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Primeiramente, a capacitação
técnica e política, depois a efetiva participação na elaboração e execução do orçamento
público, pois é no planejamento orçamentário que se estipulam em grande parte as
políticas públicas que garantem os direitos das crianças e adolescentes. Por isso,
reforçamos a importância da participação efetiva na construção, no monitoramento e
na avaliação das políticas orçamentárias municipais, estaduais e federais.
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O caráter consultivo do Conselho é exercido por meio de recomendações e
moções que são manifestações de advertência ou posicionamento que ultrapassam o
poder deliberativo do Conselho. Sua atuação como órgão consultivo acontece quando
ele acompanha a autoridade local ou de outra esfera em visitas de verificação in
loco, quando emite recomendação sobre o planejamento do órgão público a que tiver
vinculado.
Os Conselhos se utilizam de comunicações, dossiês, relatórios e
representações na sua atuação com caráter fiscalizador. Sua atuação fiscalizadora
acontece na verificação da aplicação dos recursos financeiros no âmbito de sua
respectiva atuação, principalmente no acompanhamento e no controle dos Fundos,
exame e investigação de fatos denunciados ao Conselho, etc., conforme a seguir:
Os conselhos podem desempenhar conforme o caso, funções de
fiscalização, de mobilização, de deliberação ou de consultoria.
A função fiscalizadora dos conselhos pressupõe o acompanhamento
e o controle dos atos praticados pelos governantes.
A função mobilizadora refere-se ao estímulo à participação
popular na gestão pública e às contribuições para a formulação e
disseminação de estratégias de informação para a sociedade sobre
as políticas públicas.
A função deliberativa, por sua vez, refere-se à prerrogativa dos
conselhos de decidir sobre as estratégias utilizadas nas políticas
públicas de sua competência.
A função consultiva relaciona-se à emissão de opiniões e sugestões
sobre assuntos que lhe são correlatos (CGU, 2008, p. 21).
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ligadas à área de atuação de cada conselho. Assim, o governo deve escolher os
representantes do Executivo, e à sociedade civil cabe escolher seus representantes
em fóruns próprios, que representam os respectivos segmentos.
A legitimação dos Conselhos, bem como as suas competências e atribuições,
estão definidas na Lei ou Decreto de criação e no seu Regimento Interno. Tornam-se
assim, instâncias formais, institucionais, sistemáticas e permanentes, em que os
conselheiros são investidos de autonomia e independência, como representantes do
Estado e da Sociedade. Cabe ao órgão público a que o Conselho estiver vinculado
proporcionar infraestrutura adequada para que possa exercer plenamente suas
funções e realizar suas atividades, como hospedagens, ajuda de custo, custeio de
locomoção, assessoria técnica etc.
Os Conselhos possuem, basicamente, as seguintes atribuições e poderes:
• deliberar sobre formulação, estratégias, diretrizes e execução das políticas
públicas;
• acompanhar a execução do plano da temática ou segmento que representa;
• convocar e organizar conferências;
• assessorar o órgão legislativo, executivo, judiciário e as entidades sociais no
diagnóstico de problemas;
• acompanhar, analisar e emitir parecer sobre a elaboração de leis específicas;
• utilizar como parâmetro de sua atuação defesa, promoção e garantia dos
direitos humanos;
• encaminhar aos órgãos competentes petições, denúncias e reclamações
formuladas ao Conselho, exigindo do órgão competente a adoção de medidas
efetivas de proteção e reparação;
• criar comissões técnicas ou grupos de trabalho para discutir temas específicos
e apresentar sugestões ou recomendações destinadas a subsidiar decisões do
Conselho;
• propor e ou executar programas educativos ou campanhas de sensibilização e
de conscientização da população;
• articular-se com outros Conselhos, instituições e órgãos públicos e colegiados
afins;
• conhecer programas e serviços públicos e sociais existentes visando à
integração do atendimento;
• estabelecer diálogo com a sociedade civil organizada e com os fóruns que
atuam em defesa de direitos;
• contribuir para a efetiva participação dos usuários nas decisões do Conselho;
• participar ativamente dos espaços de elaboração dos orçamentos do poder
público para que seja compatível com as reais necessidades sociais;
• divulgar os direitos e os mecanismos de exigibilidade dos direitos;
• ter comprometimento com a defesa da democracia e dos direitos da população;
• fiscalizar os Fundos a que tiver vinculado.
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Além das atribuições e poderes acima elencados, relacionamos abaixo
alguns princípios que devem nortear as ações dos Conselhos.
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CONCLUSÃO
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