Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Governador do Estado do Maranhão
Flávio Dino de Castro e Costa
Equipe de Elaboração
Pesquisa e redação: Andressa Brito Vieira e Tainan dos Santos Pereira.
Revisão: Ivana Marcia Moraes Braga e Liliane Maria Silva
Capa e miolo: Felipe Frazão
Diagramação: Ivana Marcia Moraes Braga
Olá Cursista,
Tudo bem?
Você está iniciando o Módulo II: Os Conselhos e seus Instrumentos de Gestão. Neste
módulo você acessará informações sobre o histórico e institucionalização dos
Conselhos, aspectos relevantes para sua gestão como a estrutura e funcionamento
deles, aspectos importantes para Conselheiras e Conselheiros e a apresentação de
alguns apontamentos para reflexão.
Para que você tenha um bom aprendizado neste Módulo e em todo o curso é
imprescindível que você estude esse material, e em seguida, recorra ao material
complementar, assim como, assista às videoaulas e responda as atividades propostas,
possibilitando melhor compreensão.
Tema:
Os Conselhos e seus Instrumentos e Gestão.
Objetivo específico:
Apresentar conteúdos relativos à história da institucionalização dos
conselhos, seus instrumentos de gestão, e aspectos necessários para a
rotina de intervenção do conselheiro/a.
Principais tópicos
4.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
5.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
Em relação à História dos Conselhos destaca-se que antes de 1988 foram criados
o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Lei nº 4.319) em 1964 e o
Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) em 1985.
No entanto, eles foram instituídos em um contexto de Ditadura civil - militar, no
qual características como democracia e participação popular foram banidas do
cenário político fazendo com que os conselhos não tivessem potencialidade de
ação, principalmente no que se refere à participação da sociedade civil.
6.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
Acima pontuou-se que os conselhos podem ser consultados, intervir, criar normas
e aplicar sanções, e todas essas ações podem ser realizadas a partir da participação
dos conselheiros/as no ciclo das políticas públicas. Mas e o que são Políticas
Públicas? E como os Conselhos podem intervir no seu processo?
"Políticas públicas são decisões que envolvem questões de ordem pública com
abrangência ampla e que visam à satisfação do interesse de uma coletividade.
Podem também ser compreendidas como estratégias de atuação pública,
estruturadas por meio de um processo decisório composto de variáveis complexas
que impactam na realidade. São de responsabilidade da autoridade formal
legalmente constituída para promovê-las, mas tal encargo vem sendo cada vez mais
compartilhado com a sociedade civil por meio do desenvolvimento de variados
mecanismos de participação no processo decisório. As políticas públicas são a
concretização da ação governamental."
(Antônio Eduardo Amabile, 2012)
7.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
?
Agora você deve estar se perguntando - em qual
desses momentos os Conselhos podem participar?
8.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
FUNDOS ESPECIAIS
9.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
10.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
IMPORTANTE:
Considere as hierarquias das
normas, ou seja, as nacionais se
sobrepõem as estaduais que se
sobrepõem as municipais;
1 Ver material completar “Legislação que disciplina os conselhos de políticas públicas tanto na esfera
11.
federal quanto nas esferas estaduais e municipais” disponibilizado no ambiente virtual.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
Os Conselhos Nacionais
Os Conselhos Estaduais
Os Conselhos Municipais
Importante:
Nenhum Conselho (nacional, municipal ou estadual) deve
estar subordinado ao órgão público ao qual é vinculado
administrativamente. Os Conselhos possuem autonomia
para tomar suas decisões.
13.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
Estruturas internas
Presidência
- Quem preside tem a função de representar o onselho e desenvolver os atos
administrativos necessários para que o conselho funcione;
- As legislações específicas dos Conselhos definem como o presidente será
escolhido. Algumas formas de escolha são presidente nato, indicação, eleição
alternada ou rotativa.
Coordenação do Conselho
- Geralmente desenvolvida pelo presidente
do Conselhos, às vezes essa missão é compartilhada com uma Mesa Diretora ou
Presidência Ampliada, dependendo de como está disposto na legislação específica.
Plenária
- Também chamado Plenário ou Pleno, momento em que todos os conselheiros/as
se reúnem para deliberar assuntos relevantes.
Grupos Temáticos
Esses grupos possuem caráter transitório e são formados a partir de uma
necessidade também transitória, cuja organização pode seguir, igualmente, a
proposta indicada para as comissões permanentes.
Secretaria Executiva
- A secretaria executiva tem a função de prestar auxílio técnico e administrativo ao
grupo de conselheiros/as.
