Você está na página 1de 114

Elaboração de relatórios e

indicadores na auditoria
nos serviços de
enfermagem
Prof. Ericka Holmes. Enfermeira. Doutora em
Modelos de Decisão e Saúde.
01
Introduzindo na
auditoria dos serviços de
enfermagem
Considerações iniciais

A palavra auditoria
origina-se do latim
audire que significa No entanto, o termo pode
ouvir. ser melhor explicado pela
palavra da língua inglesa
audit, o qual tem o sentido
de examinar, corrigir e
certificar. DIAS et al., 2011
Considerações iniciais

Em sua evolução
histórica, a enfermagem
sempre teve que As responsabilidades
responder às mudanças administrativas têm evoluído
tecnológicas e às forças em resposta às necessidades
sociais. institucionais, mercadológicas
e assistenciais, tornando
decisivo o papel do enfermeiro
para o cuidado, efetivo e com
qualidade, do paciente
Considerações iniciais

Dessa forma, há a exigência de uma valorização das funções


administrativas por parte dos profissionais de Enfermagem,
considerando a administração como a maneira de utilizar os
diversos recursos organizacionais, tais como: humanos, materiais,
financeiros, de informação e tecnologia, para alcançar objetivos e
atingir elevado desempenho (CHIAVENATO, 1999).
Processo administrativo

O processo administrativo, portanto, é a


execução sequencial das funções
administrativas: planejar, organizar, dirigir e
controlar.
Estas funções estão intimamente ligadas entre
si, são interdependentes e interagentes.
Administração x controle x auditoria

Para Maximiano (2004, p. 359), a função controle “é o processo de


produzir e usar informações para tomar decisões sobre a execução
de atividades e sobre objetivos”.

Este autor sustenta que o processo de controle, da mesma forma


que outros processos administrativos, é constituído de outros
processos.
O processo de buscar informações
sobre o desempenho é também
chamado de monitoramento ou
acompanhamento. O processo de
comparar e tirar conclusões sobre o
desempenho é também chamado de
avaliação (MAXIMIANO, 2004, p.
360).
Administração x
avaliação x auditoria

Dentro do setor saúde e, especificamente, na


Enfermagem, a avaliação é adotada como um método
para determinar a extensão dos objetivos alcançados,
ficando implícita a mensuração da qualidade dos serviços
prestados a seus clientes. Dessa forma, a auditoria, em
Enfermagem, representa a função de controle dentro do
processo administrativo (SILVA et al., 1990).
O que é
auditoria?

A auditoria consiste na avaliação


sistemática e formal de uma atividade
para determinar se ela está sendo
realizada de acordo com os seus
objetivos.

DIAS et al., 2011


Auditoria x
conceitos
Chiavenato (2003), por sua vez, afirma ser
a auditoria um sistema de revisão e
controle, para informar a administração
sobre a eficiência e eficácia dos
programas em desenvolvimento, tendo
como função não somente indicar as
falhas e os problemas, mas, também,
apontar sugestões e soluções, assumindo
assim um caráter eminentemente
educacional.
Auditoria x
conceitos
Auditoria consiste no exame sistemático e
independente dos fatos obtidos através da
observação, medição, ensaio ou outras
técnicas apropriadas, de uma atividade,
elemento ou sistema, para verificar a
adequação aos requisitos preconizados
pelas leis e normas vigentes e determinar se
as ações de saúde, e seus resultados estão
de acordo com as disposições planejadas.
(BRASIL, 2001, p. 9)
Nas organizações de saúde, a auditoria configura-se
como uma importante ferramenta na transformação dos
processos de trabalho que vêm ocorrendo em hospitais e
operadoras de planos de saúde, os quais estão buscando
se reestruturar para manterem a qualidade do cuidado
prestado e ao mesmo tempo garantirem uma posição
competitiva no mercado de trabalho.

DIAS et al., 2011


Contábil

Financeira

Tipos de auditoria Orçamentária

Patrimonial

Operacional
Auditoria em
enfermagem

● Nesse contexto, a auditoria em enfermagem pode ser


definida como “a avaliação sistemática da qualidade da
assistência de enfermagem, verificada através das
anotações de enfermagem no prontuário do paciente
e/ou das próprias condições deste”(
DIAS et al., 2011
Auditoria na enfermagem

No âmbito hospitalar, por


exemplo, a enfermagem é
usuária da maior parte dos
materiais de consumo, devendo
dispor atenção aos custos
envolvidos no processo de cuidar
A auditoria de enfermagem vem no intuito de garantir a provisão
atender às necessidades das e adequação dos materiais de
instituições de saúde no controle uso e, principalmente, da
dos fatores geradores de qualidade da assistência de
processos de alto custo enfermagem

