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Impactos no Desenvolvimento Pessoal e Profissional
Revisão Textual:
Maria Cecília Andreo
Impactos no Desenvolvimento
Pessoal e Profissional
Objetivos
• Reconhecer a importância do autoconhecimento e do autodesenvolvimento;
• Desenvolver estratégias que possibilitem a implementação de um plano de desenvolvimen-
to individual.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
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Impactos no Desenvolvimento Pessoal e Profissional
Contextualização
Em meio à volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade do contexto em que
vivemos, muitos profissionais alcançam níveis de estresse e de ansiedade difíceis de admi-
nistrar. Um artigo publicado pela Harvard Business Review afirma que a ansiedade é
o transtorno mental mais comum nos Estados Unidos: cerca de 30% dos americanos
sofrem ou sofreram de ansiedade em algum momento da vida. No Brasil, uma pesquisa
realizada pelo Ministério da Saúde afirma que a ansiedade é o transtorno mental mais
presente entre os brasileiros. Esses dados revelam a necessidade de desenvolvermos au-
tocontrole, que é reflexo de conhecermos a nós mesmos, nos desenvolvermos e apren-
dermos a lidar com nossas emoções.
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Importância do Autoconhecimento, do
Autodesenvolvimento e do Autocontrole
Há uma frase muito conhecida, atribuída a Albert Einstein, que diz não ser possível
resolver um problema com a mesma mentalidade que o gerou. Podemos estabelecer
uma analogia com nosso próprio desenvolvimento. Isso não significa que desenvolver
novas capacidades seja, por si só, um problema, mas, se há a intenção de crescimento
e de evolução, ficar estagnado pode, sim, tornar-se um problema.
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Impactos no Desenvolvimento Pessoal e Profissional
emocional deles, obteve, como resultado, um faturamento maior por consultor. Esse
desempenho foi atribuído ao fato de que, ao lidar melhor com as próprias emoções,
eles eram capazes de empregar estratégias mais eficazes para melhorar as suas pró-
prias eficiências.
Chade-Meng Tan encontrou uma característica comum entre essas cinco competên-
cias: a escolha. Todas elas dizem respeito à ação consciente, e não tomada por impulso.
Outro ponto importante a respeito do conceito relacionado ao autocontrole é saber lidar
com emoções e sentimentos, e não os reprimir ou evitar.
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• Comece cada pensamento com gentileza e humor. Quando se deseja transfor-
mar um comportamento, atitude ou desenvolver uma nova habilidade, é comum
errar e fracassar. É preciso encarar esses momentos com gentileza, e compaixão,
por si mesmo e pelos outros, e muito bom humor.
Uma sugestão de prática para momentos em que nos sentimos provocados, incomo-
dados ou com emoções negativas, consiste em percorrer os seguintes passos:
• Parar;
• Respirar;
• Notar;
• Refletir;
• Reagir.
Esses passos ajudam a resfriar o calor das emoções e a reagir de maneira consciente a
elas. Outro ponto importante a respeito dessa prática é que nem sempre somos capazes
de refletir e reagir com consciência diante de uma situação difícil. Nesse caso, procurar
executar esses passos em retrospectiva pode ser uma boa alternativa. Isso fará com que,
em uma próxima situação, a reação seja mais consciente.
Definição de Objetivos,
Metas e Planos de Ação
Anteriormente vimos como estabelecer metas a partir de objetivos significativos é
importante e necessário para o autodesenvolvimento. Nesta unidade, veremos algumas
metodologias e práticas que podem contribuir com essa jornada.
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Segundo o empreendedor John Doerr, que introduziu a ideia dos OKRs na Google,
objetivos representam o que deve ser alcançado. Devem ser significativos, concretos,
orientados por ações e, idealmente, inspiradores. Já os resultados-chave estabelecem
e monitoram como chegamos ao objetivo. Eles devem ser específicos e limitados no
tempo, agressivos, mas, acima de tudo, realistas. Os resultados-chave devem ser men-
suráveis e verificáveis.
KR.2 Assistir a documentários e séries em espanhol sem legendas duas vezes por semana.
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pessoas em um mês pode ser ambicioso demais. Tenha o cuidado de ser ousado e
agressivo, mas, ao mesmo tempo, realista;
• Tratar os objetivos ou resultados-chave como algo padronizado e regular.