15.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
Recursos
- Os conselhos estão vinculados ao poder público,
desse modo os recursos (infraestrutura, recursos
humanos e orçamentários) devem ser providos
pelo órgão ou instituição a qual o Conselho está
ligado.
- Os conselheiros/as geralmente não recebem
salário, mas em pouquíssimos casos existem
conselhos que pagam um valor aos
conselheiros/as como forma de retribuição ao
tempo investido. Esse valor é pago na forma de
jetons.
Fonte: Escola Virtual do Governo, 2020
16.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
[2] Também é importante que você conheça os Princípios da Administração Pública, conhecidas como LIMPE
(Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência) que podem contribuir com a atuação dos Conselhos.
(CONSTITUIÇÃO FEDERAL, Artigo 37,1988).
19.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
Autonomia - O Conselho deve ter identidade própria e autonomia para tomar suas
decisões como órgão colegiado. A autonomia não é gratuita, ela precisa ser
conquistada por meio de sua atuação competente e sua capacitação técnica, com
respeito e observância dos princípios e da legislação que regem o Conselho;
também pela responsabilidade e comprometimento com as demandas sociais da
temática ou segmento social que representa. Suas diretorias são eleitas entre
conselheiros/as que garantem ao Conselho poder deliberativo, de fiscalização e de
tomar as decisões de forma independente.
Fonte: (Adaptado de FELIX, 2016)
20.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
21.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
Representação;
Promoção da Gestão Interna;
Fortalecer os espaços da articulação da sociedade civil;
Fazer circular as informações;
Prestar contas à Sociedade e ao Estado;
Influir na política para garantia de direitos, em todos os níveis;
Ter postura ética e de defesa dos interesses públicos e coletivos;
Articulação das políticas e integração das ações com outros conselhos;
Defesa da autonomia do Conselho.
Fonte: FELIX, 2016
Para ter acesso aos detalhamentos sobre essas funções, ver Infográfico disponibilizado nos anexos.
22.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
23.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
Renúncia
O vínculo também pode ser interrompido com o pedido de renúncia do
conselheiro/a, ou seja, a solicitação da quebra do vínculo por vontade própria do
conselheiro/a ou conselheira. Se a vaga for institucional, o/a renunciante deve ser
substituído/a por outro/a representante oriundo/a do mesmo órgão ou entidade. Se
a vaga for individual (como casos de notório saber), deve haver novo processo de
escolha.
(Escola Virtual de Governo,2020).
24.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
25.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
Embora o Decreto não se aplique à Conselhos instituídos por Lei, os que foram
criados por Decreto seriam impactados. São exemplos o Conselho Nacional dos
Direitos da Pessoa com Deficiência (CONADE) - Decreto nº 3.076/1999, Conselho
Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de LGBT
(CNCD/LGBT) - Decreto nº 3.952/2001 e Conselho das Cidades - Decreto 5790/2006.
Para alguns analistas essa proposta era “uma tentativa
de restringir as formas de acesso ao Estado, reduzindo ou
extinguindo qualquer iniciativa associada ao controle
democrático e à participação” (BEZERRA; SZWAKO; et al,
2019).
Este decreto causou bastante polêmica, e alguns
pedidos foram protocolados para tentar barrá-lo na Justiça
Federal. No mês de junho de 2019 o STF, em decisão
liminar, ou seja, provisória limitou o alcance do Decreto.
26.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
Não basta a boa vontade nem a dedicação dos representantes para que as
políticas propostas e defendidas pelos conselhos levem em conta os
interesses das classes populares e não apenas das elites e do mercado. É
preciso que os conselheiros conheçam a realidade local e sejam capacitados
para fazer suas intervenções conectados aos grupos que estão representando
e não apenas se colocando como figurantes “democráticos” num cenário que
se mantém o mesmo.
(Revista Repente, 1999).
Abaixo, uma lista de dicas que podem potencializar a ação dos conselheiros e
conselheiras e o alcance das atividades dos Conselhos:
28.
MÓDULO II: OS CONSELHOS E
SEUS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
REFERÊNCIAS
BEZERRA, Carla; SZWAKO, José; ROMAO, Wagner; Vello, Bruno. Um decreto contra a
participação. Os riscos à democracia no Brasil. Carta Capital, 2019. Disponível em:
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/um-decreto-contra-a-participacao-os-
riscos-a-democracia-no-brasil/Acesso em: 09 abr. 2020.
CASTRO, Carmem Lúcia Freitas de. Conselho. In: CASTRO, Carmem Lúcia Freitas de;
GONTIJO, Cynthia Rúbia Braga; AMABILE, Antônio Eduardo de Noronha (orgs).
Dicionário de Políticas Públicas. Barbacena: EdUEMG, 2012. p.82-84.
29.