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Legislação do SUS

RESOLUÇÃO 453
de 10 de Maio de 2012

Prof.ª: Andréa Paula

Primeira Diretriz

Conselho de Saúde é órgão colegiado,


DA DEFINIÇÃO DE deliberativo e permanente do (SUS) em
CONSELHO DE cada esfera de Governo, com

SAÚDE composição, organização e competência


fixadas na Lei nº 8.142/90.

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O processo de descentralização
tem determinado a ampliação
dos Conselhos de Saúde que ora
se estabelecem também em:

Conselhos
Distritais Conselhos
Sanitários Regionais.
Indígenas.

Conselhos
Distritais Conselhos
Locais.
de Saúde.

O Conselho de Saúde Parágrafo único


possibilita a participação da Atua na formulação de
sociedade organizada na estratégias e no controle da
administração da Saúde, execução das Políticas de
como Subsistema da Saúde, inclusive em seus
Seguridade Social, aspectos econômicos e
propiciando seu controle financeiros.
social.

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Segunda Diretriz

A criação dos Conselhos de


DA CRIAÇÃO E
Saúde é estabelecida por lei
REFORMULAÇÃO DOS
CONSELHOS DE SAÚDE municipal, estadual ou federal,
com base na Lei nº 8.142/90.

Parágrafo único. Na criação e reformulação dos


Conselhos de Saúde o poder executivo,
respeitando os princípios da democracia, deverá
acolher as demandas da população,
consubstanciadas nas conferências de saúde e
em consonância com a legislação.

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Terceira Diretriz

A participação da sociedade,
DA ORGANIZAÇÃO
garantida na lei torna os
DOS CONSELHOS
Conselhos uma instância
DE SAÚDE
privilegiada na:

Composição. Discussão. Acompanhamento.

Fiscalização da
implementação da Avaliação. Deliberação.
Política de Saúde.

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A legislação estabelece, ainda, a composição paritária
de usuários, em relação ao conjunto dos demais
segmentos representados.

O Conselho de Saúde será composto por representantes de usuários,


de trabalhadores de saúde, do governo e de prestadores de serviços
de saúde, sendo o seu Presidente eleito entre os membros do
Conselho, em Reunião Plenária.

• O número de conselheiros será indicado pelos Plenários dos Conselhos de

I Saúde e Conferências de Saúde, devendo ser definido em Lei.

• Mantendo ainda o que propôs a Resolução do CNS e recomendações da 10ª


e da 11ª Conferências Nacionais de Saúde, as vagas deverão ser distribuídas
II da seguinte forma...

•A representação de órgãos ou entidades terá como critério a


representatividade, a abrangência e o complemento do conjunto de forças
III sociais, no âmbito de atuação do Conselho de Saúde.

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Entidade dos Representação do
Entidade dos
TRABALHADORES GOVERNO &
USUÁRIOS
DA SAÚDE PRESTRADORES
DE SERVIÇOS.

50% 25% 25%

De acordo com as especificidades


locais, aplicando o princípio da
Associações de
paridade, poderão ser portadores de
patologias;
contempladas, dentre outras, as
seguintes representações:

Movimentos sociais
Associações de
e populares Entidades
portadores de
organizados indígenas;
deficiências;
(negros, LGBT);

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Sindicatos,
Movimentos centrais sindicais,
Entidades de
organizados de confederações e
aposentados e
mulheres, em federações de
pensionistas;
saúde; trabalhadores
urbanos e rurais;

Entidades de
Organizações Entidades
defesa do
religiosas; ambientalistas;
consumidor.

Entidades públicas,
Trabalhadores da área
de hospitais
de saúde: associações,
Comunidade universitários e
sindicatos, federações,
científica; hospitais campo de
confederações e
estágio, de pesquisa
conselhos de classe;
e desenvolvimento;

Entidades dos
prestadores de Entidades
Governo. serviço de patronais;
saúde;

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• Os representantes no Conselho de Saúde serão indicados, por escrito,
pelos seus respectivos segmentos entidades, de acordo com a sua
IV organização.

