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Prova Didática – Edital Nº 04/2014

Área do concurso: Gestão e Administração em Saúde Coletiva


Subárea: Tecnologia, Gestão e Financiamento em Saúde Coletiva

Candidata: Michelly Geórgia da Silva Marinho

Vitória de Santo Antão - Maio de 2014


 Sobre o financiamento da saúde pública no Brasil
 Compreender os mecanismos da Emenda
Constitucional 29
 Identificar as fontes de recursos para o SUS
 Conhecer os percentuais mínimos para aplicação
de recursos na saúde nas três esferas de governos
 Identificar os avanços da regulamentação da EC
29 por meio da Lei Complementar nº 141/2012
CONCEITO

“Consiste no exame sistemático e independente


dos fatos obtidos através da observação,
medição, ensaio ou outras técnicas
apropriadas, de uma atividade, elemento ou
sistema, para verificar a adequação aos
requisitos preconizados pelas leis e normas
vigentes e determinar se as ações de saúde e
seus resultados estão de acordo com as
disposições planejadas”
Ministério da Saúde, 2011

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CONCEITO

O termo auditoria (audit) proposto por


Lambeck em 1956 tem como premissa a
“avaliação da qualidade da atenção com
base na observação direta, registro e
história clínica do cliente”

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RESSIGNIFICAÇÃO DA AUDITORIA NO SUS

•Sair da lógica de fiscalização – área contábil

•Auditoria ferramenta de Gestão

•Agregar Valores a Gestão do SUS

•Proativa e pedagógica
Auditoria que atua considerando as prioridades
estabelecidas pelo Ministério da Saúde

Atua com a finalidade de contribuir para fortalecer as


Políticas de Saúde
Prioridades 2012

- Planos Municipais de Saúde

Hospitais de referência, UPA, SAMU


Saúde mental
Saúde não Tem Preço - Farmácia Popular
Medicamentos Especializados
Rede cegonha
Saúde da mulher – acesso a tratamento câncer colo e útero
Atenção Básica – PMAQ
Hanseníase
 Interage com as Áreas Técnicas do Ministério da Saúde.
SAS, SCTIE, SVS na definição de instrumentos de
auditoria.

 Atua de forma integrada com a Ouvidoria - Cartas SUS

 Atende demandas espontâneas do MPF, TCU,CGU,


Conselhos de Saúde, Cidadão
CONCEITO

Avaliação - utilização de parâmetros com


base na legislação vigente

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OBJETIVOS

 Avaliar a qualidade dos processos, sistemas


e serviços e a necessidade de melhoria ou
de ação preventiva/corretiva/saneadora.

 Propiciar ao gestor do SUS informações


necessárias ao exercício de um controle
efetivo, e contribuir para o planejamento e
aperfeiçoamento das ações de saúde.

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FINALIDADES DA AUDITORIA

 Aferir a preservação dos padrões estabelecidos e


proceder ao levantamento de dados que permitam
conhecer a qualidade, a quantidade, os custos e os
gastos da atenção à saúde;

 Avaliar os elementos componentes dos processos da


instituição, serviço ou sistema auditado, objetivando
a melhoria dos procedimentos, por meio da
detecção de desvios dos padrões estabelecidos;

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FINALIDADES DA AUDITORIA

 Avaliar a qualidade, a propriedade e a efetividade


dos serviços de saúde prestados à população,
visando à melhoria progressiva da assistência à
saúde;

 Produzir informações para subsidiar o planejamento


das ações que contribuam para o aperfeiçoamento
do SUS e para a satisfaçãodo usuário.