DIAS et al., 2011


Finalidades da auditoria em enfermagem

As principais finalidades da auditoria de enfermagem são identificar áreas


deficientes dos serviços de enfermagem, fornecendo dados concretos para que
decisões sejam tomadas em relação ao remanejamento e aumento de pessoal,
possibilitando, consequentemente, melhoria do cuidado de enfermagem

DIAS et al., 2011


Importante
Com o foco na assistência de qualidade e no aumento da competitividade
entre organizações que prestam serviços de saúde, cada vez mais
surgem oportunidades para o profissional enfermeiro atuar na área de
auditoria de contas hospitalares.

DIAS et al., 2011


Desse modo, a auditoria configura-se
como uma ferramenta gerencial
utilizada pelos profissionais da saúde,
em especial os enfermeiros, com a
finalidade de avaliar a qualidade da
assistência de enfermagem e os custos
decorrentes da prestação dessa
atividade
DIAS et al., 2011
01
Introduzindo na
auditoria dos serviços de
enfermagem
Elaboração de relatórios e
indicadores na auditoria
nos serviços de
enfermagem
Prof. Ericka Holmes. Enfermeira. Doutora em
Modelos de Decisão e Saúde.
02
Informação em saúde e
sua utilidade
Informação em saúde

No relatório Strengthening Health Systems to Improve Health


Outcomes (WHO, 2007), a Organização Mundial de Saúde (OMS) coloca
os sistemas de informações em saúde (SIS) como um dos seis blocos
essenciais na construção de um sistema de saúde (prestação de
serviços, profissionais de saúde, informação, produtos médicos,
vacinas e tecnologias, financiamento, e liderança e governança).

LIMA; ANTUNES; SILVA, 2015.


Sistemas de informação em saúde

Afirma, ainda, que um sistema de


informações em saúde que funcione
bem é aquele que não só garante a
produção de informação confiável e
oportuna sobre o estado de saúde
da população, seus determinantes e
o desempenho do sistema de saúde,
mas também que produz análises
para orientar as atividades em todos
os outros blocos do sistema.
LIMA; ANTUNES; SILVA, 2015.
Informação em saúde x processo de decisão

Assim, as estatísticas de saúde devem permitir que os


tomadores de decisão, em todos os níveis do sistema,
identifiquem avanços, problemas e necessidades,
tomem decisões baseadas em evidências sobre
políticas e programas de saúde, e aloquem de forma
otimizada recursos, na maioria das vezes escassos
(WHO, 2007; Mutale et al., 2013).
Estabelecida a relevância do campo da informação em saúde,
é importante destacar a sua complexidade.
De um lado, há uma demanda crescente com diferentes
usuários e usos da informação – pessoas e pacientes,
comunidades, prestadores de serviços, gestores de
programas, políticos, financiadores, agências globais e
outras organizações.

Informação em saúde x
complexidade
LIMA; ANTUNES; SILVA, 2015.
Todos precisam de informações sobre diversas áreas:
medidas de saúde, incluindo as taxas de mortalidade e
morbidade; surtos de doenças; determinantes da saúde
(tais como ambiente e nível socioeconômico); acesso,
cobertura e qualidade dos serviços, custos, e despesas
(WHO, 2007; Stansfield et al., 2006).

IMPORTANTE!
Informação em
saúde x
complexidade
Já do lado da oferta, um volume cada vez maior de
dados e informações são disponibilizados, além de
diversas ferramentas e métodos. Porém, são
necessárias diversas informações para satisfazer as
necessidades de tomada de decisão em saúde
pública
LIMA; ANTUNES; SILVA, 2015.
Informação em
saúde x decisão
Tanto a geração quanto o uso de informações em saúde são operados nos
diferentes níveis do sistema de saúde. Vários tipos de dados são obtidos e
utilizados por diversos atores com finalidades variadas.