• Recomenda-se que, a cada eleição, os segmentos dos usuários,


trabalhadores e prestadores de serviços, promovam a renovação de, no
V mínimo, 30% de suas entidades representativas.

• A representação nos segmentos deve ser distinta e autônoma, um


profissional com cargo de direção ou de confiança, ou como prestador de
VI serviços de saúde não pode ser representante dos(as) Usuários(as) ou de
Trabalhadores(as).

• A ocupação de funções na área da saúde que interfiram na autonomia do


Conselheiro(a) deve ser avaliada como possível impedimento da

VII representação de Usuário(a) e Trabalhador(a), indicativo de substituição do


Conselheiro(a).

• A participação do Poder Legislativo e Judiciário e do Ministério Público,

VIII como conselheiros, não é permitida nos Conselhos de Saúde.

• Quando não houver Conselho de Saúde em determinado Município, caberá


ao Conselho Estadual assumir a convocação e realização da 1ª Conferência
IX Municipal de Saúde. O mesmo será atribuído ao Conselho Nacional de
Saúde quando não houver Conselho Estadual de Saúde.

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• As funções, como membro do Conselho de Saúde, não serão remuneradas,
considerando-se o seu exercício de relevância pública e, portanto, garante
X a dispensa do trabalho sem prejuízo para o conselheiro.

• Para fins de justificativa junto aos órgãos, entidades competentes e


instituições, o Conselho de Saúde emitirá declaração de participação de
seus membros durante o período das reuniões, representações,
capacitações e outras atividades específicas.

• O conselheiro, no exercício de sua função, responde pelos seus atos

XI conforme legislação vigente.

Quarta Diretriz

As três esferas de Governo

DA ESTRUTURA E garantirão autonomia para o pleno


FUNCIONAMENTO DOS funcionamento do Conselho de
CONSELHOS DE SAÚDE
Saúde, com a necessária
infraestrutura e apoio técnico:

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I – cabe ao Conselho de Saúde deliberar em relação a sua
estrutura administrativa e o quadro de pessoal;

II - contará com uma secretaria-executiva coordenada por pessoa


preparada para a função de suporte técnico e administrativo,
subordinada ao Conselho de Saúde, que definirá sua estrutura e
dimensão;

III – O Conselho de Saúde decide sobre o seu orçamento;

IV – se reunirá, mensalmente e, extraordinariamente,


quando necessário, e terá como base o seu Regimento
Interno. A pauta e o material de apoio às reuniões devem
ser encaminhados antecedência mínima de 10 dias;

V - as reuniões são abertas ao público e deverão acontecer


em espaços e horários que possibilitem a participação da
sociedade;

VI - o Conselho de Saúde exerce suas atribuições mediante


o funcionamento do Plenário, as comissões intersetoriais
poderão contar com integrantes não conselheiros;

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VII - o Conselho constituirá uma diretoria eleita em Plenário,
respeitando a paridade nesta resolução;

VIII - as decisões do Conselho serão adotadas mediante


quórum mínimo (metade mais um);

IX - qualquer alteração na organização dos Conselhos


preservará o que está garantido em lei e proposta pelo próprio
Conselho e votada, para depois ser alterada em seu Regimento
Interno e homologada pelo gestor da esfera correspondente;

X - a cada quadrimestre deverá constar na pauta o pronunciamento


do gestor, para que faça a prestação de contas, em relatório
detalhado, sobre andamento do plano de saúde, agenda, relatório,
montante, forma de aplicação dos recursos, as auditorias iniciadas e
concluídas no período, bem como a produção e a oferta de serviços
na rede assistencial própria, contratada ou conveniada.

As resoluções serão obrigatoriamente homologadas, em um prazo


de 30 dias.

Decorrido o prazo mencionado e não sendo homologada a resolução


e nem enviada justificativa ao Conselho, as entidades que integram o
Conselho podem buscar a validação das resoluções, recorrendo à
justiça e ao Ministério Público, quando necessário.