Se você estabelece para si objetivos que se repetem ao longo do tempo ou se os
resultados-chave são sempre os mesmos, só com alteração de prazos, algo está
errado. Seu plano deve pôr você em movimento;
• Subestimar seu potencial. É preciso desafiar a si mesmo, buscando superar os
limites atuais, e isso não vai acontecer caso você permaneça na zona de conforto
ou limitado à crença de que não é capaz;
• Falta de significado. Um objetivo sem valor é aquele em que tanto faz se você o
alcança ou não. Os objetivos devem ser significativos;
• Definir resultados-chave que não contribuem com o objetivo. Os resultados-
-chave devem indicar como saberemos se o objetivo será ou não alcançado. Imagi-
ne que você alcance todos os resultados-chave, mas o objetivo não é conquistado.
Nesse caso, provavelmente, os resultados-chave estabelecidos, ainda que necessá-
rios, não foram suficientes.
Arnaldo Marion, em seu livro Manual de coaching, sugere que para cada meta
existam cinco ações relevantes que possam impactar de maneira significativa o resultado
final. Sugere também o acréscimo do nível de criticidade associado a cada ação.
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Impactos no Desenvolvimento Pessoal e Profissional
Tabela 2 – Modelo de plano de ação, baseado em 5W2H proposto por Arnaldo Marion
Plano de Ação
Selecione as respostas mais críticas de seu Autocoaching e elabore um Plano de Ação efetivo e exequível (Check-list)
Objetivo:
Pilar: Data:
Porque Onde Quando Por quem Como Quanto Nível de
O que fazer
(Etapas e será feito será feito será feito será feito será feito custará criticidade
subetapas) (Justificativas/ (Início/Térmi- (Método/ (Recursos/ (Alto/Médio/
(Local/Situação) (Envolvidos)
Razões) no/Frequência) Estratégia) TempoCusto) Baixo)
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Fonte: Adaptado de MARION, 2017, p. 100
GROW
O modelo GROW, proposto por John Whitmore, é utilizado por coachs em todo o
mundo para o estabelecimento de metas e para a melhoria de desempenho. Seu nome
é um acrônimo que representa:
• G – Goals | Metas: o objetivo, a meta que se deseja alcançar, as aspirações futuras.
A definição do objetivo deve levar em conta o grau de influência sobre ele;
• R – Reality | Realidade: definir a realidade atual, o cenário e os obstáculos in-
ternos e externos para que o objetivo se realize. Importante avaliar o que já foi
realizado com relação ao objetivo, ou seja, o que foi feito a respeito até o momento;
• O – Options | Opções: reflete as opções para tornar o objetivo realidade. É inte-
ressante realizar uma exploração de ideias sem julgamentos e, somente depois,
selecionar as mais relevantes. Compreender bem as opções ajudará a estabelecer
um plano de ação mais efetivo. Nessa lógica, é importante avaliar as implicações
de cada opção;
• W – What, When, Who | O quê, Quando e Quem: define os próximos passos,
as ações que tornam as opções possibilidades reais. Pensar em como fazer diferen-
te do que já foi feito até agora pode ser útil nesse passo. Avaliar as competências
necessárias para que a ação seja concluída e, se não as possui, estudar como
desenvolvê-las ou estabelecer parcerias também é fundamental nesse momento.
SMART
Idealizado por Peter Drucker, o método SMART foi desenvolvido com o propósito
de dar direcionamento aos líderes. Nos dias atuais, é amplamente utilizado, inclusive em
combinação com outros métodos e práticas já descritas.
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• S – Specific | Específico: Uma meta deve ser específica e de fácil compreensão.
Uma avaliação pode considerar as seguintes perguntas: O que quero alcançar com
essa meta? Como ela será conquistada? Por que ela é importante?
• M – Mensurable | Mensurável: Em se tratando de meta, é preciso medi-la para
saber se ela foi alcançada. Uma meta mensurável deve deixar claro o resultado es-
perado e o tempo necessário para atingi-la;
• A – Attainable | Atingível: Parece óbvio, mas definir uma meta impossível de
atingir seria contraproducente;
• R – Relevant | Relevante: Quanto mais relevante for a meta, mais motivação você
terá para alcançá-la. Caso contrário, é provável que a meta seja esquecida;
• T – Time Based | Temporal: A meta deve ter um prazo. Sem um alvo claro, não
existe foco e não é dada prioridade para o que foi estabelecido.
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Impactos no Desenvolvimento Pessoal e Profissional
Gatilho
Comportamento Impulso
Escolha Consciência
Essas questões ajudam a trazer consciência e atenção ao que acontece ao redor, além
de avaliar nosso engajamento com relação a nossos objetivos. O intercâmbio entre nós
e nosso ambiente, em uma relação constante, convida-nos a responder a gatilhos que
nos levam a agir por impulso. E, agindo por impulso, provavelmente o plano de desen-
volvimento não será alcançado.
