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ANA KELLY BARROZO ROSA

FERNANDA ANTÔNIA FIDELIS VIANA


JONATAS ARIEL CARVALHO DOS SANTOS

CONFERÊNCIAS DE SÁUDE
(Nacional, Estadual e Municipal)

RIO DE JANEIRO
2019
ANA KELLY BARROZO ROSA
FERNANDA ANTÔNIA FIDELIS VIANA
JONATAS ARIEL CARVALHO DOS SANTOS

CONFERÊNCIAS DE SÁUDE
(Nacional, Estadual e Municipal)

Trabalho apresentado ao Curso


de Enfermagem, como requisito
para obtenção de nota na
disciplina de Produção de Texto.
2º Período. Noite.

Prof.ª Roseane Adão.

RIO DE JANEIRO
2019
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................ 3

CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE ...................................................................4

CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SAÚDE ...................................................................5

CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE ................................................................. 5

CONCLUSÃO ............................................................................................................ 7

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 8


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INTRODUÇÃO

As Conferências de Saúde se iniciaram há 70 anos, cumprindo o disposto no


parágrafo único do artigo 90 da Lei n.º 378, de 13 de janeiro de 1937. A
obrigatoriedade da realização das Conferências de Saúde foi mantida, em 1990,
quando a Lei n.º 8.142 as consagrou como instâncias colegiadas de representantes
dos vários segmentos sociais, com a missão de avaliar e propor diretrizes para a
formulação da política de saúde nos níveis municipais, estaduais e nacional.

Também a partir da Lei n.º 8.142 ficou estabelecida uma periodicidade de


quatro anos para a realização das Conferências de Saúde, que deveriam contar,
necessariamente, com a participação dos movimentos sociais organizados, das
entidades ligadas à área da Saúde, dos gestores e dos prestadores de serviços de
saúde.

A cada nova Conferência tem sido observado um aumento importante da


participação da sociedade civil, fenômeno que garante a definição de políticas de
saúde cada vez mais democráticas. As Conferências são fóruns privilegiados que a
sociedade civil possui para discutir e apontar soluções para os problemas que
envolvem a saúde da população brasileira.

É nos espaços das Conferências que a sociedade se articula para garantir


os interesses e as necessidades da população na área da Saúde e assegurar as
diversas formas de pensar o SUS, assim como para ampliar, junto à sociedade, a
disseminação de informações sobre o Sistema, para fortalecê-lo.
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CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE

Quando se fez valer o parágrafo único do artigo 90 da Lei n.º 378, de 13 de


janeiro de 1937, na realização da 1ª Conferência Nacional de Saúde, iniciava-se um
debate periódico e sistemático sobre a saúde no país, apontando as diretrizes de
formulação de políticas para a área nas esferas de gestão municipal, estadual e
nacional. Com a Constituição Federal de 1988, a participação comunitária no
contexto da saúde é estabelecida, sendo regulada pela Lei nº 8.142/90 e definida a
partir das conferências e dos conselhos de saúde, nas três esferas de governo, e
também em colegiados de gestão nos serviços da área.

No artigo 1º desta lei, estabelece-se que:

“O SUS contará, ema esfera de governo, sem prejuízo das funções


do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: I – a Conferência
de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com representação dos vários
segmentos sociais, para avaliar a situação da saúde e propor as diretrizes para a
formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo
Poder Executivo ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de Saúde;
(...)”.

Até 2015, foram realizadas 15 Conferências Nacionais de Saúde. Entidades


ligadas à área da saúde, gestores e prestadores de serviços do setor, sociedade civil
organizada e usuários ganham legitimidade para ocupar esses espaços. Um esforço
no sentido de fazer valer a democracia popular e a gestão participativa no Sistema
Único de Saúde (SUS).

