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Especialização em Auditoria de

Sistemas e Serviços de Saúde

Auditoria Operacional em Sistemas e


Serviços de Saúde

Prof.ª Diana Monte Coelho


Auditoria
 O termo Auditoria deriva do grego;
 “Audit”, que significa examinar contas
 “Auditore”- Aquele que ouve
 - Ouvidor
 - Perito encarregado de examinar
contas
AUDITORIA EM SAÚDE

Instrumento de gestão para proteger e fortalecer


o SUS contribuindo efetivamente para locação e
aplicação adequada dos recursos e para a
qualidade da atenção oferecida aos cidadãos.

Ministério da Saúde
AUDITORIA EM SAÚDE
“ Ferramenta da gestão que tem como principal
finalidade a melhoria da qualidade da assistência e
da própria gestão. ”

“A função do moderno auditor é fazer aquilo


que a direção gostaria de fazer se tivesse
tempo para fazer e soubesse como fazê-lo ”
Lawrence Sawyer
AUDITORIA MÉDICA
Análise, à luz das boas práticas de assistência
à saúde e do contrato entre as partes, dos
procedimentos executados, aferindo sua
execução e conferindo os valores cobrados,
para garantir que o pagamento seja justo e
correto, além do acompanhamento dos
eventos para verificar a qualidade do
atendimento prestado ao paciente.
Adrianos Loverdos
HISTORIA DA AUDITORIA

Seu surgimento está diretamente ligado á relação de


propriedade e capital,sendo provável a ocorrência
das seguintes fases:
1.Necessidade de controle
2. Necessidade de se obter informações e de se
confirmar a adequação dessas informações
3. Necessidade de se obter uma opinião
independente
HISTORIA DA AUDITORIA

 As atividades de auditoria, antes de 1976, com


base no então Instituto Nacional de Previdência
Social - INPS, eram realizadas pelos supervisores
por meio de apurações em prontuários de
pacientes e em contas hospitalares. À época, não
havia auditorias diretas em hospitais. A partir de
1976, as chamadas contas hospitalares
transformaram-se em Guia de Internação
Hospitalar - GIH. As atividades de auditoria ficam
estabelecidas como Controle Formal e Técnico.
HISTORIA DA AUDITORIA

 Em 1978, é criada a Secretaria de Assistência Médica


subordinada ao Instituto Nacional de Assistência
Médica da Previdência Social - INAMPS. Vê-se a
necessidade de aperfeiçoar a GIH. É criada, então, a
Coordenadoria de Controle e Avaliação - nas capitais,
e o Serviço de Medicina Social - nos municípios. Em
1983, a Autorização de Internação Hospitalar - AIH,
vem substituir a GIH, no Sistema de Assistência
Médica da Previdência Social - SAMPS. É nesse ano
que se reconhece o cargo de médico- auditor e a
auditoria passa a ser feita nos próprios hospitais.
SNA

O Sistema Nacional de Auditoria - SNA, instituído pelo art. 6º da


Lei8.689, de 27 de julho de 1993 e regulamentado pelo
Decreto 1651, de 28 de setembro de 1995, desdobra-se nos
três níveis de gestão que compõem o SUS - Federal,Estadual e
Municipal. Ele se reveste das atividades de auditoria,
suplementando outras instâncias de controle e subsidiando o
processo de planejamento das ações de saúde,sua execução,
gerência técnica e avaliação qualitativa dos resultados
obtidos.
MINISTERIO DA SAUDE
Sistema Nacional de Auditoria no
âmbito do Sistema Único de Saúde
 I - Controle da execução, para verificar a sua
conformidade com os padrões estabelecidos
ou detectar situações que exijam maior
aprofundamento;

 II - Avaliação da estrutura, dos processos


aplicados e dos resultados alcançados, para
aferir sua adequação aos critérios e
parâmetros exigidos de eficiência, eficácia e
efetividade;
Sistema Nacional de Auditoria no
âmbito do Sistema Único de Saúde
 III - Auditoria da regularidade dos
procedimentos praticados por pessoas
naturais e jurídicas , mediante exame
analítico e pericial.

Lei 8.689, (27/07/93) e Decreto nº 1.651 (28/09/95)


SNA
Tendo como objetivo maior a obtenção da qualidade das ações
e serviços prestados no campo da saúde, a ação de auditoria
se caracteriza em atividades de verificação analítica e
operativa, consistindo no exame sistemático e independente
de uma atividade, elemento ou sistema, para determinar se
as ações de saúde e seus resultados, estão de acordo com as
disposições planejadas e com as normas e legislação vigentes.
MINISTERIO DA SAUDE
NO PLANO FEDERAL NO PLANO ESTADUAL NO PLANO MUNICIPAL

Smos
Ações previstas na política Nacional Ações previstas no plano estadual de Ações previstas no plano municipal de
de Saúde. As ações e serviços de saúde. Ações e serviços previstos no saúde. Ações e serviços previstos no
saúde de abrangência nacional em plano estadual de saúde plano municipal de saúde
conformidade com a política nacional
de saúde

Serviços sob gestão federal.  Serviços Serviços sob gestão estadual. Os Serviços sob gestão municipal. Os
de saúde sob sua gestão serviços de saúde sob sua gestão, serviços de saúde sob sua gestão,
sejam públicos ou privados, sejam públicos ou privados,
contratados ou conveniados. contratados ou conveniados.

Sistema de Saúde estadual e Sistema de saúde municipal e Consórcios intermunicipais. As ações


municipal. Os sistemas estaduais e consórcios intermunicipais. e serviços desenvolvidos por
municipais de saúde consórcio intermunicipal ao qual o
município esteja associado.

Recursos federais. A aplicação dos Recursos estaduais. A aplicação dos


recursos transferidos aos estados e recursos estaduais repassados aos
municípios mediante análise dos municípios, de conformidade com a
relatórios de gestão legislação específica de cada unidade
federada.

