Você está na página 1de 38

A RELEVÂNCIA DO INTERESSE PUBLICO ONDE ESTÁ?

 O controle social é a participação da sociedade na administração pública, com

objetivo de acompanhar e fiscalizar as ações de Governo, a fim de solucionar os


problemas e assegurar a manutenção dos serviços de atendimento ao cidadão. O
desenvolvimento do controle social é uma das diretrizes da Lei de Acesso à
Informação.
 O primeiro CNS, foi fruto autoritário de Getúlio Vargas, foi criado em 1937, com o

objetivo de tornar mais legítimas as instituições do Estado. Nesta época, o Ministério


da Saúde ainda não existia de fato e de direito. O setor Saúde fazia parte do
Ministério dos Negócios da Educação e da Saúde Pública, sendo administrado pelo
Departamento Nacional de Saúde (DNS)
 Seu marco fundamental foi a 8ª Conferência Nacional de Saúde, convocada pelo
governo da Nova República e realizada em 1986, entre os dias 17 e 21 de março,
durante o Governo José Sarney. Pela primeira vez na história do país, a sociedade
civil foi convocada e participou de forma ampla de um debate sobre políticas e
programas de governo. Também pela primeira vez, obteve-se propostas respaldadas
social e politicamente. Propostas que se tornariam base para o estabelecimento de
um novo modelo de saúde. O evento explicita em seu relatório as diretrizes para a
reorganização do sistema. O impacto da Conferência foi tal, que ela ganhou o nome
alternativo de “Constituinte da Saúde”.
 Desde 1990, municípios e estados passaram a constituir os seus próprios Conselhos

de Saúde. Hoje, no Brasil, além do Conselho Nacional de Saúde (CNS), com sede
em Brasília, existem vinte e seis conselhos estaduais de saúde, um conselho do
Distrito Federal, mais de cinco mil conselhos municipais, trinta e quatro conselhos
distritais sanitários indígenas, entre outros.
 QUEM JÁ PARTICIPOU DE CONSELHO DE SAÚDE ANTERIORMENTE?
 QUEM JÁ RECEBEU ALGUMA CAPACITAÇÃO PARA CONSELHEIRO?
 QUEM CONHECE SUAS ATRIBUIÇÕES COMO CONSELHEIRO?
 QUEM CONHECE O REGIMENTO DO SEU CONSELHO?
 QUEM CONHECE AS LEGISLAÇÃO QUE SUSTENTA OS TRABALHOS DO CONSELHO?
 Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos

colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou


previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.

 Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e

hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as


seguintes diretrizes:

 III - participação da comunidade.


 Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados

contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS),


são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da
Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:

 [...]

 VIII - participação da comunidade;


 Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho
Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) são reconhecidos como
entidades representativas dos entes estaduais e municipais para tratar de matérias
referentes à saúde e declarados de utilidade pública e de relevante função social, na
forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).

 {...}

 § 2o Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) são


reconhecidos como entidades que representam os entes municipais, no âmbito
estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde que vinculados
institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus
estatutos. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011)
 Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão depositados

em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob

fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde.


 O regimento Interno deve ser elaborado de acordo com os princípios básicos

estabelecidos na Lei nº 8.080, de 1990, na Lei nº 8.142, de 1990; Resolução CNS

nº 554, de 15 de setembro de 2017; Resolução CNS nº 453, de 10 de maio de 2012;

