Você está na página 1de 24

O que é SUS?

(14/04)

➔ Diretriz: participação social.

➔ Controle social: população tem o poder.

➔ Equalizar: SUS funciona como equalizador da sociedade, tentativa de equalizar as


diferenças, igualdade para a diferença.

Saúde e o SUS
➔ Para além das noções da saúde já vistas em sala de aula , o Sistema de saúde compõe um
setor da economia onde se produzem bens e serviços

➔ Hospitais, laboratórios, clinicas e centros de saúde cumprem duas funções – a de prestar


serviços de saúde e a de realizar ações de saúde

➔ Indústrias farmacêuticas, equipamentos, vacinas, materiais ,planos de saúde

➔ Ministério da Saúde e Secretarias

➔ Algumas destas instituições prestam serviços de saúde enquanto as outras produzem


bens como medicamentos, vacinas e equipamentos.

➔ A expectativa é que o setor de saúde cuide das pessoas e das populações através de
medidas individuais e coletivas.

➔ Produção de saber – universidades, escolas de treinamento etc

➔ O setor de saúde é composto por uma tríade: estado vital, setor produtivo e área do
saber.
↱ Saúde ampliada
➔ Primeiro atua na comunidade, pensando nos determinantes sociais da saúde (DSS).
● Cria condições para uma comunidade saudável, para não sobrecarregar os
hospitais.

➔ Foi criado para garantir o direito à saúde. Responsabilidade estatal.


● Seguridade: ser cidadão brasileiro te faz ter acesso a saúde.

↱ Não é reduzido a médicos, hospitais, etc.


➔ O sistema SUS é atravessado por um microssistema, não é um único sistema, é intrínseco
a outros campos da sociedade, além de saúde é a produção do saber.

➔ Entende-se a tríade estado, setor produtivo e área do saber como o “modo pelo qual as
sociedades identificam os problemas e necessidades de saúde, buscam a sua explicação
e se organizam para enfrentá-las sofre influências econômicas, políticas e culturais” (p.12)

➔ Muitos ao ouvirem a palavra saúde imediatamente associam aos médicos, remédios,


hospitais. O termo sistema sugere um conjunto de serviços, estabelecimentos,
profissionais, equipamentos etc. Duas representações insuficientes para representar
SUS: “o SUS é algo distinto, especial, não se reduzindo à reunião de palavras como
sistema, único e saúde”

➔ Um sistema de saúde pode ser representado pelo conjunto de agências e agentes que
atuam para garantir a saúde de indivíduos e populações

➔ As agências são organizações públicas ou privadas, governamentais ou não, que visam


promover, recuperar e reabilitar a saúde das pessoas. Neste sentido participam do SUS
instituições públicas, privadas e filantrópicas.

➔ A palavra agentes se refere aos profissionais da saúde e demais trabalhadores


● Agente de saúde: vínculo entre prestadores e usuários.
★ Base do SUS

➔ Profissionais da saúde estão vinculados a outras organizações, seja pública ou privada,


que resulta em uma variedade de contratos e vínculos trabalhistas.

➔ A palavra agente também denota um nível de autonomia frente às agências. Desse modo
por mais que organizações queiram interferir na atuação dos profissionais, eles detém
liberdade no exercício de suas atividades (vide tratamento precoce na pandemia)

➔ Confiança e vínculo entre prestadores e usuários é a base do SUS

➔ Apesar do foco majoritário nos serviços de saúde, o estado de saúde da comunidade não
depende só disso.

➔ Muitas ações de promoção e prevenção são realizadas por outras organizações que não
integram o setor (intersetorialidade)

➔ Conflito epistemológico: promoção da saúde e medicina biomédica.

➔ Participam do sistema de saúde não só a estrutura do SUS mas como a mídia, escolas,
financiadores, indústrias de equipamentos, medicamentos, universidades, institutos de
pesquisa e etc.

➔ Mesmo considerando somente a estrutura de serviços que compõem o SUS, é possível


observar que este é um sistema cujos objetivos são múltiplos e é um sistema atravessado
por interesses externos.

➔ Por ex.: assegurar a saúde das pessoas mas também o lucro de empresários e garantir o
emprego de trabalhadores no sistema.

➔ Demandas essas que podem ser contraditórias e desafiadoras.

➔ Sistemas de saúde universais estão presentes nos países que adotam políticas de
seguridade social ou seguro social.

➔ Seguridade social – o direito à saúde corresponde à condição de cidadão por meio de


contribuição de impostos – UK, Canadá, Cuba e Suécia.

➔ Proteção social – o direito à saúde é meritocrático, controlado pelo Estado. Os serviços


são destinados àqueles que contribuem com a previdência. Aqueles que podem pagar
por assistência devem procurar atendimento particular – Alemanha,França, Suíça
➔ Proteção social com base na assistência (residual) destinado àqueles que podem
comprovar a condição de pobreza – não tem acesso aos planos de saúde e nem aos
serviços privados - EUA

➔ Países que adotaram pela seguridade ou seguro social gastam consideravelmente menos
com saúde, são mais eficientes e alcançam melhores indicadores

➔ No governo de Obama, a saúde passou por reformas que visavam reduzir custos,
oferecer plano de assistência governamental para os excluídos além de introduzir um
pacote obrigatório para reduzir o número de rejeições de pessoas dos seguros de saúde

➔ Seguradoras, hospitais, indústria farmacêutica, associação de médicos, prestadores de


serviços, previdência privada todos foram contra as propostas – alegando que o governo
quer socializar a saúde e controlar a vida dos cidadãos.

➔ Acusaram a reforma de facilitar eutanásia e aborto.

➔ É muito difícil a criação de um sistema focado na saúde da população quando os


grandes interesses econômicos e de mercado atravessam o setor.

➔ O complexo médico-industrial tem como orientação capitalista de competição e lucro.

➔ No Brasil, foi na década de 20 que adotamos o seguro social inicialmente através da


aposentadoria e pensões.

➔ A partir de 1988 a Constituição Federal optou pelo sistema de seguridade social embora a
saúde não seja majoritariamente pública.

➔ Apesar de não termos o mesmo sistema dos EUA, o Brasil aparenta ter uma reprodução
dos VALORES americanos.

➔ Propagandas de tecnologias, medicamentos, intercâmbios criam uma imagem


artificialmente positiva de um sistema de saúde privado, que no entanto resultam em
GRANDES PROBLEMAS.

A história do SUS

➔ A história do SUS é essencial para entendermos os valores que nortearam e norteiam até
hoje (embora não completamente) o estabelecimento do sistema e dos valores que guiam
a prática dos profissionais.

