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Assistente de Recursos Humanos

Competência: Auxiliar a execução dos procedimentos de recrutamento, seleção e integração de pessoas.


Material de Apoio.
Grit, ou garra: o traço de personalidade marca das pessoas de sucesso – você
tem?
Por Suria Barbosa -29/07/2020
Disponível em https://www.napratica.org.br/protagonismo-controle-carreira/
Acessado em 27/06/2022

Você já pensou sobre o que faz as pessoas que se destacam em um certo campo – ou que possuem uma
habilidade fora do comum – têm de diferente das outras? A psicóloga Angela Duckworth foi além do “pensar” e dedicou
parte da sua carreira acadêmica a entender, de fato, o que as diferencia.
Parte das suas principais descobertas sobre o tema, ela detalha no livro Grit (em português, “Garra: o poder da
paixão e da perseverança”), que leva o nome a característica-chave, segundo ela, para entender essas pessoas e seu
sucesso.
“Não importa o domínio, os altamente bem-sucedidos têm uma espécie de determinação feroz (…) É essa
combinação de paixão e perseverança que faz deles grandes realizadores. Em uma palavra, eles têm garra”, explica ela.
Esforço, e não talento, é o segredo!
“Se enfatizarmos demais o talento, subestimamos todo o resto.”
Não que o talento seja um problema, é só que apontar ele como justificativa em toda ocasião em que alguém
demonstrar enorme habilidade é simplificar demais. E, pior: ignorar o fato de que “a grandeza é factível” – ou seja, é
completamente possível alcançá-la.
Existe um fator genético que influencia a existência – ou não – de traços de garra na personalidade. Mas isso é
o que acontece com todos os traços psicológicos, e isso não é a única coisa que os afeta. De acordo com Duckworth, a
experiência é muito importante. “A taxa com que desenvolvemos qualquer habilidade é também, crucialmente, uma
função da experiência”, esclarece ela.
A mesma mentalidade que responsabiliza grandes habilidades ao talento – em consequência, torna impotentes
os que não o têm – é também responsável, muitas vezes, por atribuir apenas a consequências externas o que dá errado.
Conhecido como locus externo na medida em que tira da mão de cada um a responsabilidade, também tira o
poder de agir e de mudar.

4 aspectos que pavimentam o caminho


Tendo estudado a fundo o tema, Duckworth identificou investigou também as razões que fazem as pessoas –
os com “menos garra” – desistirem de seus objetivos. O que ela destaca sobre o assunto, de início, é que as justificativas
clássicas “tenho preguiça”, “não tenho capacidade para persistir” nunca são a verdade. Em vez disso, o real motivo
muitas vezes se parece com as alternativas seguintes:

 “Estou entediado.”
 “[Isso] não vale o esforço.”
 “Isso não é importante para mim.”
 “Não consigo fazer isso. É melhor, então, desistir.”
E é aqui que está a diferença em relação aos que têm alto nível de grit: eles não têm (mais) esse tipo de
pensamento.
Ainda na tentativa de entender melhor como essas pessoas funcionam, a especialista mapeou quatro “ativos
psicológicos” que têm em comum.

 1 Interesse
Ou paixão pelo que fazem – o sentimento desencadeado quando se aprecia intrinsecamente a atividade.

 2 Capacidade de praticar
“Uma forma de perseverança é a disciplina diária de tentar fazer as coisas melhor do que fizemos ontem”,
escreve Duckworth em Grit.

 3 Propósito
O que amadurece a paixão. É o sentir que seu trabalho realmente importa.

 4 Esperança
Segundo a autora, a esperança é decisiva do começo ao fim do processo. Nesse caso, ela significa um constante
esforço em continuar, mesmo quando as coisas estão difíceis ou há muitas dúvidas.

Quebrando a qualidade de garra nesses quatro pontos, ela mostra o quanto essa característica é passível de ser
fomentada. Você pode descobrir, desenvolver e aprofundar seus interesses, treinar a disciplina para praticar, entender
seu propósito e exercitar a persistência com base na esperança de alcançar.
Marjory Cinthia M de Figueredo (psl11630)
Instrutora de curso de formação profissional
E-mail: marjory.figueredo@mg.senac.br
Assistente de Recursos Humanos
Competência: Auxiliar a execução dos procedimentos de recrutamento, seleção e integração de pessoas.
Material de Apoio.

