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Módulo 4

Democracia e Controle Social no SUS

Priscilla Viégas
Terapeuta Ocupacional, Especialista em Saúde Mental, Mestra em
Direitos Humanos
Direitos...
De quem?
Pra quê?
✓ Origem: Revolução Industrial e movimento da classe
operária na Europa: séc. XVIII e XIX.

✓ Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948):


dignidade humana e solidariedade;

✓ Constituições desde a do Império (1824) até a Cidadã


(1988);

✓ Art. 6º da Constituição Federal uma série de direitos sociais


mais ou menos abstratos, que precisam ser regulamentados
por outras leis, mas que definem a essência daquilo que a
nação compromete-se a garantir. Entre eles estão o direito
à educação, à saúde, à alimentação, ao trabalho, a moradia,
ao lazer, a segurança, a previdência social, proteção à
maternidade e à infância e à assistência aos desamparados.
Art. 1o A República Federativa do
Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana
IV - os valores sociais do trabalho e
da livre iniciativa
V - o pluralismo político

Parágrafo único. Todo o poder


emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta
DEMOCRACIA Constituição. (CONSTITUIÇÃO
FEDERATIVA DO BRASIL, 1988)
❖ Constituição de 1988:

• Art. 196: Saúde é direito de


todos e dever do Estado.

• Art. 198: As ações e serviços públicos


de saúde integram uma rede
regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único,
organizado de acordo com as seguintes
diretrizes:

I.–descentralização, com direção única


em cada esfera de governo;
II.– atendimento integral, com prioridade
para as atividades preventivas, sem
prejuízos dos serviços assistenciais;
III.–participação da comunidade.
Os Conselhos de Saúde não surgem somente quando da promulgação
da Constituição Cidadã de 1988; no entanto, o controle social do SUS
como conhecemos só passa a existir quando instituímos o Estado
Democrático de Direito. O que tem a ver com os desafios e conquistas
enfrentados pela sociedade brasileira nos diferentes momentos
históricos vividos no país.
Saúde atendendo interesses do Embrião da Previdência Sociais:
mercado. Acesso à saúde CAPs → IAPs. Modelo de saúde
exclusivo às elites. Demais curativista. Favorecimento do
pessoas: caridade. setor privado. Ditadura.

Modelo de Saúde Campanhista. Movimento da Reforma


Conselhos de Saúde composto Sanitária Brasileira. Saúde como
por indicações da gestão. Direito. 8ª Conferência Nacional
de Saúde: marco da
participação social.
Constituição cidadã.
Deliberativo,
Permanente,
Colegiado
Informação,
Acompanham
Educação e
ento gestão
Comunicação
SUS
em Saúde

Resolução CNS
nº 453/2012

Delibera os Mobilização e
PROGRAMAS articulação
E PLANOS DE sociedade
SAÚDE Conferências
Força de
trabalho do
SUS
O que Conselhos NÃO são:
Órgãos responsáveis Subordinados ao Poder
pela gestão ou Executivo
execução de serviços

Atribuição do Poder O executivo tem a obrigação


legal pela manutenção e
Público!
garantia do espaço e ações
Aos Conselhos cabe a do controle social, que deve
participação na gestão da ter total autonomia e
Política Pública efetividade.
Conferências de Saúde
• Grande espaço de participação social e popular no qual a sociedade civil organizada pode,
junto com gestão e demais representações, analisar avanços e desafios do SUS, propor
ações e políticas a serem realizadas pelo Poder Executivo.

• As propostas elaboradas nas Conferências têm o valor de deliberações que devem ser
cumpridas pelo Poder Público como parte do Planejamento da Saúde.
“A teoria sem prática vira
verbalismo, assim como a
prática sem teoria, vira
ativismo. No entanto, quando
se une a prática com a teoria,
tem-se a práxis, a ação criadora
e modificadora da realidade.” Obrigada!
priscilla.barreto@ufpe.br

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