➔ Na colonização os cuidados com a saúde eram ofertados por Portugal. O cirurgião-mor


dos exércitos de Portugal cuidava das tropas militares. O físico-mor respondia pelo
saneamento básico e profilaxia das doenças epidêmicas assim como regulava as
atividades dos médicos, farmacêuticos, cirurgiões etc

➔ Higiene era de responsabilidade das autoridades locais

➔ Primeira santa casa surge em 1543 – caridade cristã que abrigava pobres, viajantes e
doentes.
➔ Quando a família real se estabelece no Brasil no Séc XIX, uma reforma sanitária ocorre
durante o Império – Inspetoria Geral da Higiene e Inspetoria Geral da Saúde dos Portos e
de um Conselho Superior de Saúde Pública

➔ Decisões centralizadas no governo central

➔ Ao final do Império, a organização sanitária do Brasil era incapaz de responder às


demandas de saúde da população e de assegurar a assistência aos doentes

➔ Médicos particulares faziam atendimentos daqueles que podiam pagar enquanto as


casas de misericórdia acolhiam o resto da população

➔ Com a proclamação da república, a responsabilidade pelas ações de saúde foi atribuída


aos estados.

➔ Durante o século XIX e XX o Brasil passa pela industrialização o que requer novas
respostas às novas demandas de saúde que se desenvolveram a partir dela (Foucault
MEDICINA SOCIAL)

➔ Não havia um sistema de saúde organizado, na República Velha (1889-1930) a noção de um


Estado responsável pela saúde da população ainda não existia no Brasil. Ao Estado
cabia intervir apenas quando o indivíduo ou a iniciativa privada não pudesse resolver.

➔ O não-sistema brasileiro tinha uma marcada separação entre as ações de saúde pública
e a assistência médico-hospitalar

➔ Oswaldo Cruz, Carlos Chagas, Emílio Ribas entre outros – colaboraram para a criação dos
códigos sanitários. Medicina biomédica e científica

➔ Campanhas de saúde fortemente associadas a noções de ordem e disciplina – polícia


sanitária (medicina estatal)

➔ Era de interesse da indústria recente a manutenção da saúde dos trabalhadores


(medicalização da mão de trabalho) as fábricas ofereciam serviços médicos aos
trabalhadores descontando 2% de seus salários.

➔ O DNSP criado por Carlos Chagas era responsável pela profilaxia, propaganda sanitária,
saneamento, higiene industrial, controle de endemias.

➔ Criação da Previdência Social no Brasil (década de 20)

➔ TRABALHADORES então passaram a ter acesso a alguma assistência médica.


● Separação entre as ações de saúde pública e assistências médico-hospitalar (início)
★ Interesse na manutenção da saúde dos trabalhadores.
↳ Apenas trabalhadores de carteira
assinada tinham acesso à
previdência.
o surgimento do SUS
➔ O SUS nasceu a partir de três vias: saúde pública, medicina previdenciária e medicina do
trabalho.

➔ Tais subsistemas percorreram caminhos paralelos, respondendo a pressões distintas

➔ Medicina liberal, as instituições filantrópicas e medicina popular permanecem em


paralelo

➔ A Saúde Pública no modelo da polícia médica sofre resistência da população ao


autoritarismo e possibilitaram a criação de propostas educativas e do aparecimento de
centros de saúde

➔ DA COERÇÃO PARA A PERSUASÃO (biopolítica)


● Sistema educativo, passa de coerção para persuasão, somos convidados.

➔ Após a criação do ministério da saúde em 1953 o combate às doenças passou a ser


realizado por serviços específicos e centralizados. Sanitarismo campanhista

➔ Este tipo de saúde pública não era integrado à medicina previdenciária dos Institutos de
Aposentadoria e Pensões (IAPs) e nem com a saúde do trabalhador.

➔ Enquanto isso as condições de saúde da população se modificava (transição


epidemiológica)

➔ Das chamadas doenças da pobreza (tuberculose, verminoses, DST, infecciosas)


alcançamos a morbidade moderna (coronarianas, neoplasias, acidentes etc)

➔ Redução da mortalidade e da natalidade – envelhecimento populacional

➔ Governo JK- com foco no desenvolvimento industrial JK favoreceu a assistência


médico-hospitalar em detrimento da saúde pública

➔ Expansão do Setor Privado – modelo médico-empresarial

➔ Investimento majoritário na assistência médico-hospitalar

➔ Governo militar – menos investimento ainda em saúde pública

➔ 1975 gastos com a saúde não alcançaram nem 1% do orçamento

➔ Enquanto o país crescia economicamente, a saúde declinava (ILLICH)

➔ A medicina previdenciária – criação de um instituto para cada categoria de trabalhador

➔ Somente brasileiros com vínculo formal de trabalho e com carteira assinada tinham
acesso à saúde

➔ Cabia aos indivíduos a responsabilidade de resolver seus problemas de saúde

➔ Década de 50 desenvolvia a medicina empresarial tecnológica


➔ Prevaleceu a compra de serviços médico-hospitalares do setor privado ao invés de
investir em serviços próprios

➔ Privatização ganhou mais força na ditadura

➔ Cesarianas, internações, cirurgias, etc. Favoreceram a corrupção no sistema de saúde.


Quanto mais caro um procedimento, mais ele era realizado mesmo que sem necessidade.

➔ Medicina liberal – caracterizada pela ampla autonomia do profissional

➔ Aumento exponencial dos equipamentos e exames viu reduzir a autonomia do


profissional
➔ Medicina Empresarial – os médicos passam a se submeter às lógicas de MERCADO

➔ Saúde como consumo – procedimentos, tratamentos indicados ou decididos pelo médico


e menor poder de escolha dos pacientes

➔ Década de 60 grandes empresas contratavam serviços médicos

➔ Década de 70-80 empresas de seguro de saúde

➔ Assemelhavam o Brasil ao sistema de saúde Americano

➔ V Conferência Nacional de Saúde – 1975 indicava que o sistema de saúde brasileiro era
insuficiente, mal distribuído, descoordenado, inadequado, ineficaz

➔ 1975 sancionada a lei 6.229 que criava o Sistema Nacional de Saúde e definia as
competências de seus componentes. Reforço no orçamento do Ministério da Saúde e
extensão da cobertura dos programas em áreas rurais

➔ Lei 6.259/75 vigilância sanitária

➔ 1977 cria-se o INAMPS

➔ Período de democratização do Brasil – a partir de um movimento social composto por


diferentes setores da sociedade que propôs a Reforma Sanitária e a implantação do SUS.

➔ I simpósio de Política Nacional de Saúde em 1979 a proposta do SUS foi formulada

➔ Tanto a Reforma Sanitária quanto o SUS nascera por propostas da SOCIEDADE e não dos
governos.
● O SUS nasce de uma proposta da sociedade e não do Estado.
★ Mobilização política da população que passa a exigir o direito à saúde.
◆ Não é suficiente ter acesso a saúde apenas se estiver trabalhando (com
carteira assinada).

➔ VIII Conferência Nacional da Saúde realizada em 1986 foram sistematizados e debatidos


os estudos e proposição para a reforma sanitária

➔ O relatório final da conferência inspirou o capítulo saúde da Constituição se


desdobrando no desenvolvimento da LEIS ORGÂNICAS DA SAÚDE (8.080/90 e 8.142/90) que
permitiram a implantação do SUS.

➔ SUS É UMA CONQUISTA DO POVO BRASILEIRO.


Criação e Implementação

➔ O SUS nasce através da mobilização política da população que passa a exigir o direito à
saúde.

➔ Com base na concepção de seguridade social, o SUS supõe uma sociedade solidária, a
redução das desigualdades sociais.

➔ A Constituição Federal de 1988 estabelece que a saúde é um direito de todos e um dever


do Estado.
↳ Garantir o acesso universal e igualitário à saúde, e as ações e serviços para
promoção, proteção, recuperação e prevenção.

➔ Direito que se deve à Reforma Sanitária.

➔ Políticas econômicas e sociais que visam a redução do risco de doença e promoção e


recuperação da saúde.

➔ Acesso universal significa que todos os brasileiros têm acesso à saúde sem qualquer
barreira de acessibilidade.

➔ Equidade: atender igualmente às diferenças.


● Acesso igualitário significa dizer acesso igual para todos sem qualquer
discriminação ou preconceito.
● Atendimento diferencial – atendimento desigual aos desiguais.

➔ Promover saúde é cultivar, estimular por intermédio de medidas gerais e inespecíficas a


saúde e a qualidade de vida das pessoas e das comunidades.

➔ Condições de vida – educação, atividade física, lazer, paz, alimentação, arte e cultura.

➔ Supõe intervir sobre as causas das causas – DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE (DSS).

➔ O direito universal e igualitário à saúde é o que garante que a saúde esteja PARA ALÉM
DAS MEDIDAS CURATIVAS.

➔ O SUS é integrado por um conjunto de ações e serviços públicos – organizado em uma


REDE REGIONALIZADA E HIERARQUIZADA.
● Regionalização: sistema é distribuído pensado nas demandas da região.
★ A regionalização da rede permite a distribuição dos estabelecimentos de saúde
em um território – serviços básicos mais disseminados e especializados mais
concentrados.
★ É um dos princípios organizativos do SUS – articula estados e municípios na
implementação das políticas de saúde e distribuição de serviços.
● Hierarquização: pensar juntos como otimizar recursos para atender a demandas da
região.
● Servem para evitar a fragmentação do serviço.
★ A ideia de rede revela uma noção de SISTEMA que organiza o SUS – evitando a
fragmentação do serviço – atendimento integral.

➔ Descentralização refere-se a uma das diretrizes fundamental do SUS

➔ Atendimento integral: foco nas atividades preventivas


➔ Participação da comunidade: estabelecida pela Conferência de Alma Ata de 1978 –
superação do autoritarismo e incentivo a autonomia – controle social (a população tem o
poder).

➔ 2 . LEI No 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 - Lei Orgânica da Saúde 080, de 19 de


setembro de 1990
● legislação específica que esclarece como aplicar essas orientações na prática
● Art. 2o. A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover
as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.

➔ § 1o. O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de


políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros
agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário
às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.

➔ § 2o. O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da
sociedade.

➔ Art. 5o. São objetivos do Sistema Único de Saúde (SUS):


● I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da
saúde;
● II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico
e social, a observância do disposto no § 1o do art. 2o desta lei;
● III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e
recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das
atividades preventivas.

➔ Saúde é compreendida de forma ampliada – ou seja – nível de saúde da população


EXPRESSA A SOCIEDADE E A ECONOMIA BRASILEIRA – saúde e desenvolvimento
econômico SÃO ASPECTOS INTRÍNSECOS.

➔ 2 . LEI No 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 - Lei Orgânica da Saúde 080, de 19 de


setembro de 1990
● Art. 7o. As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou
conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de
acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo
ainda aos seguintes princípios:

I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;

II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e


serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os
níveis de complexidade do sistema;

IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;

VIII - participação da comunidade;

IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:


a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;

➔ LEI N° 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990


● Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de
● Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros
na área da saúde e dá outras providências.

➔ Art. 1°. O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de
1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo,
com as seguintes instâncias colegiadas:
● I - a Conferência de Saúde; e
● II - o Conselho de Saúde.

➔ Assim, pode-se definir o SUS como “o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados
por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração
direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público”

➔ Princípios e Diretrizes do SUS


● Princípios são os valores que regem a conduta e sustenta as ações no SUS
● Diretrizes são orientações gerais de caráter organizacional

➔ Princípios – universalidade, integralidade e igualdade

➔ 3 níveis de assistência – primária, secundária e terciária

➔ AB (Atenção Básica): PROMOÇÃO DA SAÚDE – porta de entrada do sistema


● É através dela que o sistema se organiza.

➔ Diferentes níveis representam diferentes COMPLEXIDADES – risco de reduzir


complexidade ao nível tecnológico

➔ Gestão participativa

➔ Diferentes visões do SUS (SUS real: complexo, diferentes visões, disputado, interesses
políticos, econômicos e epistemológicos)
● Pesquisa realizada em 2003 revelou que apenas 35% da população sabem citar o
que significa o SUS.
● Personificação do vilão
● O sus para pobres, o SUS formal, O SUS democrático e o SUS real
● Compreensão da polissemia é fundamental para que possamos superar as visões
limitadas e reunir esforços para o reconhecimento da importância do SUS
● SUS é inovador – conceito ampliado de saúde, reconhecimento da saúde para além
do modelo biomédico, ação sobre territórios para além do indivíduo
● Perspectiva do DIÁLOGO e da ARTICULAÇÃO – INTERSETORIALIDADE

➔ O SUS é apenas uma das respostas sociais às necessidades de saúde brasileira


● É o único sistema de saúde no mundo a alcançar em números de próteses, cirurgias
e outros procedimentos
● Possui propostas abrangentes como o programa de saúde da família
● Ainda possui enormes desafios como a reestruturação do modelo de atenção –
● EQUIDADE, QUALIDADE E HUMANIZAÇÃO e FINANCIAMENTO
● SUS também é vacinação
● Referências nos programas de controle das DST-AIDS
● Política Nacional de Medicamentos – amplia a assistência farmacêutica
● Reforma Psiquiátrica – CAPS e Serviço Residencial Terapêutico
● Sistema de Informações Hospitalares
● Aumenta o número de empregos em saúde.
A Psicologia e a Saúde Pública (28/04)

O papel do psicólogo
➔ Chegar onde o cuidado não chega
● Compromisso social e o papel do psicólogo.
● Depende de uma mudança do pensamento do psicólogo.

➔ Somos quase 15.000 psis no SUS

➔ Ocupamos serviços como: Unidades Básicas de Saúde (UBS); nos Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS); em Centros de Convivência, Cooperativa e Cultura: Ambulatórios de
Saúde Mental; em Hospitais-Dia; em Centros de Reabilitação Física; em Centros de
Referência à Saúde do Trabalhador; Centros de Apoio e Orientação sobre DST/AIDS;
Equipes de Atenção a Presidiários; Hospitais Gerais e Hospitais Psiquiátricos.

➔ Além de ocupar espaços como apoio técnico em diferente programas

Processo Histórico
➔ O trabalho do Psi acompanhou o desenvolvimento da Saúde Pública no país. Em 1970 o
psicólogo tinha papel secundário em hospitais e na atenção ambulatorial

➔ Ambulatório do INAMPS e universidades públicas e prefeituras começaram serviços de


promoção da saúde – abertura para equipes multi

➔ Composição das equipes de saúde mental nas UBS compostas por psicólogo, psiquiatra
e assistente social.

➔ Em 1990 – afirmação da saúde como direito e implantação do SUS cujos princípios


básicos exigem alterações no trabalho do psicólogo.

➔ Estudos sobre a caracterização da atuação do psicólogo, no contexto da atenção


primária no Brasil, mostram, de forma geral, uma atuação que não atende as demandas
da saúde coletiva em função da transposição do modelo clínico tradicional sem a
necessária contextualização que esse cenário requer
● A prática profissional é insuficiente para o contexto de saúde pública (SP).
↳ Clínica: não contribui para o nosso trabalho chegar onde deve chegar.
● Para atuar em Saúde Pública é necessário uma escolha, compromisso de qual
população que vamos atender.

➔ Os profissionais de Psicologia enfrentam o grande desafio de redimensionamento de suas


práticas.

➔ Durante muito tempo, os cursos de Psicologia formaram profissionais apolíticos, e


ressalta-se a necessidade da formação de profissionais críticos, e não somente técnicos.
● Pensar sobre a própria atuação e reescrever sua história.
★ Pensamento crítico do psi. Repensar o compromisso, pensamento e
expectativas sobre a nossa atuação, que a sociedade tem de nós.
➔ O modelo da clínica privada, individual dominante na formação profissional repetia o
setting do consultório particular
● Comprometimento com o trabalho e não com a sociedade
★ Reprodução do modelo clínico de psicoterapia individual.

➔ Este funcionamento foi transposto para os serviços de saúde pública.

➔ Em 1983, em meio à crise da saúde coletiva, o modelo do consultório tradicional foi


fortemente criticado – necessidade de revisão do modelo.
● Psi é historicamente elitista, não está disponível para todos
★ Insuficiente diante da complexidade da ação na saúde pública.
● Visão individualizada
● Formação tecnicista e apolítica

➔ Dimensão social atrelada ao sofrimento.


★ Psicologização dos problemas sociais.

➔ Falta de um profissional cidadão.

➔ ATENÇÃO INTEGRAL: expansão do papel do psicólogo

➔ Através do princípio da integralidade, portanto, o SUS abre portas para novos atores nas
equipes de saúde.

Atuação do Psicólogo na Saúde Coletiva


➔ A entrada no psi no SUS acompanha o movimento da Saúde Pública, do SUS no Brasil.

↱ Visa universalizar o acesso à saúde


➔ O PSF (Programa de Saúde da Família) objetivando melhorar a integralidade no SUS,
universalizar o acesso à APS (Atenção Primária à Saúde) EXIGE que a psicologia se
adapte aos novos contextos de atuação.
● A Atenção Primária é o braço que chega à sociedade, que leva a saúde para fora do
hospital.

➔ Ao mesmo tempo, a psicologia enfrenta a luta antimanicomial em que se posiciona


contrária ao confinamento de pessoas “trancar não é tratar”
➔ Atuação do psi no SUS:
● Atendimento em grupo por patologia
● Atendimento individual, comunitário, domiciliar, terapia breve
● Atendimento em grupo e oficinas terapêuticas
● Atenção a crises, oficinas de arte e atendimento familiar
● Acolhimento, apoio ao PSF e viabilização de atendimento extramuros
● Atenção às famílias e ação integrada com assistência social
● Planejamento, gestão
● Organização de cadastros e registros
● Ações intersetoriais e com a comunidade -fomento das redes sociais de apoio
● ESF (Equipe de Saúde da Família) e apoio Matricial

➔ Nos serviços ambulatoriais tradicionais realizam-se tarefas como atendimento individual,


psicodiagnóstico, encaminhamentos, aconselhamento, avaliação psicológica e
ludoterapia
➔ Demandas de atuação do psi no modelo ambulatorial– violência, abuso, maus tratos,
negligência, a proteção da família, inclusão social

➔ Tendência no entanto é falar de SINTOMAS ou QUADROS patológicos (DSM –V; CID-10)

➔ Essa situação expõe a própria evolução do SUS – transição da assistência saindo do foco
no SERVIÇO para uma aproximação com o USUÁRIO e sua FAMÍLIA e COMUNIDADE.

➔ No modelo da rede de cuidados PSF ou CAPS – o usuário e seu familiar tem maior peso –
crise aguda de paciente psicótico; delírio, surto psicótico; atendimento de demandas
individualizados e casos de sofrimento psíquico grave

➔ O Psi não é só assistência


● Podemos pensar programas, não apenas o tratamento psicoterapêutico.
● Psi vai fazer intervenções territorializadas
● Não está no foco do serviço o sintoma, quadros psicopatológicos, mas sim o usuário e
suas relações.
★ Assistência ao usuário

➔ Os Modelos de Atenção e o Fazer Psi:


● No começo identificavam-se as necessidades do serviço o que determinava a oferta
de serviço em uma determinada região
● Oferta de psicoterapia individual ou grupal passou a ser uma especialidade na
atenção primária
● O psi então realizava: palestras, triagem, avaliação, orientação, psicoterapia,
plantão, terapia breve e encaminhamentos
● Dadas as revisões do modelo de atenção – coloca-se no centro da atenção o usuário
e a sua necessidade
● Exige a inserção do psicólogo em equipes multiprofissional e que trabalhe com a
inclusão do usuário, com intersetorialidade

➔ Refletindo sobre a prática


● Saúde Coletiva – o trabalho em saúde coletiva possui uma configuração própria, pois
tem como objeto a RELAÇÃO DOS INDIVÍDUOS NO TERRITÓRIO. Sendo este um
sujeito, inserido em uma coletividade que habita esse território.
● Sua atuação é necessariamente multidisciplinar e até transdisciplinar
● Somos profissionais até hoje identificados com a queixa, patologia do cliente....O
consultório nos identifica!
● Saúde coletiva – provoca conflitos entre técnica e política, entre modelo e mercado
● A Saúde pública é CONTRADITÓRIA, AMBÍGUA o que levanta conflitos para a atuação
do psicólogo neste contexto
★ Ex.: Situações de violência – quem deverá ser envolvido? quem deverá ser ouvido?
Como trabalhar com as informações do caso?
★ Ex.: Quando o médico nos convida a fazer intervenções que discordamos –
estamos a serviço do paciente apenas, ou do paciente e do serviço ao mesmo
tempo?

➔ A atuação se baseia em um conceito ampliado de saúde.

↱Ir ao território e possibilitar o referenciamento.


↱Equipe de referência de um determinado território.
➔ CLÍNICA AMPLIADA: a saúde coletiva amplia o objeto o que por sua vez amplia a clínica. A
clínica ampliada leva em consideração toda a interação, o conflito e o convívio em torno
do paciente, mobilizando-se para buscar os resultados no contexto social que vive.
● Amplia a noção de clínica em que paciente/território não vai ser entendida pela
doença.
● Lidar com a REDE de SUBJETIVIDADE que o envolve o sujeito INTEGRAL
↱Não compõe a equipe mas dá apoio a ela
↱de dentro do SUS
➔ Apoio Matricial: oferta de conhecimentos, saberes, propostas de ações, práticas
conjuntas
● Ajuda de profissionais especializados, compartilhamento do saber, discute o
encontro da técnica, saber e desejo dos usuários.
● Apoio Matricial e Equipe de Referência – compartilhamento de saberes
● O apoio matricial busca modificar as relações entre níveis hierárquicos no SUS
● Espaço de intercâmbio sistemático de conhecimento entre as várias profissões
● Produz um PTS (Projeto Terapêutico Singular)
● Propósito do Apoio Matricial:
★ Ofertar retaguarda assistencial e suporte técnico pedagógico (trazer algum tipo
de saber que falta na equipe de referência).
★ Propiciar a integração dialógica entre distintas especialidades e profissões.
★ Ampliar as possibilidades de realização da Clínica Ampliada.

➔ Projeto Terapêutico Singular: plano de ações condizentes com as demandas do território.


Projeto de ações e condutas terapêuticas de acordo com as singularidades de cada caso.
● Geralmente é dedicado a situações mais complexas. No fundo é uma variação da
discussão de “caso clínico”.
● É uma reunião de toda a equipe em que todas as opiniões são importantes para
ajudar a entender o sujeito com alguma demanda de cuidado em saúde e,
consequentemente, para definição de propostas de ações.
● Tem 4 momentos: diagnóstico; definição de metas; divisão de responsabilidades e
reavaliação

● Surge da escuta da pessoa (valores, desejos, vínculos), e não dos sintomas.


● Todos os profissionais são envolvidos
● Elaborados entre os diversos níveis de atenção e setores
● Parte de um vínculo com o paciente para delineamento de ações condizentes ao seu
contexto de vida junto com a equipe
★ A não-adesão do paciente implica em um PTS não adequado.
★ É comum a frustração com a falta de adesão às intervenções da equipe
★ No modelo da saúde coletiva no entanto, o abandono do tratamento não
significa recusa do cuidado e passa ser visto como um elemento constitutivo
daquela trajetória – a forma de lidar com a não-adesão pede uma avaliação
conjunta
★ Refazer o PTS

Atuação do Psicólogo no NASF (05/05)

↱Porta de entrada do SUS: ESF


➔ NASF: Núcleo de Apoio a Saúde da Família
● Dá apoio a eSF (Equipe de Saúde da Família)
● Não tem como propósito dar conta de todas as demandas.
● Onde a psi encontrou maior território de atuação em saúde (Atenção Básica).
● Procura inserir no cenário da AB profissionais de especialidades antes não
contempladas nas equipes de referência dos territórios
● As equipes Nasf são equipes de apoio, que tem como missão vincularem-se as eSF
visando criar espaços de discussão e construção sobre o cuidado com o objetivo de
produzir trocas de saberes entre os profissionais e compartilhamento de
responsabilização pelo cuidado e pelo reconhecimento das demandas de saúde
locais.
★ A equipe de referência do território é a eSF, o NASF dá apoio a eSF.
■ Cuidado de co-responsabilidade pelo cuidado do território.

➔ AB (Atenção Básica): mesmo que atenção primária, a partir dela que a saúde pública se
constitui.
● Reorganiza o sistema e as prioridades do sistema, implementa uma nova visão de
saúde.
● Nível básico da rede de atenção à saúde.
● Centro de Comunicação da RAS (Rede de Atenção em Saúde). Tem um papel chave na
sua estruturação como ordenadora da RAS e coordenadora do cuidado.
● A AB deve ser o nível fundamental do sistema de atenção à saúde, pois constitui o
primeiro contato de indivíduos, famílias e comunidades com o sistema.

↱ Desmistificar que é necessário uma instituição, não precisa de prédios para


fazer saúde, ela vai até você.
➔ O NASF é guiado pelo princípio da integralidade:
↳ -Respeitar a pessoa de modo integral, completo,
pessoas completas e não como doente.
-Não é fragmentar o cuidado em especialidades.
● (a) a abordagem integral do indivíduo levando em consideração seu contexto social,
familiar e cultural e com garantia de cuidado longitudinal;
● (b) as práticas de saúde organizadas a partir da integração das ações de promoção,
prevenção, reabilitação e cura;
● (c) a organização do sistema de saúde de forma a garantir o acesso às redes de
atenção, conforme as necessidades de sua população. (BRASIL, 2010, p.16)

➔ Para que as equipes Nasf consigam organizar seu processo de trabalho, são utilizadas
algumas ferramentas desenvolvidas na saúde pública brasileira, dentre as quais podem
ser citadas: a Clínica Ampliada, o Projeto Terapêutico Singular (PTS), do Projeto de Saúde
no Território (PST) e o Apoio Matricial.
➔ Diretrizes do NASF
● Cuidado não para, mesmo depois da intervenção;
● Garantir atenção integral como forma de cuidado;
;
➔ Clínica ampliada: clínica que escute a pessoa contextualizada e não os sintomas. Olha
para todos os aspectos da saúde sem fragmentar.
↱eSF e NASF
➔ PTS (Projeto Terapêutico Singular) e PST (Projeto de Saúde no Território)
● PTS: Objetivo dado através da escuta da clínica ampliada. Intervenção baseada na
escuta.
★ Pode ser produzido para indivíduos, grupos ou famílias. Trata-se de um estudo
clínico aprofundado que gera propostas de ações em saúde construídas
coletivamente por equipe interdisciplinar para e com um determinado sujeito,
individual ou coletivo.
● PST: direcionado para as eSF e os Nasf, tem como objetivo identificar áreas e/ou
populações vulneráveis ou em risco de determinado território e formar redes entre
serviços de saúde e políticas sociais de modo a gerar qualidade de vida e autonomia
a sujeitos e comunidades.

Psicólogo no NASF: resultado da pesquisa


➔ O histórico da mudança na atenção à saúde demanda uma revisão do modelo de
atuação profissional que, apesar da resistência, vai ganhando o seu espaço.

➔ O processo de transformação vai aos poucos acontecendo, de uma lógica de trabalho


verticalizada, individual, fragmentada e patologizante, para chegar a um entendimento
do usuário como agente de sua própria saúde e dos profissionais como participantes
que trabalham em uma lógica horizontal e de múltiplos saberes.

➔ As equipes Nasf seriam instância privilegiada para a atuação dos profissionais da


Psicologia na lógica da transversalidade multidisciplinar e humanizada - pesquisa

➔ Apesar de todas as transformações (enxergar a integralidade), não aparece como


profissional fundamental nas equipes.
● Tem como função concretizar no cotidiano de trabalho, os princípios doutrinários e
organizativos do SUS.
➔ CFP: olhar centrado na psicologia clínica (profissional especializado).
➔ Os profissionais têm uma vaga noção da função dentro da NASF, muitos ainda pensam
na atuação clínica.

➔ Reducionismo da psi na saúde pública.


➔ Não faz sentido pensar na dicotomia mente-corpo, a saúde é o todo, não há como
separar mente e corpo.
● Redução do psicólogo ao papel da saúde mental.
★ psicólogo na lógica curativista, emergencial.
◆ A falta de formação e estágios em AB fortalecem essa visão curativista.