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OBJETOS DE AUDITORIA
 A aplicação dos recursos transferidos pelo MS a
entidades públicas, filantrópicas e privadas, às
secretarias estaduais e municipais de saúde;

 Eficiência, eficácia, efetividade e qualidade da


assistência prestada à saúde;

 A prestação de serviços de saúde na área


ambulatorial e hospitalar;

 Os contratos, convênios, acordos, ajustes e


instrumentos similares firmados pelas secretarias de
saúde e os prestadores de serviços de saúde do SUS.
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OBJETOS DE AUDITORIA
 A gestão e a execução dos planos e programas
de saúde do Ministério da Saúde, da Secretaria
de Estado da Saúde e da Secretaria Municipal de
Saúde que envolvam recursos públicos,
observando os seguintes aspectos:

◦ a) Organização;
◦ b) Cobertura assistencial;
◦ c) Perfil epidemiológico;
◦ d) Quadro nosológico;
◦ e) Resolubilidade/resolutividade;

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TIPOS E NATUREZA DA AUDITORIA
Tipos
 Conformidade – Examina a legalidade dos atos da

gestão quanto ao aspecto assistencial, contábil,


financeiro, orçamentário e patrimonial;
 Operacional – Avalia os sistemas de saúde,
observados aspectos de eficiência, eficácia e
efetividade.
Natureza
 • Regular ou Ordinária – Ações inseridas no

planejamento anual de atividades;


 • Especial ou Extraordinária – Ações não
programada - apurar denúncias ou para atender
alguma demanda específica.
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FORMAS DE OPERACIONALIZAÇÃO
NO SUS
De acordo com a origem dos profissionais:
 Direta – participação de técnicos de um mesmo

componente do SNA;

 Integrada – participação de técnicos de mais de


um dos componentes do SNA;

 Compartilhada – participação de técnicos do


SNA, junto com os demais técnicos de outros
órgãos de controle interno e externo (TC, CGU).

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FASE ANALÍTICA

 Neste processo, os auditores devem possuir conhecimento


relacionado aos indicadores de saúde, financiamento e no
que tange a utilização de tabelas, gráficos, bancos de dados
e contratos. Desta forma, são capazes de reunir
informações relacionadas ao objeto a ser auditado, bem
como quanto aos possíveis fatores de não conformidade
nos serviços de saúde. Conseqüentemente, tais análises
contribuem substancialmente para a gestão dos recursos

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ETAPAS DOS PROCESSOS DE TRABALHO
NA FASE ANALÍTICA
1)Análise dos documentos e dados disponíveis nos
sistemas informatizados (SIM, Sinasc, SIA, SIH, SIAB,
Siops, SCNES e outros). Diagnóstico do objeto
2)Definição do escopo do trabalho, inclusive as
unidades que deverão ser visitadas;
3)Elaboração e organização dos documentos de acordo
com o objeto
4)Elaboração do relatório analítico
5)Comunicação à entidade a ser auditada. Solicitar
documentos que serão disponibilizados à equipe para
análise.
6) Elaboração de Roteiro/Protocolo contendo a definição
das técnicas a serem aplicadas para desenvolvimento
do trabalho de campo, pertinentes ao caso. 18
PROGRAMAÇÃO/PLANEJAMENTO
 avaliação prévia - início aos procedimentos de instalação
do processo de auditoria – DEFINIR seu objetivo.
 Alguns aspectos devem ser considerados na programação
da auditoria, visando à otimização do planejamento da
mesma:
 Por que realizá-la?
 Quais os requisitos que a envolvem e o que deve ser
procurado?
 Quando e quem deve proporcionar os recursos de suporte
para a equipe de auditoria?
 Quem será informado da auditoria? Como?
 Quais as áreas/unidades que serão auditadas?
 Onde será realizada a auditoria e quais os
desdobramentos?
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PROGRAMAÇÃO/PLANEJAMENTO
 DEFINIR - Objetos de análise

