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Resumo
O presente trabalho traz um estudo acerca dos conselhos de direito como instância de controle
social na defesa dos direitos das crianças e adolescentes no âmbito da gestão municipial,
sendo fundamentais enquanto instâncias de participação social para defesa e garantia de
direitos pela sociedade as políticas públicas. Versando sobre as legislações existentes que
trazem a efetivação de tal órgão, e ainda destacando o Conselho Municipal dos Direitos das
Crianças e dos Adolescentes, que tem por responsabilidade formular e deliberar políticas
públicas neste eixo de acordo com as prerrogativas do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Palavras - Chave: controle social; participação socia; criança; adolescente; política pública.
Abstract
The present work brings a study about the councils of law as an instance of social
control in the defense of the rights of children and adolescents in the scope of the
municipal management, being fundamental as instances of social participation for the
defense and guarantee of rights by the society the public policies. Dealing with the
existing laws that bring the effectiveness of such a body, and also highlighting the
Municipal Council for the Rights of Children and Adolescents, which is responsible for
formulating and deliberating public policies in this axis in accordance with the
prerogatives of the Statute of the Child and Adolescent.
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo irá abordar acerca dos Conselhos de Direito como Controle Social
na Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes na Gestão Municipal, sendo este um
equipamento de suma importância no controle social no âmbito da administração pública pelo
eixo de participação e controle social de políticas públicas.
1
ericeiratatiane@gmail.com
2
andreamendonca24@gmail.com
Faz-se uma breve reflexão acerca da Participação social, enquanto mecanismo que está
atrelado ao exercício da cidadania e do sujeito enquanto ser atuante frente as instâncias de
participação social. Neste sentido, a participação social torna-se um instrumento crucial para o
funcionamento de um Estado Democrático de direitos, a partir de tal, realizaremos uma breve
análise, sobre os Conselhos de Direito e estes promovem a sua organização/funcionamento de
maneira democrática, transparente frente a esfera municipal, atendendo ainda aos interesses
sociais e realizando o controle social de políticas de direitos. Ressaltando, as legislações que
versam acerca do funcionamento e implementação deles em âmbito municipal.
Pontua-se também uma contextualização histórica do Controle Social e conselho,
tomando como referência a constituição de 1988, que é considerada uma marco na garantia de
direitos e de políticas públicas, buscando identificar o desenvolvimento do controle social a
partir da mesma, destacando os conselhos, como mecanismos de controle social na
administração pública, pontuado a relação entre Estado e Sociedade no desenvolvimento e
implementação das políticas públicas, bem como as possibilidades da efetiva participação
popular.
No que remete ao controle social das políticas de defesa dos direitos da criança e do
adolescente, é colocada a importância de utilizar as potencialidades desse espaço de exercício
da democracia, através da democratização da gestão das políticas públicas e do fortalecimento
da participação da sociedade civil. Os Conselhos de Direito representam a materialização do
controle social, do instrumento de monitoramento e de defesa da efetivação de direitos
conquistados por meio da sociedade.
Pontuando ainda, o resgate histórico dos direitos das crianças e adolescentes no Brasil,
sendo possível perceber que este é marcado por lutas e conquistas sociais, onde o
reconhecimento através da Constituição Federal e criação de uma Lei que tratam
especificamente da criança e adolescente como um todo, foi um grande avanço para o país,
que no seu decorrer histórico teve algumas constituições e processos de redemocratização, até
a Constituição de 1988 que os dias atuais está em vigor.
Neste trabalho, será abordado como exemplificação de Conselho de Direito o que é
instituído em âmbito municipal que versa sobre os Direitos das Crianças e dos Adolescentes,
que tem como responsabilidade formular e deliberar políticas públicas relacionadas a crianças
e adolescentes. Considerando-se a relevância da temática abordada por este trabalho, o
presente artigo científico tem como problema de
pesquisa: Como o Conselho de Direito como organizações democráticas podem promover a
democracia, transparência e o controle na gestão municipal? Para fundamentar tal
questionamento há a necessidade de se fazer uma revisão bibliográfica capaz de permitir que
a temática investigada atinja o objetivo geral da pesquisa que é mostrar a importância do
controle social na efetivação de direitos.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A participação popular é garantida desde o 1° artigo “todo poder emana do povo, que
o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição”
evidenciando através desta, constituição, e de muitas outras leis (como a Lei de Diretrizes
Orçamentária, Lei de Responsabilidade Fiscal etc.) a garantia da participação popular nos
espaços de gestão pública.
Todo e qualquer cidadão pode estar participando, efetivamente, da gestão pública
através do controle social, um importante mecanismo criando para facilitar essa participação
foi a criação dos Conselhos de políticas públicas, nas instâncias – Municipal, Estadual e
Nacional, pois o controle social como, mecanismo de participação social na gestão pública,
compreende a participação cidadã nas três esferas governamentais: legislativo, executivo e
judiciário.
Os chamados Conselhos de Políticas Públicas foram criados com o objetivo de
operacionalizar os ideais participativos presentes na Constituição Federal,
permitindo a população brasileira um maior acesso aos espaços de formulação,
implementação e controle social das políticas públicas. Em vez das decisões
governamentais ficarem restritas aos membros do poder executivo e aos gestores
públicos, elas passaram a ser compartilhadas com a sociedade civil. (MINISTÉRIO
DO PLANEJAMENTO; UNIÃO EUROPEIA, 2012, p.23)
De acordo com a classificação do (IPEA, 2010b) os conselhos são classificados em
quatro áreas temáticas: políticas sociais, garantia de direitos, desenvolvimento econômico,
infraestrutura e recursos naturais, e funcionam como um mecanismo de garantir a participação
social na gestão democrática de políticas e serviços públicos no processo de formulação,
desenvolvimento e fiscalização desses serviços.
Nesse os conselhos conferem espaço de discursão e cooperação entre o Estado e a
Sociedade na formulação e implementação das políticas públicas, de forma que a sociedade,
por meio dos conselhos, desempenha o “acompanhamento do desempenho do governo e de
controle, por parte da sociedade, de seus atos” (IPEA apud CARNEIRO y COSTA, 2001).
Embora a constituição de 1988 tenha sido um marco, no que tange a participação
popular na gestão pública, mesmo antes, por meio das lutas sociais, já haviam conselhos, vale
destacar o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e o Conselho Nacional dos
Direitos da Mulher, instituídos em 1964 e 1968 respectivamente, mas que, entretanto, só
foram ter sua efetivação a partir da constituição cidadã, “muito embora, a figura de um órgão
colegiado como um conselho não fosse uma novidade no Estado brasileiro, a configuração
assumida por esses novos espaços após a Constituição de 1988 foi uma verdadeira revolução
institucional.” (MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO; UNIÃO EUROPEIA, 2012, p.23)
A década passada, a partir da instauração do governo Lula, também representou um
avanço significativo, com a criação de diversos conselhos.
(...) em torno de novos direitos e temáticas, tais como: gênero, juventude, alimentar,
cidades, igualdade racial e transparência pública. Em geral são conselhos
consultivos, cujas decisões não são vinculantes para o gestor público. São ainda
conselhos nacionais, que não se desdobram necessariamente em um sistema
participativo nos âmbitos estaduais e municipais. (MINISTÉRIO DO
PLANEJAMENTO; UNIÃO EUROPEIA, 2012, p.24-25)
3 METODOLOGIA
4 RESULTADO DA PESQUISA
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
BRASIL. Código de Menores, Lei Federal 6.697, de 10 de outubro de 1979, dispõe sobre
assistência, proteção e vigilância a menores (www.senado.gov.br, acesso em 20/09/2022).