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LOGÍSTICA APLICADA A SAÚDE

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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2

INTRODUÇÃO................................................................................................. 3

Serviços da saúde ........................................................................................... 5

Indicadores de desempenho dos serviços da saúde ....................................... 7

CADEIA DE SUPRIMENTOS ........................................................................ 13

GESTÃO LOGÍSTICA NA SAÚDE ................................................................ 15

O PAPEL DO HOSPITAL NA CADEIA DE SUPRIMENTOS ......................... 17

INDICADORES DE GESTÃO DE ESTOQUE................................................ 22

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 23

Referências ................................................................................................... 25

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO

LÓGISTICA NOS SERVIÇOS DA SAÚDE

Os serviços da saúde têm sido frequentemente tema de pesquisas em várias


áreas do conhecimento, os motivos para tal interesse cientifico é sua importância

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social, diversificas áreas funcionais e agentes que se conflitam em uma vasta rede de
relacionamento. A importância da logística nos serviços da saúde se atribui as
atividades de aquisição, movimentação e distribuição com a principal tarefa de
satisfazer as necessidades de seus clientes, pacientes.

O objetivo em conceituar e definir medidas de desempenho para a logística de


serviços da saúde e seus desafios. Para isso foi contextualizado fatores, objetivos e
necessidades como contribuição para potencializar a melhoria da qualidade nas
organizações da área da saúde. Conclui-se que as medidas de avaliação de
desempenho atribuem como um de seus critérios o respeito à interdependência e
coordenação das áreas funcionais, para que as medidas possibilitassem maior
suporte para as tomadas de decisão e sanando problemas decorrentes neste tipo de
serviço.

Desde meados de 60, os serviços da saúde foram estabelecidos como área


científica (BIRDMAN, 2013). A principal motivação para esta atribuição foi à
necessidade de melhorar o planejamento, controle, e qualidade dos serviços
prestados em tratamentos médicos, com o principal objetivo de satisfazer os
requisitos estabelecidos na época para a prestação de cuidados aos pacientes. Os
stakholders dos sistemas de saúde como órgãos governamentais, instituições
privadas, profissionais atuantes na área, órgãos fiscalizadores, usuários, entre outros,
tem explorado estes requisitos amplamente.

Contudo, os interesses são diversos e conflitantes como maior eficiência,


melhoria da qualidade na prestação de serviços a sociedade, minimização de custos.
Atualmente os serviços da saúde sofreram modificações significantes, onde várias
outras atividades operacionais e de gestão, incorporaram novos requisitos
principalmente para atividades relacionadas à aquisição, movimentação e distribuição
de suprimentos e equipamentos. Os desempenhos destas atividades devem
contribuir para melhoria da qualidade dos serviços prestados e satisfação dos
clientes, denominado paciente. Este por sua vez necessita de ações ágeis, no

fornecimento de insumos e atividades operacionais, diagnósticos, importantes para


sua recuperação (RODRIGUES e SOUSA, 2014).

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Serviços da saúde

Os serviços da saúde podem ser representados pelos pacientes, que estão


inseridos no centro de um sistema, onde as necessidades são consideradas
complexas e processuais. Este conceito compreende ao contato direto e indireto com
os serviços ofertados como consultas, internações hospitalares, exames,
diagnósticos, processos que segundo Travassos e Martins (2004) são resultantes do
comportamento de cada usuário destes serviços e sua interação com os profissionais
que tem como atribuição a condução dos mesmos dentro do sistema de saúde.