Os prestadores
os gestores e os políticos
de serviços os planejadores
precisam de utilizam a
geram e utilizam contam com
dados para informação para
a informação no estatísticas para
aumentar a a priorização e
contexto dos as decisões
eficiência e alocação de
cuidados dos operacionais;
eficácia; recursos
pacientes;
Informação em
saúde x decisão

As informações em saúde procuram refletir o processo


saúde/doença, as condições de vida da população e as
informações administrativas de interesse para os serviços de
saúde, possibilitando um conhecimento ampliado da
realidade sanitária da população.
Em particular, as informações de saúde
procuram reconhecer e quantificar a
distribuição dos problemas de saúde que
afetam os indivíduos e as coletividades,
com vistas a propiciar melhores
condições de vida para a população e
modelos gerenciais eficientes para os
serviços de saúde.
Uso da
informação na
gerência dos
serviços de saúde
e enfermagem
Informação x dado

O dado é a base para gerar a


informação, que pode ser a informação é mediadora de
entendida como o dado conhecimento e um importante
contextualizado, ao qual se recurso de apoio ao processo
atribui algum significado de tomada de decisão.
(Branco, 2001; Carvalho;
Eduardo, 1998).
LIMA; ANTUNES; SILVA, 2015.
Neste processo, o uso de indicadores de saúde
torna mais fácil o trabalho do gestor.
Informação em saúde x gestão x indicadores

A gestão da saúde requer a tomada de decisões de elevada


responsabilidade e relevância social.

As informações providas pelos indicadores de saúde fornecem o


embasamento necessário ao planejamento, à execução e à
avaliação das ações realizadas, na medida em que propiciam o
conhecimento sobre aspectos relevantes da população, reduzem o
grau de incerteza sobre sua situação de saúde e apoiam a busca
de possíveis soluções e providências (Branco, 2001).
Informação x gestão

Considerando que o gestor ou o gerente é,


antes de tudo, um tomador de decisões,
independentemente de seu nível hierárquico,
ele necessita, portanto, de indicadores que
permitam caracterizar um dado problema,
compreender o contexto que o envolve e
identificar os possíveis impactos das soluções
propostas
LIMA; ANTUNES; SILVA, 2015.
Informação em saúde x tomada de decisão x
ação

É necessário incorporar a
produção e análise de
informações, inter e extra-
setoriais, como suporte para a
tomada de decisão racional e
eficiente. Assim, a tomada de
decisão representará a conversão
das informações em ação
(Branco, 2001).
Caso fossem analisadas, essas informações
poderiam se constituir-se em matéria-prima
para um processo desejável de avaliação
continuada dos serviços.

Informação x decisão em saúde x


realidade
LIMA; ANTUNES; SILVA, 2015.
Existe uma dificuldade representada pela
reduzida utilização das informações de
saúde. Não obstante a produção
considerável de dados e informações pelo
setor saúde é pouco relevante para os
gestores.

Informação x decisão em saúde x


realidade
LIMA; ANTUNES; SILVA, 2015.
Informação x decisão em saúde x realidade

Infelizmente, pesquisas mais recentes também


mostram que a utilização do sistema de
informações em saúde para subsidiar o
planejamento e a tomada de decisões no nível
local continua incipiente (Silva; Laprega, 2005;
Freitas; Pinto, 2005).
Alguns autores, o sistema de
informações em saúde não estaria
atingindo sua finalidade de servir
como instrumento gerencial dos
sistemas locais de saúde e (Silva;
Laprega, 2005; Freitas; Pinto, 2005).
Informação x
decisão em saúde x
realidade
Na última década de construção do Sistema Único de Saúde
(SUS), a informação em saúde apresentou grande evolução
não apenas na ampliação do número de sistemas de
informação e no aprimoramento da tecnologia de
informática, mas também no desenvolvimento de
competências para usar esses sistemas para produzir
conhecimento e intervir em realidades específicas.
LIMA; ANTUNES; SILVA, 2015.
Informação x
decisão em saúde x
realidade
Isso aconteceu com maior intensidade no plano federal e
estadual, pois no âmbito municipal o avanço se
circunscreveu para poucas cidades médias e grandes;
algumas das quais se destacaram em gerar ampla
produção de informação estratégica e de suporte à gestão
em cada área e nível do sistema, incluindo o das unidades
de saúde
LIMA; ANTUNES; SILVA, 2015.
02
Informação em saúde e
sua utilidade
Elaboração de relatórios e
indicadores na auditoria
nos serviços de
enfermagem
Prof. Ericka Holmes. Enfermeira. Doutora em
Modelos de Decisão e Saúde.
03.
Indicadores na auditoria
Auditoria x indicadores

Indicadores Na auditoria

Medir qualidade e quantidade em sendo alvo dessa medição os


programas e serviços de saúde é resultados, processos e a
imprescindível para o estrutura necessária ou utilizada,
planejamento, organização, bem como as influências e
coordenação/direção e repercussões promovidas no meio
avaliação/controle das atividades ambiente.
desenvolvidas,
BITTAR, 2001
Indicadores e auditoria