Resolução nº 333, de 2003, do Conselho Nacional de Saúde, e no Decreto Lei nº

5.839, de 2006;
 A) Estabelecido por lei.
 B) Deve possuir regimento interno, que definirá como será o mandato dos
conselheiros e estabelecerá as regras para o seu funcionamento.
 C) Deve possuir um plenário, estabelecido em seu regimento interno.
 D) Deve ter uma secretaria executiva, subordinada ao plenário.
 E) Deve ter sua estrutura e a dimensão de sua secretaria executiva definida pelo
plenário, bem como o numero de pessoas na sua parte administrativa e como
trabalharão.
 A) o numero de conselheiros será indicado pelo plenário do conselho e das
conferencias de saúde e deve ser definido na lei de criação do conselho.
 B) O mandato dos conselheiros não deve coincidir com o mandato do governo.
 C) A resolução 333/2023 sugere a duração de 2 anos para o mandato podendo ser
reconduzidos.
 D) O conselho deve ter um presidente eleito por seus membros. A escolha deve
ser divulgada para que a sociedade indique seus representantes.
 E) A escolha dos conselheiros pode ser feita por eleição ou indicação, conforme
regimento interno.
 F) O conselho exerce suas atribuições através de seu plenário.
 G) Podem ser criadas comissões.
 H) O Plenário deve se reunir uma vez por mês, ordinariamente, ou sempre que
necessário, extraordinariamente.
 i) As reuniões plenárias são abertas ao publico.
 J) A pauta e material de apoio das reuniões deve ser encaminhada com
antecedência mínima de 10 dias para os conselheiros para que os assuntos sejam
previamente conhecidos.
 L) Devem ser redigidas Atas das reuniões.
 M) O quórum é o numero mínimo para que o conselho possa tomar decisões. Sem
ele as decisões não terão validade.
 N) A alteração da organização do conselho deve ser conforme a lei.
 O) Para alterar a organização é necessário que o próprio conselho faça a proposta
e vote em reunião plenária. O gestor precisa homologar essa mudança.
 P) O plenário deve tornar publica as suas decisões por meio de documentos, tais
como resoluções, recomendações, moções e propostas.
 Q) As resoluções devem ser homologadas pelo prefeito em 30 dias e devem ser
divulgadas oficialmente. Caso não ocorra o conselho deve buscar sua validação.
 R) O conselho pode recorrer, quando necessário, ao ministério publico.
 A) Os gestores devem prestar contas dos gastos ao conselho.
 B) O conselho de acompanhar se o Plano de Saúde está sendo cumprido. Caso não,
deve convocar o gestor para dar justificativas a fim de propor correções.
 C) A prestação de contas deve acontecer a cada três meses.
 D) essa prestação de contas acontece por meio de relatório detalhado.
 O relatório de prestação de contas deve conter pelo menos as seguintes
informações:
 Como estão sendo executadas as ações de saúde;
 Relatório de Gestão;
 Recursos financeiros: quando e como foi aplicado;
 Auditorias realizadas no período;
 Produção e a oferta de serviços do SUS;
 O ponto de partida para atuação dos conselheiros de saúde são as necessidades
da comunidade.
 Os conselheiros são a ligação entre o conselho de saúde e o grupo social que
representam.
 Não podemos confundir o trabalho do conselho de saúde com o trabalho da
secretaria de saúde.
 O conselho propõe o que deve constar na política de saúde e fiscaliza sua
execução e a utilização de recursos financeiros.
 Para acompanhar e fiscalizar os conselheiros precisam estar muito bem
informados a respeito das questões de saúde.
 Quais os problemas de saúde mais comuns na população?
 Qual o numero de atendimentos realizados nos postos de saúde, centros de saúde,
hospitais a cada mês?
 Quais as especialidades oferecidas na unidades de saúde?
 Qual a quantidade de vacinas disponíveis, aplicadas e previstas para próxima
campanha?
 Os conselheiros podem visitar hospitais, centros e postos de saúde, clinicas
vinculadas ao SUS para verificar a qualidade dos serviços prestados: observar se
há filas, equipamentos adequados etc.
 Podem ouvir usuários e trabalhadores de saúde, elaborando relatório da situação
encontrada.
 Esse relatório deve ser apresentado em reunião do plenário do conselho de saúde,
para que se adote as medidas legais necessárias.
 O conselho deve ajudar a Secretaria de Saúde a trazer para a realidade o que está
no Plano de Saúde do município.
 Conselheiro não tem função executiva. As deliberações são feitas pelo
consentimento do plenário do conselho.

 O Conselho é soberano e deliberativo. O que ele decide deve ser cumprido.


 Um conselheiro pode perder o seu mandato por excesso de faltas às reuniões, por
conduta não condizente ao seu papel de conselheiro, ou por assumir cargo na
administração pública incompatível com a sua função. O regimento interno do
Conselho de Saúde pode estabelecer outros motivos que levem à perda do mandato.
 ETICA – Conjunto de princípios e disposições voltados para a ação com objetivo
de validar as ações humanas.
 VOLUTÁRIO – É aquele que por interesse pessoal e espírito cívico dedica parte do
seu tempo, sem remuneração alguma a atividades voltadas ao bem estar social
(ONU)
 COMPROMISSO - quando se assume o compromisso de ser voluntário, deve-se
cumpri-lo com assiduidade e disciplina.
 Despertar na sociedade o interesse pela participação para o fortalecimento e

melhoria do SUS, servindo como ligação entre quem utiliza a saúde e quem
elabora e executa as políticas de saúde.

 Criar regras que digam como o conselho deve funcionar e o que cada conselheiro

deve fazer. Além de acompanhar como o dinheiro da saúde está sendo gasto, os
conselhos podem propor como gostariam que os gastos com saúde acontecessem,
tanto no setor público como no privado.
 Definir a direção para atuação dos gestores na saúde, pois os conselheiros

acompanham de perto como está a saúde da população e como estão sendo


oferecidos os serviços.

 Saber sobre as principais doenças da comunidade e suas causas e como estão

sendo prestados os serviços de saúde na cidade.

