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Programa Nacional de Formação em Administração Pública

Universidade Federal do Vale do São Francisco


Curso Especialização em Gestão Pública

Aluno(a): Geovania de Araujo Rodrigues Polo: Ouricuri

Orientador(a): Rosana Alves de Melo


Anteprojeto de Pesquisa

Linha de Pesquisa: Comportamento Organizacional

Formato: Monografia

Local para a publicação: Caso o formato escolhido seja artigo, o estudante deve informar em que
revista ou evento pretende publicar o trabalho.

Título: OS DESAFIOS NO FUNCIONAMENTO DO CONSELHO TUTELAR DE AFRANIO/PE- SOB A


VISÃO DOS CONSELHEIROS TUTELARES

1 – Introdução

1.1-Contextualização:

Atualmente, estou assumindo meu primeiro mandato como Conselheira Tutelar,


durante o nosso serviço nos deparamos com muitas dificuldades para solucionar casos
que precisam de uma ação imediata, a demanda é grande, por dia chegam inúmeras
denúncias das escolas da sede e da zona urbana, dos hospitais, Centro de Referência
de Assistência Social - CRAS, CAPS, a própria comunidade que fazem suas denúncias
pelo telefone.

A cidade de Afrânio é composta por 19.411 mil habitantes, instalado uma sede do
Conselho Tutelar, formado por um colegiado com cinco conselheiros, que foram
escolhidos pela população para zelar pela e garantir a efetivação dos direitos das
crianças e adolescentes, atuando sempre que esses direitos sejam ameaçados ou
violados. Vale ressaltar que em alguns casos são aplicados às medidas de proteção ou
medidas pertinentes aos pais ou responsáveis (IBGE 2017).

Dentre outros aspectos destaco que mesmo com tantos avanços na defesa e
garantias de direitos da criança e ao adolescente, ainda a um déficit nas políticas
públicas, que não são tão eficazes, havendo também a falta de estrutura de órgãos para
atendimento de urgência, pois quando recebemos um caso de emergência,
frequentemente nos faltam condições para realizar o atendimento, encaminhamento e
acompanhamento adequado.
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O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que é a lei n° 8.069 promulgada


em 1990, regulamentou e assegurou os direitos estabelecidos na Constituição Federal
de 1988, especificamente no Capitulo VII no que tange aos direitos da criança e do
adolescente. Os princípios norteadores para a elaboração do ECA foram a compreensão
da criança e do adolescente como pessoas em condição de desenvolvimento e sujeitos
de direitos fundamentais com absoluta prioridade de proteção pelo Estado, pela família e
pela sociedade em geral. (Art. 227 da Constituição Federa de 1988l)

Com grande frequência nos deparamos com situações que não competem ao
Conselho Tutelar resolver, como nos casos: de saúde, de segurança, habitação, de
educação, violência contra idosos e deficientes, a respeito do transporte público, entre
outros, mas devido a deficiência no atendimento acabamos por nos envolver,
analisamos e encaminhamos para o órgão competente se houver.

Pude perceber durante esse período de exercício que em diversas situações o ser
humano tem seus direitos violados e por várias circunstancia apenas por falta de
orientação e informação. Para que esse problema seja sanado existem alguns órgãos
voltados para essa área na minha cidade, por exemplo, temos O Conselho de Direito da
Criança e do Adolescente que se integra ao Sistema de Garantia de Direitos.

Referindo-se ao Conselho Tutelar, A Convenção Internacional sobre o Direito da


Criança (1989) indica “o equilíbrio entre a proteção e a responsabilização”. Sobre isso,
Nogueira (1999, p.51) traça a ideia guia:

A Convenção das Nações Unidas é apresentada como instrumento de


domesticação de poder parental e estatal, principalmente nas suas relações
autoritárias, com a infância e adolescência, como instrumento de mobilização da
sociedade e de construção de uma nova cultura institucional que veja a criança e
o adolescente como cidadãos e como alanvacadores no processo de
institucionalização de um sistema de garantia de direitos eficiente e eficaz.