As comparações entre metas,


fatos, dados, informações, a
criação de parâmetros, internos e
externos, são peças fundamentais
para o conhecimento das
mudanças ocorridas em uma
instituição, áreas ou subáreas.
BITTAR, 2001
Indicadores x conceito

Indicador é uma unidade de medida de


uma atividade, com a qual se está
relacionado ou, ainda, uma medida
quantitativa que pode ser usada como
um guia para monitorar e avaliar a
qualidade de importantes cuidados
providos ao paciente e as atividades dos
serviços de suporte

BITTAR, 2001
Indicadores

● Um indicador não é uma medida direta de


qualidade.
● É uma chamada que identifica ou dirige a
atenção para assuntos específicos de
resultados, dentro de uma organização de
saúde, que devem ser motivo de uma revisão
BITTAR, 2001
Um indicador pode ser uma
taxa ou coeficiente, um
índice, um número
absoluto ou um fato.

BITTAR, 2001
Taxa/coeficiente
Taxa/coeficiente é o número de vezes que um fato ocorreu dividido pelo
número de vezes que ele poderia ter ocorrido, multiplicado por uma base e
definido no tempo e no espaço.

Por exemplo, para mortalidade geral a base é 1.000, para indicadores


específicos de mortalidade é 100.000, bem como para outras
situações pode ser 100, como para infecção hospitalar e letalidade.

BITTAR, 2001
Índice

Índice é a relação entre dois


números ou a razão entre
determinados valores, tendo
como exemplo o índice de giro ou
de rotatividade dos leitos e
camas.

BITTAR, 2001
• A avaliação de serviços de saúde é
necessária como elemento do
cotidiano de trabalho em saúde, de
modo a permitir a identificação de
fragilidades e a visualização de
oportunidades de melhoria.
Nessa perspectiva, as ações de
cuidado da equipe de enfermagem
precisam ser acompanhadas, com o
intuito de conhecer seus resultados
e estabelecer boas práticas com
base em evidências. BÁO, 2019
Indicadores x assistência de enfermagem

Os indicadores de qualidade podem ser um meio de mensurar e avaliar as ações de


enfermagem.

Considerados instrumentos de gestão que orientam o caminho para a excelência do cuidado,


eles se constituem na maneira pela qual os profissionais de saúde verificam uma atividade,
monitoram aspectos relacionados a determinada realidade e avaliam o que acontece com os
pacientes, apontando a eficiência e eficácia de processos e os resultados organizacionais

BÁO, 2019
Indicadores x cenário internacional

• No cenário internacional, a utilização dos indicadores para medir o


desempenho e a performance hospitalar tornou-se prática padrão nos
últimos anos.
• Um estudo realizado na Holanda, por exemplo, verificou associação
estatística entre o processo de prevenção de lesão por pressão e a
ocorrência de lesão de pele, evidenciando que sua prevalência está
relacionada à qualidade do atendimento; portanto, o monitoramento desse
indicador de processo poderá fornecer informações para mudanças futuras

BÁO, 2019
Indicadores x cenário nacional

No âmbito nacional, estudos sobre a


avaliação da assistência indicam
que os enfermeiros valorizam a
utilização dos indicadores de
qualidade para avaliar o
desempenho do trabalho da
enfermagem e que estes devem ser
instrumentos gerenciais para os
profissionais da saúde, visando a
melhoria da assistência prestada.
BÁO, 2019
Indicadores x
cenário nacional x
enfermagem

A avaliação do cuidado por meio de indicadores é importante


para o gerenciamento de boas práticas em enfermagem,
fornecendo subsídios para a tomada de decisão relacionada a
qualidade e segurança nos serviços.
BÁO, 2019
Indicadores x
cenário nacional x
enfermagem

O enfermeiro contribui com o resultado do cuidado a partir das


melhores ações adotadas no atendimento em saúde, orientado
pela prática baseada em evidências.
BÁO, 2019
Indicadores x cenário
nacional x enfermagem

No cenário clínico, esse profissional de referência para a


equipe tem a responsabilidade de reduzir riscos e danos,
incorporar boas práticas em saúde e fazer uso de
indicadores de qualidade por meio de um sistema de
registro, a fim de favorecer a efetividade, o gerenciamento
da assistência e a mudança de cultura organizacional(8),
alinhado com as políticas do Sistema Único de Saúde
(SUS). BÁO, 2019
Indicadores x cenário
nacional x enfermagem

● Em se tratando do coordenador da equipe de


enfermagem, este deve estimular seus integrantes ao
planejamento das ações assistenciais, com vistas a
protagonizar excelência na gestão da qualidade do
cuidado prestado

