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ISABEL SOARES GALLINDO – MED16

AULA 1

INTRODUÇÃO À INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS


DE SAÚDE
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) CAPÍTULO DA SEGURIDADE SOCIAL-SAÚDE
CONCEITO
 Sistema público de saúde que garante assistência integral e gratuita  ART. 199: A Assistência Social é livre à iniciativa
para toda a população brasileira. privada.

CONSTITUIÇÃO DE 1988  ART 200: Ao SUS compete:


 Instituição do SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS), que passou a
oferecer a todo cidadão brasileiro acesso integral, universal e  Controlar e fiscalizar produtos e
gratuito a serviços de saúde. substâncias de interesse à saúde
 Executar ações de Vigilância
LEI ORGÂNICA DA SAÚDE (8080)  Recursos Humanos
 DEFINE OS PROCEDIMENTOS PARA A ORGANIZAÇÃO E  Saneamento básico
FUNCIONAMENTO DO SUS. A lei dispõe condições para a promoção,  Desenvolvimento científico e
tecnológico
proteção e recuperação da saúde e dos seus receptivos serviços.
 Meio-ambiente
LEI COMPLEMENTAR DA SAÚDE (8142) 
 É REFERENTE À PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA GESTÃO DO
SUS, participação composta pela:
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO SUS
 UNIVERSALIDADE: A saúde é um direito constitucional,
A) CONFERÊNCIA DE SAÚDE, realizada a cada 4 anos (NÍVEL ou seja, todos os cidadãos brasileiros têm direito a
NACIONAL) com representantes de vários segmentos sociais saúde, sem exceção.
para avaliar e resolver problemas referentes ao SUS
 EQUIDADE: É a ordem do atendimento de acordo com
B) CONSELHOS DE SAÚDE, órgão composto por representantes
a necessidade, um paciente mais grave seria
do governo e pessoas capacitadas (como por exemplo:
profissionais de saúde e usuários). priorizado para receber tratamento perante outro
paciente com um problema mais ameno.
 A lei também comenta sobre as TRANSIÇÕES DE RECURSOS
FINANCEIROS INTERGOVERNAMENTAIS NA ÁREA DE SAÚDE E SOBRE  INTEGRALIDADE: Todas as pessoas devem ser
OUTRAS PROVIDÊNCIAS. atendidas desde as necessidades básicas, de forma
CAPÍTULO DA SEGURIDADE SOCIAL-SAÚDE integral. É o atendimento a todos os estágios de vida
do ser humano. Focado na prevenção e reabilitação da
 ART. 196: A SAÚDE É DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO. saúde.

 ART. 197: As ações e serviços da saúde deverão ser


regulamentados, fiscalizados e controlados pelo Poder Público.
 Visa levar ao paciente: PROMOÇÃO,
PREVENÇÃO E TRATAMENTO.
 ART. 198: As ações e serviços de saúde integram uma rede
regionalizada e hierarquizada e conceituem um sistema único,
organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
DESCENTRALIZAÇÃO, ATENDIMENTO INTEGRAL E PARTICIPAÇÃO DA
COMUNIDADE.
 Grupos de médicos e outros profissionais
desenvolveram teses e integraram discussões
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS
políticas que culminaram na 8ª Conferência Nacional
 REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO: A organização dos serviços
de Saúde que resultou na CRIAÇÃO DO SUS.
dependerá da região, uma vez que há uma grande diferença entre
regiões mais tecnológicas ou não, e da quantidade de pessoas de uma VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE
localidade.  Realizada em 1986, foi um dos principais marcos que
definiram a criação do SUS.
 A conduta para o atendimento será de acordo com o nível
de complexidade, indo de atendimento básico para casos  Foi a primeira conferência aberta ao povo e em sua
leves até alta complexidade para situações graves. conclusão foi relatado a necessidade da CRIAÇÃO DE
UM SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE e ATRIBUÍRAM AO
 Os municípios são regionalizados/hierarquizados de acordo ESTADO O DEVER de garantir condições dignas de vida
com a oferta do serviço de saúde. Município que só oferta e acesso universal à saúde.
atenção básica ou básica e média etc.
 Relatório final serve de base para a constituição de
 RESOLUBILIDADE OU RESOLUTIVIDADE: O serviço só deve resolver 1988.
até o nível de sua competência. Resolve o que é da obrigação dele de
resolver. NÍVEIS DE COMPLEXIDADE NA SAÚDE
 ANTIGAMENTE a OMS definia 3 diferentes níveis de
 DESCENTRALIZAÇÃO: Promove a redistribuição de poder e de atenção à saúde: o primário, o secundário e o
responsabilidades nas 3 esferas do governo: Municipal, Estadual e terciário. A fim de estabelecer uma prioridade no
Federal. atendimento aos pacientes.

 MUNICIPALIZAÇÃO: É um passo da descentralização. Maior  ATUALMENTE é de acordo com esses 3 níveis:


responsabilidade na promoção de ações diretamente voltadas para
seus cidadãos uma vez que o município é a esfera mais próxima do 1. ATENÇÃO BÁSICA: Casos mais simples.
povo.
 EX: Trabalho desenvolvido pelas Unidades
 PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS: Participação da população através Básicas de Saúde (UBS) – PSF
dos Conselhos de Saúde (permanentes, deliberativos. e paritários) e
das Conferências de Saúde (provisórios, consultivos e paritários). 2. MÉDIA COMPLEXIDADE: Casos não tão simples. É
onde os especialistas (cardiologista, oftalmologista
 PARITÁRIOS: Metade são pessoas de um grupo e a outra etc.) começam a aparecer.
metade é de outro grupo diferente. Ambos em pé de
igualdade.  EX: Unidades de Pronto Atendimento (UPA) –
hemocentros, serviços especializados
 SETOR PRIVADO COMPLEMENTAR: Quando houver déficit do setor
público voltasse para o setor privado que terá uma posição definida 3. ALTA COMPLEXIDADE: Casos bem mais complexos e
na rede e seguirá as diretrizes do SUS. que demandam alta tecnologia.

MOVIMENTO DA REFORMA SANITÁRIA  EX: Corresponde aos grandes hospitais.


 O movimento nasceu no contexto da luta contra a ditadura na
década de 70. Foi um conjunto de ideias que visava mudanças e OBSERVAÇÃO
transformações necessárias na área de saúde e na melhora da  Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, é
condição de vida das pessoas. estabelecido no Brasil um MODELO DE PROTEÇÃO
SOCIAL EM SAÚDE CONHECIDO COMO SEGURIDADE
SOCIAL.
PACTO PELA SAÚDE PACTO PELA VIDA
 O PACTO PELA SAÚDE é um conjunto de reformas institucionais do  O PACTO PELA VIDA está constituído por um conjunto
SUS pactuado entre as três esferas de gestão (União, Estados e de compromissos sanitários, expressos em objetivos
Municípios) com o objetivo de promover inovações nos processos e de processos e resultados e derivados da análise da
instrumentos de gestão, visando alcançar maior eficiência e qualidade situação de saúde do País e das prioridades definidas
das respostas do Sistema Único de Saúde. pelos governos federal, estaduais e municipais.

 Ao mesmo tempo, o PACTO PELA SAÚDE redefine as  Significa uma AÇÃO PRIORITÁRIA NO CAMPO DA
responsabilidades de cada gestor em função das necessidades de SAÚDE QUE DEVERÁ SER EXECUTADA COM FOCO EM
saúde da população e na busca da equidade social. RESULTADOS e com a explicitação inequívoca dos
compromissos orçamentários e financeiros para o
 EIXOS: alcance desses resultados.