O relacionamento destes agentes depende do comportamento do usuário, os


processos seguintes são organizados pelos profissionais atuantes na área. Estes,
ainda definem a intensidade e tipo de recursos consumidos para resolução dos
problemas de saúde apresentados pelos usuários (pacientes). Diferentemente dos
serviços comerciais, onde sua utilização depende diretamente da demanda

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econômica de um produto e publico alvo, os serviços da saúde são descritos como
fatores relacionados à (TRAVASSOS E MARTINS, 2004):

a) Necessidade de saúde (morbidade, gravidade e urgência da doença).

b) Usuários (características como: idade, sexo, região, renda, educação, entre


outros).

c) Organização (recursos disponíveis, oferta de médicos, hospitais,


ambulatórios).

d) Política (tipo do sistema de saúde, legislação e regulamentações). Contudo


na sua gestão, os serviços da saúde possuem exigências particulares definidas por
suas complexas e variadas necessidades, possuindo significativas variações em
função da classe social, representações da saúde, da doença, da morte, assim como
sua clientela (crianças, velhos, homens e mulheres) e o mais importante, o tipo do
problema definido como agudo ou crônico (DUSSAULT, 1992). Por se tratarem de
elementos individuais, podem gerar riscos as pessoas. Em outra definição, serviços
ruins podem causar prejuízos graves.

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Indicadores de desempenho dos serviços da saúde

A principal função dos indicadores de desempenho se retrata na identificação


das melhorias correspondente aos serviços prestados das organizações que atuam
na área da saúde. Flores et al. (2002) corrobora que os indicadores devem identificar
pontos fracos e problemas causadores de resultados indesejáveis. Possuem o poder
de avaliar o desempenho de uma determinada organização, de forma global ou
especifica. Os indicadores de desempenho dos serviços da saúde possuem maior
relação com a qualidade dos serviços ofertados, constituída através das
necessidades e expectativas dos clientes.

Associados às áreas consideradas de maior importância da organização,


dando suporte as tomadas de decisão, análises críticas e replanejamentos a uma
postura de maior benefício nos processos organizacionais assim como seus
resultados (ABELHA, 2012). No desenvolvimento destes indicadores de

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desempenho, o maior foco para área da saúde é a melhoria da qualidade, avaliando
diversas áreas clinicas e organizacionais.

Conforme o Institute of Medicine (2006), os progressos apresentados no


desenvolvimento de indicadores de desempenho tem como maiores colaboradores
as instituições privadas como operadoras de planos de saúde, consórcios, hospitais
e associações profissionais. Mesmo com tais esforços, existem necessidades para
maior contribuição, para isso o relatório Quality Chosm propõe o atendimento de seis
objetivos da qualidade, são eles: segurança, efetividade, centralização no
paciente, pontualidade, eficiência e equidade (INSTITUTE OF MEDICINE, 2006).

Para Rosa e Toledo (2014), estes esforços dedicados à qualidade dos


serviços da saúde dependem sumariamente dos tipos de medições do desempenho
e elaboração de relatórios. O Quadro 1 demonstra os componente que podem
desempenhar tais funções e a inclusão de algumas questões no sistema conforme o
Institute of Medicine (2006, p. 42).

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No quadro 1, é apresentado a forma processual da avaliação de desempenho
do serviços da saúde desde a padronização dos indicadores de interesse à analise
para suporte a tomada de decisão para consumidores, contribuinte, profissionais,
gestores entre outros. Conforme Rosa e Toledo (2014), apesar da proliferação de
indicadores que propiciarem importantes blocos que consolidam a medição de
desempenho, alguns problemas que podem ocorrer ao exigir esforços excessivos dos
provedores de serviços, gerando insatisfação. Isto é devido as diferentes bases de
dados em que os componentes propostos no Quadro 1 são obtidos. 4. Caminho para
medidas de desempenho As medidas são as métricas para avaliar o desempenho
(BOWERSOX E CLOSS, 2001). Para que possa ser realizadas medições é
fundamental que existam métricas e instrumentos de trabalho adequados
(ROZADOS, 2005).