 Trabalhar em conjunto com outros conselhos, como os de assistência social, meio

ambiente e outros para colaborar na definição da direção para as politicas e para a


fiscalização da atuação dos gestores na saúde.
 Podem enviar sugestões de leis sobre saúde para os vereadores, avaliando os

programas de saúde existentes e propondo melhorias.

 Podem definir qual a melhor localização para determinada unidade de saúde, pública

ou privada, conveniada ao SUS, bem como se a unidade se a unidade a ser colocada à


disposição da população fará procedimentos mais simples ou mais complexos.

 Isso tudo considerando a necessidade da população daquela área e os princípios do

SUS de atendimento a todos, de acordo com as particularidades de cada região.

 POR ISSO PRECISAM CONHECER A REALIDADE ONDE VÃO ATUAR!!!


 Analisar a prestação de contas da gestão de saúde por meio, principalmente, do
RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO – RAG. Esse relatório deve ser encaminhado ao
conselho com antecedência para que ele haja tempo suficiente para avaliar as
informações ali existentes.

 Havendo dúvidas ou necessidades de apuração de denuncias podem ser acionados


outros órgãos, tais como: TCU, CGU, Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado
ou Municipios, etc...

 Por outro lado, se alguém ou alguma entidade se sentir prejudicada por uma decisão
do conselho e entrar com recurso contra ele, o próprio conselho pode analisá-lo.
 A) As secretarias de saúde devem garantir que os conselheiros possuam
independência.
 B) Os recursos financeiros possibilitam que o conselho mantenha sua estrutura
administrativa e logística (sala própria, móveis, telefone, computador, internet e
etc..)
 C) Garantem o deslocamento de conselheiros e materiais de divulgação, além de
custear ações de educação.
 D) A realização das conferências de saúde também faz parte das atividades a
serem realizadas com a dotação orçamentária.
 1 – COLEGIADO;
 2 – PERMANENTE;
 3 – DELIBERATIVO.

 IMPORTANTE: o Conselho de Saúde não é subordinado ao Poder Executivo – ao


prefeito, ao governador ou ao secretário de saúde
 AUTONOMIA ADMINISTRATIVA
 DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
 AUTONOMIA ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
 ORGANIZAÇÃO DA SECRETARIA EXECUTIVA
 CAPACITAÇÃO DOS CONSELHEIROS
 LEI COMPLEMENTAR Nº 141, DE 13 DE JANEIRO DE 2012

 Art. 36. O gestor do SUS em cada ente da Federação elaborará Relatório detalhado
referente ao quadrimestre anterior, o qual conterá, no mínimo, as seguintes informações:
 I - montante e fonte dos recursos aplicados no período;

 II - auditorias realizadas ou em fase de execução no período e suas recomendações e


determinações;
 III - oferta e produção de serviços públicos na rede assistencial própria, contratada e
conveniada, cotejando esses dados com os indicadores de saúde da população em seu
âmbito de atuação.
 § 1o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão comprovar a

observância do disposto neste artigo mediante o envio de Relatório de Gestão ao

respectivo Conselho de Saúde, até o dia 30 de março do ano seguinte ao da execução

financeira, cabendo ao Conselho emitir parecer conclusivo sobre o cumprimento ou não

das normas estatuídas nesta Lei Complementar, ao qual será dada ampla divulgação,

inclusive em meios eletrônicos de acesso público, sem prejuízo do disposto nos arts. 56 e

57 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000.


 § 2o Os entes da Federação deverão encaminhar a programação anual do Plano de
Saúde ao respectivo Conselho de Saúde, para aprovação antes da data de
encaminhamento da lei de diretrizes orçamentárias do exercício correspondente, à qual
será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público.
 Art. 44. No âmbito de cada ente da Federação, o gestor do SUS disponibilizará ao
Conselho de Saúde, com prioridade para os representantes dos usuários e dos
trabalhadores da saúde, programa permanente de educação na saúde para qualificar
sua atuação na formulação de estratégias e assegurar efetivo controle social da
execução da política de saúde, em conformidade com o § 2º do art. 1º da Lei nº 8.142, de
28 de dezembro de 1990.
 Art. 36. O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS)
será ascendente, do nível local até o federal, ouvidos seus órgãos deliberativos,
compatibilizando-se as necessidades da política de saúde com a disponibilidade de
recursos em planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da
União.
 § 1º Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível
de direção do Sistema Único de Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto na
respectiva proposta orçamentária.
 § 2º É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não
previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade
pública, na área de saúde.
 Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios
localizados em Território Federal, exceto quando:

 III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção
e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
 https://acessoainformacao.es.gov.br/o-que-e-controle-social
 https://conselho.saude.gov.br/biblioteca/livros/Manual_Para_Entender_Controle_
Social.pdf

Você também pode gostar