1. PACTO DE GESTÃO DO SUS: Responsabilidades de cada ente


 CONJUNTO DE COMPROMISSOS SANITÁRIOS COM
federativo;
DEFINIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES DE CADA UM.
2. PACTO PELA VIDA: Conjunto de compromissos sanitários
com definição das responsabilidades de  Define compromissos entre os gestores do SUS em
cada um; torno de prioridades que apresentam impactos sobre
a situação de saúde da população.
3. PACTO EM DEFESA DO SUS: Reafirmar a garantia de
 PRIORIDADES:
acesso a saúde (equidade/universalidade).

1. SAÚDE DO IDOSO: Implantar a política nacional da pessoa


idosa buscando a atenção integral.

2. CONTROLE DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE


MAMA: Contribuir para a redação da mortalidade por
câncer de colo do útero e de mama.

3. REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA:


Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil
por doença diarreia e por pneumonias

PACTO PELA GESTÃO 4.FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE RESPOSTA ÀS


 O PACTO DE GESTÃO estabelece as responsabilidades claras de DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS (ÊNFASE NA
cada ente federado de forma a diminuir as competências DENGUE, HANSENÍASE, TUBERCULOSE, MALÁRIA E
concorrentes e a tornar mais claro quem deve fazer o quê, INFLUENZA): Fortalecer a capacidade de resposta de
contribuindo, assim, para o fortalecimento da gestão compartilhada e saúde às doenças emergentes e endemias. Ou seja,
solidária do SUS. Controle de doenças endêmicas

 DEFINIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES DE CADA ENTE FEDERATIVO. 5. PROMOÇÃO DA SAÚDE, COM ÊNFASE NA ATIVIDADE
FÍSICA REGULAR E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: A
DIRETRIZES DO PACTO PELA GESTÃO população é consumidora de fast-food (obesidade,
pressão alta), assim, urge a necessidade de promover
Descentralização, regionalização, financiamento, planejamento, outros tipos de alimentos mais saudáveis.
programação pactuada integrada (PPI), regulação da atenção à
saúde e assistencial, participação e controle social, gestão do
trabalho e educação em saúde.
6. FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE: Consolidar e  A estratégia do PSF foi iniciada em junho de 1991,
qualificar a estratégia da Saúde da família como modelo de atenção com a implantação do Programa de Agentes
básica à saúde e como centro ordenador das redes de atenção à comunitários de Saúde (PACS).
saúde do SUS.
7. SAÚDE DO HOMEM;  Em janeiro de 1994, foram formadas as primeiras
8. SAÚDE DO TRABALHADOR; equipes de Saúde da Família, incorporando e ampliando
9. SAÚDE MENTAL; a atuação dos agentes comunitários.
10 FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE RESPOSTA DO SISTEMA
DE SAÚDE ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA; EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
11. ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS EM SITUAÇÃO OU RISCO DE  Um ponto importante é o estabelecimento de uma
VIOLÊNCIA. EQUIPE MULTIPROFISSIONAL (equipe de Saúde da
Família – eSF) COMPOSTA POR, NO MÍNIMO:
PACTO EM DEFESA DO SUS
 O PACTO EM DEFESA DO SUS envolve ações concretas e  (I) MÉDICO GENERALISTA, ou especialista em
articuladas pelas três instâncias federativas no sentido de reforçar Saúde da Família, ou médico de Família e
o SUS como política de Estado mais do que política de governos; e de Comunidade; (I) ENFERMEIRO GENERALISTA ou
defender, vigorosamente, os princípios basilares dessa política especialista em Saúde da Família; (I) AUXILIAR
pública, inscritos na Constituição Federal. OU TÉCNICO DE ENFERMAGEM; e (6 a 12)
AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE.
 REAFIRMAÇÃO: Sistema público que garanta a equidade e o acesso
universal  Podem ser acrescentados a essa composição
os PROFISSIONAIS DE SAÚDE BUCAL:
 OBJETIVOS: CIRURGIÃO-DENTISTA GENERALISTA ou
 Implementar um projeto permanente de mobilização social; especialista em Saúde da Família, AUXILIAR
 Elaborar e divulgar a Carta dos Usuários do SUS. E/OU TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL.

EXTRA - PORTARIA Nº 399, DE 22 DE FEVEREIRO DE  Referência: https://aps.saude.gov.br/ape/esf/


2006 (PACTOS PELA SAÚDE)
 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt0399_
 OBSERVAÇÃO: Cada equipe multidisciplinar é
22_02_2006.html
responsável por um território/área (dividido pelo
município), que pode ter de 2 mil a 4 mil pessoas.
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
CONCEITO  MICROÁREA: Corresponde ao espaço geográfico
 A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à REORGANIZAÇÃO DA delimitado onde residem até 750 pessoas (máximo) e
ATENÇÃO BÁSICA NO PAÍS, DE ACORDO COM OS PRECEITOS DO que corresponde à área de atuação de um único
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE, e é tida pelo Ministério da Saúde e Agente Comunitário de Saúde (ACS).
gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão,
PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF)
qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma
 Cada equipe é capacitada para:
reorientação do processo de trabalho com maior potencial de
aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção
 Conhecer a realidade das famílias pelas quais
básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde
é responsável, por meio de cadastramento
das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante
e diagnóstico de suas características sociais,
relação custo-efetividade.
demográficas e epidemiológicas;
COMO SURGIU?
 Baseado nos modelos de medicina comunitária, de Cuba e do Canadá.  Identificar os principais problemas de saúde
e situações de risco aos quais a população
que ela atende está exposta.
 É a porta de entrada do SUS. III – REALIZAR ATIVIDADES DE DEMANDA ESPONTÂNEA
 É uma ESTRATÉGIA QUE PRIORIZA AS AÇÕES DE PROMOÇÃO, E PROGRAMADA em clínica médica, pediatria, gineco-
PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE. obstetrícia, cirurgias ambulatoriais, pequenas
 Do recém-nascido ao idoso, sadios ou doentes, de forma integral e urgências clínico-cirúrgicas E PROCEDIMENTOS PARA
contínua. FINS DE DIAGNÓSTICOS;

OBJETIVOS DO PSF IV – ENCAMINHAR, QUANDO NECESSÁRIO, USUÁRIOS A


 Reorganização da prática assistencial em novas bases e critérios; SERVIÇOS DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE,
 Substituição do modelo de assistência por atenção; respeitando fluxos de referência e contrarreferência
 Centrada na família, compreendendo seu ambiente físico e social. locais, mantendo sua responsabilidade pelo
acompanhamento do plano terapêutico do usuário,
ENTENDENDO O PSF proposto pela referência;
 O PSF INCORPORA OS PRINCÍPIOS DO SUS: Universalização,
descentralização, integridade e participação da comunidade.
V – INDICAR A NECESSIDADE DE INTERNAÇÃO
HOSPITALAR OU DOMICILIAR, mantendo a
 USF: Uma unidade de saúde, com equipe multiprofissional que responsabilização pelo acompanhamento do usuário;
assume a responsabilidade por uma determinada população.
VI – CONTRIBUIR E PARTICIPAR DAS ATIVIDADES DE
 CRIAÇÃO DE VÍNCULOS DE CO-RESPONSABILIDADE, O QUE EDUCAÇÃO PERMANENTE DOS ACS, AUXILIARES DE
FACILITA A IDENTIFICAÇÃO E O ATENDIMENTO AOS PROBLEMAS DE ENFERMAGEM, ACD E THD;
SAÚDE DA COMUNIDADE.
VII – PARTICIPAR DO GERENCIAMENTO DOS INSUMOS
PRINCÍPIOS DO PSF
 DOUTRINÁRIOS: NECESSÁRIOS PARA O ADEQUADO FUNCIONAMENTO
 Universalidade DA USF.
 Integridade
AGENTE COMUNITÁRIO DA SAÚDE
 Equidade  O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é um dos
 PRÁTICAS: profissionais que compõem a equipe multiprofissional
 Acessibilidade nos serviços de atenção básica à saúde e é o
 Vínculo profissional que realiza a integração dos serviços de
 Humanização saúde da atenção básica com a comunidade.
 Participação Social
 São pessoas da comunidade já adaptados à realidade
OBRIGAÇÕES DO MÉDICO NA EQUIPE SAÚDE DA FAMÍLIA
 O MÉDICO DEVE: cultural do local que realizam visitas domiciliares
periodicamente, orientando as famílias quanto ao
I – REALIZAR ASSISTÊNCIA INTEGRAL (promoção e proteção da encaminhamento e ao agendamento de consultas.
saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento,
reabilitação e manutenção da saúde) AOS INDIVÍDUOS E FAMÍLIAS  Identificam os indivíduos em situação de
EM TODAS AS FASES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO: infância, risco e promovem a educação e mobilização
adolescência, idade adulta e terceira idade; comunitária.
 O centro de interesse é a POPULAÇÃO. O
II – REALIZAR CONSULTAS CLÍNICAS E PROCEDIMENTOS NA USF e, PSF trouxe a importância do vínculo com a
QUANDO INDICADO OU NECESSÁRIO, NO DOMICÍLIO E/OU NOS comunidade em que a equipe trabalha.
DEMAIS ESPAÇOS COMUNITÁRIOS (escolas, associações etc.);
DIFICULDADES
 Implantação em grandes municípios
 Fatores territoriais/geográficos
 Perfil dos profissionais/especialistas
ISABEL SOARES GALLINDO – MED16
AULA 2

DECRETO 7.508, DE 28/06/2011


INTRODUÇÃO  Cada município tem que dar prioridade pra sua região e só
CONCEITO pode aceitar de fora dela se tiver capacidade para atender
 REGULAMENTA A LEI Nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, a todos.
PARA DISPOR SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE
 O objetivo do COAP é a organização e a
SAÚDE - SUS, O PLANEJAMENTO DA SAÚDE, A ASSISTÊNCIA À
integração das ações e serviços de saúde.
SAÚDE E A ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
 É RESPONSABILIDADE DAS COMISSÕES
CAPÍTULO 1: DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES INTERGESTORAS, compostas pelos conselhos
 REGIÃO DE SAÚDE: É o espaço geográfico contínuo constituído por estaduais e municipais (bi).
agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de
identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação  PORTAS DE ENTRADA: São serviços de atendimento
e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de inicial à saúde do usuário no SUS; Pode ser PSF, pode
integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e ser UPA, hospital, depende da demanda.
serviços de saúde.
 COMISSÕES INTERGESTORES: Instâncias de pactuação
 Dentro das regiões de saúde precisam ter certos sistemas consensual entre os entes federativos para a
de saúde. definição das regras da gestão compartilhada do SUS.
AS COMISSÕES INTERGESTORAS PACTUARÃO A
 OBJETIVOS DAS REGIÕES DE SAÚDE: Acesso resolutivo, ORGANIZAÇÃO E O FUNCIONAMENTO DAS AÇÕES E
descentralização (responsabilidade compartilhada) e redução SERVIÇOS OFERTADOS PELO SUS.
das desigualdades regionais.
 BIPARTITE: Município e Estado se reúnem para
 CONTRATO ORGANIZATIVO DA AÇÃO PÚBLICA DA SAÚDE (COAP): É fazer o contrato.
um acordo de colaboração firmado entre entes federativos com a  TRIPARTITE: Município, Estado e União –
finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na assunto de interesse nacional.
rede regionalizada e hierarquizada, com definição de
responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de
avaliação de desempenho, recursos financeiros que serão
disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua execução e
demais elementos necessários à implementação integrada das ações
e serviços de saúde;
 Por exemplo: O PSF (porta de entrada)
 É O QUE UM MUNICÍPIO PODE OFERTAR AO OUTRO solicita a marcação de uma consulta, os
MUNICÍPIO. municípios que fazem parte da mesma
região de saúde informam os serviços
 CONTRATO ORGANIZACIONAL: Quando a pessoa precisa de disponíveis, os quais vão ser cadastrados na
uma atenção de média ou alta complexidade e na sua região central de regulação de marcação de
não tem, esse contrato facilita para a atenção básica consultas e após o cruzamento de dados, a
saber para onde ser encaminhar a pessoa. consulta será marcada.
 FUNÇÕES: CAPÍTULO 2: DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
1. Pactuar aspectos operacionais, financeiros e  Neste capítulo propõe-se a regulamentação da Lei nº
administrativos do SUS; 8.080/90 NAQUILO QUE DIZ RESPEITO ÀS REDES
2. Determinar limites geográficos, referências e REGIONALIZADAS E HIERARQUIZADAS DOS SUS.
contrarreferências;
3. Organização das redes de atenção; A regionalização e a hierarquização do SUS são
4. Responsabilização; características da rede de ações e serviços públicos
5. Integralidade da assistência. de saúde previstas no art. 198 da CF e a Lei º
8.080/90 trata dela em diversos de seus dispositivos
 MAPA DA SAÚDE: É a descrição geográfica da distribuição de
recursos humanos e das ações e serviços de saúde ofertados pelo  REGIONALIZAÇÃO: Diminui as desigualdades entre os
SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a capacidade instalada municípios do estado. União de vários municípios que se
existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos articulam, além disso, em cada região deve-se haver
indicadores de saúde do sistema; certos serviços básicos.

 OFERTA ENTRE OS MUNICÍPIOS DE RECURSOS HUMANOS E  Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no
FINANCEIROS. mínimo, ações e serviços de:

 DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS HUMANOS: Pessoas saindo de 1. Atenção primária;


seu município para serem atendidos em municípios vizinhos. 2. Urgência e emergência;
E isso, consequentemente, implica em direcionamento de 3. Atenção psicossocial;
recursos financeiros. Se atendeu 10 pessoas, espera-se 4. Atenção ambulatorial especializada e hospitalar;
receber somente por isso. 5. Vigilância em saúde.

 Além de saber para onde as pessoas vão, sabe-se quem  São PORTAS DE ENTRADA às ações e aos serviços de
vai receber por isso e quanto. saúde nas REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE os serviços:

 REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE: É o conjunto de ações e serviços de 1. De atenção primária;


saúde articulados em níveis de complexidade crescente, com a 2. De atenção de urgência e emergência;
finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde; 3. De atenção psicossocial;

 SERVIÇOS ESPECIAIS DE ACESSO ABERTO: É o serviço de saúde  O acesso universal e igualitário às ações e aos
específico para o atendimento da pessoa que, em razão do agravo serviços de saúde será ordenado pela atenção
ou de situação laboral, necessita de atendimento especial. primária e deve ser fundado na avaliação da
gravidade do risco individual e coletivo e no critério
 PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZ TERAPÊUTICA: É o documento que cronológico, observadas as especificidades previstas
estabelece: critérios para o diagnóstico da doença e do agravo à para pessoas com proteção especial, conforme
saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais legislação vigente.
produtos apropriados quando couber; as posologias recomendadas; os
medicamentos de controle clínico; e o acompanhamento e a  Ao usuário será ASSEGURADA A CONTINUIDADE DO
verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos CUIDADO EM SAÚDE, EM TODAS AS SUAS
gestores do SUS MODALIDADES, NOS SERVIÇOS, HOSPITAIS E EM
OUTRAS UNIDADES INTEGRANTES DA REDE DE
 EXEMPLO: Independente da região sempre existiram ATENÇÃO DA RESPECTIVA REGIÃO.
padrões de conduta terapêutica (protocolos) para tratar
doenças como tuberculose, raiva, hanseníase, transplante
de fígado etc.
 Para assegurar ao usuário o acesso universal, igualitário e ordenado PLANEJA SUS:
às ações e serviços de saúde do SUS, caberá aos entes federativos,  PLANO DE SAÚDE: É o instrumento elaborado no
além de outras atribuições que venham a ser pactuadas PELAS período de 4 anos contendo os objetivos, diretrizes e
COMISSÕES INTERGESTORES: metas da saúde.

