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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

sus
 O que é o Sistema Único de Saúde:

É uma nova formulação política e


organizacional para o
reordenamento
dos serviços e ações de saúde
estabelecidas pela Constituição de
1988.
sus
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu a
saúde como direito de todos e dever do Estado
e determinou que a regulamentação, a
fiscalização e o controle da saúde seriam feitos
somente pelo poder público e que a execução
das ações e serviços de saúde poderiam ser
realizados tanto pelo poder público, quanto pela
iniciativa privada.
sus
 SAÚDE = DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO

 Na CF 1988:
“ Art. 196 – A saúde é direito de todos e dever do estado,
garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem
a redução do risco de doenças e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para suab
promoção, proteção e recuperação”.
sus
 Lei 8.080/90
SAÚDE = DIREITO
“Art.2° - A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as
condições indispensáveis ao seu pleno exercício”

SAÚDE = DEVER DO ESTADO

“ Parágrafo 1° - O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução


de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outos
agravos no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às
ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação do Estado em
relação à saúde”
sus
 Por que Sistema Único?

Porque ele segue a mesma doutrina e os


mesmos princípios organizativos em todo
território nacional, sob a responsabilidade
das três esferas autônomas de governo:
federal, estadual e municipal.
sus
 Qual a doutrina do SUS?
Baseado nos preceitos constitucionais, a
construção do SUS se norteia pelos
seguintes
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS:

UNIVERSALIDADE
EQUIDADE
INTEGRALIDADE
sus
UNIVERSALIDADE

É a garantia de atenção à saúde, por parte do


sistema, a qualquer cidadão.
sus
EQUIDADE

É assegurar ações e serviços de todos os níveis de


acordo com a complexidade que cada caso requeira saúde,
assim com aqueles contratados pelo poder público. Todo
cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme
suas necessidades, até o limite do que o Sistema pode
oferecer.
sus
INTEGRALIDADE
• Cada pessoa é um todo indivisível e integrante
de uma comunidade;
• As unidades prestadoras de serviço formam
um todo indivisível e devem ser capazes de
prestar
assistência integral;
• O homem é um ser integral, biopsicossocial, e
será atendido com visão holística.
sus
Quais são os princípios que regem a organização
dos SUS?

•REGIONALIZAÇÃO
•HIERARQUIZAÇÃO
•RESOLUBILIDADE
•DESCENTRALIZAÇÃO
•PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS
• COMPLEMENTARIEDA
DE DO SETOR
PRIVADO
sus
REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO

Os serviços devem ser organizados em níveis de


complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área
geográfica delimitada e com a definição da população a ser
atendida.
sus
RESOLUBILIDADE

É a exigência de que, quando um indivíduo busca o


atendimento ou quando surge um problema de impacto
coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja
capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível de sua
competência.
sus
DESCENTRALIZAÇÃO

É entendida como uma redistribuição das responsabilidades


quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis
de governo, a partir da idéia de que quanto mais perto do
fato for tomada a decisão, mais chance haverá de acerto.
sus
DESCENTRALIZAÇÃO

MUNICIPALIZAÇÃO DA SAÚDE

Profunda redefinição das atribuições dos vários


níveis de governo, com nítido reforço do poder
MUNICIPAL sobre a saúde.
sus
PAPEL DOS MUNICÍPIOS

A maior responsabilidade na promoção das ações


de saúde diretamente voltadas para os seus
cidadãos.
sus
PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS

É a garantia constitucional de que a população, através


de suas entidades representativas, poderá participar do
processo de formulação das políticas de saúde e do controle
da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o
local.
sus
CONSELHOS DE SAÚDE

CONSELHOS ESTADUAIS
CONSELHO NACIONAL DE
DE SAÚDE
SAÚDE

CONSELHOS MUNICIPAIS
DE SAÚDE
sus
CONSELHOS DE SAÚDE

Representação paritária de usuários, governo,


profissionais de saúde e prestadores de
serviço, com poder deliberativo.
sus
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA GESTÃO DO SUS
CONFERÊNCIAS DE SAÚDE CONSELHOS DE SAÚDE
Periódicas Permanentes
( Convocadas ordinariamente a cada ( participam da direção do SUS em
4 anos pelo poder executivo em cada cada esfera)
esfera)
** convocãção extraordinária: Poder
executivo ou conselho de saúde

Consultivas Deliberativos

Propõem diretrizes para a formulação Atuam na formulação, na fiscalização


de políticas de saúde e no controle das políticas de saúde
em cada esfera de governo
sus
Composição Paritária ( comum para CONSELHOS E
CONFERÊNCIAS)