Mecanismos de controle,avaliação e Mecanismos de controle,avaliação e


Auditoria dos estados e municípios. Auditoria dos estados e municípios.
As ações, métodos e instrumentos As ações, métodos e instrumentos
implementados pelos órgãos implementados pelos órgãos
COMO SE ORGANIZA A AUDITORIA
NO SUS
 SNA – Sistema Nacional de Auditoria e seus
componentes: Atribuições legais: (Decreto N°
1.651 de 28/9/1995)
Secretaria
Ministério da Saúde – Municipal de
Denasus, Diauds e Secretaria Estadual de Saúde –
Seauds – Saúde – componente componente
componente federal estadual do SNA municipal do
do SNA SNA
Principais competência do DENASUS (Decreto
nº 8.065/2013 – art. 37 - estrutura
regimental do MS):
 Auditar por amostragem a adequação, a

qualidade e a efetividade das ações e serviços


públicos de saúde, e a regularidade técnico-
financeira da aplicação dos recursos do SUS,
em todo o território nacional;
 Estabelecer diretrizes e propor normas e

procedimentos para a sistematização e a


padronização das ações de auditoria,
inclusive informatizadas, no âmbito do SUS;
Principais competência do DENASUS (Decreto
nº 8.065/2013 – art. 37 - estrutura
regimental do MS):
 Promover a interação e a integração das

ações e procedimentos de auditoria entre os


componentes do SNA do SUS;
 Apoiar iniciativas de interlocução entre os

componentes do Sistema Nacional de


Auditoria do SUS, os órgãos de controle
interno e externo e os Conselhos de Saúde;
Quem o DENASUS audita:
 Gestores (MS - SES - SMS) ;
 Unidades públicas de saúde;
 Unidades privados - prestadores do SUS;

(privados, filantrópicos e terceiro setor).


Modalidades de atividades de
controle
 Auditoria;
 Visita Técnica;
 Verificação do Termo de Ajuste Sanitário –

TAS;
A quem o DENASUS atende:
 Ministério da Saúde (Além das auditorias
programadas no processo de planejamento)
 Conselhos de Saúde
 Ministério Público Federal/Estadual
 Tribunal de contas da União – TCU
 Controladoria-Geral da União – CGU Ministério da

Justiça /Polícia Federal


 Poder Judiciário
 Poder Legislativo
 Órgãos Estaduais/Municipais
 Cidadão
OPERACIONALIZAÇÃO DAS
ATIVIDADES DE CONTROLE
 Demanda – É o que está sendo solicitado,
requisitado ou denunciado ao DENASUS. É o
insumo básico desencadeador de uma
resposta ou da realização de uma ação de
controle. Seu entendimento e registro
fidedigno no SISAUD/SUS qualifica o
procedimento a ser viabilizado para o seu
atendimento. É a porta de entrada do sistema
informatizado.
OPERACIONALIZAÇÃO DAS
ATIVIDADES DE CONTROLE
 Protocolo – É o instrumento norteador para
realização de uma determinada ação envolvendo
diversas atividades com o mesmo objeto.

 Tem como finalidade principalmente uniformizar


a atuação das equipes.

 Faz parte do protocolo um roteiro gerencial para


ser preenchido pelas equipes com vista a
consolidação dos resultados e subsidiar na
elaboração de relatório gerencial.
OPERACIONALIZAÇÃO DAS
ATIVIDADES DE CONTROLE
 Tarefa – Tem por finalidade nortear a atuação
da equipe nas fases analítica e operativa da
atividade de controle e deverá conter o
detalhamento e orientações pertinentes
indispensáveis para subsidiar o
desenvolvimento dos trabalhos necessários
ao atendimento da demanda.
Programação da atividade
A partir da tarefa registrada no SISAUD/SUS, deverão ser
realizados os procedimentos de programação da
atividade, definindo:
1. Equipe – Será designada com a indicação de um
coordenador, cuja composição deverá ser adequada ao
objeto da atividade e extensão dos trabalhos;
2. Quando necessário, poderá ser solicitado a outras
Unidades Desconcentradas a indicação de técnicos para
compô-la;
3. Poderá ainda ser composta por técnicos de outros
componentes do SNA, bem como, na condição de
colaborador, por técnicos não pertencentes ao sistema.
PROGRAMAÇÃO (via SISAUD/SUS)
 Objeto da atividade – Será definido a partir da
identificação do escopo da verificação,
levando-se em consideração a natureza do fato
estabelecido na demanda, associado
diretamente ao tipo de recurso ao qual esse
está vinculado, baseando-se na classificação
definida na forma dos Blocos de Financiamento.
 Período de abrangência – Compreende o espaço
temporal de verificação definido para ser
examinado pela equipe.
Principais características SNA
 Descentralização e a integração
Vertical;
 Integração horizontal: planejamento, controle

e avaliação, regulação e vigilância em saúde e


Ministério Público, a Controladoria Geral da
União, os Tribunais de Contas, entre outros;
 Foco na qualidade das ações e serviços e nas

pessoas: mensuração do impacto das ações


de e a respectiva aplicação dos recursos, na
qualidade de vida e na satisfação do usuário.
AUDITORIA
 Conjunto de técnicas que visam verificar
estruturas, processos e resultados e a
aplicação de recursos financeiros, mediante a
confrontação entre uma situação encontrada
e determinados critérios técnicos,
operacionais ou legais, procedendo exame
especializado de controle na busca da melhor
aplicação de recursos, visando evitar ou
corrigir desperdícios, irregularidades,
negligências e omissões.
AUDITORIA EM SAÚDE
 A Auditoria não deve ser vista como mero instrumento
fiscalizador. Ela é muito mais abrangente:

Cria e implanta normas


: que permitem o contínuo
aperfeiçoamento do
sistema

Determina parâmetros Funciona como uma


ferramenta na diminuição
nos setores de contas dos custos, sem redução da
médicas e hospitalares qualidade do atendimento.
OBJETO DE AUDITORIA
Gestão e execução dos planos e programas
de saúde nas três esferas de governo, que
envolvam recursos públicos, observando os seguintes
aspectos:
 Organização;
 Cobertura assistencial;
 Perfil epidemiológico;
 Resolubilidade/resolutividade;

 Eficiência, eficácia, efetividade e qualidade da

assistência prestada à população;


 Adequação dos recursos objeto de transferências

governamentais e a sua aplicação.


