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MATERIAL DIDÁTICO
Impressão
e
Editoração
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3
UNIDADE 1 – AUDITORIA: GENERALIDADES ................................................... 8
1.1 EVOLUÇÃO ...................................................................................................... 8
1.2 CONCEITOS, FINS E OBJETIVOS ....................................................................... 10
1.3 ORGANISMOS REGULADORES E NORMAS DE AUDITORIA ..................................... 13
1.4 CLASSES/TIPOS DE AUDITORIA ....................................................................... 16
UNIDADE 2 – A QUALIDADE NA SAÚDE.......................................................... 20
2.1 FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE NA SAÚDE ........................................ 24
UNIDADE 3 – AUDITORIA EM SAÚDE .............................................................. 34
3.1 INSTITUIÇÃO HOSPITALAR ............................................................................... 34
3.2 EVOLUÇÃO DA AUDITORIA EM SAÚDE ............................................................... 37
3.3 A AUDITORIA EM SAÚDE .................................................................................. 40
3.4 TIPOS DE AUDITORIA EM SAÚDE ...................................................................... 42
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 47
BÁSICAS ............................................................................................................. 47
COMPLEMENTARES .......................................................................................... 47
3
INTRODUÇÃO
Figura 2: Qualidade.
Fonte: http://www.osconsult.com.br
1
Trabalho inédito de opinião ou pesquisa que nunca foi publicado em revista, anais de congresso ou
similares.
8
Para Riolino e Kliukas (2003), a palavra auditoria tem sua origem no latim
audire que significa ouvir. No início da história da auditoria, toda pessoa que tinha
aptidão para verificar a legitimidade dos fatos econômico-financeiros, prestando
contas a um superior, poderia ser considerado como auditor.
Outras influências que possibilitaram o desenvolvimento da auditoria foram:
instalações de filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras;
financiamento de empresas brasileiras através de entidades internacionais;
crescimento das empresas brasileiras e necessidade de descentralização e
diversificação de suas atividades econômicas;
evolução do mercado de capitais;
criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil,
em 1972;
criação da Comissão de Valores Mobiliários e da lei das Sociedades
Anônimas, em 1976.
1.1 Evolução
A prática da auditoria provém do final do século XVIII, na Inglaterra, como
consequência das transformações econômicas ocorridas naquele período que
conhecemos como “Revolução Industrial”.
9
Guarde...
A evolução da auditoria no Brasil está relacionada primariamente com a
instalação das empresas de origem estrangeiras de auditoria independentes, por
conta de seus investimentos, a fim de que se fossem feitas auditorias em seus
processos financeiros (ATTIE, 2006).
Guarde...
Auditoria é um conjunto de técnicas de observações e exames, aplicado de
forma sistemática, que no contexto do auditado, visa opinar sobre sua situação,
sobre sua riqueza, quando este for o caso, ou sobre funções ou áreas específicas
componentes do patrimônio do auditado.
A grande utilidade da Auditoria é atestada por fins os mais variados, tais
como:
certificação e comprovação da exatidão dos fatos contábeis e administrativos
(patrimoniais), através do seu registro;
identificação dos fatos e comprovação de sua propriedade no patrimônio da
sociedade auditada;
identificação e comprovação do tempo decorrido e/ou de existência, bem
como do valor de efetivos fatores de mensuração dos fatos, tendo em vista o
aspecto dinâmico do patrimônio;
sugestões e orientações para administração do patrimônio das entidades
auditadas;
identificação de eventuais falhas no controle, com intuito de saná-las, a fim de
proteger o patrimônio contra fraudes;
pesquisas com o objetivo de gestão ao longo do tempo; em bases
comparativas de valores e efeitos destes;
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Abaixo temos um esquema com a visão macro das fases e das atividades do
trabalho de Auditoria.
Auditor
Executa os
procedimentos
de auditoria
Define o volume
de testes
substantivos
Colhe evidências
Avalia evidências
Emite parecer
Figura 3: Segurança/Efetividade.
Fonte: http://www.osconsult.com.br
a) Acreditação
A acreditação é um método de consenso, racionalização e ordenação das
organizações prestadoras de serviços hospitalares e, principalmente, de educação
permanente dos seus profissionais (Manual Brasileiro de Acreditação).
Acreditação é um procedimento de avaliação dos recursos institucionais,
periódico e reservado para o reconhecimento da existência de padrões previamente
definidos na estrutura, no processo e no resultado, com vistas a estimular o
desenvolvimento de uma cultura da qualidade assistencial. Constitui-se,
essencialmente, em um programa de educação continuada e não uma forma de
fiscalização (TRONCHIN et al., 2005).
A acreditação dentro do contexto dos serviços de saúde pode ser utilizada
como uma ferramenta que, futuramente, representará o diferencial, um meio seletor
dentre as principais instituições que trabalham com a saúde em si e uma espécie de
marca de qualidade que será continuamente avaliada através da satisfação do
próprio paciente, pois, existem grandes vantagens ao se utilizar a acreditação,
sendo que, a mesma, em nível de tecnologia aplicativa, gera a significativa melhoria
tanto do gerenciamento da unidade quanto da qualidade da assistência ao paciente
que estará sendo realizada com mais segurança e eficiência (ANVISA, 2004).
b) Certificação
A certificação é a ação realizada por uma entidade reconhecida como
independente da parte interessada, que manifesta a conformidade de uma empresa,
produto, processo, serviço ou pessoa com os requisitos definidos em normas ou
especificações técnicas (GALDINO et al., 2016).