➔ As contribuições deste profissional perpassam a potencialização de recursos como


acolhimento, criação de diálogos entre os membros da equipe e entre o serviço e a
comunidade, fortalecimento de redes de auto-cuidado e apoio social nos territórios, etc.

➔ No entanto, a denominação saúde mental, que é usada por grande parte dos psicólogos
que atuam na saúde pública, gera estranhamento quando pensamos na proposta da
Atenção Básica.
➔ Além dos diversos desafios já apontados- desconhecimento sobre o papel do psicólogo
no Nasf; formação deficitária acerca do trabalho em equipe e acerca do SUS, das
políticas públicas e do serviço em rede; lacuna na portaria que institui o Nasf temos
também o desafio de nos faltar recursos para sair do setting clínico/ambulatorial para o
social.

➔ “Há momentos em que o profissional se encontrará em situações nas quais não sabe agir,
em que a equipe estará solicitando e a comunidade cobrando, e isso é o processo de
criação, em que um profissional não é protagonista, mas parte integrante de um todo
que se constitui em prol da saúde.”

➔ Outro grave problema apresentado é a descontinuidade dos projetos montados em


parcerias entre profissionais que entram e saem das equipes com frequente rotatividade.

➔ Princípios doutrinários do SUS:


● Universalidade: supõe acesso igualitário aos serviços e ações de saúde.
● Integralidade: requer ações intersetoriais e uma nova governança na gestão de
políticas públicas.
● Equidade: possibilita a concretização da justiça

➔ Princípios organizativos:
● Regionalização, descentralização político-administrativa e participação popular no
controle social.

Atuação em Políticas de Saúde (12/05)

➔ A atuação do psi não é só a assistência, é a criação de programas, de construção de


políticas públicas.

➔ Pode-se compreender o campo das políticas públicas como “ações, programas, projetos,
regulamentações, leis e normas” que o Estado desenvolve para atender aos interesses da
população.
● O saber psi pode instrumentalizar diversos processos. A psi enquanto ciência e
profissão é convidada a resolver/ responder aos desafios da humanidade.

➔ Heidemann (2010) define as políticas públicas como ações governamentais e de outros


atores que quando implementadas e em conjunto com o resultado de decisões e ações
de outros atores sociais, gera o desenvolvimento social

➔ “No campo da Saúde Coletiva, alguns autores definem as políticas públicas como o
‘conjunto de ações coletivas realizadas pelo Estado e seus agentes, configuradas no
compromisso público e na garantia de direitos sociais’” p.33
● A saúde coletiva é atravessada por questões governamentais

➔ As políticas públicas ganham caráter democrático do exercício do poder com a


participação social de cidadãos, instituições, organizações e de movimentos sociais e
não mais como uma mera intervenção estatal.
● Sem políticas públicas, não teríamos saúde.
● As políticas públicas em saúde têm o poder de controle da população sobre o
Estado.
Interface Psicologia e Política
➔ Dominante: Por um lado, a Psicologia no Brasil vinculou-se ao compromisso com a
normatização, com a adaptação e com a adequação dos indivíduos às normas sociais
existentes.

➔ Disruptiva: Por outro, a Psicologia foi disruptiva dos modelos de atuação tradicionais em
que se buscou modelos alternativos de atuação que colocassem a Psicologia a serviço da
população – com maior posicionamento político.

➔ Compromisso social da psicologia:


● Psi não se compromete em manter a ordem vigente e sim manter a nossa categoria
frente a atuação social.
★ Condições de inclusão de grupos “excluídos”. A Psicologia passa a atuar junto a
grupos populacionais antes excluídos, abrindo uma série de novas questões -
inclusive do ponto de vista formativo,para o exercício de novas intervenções e
de sua reinvenção nos diversos espaços populacionais.
★ A inserção da Psicologia nos vários programas e ações de Saúde na esfera
pública, leva necessariamente ao desmonte de saberes e de especialismos, à
suspensão de verdades e à articulação com a contradição.
★ A atuação no âmbito do SUS deve visar a interdisciplinaridade –de forma a
romper com os modelos institucionalizados.
★ Psi como formador de educação sobre o que fazemos e sobre a saúde.

➔ Tensão entre dois modelos:


● Tradicional: modelo biopsicossocial, fatores de risco e proteção e modelos preditivos
● Perspectiva crítica: busca compreender as significações relacionadas aos processos
de saúde e doença, focalizando nas EXPERIÊNCIAS dos sujeitos inseridos em um
contexto sociocultural

➔ É papel do psicólogo fomentar a autonomia dos sujeitos e das coletividades, procurar


estabelecer possibilidades crescentes de saídas coletivas e solidárias para problemas
que também são coletivos.

➔ Atuação do psi no sus:


● Apoio Matricial às equipes de Saúde da Família na cobertura da Atenção Básica
● E no desenvolvimento de pesquisas e produção científica que espelhe o crescente
interesse pela atuação do psicólogo da saúde no eixo de intervenção voltado para o
melhoramento do sistema de saúde e formulação de Políticas Públicas

A psicologia na Estratégia de Saúde da Família


➔ O psicólogo não faz parte da equipe do ESF (não faz parte da equipe mínima), apenas
oferece suporte, é apenas no NASF (equipe de retaguarda, de saberes especializados).

➔ Programa de Residência Multiprofissional: estratégia para incluir o psi no contexto de


saúde, não apenas saúde mental.
➔ A Atenção Básica é caracterizada por ações em saúde de cunho individual e coletivo que
engloba intervenções.

➔ O trabalho é realizado em equipe e tem por alvo populações de territórios específicos,


nos quais a AB torna-se o contato preferencial dos usuários do SUS, constituindo-se a
porta de entrada e o centro de comunicação da Rede de Atenção à Saúde (Brasil, 2011).

➔ A ESF é composta por médicos, enfermeiros, técnico/ auxiliar de enfermagem, agentes


comunitários de saúde, como dentistas e auxiliares da saúde bucal.

➔ É necessário que o psicólogo consiga se reconhecer como profissional da saúde


integrante de uma equipe interdisciplinar e não somente como especialista na atenção
especializada em saúde mental.

➔ As residências multiprofissionais são consideradas modalidades de ensino de


pós-graduação lato sensu, destinadas às categorias profissionais que fazem parte da
área de saúde, com exceção da medicina

➔ As residências multiprofissionais são programas orientados pelos princípios e diretrizes


do sus e consideradas um modelo de formação em serviço que busca qualificar os
profissionais de saúde para atuarem de forma integral

➔ Os residentes da AB tinham inicialmente intervenções fragilizadas pelo fato da equipe


estar incompletas

➔ Encontraram necessidades na equipe de cuidado e financiamento.

➔ A inserção dos residentes multiprofissionais nas equipes de ESF ocorre com a


necessidade de realizar um diagnóstico de território
● Diagnóstico: mapeamento (trabalho em rede, 3 níveis de atenção, articulação de
todos os níveis da rede), entender as realidades do território.
➔ É necessário conhecer a comunidade, os recursos, as emendas e a realidade dos
usuários, famílias e etc. ○ realizar intervenções efetivas.