OBJETO DE AUDITORIA
 Contratos firmados pelo MS, Secretarias
Estaduais e Municipais, com a rede
complementar, para a prestação de serviços na
área ambulatorial e hospitalar, execução de obras
e fornecimento de equipamentos/materiais.

 Os convênios, acordos, termos de ajustes de


metas, termos de compromisso e instrumentos
similares firmados entre as três esferas de
governo e desses com a rede de prestadores de
serviços assistenciais.
OBJETO DE AUDITORIA
 A prestação de serviços de saúde na área
ambulatorial e hospitalar.

 A aplicação de recursos.

 Denúncias
OBJETIVOS DA AUDITORIA
1. Verificar e validar a qualidade, a
propriedade e a efetividade dos serviços de
saúde, visando sua melhoria.

2. Aferir a preservação dos padrões


estabelecidos e proceder ao levantamento de
dados que permitam aos componentes do SNA
conhecer a qualidade, a quantidade, os custos
e os gastos na atenção à saúde;
OBJETIVOS DA AUDITORIA
3. Verificar os componentes dos processos do
serviço ou sistema auditado, objetivando a
melhoria dos procedimentos, por meio da
detecção de desvios dos padrões estabelecidos;
4. Produzir informações para subsidiar o
planejamento das ações.
5. Possibilitar ao controle social o conhecimento
de fatos e atos dos gestores da saúde, de forma
transparente, para compatibilizar e pactuar o
interesse público.
O Auditor deve ter:
• INDEPENDÊNCIA - O auditor, no exercício de
sua atividade, deve manter uma atitude de
independência que assegure a imparcialidade do
seu julgamento, nas fases de planejamento,
execução e emissão de seu parecer, bem como
nos demais aspectos relacionados com sua
atividade profissional;
SOBERANIA - Durante o desenvolvimento do seu
trabalho, o auditor deverá possuir o domínio do
julgamento profissional, pautando-se, exclusiva e
livremente a seu critério;
O Auditor deve ter:
 IMPARCIALIDADE - Durante o seu trabalho, o
auditor está obrigado a abster-se de intervir nos
casos onde há conflitos de interesses que possam
influenciar a absoluta isenção do seu julgamento.
Não deve tomar partido ou emitir opiniões;
 OBJETIVIDADE - Na execução de suas atividades, o

auditor se apoiará em fatos e evidências que


permitam o convencimento razoável da realidade
ou a veracidade dos fatos, documentos ou
situações examinadas, permitindo a emissão de
opinião com bases consistentes
O Auditor deve ter:
 CONHECIMENTO TÉCNICO E CAPACIDADE
PROFISSIONAL;
 ATUALIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS

TÉCNICOS - O auditor deve manter sua


competência técnica, atualizando-se quanto
ao avanço de normas, procedimentos e
técnicas aplicáveis à auditoria;
 CAUTELA E ZELO PROFISSIONAL - No

desempenho de suas funções o auditor deve


ater-se aos objetivos da auditoria;
O Auditor deve ter:
 • COMPORTAMENTO ÉTICO ;
 SIGILO E DISCRIÇÃO - O sigilo profissional é

regra mandatória e indeclinável no exercício


da auditoria. O auditor é obrigado a utilizar
os dados e as informações do seu
conhecimento tão somente e exclusivamente
na execução dos serviços que lhes foram
confiados.
OUTRAS RECOMENDAÇÕES PARA O
AUDITOR:
♦ pontualidade;
♦ boa apresentação;
♦ bom preparo;
♦ independência;
♦ calma, educação e paciência;
♦ clareza nas perguntas;
♦ evitar juízo de valor sobre como um elemento deve ser descrito e/ou
implementado;
♦ manter a mente aberta;
♦ usar corretamente a linguagem do corpo;
♦ não fazer “inferências”, mas basear-se em evidências objetivas; ♦ atuar de
acordo com as necessidades inerentes à auditoria;
♦ permitir que o auditado exponha as suas razões e tenha oportunidade de
melhorar o sistema da qualidade;
♦ manter os documentos/registros referentes à auditoria em arquivos
seguros e confidenciais.
CLASSIFICAÇÃO DAS AUDITORIAS
1. De acordo com a definição do foco: TIPO DE
AUDITORIA.

2. De acordo com a sua periodicidade de


realização – NATUREZA DA AUDITORIA.

3. De acordo com a composição das equipes


de auditoria – FORMA DA AUDITORIA.

4. De acordo com a execução – ANALÍTICA E


OPERATIVA.
TIPOS DE AUDITORIA
Auditoria sobre sistemas de saúde:
Gestão.

 Auditoria de serviços de saúde;

 Auditoria de ações em saúde;

 A auditoria sobre a aplicação de recursos


financeiros é transversa aos três tipos de
auditoria: sistemas, serviços e ações de saúde.
NATUREZA DAS AUDITORIAS
 Regular ou Ordinária – ações inseridas no
planejamento anual de atividades dos
componentes de auditoria.

 Especial ou Extraordinária – ações não


inseridas no planejamento, realizadas para
apurar denúncias ou para atender alguma
demanda específica.
FORMA DA AUDITORIA
 DIRETA – ação realizada com a participação de
técnicos de apenas um dos componentes do SNA.

 INTEGRADA – ação realizada com a participação


de técnicos de mais de um dos componentes do
SNA.

 COMPARTILHADA – ação realizada com a


participação de técnicos do SNA, junto com os
demais técnicos de outras instituições de controle
(TCU,CGU).
EXECUÇÃO DA AUDITORIA
 Analítica ou Pré-auditoria – é um conjunto de
procedimentos especializados que consiste na análise de
relatórios, processos e documentos, com a finalidade de
subsidiar a verificação in loco, compondo o planejamento da
auditoria operativa.

 Operativa – é um conjunto de procedimentos especializados


que consiste na verificação in loco do atendimento aos
requisitos legais/normativos, que regulam os sistemas e
atividades relativas à área da saúde, por meio do exame
direto de fatos, documentos e situações, para determinar a
adequação, conformidade, economicidade, legalidade,
legitimidade, eficiência, eficácia e efetividade dos processos.
PROCESSO DE TRABALHO DA
AUDITORIA
1. Planejamento
 Analisar a demanda e definir o foco da ação;
 Programar a ação de auditoria, definindo:

equipe e pontos a serem verificados;


 Realizar a fase analítica ou pré-auditoria com

o levantamento e análise dos dados


disponíveis nos diversos sistemas, elaborar
relatório que deverá conter todos os pontos a
serem verificados durante a fase operativa.
PROCESSO DE TRABALHO DA
AUDITORIA
2. Execução

 Realizar a fase operativa in loco;


 Mapeamento de processos de trabalho;
 Validação dos dados coletados;
 Diagnóstico operacional do conjunto de

ações e serviços sob verificação.


