo grau)
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O Texto
REFERÊNCIAS:
INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto: curso prático de leitura e
redação. 5. ed. São Paulo: Scipione, 1998, 312 p.
SAVIOLI, Francisco Platão & FIORIN, José Luiz. Para enten-
der o texto: Leitura e redação. São Paulo: Ática, 1990.
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Capítulo 2
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Métodos e Estratégias de Estudo
LEITURA E COMPREENSÃO DE
TEXTO
Língua Portuguesa
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Capítulo 3
Ninguém chega à escrita sem antes ter passado pela leitura. Mas leitura
aqui não significa somente a capacidade de juntar letras, palavras, fra-
ses. Ler é muito mais que isso. É compreender a forma como está teci-
do o texto. Ultrapassar sua superfície e deduzir da leitura seu sentido
maior, que muitas vezes passa despercebido pela maioria dos leitores.
Só uma relação mais próxima do leitor com o texto lhe dará esse sentido.
Ler bem exige tanta habilidade quanto escrever bem. Leitura e escrita
complementam-se. Lendo textos bem estruturados, podemos apreen-
der os procedimentos linguísticos necessários a uma boa redação.
Numa primeira leitura, temos sempre uma noção muito vaga do que o autor quis
dizer. Uma leitura bem feita é aquela capaz de levar a deduzir de um texto ou de um
livro a informação essencial. Para isso, é preciso ter pistas seguras para localizá-la.
Uma boa estratégia é buscar as palavras mais importantes de cada parágrafo. Elas
constituirão as palavras-chave do texto, em torno das quais as outras se organizam
e criam um intercâmbio de significação para produzirem sentidos.
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Leitura e Compreensão de Texto
Vejamos um exemplo:
1. O enamoramento nasce:
1. de uma “sobrecarga depressiva”;
2. de um “sentimento profundo de não ser e não ter nada de valor,
e a vergonha de não tê-lo.”
Língua Portuguesa
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Capítulo 3
Com os dados recolhidos sobre cada uma dessas palavras é possível re-
sumir o texto de Alberoni numa só frase:
Atividade
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Leitura e Compreensão de Texto
3.2. As ideias-chave
A população das megacidades cresce muito mais depressa do que sua capa-
cidade de prover empregos e fornecer serviços decentes a seus novos mo-
radores. O fenômeno, detectado no relatório da ONU sobre a população, é
tanto mais grave porque atinge em cheio justamente os países mais pobres.
Das dez megacidades do ano 2000, sete estarão fincadas no Terceiro Mun
do. As pessoas saem do campo para as cidades por uma razão tão antiga
quanto a Revolução Industrial: querem melhorar de vida. Mesmo apinha-
das em periferias e favelas, suas chances prosperar são maiores do que na
área rural. As cidades, escreveu o historiador Lewis Mumford, são “o lugar
certo para multiplicar oportunidades”.
Língua Portuguesa
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Capítulo 3
O título de um texto costuma dar boas pistas para encontrar suas palavras-
chave. No texto acima, temos: grandes cidades e megaproblemas. Essas pala-
vras deverão guiar-nos na busca ideias-chave.
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Leitura e Compreensão de Texto
Língua Portuguesa
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Capítulo 3
Atividade
02. Leia os textos a seguir e responda às questões propostas (Tare-
fa off-line com envio de arquivo único):
TEXTO 2 Ética e jornalismo
O jornalista não pode ser despido de opinião política. A posição que consi-
dera o jornalista um ser separado da humanidade é uma bobagem. A pró-
pria objetividade é mal-administrada, porque se mistura com a necessida-
de de não se envolver, o que cria uma contradição na própria formulação
política do trabalho jornalístico. Deve-se, sim, ter opinião, saber onde ela
começa e onde acaba, saber onde ela interfere nas coisas ou não. É preciso
ter consciência. O que se procura, hoje, é exatamente tirar a consciência do
jornalista. O jornalista não deve ser ingênuo, deve ser cético. Ele não pode
ser impiedoso com as coisas sem um critério ético. Nós não temos licença
especial, dada por um xerife sobrenatural, para fazer o que quisermos.