Desse modo, encontramos suportes para agir como um mecanismo instituído


para solicitar do poder público a elaboração e a concretização da política voltada para
quem o necessita. O Conselho Tutelar cumpri as determinações do ECA que o define
como o órgão designado pela sociedade para zelar pelos direitos da criança e do
adolescente, previstos na legislação, encontra-se alocado no eixo da defesa e tem o
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dever, dentre outros, de interferir em qualquer questão sempre que os direitos da criança
e do adolescente sejam violados. Portanto, constitui um órgão voltado para cuidar que
esses indivíduos sejam tratados como cidadãos plenos de direitos civis e, sobretudo,
que tenham seus direitos efetivados.

1.2-Problematica:

O Conselho Tutelar é um órgão formado por um colegiado composto por cinco


conselheiros, escolhidos pela sociedade através de votação onde os mesmos terão que
garantir e zelar pela efetivação dos direitos das crianças e adolescentes, atuando
sempre que esses direitos sejam ameaçados ou violados. Vale ressaltar que em alguns
casos são aplicados às medidas de proteção ou medidas pertinentes aos pais ou
responsáveis. Para que sejam desenvolvidas tais atribuições com eficiência se faz
necessário um número maior de conselheiros para suprir a demanda dos casos, uma
infraestrutura completa, como: espaço privativo e adequado para atendimento,
equipamentos, profissionais qualificados e uma rede de retaguarda para o exercício e
funcionamento adequado do órgão.

Visto como órgão direto na garantia dos Direitos das Crianças e Adolescentes, o
Conselho Tutelar enfrenta desafios com a falta valorização e reconhecimento, as
autoridades públicas não reconhecem a importância dos Conselheiros em suas funções
e atribuições e a importância do seu papel na sociedade, causando a desmotivação no
desempenho profissional.

Dessa forma, o desenvolvimento desse trabalho parte do seguinte


questionamento: Como é possível manter o Conselheiro Tutelar motivado diante de
tantos desafios?

1.3-Justificativa:

A presente pesquisa justifica-se pela necessidade de se identificar e entender os


desafios existentes no exercício da função dos conselheiros da cidade de Afrânio,
observados durante a minha atuação profissional como conselheira e também mediante
as reuniões de colegiado do Conselho Tutelar, onde pude observar que mostravam
superficialmente as dificuldades enfrentadas pelos colegas, o que instigou a
necessidade de observar de perto cada equipamento além de buscar soluções ou
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alternativas ao enfrentamento desses desafios para desenvolver as atribuições que nos


são conferidas pelo ECA, ou seja, a efetivação e garantia dos diretos das crianças e
adolescentes desta cidade.

O Conselho Tutelar é um órgão de extrema importância na sociedade, devendo o


mesmo ser atuante e trabalhar em conjunto com a própria sociedade civil. Superando
nossos desafios, será possível ter voz ativa para com as autoridades públicas e
conscientizar a população através de planejamento político adequado.

1.4-Objetivos:

Objetivo geral: Conhecer quais os desafios vivenciados no funcionamento do Conselho


Tutelar do município de Afrânio, sob a visão dos conselheiros tutelares.

Objetivos específicos:

 Pesquisar a dinâmica de funcionamento do Conselho Tutelar;

 Identificar quais as dificuldades que os conselheiros tutelares enfrentam no seu


dia a dia para o exercício adequado de sua função;

 Analisar as contradições e diferentes visões, que norteiam a realidade vivenciada


pelos Conselhos Tutelares de Afrânio, Dormentes e Petrolina;

2 - Fundamentações Teóricas Inicial

O Conselho Tutelar é definido no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de


acordo com o "Art. 131 – O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não
jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da
criança e do adolescente." O mesmo é definido nas orientações técnicas sobre a
atuação do conselho tutelar, como um órgão público municipal, que tem sua origem na
lei municipal, integrando-se de forma definitiva no conjunto das instituições municipais,
estaduais e federais e subordinando-se somente ao ordenamento jurídico brasileiro. (Lei
Federal 8.069 de 13 de julho de1990).
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No desenvolver das nossas atribuições legais, nos deparamos com situações


diretamente ligadas as pessoas que, na maioria das vezes, vão ao Conselho Tutelar em
situações de crises e dificuldades, histórias de vida complexas e difíceis, famílias
desestruturadas dependente do álcool e das drogas. Dentre tantos problemas, cada
caso e tem direito a um atendimento personalizado, que leve em conta suas
particularidades e procure encaminhar soluções adequadas às suas reais necessidades.

