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Introdução a Saúde Pública

Constituição federal de 1988. Art. 196: Posteriormente, Carlos Chagas assumiu a


“A saúde é direito de todos e dever do Estado, coordenação e reestruturou o Departamento,
garantindo mediante políticas sociais e econômicas introduzindo atividades educativas e de
que visem à redução do risco de doenças e de outros propaganda.
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações 1923- Lei Eloy Chagas, marco inicial da
e serviços para sua promoção, proteção e previdência social no Brasil. Por meio desta lei
recuperação.” foram instituídas as caixas de aposentadorias e
Princípios do SUS: universalidade, equidade, pensões (CAP´s).
integralidade, descentralização e participação 1930- Getúlio Vargas no poder, começou a criar
social. novos ministérios, sendo um deles o ministério da
Breve história: educação e saúde, também substituiu o CAPS´s
Antes de 1930- modelo liberal privado, assistências pelas IAP, onde neste instituto os trabalhadores
individuais mediante ao pagamento direto, existiam eram organizados por categoria profissional e não
lugares chamados de Santa Casa de Misericórdia e por empresa.
funcionava como assistência ao público mais 1930- Previdência social (INPS): oferece saúde
desfavorecido, uma forma de caridade. aos trabalhadores com carteira assinada,
Na época do presidente Rodrigo Alves, havia muitos Consolidação das leis trabalhistas (CLT).
problemas sanitários no Brasil e isso levava ao 1953: foi criado o ministério da saúde, que se
enorme problema na economia porque vivíamos de ocupava das políticas de atendimento nas zonas
exportação e os navios não queriam parar no rurais.
Brasil. Rodrigo Alves, para tentar resolver a 1953- Criou-se o ministério da saúde,
situação, nomeou Oswaldo Cruz como diretor do desmembrando-se assim da educação. Responsável
Departamento Nacional de Saúde Pública, e o pelas ações de caráter coletivo (vacinação, e
principal objetivo era erradicar a epidemia da febre vigilância)
amarela. 1977- A lei 6,439 criou o INAMPS (instituto
Oswaldo Cruz criou medidas sanitárias autoritárias nacional de assistência médica da previdência
para tentar combater essas doenças e gerou social). Pegou parte do que cabia ao INPS e
grande insatisfação popular, o lema era que não transferiu para duas novas instituições; sendo que
importava os artifícios, o importante era o o INPS ficou cuidando apenas da previdência.
resultado. Algumas das ações eram separar a As duas novas instituições foram: INAMPS-
população doente e submeter a medidas higienistas, responsável pela assistência médica aos segurados,
como vacinação, desinfecção, etc. Neste contexto e o IAPAS (instituto de administração financeira
surge a chamada revolta da vacina (1904), uma da previdência e assistência social.)
grande manifestação de cidadania contra o 1978: conferência internacional sobre cuidados
governo. primários de saúde
Apesar de tudo, este modelo autoritário teve vitória 1987- surge o SUDS ( sistema unificado e
no quesito erradicar a febre amarela da cidade do descentralizado da saúde)- serviu como base para a
RJ. implementação do SUS.
1988: A nova lei. ● Atendimento integral, com prioridade para
Sistema Único de Saúde . atividades preventivas, sem prejuízo dos
Denominada de sistema pelo fato de ser formada serviços assistenciais.
por três esferas de governo (união, estado e Hierarquização: organização por nível de
município). É único porque sua estrutura gerencial complexidade. A base é a atenção primária, depois
tem base nacional que se reproduz em todas as as especialidades e a alta complexidade, que é
esferas de governo. atribuída aos hospitais.
Outro grande avanço é que a saúde passa a ser ● Regionalização: articula os serviços
relacionada com a qualidade de vida da população e daquela região levando em consideração as
não mais como ausência de doenças. particularidades daquele determinado
A lei 8080 e a constituição federal de 1988, trazem lugar.
os princípios do SUS. ● Descentralização: cada ente federativo
Princípios doutrinários: regem as ações do SUS: tem sua responsabilidade, podendo
● Universalidade- todas as pessoas devem trabalhar a autonomia dos municípios.
ter acesso a saúde; ● Participação social: de modo a tornar o
● Equidade- combate a desigualdade, sistema mais transparente, democrático e
principalmente aquela pessoa que não tem funcional.
condições de chegar até um posto de saúde
e por isso, precisam de atendimento Bases legais que regulamentam o SUS .
domiciliar. Assim, condições sociais Inicialmente as leis 8.080 e a 8.142 eram as que
desfavoráveis exigem medidas distintas de regulamentam o SUS, nos anos seguintes teve duas
intervenção requerendo maior atenção. normas operacionais básicas- NOBs, que foram
● Integralidade- atenção integral, para que editadas quando ainda funcionava o INAMPS. As
o usuário seja visto como um todo, e suas principais características foram as criações do
necessidades atendidas, sejam elas de sistema de informação hospitalar (SIH/SUS) e do
âmbito social, psicológico ou preventivo; sistema de informação ambulatorial (SIA/SUS) que
● Preservação da autonomia das pessoas na funcionavam para organizar e operacionar os
defesa de sua integridade física e moral: pagamentos dos serviços.
permitir decisões livres e esclarecidas, para A NOB 01/93 foi a mais importante, pois criou a
que o usuário possa aceitar ou recusar o comissão intergestores tripartite- CIT na esfera
que lhes é proposto. federal e as comissões intergestores bipartite CIB,
● Direito à informação, às pessoas na esfera estadual- nada mais são do que espaços
assistidas, sobre sua saúde. de reuniões de gestores.
Princípios organizativos: 1996- Cria-se a NOB 96, proposta que traz a
Art. 198- As ações e serviços públicos de saúde integralidade da atenção pautando-se em ações de
integram uma rede regionalizada e hierarquizada e promoção, prevenção e recuperação da saúde.
constituem um sistema único, organizado de acordo
com as seguintes diretrizes:

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