PROCESSO DE TRABALHO DA
AUDITORIA
3. Resultado
 Elaborar o relatório preliminar de auditoria;

 Notificar o auditado, mediante o envio do

relatório preliminar, para apresentação de


justificativas em decorrência das constatações
evidenciadas;
 Analisar a defesa apresentada pelo auditado;
 Encaminhar os resultados às instâncias

competentes;
 Acompanhar a implementação das ações

corretivas/saneadoras propostas.
EXECUÇÃO DA AUDITORIA
OPERATIVA
EXECUÇÃO
 Apresentação da equipe
 Desenvolvimento dos trabalhos
o Recebimento dos documentos solicitados
o Análise da documentação
o Busca de evidências
o Solicitação de novos documentos
o Visitas as unidades/setores e usuários
o Acompanhamentos do desenvolvimento dos
trabalhos
 Reunião de Fechamento
TÉCNICAS DE AUDITORIA
 Exame da documentação
 Entrevistas
 Inspeção/exame físico
 Circularização ou confirmação de terceiros
 Evidências
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE
RELATÓRIO DE AUDITORIA
INTRODUÇÃO
• Identificação da instituição alvo da auditoria.
• Vínculo administrativo (se é federal, estadual,
municipal ou
universitário e a qual ente público pertence), privado
com fins lucrativos ou privado sem fins lucrativos.
• UF/ Município onde está localizado.
• Período de verificação.
• A finalidade da auditoria.
• A identificação do demandante.
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE
RELATÓRIO DE AUDITORIA
IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPE DE AUDITORIA
• Deverá constar nome, cargo e matrícula de

cada membro, destacando o coordenador.

ESCOPO E OBJETIVO DA AUDITORIA


• É importante para identificar as possíveis

limitações do exame. Deve deixar bem claro


quais foram as atividades ou áreas
examinadas.
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE
RELATÓRIO DE AUDITORIA
METODOLOGIA
• Os tipos de documentos analisados (se possível o
percentual analisado).
• Os sistemas de informações verificados.
• As origens/fontes dos recursos financeiros verificados
(se possível, o percentual verificado).
• As instituições visitadas na auditoria.
• A realização de visita domiciliar.
• A utilização de instrumentos para coleta de dados.
• Entrevistas com usuários, trabalhadores de saúde e
gestor.
• Observação participante dos processos de trabalho.
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE
RELATÓRIO DE AUDITORIA
IDENTIFICAÇÃO E RELATO DO(S) FATO(S)
• Registrar o(s) fato(s) que deverá(ão) se constituir no objeto

da ação da auditoria. programas, identificando com


evidências objetivas os aspectos positivos, as
conformidades, as distorções e/ou irregularidades
encontradas.
 • Nota Técnica: Documento que deve ser elaborado nos

casos em que forem constatadas graves irregularidades que


requeiram ação imediata, ou quando o fato auditado
alcançar grande repercussão pública, que exija manifestação
do gestor antes da conclusão dos trabalhos da auditoria.
Deve conter um relato sucinto da situação encontrada, com
recomendações de medidas corretivas imediatas.
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE
RELATÓRIO DE AUDITORIA
CONCLUSÃO
• Registrar a conclusão com clareza e concisão
respondendo a solicitação do fato gerador.
• O valor total do ressarcimento financeiro, quando
existir, deverá ser registrado na conclusão.
RECOMENDAÇÕES
• Indicar todas as recomendações correspondentes
às distorções e/ou irregularidades destacadas no
relatório e, quando couber, estabelecer prazos para
seu cumprimento.
PARA PENSAR NO RELATÓRIO?
 Para o Planejamento definir:

1. Introdução
2. Definição da equipe
3. Escopo e objetivo da auditoria
4. Metodologia
DEFESA DO AUDITADO
Decreto nº 1.651/95, em seu
art.10, estabelece que, em caso
de qualquer irregularidade, fica
assegurado o amplo direito de
defesa ao auditado
ENCAMINHAMENTO E ACOMPANHEMANTO
DAS AÇÕES SANEADORAS\CORRETIVAS
 A resposta escrita do auditado sobre a
implantação da ação corretiva e sua
efetividade;

 A confirmação/comprovação de que a ação


corretiva foi implementada e se mostrou
efetiva, conforme programado: supervisão ou
acompanhamento continuado por período
determinado.
RELATÓRIOS:
 Relatório analítico – Resulta dos trabalhos de pesquisa
desenvolvidos na fase analítica, é uma síntese da coleta
de dados, explicita a extensão e a profundidade dos
exames a serem realizados, tem como finalidade sinalizar
os principais pontos que deverão ser verificados, evitando
equívocos em relação ao foco da atividade e otimizar o
tempo na execução da fase in loco.
 Relatório Preliminar – Resulta dos trabalhos de verificação
in loco, que servirá de instrumento para notificação
visando a apresentação de justificativa pelo órgão,
instituição ou unidade verificada, bem como pelos
agentes responsáveis referentes aos achados
preliminares não conforme.
RELATÓRIOS:
 Relatório final – Resulta dos trabalhos da
atividade de controle, do qual devem constar os
capítulos do relatório preliminar e, além desses,
Justificativa do Auditado se houver e Análise da
Justificativa, Recomendação, Destinatários da
Recomendação, Registro Final Sobre a
Notificação e a Conclusão.
 Relatório complementar – Este documento é

elaborado exclusivamente no caso de atividade


já encerrada e em decorrência de algum fato
surgido após o procedimento de encerramento.
Encerramento da atividade de controle

Análise da consistência:

 Por uma câmara técnica ou pelo supervisor.