➔ Diagnóstico no território ○ fazer um serviço de mapeamento e conseguir conhecer a


realidade
● Entrevistas com os profissionais e visitas domiciliares.
● Mapeamento dos serviços de saúde, fazer uma representação gráfica das
demandas e serviços disponíveis
● A prática de cuidado pressupõe a articulação entre todos os níveis a rede

➔ Após o contato inicial a equipe faz esse mapeamento e as intervenções da psicologia


foram planejadas com outros residentes.

➔ Os preceptores vão ser os seus supervisores .

➔ Compreender o território e inserir a psicologia nesse contexto.


➔ Mas ao inserir a psicologia causou estranhamento as pessoas não sabem o que a gente
faz e o por que a gente tá lá. A ideia é que as residentes fariam psicoterapia

➔ É difícil pensar em uma psicologia que esteja para além da saúde mental.

➔ As demandas também eram da equipe, para falar de si.


➔ Os psicólogos na área da saúde estão concentrados em serviços de saúde da atenção
secundária como CAPS e ambulatório de saúde mental

➔ Residência terapêutica moradia para usuários de pessoas que fazem o uso dos serviços
de saúde mental

➔ Os atendimentos individuais acabam precisando acontecer pq tinha demanda mas foi


breve e o foco foi nas visitas domiciliares a intenção era dar um suporte breve para que
as famílias pudessem continuar

➔ Esteve o desenvolvimento de ações ampliadas realizadas de maneira interdisciplinar

➔ Também foram realizadas estratégias de educação em saúde - articulação ensino serviço


e articulação com outros da rede municipal

➔ Não se restringe a assistência e vai além da hospitalização

➔ Várias articulação CAPS,CREAS, CRAS

➔ Dentre as ações ampliadas foram desenvolvidas intervenções educativas em salas de


espera .
➔ É um trabalho imenso e de formiguinha.

➔ A psicologia precisa estar disposta a se mobilizar a se movimentar para ir atrás dos


espaços e das equipes, o compromisso do psicólogo nesse meio é e movimentar ele
precisa criar articulações e diálogos inclusive com a segurança pública e com a sua
justiça.

➔ A cada nova demanda novas parcerias pq a gente não consegue nada sozinho

➔ Quando a equipe se envolvia o resultado era melhor muitas disputas resultados ruins

➔ Políticas ublicas que ajudem e o trabalho não se limita aum publico, idade, sexo

➔ Ao final d eds anos ele vira especialista na saúde da família- presidente

➔ As palavras chaves são, vínculos, acolhimentos e rede

➔ Sem ser profissional especialista e que todos da equipe sejam capazes de ofertar saúde e
a superação do modelo biomédico

➔ A psicologia trabalha com a escutar tecnologias leves. acolhimento, vínculo, educação


visitas domiciliares são a base na atenção primária ○ centrado na relação e na escuta

➔ Visa fornecer uma perspectiva ampliada de cuidado que visa integração

➔ O psicólogo fortalece e qualifica as ações em saúde.

➔ Os desafios da psicologia nesse contexto


◆ Entrar nesse ambiente
◆ Pensar além da assistência
◆ Trabalhar além da saúde mental
◆ Equipe integrada
◆ Uma formação tradicional que não contribui para esse cuidado
◆ Desenvolvimento do trabalho integrado com a equipe
◆ Difícil compartilhar os casos
◆ Apenas saúde mental e sem lugar na saúde geral

Atenção Primária (13/05)

↱ Produto da crítica ao modelo biomédico


➔ APS (Atenção Primária à Saúde): envolve o Estado, organizações internacionais (OMS),
SUS.
● Está dentro da Atenção Básica
● Saúde é socialmente determinada (D.S.S)
↳ Associado a melhora das condições de vida
da população, que se refere ao conceito
ampliado de saúde (bem estar físico, social,
político, etc).
● Modelo de saúde que visa alcançar a população, horizontalizar a relação
população-estado-saúde.
● Em 1966 o conceito de APS foi definido como “oferta do primeiro contato, adoção da
responsabilidade longitudinal pelo paciente independentemente da presença ou
ausência de doença e integração dos aspectos físicos, psicológicos e sociais da
saúde”.

➔ Segundo a Declaração Oficial da Conferência de Alma-Ata de 1978, a Atenção Primária à


Saúde é fundamentalmente assistência sanitária posta ao alcance de todos os indivíduos
e famílias da comunidade, com sua plena participação e a um custo que a comunidade e
o país possam suportar.
● Marco principal da APS.
★ APS precisa ser o núcleo do sistema de saúde.
★ Chave do futuro em saúde.
● Controle social: a população faz parte da tomada de decisões.

➔ A APS, uma vez que constitui o núcleo do sistema nacional de saúde, faz parte do
conjunto do desenvolvimento econômico e social da comunidade (OMS, 1978).
● Saúde como indicador econômico: condições de vida que determinam a saúde
precisa de dinheiro. Quanto mais dinheiro, melhor/ maior a saúde.

O que é APS?
➔ A Declaração de Alma-Ata definiu que a APS deveria ser orientada de acordo com os
principais problemas sanitários da comunidade e prestar atenção preventiva, curativa,
de reabilitação e de promoção da saúde.

➔ APS deveria no mínimo promover: a promoção de uma nutrição adequada e de um


abastecimento suficiente de água potável; o saneamento básico; a saúde da mãe e da
criança, incluindo o planejamento familiar; a imunização contra as principais
enfermidades infecciosas; a prevenção e a luta contra as doenças endêmicas locais; a
educação sobre os principais problemas de saúde e sobre os métodos de prevenção e
controle correspondentes; o tratamento apropriado para as enfermidades e os
traumatismos comuns.

➔ O informe atribui aos outros níveis os serviços mais especializados e de crescente


complexidade
➔ A principal estratégia de saúde pública é a Atenção Básica.

➔ A APS é então o nível da assistência de um sistema de saúde que OFERECE A ENTRADA


NO SISTEMA para TODAS as necessidades e problemas. A APS:
● 1. Fornece atenção às pessoas (sem reduzir às enfermidades)
● 2. Coordena e integra a atenção fornecida em outros níveis e por parceiros.
● 3. É responsável por organizar e racionalizar o uso de todos os recursos tanto
básicos quanto especializados – DIRECIONADOS PARA A PROMOÇÃO, MANUTENÇÃO
E MELHORA da saúde.
● 4. É a estratégia que INVERTE A LÓGICA e os RECURSOS da saúde da medicina
curativa biomédica para a SAÚDE COLETIVA MULTIPROFISSIONAL.

➔ A APS é qualitativamente diferente da atenção à saúde tradicional em que aspectos


como flexibilidade, contato, continuidade do cuidado são reforçados

➔ APS é feita através de RECURSOS HUMANOS ao invés de TECNOLÓGICOS.

➔ É a estratégia da saúde coletiva feita POR SUJEITOS PARA SUJEITOS.

➔ Atenção Primária: baixo nível de complexidade, tecnologia leve, o trabalho humano é


maior do que as tecnologias (UBS), ir ao lugar, levar a saúde para a população.