As deliberações discutidas nas Conferências Nacionais de Saúde são


resultantes dos debates ocorridos nos estados, através das Conferências Estaduais,
que, por sua vez, resultam das propostas decorrentes das Conferências Municipais.
É esta representatividade local que garante a legitimidade do evento como instância
colegiada dos vários segmentos representados. As Conferências proporcionaram
transformações históricas para a gestão da saúde no Brasil, como no caso da 8ª
Conferência Nacional de Saúde, em 1986, cujo relatório final serviu de base para a
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elaboração do capítulo sobre saúde da Constituição Federal de 1988, resultando na


criação do SUS.

CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SAÚDE

A Conferência de Saúde é o fórum de debate, entre todos os segmentos da


sociedade representada através de entidades, com a finalidade de avaliar a situação
de saúde do Estado, fixar diretrizes da política de saúde, definir e priorizar propostas
para melhorar a qualidade dos serviços de saúde do Estado, proporcionando à
população melhor qualidade de vida. Avaliar experiências e avanços organizacionais
dos conselhos de saúde é condição imprescindível para o aprimoramento e ajustes
comuns na consolidação desta instituição mediadora entre o Estado e a Sociedade.

Atualmente vivemos em um processo de afirmação democrática na


concepção da gestão do interesse público na área da saúde. Todo processo de
descentralização e municipalização da saúde condiciona-se a existência legal da
instância do controle social, o conselho de saúde, ainda que persistam entraves
culturais e políticos para que esse exercício se faça pleno e de direito.

CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE

A Conferência reúne segmentos representativos da sociedade, para debater


a situação de saúde e propor diretrizes para a formulação da política de saúde. É
convocada pelo chefe do Poder Executivo, e excepcionalmente pelo Conselho
Municipal, a quem cabe estabelecer a periodicidade de convocação, estruturar a
comissão organizadora, e convocar a sociedade para a participação nas pré-
conferências e conferências.
As datas das conferências municipais devem estar em acordo com a data da
conferência estadual e nacional, sempre observando a legislação municipal,
lembrando que não podem ocorrer com periodicidade maior do que a cada quatro
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anos. O Conselho Nacional de Saúde define a data da Conferência Nacional, a partir


daí, o estado define a data de sua conferência, permitindo ao município agendar a
sua. Então acontecem as municipais com a eleição de seus delegados, que
participam da estadual com a eleição de delegados para participarem da nacional. O
delegado eleito recebe uma “ delegação” para, em nome dos outros colegas, levar,
discutir e propor o que ficou definido em seu território. Ele não tem autonomia, ele
representa seus pares. Pode haver conferência municipal exclusiva e prévia à
elaboração do Plano Municipal de Saúde (PMS), assim como outra com assunto
específico, independentemente das conferências estadual e nacional, desde que
acordada entre o conselho e a gestão, com tema e objetivos definidos.
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CONCLUSÃO

Convocadas pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, pelo Conselho


de Saúde, as Conferências têm como objetivos principais avaliar a situação de
saúde e propor diretrizes para a formulação da política de saúde nos três níveis de
gestão. Isso significa dizer que as deliberações das Conferências devem servir para
orientar os governos na elaboração dos planos de saúde e na definição de ações
que sejam prioritárias nos âmbitos estaduais, municipais e nacional.

Sendo assim, fortalecer o controle social e a gestão participativa, enquanto


política de um governo democrático popular representa o compromisso de
identificar, desencadear e fortalecer dispositivos que promovam a participação da
população.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BRASIL. Lei Complementar nº 141. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp141.htm. Acesso em: 19 set.
2019.
2. CONFERÊNCIAS DE SAÚDE. Reforma Sanitária Brasileira. Disponível em:
https://pensesus.fiocruz.br/conferencias-de-saude.htm. Acesso em: 19 set. 2019.
3. MINISTÉRIO DA SAÚDE. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Conselhos de
saúde: a responsabilidade do controle social democrático do SUS. Disponível
em: http://www.conselho.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?
conteudo=53. Acesso em: 20 set. 2019.
4. O QUE É CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE. Disponível em:
https://brasilsemaborto.org/mobilizacao-social/voce-sabe-o-que-e-conferencia-
nacional-de-saude.htm. Acesso em: 20 set. 2019.

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