Por uma equipe de analista da Unidade
Central do Departamento.
 Por uma equipe de analista da Unidade

Central do Departamento.
Publicação
 Publicação/Divulgação – Com base na
Lei nº 12.527, de 18/11/2011, lei de
Acesso à Informação, os relatórios das
atividades de controle são divulgados
por meio do sítio oficial do DENASUS
(http:\\sna.saude.gov.br ).
 15 dias após o encerramento.

Exceções – necessita de justifcativas


PROCESSOS COMUNS EM
AUDITORIAS DE
ATENÇÃO
AUDITORIA NAS AÇÕES E SERVIÇOS
DE SAÚDE NO SUS
 Constitui-se na coleta de dados nos diversos
relatórios produzidos pelo estado, município
ou pela unidade sob auditoria, disponíveis
nos bancos de dados do DATASUS, entre
outros;

 Verificação dos processos e fluxos de coleta


de dados e geração dos relatórios.
 Carga horaria profissional- Portaria 134,de 4

de abril de 2011
AUDITORIA DA ATENÇÃO-AÇÕES E
SERVIÇOS AMBULATORIAIS
 Verificar a produção das Unidades Prestadoras de
Serviços – UPS, que serão examinadas. SIA, ou o
arquivo produção ambulatorial disponibilizado pelo
DATASUS.

 Verificar a compatibilidade entre a quantidade


aprovada (programação FPO) e a quantidade
apresentada (produção).

 Verificar a compatibilidade da produção com a ficha


cadastral da UPS. Ex.:capacidade instalada com a
produção apresentada.
AUDITORIA DA ATENÇÃO-AÇÕES E
SERVIÇOS AMBULATORIAIS
 Verificar a produção conforme o nível de
hierarquia do serviço estabelecido no CNES.

 Verificar a produção conforme as prioridades


das ações estratégicas, quer sejam as
relativas aos pactos nacionais e as previstas
em acordos internacionais.
AUDITORIA OPERATIVAS NOS
SERVIÇOS AMBULATORIAIS
ANÁLISE DA ESTRUTURA (FÍSICA E FUNCIONAL)
•Verifica-se toda a estrutura e organização da
unidade prestadora de serviço, que deverá ser
comparada ao apresentado no relatório do
CNES:
•Rede municipal ou estadual.
•Unidade isolada auditada.
•Profissionais de saúde (o total e o específico
conforme o foco da auditoria).
CNES
 O Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde foi
instituído pela Portaria MS/SAS 376, de 03 de outubro de
2000, editou-se em 29/12/2000 a PT/SAS 511/2000 que
passa a normatizar o processo de cadastramento em todo
Território Nacional. Portaria nº 511 de 29 de dezembro de
2000;
 Considerando que o Cadastro dos Estabelecimentos de Saúde
é base para o Banco de Dados Nacional e para um efetivo
Sistema de Informações em Saúde, disponível para a
sociedade;
 Art. 2° - Determinar para esta fase, ou seja, até 01 de julho
de 2001, o recadastramento de todos os Estabelecimentos de
Saúde prestadores de serviço ao SUS.
CNES
• Informações sobre todo os Estabelecimento de
Saúde;
• Importância; Conhecer a rede de assistência a
saúde;
• Dados sobre a parte física, equipamentos,recursos
humanos e serviços prestados;

 Art. 10 5º - Os gestores responsáveis pelo cadastramento


deverão efetuar "in loco" a verificação dos Estabelecimentos de
Saúde, devendo ser a vistoria, sempre que possível,
acompanhada por equipes de Controle, Avaliação, Auditoria e
Vigilância Sanitária.
AUDITORIA OPERATIVAS NOS
SERVIÇOS AMBULATORIAIS
 ANÁLISE DE PROCESSO
•Responsabilidades do município/estado ou da
unidade, segundo as normas vigentes para o período auditado.
•Acesso aos serviços de saúde.
•Protocolos, fluxos, normas, rotinas de atendimento dentre
outros.
•Humanização na atenção ao cidadão.
•Atividades da atenção básica.
•Acesso a exames complementares.
•Acesso à média e alta complexidade.
•Ações de vigilância epidemiológica, ambiental e saúde do
trabalhador.
•Ações de vigilância sanitária.
AUDITORIA OPERATIVAS NOS
SERVIÇOS AMBULATORIAIS
 ANÁLISE DE RESULTADOS
• Indicadores e parâmetros da atenção.
• Avaliação do grau de satisfação dos usuários.

Durante a programação do trabalho,


determinar o percentual de amostragem dos
documentos a ser examinado. Poderá variar de
20% a 100%,.
AUDITORIA DE SERVIÇOS DE SAÚDE
HOSPITALAR
 Cadastro Nacional de
 Estabelecimentos de Saúde (CNES)
 Relatório de dados cadastrais do hospital
 Relatório demonstrativo de AIH pagas no

processamento
 Relatório de freqüência de procedimentos (tabwin)
 Relatório de AIH pagas arquivo reduzido (RD)
 Relatório de procedimentos especiais– PE
 Relatório de serviços profissionais (SP)
 Discriminativo de pagamento de serviços / OPM
AUDITORIA DE SERVIÇOS DE SAÚDE
HOSPITALAR
 Relatório comparativo entre
procedimento solicitado/ realizado e
ortése, prótese e material especial –OPM
utilizadas
 Relatório resumo de OPM pagas
 Relatório de Autorizações de Internações

Hospitalares Apresentadas
AUDITORIA DE SERVIÇOS DE SAÚDE
HOSPITALAR
Relatório demonstrativo de descontos das
ordem de recebimento (OR)
 Cadastro de profissionais e serviços

auxiliares de diagnóstico e terapia (SADT)


 Caderno de Informações em Saúde
EXEMPLOS DE EVIDENCIAS
 Cobrança indevida de politraumatizado,
cirurgia múltipla, tratamento da AIDS e
procedimentos seqüenciais em neurocirurgia.
 Permanência hospitalar baixa ou alta, em relação

ao procedimento cobrado;
 Excesso de cobrança de procedimentos especiais

como, por exemplo, excesso de tomografia


computadorizada e alta incidência de diárias de
UTI;
 Alta incidência de determinados procedimentos

em relação ao total realizado no Município/Estado.