BÁO, 2019
A gestão hospitalar precisa estar articulada com estratégias para o
monitoramento e a avaliação dos compromissos e das metas
pactuados na contratualização governamental.
Além disso, é necessário avaliar a qualidade das ações e dos
serviços de forma sistemática e em conjunto com as instâncias
gestoras do SUS, subsidiando o processo de planejamento e a
gestão do cuidado nos resultados da avaliação dos indicadores

Indicadores x gestão hospitalar


BÁO, 2019
Indicadores x enfermagem

1. Na enfermagem, as boas práticas de cuidado podem impactar


no controle dos agravos e na qualificação do cuidado prestado,
devendo estar apoiadas em evidências científicas e nos
pressupostos que orientam a atenção à saúde e o SUS.

BÁO, 2019
Indicadores x
enfermagem

Isso implica estimular a atitude crítica do enfermeiro


perante seu processo de trabalho na RAS, tendo como
base a prática baseada em evidência, entendida como
a aplicação consciente e explícita da melhor evidência
atual na tomada de decisão inerente ao cuidado
individual do paciente
BÁO, 2019
03.
Indicadores na auditoria
Elaboração de relatórios e
indicadores na auditoria
nos serviços de
enfermagem
Prof. Ericka Holmes. Enfermeira. Doutora em
Modelos de Decisão e Saúde.
04
Principais indicadores
hospitalares
Indicadores
hospitalares
Os indicadores hospitalares são
ferramentas indispensáveis para
uma boa gestão. Podendo ser
usados como recursos
estratégicos, fazem uso dos
dados da instituição para criar
estruturas de trabalho.
CMTECNOLOGIA, 2020.
Indicadores hospitalares
1. Os indicadores examinam o desempenho do centro
clínico, tendo por base sua logística, gastos e modo
operacional. Eles apresentam um reflexo real da
situação da organização, incluindo métricas parciais
e indiretas das situações mais complicadas.

CMTECNOLOGIA, 2020.
Indicadores
hospitalares

Quando as situações são calculadas sequencialmente


e de modo correto, norteiam a criação de um
planejamento estratégico eficaz. Ao comparar como
diferentes áreas ou pessoas reagem às mesmas
situações, é possível estabelecer ações de mudança ou
aperfeiçoamento.
CMTECNOLOGIA, 2020.
Indicadores hospitalares

Os indicadores podem ser determinados de acordo com as necessidades específicas de


cada instituição. Isso oferece mais vantagens e maior confiabilidade às informações,
favorecendo a monitoração de setores, ampliação das qualidades e resolução da falha.

CMTECNOLOGIA, 2020.
1.Taxa de ocupação

A taxa de ocupação traça o percentual do total de pacientes


atendidos pela quantidade de leitos disponíveis por dia, sempre
levando em conta um período pré-determinado.

É possível saber o tipo de leito que é mais usado, qual a faixa etária,
sexo e convênio que mais gera demanda. De posse dessas
informações o gestor pode reorganizar este recurso.

Se o percentual de ocupação for pequeno, demonstra que a


estrutura da instituição vai além da necessária. Entretanto, se
costuma passar da capacidade total, é preciso investir em expansão.
CMTECNOLOGIA, 2020.
2. Intervalo de substituição

O intervalo de substituição Um índice alto interfere na


corresponde ao tempo assistência dos pacientes
médio que o centro cirúrgico que esperam por cirurgias.
fica desocupado. Refere-se, Além disso, leito vazio não
então, ao tempo de gera receita para a
ociosidade de um leito. instituição.

Para fazer o cálculo, multiplica-se a média de


permanência pelo percentual de desocupação e
divide-se o resultado pela porcentagem de
ocupação. CMTECNOLOGIA, 2020.
3. Tempo médio de permanência

Para calcular o tempo médio de permanência, é preciso


considerar o total de pessoas atendidas por dia.

Assim, considera-se um intervalo de tempo e


divide-se o número de pacientes que passaram
pela instituição dentro do período estipulado.

Isso inclui o total de altas, transferências e óbitos,


sendo preciso levar em conta o tipo de
procedimento, já que o perfil clínico influencia
diretamente no tempo de permanência.
CMTECNOLOGIA, 2020.
4. Indicadores de rentabilidade

Indica o quanto a instituição arrecadou em relação ao montante de recursos investidos.


Ou seja, revela o retorno financeiro.

