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Constituição da república federativa do brasil de 1988

TÍTULO II

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO I

DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

(...)

VII. é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva.

(...)

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem


consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

(...)

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de


propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

(...)

XXXV - A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

(...)

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens;
c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos;

(...)

XLVII - não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis;

(...)

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

(...)

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de


sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de
poder;

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público;

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Congresso Nacional;


b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados;

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora


torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

LXXII - conceder-se-á "habeas-data":

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes


de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

(...)

LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os


atos necessários ao exercício da cidadania.

(...)

LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive
nos meios digitais.

§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do


regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados,


em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
manifestado adesão.

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CAPÍTULO IV

DOS DIREITOS POLÍTICOS

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos
casos de:

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

II - incapacidade civil absoluta;

III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art.
5º, VIII;

V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

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TÍTULO III

DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

CAPÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende


a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição.

§ 1º Brasília é a Capital Federal.

§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou


reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação
da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei
complementar.

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei


estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

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CAPÍTULO III

DOS ESTADOS FEDERADOS

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
observados os princípios desta Constituição.

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CAPÍTULO IV

DOS MUNICÍPIOS

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo Estado e os seguintes preceitos:

(...)

VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada
legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os
critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos:

a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores


corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;

b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos


Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;

c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos


Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos
Vereadores corresponderá a 50 por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;

e) em Municípios de 300 mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos


Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;

f) em Municípios de mais de 500 mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores


corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;

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CAPÍTULO VII

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40


ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados
os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em
comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

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SEÇÃO II

DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos
terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de
servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial.

(...)
§ 13 - "Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive
mandato eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social"

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo
de provimento efetivo em virtude de concurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em


disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de


desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

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TÍTULO IV

DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CAPÍTULO I

DO PODER LEGISLATIVO

(...)

SEÇÃO VIII

DO PROCESSO LEGISLATIVO

(...)

SUBSEÇÃO II
DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;

II - do Presidente da República;

III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação,


manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado


de defesa ou de estado de sítio.

§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos
membros.

§3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode
ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

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CAPÍTULO III

DO PODER JUDICIÁRIO

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 92 CF. São órgãos do Poder Judiciário:


I - o Supremo Tribunal Federal;

I-A o Conselho Nacional de Justiça;

II - o Superior Tribunal de Justiça;

II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;

III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;

V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;

VI - os Tribunais e Juízes Militares;

VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais


Superiores têm sede na Capital Federal.

§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o


território nacional.

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Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:

I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a
conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações
penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo ,
permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas
de juízes de primeiro grau;

II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e
secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar
casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de
habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras
previstas na legislação.

§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.

§ 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos


às atividades específicas da Justiça.
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SEÇÃO IV

DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS

Art.109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

(...)

§ 5º. Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República,


com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados
internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o
Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para a Justiça Federal.

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TÍTULO VIII

DA ORDEM SOCIAL

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÃO GERAL

Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar
e a justiça sociais.

Parágrafo único. O Estado exercerá a função de planejamento das políticas sociais,


assegurada, na forma da lei, a participação da sociedade nos processos de formulação, de
monitoramento, de controle e de avaliação dessas políticas.

CAPÍTULO II

DA SEGURIDADE SOCIAL

(...)
SEÇÃO III

DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência
Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a:

(...)

§ 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios,


ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de
contribuição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em
favor dos segurados:

I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe


multiprofissional e interdisciplinar;

II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e
biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por
categoria profissional ou ocupação.

(...)

§ 8º - O requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7º será reduzido em 5 (cinco) anos,


para o professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na
educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar.

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CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
SEÇÃO I
DA EDUCAÇÃO

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a
assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e
regionais.
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais
das escolas públicas de ensino fundamental.
§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às
comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de
aprendizagem.
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Art. 3º. Do ADCT. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da
promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso
Nacional, em sessão unicameral.