 a) Análise da estrutura física e funcional

 b) Análise de processo

 c) Análise de resultados

 d) Avaliação da disponibilidade de recursos humanos,


materiais e estrutura física

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PROGRAMAÇÃO/PLANEJAMENTO
 Objetos de análise
 a) Análise da estrutura física e funcional
 Ao avaliar esse aspecto, verifica-se toda a estrutura e organização da unidade prestadora de serviço, que
deverá ser comparada ao apresentado no relatório do CNES:
◦ Rede municipal ou estadual;
◦ Unidade isolada auditada;
◦ Profissionais de saúde (o total e o específico conforme o foco da auditoria).
 b) Análise de processo
 • Responsabilidades do município/estado ou da unidade, segundo as normas vigentes para o período
auditado;
 • Acesso aos serviços de saúde;
 • Protocolos, fluxos, normas, rotinas de atendimento, entre outros;
 • Humanização na atenção ao cidadão;
 • Atividades da atenção básica (Pacs e ESF se forem essas as formas de organização da atenção);
 • Acesso a exames complementares;
 • Acesso à média e alta complexidade;
 • Ações de vigilância epidemiológica, ambiental e saúde do trabalhador;
 • Ações de vigilância sanitária.
 c) Análise de resultados
 • Indicadores e parâmetros da atenção;
 • Avaliação do grau de satisfação dos usuários;
 • Aspectos relativos à estrutura/funcionalidade.
 d) Avaliação da disponibilidade de recursos humanos, materiais e estrutura física observando, por exemplo:
 • Se há setores da unidade que apresentam demanda reprimida;
 • A capacidade da unidade para a realização dos procedimentos e serviços cadastrados;
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PROGRAMAÇÃO/PLANEJAMENTO
 Objetos de análise
 b) Análise de processo
◦ Responsabilidades do município/estado ou da unidade, segundo as normas vigentes para o período
auditado;
◦ Acesso aos serviços de saúde;
◦ Protocolos, fluxos, normas, rotinas de atendimento, entre outros;
◦ Humanização na atenção ao cidadão;
◦ Atividades da atenção básica (Pacs e ESF se forem essas as formas de organização da
atenção);
◦ Acesso a exames complementares;
◦ Acesso à média e alta complexidade;
◦ Ações de vigilância epidemiológica, ambiental e saúde do trabalhador;;
◦ Ações de vigilância sanitária.
 c) Análise de resultados
 • Indicadores e parâmetros da atenção;
 • Avaliação do grau de satisfação dos usuários;
 • Aspectos relativos à estrutura/funcionalidade.
 d) Avaliação da disponibilidade de recursos humanos, materiais e estrutura física
observando, por exemplo:
 • Se há setores da unidade que apresentam demanda reprimida;
 • A capacidade da unidade para a realização dos procedimentos e serviços
cadastrados; 22
PROGRAMAÇÃO/PLANEJAMENTO
 Objetos de análise
 c) Análise de resultados
◦ Indicadores e parâmetros da atenção;
◦ Avaliação do grau de satisfação dos usuários;
◦ Aspectos relativos à estrutura/funcionalidade.

 d) Avaliação da disponibilidade de recursos humanos,


materiais e estrutura física
◦ Setores da unidade que apresentam demanda
reprimida;
◦ A capacidade da unidade para a realização dos
procedimentos e serviços cadastrados;

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PROGRAMAÇÃO/PLANEJAMENTO
a) Determinação precisa dos objetivos do exame analítico e
operativo, ou seja, a identificação completa sobre o que se
deseja obter com a auditoria (objetivos, escopo e alcance
da auditoria);
b) Identificação do universo a ser auditado (se o
levantamento de dados for por amostragem, deverá ser
definido o critério e a extensão da amostra);
c) Identificação dos documentos de referência, necessários
para as análises preliminares (relatórios, protocolos,
normas, legislação, instruções, manuais);
d) Identificação das fontes de informação necessárias para a
auditoria, observando a sua abrangência e confiabilidade;
e) Estabelecimento de técnicas apropriadas e elaboração de
roteiros para coleta de dados (listas de verificação,
entrevistas, observação e outros)
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INSTRUMENTOS DE APOIO
 Papéis de Trabalho e Documentação de Auditoria

◦ Conjunto de formulários e documentos que constituem o


suporte do trabalho desenvolvido pelo auditor, contendo
o registro de todas as informações utilizadas, das
verificações a que procedeu e das conclusões a que
chegou, formando a evidência do seu trabalho.
(Resolução CFC nº 828/1998)

◦ Planilhas, formulários, questionários preenchidos,


fotografias, vídeos, áudios, arquivos magnéticos, ofícios,
memorandos, portarias, cópias de contratos e outros
documentos, matrizes de planejamento e de
procedimentos, de achados de auditoria e de
responsabilização. (Tribunal de Contas da União)
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INSTRUMENTOS DE APOIO
 Ofício de comunicação – expedido pelo órgão de
auditoria informando ao gestor do serviço que será
auditado;

 Comunicado de Auditoria – solicitar oficialmente a


disponibilização de documentos. Deverá ser enviado
previamente ou emitido sempre que houver
necessidade. Pode ser solicitado espaço físico para a
equipe desenvolver os trabalhos, a designação de um
técnico esclarecimentos e disponibilização de
documentos.

 Ambos podem anteceder a fase analítica da auditoria


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FASE OPERATIVA (in loco)
 Verificação in loco das ações, com exame direto
dos fatos e situações, tendo por objetivo
sistematizar procedimentos.

 Esse exame busca confirmar ou não o


atendimento às normas e leis, bem como a
adequação, conformidade, eficiência e eficácia do
processo de trabalho em saúde.

 A essência da fase operativa é a busca de


evidências que permitem ao auditor formar
convicção sobre os fatos..

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FASE OPERATIVA (in loco)
 As evidências são as informações que fundamentam os
resultados de um trabalho de auditoria.

 A obtenção e a análise de dados é um processo


contínuo, que inclui a coleta e a reunião de
documentos comprobatórios dos fatos observados,
cuja análise e interpretação têm como objetivo
fundamentar o posicionamento da equipe de auditoria
sobre os fatos auditados.

 As evidências validam o trabalho do auditor, sendo


consideradas satisfatórias quando reúnem as
características de suficiência, adequação e pertinência.

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FASE OPERATIVA (in loco)

 Uma minuciosa busca de evidências, juntamente com a


devida utilização dos papéis de trabalho, constituem
fundamentos para a elaboração de um relatório de
auditoria que retrate, com objetividade e clareza, os
resultados apontados no decorrer dos trabalhos;

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FASE OPERATIVA (in loco)
 Informações relevantes: evidências, constatações
e fontes de evidência

 Evidências - informações colhidas antes, durante


ou após a auditoria.
 Obtenção de elementos suficientes para sustentar
a emissão do parecer,
 convencimento da realidade dos fatos e situações
observadas, da veracidade da documentação, da
consistência da somatória dos fatos e
fidedignidade das informações e registros
gerenciais para fundamentar sua constatações

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FASE OPERATIVA (in loco)
 Tipos de evidências
 Física - comprovável materialmente;
 Documental - comprovável pelos registros em
papéis e/ou documentos;
 Circunstancial - fornece impressão ao auditor,
não servindo de evidência de auditoria, pois não é
objetiva suficientemente para embasar uma não
conformidade. Esse tipo de evidência serve para
alertar devendo o auditor procurar evidências
comprováveis;
 Admissível - obtida pela declaração verbal.

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FASE OPERATIVA (in loco)
 Qualidade da evidência
 Suficiência – a aplicação de testes resulta na
obtenção de uma ou várias provas e propicia um
grau razoável de convencimento a respeito da
realidade ou veracidade dos fatos examinados;
 Adequação – os testes ou exames realizados são
apropriados à natureza e características dos fatos
examinados; e
 Pertinência – há coerência da evidência com as
observações, conclusões e recomendações de
auditoria.

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FASE OPERATIVA (in loco)
 A validação do julgamento depende da qualidade
da evidência;

 A constatação é o que conseguimos afirmar em


decorrência das evidências, pode ser conforme ou
não conforme.

 Fonte da Evidência –
◦ prontuário, extrato bancário, entrevista,
pesquisa com usuário, visitas realizadas nas
unidades, notas fiscais, Apacs, AIHs, Ata de
Conselho de Saúde

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ETAPAS DOS PROCESSOS DE TRABALHO
NA FASE OPERATIVA
 Apresentação da equipe/reunião de abertura - ao
gerente da unidade a ser auditada e/ou gestor do
sistema - apresentação e expõe, de forma sucinta, o
escopo da auditoria e a previsão de conclusão dos
trabalhos.
 Recebimento dos documentos solicitados – se houver
pendências na entrega de algum documento, esse
fato deve gerar novo CA com a estipulação de prazo
para entrega ou justificativa formal dos itens não
atendidos. Deve conter a assinatura do responsável.
 Sempre que as evidências demonstrarem a
necessidade de novos documentos comprobatórios,
estes deverão ser solicitados.