O jornalismo é um meio de ganhar a vida, um trabalho como outro qual-
quer; é uma maneira de viver, não é nenhuma cruzada. E por isso você faz
um acordo consigo mesmo: o jornal não é seu, é do dono. Está subentendi-
do que se vai trabalhar de acordo com a norma determinada pelo dono do
jornal, de acordo com as ideias do dono do jornal. É como um médico que
atende um paciente. Esse médico pode ser fascista e o paciente comunis-
ta, mas ele deve atender do mesmo jeito. E vice-versa. Assim, o totalitário
fascista não pode propor no jornal o fim da democracia nem entrevistar
alguém e pedir: “O senhor não quer dizer uma palavrinha contra a de
mocracia?”; da mesma forma que o revolucionário de esquerda não pode
propor o fim da propriedade privada dos meios de produção. Para trabalhar
em jornal é preciso fazer um armistício consigo próprio.
ABRAMO, Cláudio. A regra do jogo: o jornalista e a ética do marceneiro. São Paulo:
Companhia das Letras, 1993. p. 109-11.
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Leitura e Compreensão de Texto
Língua Portuguesa
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Capítulo 3
Licenciatura em Informática
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Prezado(a) aluno(a),
Nesse estágio, além de ter familiaridade com as noções de texto e de
textualidade, espero que você também seja capaz de distinguir as pala-
vras e ideias-chave de um texto. Esse conhecimento será essencial para
percebermos os entrelaçamentos da tecitura do texto, isto é, os pontos
nodais que amarram o texto e facilitam sua objetividade e clareza.
Os objetivos propostos consistem em:
j) Identificar e empregar corretamente os mecanismos de coesão textual;
k) Identificar os fatores de coerência textual;
l) Distinguir textos coerentes de textos incoerentes.
Depois de alcançados esses objetivos, compreenderemos ainda melhor
como os textos são tecidos, e estaremos mais preparados para escrever.
Este capítulo, por trazer muitos conceitos, pode ser um pouco mais traba-
lhoso, mas sua compreensão é essencial ao trabalho de produção de tex-
tos. Por isso, faça todas as tarefas, e entregue-as ao tutor a distância.
Bom Trabalho!
Língua Portuguesa
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Capítulo 4
Observe:
Não devemos esquecer que, num texto, não existem ou não deve-
riam existir elementos dispensáveis. Os elementos constitutivos
vão construindo o texto, e são as articulações entre vocábulos, en-
tre as partes de uma oração, entre as orações e entre os parágrafos
que determinam a referenciação, os contatos e conexões e estabe-
lecem sentido ao todo.
Licenciatura em Informática
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Coesão e Coerência Textual
Nas tirinhas acima, podemos perceber várias palavras que são respon-
sáveis por realizar o nexo, a ligação que se estabelece entre as partes do
texto, como mas (que liga duas orações, estabelecendo relação de opo-
sição entre elas) então (que tem valor interjetivo, indicando surpresa,
espanto), e quer dizer (que introduz uma explicação, um esclarecimen-
to), entre outros. Esses elementos são marcas de coesão textual.
Atividade 01
Observe o texto abaixo e acompanhe a análise dos mecanismos
de coesão.
Obs. Esta atividade pode parecer um pouco cansativa, mas
é essencial para apreender os mecanismos de coesão e seu
funcionamento.
TEXTO:
IML identifica e libera corpos das oito pessoas mortas em aci-
dente aéreo(1)
da Folha Online, publicado em 05/11/2007, com alterações
Os corpos das oito pessoas(2) que morreram ontem na queda(1)
de um avião(3) sobre dois imóveis na Casa Verde (zona norte de
São Paulo) foram identificados e liberados pelo IML (Instituto
Médico Legal) nesta segunda-feira.
Mais cedo, o diretor-técnico do IML, Carlos Alberto de Souza
Coelho(4), havia afirmado que o reconhecimento(5) de quatro
dos corpos poderia durar até o final da semana. Horas mais tarde,
porém, o processo(5) foi encerrado. Coelho(4) ainda não explicou
o método usado para reconhecer os corpos.
O acidente(1) causou a morte dos dois ocupantes do jato(3)
–piloto(6) e co-piloto(7) - e de seis pessoas(8) de uma mes-
ma família, em terra. Duas meninas - de 11 e de 16 anos -
ficaram feridas.
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Coesão e Coerência Textual
Língua Portuguesa
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Capítulo 4
Licenciatura em Informática
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Coesão e Coerência Textual
Língua Portuguesa
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Capítulo 4
2 GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. Série Princípios, 8 ed. São Paulo: Ática, 2000, p. 32.
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Coesão e Coerência Textual
AS CONCORDÂNCIAS;
A CORRELAÇÃO ENTRE OS TEMPOS VERBAIS. Estes dois
últimos elementos são essenciais, e sua ausência, ou emprego in-
correto, prejudicam a clareza textual.
Atividade 02
Leia com atenção o material teórico e faça os seguintes exercícios, que
devem ser entregues ao tutor a distância. O gabarito para as questões
de múltipla escolha será disponibilizado após o prazo para entrega.
3 GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. Série Princípios, 8 ed São Paulo: Ática, 2000, p.9-10.
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Capítulo 4
Licenciatura em Informática
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Coesão e Coerência Textual
Língua Portuguesa
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Capítulo 4
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Coesão e Coerência Textual
d) Uma boa parte das crianças mora muito longe, vai à escola com
fome, onde ocorre o grande número de desistências.
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Capítulo 4
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Coesão e Coerência Textual
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Capítulo 4
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Coesão e Coerência Textual
Quem tem uma foto importada de 1000 cc, que custa US$ 20.000,
não vai expô-la ao trânsito de uma cidade como São Paulo.
Língua Portuguesa
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Capítulo 4
Verrugas – procure um homem que nunca viu o próprio pai e peça para
tocar no seu casaco. Como profilaxia, nunca deixe seus filhos tocarem
na água onde foram cozidos ovos.
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Coesão e Coerência Textual
Essa criança não come nada. Fica apenas brincando com os ta-
lheres, ou seja: pega a colher, o garfo e não olha para o prato de
comida. Ela não se alimenta. Brinca apenas. Diverte-se com uma
colher e um garfo e o prato fica na mesa. O ato de brincar substitui
o ato de alimentar-se.
Língua Portuguesa
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Capítulo 4
Isto posto, nossa cidade sente falta urgente de uma Capela Cre-
matória. Para os leigos é preciso esclarecer que, para um corpo
ser exumado através de forno crematório, há necessidade que ele
registre esta vontade em duas testemunhas. Somente o interessa-
do poderá usar esta forma de suprir seu desejo, caso contrário, a
exumação seria da forma natural, ou seja: o sepultamento. (Diário
da Região,S.J. do Rio Preto,15 abr. 1998 (trecho de uma carta es-
crita por um leitor)
Atividade 03
Leia com atenção o material teórico e faça os seguintes exercícios,
que devem ser entregues ao tutor a distância. O gabarito para as
questões de múltipla escolha será disponibilizado após o prazo
para entrega.
1. Identifique, em cada um dos textos a seguir, a meta-regra de
coerência que foi infringida. Em alguns casos, mais de uma meta-
regra foi infringida. Tente estabelecer a principal. (Estes textos fo-
ram retirados de PETRAS. O melhor do besteirol.)
a)“É realmente apropriado que nos reunamos aqui hoje, para ho-
menagear Abraham Lincoln, o homem que nasceu numa cabana
de troncos que ele construiu com suas próprias mãos”. (Político,
em um discurso, homenageando Lincoln)
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Coesão e Coerência Textual
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Capítulo 4
Exercícios complementares
1. Observe que, nos trechos abaixo, a ordem que foi dada às pala-
vras, nos enunciados, provoca efeitos semânticos estranhos. Diga
qual é a interpretação estranha que os trechos podem ter e rees-
creva-os de forma a evitar o problema.
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Coesão e Coerência Textual
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Capítulo 4
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Coesão e Coerência Textual
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Capítulo 4
Esse texto é circular, ou seja, repete várias vezes a mesma ideia. A pre-
ocupação em garantir a unidade de sentido, somada à dificuldade de
desenvolver novas ideias, pode levar a esse tipo de problema. Vejamos
o que nos dizem Platão e Fiorin:
Atividade 04
Leia com atenção o material teórico e faça os seguintes exercícios,
que devem ser entregues ao tutor a distância.
Licenciatura em Informática
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Coesão e Coerência Textual
1. Para cada frase abaixo, redija uma segunda com novas informa-
ções, substituindo o termo ou expressão em negrito e utilizando o
recurso de coesão sugerido entre parênteses.