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EC 45/2004 - Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem


aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos
dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

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Lei 9.982 de 2000

Art. 1º, garante aos religiosos de TODAS AS CONFISSÕES, acesso aos hospitais da rede
pública ou privada, para dar atendimento religioso aos internados.

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Lei 13.300/2016, Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido:

III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em


funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e
prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de
seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização
especial;

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CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS:

CREIIIIU

Complementariedade: Devem ser interpretados de forma conjunta

Relatividade: Direitos fundamentais não são absolutos


Efetividade: Poder público deve garantir sua aplicação Interdependência: Há diversas
ligações entre os Direitos fundamentais

Imprescritibilidade: Não desaparece com o tempo

Inalienabilidade: Não é transferível a outra pessoa

Irrenunciabilidade: Não pode sofrer renúncia

Inviolabilidade: Autoridades e disposições infraconstitucionais devem observá-los

Universalidade: Abrange a todos

Obs: os direitos fundamentais não são ilimitados. Podem ser restringidos para salvaguardar
outros direitos e/ou bens coletivos.

Os direitos e as garantias fundamentais não estão restritos apenas àqueles expressamente


previstos na Constituição Federal do Brasil. A Constituição reconhece uma abordagem aberta
a esses direitos, permitindo que princípios e direitos implícitos ou decorrentes do regime e
dos princípios adotados também sejam protegidos. Isso é destacado, por exemplo, no artigo
5º da Constituição, que estabelece diversos direitos fundamentais, mas também afirma que
outros direitos podem ser reconhecidos nos termos da lei. Portanto, a afirmação está
incorreta.

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O princípio da justeza também é chamado de princípio da conformidade, exatidão ou
correção funcional e configura um subprincípio da separação de poderes segundo o qual a
interpretação constitucional não pode chegar a um resultado que subverta o esquema
organizatório funcional estabelecido pela Constituição Federal.

Não sei dizer sobre o gíro línguistico, porém a "virada kantiana", afirma que o Direito
representa apenas o mínimo de moral declarado obrigatório para que a sociedade possa
sobreviver. É indispensável que a comunidade impeça a transgressão de dispositivos que
considere indispensáveis à paz social. A Virada Kantiana foi justamente a concretização do
que se entendeu como mínimo ético após os horrores das duas guerras mundiais.

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Confederação) Caracteriza-se pela reunião de Estados soberanos, marcada peça
dissolubilidade do vínculo entre os entes, criado por meio de tratados ou acordos.
(Regional) Não possui descentralização política, mas somente administrativa e legislativa.

(Autonômico) Inexistência de descentralização política e existência de descentralização


administrativa e legislativa.

(Federação) Existe descentralização no exercício do poder político, estando este pulverizado


em mais de uma entidade política.

(Unitário) Marcado pela centralização política, o poder encontrasse enraizado em um único


núcleo estatal, do qual emanam todas as decisões.

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O Poder Constituinte Originário pode ser classificado, quanto ao momento de sua
manifestação, em histórico (fundacional) ou pós-fundacional (revolucionário).

• O Poder Constituinte Originário histórico é o responsável pela criação da primeira


Constituição de um Estado.
• O poder pós-fundacional é aquele que cria uma nova Constituição para o Estado, em
substituição à anterior.
*Ressalte-se que essa nova Constituição poderá ser fruto de uma revolução ou de uma
transição constitucional.

O Poder Constituinte Originário é, ainda, classificado, quanto às dimensões, em material e


formal. Na verdade, esses podem ser considerados dois momentos distintos na manifestação
do Poder Constituinte Originário.

• Primeiro, há o momento material, que antecede o momento formal; é o poder


material que determina quais serão os valores a serem protegidos pela Constituição. É
nesse momento que se toma a decisão de constituir um novo Estado.
• O poder formal, por sua vez, sucede o poder material e fica caracterizado no
momento em que se atribui juridicidade àquele que será o texto da Constituição.