Logística comercial e logística nos serviços da saúde: comparações e


definições As condições enfrentadas entre a logística e comercial e de serviços da
saúde são diferentes, apesar de algumas instituições da área da saúde não serem
públicas e trabalharem em regime comercial. Contudo, os serviços comerciais
tradicionais e os da saúde buscam otimizar seus custos, planejamento, qualidade no
atendimento aos seus clientes, controle e organização. Porém, existem
características específicas nos serviços da saúde. Incluem:

 Envolvimento integral com o cliente;


 Riscos de variações bruscas nos processos;
 Variabilidade e complexidade dos serviços prestados;
 Demanda instável. Atualmente no sistema tradicional comercial, são
utilizadas duas medidas de desempenho: custo e satisfação do cliente.

No entanto, alguns custos não são quantificáveis e outros não são facilmente
convertidos. No quadro 3, apresenta a comparação das medidas de desempenho
dentro do contexto empresarial e dos serviços da saúde. Neste caso, as medidas de
desempenho são divididas em três tipos segundo Lindenberg e Bryant (2001).

Quadro 2 - Relação medidas de desempenho Logísticas Empresariais e


Serviços da Saúde.

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Fonte: Autor, adaptado de Lindenberg e Bryant (2001) Conforme o Quadro 2,
existem diversas semelhanças entre as medidas de desempenho da logística dos
Serviços da Saúde com a empresarial, principalmente no que diz respeito às medidas
de flexibilidade. Essas medidas podem captar a eficiência operacional buscada pela
logística nos serviços da saúde e a eficácia com os custos e a satisfação dos clientes
necessários para empresarial continue competitivo no mercado. Os benefícios
decorrentes a esta avaliação de desempenho esta no suporte que os indicadores
darão para as tomadas de decisão mais efetivas nas organizações que prestam

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serviços de saúde. Identificação de medições do desempenho logístico nos serviços
da saúde

Conforme do que já foi contextualizado, a gestão logística nas organizações


na área da saúde é considerada bastante complexo, envolvendo decisões que devem
considerar e respeitar a interdependência e coordenação das áreas funcionais e entre
as organizações, assegurando maior qualidade na prestação dos serviços, no tempo
adequado e com os custos minimizados. Na figura 2 são propostos componentes para
medição de desempenho logístico nos serviços da saúde, baseado nas pesquisas de
Abelha (2012), Corrêa e Corrêa (2006) e Slack et al. (1999) tem o potencial para área
da saúde. Figura 2 - Componentes para medição de desempenho da logística de
serviços da saúde.

Conforme se observa na figura 2, indicadores e itens de medição são


organizados em suprimentos, transporte, terceirização e operacional. As medições
sobre as funções de suprimento são os que mais exigem indicadores que retratam os
objetivos relacionados com a qualidade, tempo adequado e minimização de custos,
sendo este considerado essencial para a gestão. Questões como Transporte e
Terceirização (este referente aos serviços laboratoriais prestados às organizações),

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buscam adequar ou minimizar o tempo de atendimento continuamente para que haja
serviços mais eficientes e respostas ágeis conforme a necessidade de seus usuários
(pacientes). As medições sobre as atividades da SAMU e Corpo de Bombeiros
alocados no

Transporte, devem estar relacionadas com a liberação pela organização pelo


fato de que ambos pertencem a instituições distintas requerendo outros tipos de
indicadores e sistemas de medições não se assemelhando do que é proposto na
figura 2. No que tange ao Operacional nos serviços da saúde, se compreende as
atividades como o atendimento (tempo de atendimento, liberação para
procedimentos), comunicação interna e externa, sistemas de informação (banco de
dados, tecnologias em T.I.), atividades que interferem no desempenho logístico nos
serviços de saúde e que podem minimizar seus custos.

Desafios à logística nos serviços da saúde As características da logística nos


serviços da saúde trazem grandes desafios no sentido do desenvolvimento de
modelos e métodos que considerem a alta complexidade de seus processos e
situações. Assim, devem-se considerar aspectos como a descrição e estruturas das
instituições de saúde, configuração das informações para as situações em que os
pacientes se encontram, controle de estoque e a relação com sua demanda. Diante
deste contexto, alguns questionamentos são pertinentes para a logística nos serviços
da saúde, como:

 Quais são as estruturas organizacionais predominantes nas instituições


de saúde? Até que ponto elas dependem do tipo de paciente?
 Como determinar a localização e organização sobre a complexidade
dos processos, em face de variabilidade de sua demanda?
 Como estipular as necessidades mais urgentes para cada tipo de
tratamento?
 Quais as relações existentes das organizações da saúde, no contexto
empresarial?

Um ponto de partida a considerar é a caracterização dos diferentes serviços


ofertados a sociedade e suas áreas de abrangência. Outro aspecto é a alta
complexidade dos tratamentos e dos processos burocráticos sobre aquisição,
distribuição de suprimentos e equipamentos. O maior desafio é o reconhecimento da

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logística como uma área estratégica para as organizações da saúde, por parte dos
órgãos governamentais e demais stakholders. É importante destacar que não há
pretensão em responder aos questionamentos propostos, o intuito é trilhar caminhos
para integração entre os meio acadêmicos e o tema abordado.

CADEIA DE SUPRIMENTOS

Desde a Revolução Industrial até o final do século XX, a cadeia de


suprimentos, o tempo levado desde a elaboração de um determinado pedido até o
recebimento do produto, quando tudo corria bem, podia variar em média 20 dias.
Caso o processo sofresse algum contratempo, o período de entrega variava
enormemente. Para garantir o processo, muitas vezes, era necessário que a empresa
mantivesse um estoque maior dos produtos que veiculava, para que não ocorressem
atrasos ou faltas. No entanto a característica dos consumidores sofreu uma profunda
alteração.

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Atualmente, a cadeia de suprimentos pode ser mais específica, de acordo com
o serviço a ser abastecido, bem como apresentar uma redução no período para
reabastecimento que pode variar de dias, inicialmente, para horas, em certos casos.
Para manter a cadeia de suprimentos em dia, é necessário dispor dos processos
logísticos, responsáveis pelo posicionamento do estoque na cadeia de suprimentos,
processo recebe inúmeros ajustes e evoluções para a melhoria dos processos.
(INFANTE, SANTOS, 2007, BOWERSOX et al., 2014).

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GESTÃO LOGÍSTICA NA SAÚDE

A gestão logística, por si, propõe-se gerir um conjunto de atividades que


permitam fazer chegar ao destino o produto correto, na quantidade exata, no tempo
certo e ao menor custo. Serve para empresas, instituições e organizações, e os
setores de saúde não podem ficar de fora deste processo. No caso da gestão logística
em saúde, nomeamos as empresas e instituições envolvidas de hospitais, sendo o
objeto de gestão produtos relacionado à saúde, compreendendo a completa
integração e otimização entre os cinco grandes componentes da logística (MOURA
et al., 2013) :

 gestão da compra;
 gestão do abastecimento;
 gestão do transporte;

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 gestão do armazenamento;
 gestão da informação.

As ações desempenhadas pela logística, em contexto hospitalar, são


determinantes na qualidade e eficiência do serviço prestado. As unidades de
prestação de cuidados de saúde devem, visando a excelência do fornecimento dos
serviços, proceder a racionalização/otimização e a redução/minimização dos recursos
e processos produtivos, a redução/ minimização de desperdícios e
diminuição/erradicação do trabalho desnecessário, recorrendo à técnicas,
metodologias e filosofias.

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O PAPEL DO HOSPITAL NA CADEIA DE SUPRIMENTOS

As instituições hospitalares, devido à complexidade de atividades que


desempenham, ocupam papel primordial nas sociedades. No entanto a contenção de
custos que todas as instituições de saúde sofrem, aliada a uma arrecadação
deficitária, coloca esses ambientes em uma situação bem peculiar em relação à
cadeia de suprimentos, quando comparada a outros setores de serviços comuns.
(BARBIERI; MACHLINE, 2009).

Apesar da crescente evolução ocorrida na área administrativa dos recursos da


saúde, que desenvolvem ou adaptam novas técnicas que permitem uma gestão
eficiente do setor, a melhoria da logística de abastecimento no setor hospitalar ainda
representa um desafio a ser vencido. (INFANTE; SANTOS, 2007). Um dos setores
críticos, do ponto de vista de gestão financeira e logística dentro de um ambiente
hospitalar, é a farmácia, que tem como objetivo o uso seguro e racional de

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medicamentos e suprimentos médico-hospitalares prescritos e necessários nos
setores. (YUK, 2012; MOURA et al., 2013).

Quanto maior a habilidade gestora e organizacional do serviço, maior será a


sua capacidade em oferecer bens e serviços a preços competitivos e com a qualidade
devida. (BARBOSA, 2015) Para que isso ocorra, a farmácia hospitalar mantém sob
sua guarda o estoque dos produtos, que sofre flutuação de acordo com o ciclo de
demanda, gerando elevado grau de incerteza, que é inversamente proporcional à
eficiência da cadeia de suprimentos. (CHOPRA; MEINDL, 2011).

O estoque de produtos representa grande impacto financeiro nas instituições,


correspondendo a um custo operacional entre 35-50%, podendo consumir de 13-17%
, dados do Reino Unido e 15-25%, dados nacionais do orçamento anual (VECINA
NETO; REINHART FILHO 2002, WANKE, 2004; MOURA et al., 2013 )

A incerteza gera ansiedade que se traduz na necessidade de prover estoques,


indispensáveis para o bom andamento do serviço. No entanto manter estoques não
compreende uma prática que agregue valor, pois o capital imobilizado pode ser
aplicado de forma diferente dentro ou fora da instituição. Por outro lado a
irregularidade de abastecimento e a falta de materiais são problemas frequentes em
serviços de saúde, gerando significativo impacto negativo sobre o desempenho e
imagem junto à população e aos profissionais. (SANTOS, 2006).

Deste modo, é imprescindível para uma gestão logística eficiente


compreender a correta gerência do estoque, sem comprometer a eficácia do serviço
de saúde, cabendo ao bom gestor encontrar o equilíbrio entre a minimização de
custos e a maximização do nível de serviço prestado ao cliente (CARVALHO,

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RAMOS, 2009). Cabe lembrar sempre que, embora o processo de gestão logística
vise minimizar os custos ou empenhos financeiros desnecessários, em um ambiente
prestador de serviços à saúde a peça fundamental e primordial é sempre o paciente.
(Figura 2)

De acordo com a Lei 5991/73 (BRASIL, 1973), que dispõe sobre o controle
sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
no Artigo 4º, inciso XV, constam as definições importantes: “XV - Dispensação - ato
de fornecimento ao consumidor de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos, a título remunerado ou não.” A dispensação de

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medicamentos e produtos médico-hospitalares dentro de ambiente hospitalar priva
pela entrega dos produtos mediante prescrição médica, que compreende um
documento importante na qual todas as informações sobre o paciente são registradas.
Compreende o documento oficial do hospital que permite e formaliza a dispensação
de produtos da farmácia. Segundo a Organização Panamericana da Saúde
(SANTOS, 2006, p. 23) um eficiente sistema de distribuição visa:

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INDICADORES DE GESTÃO DE ESTOQUE

A profissionalização na área de gestão deixou de ser uma vantagem


competitiva para se tornar uma necessidade para a otimização dos processos, aliada
à redução de custos. Uma das ferramentas que configuram a implantação dessa
evolução necessária concentra-se na correta manipulação das informações geradas
pelo serviço, somadas ao registro de indicadores de gestão de estoque. (ESCRIVÃO
JR, 2007).

Os indicadores de gestão de estoque promovem a comparação entre o


planejamento estratégico e o executado, refletindo de forma fiel o quão eficiente foi a
gestão da cadeia de suprimentos. (SANTOS, 2012). Além de serem utilizados os
indicadores para o acompanhamento do desempenho do processo, ainda fornece

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subsídios importantes para programas de melhoria, ou até mesmo de destaque entre
os colaboradores.

Consideram-se indicadores eficientes para gestão de estoque: satisfação dos


clientes, os índices de cobertura e ruptura do estoque. Escrivão Junior, (2007)
considera, em sua pesquisa, como um indicador de gestão a taxa de ocupação
hospitalar, índice de mortalidade e de infecções hospitalares. A boa gestão de
estoque embasada em indicadores de desempenho, contribui para o reconhecimento,
por parte dos pacientes, da qualidade do serviço prestado (BARBOSA, 2015). No
entanto, há a necessidade de adequação destes indicadores de acordo com a
natureza do serviço.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações finais A procura por serviços da saúde que proporcionam
maior seguridade em seus processos e qualidade é eminente por seus usuários. Seu
aperfeiçoamento torna-se vital para promoção de maior dedicação aos objetivos com
a segurança, efetividade, centralidade no paciente, pontualidade, eficiência e
equidade. A medição de desempenho proposto buscou respeitar a interdependência
e coordenação para assegurar maior qualidade, tempo adequado e minimização dos
custos.

As medidas de desempenho propostas para a logística Humanitária e


empresarial podem contribuir para um sistema de medição de desempenho da
logística dos serviços da saúde apesar de possuírem objetivos distintos, porém com
objetivos semelhantes ao contexto dos serviços da saúde. A utilização da avaliação
de desempenho para os processos logísticos dos serviços da saúde como suporte
para as tomadas de decisão nas organizações pode ser valiosa, uma vez que
quantifica sua utilização e relevância pode sanar problemas existentes nos serviços
da saúde.

A gestão logística de suprimentos compreende processo indispensável para o


efetivo desenvolvimento do abastecimento da cadeia de produção em todos os
serviços, em especial nos serviços de saúde. A ansiedade gerada pela possibilidade

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de falta de insumos, ocasionada pela intensa flutuação dos estoques, de acordo com
a sazonalidade das patologias, muitas vezes tendenciam a um aumento nos
estoques. O controle da cadeia da produção atinge inúmeras variáveis, difíceis de
serem controladas e escassas são os subsídios para esse controle.

A boa gestão dos estoques e a padronização dos indicadores são ferramentas


aliadas dos gestores. No entanto há a necessidade de adequar tanto o método de
distribuição, quanto os indicadores da gestão de estoque de acordo com a natureza
do serviço.

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Referências
ABELHA, Marli Câmara. Avaliação dos indicadores de desempenho na gestão de
operações de serviços da saúde suplementar. Dissertação (Mestrado). Mestrado em
Administração e Desenvolvimento Empresarial, Rio de Janeiro, 2012.

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Research, v. 48, n. 2, p. 349-353, 2013.

BOWERSOX, D.J; CLOSS, D.J. Logística empresarial: o processo de integração da


cadeia de suprimentos. São Paulo, Atlas, 2001.

CORRÊA, Henrique Luiz; CORRÊA, Carlos Alberto. Administração de produção e


operações. Manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. Atlas: São Paulo,
2006.

DUSSAULT, Gilles. A gestão dos serviços públicos de saúde: características e


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BARBIERI, C. J.; MACHLINE, C. Logística hospitalar: teoria e prática. São Paulo:


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BOWERSOX, D.J.; CLOSS, D.J.; COOPER, M.B.; BOWERSOX, J.C. Gestão logística
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dezembro de 1973.

Disponível em : http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ L5991.htm, acesso em


17/06/2017. CARVALHO, J.C.; RAMOS, T. Logística na saúde. 3. ed. Lisboa, Sílabo
2016. CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos: estratégia,
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25
COUGHLAM P; COGHLAM D. Action research for operations management.
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ESCRIVÃO JUNIOR, A. Information use in public hospital management. Ciência &


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