Este cálculo pode ser feito de várias maneiras, como, por exemplo, por procedimento,
convênio, especialidade, médico e setor. Para a apuração geral usa-se:

ROI = (GANHO OBTIDO – INVESTIMENTO INICIAL) / INVESTIMENTO INICIAL

Quanto maior a produtividade, maior o aproveitamento


dos recursos. Assim, inclui a rentabilidade geral e a
CMTECNOLOGIA, 2020.
eficiência administrativa.
5. Faturamento

O faturamento faz parte da gestão administrativa, determina as contas a


pagar e receber e percentual de glosas. É responsável pela avaliação eficaz da
capacidade que a instituição tem de faturar sem perdas graves.

Glosas: falta de prescrição médica para


procedimentos realizados; descrição incompleta ou
ausência de um procedimento no prontuário do
paciente; desatenção quanto aos medicamentos
utilizados e falta de checagem com o nome e registro
do profissional responsável pela sua administração.

CMTECNOLOGIA, 2020.
6. Satisfação do paciente

A satisfação dos usuários está Para estabelecer um nível, pode-


diretamente relacionada à se criar uma questionamento
humanização do atendimento e padrão, como, por exemplo, se o
pode ser medida por questionários usuário indicaria o serviço. A partir
de avaliação. Esse índice revela a daí, o cálculo é feito pelo número
qualidade da assistência e de respostas positivas, dividido
influencia diretamente na gestão pelo total de respostas e
de pacientes. multiplicado por cem.

Com o resultado em mãos, o gestor avalia a


necessidade de investir ou não no atendimento.
Assim, ele pode estabelecer mudanças
CMTECNOLOGIA, 2020.
estruturais ou nas rotinas de trabalho.
7. Avaliação da produtividade clínica

Os indicadores de produtividade clínica estão disponíveis


em sistemas de gestão ou em formulários. É papel do gestor
avaliar os serviços que dão mais retorno financeiro, considerando
procedimentos complexos, cirurgias e consultas especializadas.
• Atividades com pouca produtividade devem ser avaliadas; se for
viável continuar fornecendo este serviço deve-se buscar mais
agilidade e qualidade. O investimento financeiro deve oferecer
retornos, mesmo que a longo prazo

CMTECNOLOGIA, 2020.
7.1 ferramentas de gestão

Prontuário é a digitalização dos prontuários médicos, atualizando em tempo real as


Eletrônico do informações pela equipe de saúde autorizada
paciente (PEP);

Gestão de é uma das ferramentas de gestão para gestores de saúde que busca
processos de solucionar a repetição de processos nas instituições;
negócios (GPN)
A repetição tende a ser recorrente nos hospitais, com rotina de
atendimento, exames, cirurgias, plantões, em que a maioria desses
processos poderiam ser automatizados e otimizados

CMTECNOLOGIA, 2020.
7.1 ferramentas de gestão

Gestão eletrônica Essa ferramenta de gestão para gestores de saúde é composta por várias
de documentos tecnologias que possibilitam às instituições de saúde administrar seus
(GED); documentos digitalmente

Gerenciamento Consegue categorizar os dados com variados filtros, como o código


de conteúdo daquele paciente ou ainda o procedimento a ser realizado. Além de ser
empresarial totalmente integrável com o PEP.
(ECM)

CMTECNOLOGIA, 2020.
8. Avaliação da produtividade da equipe

É preciso
Conhecer bem os quantificar o Outro ponto
profissionais número de importante é a
É nesta força de
envolvidos no colaboradores por avaliação do clima
produção que está
trabalho dos setor, porcentagem organizacional.
toda a capacidade
centros de saúde é de faltas, Tudo isso reflete
de funcionamento
parte fundamental afastamentos diretamente na
da instituição.
da tomada de temporários, satisfação da
decisões. rotatividade e folha equipe.
de pagamento.

CMTECNOLOGIA, 2020.
9. Taxa de mortalidade

A taxa de mortalidade corresponde ao número


de óbitos em um período determinado. Ajuda a
determinar as mortes em atos cirúrgicos e por
diagnósticos. Com isso é possível estabelecer
ações que diminuam o índice.

CMTECNOLOGIA, 2020.
Importante
Todos os indicadores que foram citados determinam a elaboração
do planejamento estratégico hospitalar. O processo é contínuo e
precisa de atualizações constantes que objetivem metas em curto,
médio e longo prazo.

CMTECNOLOGIA, 2020.
04
Principais indicadores
hospitalares
Elaboração de relatórios e
indicadores na auditoria
nos serviços de
enfermagem
Prof. Ericka Holmes. Enfermeira. Doutora em
Modelos de Decisão e Saúde.
05
Elaboração de relatórios
em auditoria
Auditoria Interna
Aquela em que o serviço é praticado por contadores empregados das
sociedades, associações e fundações, que os contratam para tal.
A aplicação dos trabalhos tem fundamento na validação e avaliação dos
controles internos e demais procedimentos, pois, devido à falta de
independência, uma vez que o profissional é empregado, está impedido o
mesmo de dar uma opinião para interessados ou usuários externos, sobre
a adequação das demonstrações contábeis encerradas (HOOG e
CARLIN, 2009, p. 61).