“ O segmento dos
usuários será paritário
50% em relação ao
50% Governo conjunto dos demais
Prest. De segmentos”
Usuários Serviço de
Saúde

Trab.
Saúde
sus
COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO
A constituição definiu que quando, por insuficiência do setor público, for necessária a
contratação de serviços privados, isso deve se dar sob três condições:
1º - celebração de contrato conforme as normas de direito público, ou seja, o interesse
público prevalecendo sobre o particular;
2º - a instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas
técnicas do SUS. Prevalecem, assim, os princípios da universalidade, equidade, etc.,
como se o serviço privado fosse público, uma vez que, quando contratado, atua em
nome deste.
3º - a integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica organizada do
SUS, em termos de posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos
serviços. Dessa forma, em cada região deverá estar claramente estabelecido,
considerando-se os serviços públicos e privados contratados, quem vai fazer o que,
em que nível e em que lugar.
sus
• Preferência aos serviços não lucrativos, conforme a CF.

• Cada gestor deverá planejar primeiro o setor público e, na


seqüência, complementar a rede assistencial com o setor
privado, com os mesmos conceitos de regionalização,
hierarquização e universalização.
Leis que regulamentaram o SUS
Essas leis expressaram as conquistas contidas na Constituição

Lei 8.080/90de 19 de setembro Lei 8.142/1990de 28 de


de 1990 dezembro de 1990

Dispõe sobre as condições para a promoção, Dispõe sobre a participação da comunidade na


proteção e recuperação da saúde, a gestão do Sistema Único de Saúde(SUS) e sobre as
organização e o funcionamento dos serviços transferências intergovernamentais de recursos
correspondentes e dá outras providências financeiros na área da saúde e dá outras
providências.
Lei n° 8.080
Art. 2° A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado
prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.

Art. 3° A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre


outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente,
o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens
essenciais;
Parágrado único: Dizem respeito também à saúde as ações que [...] se
destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar
físico mental e social.
Conceito de Saúde SAÚDE
= qualidade de vida lazer
renda

moradia
trabalho
educação
transporte
alimentação
saneamento
meio ambiente
bens e serviços
Lei n° 8.080
Art. 5° Dos objetivos do SUS:

I. A identificação e divulgação dos fatores


condicionantes e determinantes da saúde;
II. A formulação de política de saúde;
III. A assistência às pessoas por intermédio de
ações de promoção, proteção e recuperação
da saúde, com a realização integrada das
ações assistenciais e das atividades
preventivas.
Lei n° 8.080
Art.6° Estão incluídas ainda no campo de atuação do SUS:

I. A execução de ações:
a) De vigilância sanitária;
b) De vigilância epidemiológica;
c) De saúde do trabalhador; e
d) De assistência terapêutica integral, inclusive farmabêutica
 Entende-se:
VIGILÂNCIA SANITÁRIA:
Um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde
e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da
produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da
saúde, abrangendo:
I – o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se
relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da
produção ao consumo;
II. O controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou
indiretamente com a saúde.
Lei n° 8.080
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:

Um conjunto de ações que proporcionam o


conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de
saúde individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle
das ações e agravos.
Lei n° 8.080
SAÚDE DO TRABALHADOR:
Um conjunto de atividades que se destina, através das ações de
vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da
saúde dos trabalhadores, assim como visa a recuperação e a reabilitação
da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das
condições de trabalho.
Lei n° 8.080
Cont. Art 6°:
I. {..}
II. A participação na formulação da política e na execução de ações de sanemanto básico;
III. A ordenação da formação de recursos humanos na área da saúde;
IV. A vigilância nutricional e orientação alimentar;
V. A colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;
VI. A formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse
para a saúde e a participação na sua produção;
VII. O controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde;
VIII. A fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas, para consumo humano;
IX. Participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e
produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
X. O incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico;
XI. A formulação e execução da política de sangue e seus derivados.
Lei n° 8.142
Art.1°
O SUS [...], contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder
Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:
I. a CONFERÊNCIA DE SAÚDE, e
II. o CONSELHO DE SAÚDE

A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada 4 anos com a representação dos


vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes
para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada
pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de
Saúde.

O Conselho de Saúde, tem caráter permanente e deliberatico, órgão


colegiado composto por representantes do Governo, Prestadores de serviço,
Profissionais de saúde e Usuários, atua na formulação de estratégias e no
controle da execução da política de saúde na instância correspondente.
Lei n° 8.142
Parágrafo 4°. A representação dos usuários nos Conslhos de Saúde e
Conferências será PARITÁRIA em relação ao conjunto dos demais
segmentos.

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