I. Garantir a transparência, a integralidade e a equidade no PLANEJA SUS


acesso às ações e aos serviços de saúde;
Instrumento que apresenta as intenções e os
II. Orientar e ordenar os fluxos das ações e dos serviços de
resultados a serem buscados no período de quatro
saúde;
anos, os quais são expressos em objetivos, diretrizes
III. Monitorar o acesso às ações e aos serviços de saúde; e
e metas. É a definição das políticas de saúde numa
IV. Ofertar regionalmente as ações e os serviços de saúde.
determinada esfera de gestão. É a base para a
 REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS) são arranjos organizativos execução, o acompanhamento, a avaliação e a
de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades gestão do sistema de saúde.
tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio
técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do
cuidado.  PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE: Operacionalização
das ações contidas no plano de saúde.

PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE

É o instrumento que operacionaliza as intenções


expressas no Plano de Saúde. Nela são detalhadas as
ações, as metas e os recursos financeiros que
operacionalizam o respectivo Plano, assim como
apresentados os indicadores para a avaliação (a
partir dos objetivos, das diretrizes e das metas do
Plano de Saúde).

 Exemplo: Coloco um hospital de campanha e


 AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE TÊM UMA ORGANIZAÇÃO pontuo o objetivo que quero com ele, por
POLIÁRQUICA (um serviço que completa o outro), diferente de um exemplo, diminuir os casos de Covid. É
sistema com uma organização hierarquizada. operacional.

OBJETIVOS DAS REGIÕES DE SAÚDE  RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO: Instrumento que


 Acesso resolutivo; apresenta os resultados alcançados com as ações.
 Responsabilização compartilhada;
 Redução das desigualdades locais e regionais. RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO

É o instrumento que apresenta os resultados


CAPÍTULO 3: DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE alcançados, apurados com base no conjunto de
PLANEJAMENTO DE SAÚDE indicadores, que foram indicados na Programação
 Obrigatório para os entes públicos e indutor de políticas para a para acompanhar o cumprimento das metas nela
iniciativa privada, ORIENTADO PELAS DIRETRIZES NACIONAIS fixadas.
ESTABELECIDAS PELO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE, deve, em
âmbito estadual, ser realizado de maneira regionalizada, em razão da  Exemplo: Avalio se houve a diminuição desses
gestão compartilhada do sistema, a partir das necessidades dos casos de Covid.
municípios, considerando o estabelecimento de metas de saúde
 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL NA SAÚDE: É uma SEÇÃO II - DA RELAÇÃO NACIONAL DE
ferramenta importante para garantir a sustentabilidade das MEDICAMENTOS ESSENCIAIS (RENAME)
empresas. Inicialmente, é feito um levantamento dos pontos fortes e  RENAME: A RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS
fracos da empresa e depois são elaboradas as atividades, conforme ESSENCIAIS compreende a seleção e a padronização
a necessidade e a urgência. de medicamentos ofertados pelo SUS.

 MOMENTOS DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO: Art. 25. A RENAME compreende a seleção e a


padronização de medicamentos indicados para
atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do
1. EXPLICATIVO: Identificar o problema. SUS.

EXPLICATIVO
CAPÍTULO 5: DA ARTICULAÇÃO
Identificação e descrição dos problemas de acordo com dados INTERFEDERATIVA
objetivos, mas levando também em conta a percepção dos atores SEÇÃO I – DAS COMISSÕES INTERGESTORES
sobre os problemas analisados.  Art. 32. AS COMISSÕES INTERGESTORES PACTUARÃO:

2. NORMATIVO: Formular a solução. 1. ASPECTOS OPERACIONAIS, FINANCEIROS E


ADMINISTRATIVOS da gestão compartilhada do
NORMATIVO sus, de acordo com a definição da política de
Depois de entender a situação, nesse momento deve-se saúde dos entes federativos, consubstanciada
considerar como será a nova realidade e como alterá-la. São nos seus planos de saúde, aprovados pelos
formuladas as soluções para o enfrentamento do problema. respectivos conselhos de saúde;

3. ESTRATÉGICO: Viabilidade das soluções. 2. DIRETRIZES GERAIS SOBRE REGIÕES DE SAÚDE,


integração de limites geográficos, referência e
ESTRATÉGICO
contrarreferência e demais aspectos vinculados
Análise dos recursos necessários sejam eles econômicos, à integração das ações e serviços de saúde
administrativos ou políticos, a partir da qual deve-se intervir entre os entes federativos;
para se alcançar os resultados esperados. Formulação de
estratégia para alcançar os resultados 3. DIRETRIZES DE ÂMBITO NACIONAL, ESTADUAL,
REGIONAL E INTERESTADUAL, a respeito da
4. TÁTICO-OPERACIONAL: Executar as ações. ORGANIZAÇÃO DAS REDES DE ATENÇÃO À
SAÚDE, principalmente no tocante à gestão
TÁTICO-OPERACIONAL institucional e à integração das ações e serviços
É o momento da execução do plano. dos entes federativos;

CAPÍTULO 4: DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE 4. RESPONSABILIDADES DOS ENTES FEDERATIVOS


 Neste capítulo, o Decreto estabelece NORMAS OPERACIONAIS NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE, de acordo
PARA A EXECUÇÃO de uma diretriz fundamental da Lei: a com o seu porte demográfico e seu
INTEGRALIDADE DA ASSISTÊNCIA. desenvolvimento econômico-financeiro,
estabelecendo as responsabilidades individuais e
SEÇÃO I: DA RELAÇÃO NACIONAL DE AÇÕES E SERVIÇOS
as solidárias;
DE SAÚDE (RENASES)
 RENASES: A RELAÇÃO NACIONAL DE AÇÕES E SERVIÇOS DE
5. REFERÊNCIAS DAS REGIÕES INTRAESTADUAIS E
SAÚDE compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece.
INTERESTADUAIS DE ATENÇÃO À SAÚDE para o
Art. 21. A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - ATENDIMENTO DA INTEGRALIDADE DA
RENASES compreende todas as ações e serviços que o SUS ASSISTÊNCIA.
oferece ao usuário para atendimento da integralidade da
assistência à saúde
SEÇÃO II – DO CONTRATO ORGANIZATIVO DA AÇÃO 9. RECURSOS FINANCEIROS QUE SERÃO
PÚBLICA DA SAÚDE DISPONIBILIZADOS POR CADA UM DOS PARTÍCIPES
 RESPONSABILIDADE DOS MUNICÍPIOS DE FORMA CLARA. PARA SUA EXECUÇÃO.