Referências:
http://www.cce.ufsc.br/~nupill/ensino/a_referenciacao.htm
http://www.fes.br/disciplinas/adm/comex/10%AA%20aula%20
Coer%EAncia%20textual%20-%20macroestrutura%20do%20
texto%20argumentativo.doc
ABREU, Antônio Suárez.Curso de redação. Ática Universidade.
São Paulo: Ática, 2004.
CAMPEDELLI, Samira & SOUZA, Jésus. Português: literatura,
produção de textos e gramática. São Paulo: Saraiva, 2000.
COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e textualidade. 2. ed. São
Paulo: Martins Fontes, 1999.
FIORIN, José Luiz & PLATÃO SAVIOLI, Francisco. Lições de
texto: leitura e redação. 4. ed. São Paulo: Ática, 2003.
GARCIA, Othon Maria. Comunicação em prosa moderna. 26.
ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. Série Princípios, 8
ed. São Paulo: Ática, 2000.
KOCH, Ingedore. Introdução à lingüística textual. São Paulo:
Martins Fontes, 2002.
_________& TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto e coerência. São
Paulo: Cortez, 1989.
VIANNA, Antonio Carlos (coord.). Roteiro de redação: lendo e
argumentando. São Paulo: Scipione, 1998.
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Capítulo 4
Licenciatura em Informática
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A TEXTUALIDADE
Bom Trabalho!
Atividade 01
Antes de iniciarmos este capítulo, volte à semana 01 e releia o
conteúdo referente a TEXTUALIDADE.
“... A moléstia é real, os sintomas são claros, a síndrome está com-
pleta: o homem continua cada vez mais incomunicável (porque
deturpou o termo comunicação), incompreendido e/ou incom-
preensível, porque se voltou para dentro e se autoanalisa conti-
nuamente, mas não troca com os outros estas experiências indi-
viduais; está “desaprendendo” a falar, usando somente o linguajar
básico, essencial, e os gestos. Não lê, não se enriquece, não se
transmite. Quem não lê, não escreve. Assim, o homem do século
XX, bicho de concha, criatura intransitiva, se enfurna dentro de si
próprio, ilhando-se cada vez mais, minado pelas duas doenças do
nosso tempo: individualismo e solidão.”
(Ely Vieitez Lanes. Laboratório de literatura.)
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Capítulo 5
Licenciatura em Informática
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A Textualidade
5.1.2. Situacionalidade
Língua Portuguesa
66
Capítulo 5
5.1.3. Informatividade
Esse texto, por fazer uso de vários conceitos específicos da Física, apre-
senta um alto grau de informatividade e, por isso, acaba naturalmente se
restringindo a um círculo de leitores iniciados nessa área científica.
Por outro lado, se a informatividade for muito baixa, o leitor pode de-
sinteressar-se do texto, pelo fato de ele não apresentar nada de novo ou
de interessante. Veja, por exemplo, este parágrafo, produzido a respeito
das qualidades da tevê:
Licenciatura em Informática
67
A Textualidade
5.1.4. Intertextualidade
Língua Portuguesa
68
Capítulo 5
Licenciatura em Informática
69
A Textualidade
dos textos. No entanto, todo texto está em relação com outros textos, pois
“Todo texto é produto de criação coletiva: a voz do seu produtor se mani-
festa ao lado de um coro de outras vozes que já trataram do mesmo tema
e com as quais se põe em acordo ou desacordo”. (Platão & Fiorin)
Atividade 02
Escolha um texto que você tenha escrito para se comunicar com
alguém. Observe, nesse texto, se os fatores de textualidade foram
considerados, mesmo que de maneira intuitiva. Anote as ocorrên-
cias de cada um deles.
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Língua Portuguesa
70
Capítulo 5
5.2.1. Concisão:
Não se deve abusar das palavras para exprimir uma ideia e sim ir direto
ao assunto. O texto conciso não se desvia dos objetivos e tem informa-
ções na medida certa.
5.2.2. Correção:
Licenciatura em Informática
71
A Textualidade
5.2.3. Clareza:
A ideia expressa deve ser rapidamente compreendida pelo leitor. Ser cla-
ro é ser coerente, é não contradizer-se, não confundir o leitor. Um texto
eficiente permite fácil decodificação pelo seu público-alvo. São inimigos
da clareza: a desobediência às normas da língua, os períodos longos, o
vocabulário rebuscado, a imprecisão vocabular.