Vale salientar que o Conselho Tutelar, aplica medidas aos casos que atende,


mas não executa essas medidas. As medidas de proteção aplicadas pelo Conselho
Tutelar são para que os demais órgãos competentes resolvam os problemas (poder
público, famílias, sociedade) e as executem. Quando necessário os Conselheiros
realizam visitas acompanhados dos profissionais já indicados para resolverem ou
acompanharem determinados problemas, psicólogo, médicos, assistente social e etc. de
acordo com o art. 136, inciso I c/c art. 101, inciso VII, do ECA (BRASIL 1990)

O Conselho Tutelar é um colegiado composto por cinco conselheiros, incumbido


de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Zelar na função de
fiscalizar, e estar atento e sempre disposto a lutar para se fazer cumprir o que são de
direito como: saúde, alimentação, moradia, educação, lazer entre outros. O conselho é o
órgão competente para fiscalizar e garantir que não haja omissão ou violação dos pais
ou responsáveis legais nem tampouco do poder público. De acordo com o princípio da
proteção integral apresentadas por JOSE DE FARIAS TAVARES em 1924 e depois com
a Organização das Nações Unidas, com a declaração de Genebra e foi inserida na
legislação brasileira pelo (art. 227 da Constituição Federal de 1988) que diz:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao


adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de
toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão. (…)

No artigo 5º da Resolução 75/2001 do CONANDA (Conselho Nacional dos


Direitos da Criança e do Adolescente), a respeito da autonomia do Conselho diz que: “O
Conselho Tutelar, enquanto órgão público autônomo, no desempenho de suas
atribuições legais, não se subordina aos Poderes Executivos e Legislativos Municipais,
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ao Poder Judiciário ou ao Ministério Público”. A Associação Batista Beneficente e


Missionária – ABBEM define bem a autonomia do Conselho Tutelar:

O Conselho é autônomo nas suas decisões, especialmente em relação à


aplicação das medidas de proteção estabelecidas para crianças e adolescentes
violados ou ameaçados em seus direitos, podendo inclusive se opor ou contrariar
interesses de terceiros para fazer valer esses direitos nos casos em que esteja
atuando. Embora o Conselho Tutelar tenha autonomia deve obediência pública a
Lei (ELLERY, 2007, p.20).

O Conselho Tutelar é um órgão de garantias de direitos das crianças e


adolescentes e têm como objetivo sanar as dificuldades existentes no cotidiano da
população. Nestes aspectos, há relevância em se abordar alguns fatos sobre sua
implantação no prisma da criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), suas
particularidades, assim como a necessidade de qualificação dos profissionais que
compõem a equipe desse serviço, sua importância perante a sociedade e as
dificuldades enfrentadas no dia a dia. (Art. 92, §3º, do ECA e Resolução nº 112/2006, do
CONANDA, publicada no DOU de 30/03/2006).

Em matéria técnica de sua competência, delibera e age aplicando as medidas


práticas pertinentes sem interferência e exerce suas funções com independência,
inclusive para relatar e corrigir distorções existentes na própria administração municipal
relativas ao atendimento a crianças e adolescentes, no entanto suas decisões só podem
ser revistas pelo juiz da Infância e da Juventude, a partir de requerimento daquele que
se sentir prejudicado definido no Art. 137 do Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei
8069/90 ( BBRASIL 1990).
O ECA, em seu Título V, artigo 131, dispõe sobre o Conselho Tutelar, quais suas
funções e atribuições legais: Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e
autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos
direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei. Artigo 131 do Estatuto da
Criança e do Adolescente da Lei nº 8.069 ( BRASIL 1990).

3 - Método

3.1 Tipo de Estudo


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Em razão da situação existencial no Conselho Tutelar de Afrânio tentarei uma


aproximação com a dinâmica funcional dos Conselheiros Tutelares de Dormentes,
Petrolina e Afrânio, enfatizando os desafios encontrados no dia-a-dia, e sua realidade
estrutural, essa análise será conduzida sob a visão dos conselheiros tutelares, através
de uma pesquisa qualitativa.