(COUTINHO, 2011).
Auditoria Externa

Constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por


objetivo a emissão do parecer sobre a adequação com que estes
representam a posição patrimonial e financeira, o resultado das
operações, as mutações do Patrimônio Líquido e as origens e
aplicações de recursos da entidade auditada consoante as
normas brasileiras de contabilidade (CREPALDI, 2000, p. 48).

(COUTINHO, 2011).
Plano de
auditoria

Etapas do Monitoramento
Planejamento
processo de do trabalho de
dos trabalhos
auditoria
auditoria

Comunicação
Execução
dos resultados

(COUTINHO, 2011).
Relatório de
auditoria É o método do auditor comunicar os
resultados do seu trabalho;

Deve ser redigido com objetividade,


imparcialidade, de forma a expressar
claramente os resultados dos trabalhos
realizados.

É confidencial e deve ser apresentado ao


superior imediato ou pessoa autorizada

(Portal de auditoria, 2020).


Não esqueça!
O Relatório do Auditor é a peça mais
importante da Auditoria realizada.
Ele representa fase principal do trabalho do
Auditor que é a comunicação dos
resultados.

(Portal de auditoria, 2020).


Contribuições do relatório de auditoria

● ampliar o exercício da cidadania;


● interferir na qualidade da informação;
● auxiliar na melhoria da qualidade do acesso e da atenção;
● reduzir custos;
● utilizar melhor recursos financeiros;
● apontar novas oportunidades para a regulação da assistência;
● diminuir a ocorrência de erros futuros; e,
● demonstrar as oportunidades de melhorias aos gestores e
prestadores de serviços.
(Portal de auditoria, 2020).
Informações sobre o relatório de
auditoria
• Finalidade: Meio de informar o resultado dos trabalhos de enfermagem
realizados;
• Deve ser: Cuidadosamente imaginado; Adequadamente planejado; Bem escrito.
• Deve conter: Fatos constatados e de relevância; Sugestões e recomendações
para melhoras efetivas; Procedimentos não observados; Comentários do
auditado.

(Portal de auditoria, 2020).


Informações sobre o relatório de
auditoria
PARA O AUDITOR, A ENTREGA DO RELATÓRIO SERÁ
• O atestado de que notou a anormalidade e a comunicou.
• Uma imposição à gerência para que corrija a situação ou explique por que
não a corrige.
• O relatório bem escrito reduz o tempo de estudo, entendimento e discussão
pela gerência.
• O contato do auditor com a alta administração deve causar boa impressão.

(Portal de auditoria, 2020).


Tipos de relatórios
• Existem várias formas para se definir os tipos de
relatórios. No entanto, devemos considerar que o
relatório já é, por si só, bastante complexo e que a
designação de um tipo ou nomenclatura correta de
nada vale se o conteúdo não estiver à altura das
necessidades da empresa.
• O Auditor deve ter estabelecido um sistema de
emissão de relatórios que seja adequado ao momento
ou situação, em que os fatos estejam ocorrendo ou
forem apurados.
(Portal de auditoria, 2020).
1 Relatórios finais sintéticos

São os que se resumem em uma simples e rápida forma de


transmissão de fatos e exigem maior capacidade do auditor.

Como o próprio nome já diz, o Relatório Sintético é aquele que deve


ser utilizado para informar a alta direção da empresa, de forma rápida e
sucinta, sobre o que não vai bem ou necessita correção.

(Portal de auditoria, 2020).


2. Relatórios finais analíticos

São os relatórios que devem levar aos setores auditados todas as


informações e detalhes permissíveis à boa solução dos problemas, sem
longas e infindáveis relações numéricas e cifras que não levam a nada.

O Relatório Analítico é o meio de comunicação que o auditor possui para se


relacionar com todos os setores envolvidos nos trabalhos realizados.

É a forma de se comunicar com os funcionários em nível de execução.


Portanto, devem ser apresentados de maneira clara e simples.

(Portal de auditoria, 2020).


3. Relatórios especiais

O próprio nome diz tudo. Em nosso entender, os Relatórios Especiais são aqueles que
fogem do cotidiano.

Podem ser também considerados Relatórios Confidenciais.