AUDITORIA DE GESTÃO DE SISTEMAS E
RECURSOS FINANCEIROS
 É um instrumento fundamental para o
acompanhamento e avaliação do desempenho
de um sistema, em suas dimensões:
prevenção, promoção, assistência e controle
social, daí por que suas atividades não devem
se limitar apenas a serviços ambulatoriais e
hospitalares.
AUDITORIA DE GESTÃO
 Deve estar voltada para avaliação
dos resultados, mais do que
verificação da estrutura,
processos e aplicação de
recursos, ou seja, para a
efetividade do sistema.
AUDITORIA DE GESTÃO SOBRE
SISTEMAS DE SAÚDE
FINALIDADES
AUDITORIA DE GESTÃO
 Observar o cumprimento dos princípios de
planejamento, programação, coordenação,
controle, avaliação, regulação, auditoria,
atenção e a participação social.

 Avaliar a gestão dos recursos objeto de


transferências governamentais.

 Avaliar a execução dos programas,


contratos, convênios e outros.
FINALIDADES
AUDITORIA DE GESTÃO
Desenvolver atividades de cooperação técnica
e sugestões para aprimoramento dos
processos no SUS.
 Realizar diagnóstico da gestão para avaliação

dos resultados.
 Gerar informações que subsidiem as

atividades de planejamento e gestão.


 Subsidiar o controle social.
EXECUÇÃO
 PLANEJAMENTO
•Programar
•Preparar (elaborar o plano de trabalho)
•Analisar
 EXECUÇÃO

•Fase operativa
•Fase de avaliação dos resultados
•Fase de elaboração do relatório de auditoria
 RESULTADO

•Acompanhamento das ações


corretivas/saneadoras
•Encaminhamentos
AUDITORIA OPERATIVA
Analisar a movimentação dos recursos
conforme extrato bancário.
 Verificar a aplicação da contrapartida.
 Analisar a lei de criação do Fundo.
 Verificar se o secretário de saúde é o

ordenador de despesa e se atua conforme


determina a CF que explicitam que os
recursos financeiros devem ser administrados
pelo órgão competente do setor saúde.
AUDITORIA OPERATIVA
Verificar as deliberações do Conselho de
Saúde conforme livro de atas.
 Balanço, Lei de Diretrizes Orçamentárias eLei

Orçamentária Anual, contrapartidas,


comparações entre receitas e despesas e
percentual de aplicação de recursos.
 Verificar a compatibilidade entre as

informações do SIOPS com as informações


dos balancetes.
AUDITORIA OPERATIVA
Compatibilizar extratos das contas X nota de
empenho X cheques.
 Nos processos licitatórios analisar por

amostragem os procedimentos adotados


conforme a legislação, verificando a freqüência
de participação de cada fornecedor nas licitações,
examinando a pertinência dos pareceres técnicos
emitidos, consultando a Junta Comercial, Receita
Federal e Estadual quando as notas fiscais
apresentarem indícios de irregularidade;
 Verificar se ocorreu superfaturamento.
AUDITORIA OPERATIVA
 Verificar se realmente ocorreu a entrada do bem ou a
prestação de serviço.
 Checar, por amostragem, a entrada dos produtos adquiridos.
 Verificar por amostragem a distribuição do material e
estocagem;
 Nos contratos analisar conforme legislação: forma de
contrato, vigência, cláusulas, etc.
 Nas ações estratégicas, a formação de equipe no Saúde da
Família, Agentes Comunitários de Saúde, recebimento de
recursos, contratos, vigência, cláusulas, etc.
 Na assistência farmacêutica, termos de adesão, recursos,
contrapartida, aquisição, armazenamento, distribuição e
prazos de validade, etc.
FUNDO DE SAÚDE
Portaria MS 204/2007
 Solicitar todas as contas bancárias do FS, analisando cada conta,
identificando número e nome;
 Não existindo identificação clara, solicitar esclarecimentos à pessoa

responsável pela contabilidade;


 Verificar os depósitos efetuados conforme extratos emitidos pelo

DATASUS ou FNS;
 Anotar as divergências levando em consideração que as diferenças

DATASUS e FMS;
 Verificar contas antigas que ficaram muito tempo sem

movimentação;
 Verificar a composição da receita, identificando os recursos objeto

de transferências governamentais, federal e estadual, contrapartida


e outros;
 Confrontar cada conta bancária com a relação das contas

anteriormente fornecida;
PROGRAMAS FINACIADOS PELO
FUNDO DE SAUDE
 Federal:

 1. Farmácia popular : ampliar acesso a


medicamentos
essenciais(antitérmicos,analgésicos,
antibióticos, medicamentos crônicos)
 2.Hiperdia :Acompanhar as ações de

hipertensos e diabetes desenvolvidas);


PROGRAMAS FINACIADOS PELO
FUNDO DE SAUDE
 Estadual

Mais vida : Melhor atenção a saúde do idoso

Saúde em Casa: Qualificar as ações da atenção


primária á saúde( estrutura física e
atendimento)
PROGRAMAS FINACIADOS PELO
FUNDO DE SAUDE
Serviços hospitalares

 Repasse de recursos : Tomografias,


ressonâncias, cirurgias cardíacas, dentre
outros.
 Nesses casos é necessário que o

estabelecimento seja cadastrado e


conveniado pelo SUS
PROGRAMAS FINACIADOS PELO
FUNDO DE SAUDE
 Os recursos da saúde também financiam
convênios entre os órgãos solicitantes e
entidades governamentais ,com o objetivo de
financiar projetos na área da saúde .Pra isso,
é necessário que o órgão solicitante
apresente o plano de trabalho detalhado e
uma conta especial para licitação
PROGRAMAS FINACIADOS PELO
FUNDO DE SAUDE
 Pacto pela Saúde : Foi feito para melhor
organizar o repasse de dinheiro Fundo a
Fundo,através de blocos de financiamento
(PORTARIA Nº 399,2006).