5.2.4. Originalidade:
O bom texto destaca-se de outros por ter uma construção original, esta-
belecendo conexões inéditas (sempre sem prejuízo da clareza).
5.2.5. Adequação:
5.2.6. Unidade:
5.3.1. Ambiguidade:
Língua Portuguesa
72
Capítulo 5
5.3.2. Obscuridade :
Observe:
Incompreensível, não?
5.3.3. Pleonasmo:
Veja.
Licenciatura em Informática
73
A Textualidade
5.3.4. Cacofonia:
5.3.5. Eco :
5.3.6. Prolixidade:
Língua Portuguesa
74
Capítulo 5
Além dos defeitos que apontamos, procure também evitar as frases fei-
tas, os chavões, pois empobrecem muito o estilo. Veja alguns exemplos
de chavões:
Inflamação galopante
Vitória esmagadora
Caixinha de surpresas
Caloroso abraço
Silencio sepulcral
Nos píncaros da glória
Licenciatura em Informática
75
A Textualidade
Língua Portuguesa
76
Capítulo 5
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
24. Não abuse das exclamações! Nunca! O seu texto fica horrível!
25. Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam
a compreensão da ideia nelas contida e, por conterem mais que
uma ideia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessí-
vel, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diver-
sos componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não
deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito
que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa
portuguêza.
27. Seja incisivo e coerente, ou não.
28. Não fique escrevendo no gerúndio. Você vai estar deixando seu
texto pobre e estar causando ambiguidade - e esquisito, vai estar fi-
cando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo.
29. Outra barbaridade que tu deves evitar é usar muitas expres-
sões que acabem por denunciar a região onde tu moras, carajo!
30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão nin-
guém irá aguentar já que é insuportável o mesmo final escutar, o
tempo todo sem parar.
Atividade 02
Leia com atenção o material teórico e acesse o ambiente virtual de
aprendizagem para fazer os seguintes exercícios. O gabarito para
as questões de múltipla escolha será disponibilizado após o prazo
para entrega.
1. Marque a opção que expressa, coerentemente, as ideias do seguinte
texto:
Licenciatura em Informática
77
A Textualidade
I.
1) Roubadas daquele centro sagrado que exigia a reverência dos
indivíduos para com as normas da vida social, as pessoas perdem
os seus pontos de orientação.
2) E a sociedade se estilhaça sob a crescente pressão das forças
centrífugas do individualismo.
3) Se é possível quebrar as normas, tirar proveito e escapar ileso,
que argumento utilitário pode ser invocado para evitar o crime?
4) Sobrevém a anomia.
5) Que ocorre quando a secularização avança, o utilitarismo se
impõe e o sagrado se dissolve?
(Rubem Alves, O que é Religião, Editora Brasiliense)
Língua Portuguesa
78
Capítulo 5
a) 3-1-2-4-5; d) 5-1-3-4-2;
b) 5-1-4-2-3; e) 1-3-5-2-4.
c) 1-2-4-3-5;
II.
1) Esta dominação é muitas vezes mais forte quanto mais sutis forem
os mecanismos de coação utilizados para atingir o “consenso” social.
2) Se tomarmos como referência a teoria do conflito, a noção de
necessidade social pode ser interpretada de maneira diversa, con-
forme o interesse e a visão dos grupos que disputam o poder.
3) Na medida em que as sociedades se transformam, altera-se tam-
bém a educação, que passa a refletir novas necessidades sociais.
4) No entanto, a classe dominante está em posição privilegiada
para utilizar-se da escola como agência de socialização que atua
no interesse da dominação de classe.
(Arabela Campos Oliven)
a) 2-3-4-1; d) 4-3-I-2;
b) 3-2-4-1; e) 4-3-2-1.
c) 2-1-4-3;
III.
1) O carioca toma partido dos dias de sol e lota as praias.
2) Além disso, há muito tempo não chove.
3) Nesse verão, a temperatura tem estado elevada.
4) Todavia, não deixa de temer a possibilidade de temporais da
proporção dos ocorridos em anos anteriores.
a) 4-1-2-3; d) 2-3-1-4;
b) 3-1-2-4; e) 3-2-1-4.
c) 1-2-3-4;
Licenciatura em Informática
79
A Textualidade
l) 3,5,2,4,1.
m) 3,1,4,5,2. o) 5,2,4,1,3.
n) 3,4,5,2,1. p) 1,3,4,2,5.