 Art. 33. O ACORDO DE COLABORAÇÃO ENTRE OS ENTES


CAPÍTULO 6: DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
 Art. 42. Sem prejuízo das outras providências legais,
FEDERATIVOS para a organização da rede interfederativa de atenção
o Ministério da Saúde informará aos órgãos de
à saúde será firmado por meio de CONTRATO ORGANIZATIVO DA
controle interno e externo:
AÇÃO PÚBLICA DA SAÚDE (COAP).

1. RESPONSABILIDADES NA PRESTAÇÃO DE AÇÕES


 Art. 34. O OBJETO DO CONTRATO ORGANIZATIVO DE AÇÃO
E SERVIÇOS DE SAÚDE e de outras obrigações
PÚBLICA DA SAÚDE é a ORGANIZAÇÃO E A INTEGRAÇÃO DAS AÇÕES
previstas neste Decreto;
E DOS SERVIÇOS DE SAÚDE, sob a responsabilidade dos entes
federativos em uma Região de Saúde, COM A FINALIDADE DE
2. A NÃO APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO DE
GARANTIR A INTEGRALIDADE DA ASSISTÊNCIA AOS USUÁRIOS.
GESTÃO a que se refere o inciso IV do art. 4º da
Lei nº 8.142, de 1990;
 Dentro do contrato tem-se: A explicitação do serviço
ofertado, como será ofertado, a transferência de recursos
3. A NÃO APLICAÇÃO, MALVERSAÇÃO OU DESVIO
para ele e a sua avaliação final.
DE RECURSOS FINANCEIROS; e

 Art. 36. O CONTRATO ORGANIZATIVO DA AÇÃO PÚBLICA DE


SAÚDE (COAP) conterá as seguintes DISPOSIÇÕES ESSENCIAIS:
4. OUTROS ATOS DE NATUREZA ILÍCITA de que
tiver conhecimento.
1. IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DE SAÚDE LOCAIS E
REGIONAIS;
 Referência:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2. OFERTA DE AÇÕES E SERVIÇOS de vigilância em saúde,
2014/2011/decreto/d7508.htm
promoção, proteção e recuperação da saúde em âmbito regional
e interregional;

3. RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS PELOS ENTES FEDERATIVOS


PERANTE A POPULAÇÃO NO PROCESSO DE REGIONALIZAÇÃO;

4. INDICADORES E METAS DE SAÚDE;

5. ESTRATÉGIAS PARA A MELHORIA DAS AÇÕES E SERVIÇOS DE


SAÚDE;

6. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E FORMA DE


MONITORAMENTO PERMANENTE;

7. ADEQUAÇÃO DAS AÇÕES E DOS SERVIÇOS DOS ENTES


FEDERATIVOS;

8. INVESTIMENTOS NA REDE DE SERVIÇOS E AS RESPECTIVAS


RESPONSABILIDADES; e
ISABEL SOARES GALLINDO – MED16
AULA 3

MODELOS DE ATENÇÃO E NOÇÕES DE


VIGILÂNCIA EM SAÚDE
MODELOS DE SAÚDE MODELOS ALTERNATIVOS – VIGILÂNCIA
 CONCEITO: É a forma como se CONCEBEM, ORGANIZAM E  Visam a INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO e ao IMPACTO
CONCRETIZAM AS AÇÕES DE SAÚDE, segundo um determinado SOBRE OS PROBLEMAS DE SAÚDE;
contexto histórico, em determinado local e com determinado conceito
de saúde.  Buscam concretizar os princípios e diretrizes do SUS;
 Requerem mudanças na organização e funcionamento
das instituições;

 OFERTA ORGANIZADA em relação aos principais


agravos e grupos populacionais prioritários;

VIGILÂNCIA SANITÁRIA
 CAMPO DE ATUAÇÃO COMPLEXO;

 INTERDISCIPLINAR;
MODELO CAMPANHISTA OU SANITARISTA
 Início do séc. XX;
 BASEADO EM CAMPANHAS SANITÁRIAS E PROGRAMAS ESPECIAIS  ATUA SOBRE FATORES DE RISCO associados a
(Tuberculose, Hanseníase, Imunização etc.); produtos, insumos e serviços relacionados com a
saúde, com o ambiente e o ambiente de trabalho, com
 CARÁTER TEMPORÁRIO, mobilizam vários recursos e a
a circulação internacional de transportes, cargas e
ADMINISTRAÇÃO É CENTRALIZADA E VERTICALIZADA;
pessoas.
 “Operação militar”;
 Trabalho do tipo “apagar incêndio.”
CONCEITO: Até 1988, o Ministério da Saúde
MODELO MÉDICO – ASSISTENCIAL PRIVATISTA definia a Vigilância sanitária como “um conjunto
 Início na segunda metade do séc. XX; de medidas que visam elaborar, controlar a
 Fortalecido: EXPANSÃO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E CAPITALIZAÇÃO aplicação e fiscalizar o cumprimento de normas
DA MEDICINA; Surgimento dos planos de saúde (Era Vargas). e padrões de interesse sanitário relativo a
portos, aeroportos e fronteiras, medicamentos,
 Voltado para “DEMANDA ESPONTÂNEA”;
cosméticos, alimentos e bens, respeitada a
legislação pertinente, bem como o exercício
 É A PRESSÃO ESPONTÂNEA E DESORDENADA DA
profissional relacionado coma saúde.”
DEMANDA QUE CONDICIONA A ORGANIZAÇÃO
DOS RECURSOS PARA A OFERTA.
 PODER DE POLÍCIA: AÇÃO QUE RESTRINGE E
CONDICIONA AS ATIVIDADES particulares, individuais,
 REFORÇA A ATITUDE DOS INDIVÍDUOS que só procurarem os
em nome da proteção do interesse coletivo/social.
serviços quando se sentirem doentes;
 CUSTOS ALTOS;
 O ESTADO PODE PUNIR QUEM DESRESPEITA AS
 OFERTA QUE DETERMINA O CONSUMO DE SERVIÇOS MÉDICOS;
NORMAS DETERMINADAS PELA VIGILÂNCIA.
 PREDOMINANTEMENTE CURATIVO.
 A SUA INSERÇÃO NAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO
ÁREA DE BRASIL É RECENTE e se deu através dos seguintes
ALTA E MÉDIA COMPLEXIDADE instrumentos legais: Constituição de 1988 e Lei
ATUAÇÃO DA
E ATENÇÃO BÁSICA
VIGILÂNCIA 8080/90 do SUS.

Baseia-se no conceito ampliado de Saúde:


 A vigilância sanitária não tem o poder de levar pessoas sob custódia “Saúde tem como fatores determinantes e
(presas), mas pode fechar estabelecimentos que se encontram fora condicionantes, entre outros, a alimentação, a
das diretrizes propostas por ela. moradia, o saneamento básico, o meio
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o
 SANITÁRIA, EM NOME DA PROTEÇÃO DA SAÚDE DA POPULAÇÃO. transporte, o lazer e o acesso aos bens e
serviços essenciais.”
VIGILÂNCIA AMBIENTAL
 CONCEITO: A Vigilância Ambiental tem por finalidade PROMOVER O  A crise ambiental global levanta a discussão das
CONHECIMENTO, A DETECÇÃO E A PREVENÇÃO DE MUDANÇAS NOS relações que entre sociedade e ambiente e o
FATORES DETERMINANTES E CONDICIONANTES DO MEIO AMBIENTE reconhecimento de sua complexidade.
QUE INTERFEREM NA SAÚDE HUMANA, competindo-lhe as ações de
vigilância, prevenção e controle das zoonoses e doenças transmitidas VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
por vetores, dos acidentes por animais peçonhentos e venenosos,  VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: É um conjunto de ações
bem como a vigilância das populações humanas expostas aos fatores que proporciona o conhecimento, a detecção ou
de risco ambientais não biológicos. prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou
Artigo 225 da Constituição Federal: “Todos tem direito ao coletiva, com a finalidade de reconhecer e adotar as
Meio Ambiente ecologicamente equilibrado, de uso comum e medidas de prevenção e controle de doenças ou
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao setor agravos.
público e à coletividade o poder de difundi-lo e preservá-lo
para as gerações futuras”.  Descentralização das responsabilidades;
 Integralidade da prestação dos serviços;
 A vigilância ambiental divide-se em duas subáreas:
 O propósito da vigilância epidemiológica é o controle de
A) VIGILÂNCIA E CONTROLE DE FATORES DE RISCO BIOLÓGICOS: Tem doenças e agravas.
como FINALIDADE a VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DE
DOENÇAS E AGRAVOS relacionados a vetores, hospedeiros, PROPÓSITO: Fornecer orientação técnica para
reservatórios, portadores ou casos suspeitos, além dos acidentes os gestores, auxiliando na execução de ações
com animais peçonhentos e venenosos. CONTROLE DE ZOONOSES. de controle de doenças e agravos, através da
disponibilidade de informações atualizadas
B) VIGILÂNCIA DOS FATORES DE RISCO NÃO BIOLÓGICOS: Trata de sobre a ocorrência dessas doenças, bem
COORDENAR AS ATIVIDADES DE VIGILÂNCIA em saúde ambiental como os fatores que as condicionam, numa
relacionada aos contaminantes ambientais na água, no ar e no área geográfica ou população definida.
solo, bem como dos riscos decorrentes dos desastres naturais ,
acidentes com produtos perigosos, e outros eventos capazes de
causar doenças e agravos à saúde humana. NOTIFICAÇÃO
 CONCEITO: A notificação é a comunicação da
 ESSA DIVISÃO NÃO SIGNIFICA DISSOCIAÇÃO ENTRE AS ÁREAS. É ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde,
importante a interpretação de ambas. feita por profissionais de saúde ou qualquer cidadão à
autoridade sanitária, para fins de adoção de medidas
de intervenção.
 TIPOS DE NOTIFICAÇÃO:

1. COMPULSÓRIA: Obrigatória. Causam alto impacto, alto custo e


alta transmissibilidade. Acontece na alta, média e baixa
complexidade.

2. SIMPLES: Não tem obrigatoriedade.

 HOSPITAL SENTINELA: São hospitais que recebem muito fluxo de


pacientes, portanto a quantidade de doenças de notificação
compulsória é bem grande

VIGILÂNCIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR


 Relação entre o trabalhador e o processo saúde-doença.

 VIGILÂNCIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR: É um conjunto de


atividades que se destina, através de ações de vigilância
epidemiológica e sanitária, à promoção e proteção da saúde dos
trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde
dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das
condições de trabalho.

 As ações de saúde devem pautar-se na identificação de riscos,


danos, necessidades, condições de vida e de trabalho.

 A vigilância da saúde do trabalhador enquadra todos os acidentes


que ocorrem no exercício da atividade laboral, ou no percurso de
casa para o trabalho e vice-versa, podendo o trabalhador estar
inserido tanto no mercado formal como informal de trabalho..

 DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO:

 AGENTES FÍSICOS: Ruído, vibração, calor..


 AGENTES QUÍMICOS: Substâncias químicas tóxicas, fumo,
névoa..
 AGENTES BIOLÓGICOS: Bactérias, vírus, fungos.. .
 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO: Divisão do trabalho, ritmo
acelerado, esforço físico intenso..
ISABEL SOARES GALLINDO – MED16
AULA 4

AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE


INTRODUÇÃO  DESEMPENHO TÉCNICO: Aplicação do conhecimento e
 AVALIAR É FIXAR UM VALOR DE UMA COISA, mediante o qual se da tecnologia médica de modo a maximizar os
compara aquilo que deve ser avaliado com um determinado critério ou benefícios e minimizar os riscos, de acordo com as
padrão. preferências de cada paciente. Além de conhecer a
estrutura do serviço, conhecer os profissionais, ver
 AVALIAÇÃO É UM PROCESSO DE REFLEXÃO E VALOR CRÍTICO, que se está tudo de acordo com os princípios do SUS.
se refere a momentos e fatores que intervêm no desenvolvimento
de um programa, com fim de determinar quais podem ser, estão  RELACIONAMENTO PESSOAL COM O PACIENTE, de
sendo ou tem sido seus efeitos, resultados ou conquistas. modo a satisfazer os preceitos éticos, as normas
sociais e as legítimas expectativas e necessidades dos
 O resultado da avaliação de serviços de SAÚDE INFLUENCIA NA pacientes.
TRANSFERÊNCIA DOS RECURSOS FINANCEIROS determinados pelo
PREVINE BRASIL (atual política de financiamento do SUS).  DESEMPENHO TÉCNICO está relacionado com a
ESTRUTURA E O PROCESSO de trabalho enquanto o
 OBJETIVO GERAL: INSTRUMENTALIZAR O SUS E OS SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O PACIENTE está relacionado
SAÚDE para a TOMADA DE DECISÃO, MELHORIA DA QUALIDADE DA com os RESULTADOS.
ATENÇÃO À SAÚDE E REDUÇÃO DE RISCOS E EVENTOS ADVERSOS
ASSOCIADOS A ASSISTÊNCIA À SAÚDE.

DIMENSÕES AVALIATIVAS (DONABEDIAN)


 Para Donabedian (1980), uma definição para qualidade deveria se
iniciar a partir de três dimensões: A ESTRUTURA, O PROCESSO E O
RESULTADO.

AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA
 Características dos recursos que se empregam na
atenção à saúde.

 COMPONENTES:

 Organização administrativa da atenção médica;


 Descrição das características das instalações;
 Fundamentalmente em relação à sua
adequação com as normas vigentes;

AVALIAÇÃO DO PROCESSO
 REFERÊNCIA:
 Descreve as atividades do serviço de atenção à saúde
https://producaoonline.org.br/rpo/article/download/405/721/0#:
~:text=Para%20Donabedian%20(1980)%2C%20uma,necess%C3%A
1rios%20para%20a%20assist%C3%AAncia%20m%C3%A9dica.
 ANÁLISE da COMPETÊNCIA MÉDICA no tratamento dos problemas CERTIFICAÇÃO ISO 9000
de saúde, isto é, o que é feito para o paciente com respeito à sua  A ISO (International Organization for Standardization ou
doença ou complicação particular; Organização Internacional para Padronização) é
atualmente O MAIS IMPORTANTE INSTITUTO DE
AVALIAÇÃO DO RESULTADO PADRONIZAÇÃO, presente em mais de 185 países.
 Descreve o estado de saúde do indivíduo ou da população como  NO BRASIL, A ISO É REPRESENTADA PELA ABNT
resultado da interação ou não com os serviços de saúde;
 Ao falarmos de ISO, estamos nos referindo a um
 FORTALECIMENTO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA PADRÃO DE GESTÃO DE QUALIDADE GLOBALMENTE
TOMADA DE DECISÃO. UTILIZADO PARA PADRONIZAR E MELHORAR O
ATENDIMENTO AO CLIENTE.
 ESTÍMULO À MELHORIA CONTÍNUA DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS
DE SAÚDE por meio da disseminação de conhecimento e experiências  No caso da área da saúde, a norma conquistada atesta
exitosas e política de qualidade em serviços de saúde. que o hospital otimiza processos internos focando os
QUALIDADE resultados na satisfação de seus pacientes, além de
 Qualidade: É UM FENÔMENO CONTINUADO DE APRIMORAMENTO, INDICAR CREDIBILIDADE E EXCELÊNCIA nos
que estabelece progressivamente os padrões, resultados dos procedimentos adotados pela instituição.
estudos de séries históricas.
ACREDITAÇÃO
 ACREDITAÇÃO É O PROCESSO PELO QUAL UMA
 O impacto da qualidade no serviço de saúde vai além do cuidado ao INSTITUIÇÃO OU ÓRGÃO COMPETENTE ATESTA A
paciente, incluindo também a família e a sociedade. COMPETÊNCIA TÉCNICA DE UMA EMPRESA PARA
PRESTAR UM SERVIÇO OU FORNECER UM PRODUTO.
CERTIFICAÇÃO
 A CERTIFICAÇÃO É UM ATESTADO EMITIDO POR UM ÓRGÃO
IMPARCIAL APÓS UM PROCESSO DE AVALIAÇÃO.  Acreditação é o procedimento de avaliação dos
recursos institucionais, voluntário, periódico, reservado
 É um processo em que se avalia se uma empresa, produto, serviço e sigiloso, que tende a garantir a qualidade da
ou processo está conforme aos requisitos que se dispôs a entender. assistência através de padrões previamente aceitos.