Sobre a pesquisa qualitativa Queiroz (1999) afirma que,

A qualidade, composta pelos aspectos sensíveis de uma coisa ou de um


fenômeno naquilo que a percepção pode captar, constitui assim o que é
fundamental em qualquer estudo ou pesquisa, pois é o ponto de partida
para qualquer deles. (QUEIROZ, 1999, p.15)

A técnica utilizada para alcançar os objetivos, sendo eles: investigar os desafios,


conhecer as dificuldades, identificar as consequências que acarretam com essas
barreiras, analisar os motivos entre outros. Desse modo conclui-se que o método
escolhido propiciara um trabalho subjetivo das informações, ocasionando êxito no
objetivo do estudo.

3.2 Ambiente de Investigação

A pesquisa será realizada nas sedes dos Conselhos Tutelares de Afrânio,


Dormentes e Petrolina-PE. Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) Afrânio do Estado do Pernambuco, os habitantes se chamam
afranienses. O município se estende por 1.490,6 km² e contava com 17.588 habitantes
no último censo. A densidade demográfica é de 11,8 habitantes por km² no território do
município. Vizinho dos municípios de Dormentes, Queimada Nova e Acauã, Afrânio se
situa a 97 km ao Norte-Oeste de Lagoa Grande a maior cidade nos arredores.
Situado a 540 metros de altitude, de Afrânio tem as seguintes coordenadas geográficas:
Latitude: 8° 30' 42'' Sul, Longitude: 41° 0' 36'' Oeste. Na cidade possui um conselho
tutelar composto por 05 conselheiros.
O município de Dormentes se estende por 1.537,6 km² e contava com 16.915
habitantes no último censo. A densidade demográfica é de 11 habitantes por km² no
território do município.
Vizinho dos municípios de Afrânio, Santa Filomena e Betânia do Piauí, Dormentes se
situa a 82 km ao Norte-Oeste de Lagoa Grande a maior cidade nos arredores.
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Situado a 481 metros de altitude, de Dormentes tem as seguintes coordenadas


geográficas: Latitude: 8° 26' 21'' Sul, Longitude: 40° 45' 46'' Oeste. ( 2017 IBGE - Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística | v4.2.7)
A cidade de Petrolina que fica a 120 km de Afrânio tem sua população estimada
em 343.210 em 2017, no ultimo senso realizado em 2010 o seu número habitacional
eram de 293.962 pessoas, (IBGE 2010) Petrolina é composta por dois Conselhos
Tutelares e dez conselheiros atuantes, a pesquisa será aplicada no Conselho Tutelar II
que fica localizado na Avenida monsenhor Ângelo Sampaio N° 685 Bairro- Maria
auxiliadora CEP- 56300-000.

3.3 Coleta de Dados

O levantamento dos dados será realizado através de uma entrevista


semiestruturada, será uma conversa cujo objetivo é manter um diálogo entre
entrevistador e entrevistado, com a finalidade de conseguir repostas coerentes para as
questões levantadas, de acordo com Queiroz (1999):

A qualidade, composta pelos aspectos sensíveis de uma coisa ou de um


fenômeno naquilo que a percepção pode captar, constitui assim o que é
fundamental em qualquer estudo ou pesquisa, pois é o ponto de partida
para qualquer deles. (QUEIROZ, 1999, p.15)

Será desenvolvida uma ampla pesquisa documental através de uma entrevista


semiestruturadas e questionário, com a finalidade de adquirir conhecimento sobre as leis
municipais que regem o funcionamento dos Conselhos Tutelares das cidades de Afrânio,
Dormentes e Petrolina, serão abordadas questões que envolvem 1. A realidade dos
sujeitos entrevistados, 2. Objetivando conhecer o perfil dos mesmos, 3. Qual sua
trajetória na defesa e garantias de direitos das crianças e adolescentes, 4. Entender a
dinâmica do seu dia-a-dia como conselheiro tutelar e 5. Quais as visões referentes aos
desafios encontrados em sua atuação para a garantia de direitos das crianças e
adolescentes.

Para garantir a veracidade das informações que serão transcritas, será utilizado
um gravador com devida autorização dos entrevistados, no qual terão suas identidades
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preservadas, onde os mesmos se identificarão com nomes de atores, que serão


escolhidos de forma aleatória.

3.4 Analise dos dados

Gil (2008) relata que após a coleta de dados, a fase seguinte é a de análise e
interpretação.

Segundo o autor, Esses dois processos, apesar de conceitualmente distintos,


aparecem sempre relacionados entre si. A análise tem como objetivo organizar e
sumariar os dados de forma tal que possibilitem o fornecimento de respostas ao
problema proposto para a investigação. Já a interpretação tem como objetivo a
procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação
a outros conhecimentos anteriormente obtidos. (Gil, 2008, p.168)

Metodologicamente o diagnóstico de conteúdos se estabelece em torno de 3


etapas distintas, segundo Minayo (2007): pré-análise tem a finalidade de preparar as
ideias iniciais através da seleção dos documentos, formulação das hipóteses e dos
objetivos e a elaboração de indicadores que fundamentem a interpretação final.
Exploração do material; dá-se através de uma operação classificatória que visa alcançar
o núcleo de compreensão do texto. Para isso, o investigador busca encontrar categorias
que são expressões ou palavras significativas para organizar o material. A categorização
consiste num processo de redução do texto as palavras e expressões significativas que
representarão o material estudado. E por fim Tratamento dos resultados, a inferência e a
interpretação; onde serão colocadas em evidência as informações obtidas. A partir daí o
pesquisador propõe inferências e realiza interpretações.

4 – Cronograma

Quadro 01 – Cronograma das atividades

Meses
Atividade (Início: set/2017 | Término: julho/2018)

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª

01 x
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02 x X
03 x x x
04 x x
05 x
06 x
07 x x
08 x x x
09 x

Conforme apresentado no Quadro 01, para a execução da proposta estão


previstas as seguintes atividades:

01 – Confecção do Ante projeto;

02 – Submissão do Projeto ao Comitê de Ética;

03 – Revisão Bibliográfica;

04 – Coleta de Dados;

05 – Tabulação/ tratamento;

06 – Análise dos dados;

07 – Analise de dados;

08 – Elaboração da monografia;

09 – Entrega do projeto;

Referências.

BRASIL, Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990.


___. Art. 92, §3º, do ECA e Resolução nº 112/2006, do CONANDA, publicada no DOU
de 30/03/2006
Programa Nacional de Formação em Administração Pública
Universidade Federal do Vale do São Francisco
Curso Especialização em Gestão Pública

___. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre Estatuto da Criança e do


Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF: DOU, 1990. Artigo 131.
___. Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 Código Penal- artigo 137.
___. Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 Código Penal- artigo 136.
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, 1998. Disponível em:<
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10644726/artigo-227-da-constituicao-federal-de-
1988.

CALS, Carlos Roberto; GIRÃO, Ivana; MOREIRA; Márcio Alan. Direitos de Crianças e
Adolescentes: Guia de Atendimento. Fortaleza, 2007.

CIDADE-BRASIL. Afrânio através Cidade-Brasil.com.br em 6 abril 2016. Disponível


em:< http://www.cidade-brasil.com.br/municipio-afranio.html

ELLERY, Celina Magalhães. Pesquisa sobre os Conselhos Tutelares no Município de


Fortaleza. Fortaleza, 2007.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Diretoria de Pesquisas,


Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estimativas da população
residente com data de referência 1º de julho de 2017. Disponível em:<
https://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?
lang=&codmun=260020&search=pernambuco|afranio

IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais,


Estimativas da população residente com data de referência 1º de julho de
2017. Disponível em:< https://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?
lang=&codmun=260515&search=pernambuco|dormentes.

IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais,


Estimativas da população residente com data de referência 1º de julho de
Programa Nacional de Formação em Administração Pública
Universidade Federal do Vale do São Francisco
Curso Especialização em Gestão Pública

2017. Disponível em< https://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?


lang=&codmun=261110&search=pernambuco|petrolina

MINAYO, M. C. S. Técnicas de análise do material qualitativo. In: __O desafio do


conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hicitec, 2007. cap.11, p. 303-
360.

QUEIROZ, Maria Izaura Pereira de. O pesquisador, o problema da pesquisa, a escolha


de técnicas: algumas reflexões. In: Reflexões sobre a pesquisa sociológica. 2 ed.
textos. Serie 2, n 3, p. 13-24, 1999.

TAVARES, José de Farias. Direito da infância e da juventude. Belo Horizonte: Del Rey, 2001.
P 55-58.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração.


5.ed.São Paulo: Atlas,2004.

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