Poder Constituinte Originário: o poder de elaborar/criar uma nova Constituição

Poder Constituinte Derivado: o poder de alterar/modificar a Constituição, bem como de


elaborar as Constituições Estaduais.

O Poder Constituinte Derivado subdivide-se em três:

a) Poder Constituinte Reformador: consiste no poder de modificar a Constituição

b) Poder Constituinte Decorrente: a CF/88 confere aos Estados o poder de se auto-


organizarem, por meio da elaboração de suas próprias Constituições.

c) Poder Constituinte Revisor: O poder constituinte revisor existe em nosso ordenamento


jurídico em razão do art. 3º do ADCT. O dispositivo se encontra atualmente com eficácia
exaurida e aplicabilidade esgotada, pois já se passaram 5 anos da promulgação da
Constituição de 1988.

O Poder Constituinte Originário é o que estabelece a Constituição de um novo Estado,


enquanto o Poder Constituinte Derivado é poder limitado de reformar uma Constituição já
existente.

Já o Poder Constituinte Derivado se manifesta sob a forma de Poder Constituinte Reformador


e Poder Constituinte Decorrente, daí a relação.

Por sua vez, o Poder Constituinte Reformador possibilita a realização de uma alteração no
texto constitucional, respeitando as cláusulas pétreas e seguindo o procedimento previsto da
Constituição Federal.

Já o Poder Constituinte Derivado Decorrente permite que cada Estado-Membro (unidade


federativa) realize a criação das constituições estaduais, desde que respeitem as regras
limitativas previstas na Constituição Federal.

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Art 1º, fundamentos: SO CI DI VA PLU

• soberania;
• cidadania;
• dignidade da pessoa humana;
• valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
• pluralismo político. *CUIDADO*, já vi a banca trocar PLURALISMO por
SINGULARISMO.

Art. 3º, objetivos FUNDAMENTAIS: CON GAR ERR PRO

• construir uma sociedade livre, justa e solidária;


• garantir o desenvolvimento nacional;
• erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
• promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

Art 4º, princípios das relações internacionais: IN PANICO SO DECORE

• independência nacional;
• prevalência dos direitos humanos;
• autodeterminação dos povos;
• não-intervenção;
• igualdade entre os Estados;
• cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
• solução pacífica dos conflitos;
• defesa da paz;
• concessão de asilo político.
• repúdio ao terrorismo e ao racismo;

I- Soberania: apenas a República Federativa do Brasil, enquanto os 4 Entes são autônomos,


tendo em vista a forma de estado adotada pela CF.

• Titularidade # exercício → à União compete exercer atribuições de soberania do


Estado brasileiro.

II- Cidadania: pleno exercício da vida civil, à luz da dignidade da PH e sob o crivo do
fundamento democrático.

• Direitos políticos são apenas uma das decorrências da cidadania.


• A CF/88 também utiliza o conceito estrito de cidadania (cidadão = titular de direitos
políticos) em alguns momentos – ex: legitimidade ativa da Ação Popular. // (em
sentido lato, um recém-nascido já é cidadão)

III- Dignidade da pessoa humana: condição inerente de todo ser humano, que o protege
contra todo tratamento degradante e discriminação odiosa, bem como assegura condições
materiais mínimas de sobrevivência, com dupla função primordial:

• Unificadora: unifica toda a ordem jurídica. ⇒ "eixo axiológico" (valorativo) de todo


o ordenamento, inclusive da CF/88.
• Hermenêutica: pilar interpretativo, vez que ela inspira e limita toda a compreensão e
aplicação do direito.

IV- Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa: Brasil é expressamente capitalista,


mas ressalta que os valores sociais desse modelo econômico devem ser seguidos.

V- Pluralismo político: envolve no sentido amplo de diversidade, seria a liberdade de


crença, de ideologias, de manifestação política e entre outras. Expressa que a CF é eclética
em sua dogmática.