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ETAPAS DOS PROCESSOS DE TRABALHO
NA FASE OPERATIVA

 Análise da documentação
◦ Verificar a autenticidade dos documentos: ausência de
rasuras ou emendas; características do papel e de sua
impressão; acréscimo de letras, palavras ou frases em
documentos digitados ou manuscritos; notas fiscais de
outros estados sem visto dos postos fiscais; o correto
preenchimento e composição do prontuário médico.

Procedimento voltado para a comprovação das ações


assistenciais, contábeis ou de controle que são
evidenciadas por documentos comprobatórios.

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ETAPAS DOS PROCESSOS DE TRABALHO
NA FASE OPERATIVA

 Visita às unidades/setores/usuários
◦ Verificar os fatos que estão sendo auditados, bem como o
cumprimento das normas e rotinas estabelecidas.
◦ Tem por objetivo verificar a qualidade, propriedade e
efetividade da assistência à saúde prestada aos usuários
do SUS.
◦ Visa, também, à avaliação da execução dos programas,
contratos, convênios e outros instrumentos congêneres.

 Usuários - entrevista ou fazer outras


averiguações. Satisfação em relação aos serviços
que lhes são prestados.

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ETAPAS DOS PROCESSOS DE TRABALHO
NA FASE OPERATIVA

 Monitoramento do desenvolvimento dos trabalhos

◦ Equipe se reúne para verificar o andamento dos


trabalhos, o desempenho de cada integrante da
equipe;

◦ O planejado foi executado;

◦ Avaliação dos prazos estimados inicialmente e a


necessidade de redimensioná-los.

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ETAPAS DOS PROCESSOS DE TRABALHO
NA FASE OPERATIVA

 Reunião de encerramento
◦ A equipe de auditoria deve reunir-se com o responsável
pelo órgão auditado;
◦ Apresentação das conformidades e não conformidades
julgadas pertinentes de serem abordadas;
◦ Por exemplo, é relevante ressaltar a melhora de um
indicador; a constatação de falta de medicamentos
essenciais, ou falta de contrapartida no financiamento;
orientando o gestor quanto ao uso indevido de recursos
que porventura esteja ocorrendo por falta de
conhecimento, etc.

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 Refleti os resultados dos exames efetuados,
de acordo com o tipo de auditoria.
 Padrão, admitindo-se adaptações necessárias

à interpretação e avaliação dos trabalhos;


 Sequência lógica, linguagem compatível,

isenta de erros e rasuras;


 Conclusivo para permitir a formulação de

constatações em relação ao que foi


verificado.
 Escopo e objetivo da auditoria;
 Identificação da equipe de auditoria;
 Identificação do auditado;
 Data da auditoria;
 Documentos auditados e/ou relacionados;
 Descrição das não conformidades encontradas;
 Apreciação/conclusão das auditorias - não
conformidades detectadas e sua influência na
efetividade do sistema ou serviço;
 Sugestões de encaminhamentos do relatório.
 Coerência – assegurar que os resultados da auditoria correspondam aos
objetivos da mesma.
 Oportunidade – deve ser emitido em tempo hábil, a fim de que as
providências necessárias sejam tomadas oportunamente.
 Convicção – relatar de forma consistente as constatações e evidências
permitindo que qualquer pessoa chegue às mesmas conclusões às quais
chegou a equipe de auditoria.
 Integridade – conter todos os fatos relevantes constatados que levaram à
conclusão.
 Apresentação – não conter rasuras e seguir as regras de ortografia.
 Objetividade – conter apenas informações relevantes para elucidação dos
fatos auditados, com linguagem direta. Evitar o uso excessivo de
adjetivos e emprego de termos que contenham em si só juízo de valor.
 Clareza – linguagem clara, a fim de que o leitor entenda facilmente, ainda
que não versado na matéria, o que se quer transmitir, sem necessidade
de explicações adicionais.
 Conclusão – conter objetivamente a análise final em decorrência das
constatações de conformidades e não conformidades.
 O Denasus adota um modelo de relatório padronizado, que está
 Coerência – assegurar que os resultados da auditoria correspondam aos
objetivos da mesma.
 Oportunidade – deve ser emitido em tempo hábil, a fim de que as
providências necessárias sejam tomadas oportunamente.
 Convicção – relatar de forma consistente as constatações e evidências
permitindo que qualquer pessoa chegue às mesmas conclusões às quais
chegou a equipe de auditoria.
 Integridade – conter todos os fatos relevantes constatados que levaram à
conclusão.
 Apresentação – não conter rasuras e seguir as regras de ortografia.
 Objetividade – conter apenas informações relevantes para elucidação dos
fatos auditados, com linguagem direta. Evitar o uso excessivo de
adjetivos e emprego de termos que contenham em si só juízo de valor.
 Clareza – linguagem clara, a fim de que o leitor entenda facilmente, ainda
que não versado na matéria, o que se quer transmitir, sem necessidade
de explicações adicionais.
 Conclusão – conter objetivamente a análise final em decorrência das
constatações de conformidades e não conformidades.
 O Denasus adota um modelo de relatório padronizado, que está
ORGANIZAÇÃO PRESTADORA de serviços de saúde
Prestador: Hospitais, Clínicas, Unidades Básicas de
Saúde.

