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A norma EN 1090 define os requisitos técnicos e de desempenho a que devem

obedecer as estruturas metálicas de aço e alumínio, bem como o nível de exigência


necessário ao controlo de fabrico interno, constituindo um manual de boas
práticas que abrange toda a cadeia de fornecimento da estrutura metálica.

A partir de 1 de Julho de 2014, os fabricantes de estruturas metálicas em aço e alumínio


estão obrigados a por Marcação CE nestes produtos e a emitir uma declaração de
desempenho na língua onde o produto vai ser utilizado. 

A Marcação CE constitui um requisito legal aplicável a determinados tipos de produtos que


são comercializados no espaço da EU.

No setor dos Produtos de Construção o regulamento aplicável em todos os estados


membros é o Regulamento (EU) nº 305/2011, que foi transposto para regulamentação
nacional pelo Decreto-Lei no 130/2013 de 10 de Setembro. Este regulamento é aplicável
apenas a partir do momento em que existe uma norma harmonizada para o produto em
questão.

A norma harmonizada para as estruturas metálicas de aço e alumínio é a EN 1090-


1:2009+A12013 que define os requisitos para a avaliação de conformidade dos
componentes. Esta norma é complementada pela EN 1090-2:2008+A1:2011 com os
requisitos técnicos para estruturas de aço e pela EN 1090-3:2008 com os requisitos
técnicos para estruturas de alumínio.

Estas normas são aplicáveis a qualquer produto fabricado para incorporação permanente /
fixa em obras de construção, edificação e Engenharia Civil.

A implementação desta norma numa empresa implica os seguintes passos base para
garantir que o produto colocado no mercado estão conformes com a declaração de
desempenho:

 Implementação do sistema de Controlo de Produção em Fábrica (CPF).


 Pessoal;
 Projeto;
 Equipamentos / Máquinas usadas no fabrico;
 Produtos constituintes usados;
 Fases de fabrico;
 Ensaios de Rotina;
 Componente final fabricado.
 Controlo Inicial de Tipo (ensaios ou cálculos/dados).
 Auditoria de certificação por um Organismo Notificado.
 Declaração de desempenho e marcação CE no produto
Dossier técnico

De acordo com The Blue Guide (Comissão Europeia, 2006) cabe ao fabricante elaborar toda
a documentação técnica do produto com para que assim possa demonstrar a
conformidade do mesmo com os requisitos da UE. Habitualmente é designado por “dossiê
técnico”, o conjunto de documentação que contém informações relativas à conceção, ao
fabrico e ao funcionamento do produto. O conteúdo do referido dossiê é estabelecido de
acordo com o produto em causa, tendo em consideração as Diretivas aplicáveis, de forma
a que a avaliação da conformidade esteja documentada, podendo incluir os seguintes
elementos:

 descrição geral e desenhos do equipamento

 normas, diretivas e especificações técnicas utilizadas;

 medidas de proteção implementadas para eliminar/reduzir os perigos identificados;

 manual de instruções/utilizador;

 declaração CE de conformidade;

 resultados de ensaios, caso estes tenham ocorrido;

Para salvaguarda do fabricante, de uma futura fiscalização, toda a informação contida no


dossiê técnico deve ser guardada durante um período mínimo de 10 anos a contar da
última data de produção.
Metodologia de certificação (base Envi soluctions)
ENQUADRAMENTO

A Marcação CE de produtos é uma forma do seu fabricante demonstrar a conformidades destes com as
disposições das directivas comunitárias aplicáveis. A Marcação CE de produtos de construção encontra-
se regulamentada pelo Regulamento CE n.º 305/2010.

ESTRUTURAS METÁLICAS

Encontram-se sujeito a marcação CE o projecto e fabrico de Elementos Estruturais e “Kits” em aço e


alumínio. A data a partir da qual é obrigatória a aposição de marcação CE é 1 de Julho de 2014.

A NOSSA ABORDAGEM

Identificação da norma do produto

Produto já enquadrado.

Diagnóstico Inicial

A realização de um diagnóstico inicial tem dois objectivos: o primeiro é o de avaliar qual o grau de
cumprimento da Organização com os requisitos das normas de produto aplicáveis, isto é, identificar
quais os requisitos que já estão a ser cumpridos e quais terão de ser implementados. Pretende-se
igualmente identificar as situações mais críticas e que devem ser alvo de uma atenção mais detalhada e
priorizadas face às restantes.

O resultado deste diagnóstico é a elaboração de um plano de acção com as actividades necessárias ao


cumprimento normativo e respectivos prazos de implementação das mesmas.

Estabelecer o Plano de actividades do projecto

O plano de acções anteriormente elaborado é discutido com os responsáveis da Organização e são


aprovadas todas as tarefas, responsáveis e prazos de implementação. Assim são estipulados objectivos e
pontos de controlo que permitem acompanhar o projecto e em caso de desvios ao planeado analisar as
causas e actuar em conformidade.

Formação / Sensibilização dos colaboradores


Com o objetivo de permitir um maior envolvimento dos colaboradores e posterior autonomia na gestão
do Sistema de Controlo da Produção em Fábrica serão promovidas sessões de apresentação e
esclarecimento dos trabalhos a desenvolver.

As ações a desenvolver poderão ser formações em sala mas sempre que possíveis serão preferidas
curtas sessões de formação/informação no posto de trabalho.

Elaboração / Revisão da Estrutura Documental do SCPF

Em função dos produtos fabricados pelo será elaborado um plano de inspecção e ensaio (PIE) tendo por
referência os requisitos normativos aplicáveis. O PIE elaborado irá apresentar o conjunto de ensaios
necessários ao controlo da qualidade do produto, identificando a sua periodicidade e responsabilidades.

Serão desenvolvidos todos os procedimentos de gestão e controlo da produção, com particular


destaque para:

• Gestão e Controlo dos materiais utilizados, rastreabilidade dos materiais em curso de fabrico

• Gestão de fornecedores e subcontratos e especificações de serviço

• Controlo e tratamento de produto não conforme

• Controlo das diferentes tarefas produtivas, estabelecimento dos planos de inspeção e ensaio
adequados aos processos, métodos produtivos e normas especificas aplicáveis a estas operações para
além do disposto na EN 1090-2.

• Montagem das estruturas metálicas (quando aplicável)

• Projecto de estruturas metálicas (quando aplicável)

• Regras de marcação e etiquetagem aplicáveis aos produtos

Implementação do SCPF

Para a implementação do SCPF serão tidas em consideração as metodologias existentes de modo a


enquadrar os requisitos das normas de produto nas atuais práticas. Sempre que sejam necessárias novas
metodologias de controlo estas serão definidas em colaboração com os responsáveis da Organização de
modo a que estas sejam simples e efetivas.

Auditoria Interna

Após a implementação dos requisitos das normas de produto será levada a cabo uma auditoria interna
de modo a validar o SCPF bem como a identificar oportunidades de melhoria.

A metodologia da auditoria interna segue a norma ISO 19011

Após a auditoria interna será elaborado um plano de acções correctivas/acções de melhoria de modo a
optimizar o sistema.
Concluída esta fase, considera-se que a está preparada para ser submetida à auditoria do Organismo
Notificado seleccionado. Todo este processo será acompanhado pela EnviSolutions, incluindo a presença
na auditoria e a resposta ao relatório do ON.

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