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Direitos fundamentais da 1.ª dimensão: [...] Os direitos humanos da 1.ª dimensão marcam a
passagem de um Estado autoritário para um Estado de Direito e, nesse contexto, o respeito às
liberdades individuais, em uma verdadeira perspectiva de absenteísmo estatal. [...] Tais
direitos dizem respeito às liberdades públicas e aos direitos políticos, ou seja, direitos civis
e políticos a traduzir o valor LIBERDADE. [...]

Direitos fundamentais da 2.ª dimensão: [...] O início do século XX é marcado pela Primeira
Grande Guerra e pela fixação de direitos sociais. Essa perspectiva de evidenciação dos
direitos sociais, culturais e econômicos, bem como dos direitos coletivos, ou de
coletividade, correspondendo aos direitos de IGUALDADE (substancial, real e material, e
não meramente formal) [...]
Primeira geração - "non facere" do Estado. Ligado à liberdade individual. Costumo vincular
ao pensamento liberal clássico.

Segunda geração - gera obrigação de fazer ao Estado. Mais vinculado ao pensamento social-
democrata.

Terceira geração - só se for direito coletivo "lato sensu".

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Na organização do Estado, cada um dos três Poderes tem competências e prerrogativas


definidas na Constituição e que o MUNICÍPIO não tem constituição, mas sim Lei
Orgânica.

A organização político-administrativa da República federativa do Brasil compreende a União,


os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição. Todos eles gozam de autonomia, tanto política quanto administrativa, de
modo que um não é subordinado ao outro.

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Princípio da Interpretação Conforme a Constituição: se aplica à interpretação das normas


infraconstitucionais. Objetivo de preservar a validade das normas, evitando que sejam
declaradas inconstitucionais. Tribunal busca dar interpretação que conduza a
constitucionalidade. Não se aplica nas normas que tenham sentido unívoco, ou seja, de
apenas um único significado. Somente utilizada em normas com várias interpretações, sendo
assim, nesse caso se prioriza a que vai de acordo com a constituição. Norma com uma única
interpretação (unívoca) será declarada totalmente constitucional ou inconstitucional.

A interpretação conforme à Constituição é uma técnica aplicável para a interpretação de


normas infraconstitucionais polissêmicas (plurissignificativas), isto é, normas que tenham
mais de um sentido possível. Por meio dessa técnica, o STF, ao analisar uma norma, atribuir-
lhe-á o sentido que a compatibilize com o texto constitucional

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O brasileiro NATO nunca será extraditado.

O brasileiro NATURALIZADO poderá ser extraditado no caso de crime comum praticado


antes da naturalização ou se comprovamento envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes
ou drogas afins.

EXCEÇÃO: crimes políticos ou de opinião.

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Tratados internacionais de Direitos Humanos Ingressam de dois modos no ordenamento
jurídico brasileiro:
➢ Equivalentes às Emendas Constitucionais: aprovados em dois turnos em cada casa do
Congresso Nacional, pelo quórum de 3/5 dos membros (Quórum qualificado);

➢ Status Supralegal: Aprovados pelo rito ordinário.

Uma norma pode ser considerada constitucional caso observe o processo legislativo formal
cabível, ainda que não trate de regras materialmente constitucionais.

Além da Constituição Federal brasileira ser considerada formal, é correto afirmar que existem
artigos que são somente formais e outros, por ora, materiais.

Formal = assuntos que não trazem relevância nenhuma para o Estado, como alguns da
Constituição de 1988 do Brasil.

Material = assuntos relevantes para o Estado, como aqueles que estão na Constituição dos
Estados Unidos.

É errado interpretar que a Constituição Federal de 1988 brasileira possui normas que são
formais e materiais (dando a entender que são as duas ao mesmo tempo), pois elas fazem seu
papel separadamente. Nesse sentido, uma norma pode ser considerada formal ou material,
mas não as duas simultaneamente.