 Os blocos de financiamento são : Atenção


primária, Media e alta
complexidade(MAC),Vig. Á Sáude, gestão e
Assist. farmacêutica.
PROCESSO DE PAGAMENTO
 Analisar os processos de pagamento e os
dados que chamem a atenção e se destaquem,
solicitar licitações;
 Observar as notas fiscais. Separar ou anotar
para consultar o Sistema de Informação da
Receita Federal;
 Ficar atento porque existem empresas que
negociam as notas fiscais, pessoas que
recebem por mais de uma empresa e emissão
sem existência do bem/material, entre outros.
PROCESSOS LICITATÓRIOS
CONTRATOS E CONVENIOS

 Analisar,
por amostragem,
mediante seleção dos
respectivos processos de
pagamento.
COMISSÃO CORREGEDORA
TRIPARTITE
 O que vem a ser a CCT?
 Qual o seu papel na Auditoria?
COMISSÃO CORREGEDORA
TRIPARTITE
 I - Velar pelo funcionamento harmônico e
ordenado do SNA;
 II - Identificar distorções no SNA e propor à direção

correspondente do SUS a sua correção;


 III - Resolver os impasses surgidos no âmbito do SNA;

 IV - Requerer dos órgãos competentes providências

para a apuração de denúncia de irregularidades, que


julgue procedentes;
 V - Aprovar a realização de atividades de controle,

avaliação e auditoria pelo nível federal, estadual ou


municipal do SNA.
REGULAÇÃO DA SAÚDE
O que é Regulação ?
 Regulamentação, fiscalização controle da
produção de bens e serviços em setores da
economia incluindo a Saúde.
Objetivos
- Oferecer a melhor alternativa assistencial para a
demanda do usuário, considerando a
disponibilidade assistencial;

- Organizar e garantir o acesso da população a


ações e serviços em tempo oportuno, de forma
ordenada e equânime;

- Organizar a oferta de ações e serviços de saúde e


adequá-las às necessidades demandadas pela
população;
Objetivos
- Otimizar a utilização dos recursos
disponíveis;
Fornecer subsídios aos processos de
planejamento, controle e avaliação;

- Fornecer subsídios para o processo de


Programação Pactuada e Integrada (PPI).
POLITICA NACIONAL DE REGULAÇÃO
 Plenitude das responsabilidades sanitárias
assumidas pelas esferas de governo.
• Regulação de Sistemas de Saúde
• Regulação da Atenção à Saúde
• Regulação do Acesso á Assistência:

PORTARIA GM Nº 1.559,01/8/08
Política Nacional de Regulação
 A Política Nacional de Regulação do SUS
propõe os seguintes eixos a serem
operacionalizados pelos gestores, em
consonância com o estabelecido nas
diretrizes “regulação da atenção à saúde” e
“regulação assistencial” do Pacto de Gestão:
Política Nacional de Regulação
 A) implantação e/ou implementação de complexos
reguladores: é uma das estratégias de regulação
assistencial, consistindo na articulação e integração de
centrais de atenção pré-hospitalar e urgências, centrais
de internação, centrais de consultas e exames, protocolos
assistenciais com a contratação, o controle assistencial e
a avaliação, assim como com outras funções da gestão
como a programação e a regionalização. Os complexos
reguladores podem ter abrangência intramunicipal,
municipal, micro ou macrorregional, estadual ou
nacional, devendo esta abrangência e respectiva gestão
ser pactuadas em processo democrático e solidário, entre
as três esferas de gestão do SUS.
Política Nacional de Regulação
 B) implantação de sistemas informatizados de
regulação: utilizados para gerenciar e
operacionalizar as funções das centrais de
regulação.
Tipos de Regulação
- Regulação sobre os Sistemas de Saúde
É a instância onde são tomadas as decisões a respeito das
populacionais e o orçamento disponível – vigilância,
controle, avaliação, auditoria

- Regulação da Atenção à Saúde


Preparação da infraestrutura de serviços de saúde de forma a
garantir uma oferta condizente em quantidade e qualidade
com as necessidades da população – prestações de serviços
de saúde públicos e privados;
Tipos de Regulação
- Regulação do Acesso à Assistência.
Parte operacional do processo. – Central de
Regulação:
Central de Regulação de Urgência,;
Central de Regulação das Internações;
Central de Regulação de Consultas e Exames.
prioridades de saúde, levando‐se em conta as
necessidades
Central de Regulação
As Centrais de Regulação podem ser de três
tipos,
conforme a sua área de atuação
– Central de Regulação de Urgência
– Central de Regulação das Internações
– Central de Regulação de Consultas e Exames

O Conjunto de Centrais de Regulação ,


formam um complexo regulador.
REGULAÇÃO DE SISTEMAS DE SAÚDE
 Objeto: sistemas municipais, estaduais e nacionais de
saúde;

 Sujeitos: gestores públicos

 Função: definir a partir dos princípios e diretrizes do


SUS, macrodiretrizes para a Regulação da Atenção à
Saúde e executar ações de monitoramento, controle,
avaliação, auditoria e vigilância desses sistemas;

PORTARIA GM Nº 1.559,01/8/08
AÇÕES
Elaboração de decretos, normas e portarias
que dizem respeito às funções de gestão;
 Planejamento, Financiamento e Fiscalização

de Sistemas de Saúde;
 Controle Social e Ouvidoria em Saúde;
 Vigilância Sanitária e Epidemiológica;
 Regulação da Saúde Suplementar;
 Auditoria Assistencial ou Clínica; e
 Avaliação e Incorporação de Tecnologias em

Saúde.
REGULAÇÃO DA ATENÇÃO Á SAUDE
Quem faz: Secretarias Estaduais e Municipais de
Saúde, conforme TCG do Pacto pela Saúde;
 Objetivo: garantir a adequada prestação de

serviços à população
 Objeto: a produção das ações diretas e finais de

atenção à saúde, dirigida aos prestadores públicos


e privados
 Sujeito: gestores públicos
 Funções: definir estratégias e macrodiretrizes para