➔ Atenção secundária: ambulatórios, CAPS…

➔ APS:
● Atenção Primária à Saúde: modelo de assistência focado nos determinantes sociais
da saúde (DSS).
↳ Saneamento básico, educação, condições de trabalho, moradia, alimentação,
lazer…
● Focada no desenvolvimento da OMS, através da Conferência de Alma Ata
★ Estados membros alteram os modelos de saúde pública para as DSS em
Atenção Primária.

➔ Ditadura militar: trabalhista x previdenciária: dois sistemas de saúde paralelos.


● SUS: junção dos dois sistemas. Saúde para todos, não apenas para quem trabalha
ou para quem contribui para a previdência.

➔ Movimentos sociais que pediam acesso à saúde para todos, saúde como um direito.

➔ SUS (Sistema Único de Saúde):


● Modelo de seguridade social baseada na cidade, visa promover a saúde ao invés de
curar doenças, inverte a lógica do modelo biomédico, reduzir as desigualdades
sociais e garantir a participação popular.
● Cobrou do Estado políticas sociais e econômicas para melhorar a saúde.
● Lei nº 8080/90
★ Dar respostas às necessidades em saúde da população, orientação para
qualidade, responsabilidade e prestação de contas dos governos, justiça social,
sustentabilidade, participação e intersetorialidade.
◆ Atendimento abrangente (não pode ser verticalizado), acessível e baseado
na comunidade (Atenção Primária).
◆ O atendimento deve ser universal, equitativo e integral: princípios
fundamentais do SUS.
↳ TODA AÇÃO DE SAÚDE NO BRASIL PRECISA CONSOLIDAR ESSES TRÊS
PROCESSOS.
➔ Diretrizes e Princípios organizativos do SUS:
● Descentralização do poder, não pode ser uma coisa igual para todos.
● Regionalizado, hierarquizado: quais são as maiores demandas de acordo com as
demandas de saúde, quais serviços são necessários para atender a demanda da
população da região.
● Participação popular: controle social.

➔ A Atenção Básica tem os mesmos princípios do SUS.


● ESF (Estratégia de Saúde em Família)
★ Principal estratégia da Atenção Primária (que é um modelo de atenção)- 1994.
★ Colocar o modelo da APS em prática.
★ Operacionaliza a saúde, atenção básica no Brasil, para fazer essa estratégia
acontecer é necessária a Equipe de Saúde da Família (eSF)
★ “É um modelo de atenção primária operacionalizado mediante
estratégias/ações preventivas, promocionais, de recuperação, reabilitação e
cuidados paliativos das equipes de saúde da família, comprometidas com a
integralidade da assistência à saúde, focado na unidade familiar e consistente
com o contexto socioeconômico, cultural e epidemiológico da comunidade em
que está inserido.” (p.804)
★ Equipe de referência (eSF, principal na AB): profissionais generalistas, são
auxiliados pelo NASF
➢ (médico da família, enfermeiro, dentista)
● eSF (Equipe de Saúde da Família)
★ Porta de entrada, contato primário de pessoas ao sistema de saúde público.
★ Visa operacionalizar a estratégia no Brasil.
★ É composta essencialmente de um grupo interdisciplinar de
profissionais envolvidos na cadeia de assistência integral e primária à saúde.

★ Quanto maior a equipe, menor a demanda nos hospitais.


★ Consolida os princípios do SUS.
● Unidade familiar — é compreendida como a célula biológica e social dentro da qual
o comportamento reprodutivo, os padrões de socialização, o desenvolvimento
emocional e as relações com a comunidade são determinados.
● Comunidade — representa a esfera sociocultural, delimitada essencialmente por
continuidade geográfica e primariamente definida por aspectos semelhantes da
organização da vida dos indivíduos e dependência comum dos mesmos
equipamentos sociais e governamentais.

➔ PNAB (Política Nacional de Atenção Básica): diretrizes.

➔ Não tem Atenção Básica sem vínculo com a população.

➔ NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família)


● Não criar muito vínculo porque não vai estar sempre lá.
● Psi continua como profissional especialista em saúde mental.
● Equipe de retaguarda dá apoio a eSF (corresponsabilidade)
★ Apoio Matricial: método que divide a responsabilidade do cuidado entre a
equipe generalista e especializada.
● NASF e eSF pensam juntos as estratégias- Apoio Matricial
★ Visam realizar uma clínica ampliada
↳ Escuta ampliada sobre condições de saúde, que
englobam diferentes saberes, além de critérios
médicos. Entender o sujeito como um todo.
● PTS: Projeto Terapêutico Singular):
★ Produto das estratégias, visam pensar no plano de ação centrado na pessoa e
contextualizado na realidade, no território.
★ O que o Apoio Matricial e a Clínica Ampliada podem ofertar.
★ Territorial, família ou grupo.

Psicólogo na Atenção Primária à Saúde


➔ Atuação construída coletivamente em diálogo entre universidade, sistema de saúde e
comunidade.
● Apenas a formação não permite fazer a articulação nem o trabalho.
● É necessário comprometimento com a sociedade que vivemos e melhorar a situação.

➔ Territorialização – inserção na comunidade para levantamento de fontes primárias e


secundárias dos aspectos históricos, sociais, econômicos e culturais de um território

➔ MODO DE VIDA e MAPEAMENTO dos recursos disponíveis – potencialidades.

➔ Após a territorialização – CLÍNICA AMPLIADA e ABORDAGEM COMUNITÁRIA

➔ Clínica ampliada – desenvolvimento de estratégias de gestão clínica – acolhimento;


matriciamento; projeto terapêutico singular

➔ Conhecidas as demandas da comunidade identificou-se a demanda de atuação com a


saúde mental; uso de álcool e outras drogas; violação dos direitos das crianças e
adolescentes; desenvolvimento infantil; escuta psicossocial de minorias e suicídio.

➔ Articulação com os serviços do CAPS

➔ Matriciamento e PTS e atendimentos domiciliares individuais

➔ Por meio da articulação saúde-educação foram realizadas intervenções na escola –


construção de espaço de ESCUTA aos professores e estudantes

➔ Abordagens comunitárias – construção de trabalho com grupos fortalecendo a


participação social e articulações intersetoriais.

➔ Grupos podem ser pedagógicos, operativos ou terapêuticos – grupos de acolhimento a


transtornos mentais; grupos de acolhimento a violência de gênero; saúde da mulher entre
outros

➔ Diálogos com o Conselho Tutelar e Assistência social

➔ Diálogos com a população – movimentos sociais em Saúde; associações comunitárias;


pastorais sociais e movimentos LGBTQIAP+

➔ Cabe ao psicólogo atuar para a formação de subjetividades coletivas no território –


empoderamento

➔ A atuação da Psi possibilita o diálogo que emerge da territorialização, permitindo uma


compreensão profunda da determinação social da saúde

➔ A Psi potencializa um diálogo entre a clínica ampliada e a saúde coletiva


➔ Fortalece abordagens comunitárias, participação popular em saúde e o desenvolvimento
da cidadania

➔ Permite uma ampla compreensão sobre os sujeitos, processos de subjetivação e a


realidade histórico-cultural como indispensáveis

➔ O psi não é assistencialista, é para além da assistência.

➔ A atuação está intimamente ligada aos princípios do SUS.

Você também pode gostar