O Estado Fede, a República é FoGo, o Presidente é Sistemático e o Regime Democrático

-Forma de Estado = Federação (FEFE)

-Forma de Governo = República (FOGO NA REPÚBLICA)

-Sistema de Governo = Presidencialista (SIGO O PRESIDENTE)

-Regime de Governo = Democracia (REGO DEMOCRÁTICO)

No presidencialismo Brasileiro a figura de Chefe de Estado e Chefe de Governo se


concentram na figura do Presidente da República.

Além disso, nesse sistema um presidente é eleito para um mandato com tempo específico, e a
possibilidade de reeleição é um critério definido pela lei de cada país que adota o
presidencialismo.

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Todas as normas constitucionais são dotadas de aplicabilidade, criando no mínimo 2 efeitos:
Efeito positivo e efeito negativo.

Efeito positivo: O efeito positivo é aquele que revoga todas as normas que contrariam a
Constituição.
Efeito negativo: O efeito negativo, por sua vez, é o efeito de negar ao legislador ordinário a
possibilidade de produzir leis contrárias a Constituição.

• Tipos de eficácia das normas:


a) Norma de eficácia plena: Desde a entrada em vigor da Constituição, produzem, ou tem
possibilidade de produzir, todos os efeitos essenciais. Ex.: Art. 5º, IV, CF, “é livre a
manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”

b) Norma de eficácia contida: Alcance restrito ou delimitado pela lei infraconstitucional,


pela própria constituição ou por conceito ético jurídicos. Ex.: o direito de exercer profissão é
livre, desde que atendido os requisitos previstos em lei.

c) Norma de eficácia limitada: São normas que dependem de norma ulterior para que
possua eficácia. Ex.: A ocupação e a utilização da faixa de fronteira serão reguladas em lei.

Classificação quanto à eficácia das normas (José Afonso da Silva):

- Plena: aplicabilidade direta (dispensa intermediação para ser aplicada), imediata (não
depende de condição) e integral (não admite restrição).

- Contida: aplicabilidade direta, imediata, mas não integral (pode ser restringida).

- Limitada: aplicabilidade indireta (depende de intermediação) e mediata (depende de


condição).

NORMA DE EFICÁCIA LIMITADA: é aquela que necessita de lei posterior para poder
produzir todos os seus efeitos. As normas de eficácia limitada de natureza
PROGRAMÁTICA são aquelas que tratam de metas e programas a serem realizados pelo
Estado, normalmente de cunho social (ex.: relacionados à saúde, à educação, à moradia, etc.).

norma de eficácia contida X norma de eficácia limitada

• norma de eficácia contida > são capazes de produzir todos os seus efeitos desde sua
entrada em vigor, mas que podem ser restringidas no futuro. OBS.: são autoaplicáveis.
EXEMPLO: Art. 170, parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer
atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos
previstos em lei.

•norma de eficácia limitada > não estão aptas a produzir todos os seus efeitos sozinhos,
dependendo de complementação por outro ato normativo. OBS.: não são
autoaplicáveis.
EXEMPLO: Art. 5º, XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

1. Social: quando a norma produz efeitos na prática, na sociedade


• Plena: o efeito produz efeitos imediatos, não precisa de interpretação. É
AUTOPLICÁVEL, DIRETA, IMEDIATA E INTEGRAL. Ex.: Art. 230 CF
• Contida/Restringível: também é autoaplicável, tendo eficácia direta e imediata,
PORÉM ela NÃO É INTEGRAL e permite que outra norma RESTRINJA OS
SEUS EFEITOS. Ex.: Art. 5, inciso XIII CF - escolha da profissão
• Limitada: NÃO PRODUZ EFEITOS AUTOMÁTICOS, pois depende de uma lei
regulamentar para produzir efeitos. Sua aplicabilidade é INDIRETA. Sua
aplicabilidade é REDUZIDA/MITIGADA/DIFERIDA. Ex.: Art. 5º, inciso 43 -
tortura. Qual é o Remédio Constitucional utilizado para corrigir a falta de efetividade
de uma norma limitada? R= Mandado de Injunção.
2. