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CONSELHOS MUNICIPAIS

DE SAÚDE
Estrutura, Organização, Funcionamento e
Efetividade
http://bit.ly/grupoconselheiros
Resolução 453/12
Lei 8.080/90

Lei 8.142/90
Legislação Resolução 554/17
Específica

Lei Complementar Legislação


141/12 Municipal
ESTRUTURA DE
CONTROLE DO SETOR
PÚBLICO
ESTRUTURA DE CONTROLE DO SETOR PÚBLICO

CONTROLE SOCIAL CONTROLE EXTERNO CONTROLE INTERNO

Conselhos: Poder Legislativo Unidades de Controle


Interno:
• Municipais Tribunais de Contas:
• Estaduais • Municipais
• Municipais
• Nacional • Estaduais
• Estaduais
• Nacional
• União

Fiscalização da aplicação dos recursos públicos


Controle exercido pela sociedade na fiscalização das ações do Estado. É o
Controle controle mediante a participação direta da comunidade e seus membros
Social sobre as condutas dos agentes públicos. É o direito que o cidadão possui de
desempenhar o seu controle sobre o Estado.

Controle exercido pelos Tribunais de Contas em auxílio ao Poder Legislativo


Controle na fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
Externo das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de
receitas.

É a fiscalização que o governo exerce sobre os atos e atividades de seus


Controle órgãos e das atividades que lhes são vinculadas. Tal controle tende a conter a
Interno ação dos órgãos no âmbito da competência de cada um, a estimular a própria
ação e a mantê-la nos limites da legalidade e dos princípios da boa
administração.
Classificação do controle quanto ao momento:

• Controle Prévio:
É exercido antes de consumar-se a conduta administrativa.

• Controle Concomitante:
Acompanha a situação administrativa no momento em que ela é
executada.

• Controle Subsequente ou Corretivo (a posteriori):


Ocorre depois de praticado o ato. Objetiva a revisão dos atos, para
corrigi-los, desfazê-los ou, somente, confirmá-los.
O que é controle social?
• É o direito da participação da sociedade no acompanhamento e
verificação da gestão dos recursos empregados nas políticas públicas.

• É a capacidade que tem a sociedade organizada de atuar nas políticas


públicas, em conjunto com o Estado, para estabelecer suas
necessidades, interesses e controlar a execução destas políticas.

• É o acompanhamento, a fiscalização e o controle das decisões e ações


públicas.
Quais são as formas de participação popular na saúde?

Conferências de Saúde

Conselhos de Saúde
CONFERÊNCIAS
DE SAÚDE
O que é uma Conferência de Saúde?

• Acontece a cada quatro anos com a representação dos vários


segmentos sociais;

• Paritárias;

• Avalia a situação de saúde;

• Propõe as diretrizes para a formulação da política de saúde;

• Convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por este


ou pelo Conselho de Saúde (art. 1º, §1º, da Lei 8.142/90).
CONSELHOS
DE SAÚDE
Qual é o papel do Conselho de Saúde?

• Atua na formulação de estratégias e no controle da execução da


política de saúde;

• Ajuda a planejar a política de saúde;

• Fiscaliza como o governo cuida da saúde, como os recursos estão


sendo gastos;

• Verifica se as leis relacionadas ao SUS estão sendo cumpridas.


O Conselho de Saúde

• Órgão ou instância colegiada;


• Caráter permanente;
• Deliberativo;
• Integrante da estrutura básica da Secretaria Municipal de Saúde;
• Composição, organização e competência fixadas em lei;
• Composto por representantes do governo, de profissionais de saúde, de
prestadores de serviços de saúde e usuários;
• Presidente eleito entre seus membros.
O Conselho de Saúde

O Conselho de Saúde pode deixar de existir?

O que significa caráter deliberativo?

O que é um órgão colegiado?


A composição dos Conselhos de Saúde – paridade
Res. n.º 453/2012

Conselho de
Saúde
Os Conselhos são espaços de conflito? Por quê?

A desigualdade de poder é comum nos conselhos?

O governo tem muito mais informação e poder de influência para decidir o


que deve ser realizado?

É importante que o “lado” que está em desvantagem na negociação tenha


um bom diagnóstico da situação, que tenha conhecimento dos assuntos que
estão sendo tratados, para saber o que é possível conseguir e a que custo.
Assim, este “lado” pode se preparar melhor.
Os Conselhos são espaços de conflito? Por quê?
• Interesses diferentes e/ou contraditórios;

• Conflitos ocorrem porque há muita coisa diferente e importante que as


pessoas querem fazer e pouco dinheiro para fazê-las;

• A noção do que é prioridade para a saúde muda de acordo como o ponto


de vista, os valores e as crenças de cada pessoa;

• As manifestações de conflito tendem a ser dolorosas, desgastantes, mas


elas são necessárias, pois é preciso reconhecer que os diferentes sujeitos
sociais são legítimos, têm direito de se expressar, mesmo que estejam
em lados opostos.
O que os Conselhos devem ser?