II.
( ) O Produto Interno Bruto, PIB, cresceu apenas 2,9% em 1997
enquanto o mercado de trabalho perdia 335.646 vagas.
( ) Em outro, o lucro das grandes empresas sobe a taxas de até 70%.
( ) Várias empresas deram-se mal; o número de concordatas
requeridas em janeiro de 1998 foi 38,3% maior que em janeiro de
1997 e o de falências decretadas aumentou 38,6%.
( ) Mas o vendaval passou longe das grandes empresas.
( ) Em um deles a economia caminha em marcha lenta, o desempre-
go, a inadimplência e o numero de falências e concordatas crescem.
( ) O Brasil do Real convive com dois países.
a) 4, 3, 5, 6, 2, 1.
b) 3, 4, 6, 5, 2, 1. d) 5,2,1,4,3, 6.
c) 1, 3, 2, 6, 5, 4. e) 2, 1, 4, 3, 6, 5.
Língua Portuguesa
80
Capítulo 5
II.
a) É um ator de trabalho convencional, em que existe sentimenta-
lismo fáceis e se repete os lugares-comuns.
b) Seu trabalho como ator é convencional, cheio de lugares-co-
muns e de apelos à emoção fácil.
c) O trabalho desse ator é cheio de convenções, com lugar-comuns
com que ele pretende apelar dos sentimentos fáceis.
d) Lugar-comuns e apelação ao sentimento fácil, eis os ingredien-
tes que patenteiam no trabalho convencional deste ator.
e) É de notar os traços com convenções mais marcantes no seu tra-
balho de ator: lugares-comuns e emoções fáceis, com que se apela.
III.
a) Há uma razão para as pessoas receiarem das crises da maturi-
dade: é que elas surgem derrepente.
b) O motivo de as pessoas temerem as crises da idade adulta é que
elas advêm inesperadamente.
c) O temor das crises da maturidade nas pessoas são pelo fato de
que elas aparecem de súbito.
d) As pessoas tem medo das crises da idade adulta por que essas
são inesperadas.
e) Quando adultas, as pessoas são sujeitas à crises, por isso
elas a temem.
Licenciatura em Informática
81
A Textualidade
IV.
a. A única medida para melhorar o desempenho linguístico do
aluno é que deveria ser exigido em todos os níveis aulas práticas
de língua portuguesa;
b. Deveria ser exigido, em todos os níveis, aulas práticas de língua
portuguesa. Esta seria a única medida para melhorar o desempe-
nho linguístico dos alunos;
c. Ministrar aulas práticas de língua portuguesa em todos os ní-
veis é a única medida para melhorar o desempenho linguístico
dos alunos;
d. Aulas práticas de língua portuguesa deveriam ser ministradas
como única medida em todos os níveis para melhorar o desempe-
nho linguístico dos alunos;
e. Para melhorar o desempenho linguístico dos alunos em todos
os níveis deveriam ser ministradas aulas práticas de língua portu-
guesa. Esta seria a única medida.
Atividade 03
Tarefa on-line com envio de arquivo único
Leia os dois textos abaixo e reescreva o comentário dirigido de cada
um deles, utilizando os elementos de coesão dos parênteses. Obs. Os
conectivos são apresentados na ordem em que devem ser utilizados.
Texto I O assalto
Pedro Jorge da Silva, 27 anos, rua X, vinha com seu Volks pela es-
trada do Beco dos Maia, quando avistou um vulto caído no chão,
pedindo socorro. Diminuiu a velocidade, parou o carro junto ao
homem e desceu para ajudá-lo.
Mas, ao se aproximar, dois assaltantes vieram por trás, armados de
revólver e mandaram que ele ficasse quieto, sem se mexer. O tal
que pedira ajuda se ergueu rapidamente e se juntou a seus compa-
nheiros, mas antes revistou os bolsos do motorista.
Sob esse clima de tensão, Pedro Jorge sentiu-se aliviado ao ver os
três entrarem em seu carro e partir, deixando-o vivo. Sem perda
de tempo, ele foi comunicar o roubo à polícia e depois avisou a
seus familiares que estava bem e que tinha sido assaltado, mas
felizmente não fora ferido.
Diário de Notícias, 19/01/75.