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Figura 4: ISO.
Fonte: http://www.i9laser.com/?attachment_id=2478
c) Indicadores
Os indicadores de qualidade analisam e determinam a medida do
desempenho de cada setor nas instituições de saúde, avaliando as metas
alcançadas para a excelência em qualidade, baseando-se na conformidade dos
padrões estabelecidos para monitorar os processos e resultados (GALDINO et al.,
2016).
d) Auditoria
A auditoria é a ferramenta que permite controlar a qualidade de um produto
ou serviço prestado por meio da atividade de seleção de pontos críticos do
processo, sendo possível à gerência avaliar, confirmar ou verificar as atividades
relacionadas com a qualidade, constituindo um processo positivo e construtivo
(LUONGO et al., 2011).
A Auditoria tem um papel de destaque no processo de consolidação do SUS,
uma vez que contribui, de forma significativa, para alcançar as metas estabelecidas
nos princípios básicos e éticos do atual sistema público de saúde. A auditoria pública
procura analisar o funcionamento do SUS para evitar possíveis fraudes ou realizar
correções nas distorções existentes, além de verificar a qualidade da assistência e o
acesso dos usuários às ações e serviços de saúde. Funciona também como um
mecanismo de controle interno do Ministério da Saúde (MS); propiciando, dessa
forma, um aumento da credibilidade e uma melhoria na qualidade da atenção à
saúde, fortalecendo a cidadania (CALEMAN, 1998).
e) Ouvidorias
As ouvidorias são canais democráticos de comunicação, destinados a
receber manifestações dos cidadãos, incluindo reclamações e denúncias,
sugestões, elogios e solicitação de informações. Por meio da mediação e da busca
de equilíbrio entre os entes envolvidos (cidadão, órgãos e serviços do SUS), é papel
da Ouvidoria efetuar o encaminhamento, a orientação, o acompanhamento da
demanda e o retorno ao usuário, com o objetivo de propiciar uma resolução
adequada aos problemas apresentados, de acordo com os princípios e diretrizes do
SUS. As ouvidorias fortalecem o SUS e a defesa do direito à saúde da população
por meio do incentivo à participação popular e da inclusão do cidadão no controle
social. As ouvidorias são ferramentas estratégicas de promoção da cidadania em
28
f) Programa HumanizaSUS
Figura 5: HumanizaSUS.
Fonte: http://www.redehumanizasus.net/
g) Qualisus
Tendo sua criação no mesmo ano do programa que gerou o HumanizaSUS,
a Política de Qualificação da Atenção à Saúde do Sistema Único de Saúde
(Qualisus), foi criada em 2003, em conformidade com o Plano Nacional de Saúde.
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h) PMAQ
O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção
Básica (PMAQ-AB) tem como objetivo incentivar os gestores e as equipes a
melhorar a qualidade dos serviços de saúde oferecidos aos cidadãos do território.
Para isso, propõe um conjunto de estratégias de qualificação, acompanhamento e
avaliação do trabalho das equipes de saúde.
30
Figura 8: Auditoria.
Fonte: http://www.sindhosp.com.br
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Figura 9: Avaliação.
Fonte: http://www.aguiars.com.br
Vale guardar...
- Auditoria Operacional – trabalha por comparação do nível de assistência
prestada versus padrões de assistência aceitáveis.
Tem como indicadores:
• avaliação de desempenho;
• prontuário do paciente;
• questionário respondido pelo paciente, ou outros instrumentos que cumpram
este objetivo.
- Auditoria Retrospectiva – trabalha por comparação dos dados registrados
na papeleta do paciente versus padrões preestabelecidos.
Seus indicadores são:
• prontuário dos pacientes, opções de trabalho a partir da determinação do
número de prontuários a serem trabalhados:
1ª opção = até 50 altas/mês, trabalha-se todos os prontuários/acima de 50
altas/mês, trabalha-se 10% dos prontuários;
2ª opção = trabalha-se com todos os prontuários à partir de sorteio.
São instrumentos administrativos de registro (relatórios) e de controle
(normas e rotinas):
2
Home care – modalidade de Serviço de Assistência à Saúde (internamento domiciliar).
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REFERÊNCIAS
BÁSICAS
COMPLEMENTARES
ANVISA. Acreditação: a busca pela qualidade nos serviços de saúde. Rev. Saúde
Pública. 2004;38(2):335-6.
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 3.ed. 8 reimp. São Paulo: Atlas, 2010.
D’IPPOLITO, Teodoro. La Técnica della revisione dei bilanci delle aziendi mercantil e
industriali, 1ª edição, p.1, Palermo: Editora Abbaco, 1967.
FALK, James Anthony. Gestão de Custos para Hospitais. São Paulo: Atlas. 2001.
MEZOMO, J.C. Gestão da qualidade na saúde: princípios básicos. São Paulo: UNG;
2001.
ROSA, Vitor Luis. Evolução da auditoria em saúde no Brasil. Londrina: Unifil, 2012.
SÁ, Antônio Lopes de. Curso de Auditoria. 8 ed. São Paulo: Atlas, 1998.