Os movimentos sociais conquistaram espaços de participação na definição


de políticas públicas, como os conselhos de políticas públicas, onde é preciso
enfrentar conflitos e negociar com atores e interesses diferentes.

Mais do que espaços de disputa, os conselhos devem ser espaços de


propositura de políticas públicas que levem à construção de uma sociedade
mais justa.

Embora não se possa escapar dos conflitos e das disputas, os conselhos


devem ser espaços de construção de alternativas viáveis para resolver os
graves problemas vividos pelo povo, para elaborar e implementar projetos
que venham trazer qualidade de vida e dignidade.
Basta boa vontade e dedicação dos conselheiros para que
suas propostas sejam levadas em conta?

• Conhecer a realidade local;

• Não atuar apenas como figurantes;

• Sair da postura de reinvindicação para uma postura de proposição e, para


fazer propostas, não basta ter boas ideias, é preciso conhecer a
legislação, a evolução das políticas públicas específicas e as
possibilidades de financiamento;
• Para atingir os objetivos é indispensável um trabalho sistemático de
formação e capacitação dos conselheiros.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DOS CONSELHOS DE SAÚDE

Secretaria Mesa Diretora


Executiva
Presidência

Plenário do
Comissões Conselho de
Temáticas Saúde

Grupos de
Trabalho
Plenário Fórum de deliberação plena e conclusiva.

Mesa É eleita pelo Plenário e lhe cabe a responsabilidade por toda a


condução dos processos administrativos e políticos a serem
Diretora
deliberados pelo Pleno.

 Elaborar o plano de ação do conselho;


 Elaborar a agenda do Conselho;
 Coordenar a Mesa Diretora;
Presidência  Representar o Conselho nas relações internas e externas;
 Estabelecer a interlocução com órgãos da Secretaria de Saúde,
demais órgãos do governo e com instituições públicas ou
entidades privadas para o cumprimento das deliberações do
CMS;
 Expedir atos decorrentes de deliberações do CMS.
Resolução n.º 554, de 15 de setembro de 2017, do CNS

Sexta Diretriz: A autoridade máxima da direção do SUS em sua


esfera de competência não deve e nem pode acumular o exercício de
presidente do Conselho de Saúde, a fim de privilegiar o princípio da
segregação das funções de execução e fiscalização da Administração
Pública.

Segundo os dados informados, em 1.310 dos 4.022 CMS a


presidência do conselho seria exercida por representante do
governo. Desses 1.310, em 661 CMS a presidência do conselho seria
acumulada pelo secretário municipal de saúde.

Acórdão n.º 1130/2017 – Plenário, do Tribunal de Contas da União


(TCU), que visa o aprimoramento das funções e desempenho das
atividades do controle social em saúde.
 Organismos de assessoria ao Plenário;
 Buscam fornecer subsídios de discussão ao Pleno para a
Comissões deliberação sobre a formulação da estratégia e controle da
execução de políticas públicas de saúde.

 Organismos instituídos pelo Plenário para assessoramento


Grupos de temporário ao Conselho ou às Comissões;
Trabalho
 Possui objetivos definidos e fixação de prazo para o seu
funcionamento.

 Acompanha a execução das deliberações do Conselho;


Secretaria  Dá apoio administrativo, suporte técnico e também está
Executiva exclusivamente a serviço do Conselho de Saúde.;
 Deve ter suas atribuições definidas no regimento ou pelo
plenário.
Plenário do
Conselho de
Saúde

Secretaria
Mesa Diretora
Executiva

Grupos de Comissões
Trabalho Temáticas

Presidência
Independência
Criação por lei

Recursos
Financeiros
(Dotação)

Espaço físico
Capacitação
Permanente

Código de
Mesas, cadeiras, Conduta
computador,
telefone, Internet
Transporte
Materiais e
equipamentos
Redigir atas de Reuniões plenárias
reunião abertas ao público

N.º de conselheiros Definição do quórum


definido na lei de criação mínimo – condição de
validade das deliberações
Quóruns: maioria simples,
maioria absoluta e maioria
Alteração na organização qualificada
deve respeitar a lei

O conselho faz a proposta e Presidente: escolha entre


vota em reunião plenária os membros
Participar das
Conferências

Tornar públicas suas


decisões por meio de Resoluções:
documentos, tais como  30 dias - homologação
resoluções,  Não homologação –
recomendações e justificativa –
propostas mudança/rejeição
 Buscar validação - MP
PLANO DE AÇÃO DO CONSELHO
• Mecanismo para o planejamento da atuação dos conselhos
municipais no desempenho de suas funções.

