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Professora Ana Vital

SUMÁRIO
ECA – PARTE 1 .................................................................................................................................................. 2
CÓDIGO DO MENOR ................................................................................................................................. 2
ECA – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ................................................................................. 3

Com Você Até a Posse!


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ECA – PARTE 1
CÓDIGO DO MENOR

O lema do Código de Menores (1979) era a preservação da ordem social e o


Estado era responsável por providenciar a assistência às crianças e adolescentes
abandonados, para “reeducá-los” ou “recuperá-los”. Crianças e adolescentes
abandonados eram chamados de “menores”.

O discurso moralizador existente na época atribuía às famílias consideradas


“desajustadas” a incapacidade de oferecer educação e afeto aos seus filhos, que
viviam nas vias públicas, convivendo com o mundo dos vícios e com a “escola” do
crime. Com tal entendimento, era necessário frear a ação dos infratores que
ameaçavam a ordem pública. Surgiram nessa época as primeiras instituições para
menores abandonados ou envolvidos com o crime. O debate que se propunha era de
um lado a prevenção e de outro, a punição.

A criação do Juízo de Menores por meio do Decreto nº 16.272, de 20/12/1923,


indicava que a pessoa do juiz deveria determinar o tipo de tratamento para cada
situação apresentada pelos “menores abandonados ou infratores”.

O Juiz de Menores era uma figura atípica dentro da estrutura do Estado. Ele aplicava
a lei e detinha poderes de vigilância, proteção e regulação da vida dos menores.

A responsabilidade do Estado consagrou-se no Direito através da edição do primeiro


Código de Menores em 1927.

[...] foi com o Código de Menores (Decreto nº 1734/A, de 12 de outubro de 1927)


que o Estado respondeu pela primeira vez com a internação, responsabilizando-se
pela situação de abandono e propondo-se a aplicar os corretivos necessários para
reprimir o comportamento delinquência. Os abandonados estavam na mira do
Estado.
- Passetti (1999, p.355)

Esse Código introduziu timidamente a discussão sobre os castigos de pais contra


filhos, referindo-se a punição apenas para castigos imoderados. Era aceita a disciplina
corporal de crianças e adolescentes, com a finalidade de educar.

O mesmo autor relata que nos primeiros 30 anos da República a criança pobre era
considerada abandonada e potencialmente perigosa e cabia ao Estado incutir-lhe a
obediência. A educação, sob o controle do Estado, direcionava-se assim, para
disciplinar os cidadãos demonstrando uma política centralizadora e repressora.

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ECA – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ESTRUTURA

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LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.

Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do


Adolescente e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:
Título I
Das Disposições Preliminares
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às
pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à
pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes,
por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de
dignidade.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e
adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou

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cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem,


condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que
diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de
2016)
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à
infância e à juventude.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige,
as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar
da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.

ANOTAÇÕES
No 1º- artigo, temos a definição do público que abrange esta lei que define a proteção integral das
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crianças e adolescentes. No 2º artigo, temos a definição de quem são os considerados crianças e
adolescentes para os efeitos desta lei, sendo eles os que possuem entre 0 a 12 anos
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incompletos(crianças) e de 12 a 18 anos(adolescentes). O parágrafo único diz ainda que, de forma
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excepcional, serão beneficiados por esta lei indivíduos de 18 a 21 anos de idade nos casos
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expressos na lei. No 3º, diz que as crianças e adolescentes gozaram de todos os direitos
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fundamentais inerentes a pessoas humana, SEM prejuízo a proteção integral definida nesta lei. Diz
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ainda que família, comunidade, o poder público e a sociedade geral deverão garantir a efetividade da
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garantia dos direitos a vida, saúde, educação, ... com prioridade. O parágrafo único diz que PPPD o
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público desta lei tem primazia(deverá ser o primeiro) em receber socorro e proteção em QUALQUER
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circunstância, tem precedência no atendimento em locais públicos ou que tenham relevância
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pública, preferência em formulações de políticas públicas e privilégio na destinação dos recursos
públicos a proteção das crianças e adolescentes. No 5º, nenhuma criança ou adolescente será
Profª Ana
submetida Vital
a exploração, discriminação, violência, negligência, crueldade ou opressão, sendo punido
quemLegislação Educacional
agir por omissão ou ação. No 6º, diz que para interpretar esta lei deverá ser levada em conta o
bem comum, fins sociais, direitos e deveres individuais e coletivos e a condição peculiar da pessoa
em desenvolvimento.

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