Língua Portuguesa
82
Capítulo 5
Comentário dirigido I
Comentário Dirigido II
Licenciatura em Informática
83
A Textualidade
Referências:
http://www.risada.com/risada/curiosidades/114/30-dicas-para-
escrever-bem
COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e Textualidade. São Pau-
lo: Martins Fontes, 2004)
KOCH, Ingedore V. Argumentação e linguagem. São Paulo: Cor-
tez, 1984.
_________& TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto e coerência. São
Paulo: Cortez, 1989.
LANES, Ely Vieitez. Laboratório de literatura: ensaio. São Paulo:
Editora Estrutura Ltda., 1978.
MOURA, Fernando. Nas linhas e entrelinhas: compreendendo e
construindo textos. Brasília: Vestcon, 2008.
SCARTON, Gilberto. Guia de produção textual: assim é que
se escreve... Porto Alegre: PUCRS, FALE/GWEB/PROGRAD,
[2002]. Disponível em: < http://www.pucrs.br/gpt >.
Língua Portuguesa
84
Capítulo 5
Licenciatura em Informática
85
A Elaboração de um Trabalho Científico
PRODUÇÃO DE TEXTOS
Prezado(a) aluno(a),
Com certeza, você deve ter se perguntado ao longo do curso: “Mas
não teremos aulas de gramática?” Em princípio, a resposta seria:
“Não, porque você já estudou gramática durante onze anos, ago-
ra vamos estudar sua aplicação nos textos.” E essa é realmente a
proposta do nosso curso. No entanto, algumas questões estratégi-
cas, muitas vezes, não são vistas com a devida importância durante
o período escolar, como o uso das conjunções (já trabalhado), dos
pronomes relativos, e o paralelismo necessário às estruturas coor-
denadas. Faremos, neste capítulo, uma breve revisão desses itens,
e passaremos a alguns conceitos e técnicas que serão úteis para a
produção do texto técnico científico.
Os objetivos propostos consistem em:
o) Produzir parágrafos curtos, utilizando o conheci-
mento auferido ao longo do curso;
p) Familiarizar-se com a estrutura de alguns textos téc-
nicos e/ou científicos.
Depois de alcançados esses objetivos, estaremos prontos para produ-
zir esse tipo de texto.
Bom Trabalho!
6.1. O Parágrafo
Língua Portuguesa
86
Capítulo 6
• Estrutura do parágrafo
“A tevê, apesar de nos trazer uma imagem concreta, não fornece uma pro-
dução fiel da realidade. Uma reportagem de tevê, com transmissão direta, é
Licenciatura em Informática
87
Produção de Textos
Atividade 01
Observe com atenção a estrutura do parágrafo acima e, a seguir,
identifique nele os elementos indicados.
• Assunto –
• Delimitação do assunto –
• Objetivo (tese: ideia defendida) –
• Introdução: começa em ....................... e termina
em...........................
• Desenvolvimento: começa em ....................... e termina
em...........................
• Conclusão: começa em ....................... e termina
em...........................
Língua Portuguesa
88
Capítulo 6
Atividade 02
I. Observe as características dos tópicos frasais abaixo, e classifi-
que-os, sendo:
A. tópico frasal obscuro, vago, não específico
B. tópico frasal claro
C. tópico frasal específico
D. tópico frasal pormenorizado
Licenciatura em Informática
89
Produção de Textos
Se o tópico frasal afirma, por exemplo, que “meu amigo José não sabe guardar
um segredo”, devem-se evitar frases que falem das qualidades ou defeitos de
José ou de segredos em geral. Todas as frases do parágrafo devem referir-se à
incapacidade de José de guardar um segredo.
Atividade 03
1. Delimitação do assunto:
2. Fixação do objetivo:
3. Tópico frasal:
4. Desenvolvimento do tópico frasal:
5. Causas de desemprego:
6. Consequências:
Língua Portuguesa
90
Capítulo 6
6.2.1.Paralelismo
Licenciatura em Informática
91
Produção de Textos
O mesmo ocorre na frase usada como propaganda pela TAM: “A ponte que
une preço à qualidade.”
Língua Portuguesa
92
Capítulo 6
Outros exemplos:
Não estou descontente com seu desempenho, mas com sua arrogância.
Não estou descontente com seu desempenho, mas com sua arrogância.
Você deveria estar preocupado com seu futuro, isto é, com sua
sobrevivência.
Carlos estava aborrecido por ter perdido a hora do cinema e porque sua
namorada não o esperou.