Descubra seu nível de grit


Como o primeiro passo da mudança da maioria dos cenários, é interessante entender onde você está. Isso é,
inclusive, indicado pela especialista, que até desenvolveu uma avaliação para identificar o nível de influência que esse
traço tem na sua personalidade e decisões. Chamado de Grit Scale, o teste é gratuito e pode ser acessado pelo site de
Duckworth, aqui. Mas, atenção: a veracidade de seu resultado depende da honestidade das respostas.
Este é o site de acesso caso você queiram fazer o teste https://angeladuckworth.com/grit-scale/

Protagonismo: o que você precisa saber para se tornar um agente de mudanças


na própria carreira
Entender seu papel (e seu poder) na própria trajetória para alcançar seus objetivos influencia na sua
capacidade de executar – e, consequentemente, de atingir resultados. A quem, ou ao quê, você atribui responsabilidade
pelos eventos que acontecem na sua vida?
Existe um termo na psicologia para isso: locus de controle. Ele determina como alguém encara e reage às coisas
boas e ruins que lhe acontecem. O locus de controle pode ser interno ou externo – e é importante ressaltar que
ninguém “tem” um ou outro – são, na verdade, mentalidades assumidas por todos, que refletem no comportamento de
cada um.

Locus interno e locus externo


Quem assume mais um locus externo deposita a responsabilidade de sucesso em fatores externos – como
sorte, circunstâncias, economia, o trânsito, o chefe. Ou seja, se posiciona como coadjuvante de uma história ditada por
outros fatores.
Já quem assume o locus interno de controle acredita que pode mudar seu destino. Dessa forma, busca sempre
analisar sua contribuição para tudo que lhe acontece. E, assim, associa os resultados alcançados ao seu próprio esforço
e competência. Se algo está errado, por sua vez, pensa no que pode fazer para reverter a situação.

Locus interno e autoliderança – uma relação poderosa


Ter um locus de controle interno fortalecido ajuda a reforçar o protagonismo e a autoliderança.
Consequentemente, a capacidade executora se potencializa – e estudos psicológicos comprovaram isso ao longo da
história. Duas pesquisas sobre os hábitos das pessoas de sucesso, por exemplo, chegaram a conclusões semelhantes
sobre o impacto do locus de controle interno em seus êxitos.
A primeira foi comandada por um psicólogo da Universidade de Harvard, David McClelland, em 1982, e a
segunda, que durou 20 anos, foi realizada pelo autor Napoleon Hill e detalhada em sua obra “A Lei do Triunfo”. A
conclusão dos dois estudos: pessoas de sucesso – pessoal ou profissional – acreditam que elas próprias sejam as
principais responsáveis por (quase) tudo que lhes acontece.
Não há dúvidas de que cada ser humano é muito influenciado pelos fatores externos em sua vida. Porém, se
eles fossem os únicos responsáveis pelas adversidades ou triunfos, todos os submetidos aos mesmos agentes teriam o
mesmo resultado, certo? E não é o que acontece.

Protagonismo: responsabilizar-se é assumir o controle


Na realidade, as pessoas reagem de formas diferentes diante das mesmas variáveis impostas pelo meio externo
e esta reação ajuda a definir as consequências. Por exemplo: ao chegar atrasado a um compromisso por conta de
trânsito, é possível isentar-se do próprio papel no fato – “cheguei atrasado porque peguei trânsito”. Alternativamente,
também é possível chamar para si a responsabilidade: “cheguei atrasado porque planejei mal o tempo que gastaria no
trajeto”.
Da mesma forma, por exemplo, um comerciante atribui sua falência “ao mercado”; as dificuldades financeiras
são culpa “do governo”; a desmotivação profissional tem origem “na empresa” ou “no chefe”. Claro, todas estas
barreiras existem e são relevantes. Mas, então, dado que elas, de fato, existem e há pouco que possas ser feito a
respeito, o que é mais determinante é a reação.
Cada um vive as decorrências de suas próprias escolhas – conscientes e inconscientes. Passar a
responsabilidade para fora de si, além de diminuir o controle acerca dos resultados, gera sensação de impotência diante
do que acontece. Ou seja: fazer escolhas sabendo do seu protagonismo no próprio sucesso é o que garante mais
chances de alcançar o desejado.
O intuito de se responsabilizar pelos acontecimentos com o locus de controle interno não é fomentar
sentimento de culpa – não é ele que te ajuda a caminhar. A intenção é despertar outro sentimento: o de que você (e só
você) tem o poder de conduzir a vida em direção aos seus objetivos.

Marjory Cinthia M de Figueredo (psl11630)


Instrutora de curso de formação profissional
E-mail: marjory.figueredo@mg.senac.br

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