Entende-se por Relatório Confidencial aquele que é solicitado exclusivamente pelo


diretor da empresa, e que tem interesse exclusivo sobre um determinado assunto.

Exemplo: o diretor da empresa chama o gerente de


auditoria (no qual deposita toda confiança) e pede
para que seja observado um item ou um assunto que
só a ele interessa.
(Portal de auditoria, 2020).
4. Relatórios parciais

Durante as verificações, o auditor muitas vezes se depara


com fatos ou ocorrências que devem ser levadas de
imediato ao conhecimento da gerência ou direção da
empresa.

É bastante comum que durante os exames surjam


problemas que exijam correções imediatas para que se
evite a continuidade de falhas e haja tempo suficiente para
elaboração do relatório final.

(Portal de auditoria, 2020).


5. Relatórios verbais

Os mesmos conceitos dos relatórios escritos são aplicáveis aos


Relatórios Verbais, porém com uma fundamental diferença: não
existe rascunho para ser corrigido antes da redação final.

Em um relatório escrito, o auditor pode reescrever parágrafos,


mudar orações e períodos, enfim, aprimorar o texto antes que
esteja nas mãos do destinatário.

No Relatório Verbal, quando não há uma boa


preparação, o auditor torna-se mais vulnerável
e sujeito a expor condições desfavoráveis a ele.
(Portal de auditoria, 2020).
Relatório de
auditoria interna
O relatório de auditoria interna é um documento
que formaliza os resultados da auditoria. É
através dele que o auditor interno vai mostrar o
que foi examinado, destacando os pontos
positivos, pontos negativos e suas conclusões,
para que a direção da empresa saiba o que está
indo bem e o que precisa ser melhorado.
Relatório de auditoria interna

O relatório deve ser elaborado cuidadosamente.


O texto precisa ser claro, objetivo e imparcial, para garantir
que os resultados da auditoria sejam úteis e que a
organização possa utilizá-los como guia para direcionar
suas ações.
Como elaborar o relatório
de auditoria interna?
O que colocar no relatório
de auditoria interna?
1. É importante ter uma capa contendo
informações como:

• Título do relatório
Nome do auditor responsável
Data de conclusão da auditoria
Nome da empresa ou unidade de negócio auditada.
2. Elabore uma introdução

Nesta seção, o auditor deve fornecer uma visão geral


com informações sobre a área e processos auditados,
quais normas estão dando suporte para a realização do
trabalho
3. Elabore um resumo executivo

O resumo executivo deve apresentar as conclusões dos


trabalhos realizados de forma compacta. Ele deve ser
estruturado da seguinte forma:
Uma breve descrição do que foi auditado, objetivos,
escopo e data de início e conclusão.
Apresentar as conclusões do auditor.
4. Apresente a terminologia utilizada

A próxima seção deverá apresentar o termos utilizados


na elaboração do relatório, para que todos possam
compreender as informações apresentadas.

Exemplo: Se houver referências à ISO, é importante


esclarecer que se trata da Organização Internacional
para Padronização.
5. Apresente o plano de auditoria

O plano de auditoria deve apresentar o auditor líder e


suas qualificações, assim como demais auditores que
compõe a equipe. Esta seção também deve descrever
quais foram os documentos avaliados e quem foram as
pessoas entrevistadas.
O auditor deve descrever quais foram as etapas seguidas
no decorrer da auditoria, e quais os critérios utilizados
para selecionar os documentos avaliados e as pessoas
entrevistadas.
6. Descreva fatos constatados

Quando algo estiver em desacordo com os padrões


estabelecidos, o auditor deve tomar nota, descrevendo os
fatos e as evidências constatadas.
7. Apresente as recomendações

Por fim, o auditor deve concluir o relatório com uma


seção de “Recomendações” de melhoria para
organização. Nesta etapa, ele deve considerar os
seguintes aspectos:

Ser positivo: Ele deve se concentrar no que


está acontecendo no momento e em como os
aspectos positivos da empresa podem ser
aplicados nas áreas ou processos ineficazes.
7. Apresente as recomendações

Ser específico: O auditor deve ser muito claro e


específico sobre quais aspectos não estão em
conformidade com os padrões estabelecidos, e quais
ações devem ser implementadas para garantir a
conformidade. Ele deve deixar claro quem precisa agir.

Ser sucinto: O auditor deve ser breve nas


recomendações e incluir apenas as informações e
detalhes realmente necessários.
Obrigada
profa.erickaholmes

CREDITS: This presentation template was created by Slidesgo,


including icons by Flaticon, and infographics & images by Freepik

Please keep this slide for attribution


Alternative Resources

Você também pode gostar