Licenciatura em Informática
93
Produção de Textos
Carlos estava aborrecido por ter perdido a hora do cinema e por sua
namorada não tê-lo esperado.
Paralelismo semântico
Ele estava não só atrasado para o concerto, mas também sua mulher
tinha viajado para a fazenda. (ERRADO)
Língua Portuguesa
94
Capítulo 6
Atividade 04
Licenciatura em Informática
95
Produção de Textos
Os dois segmentos da frase estão agora bem articulados entre si, permi-
tindo-nos compreender a mensagem de seu redator. A partícula que ele
usa para articular uma frase a outra dá coesão ao seu pensamento.
Língua Portuguesa
96
Capítulo 6
2. Observar o fragmento de frase de que ele faz parte. Pode ser que haja
um verbo ou substantivo que exija uma preposição. Nesse caso, ela deve
preceder o relativo.
Ex: Ninguém conseguiu até hoje esquecer a cilada de que ele foi vítima.
Licenciatura em Informática
97
Produção de Textos
Atividade 04
Faça com atenção os exercícios abaixo:
1. A coesão das frases abaixo está prejudicada por causa da au-
sência dos pronomes relativos. Faça a devida conexão, usando as
preposições quando o verbo assim o exigir.
Língua Portuguesa
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Capítulo 6
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99
O TEXTO TÉCNICO-CIENTÍFICO:
CONCEITOS E TÉCNICAS
Elaborar
Elaborar um texto um texto técnico-científico
técnico-científico exige, alémexi-
de
conhecimento do tema,
ge, além clareza na linguagem,
de conhecimento precisão
do tema, cla-
nas informações e objetividade na explanação.
reza na linguagem, precisão nas infor-
mações e objetividade na explanação.
Neste capítulo,
Nesteiniciaremos o processo deo elaboração
capítulo, iniciaremos processo
desse tipo de texto, que será muito útil para a vida
de elaboração desse tipo de texto, que
acadêmica, pois ela não prescinde da escrita.
será muito útil para a vida acadêmica, pois ela não prescinde da escrita.
Produziremos textos de extração e crítica de idéias
Produziremos textos de extração e crítica de idéias apresentadas em ou-
tros textos: o resumo e a resenha crítica.
7.1. Resumo
Língua Portuguesa
100
Capítulo 7
m) o assunto do texto;
n) o objetivo do texto;
o) a articulação das ideias;
p) as conclusões do autor do texto objeto do resumo.
4. para notas e comunicações breves, os resumos devem ter até cem palavras;
5. para artigos, trabalhos de conclusão de curso, monografias de gradua-
ção e de especialização e mestrado, até duzentos e cinquenta palavras;
6. para dissertação de mestrado, relatórios técnico-científicos e teses de
doutoramento, até quinhentas palavras;
7. para resumos de textos, a extensão fica condicionada à capacidade
de síntese do aluno e/ou solicitação dos professores. As palavras-chave,
quando empregadas no resumo, devem ter destaque especial. Devem-se
Licenciatura em Informática
101
O Texto Técnico-Científico: Conceitos e Técnicas
Elaboração de esquemas
7.2. Resenha
Língua Portuguesa
102
Capítulo 7
Licenciatura em Informática
103
O Texto Técnico-Científico: Conceitos e Técnicas
Observações:
Língua Portuguesa
104
Capítulo 7
A resenha deverá conter no máximo (3) três páginas digitadas mais a fo-
lha de rosto. A primeira página deve conter (14) quatorze linhas (conta-
das de baixo para cima); a segunda deve conter de (28) vinte e oito e no
máximo (32) trinta e duas linhas. A terceira página tem o mínimo de (6)
linhas e não pode ultrapassar de (14) quatorze a (16) dezesseis linhas.
Licenciatura em Informática
105
O Texto Técnico-Científico: Conceitos e Técnicas
Referências:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u10862.shtml
http://www.centralmat.com.br/Artigos/Mais/artTecLuisCar-
losSantos.pdf
http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php
Língua Portuguesa
106
Capítulo 7
Licenciatura em Informática
107
Língua Portuguesa
108
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u10862.shtml
http://www.risada.com/risada/curiosidades/114/30-dicas-para-
escrever-bem
http://www.centralmat.com.br/Artigos/Mais/artTecLuisCar-
losSantos.pdf
http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php
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