Neste contexto, é essencial a sistematização das


informações, uma vez que nem sempre os gestores
dispõem das informações necessárias para decidir com
segurança e consistência. O fato é que nem todo dado
gera informação útil. Os únicos dados relevantes são
os que geram informação, e esta somente é relevante
se gera conhecimento indispensável para a tomada de
decisão gerencial ou técnica.

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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A Constituição Federal de 1988 dispõe no seu art. 197: "são de relevância


pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público dispor, nos
Termos da Lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo
sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por
pessoa física ou jurídica de direito privado". (grifo nosso)
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990 - Lei Orgânica da Saúde
Inciso XIX, art. 16 - é competência do Ministério da Saúde o estabelecimento
do Sistema Nacional de Auditoria - SNA, bem como a coordenação da avaliação
técnica e financeira do SUS em todo o território nacional e o desenvolvimento de
estratégias de cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal.

§ 4º do art. 33 - cabe ao Ministério da Saúde, através do seu Sistema de


Auditoria, a aferição contínua das ações de saúde e da aplicação dos recursos a
elas destinadas.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Lei nº 8.689 de 27 de julho de 1993,
Instituiu o SNA, com a competência precípua de realizar avaliação técnico-
científica, contábil, financeira e patrimonial do SUS, de forma descentralizada.

§ 2º A descentralização do Sistema Nacional de Auditoria far-se-á através dos


órgãos estaduais e municipais e de representação do Ministério da Saúde em
cada Estado da Federação e no Distrito Federal.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Decreto 1.651, de 28 de setembro de 1995


Regulamenta o SNA - Sistema Nacional de Auditoria no âmbito do Sistema Único
de Saúde. Estabelece as responsabilidades em cada um dos níveis de gestão:
federal, estaduais e municipais
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Decreto 7508 de 28 de junho de 2011
Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a
organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a
assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências.

Art. 40. O Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação do SUS, por meio de serviço
especializado, fará o controle e a fiscalização do Contrato Organizativo de Ação
Pública da Saúde.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Lei Complementar 141 de13 de janeiro de 2012

Regulamenta o § 3º do art. 198 da Constituição Federal para dispor sobre os


valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os
critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de
fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3 (três) esferas de
governo; revoga dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, e
8.689, de 27 de julho de 1993; e dá outras providências
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Art. 42. Os órgãos do sistema de auditoria, controle e avaliação do SUS, no


âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, deverão
verificar, pelo sistema de amostragem, o cumprimento do disposto nesta Lei
Complementar, além de verificar a veracidade das informações constantes do
Relatório de Gestão, com ênfase na verificação presencial dos resultados
alcançados no relatório de saúde, sem prejuízo do acompanhamento pelos órgãos
de controle externo e pelo Ministério Público com jurisdição no território do ente da
Federação.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

DENASUS – Componente Federal e órgão central do SNA, tem sua


competência definida no Decreto 7.530 de 21 de julho de 2011

Art. 34. Ao Departamento Nacional de Auditoria do SUS:

I - promover o desenvolvimento do Sistema Nacional de Auditoria no


território nacional considerando o fortalecimento das relações interfederativas
no SUS;

II - avaliar e auditar a regularidade técnica e financeira da aplicação dos


recursos do SUS, em todo o território nacional, contribuindo para uma gestão
com foco em resultados;

III - verificar a adequação, a qualidade e a efetividade dos procedimentos e


serviços de saúde disponibilizados à população;
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL – Decreto nº 7.530 –
continuação
IV - estabelecer diretrizes e propor normas e procedimentos para a
sistematização e a padronização das ações de auditoria, inclusive
informatizadas, no âmbito do SUS;

V - promover a interação e a integração das ações e procedimentos


de auditoria entre as três esferas de gestão do SUS;

VI - promover a integração e a complementaridade mediante ações de


cooperação técnica com órgãos e entidades federais, estaduais e
municipais; com componentes do Sistema Nacional de Auditoria; e com
órgãos integrantes dos sistemas de controle interno e externo;
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL – Decreto nº 7.530 –
continuação
VII - informar a Diretoria Executiva do Fundo Nacional de Saúde sobre
resultados de auditoria que indiquem a adoção de procedimentos visando
ressarcimento ao Ministério da Saúde;

VIII - informar à autoridade superior e instâncias interessadas sobre os


resultados obtidos por meio das atividades de auditoria desenvolvidas
pelas unidades integrantes do componente federal do SNA;

IX - orientar, coordenar e supervisionar, técnica e administrativamente,


a execução das atividades de auditoria e demais ações de controle
realizadas pelas unidades integrantes do componente federal do SNA;
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL – Decreto nº 7.530 –
continuação

X - apoiar as ações de monitoramento e avaliação da gestão do SUS; e

XI - viabilizar e coordenar a realização de estudos e pesquisas visando à


produção do conhecimento no campo da auditoria
Ferramentas de Apoio

 SISAUD SUS
 Protocolos para nortear as ações de auditoria
 SAMU
 Saúde Bucal
 EC 29 Municipal
 Redução da Mortalidade Materna Infantil
 Programa de Inclusão Digital
 Farmácia Popular
 Hanseníase
SISAUD SUS – REGISTRO DE RESULTADOS

 Objetividade.
 Agilidade (inexistência de duplicidade de registros)
 Foco nas Constatações e Evidências para qualificar os
registros referentes às ações de auditoria
 Consistência entre Constatação, Evidência e
Recomendação, que permitam respaldar a tomada de
decisão.
Termo de Ajuste Sanitário – TAS

180 Termos de Ajuste Sanitário em andamento:

R$ 171.692.774,33 estão sendo redirecionados mediante a celebração do TAS,


desde 2010;

Termo de compromisso entre gestores do SUS nas três esferas;

Refinanciamento de ações de saúde com recursos financeiros próprios ou do


respectivo tesouro;

Não cabe TAS na constatação de ilegalidades e em convênios;

Acompanhamento da execução do TAS pelo DENASUS.


OBRIGADA!!!
Referências
BRASIL, Lei Complementar nº 141 de 13 de janeiro de 2012. Dispõe sobre os
valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal
e Municípios em ações e serviços públicos de saúde;

BRASIL, Ministério da Saúde. Sistema de informações sobre orçamentos públicos


em saúde (SIOPS). Minuta de Análise dos Gastos da União em Ações e Serviços
Públicos de Saúde, no período 2000 a 2010. Brasília, out 2011.

CONASS – CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE. O


Financiamento da saúde. Brasília: Conass, 2011.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE – OMS. Estadísticas sanitarias mundiales,


2010.

PIOLA, et al. Financiamento Público da Saúde: uma História à Procura de Rumo.


Revista Análise Econômica, Porto Alegre, ano 30, n. especial, p. 9-33, set. 2012.

SERVO, et al. Financiamento e gasto público de saúde: histórico e tendências.


In: MELAMED, C.; PIOLA, S. (Org.). Políticas públicas e financiamento federal do
Sistema Único de Saúde, Brasília: Ipea, 2011.

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