 Ele assegura que determinado produto ou serviço da organização  ACREDITAÇÃO NÃO É SINÔNIMO DE CERTIFICAÇÃO.
em questão atende aos requisitos estabelecidos.
 Em uma ACREDITAÇÃO HOSPITALAR ocorre o
 As certificações TÊM CONDIÇÕES GENÉRICAS E SÃO APLICÁVEIS A ENVOLVIMENTO DE COMUNIDADES TÉCNICA,
QUALQUER TIPO DE INSTITUIÇÃO. O desígnio desse parecer é definido CIENTÍFICA E/OU CLÍNICA.
pela empresa.
 O FOCO É MAIS TÉCNICO, mas não se atém a isso, já
 Quando uma instituição conquistou uma CERTIFICAÇÃO HOSPITALAR que as Normas de Acreditação contribuem também
isso quer dizer que ela PASSOU POR UMA AUDITORIA QUE ATESTA, para a melhoria na gestão dos laboratórios.
POR ESCRITO, QUE SEUS PROCESSOS, SISTEMAS DE QUALIDADE E
PRODUTOS ESTÃO EM CONFORMIDADE COM OS REQUISITOS.  Em uma Acreditação A DEFINIÇÃO DO ESCOPO DE
AVALIAÇÃO É FEITA PELA NORMA DE ACREDITAÇÃO.
 Importante destacar que em uma certificação O ESCOPO É
DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO, ou seja, é ele que decide quais
processos serão avaliados e quais ficarão de fora.
 Acreditação, assim como a certificação, está relacionada ao  A ONA utiliza uma METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO
cumprimento de métodos preestabelecidos. No entanto, além de reconhecida pela ISQua (International Society for Quality
avaliar a metodologia e a gestão da empresa, ela também avalia os in Health Care), uma ASSOCIAÇÃO PARCEIRA DA OMS e
quesitos técnicos do processo, atesta a competência técnica da que conta com representantes de instituições
organização de exercer de forma segura e qualificada o que se acadêmicas e organizações de saúde de mais de 100
dispõe. países.

AUDITÓRIA  Segundo explicado no site da ONA, as avaliações de


 A auditoria em sistemas de saúde tem a FUNÇÃO DE ANALISAR SE certificação são realizadas pelas INSTITUIÇÕES
A GESTÃO E PROCEDIMENTOS REALIZADOS em uma instituição de ACREDITADORAS CREDENCIADAS pela ONA, e têm
saúde ESTÃO EM CONFORMIDADE com os objetivos da organização, como referência as normas do SISTEMA BRASILEIRO
legislação, normas regulatórias e serviços de saúde prestados ao DE ACREDITAÇÃO E O MANUAL BRASILEIRO DE
paciente, considerando os protocolos assistenciais e as boas práticas ACREDITAÇÃO.
médicas.

 Rede privada (imagem institucional) x serviço público (metas


qualitativas). Dada a organização sistêmica do hospital, todo o sistema
precisa funcionar em conjunto;

ACREDITAÇÃO HOSPITALAR: PRINCIPAIS PROGRAMAS


ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO (ONA)
 Quando o assunto é CERTIFICAÇÃO NACIONAL a ONA ganha
destaque.

 A CERTIFICAÇÃO ONA É VOLTADA PARA ATESTAR A


QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE EM NOSSO PAÍS E POSSUI
FOCO NA SEGURANÇA DO PACIENTE.

 Existem três níveis de certificação:

 ACREDITADO (NÍVEL 1): Atesta que a instituição atende


aos critérios de segurança do paciente em todas as
áreas de atividade, incluindo aspectos estruturais e
assistenciais. Possui validade de dois anos.

 ACREDITADO PLENO (NÍVEL 2): Atesta que a instituição


atende aos critérios de segurança, apresenta gestão
integrada, com processos ocorrendo de maneira fluída
e possui plena comunicação entre as atividades. A
validade é de dois anos.

 ACREDITADO COM EXCELÊNCIA (NÍVEL 3): Este nível


tem como princípio a excelência na gestão. Portanto,
além de atender aos dois primeiros níveis citados,
detentores da Acreditação Hospitalar ONA já
demonstram uma cultura organizacional de melhoria
contínua com maturidade institucional. Possui validade de
três anos.
ISABEL SOARES GALLINDO – MED16
AULA 5

GESTÃO E REGULAÇÃO EM SAÚDE


INTRODUÇÃO
 O Estado deve atuar, distribuindo bens e serviços de forma a
garantir a oferta de acordo com as necessidades da população, e
não de acordo com o interesse individual, a pressão de determinados
grupos ou ainda conduzidos pela demanda.

 REGULAÇÃO: Intervenção do governo, por meio de regras, leis e


normas, no mercado de prestação de serviços de saúde, ou no
sistema de saúde.

REGULAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE


 O conceito de regulação mais utilizado está ligado à REGULAÇÃO DO COMPLEXO REGULADOR
ACESSO DOS USUÁRIOS AOS SERVIÇOS DE SAÚDE.  O COMPLEXO REGULADOR poderá estar dividido em
áreas específicas tais como:
 A REGULAÇÃO é uma das macro funções a serem desempenhadas
pelo GESTOR ESTADUAL.  CENTRAL DE REGULAÇÃO DE URGÊNCIAS:
Regula a assistência Pré-Hospitalar e
 Tradicionalmente, as ações da regulação no setor saúde tem sido a Inter-Hospitalar;
de estabelecer padrões de qualidade e segurança, para assegurar as
condições mínimas na prestação de serviços.  CENTRAL DE REGULAÇÃO DE LEITOS/
INTERNAÇÕES: Regula as internações
 A regulação no setor saúde é uma ação complexa - compreende eletivas e de urgência;
um considerável número de atividades, instrumentos e estratégias,
considerando que o setor é composto por um conjunto de ações,  CENTRAL DE REGULAÇÃO DE CONSULTAS
serviços e programas de promoção, prevenção, tratamento e E EXAMES ESPECIALIZADOS DE MÉDIA E
reabilitação. ALTA COMPLEXIDADE.