A consciência sobre gatilhos nos ajuda a mudar a resposta sobre eles e a responder
de maneira positiva diante dos comportamentos que buscamos transformar. Por exem-
plo, considere que em seu plano de desenvolvimento está “melhorar a comunicação
com um colega de trabalho”. Se você reconhece que determinado comportamento des-
se colega gera em você o impulso de responder de maneira agressiva, identificar esse
gatilho o ajudará a agir de maneira mais consciente. É importante, também, perceber
que, quando a minha resposta é modificada, o outro terá que agir de maneira diferente.
Assim, meu autodesenvolvimento também muda o que está ao meu redor.
Observe, ainda, os fatores positivos em seu ambiente que podem contribuir para o
desenvolvimento de seu plano. Além disso, disciplina. É necessário assumir a responsa-
bilidade sobre suas ações.
Marshall sugere uma autoavaliação diária com base nas seis questões de engajamento,
atribuindo notas para cada uma delas, segundo o seu nível de engajamento. Em seu
estudo, ele comprovou que essa autoavaliação:
• Reforça o comprometimento;
• Motiva a fazer o que precisa ser feito;
• Destaca a diferença entre autodisciplina e autocontrole;
• Torna as metas administráveis.
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Um exemplo de questões de engajamento e notas atribuídas a elas:
Encontrar significado 5 4
Ser feliz 4 6
É também recomendado incluir questões diárias que contribuam com seu plano. Essa
é uma forma de manter atenção e disciplina com os objetivos preestabelecidos.
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Impactos no Desenvolvimento Pessoal e Profissional
Individualizar
Crescimento das
Ligar-se
Exercitar capacidades
Digerir
É importante ter consciência com relação às barreiras que podemos enfrentar diante
do desconhecido. Nesse sentido, a forma de pensar implementada em métodos ágeis de
desenvolvimento de novos produtos – a de Mínimo Produto Viável – pode ser uma boa
alternativa também para o autodesenvolvimento – O Mínimo Produto Viável, como define
Eric Ries, em A startup enxuta, é aquela versão do produto que permite construir-medir-
-aprender, com o mínimo de esforço e no menor tempo de desenvolvimento. Se aplicar-
mos esse mesmo conceito ao nosso próprio desenvolvimento, seremos convidados a pen-
sar em pequenas ações que podem contribuir com o objetivo e as metas que desejamos
alcançar que possam ser realizadas no menor tempo e com o menor esforço possível.
E, ao superarmos as primeiras ações, desafiaremos a nós mesmos a mais um passo.
A partir dessa perspectiva, o feedback precisa ser destacado como ponto-chave para
o aprendizado. Os resultados dos nossos esforços devem refletir em como nos relaciona-
mos ou em como desempenhados nosso papel, seja na organização em que atuamos,
seja em nossa vida pessoal.
De que forma recebemos um feedback? Para que essa prática contribua com o plano
de desenvolvimento, é importante estarmos abertos, e não na defensiva, ao recebermos
críticas, por exemplo. Por esse ângulo, a escuta ativa – perguntas de esclarecimento
para a compreensão do que está sendo apresentado – pode ser uma boa abordagem.
Peter Drucker, em seu artigo “Gestão de si mesmo”, chama atenção para o fato de
sermos, atualmente, protagonistas de nossas próprias carreiras. No passado, éramos con-
duzidos para profissões estabelecidas pelo núcleo familiar. É muito comum histórias de
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médicos e advogados que mantêm a tradição, seguindo a profissão de seus progenitores.
Os jovens, hoje em dia, preparam-se para funções e trabalhos que desconhecem; o futuro
é incerto e temos pouca previsibilidade sobre ele. Não podemos esperar que a organização
ou o líder cuidem de nossas carreiras; é momento de assumir essa responsabilidade.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Como usar o desenvolvimento pessoal, interior para construir democracias fortes
https://bit.ly/3iKR8MF
Por que o segredo do sucesso é definir as metas certas
https://bit.ly/3c5QHeJ
Leitura
Conheça 17 famosos adeptos do mindfulness e da meditação
https://bit.ly/3oguxbV
Guia: Defina metas com OKRs
https://bit.ly/3obMXul
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Referências
AARONS-MELE, M. Como liderar em um mundo repleto de ansiedade. Harvard
Business Review, 07 ago. 2020. Disponível em: <https://hbrbr.com.br/como-liderar-
-em-um-mundo-repleto-de-ansiedade/>. Acesso em: 12/01/2021.
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