a Regulação do Acesso à Assistência e Controle da


Atenção à Saúde

PORTARIA GM Nº 1.559,01/8/08
AÇÕES
 Cadastramento de estabelecimentos e
profissionais de saúde no Sistema de Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde - SCNES;
 Cadastramento de usuários do SUS no sistema
do Cartão Nacional de Saúde - CNS;
 Contratualização de serviços de saúde segundo
as normas e políticas específicas deste
Ministério;
 Credenciamento/habilitação para a prestação de
serviços de saúde;
AÇÕES
 Elaboração e incorporação de protocolos de
regulação que ordenam os fluxos assistenciais;
 Supervisão e processamento da produção
ambulatorial e hospitalar;
 Programação Pactuada e Integrada - PPI;
 Avaliação analítica da produção;
 Avaliação de desempenho dos serviços e da
gestão e de satisfação dos usuários - PNASS;
 Avaliação das condições sanitárias dos
estabelecimentos de saúde;
AÇÕES
 Avaliação dos indicadores epidemiológicos e
das ações e serviços de saúde nos
estabelecimentos de saúde; e
 Utilização de sistemas de informação que

subsidiam os cadastros, a produção e a


regulação do acesso.
REGULAÇÃO DO ACESSO A
ASSISTENCIA
 Regulação do acesso ou regulação assistencial,
 Objetos: a organização, o controle, o gerenciamento

e a priorização do acesso e dos fluxos assistenciais


no âmbito do SUS.
 Sujeitos: gestores públicos
 Estabelecida pelo complexo regulador e suas

unidades operacionais e esta dimensão abrange a


regulação médica, exercendo autoridade sanitária
para a garantia do acesso baseada em protocolos,
classificação de risco e demais critérios de
priorização.
PORTARIA GM Nº 1.559,01/8/08
AÇÕES
 Regulação médica da atenção pré-hospitalar e
hospitalar às urgências;
 Controle dos leitos disponíveis e das agendas de
consultas e procedimentos especializados;
 Padronização das solicitações de procedimentos
por meio dos protocolos assistenciais; e
 Estabelecimento de referências entre unidades de
diferentes níveis de complexidade, de abrangência
local, intermunicipal e interestadual, segundo
fluxos e protocolos pactuados.
AÇÕES
 As informações geradas - servirão de base para o
processamento da produção,faturamento, de acordo
com normalização específica.
 Os processos de autorização de procedimentos
(AIH e APAC) serão integrados às demais ações da
regulação do acesso, que fará o acompanhamento
dos fluxos de referência e contra-referência
baseado nos processos de programação
assistencial.
 As autorizações para Tratamento Fora de Domicílio
- TFD serão definidas pela área técnica da regulação
do acesso.
ATRIBUIÇÕES DE REGULAÇÃO AO
ACESSO
 Garantir o acesso aos serviços de saúde de
forma adequada;
 Garantir os princípios da eqüidade e da

integralidade;
 Fomentar o uso e a qualificação das informações

dos cadastros de usuários, estabelecimentos e


profissionais de saúde;
 Elaborar, disseminar e implantar protocolos de

regulação;
 Diagnosticar, adequar e orientar os fluxos da

assistência;
ATRIBUIÇÕES DE REGULAÇÃO AO
ACESSO
 Construir e viabilizar as grades de referência
e contrareferência;
 Capacitar de forma permanente as equipes

que atuarão nas unidades de saúde;


 Subsidiar as ações de planejamento,

controle, avaliação e auditoria em saúde;


 Subsidiar o processamento das informações

de produção; e
 Subsidiar a programação pactuada e

integrada.
ÁREA TÉCNICA DA REGULAÇÃO DO
ACESSO
 Complexos Reguladores
 Centrais de regulação - descentralizadas e

com um nível central de coordenação e


integração.
ATRIBUIÇÕES DO COMPLEXO
REGULADOR
 Fazer a gestão da ocupação de leitos e
agendas das unidades de saúde;
 Absorver ou atuar de forma integrada aos

processos autorizativos;
 Efetivar o controle dos limites físicos e

financeiros;
 Estabelecer e executar critérios de

classificação de risco; e
 Executar a regulação médica do processo

assistencial.
ORGANIZAÇÃO DO COMPLEXO
REGULADOR
 Central de Regulação de Consultas e Exames:
regula o acesso a todos os procedimentos
ambulatoriais, incluindo terapias e cirurgias
ambulatoriais;
 Central de Regulação de Internações

Hospitalares: regula o acesso aos leitos e aos


procedimentos hospitalares eletivos e,
conforme organização local, o acesso aos
leitos hospitalares de urgência; e
ORGANIZAÇÃO DO COMPLEXO
REGULADOR
 Central de Regulação de Urgências: regula o
atendimento pré-hospitalar de urgência e,
conforme organização local, o acesso aos
leitos hospitalares de urgência.
 A Central Estadual de Regulação da Alta

Complexidade - CERAC será integrada às


centrais de regulação de consultas e exames
e internações hospitalares.
Sistema de Informação
O Sisreg é um sistema de informações on-line
disponibilizado pelo Datasus para o
gerenciamento e operação das centrais de
regulação. É um programa (software) que
funciona por meio de navegadores instalados
em computadores conectados à Internet.
O Sisreg é composto por dois módulos
independentes:
a Central de Marcação de Consultas (CMC) e a
Central de Internação Hospitalar (CIH).
Critérios de Encaminhamento
- Critérios de gravidade – protocolos para
regulação do
acesso e referências segundo perfil assistencial;
- Fila única municipal ‐ equidade;
- Regionalização;
- PPI – Pacientes referenciados de municípios
pactuados.
PARA PENSAR E RESPOSNDER
 1. Como diferenciar ações de regulação do
Sistema de Saúde, da Atenção a Saúde e do
Acesso a Saúde. Exemplifique-as.

 2. Quais atividade de regulação são


específicas do auditor

E-MAIL: dianamcaguiar@hotmail.com
Nossa Missão:
“Realizar auditoria no SUS,
contribuindo para qualificação
da gestão, visando à melhoria
da atenção e do acesso às
ações e aos serviços de saúde”.
REFERENCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Curso Básico de Regulação,
Controle, Avaliação e Auditoria do SUS / Ministério da
Saúde, Departamento de Regulação,Avaliação e Controle de
Sistemas (SUS). Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

Brasil. Ministério da Saúde. Departamento Nacional de


Auditoria do SUS. Orientações técnicas sobre auditoria na
assistência ambulatorial e hospitalar no SUS: caderno 3
Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2005. 144 p

Brasil. Orientações básicas para utilização de Sistemas


Informatizados em
Auditoria no SUS – versão preliminar. Brasília: 2007.

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