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Quinta Diretriz

Aos Conselhos de Saúde Nacional, Estaduais,

DA COMPETÊNCIA Municipais e do Distrito Federal, que têm


DOS CONSELHOS competências definidas nas leis federais, bem
DE SAÚDE
como, em indicações advindas das
Conferências de Saúde, compete:

I - Fortalecer a participação e o Controle Social no SUS, mobilizar a sociedade de forma


permanente na defesa dos princípios constitucionais que fundamentam o SUS.

II - Elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras normas de funcionamento.

III - Discutir, elaborar e aprovar proposta e diretrizes aprovadas pelas Conferências de


Saúde.

IV – Atuar na formulação e no controle da execução da política de saúde, incluindo os


seus aspectos econômicos e financeiros e propor estratégias para a sua aplicação aos
setores público e privado.

V - Definir diretrizes para elaboração dos planos de saúde conforme as diversas


situações epidemiológicas e a capacidade organizacional dos serviços.

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VI - Anualmente deliberar sobre a aprovação ou não do relatório de gestão.

VII - Estabelecer estratégias e procedimentos de acompanhamento da


gestão do SUS.

VIII – Proceder à revisão periódica dos planos de saúde.

IX - Deliberar sobre os programas de saúde e aprovar projetos, propor a


adoção de critérios definidores de qualidade e resolutividade aos avanços
científicos e tecnológicos, na área da Saúde.

X - Avaliar, explicitando os critérios utilizados, a organização e o


funcionamento do Sistema Único de Saúde do SUS.

XI - Avaliar e deliberar sobre contratos, consórcios e convênios, conforme as


diretrizes dos Planos de Saúde, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais.

XII - Acompanhar e controlar o credenciado mediante contrato ou convênio na


área de saúde.

XIII - Aprovar a proposta orçamentária anual da saúde, tendo em vista as metas e


prioridades observando o princípio do processo de planejamento e orçamento
ascendentes.

XIV – Propor critérios para programação e execução financeira e orçamentária dos


Fundos de Saúde e acompanhar a movimentação e destino dos recursos.

XV – Fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre critérios de movimentação de


recursos da Saúde, incluindo o Fundo de Saúde e os recursos transferidos.

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XVI - Analisar, discutir e aprovar o relatório de gestão, com a prestação de contas e
informações financeiras, repassadas em tempo hábil aos conselheiros, e garantia do
devido assessoramento

XVII - Fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das ações e dos serviços de saúde e


encaminhar denúncias aos respectivos órgãos de controle interno e externo.

XVIII - Examinar propostas e denúncias de indícios de irregularidades.

XIX – Estabelecer a periodicidade das Conferências, propor sua convocação ordinária


ou extraordinária, estruturar a comissão organizadora, convocar a sociedade para a
participação nas pré-conferências e conferências de saúde.

XX - Estimular articulação e intercâmbio entre os Conselhos, entidades, movimentos


populares, instituições públicas e privadas para a promoção da Saúde.

XXI - Apoiar e promover estudos e pesquisas sobre assuntos e temas na área de


saúde pertinente ao desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

XXII - Acompanhar o processo de desenvolvimento e incorporação científica e


tecnológica.

XXIII - Estabelecer ações de informação, educação e comunicação em saúde,


divulgar as funções e competências do Conselho de Saúde, seus trabalhos e
decisões nos meios de comunicação, incluindo informações sobre as agendas, datas
e local das reuniões e dos eventos.

XXIV – Apoiar e promover a educação permanente para o controle social.

XXV - Apoiar o relacionamento com os poderes constituídos, Ministério Público,


Judiciário e Legislativo, meios de comunicação, bem como setores relevantes não
representados nos conselhos.

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XXVI - Acompanhar a aplicação das normas sobre ética em pesquisas
aprovadas pelo CNS.

XXVII - Deliberar, e avaliar a Política do Trabalho e Educação para a Saúde


no SUS.

XXVIII - acompanhar a implementação das propostas do relatório das


plenárias dos Conselhos.

XXIX – atualizar periodicamente as informações sobre o Conselho de Saúde


no Sistema de Acompanhamento dos Conselhos de Saúde (SIACS).

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