IMPORTANTE (PROVA) MECANISMOS E INSTRUMENTOS DE REGULAÇÃO


 O OBJETIVO DA REGULAÇÃO, é assegurar o desempenho do ASSISTENCIAL
sistema de saúde – prestar uma assistência eficiente e equitativa e  SCNES: O Sistema de Cadastro Nacional de
atender as necessidades de saúde da população. Estabelecimentos de Saúde, é base para
operacionalizar os sistemas de informações em saúde.
Propicia ao gestor, o conhecimento da realidade da
rede assistencial existente e suas potencialidades,
visando auxiliar no planejamento em saúde em todos
os níveis de governo. Disponibiliza informações das
atuais condições de infraestrutura de funcionamento
dos estabelecimentos de saúde.
ISABEL SOARES GALLINDO – MED16
AULA 6

EDUCAÇÃO PERMANENTE E EDUCAÇÃO


CONTINUADA
INTRODUÇÃO  A educação permanente estrutura-se a partir de dois
 O Ministério da Saúde (MS) DEFINE EDUCAÇÃO EM SAÚDE como: elementos: as necessidades do processo de trabalho e
processo educativo de construção de conhecimentos em saúde que o processo crítico como inclusivo ao trabalho.
visa à apropriação temática pela população.. . Conjunto de práticas do
setor que contribui para aumentar a autonomia das pessoas no seu  Consiste em ações educativas embasadas na
cuidado e no debate com os profissionais e os gestores a fim de problematização do processo de trabalho em saúde e
alcançar uma atenção de saúde de acordo com suas necessidades. tenham como objetivo a transformação das práticas
profissionais e da própria organização do trabalho,
 EDUCAÇÃO NA SAÚDE: Consiste na produção e sistematização de tomando como referência as necessidades de saúde
conhecimentos relativos à formação e ao desenvolvimento para a das pessoas e das populações, a reorganização da
atuação em saúde, envolvendo práticas de ensino, diretrizes didáticas gestão setorial e a ampliação dos laços da formação
e orientação curricular. com o exercício do controle social em saúde.

EDUCAÇÃO CONTINUADA X EDUCAÇÃO PERMANENTE  https://www.ibes.med.br/educacao-continuada-e-


EDUCAÇÃO CONTINUADA educacao-permanente-qual-a-diferenca/
 EDUCAÇÃO CONTINUADA: “alternativas educacionais mais centradas
no desenvolvimento de grupos profissionais, seja através de cursos
de caráter seriado, seja através de publicações específicas de um
determinado campo.” (NUNES)

 Envolve as atividades de ensino após a graduação, possui duração


definida e UTILIZA METODOLOGIA TRADICIONAL., tais como as pós-
graduações.

 Consiste no processo de aquisição sequencial e acumulativa de


informações técnico-científicas pelo trabalhador, por meio de
escolarização formal, de vivências, de experiências laborais e de
participação no âmbito institucional ou fora dele.

EDUCAÇÃO PERMANENTE
 EDUCAÇÃO PERMANENTE: “processos de aprendizagem no
trabalho, a partir da reflexão sobre o processo de trabalho,
enunciando problemas e necessidades de natureza pedagógica.”
(MOTTA)
ISABEL SOARES GALLINDO – MED16
EXERCÍCIO

ATIVIDADE DE REVISÃO FINAL


1. EXPLIQUE REGIÃO DE SAÚDE. 6. EXPLIQUE CERTIFICAÇÃO E ACREDITAÇÃO.
 É o espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de  A CERTIFICAÇÃO É UM ATESTADO EMITIDO POR UM
Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, ÓRGÃO IMPARCIAL APÓS UM PROCESSO DE
econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de AVALIAÇÃO. É um processo em que se avalia se uma
transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a empresa, produto, serviço ou processo está conforme
organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de aos requisitos que se dispôs a entender
saúde.

2. EXPLIQUE MAPA DE SAÚDE.  ACREDITAÇÃO É O PROCESSO PELO QUAL UMA


 É a descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e INSTITUIÇÃO OU ÓRGÃO COMPETENTE ATESTA A
das ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa COMPETÊNCIA TÉCNICA DE UMA EMPRESA PARA
privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os PRESTAR UM SERVIÇO OU FORNECER UM PRODUTO.
investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de
saúde do sistema; 7. QUAIS AS DIMENSÕES AVALIATIVAS DE
DONABEDIAN?
3. QUAIS AS PRINCIPAIS PORTAS DE ENTRADA DO SUS?  Para Donabedian (1980), uma definição para qualidade
 São PORTAS DE ENTRADA às ações e aos serviços de saúde nas deveria se iniciar a partir de três dimensões: A
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE os serviços: ESTRUTURA, O PROCESSO E O RESULTADO.

 De atenção primária; 8. QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE EDUCAÇÃO


 De atenção de urgência e emergência; PERMANENTE E CONTINUADA?
 De atenção psicossocial;

4. QUAIS SERVIÇOS SÃO OFERTADOS EM UMA REGIÃO


DE SAÚDE?
 OS SERVIÇOS DE: I - Atenção primária; II - Urgência e emergência; III
- Atenção psicossocial; IV - Atenção ambulatorial especializada e
hospitalar; e V - Vigilância em saúde.

5. EXPLIQUE COAP.
 É um acordo de colaboração firmado entre entes federativos com 9. EXPLIQUE VIGILÂNCIA SANITÁRIA,
a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL.
rede regionalizada e hierarquizada.  VIGILÂNCIA SANITÁRIA: Conjunto de medidas que
visam elaborar, controlar a aplicação e fiscalizar o
 O objetivo do COAP é a organização e a integração das ações e cumprimento de normas e padrões de interesse
serviços de saúde. sanitário relativo a portos, aeroportos e fronteiras,
medicamentos, cosméticos, alimentos e bens,
 É RESPONSABILIDADE DAS COMISSÕES INTERGESTORAS, respeitada a legislação pertinente, bem como o
compostas pelos conselhos estaduais e municipais (bi). exercício profissional relacionado coma saúde.
 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: É um conjunto de ações que
proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de
saúde individual ou coletiva, com a finalidade de reconhecer e
adotar as medidas de prevenção e controle de doenças ou
agravos.

 VIGILÂNCIA AMBIENTAL: Tem por finalidade promover o


conhecimento, a detecção e a prevenção de mudanças nos
fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que
interferem na saúde humana.

10. QUAIS OS AGENTES RELACIONADOS AS DOENÇAS DO


TRABALHO?
 AGENTES FÍSICOS: Ruído, vibração, calor..
 AGENTES QUÍMICOS: Substâncias químicas tóxicas, fumo, névoa..
 AGENTES BIOLÓGICOS: Bactérias, vírus, fungos.. .
 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO: Divisão do trabalho, ritmo
acelerado, esforço físico intenso..

11. EXPLIQUE MODELO BIOMÉDICO.


 O Modelo biomédico tem sido discutido desde meados do século XIX,
como o modelo predominante usado por médicos no diagnóstico de
doenças. Caracteriza-se por ser individualista, curativo, centralizado
na figura do médico, especialista, fragmentado e hospitalocêntrico.

 De acordo com o modelo biomédico, a saúde constitui a ausência de


doença, dor, ou defeito, o que torna a condição humana normal
"saudável". O foco do modelo sobre os processos físicos, tais como a
patologia, a bioquímica e a fisiologia de uma doença, não leva em conta
o papel dos fatores sociais ou subjetividade individual.

 O modelo biomédico nega a saúde pública, a saúde mental e as


ciências sociais, bem como não considera científicos e válidos outros
modelos de saúde, como a homeopatia. O conhecimento e a prática
de saúde são centralizados no profissional médico.

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