• Ferramenta essencial para a gestão do conselho e deve ser o


principal instrumento de apoio à tomada de decisão.

• Deve conter cinco etapas básicas:


1. Reflexão sobre a forma de gestão do conselho;
2. Diagnóstico;
3. Formulação;
4. Execução;
5. Avaliação.
1. Reflexão sobre a forma de gestão do conselho
Quais os principais problemas na gestão do conselho?
Por que propor mudança na forma de gestão do conselho?
Quem somos e por que estamos no conselho ?
O fazer par torná-lo mais participativo?

2. Diagnóstico
Traçar um diagnóstico da situação do conselho. A realidade que se deseja
modificar.

3. Formulação
Após concluído e analisado o diagnóstico, o conselho deve definir quais serão as
suas prioridades naquele ano, ou seja, quais os principais problemas que se
pretende modificar.
4. Execução
Consiste em definir as metas, isto é, quais os desafios que se quer enfrentar e os
resultados que se pretende alcançar por meio das ações a serem implementadas.

Recursos necessários (econômicos/orçamentários, humanos, materiais, políticos) e


os responsáveis e parceiros para a empreitada.

5. Avaliação
Avaliar o que está sendo implementado, para corrigir erros no caminho. Ao final,
deve-se refletir se o objetivo ou os objetivos propostos foram alcançados.

Deve ocorrer durante todo o processo.


CONSELHEIROS
DE SAÚDE
CONSELHEIROS DE SAÚDE
Mandato não deve
coincidir com o mandato Comparecer às
do governo reuniões
Estudar e relatar, nos prazos
Sugerir normas e estabelecidos, as matérias ou
procedimentos para o bom assuntos que lhes forem
desempenho e distribuídos
funcionamento do conselho
Buscar informações sobre as finanças da
Conhecer a política pública
saúde, convênios, estabelecimentos de
de saúde e o município
saúde e profissionais de saúde

Ter independência na tomada de decisão, o que Não é permitido:


significa ter liberdade para expor suas ideias e o Vereadores, membros do Judiciário e do
tomar decisões sem coação de nenhuma forma Ministério Público
São informações assimiladas pelo conselheiro, que lhe permitem
identificar o que fazer e por que fazer numa determinada situação
ou contexto. São adquiridos ao longo da vida, não apenas por meio
Conhecimentos
da educação escolar ou treinamentos formais, mas também por
meio de leitura, outras estratégias informais ou mesmo a partir da
experiência.

Decorrem da capacidade do conselheiro de aplicar o


conhecimento no sentido de saber como fazer algo para lidar
Habilidades com determinada situação ou contexto. Implica realizar uma
tarefa física (motora ou manipulativa) ou intelectual (processos ou
operações mentais).

Envolvem ações do conselheiro que refletem sua predisposição


ou motivação a querer fazer algo para lidar com determinada
Atitudes situação ou contexto. Decorrem de sentimentos, crenças e valores
de aceitação ou rejeição em relação a pessoas, objetos ou situações.
É a mobilização de conhecimentos, habilidades e atitudes do
Competência conselheiro, no contexto de seu trabalho, para, individualmente ou
em equipe, alcançar os resultados esperados pela organização.
CONSELHEIROS DE SAÚDE
 Os resultados de qualquer organização dependem
fundamentalmente das pessoas que nela trabalham. Por essa
razão, a organização deve contar com profissionais que possuam
as competências necessárias.

 É fundamental mobilizar conhecimentos, habilidades e atitudes


dos conselheiros em prol da otimização dos resultados.

 Como fortalecer os conselhos de saúde?


Quais são os conhecimentos necessários?
 Legislação do SUS;
 Legislação do Conselho;
 Plano Municipal de Saúde;
 Saber como os recursos públicos de saúde são aplicados;
 Saber quais são seus direitos e deveres;
 Aprender a fazer questionamentos pertinentes;
 Saber separar as funções do conselho e do gestor;
 Conhecimento dos instrumentos legais de gestão (Plano Municipal de Saúde,
Programação Anual de Saúde e Relatório de Gestão).
Quais são as habilidades necessárias?
 Capacidade de lidar com problemas;
 Relacionamento interpessoal;
 Capacidade de negociar.

Quais são as atitudes esperadas?


 Respeito;
 Responsabilidade;
 Comprometimento.
DÚVIDAS?
“Adversidade? Não, não me venham falar em adversidade. Diante
dela, só há três atitudes possíveis: enfrentar, combater e vencer.”
Mário Covas

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