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Controle Social
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lattes.cnpq.br/6947356140810110 (http://lattes.cnpq.br/6947356140810110)
publicado em 2015
Hoje em dia esse tipo de controle, que nós podemos chamar de Institucional, é exercido
não apenas pelo Poder Legislativo (ci%c3%aancia-politica/poder-e-soberania/poder-legislativo/),
mas pelos Tribunais de Contas e Controladorias. As Controladorias (da União, dos Estados e
Municípios) são órgãos de controle interno, porque as mesmas fazem parte do Poder Executivo.
Os Tribunais de Contas (da União, Estados e Municípios) assim como o Poder Legislativo são
órgãos de controle externo, pois não fazem parte do Poder Executivo (ci%c3%aancia-
politica/poder-e-soberania/poder-executivo/)[1]. Estes órgãos têm todos eles e cada um dentro
da sua esfera de competência, a função de fiscalizar o gasto dos recursos públicos (federais,
estaduais, municipais) e podem ser acionados por meio de denúncias, por qualquer cidadão.
Além dessa forma de Controle Institucional, que um Poder ou Órgão exerce sobre o outro,
hoje em dia tem-se falado muito em Controle Social, que pode ser entendido como uma forma
de fiscalização e controle por parte da própria sociedade sobre as ações do Estado[2]. Por
permitir que os próprios cidadãos participem de alguma forma da gestão da coisa pública, o
Controle Social propicia a vivência da própria Democracia (ciber-democracia/democracia/), pois,
ao praticar esse controle, os cidadãos podem interferir no planejamento, na realização e na
avaliação das atividades do governo.
O controle social pode ser entendido como a participação do cidadão na gestão pública:
fiscalização, monitoramento e controle das ações da Administração Pública. É um importante
mecanismo de fortalecimento da cidadania que contribui para aproximar a sociedade do
Estado, abrindo a oportunidade de os cidadãos acompanharem as ações dos governos e
cobrarem uma boa gestão pública.
De acordo com Eleonora Cunha (2004 e 2009) os conselhos de políticas públicas foram
instituídos com base nos seguintes princípios: participação, representação, deliberação,
publicidade e autonomia. A participação ampliou os canais de participação política da
sociedade, com representação de diferentes segmentos da sociedade civil organizada, com
poder de decisão e deliberação sobre as políticas públicas (ci%c3%aancia-politica/politicas-
publicas/), cujos debates e as decisões devem se dar de forma transparente para a sociedade e
com autonomia para criar as regras de seus funcionamentos.
a. Órgão público estatal presente nas três esferas de governo e com participação popular por
meio de representantes da sociedade civil eleitos por seus pares;
b. Espaço público de relação e interlocução entre Estado e sociedade, criado por meio legal
(portanto institucional) e com composição paritária entre governo e sociedade;
c. Atribuições de deliberação de políticas públicas, deliberação orçamentária (aplicação de
recursos) e de controle social (controle da sociedade sobre o Estado);
d. Possibilidade de escolha através de eleição de seu presidente.
Através dos diferentes Conselhos é possível: fiscalizar a aplicação dos recursos públicos,
fiscalizar a prestação de serviços de uma determinada área (Educação, Saúde (ci%c3%aancia-
politica/politicas-publicas/saude/) ou Desenvolvimento Urbano (ci%c3%aancia-politica/politicas-
publicas/politica-urbana/) por exemplo), verificar se o governo está agindo de acordo com as
necessidades da população, além de influenciar nas decisões, planejamento e execução das
ações do governo.
Além disso, eis as funções desempenhadas pelos Conselhos (CGU, 2012, p. 21):
Atualmente, a maior parte dos programas do governo federal prevê a participação dos
cidadãos na execução e controle das políticas públicas por meio de conselhos. Além disso, a
liberação de recursos a estados e municípios está vinculada à instituição de conselhos, que
devem contar com condições necessárias para o seu funcionamento, a exemplo do Programa
Nacional de Alimentação Escolar-PNAE, Programa Bolsa Família, Programa Saúde da Família-
PSF, Fundo de Educação Básica – Fundeb, dentre outros. Eis alguns exemplos de conselhos que
devem ser constituídos pelos municípios:
Controla o
dinheiro
destinado à
Representante(s) das
saúde.
pessoas que usam o
Acompanha as Sistema Único de
verbas que Saúde.
chegam pelo
Profissionais da área
Sistema Único de
de saúde (médicos,
Saúde (SUS) e os
enfermeiras).
repasses de
programas Representante(s) de
federais prestadores de
serviços de saúde
Participa da
(hospitais
elaboração das
particulares).
metas para a
saúde Representantes da
prefeitura
Controla a
execução das
ações na saúde
NOTA
I - a Conferência de Saúde; e
II - o Conselho de Saúde.
Legitima as instâncias deliberativas com composição paritária entre governo e sociedade civil
por meio do Art. 6º:
Art. 6o A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de
sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência
Social (Suas), com os seguintes objetivos: (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)
I - consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre
os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não
contributiva; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011)
Referências Bibliográficas
MORONI, José Antônio. O direito à participação no governo Lula. In: AVRITZER, Leonardo [org.].
Experiências nacionais de participação social. São Paulo: Cortez, 2009. (Coleção Democracia
Participativa).
RAICHELIS, Raquel. Articulação entre os conselhos de políticas públicas: uma pauta a ser
enfrentada pela sociedade civil (http://igepp.com.br/uploads/arquivos/apu_93.pdf). Serviço
Social e Sociedade. São Paulo: ano XXVII, n. 85, p. 109-116, 2006.
SILVA, Francisco Carlos da Cruz. Controle social: reformando a administração para a sociedade.
Brasília, 2001.
SOUZA, Jomilton Costa. Avaliação da implementação da política ParticipaSUS com foco na
estruturação dos Conselhos Estaduais de Saúde. Dissertação (Mestrado em Ciências da
Saúde). Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade de Brasília. Brasília-
DF, 2012.
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1. Para uma análise mais aprofundada do conceito de democracia participativa e/ou deliberativa, veja a
publicação da nossa Tese de Doutorado: Conselhos de Políticas Públicas, Política Deliberativa e
Educação Popular (products/conselhos-de-politicas-publicas-politica-deliberativa-e-educacao-popular/)
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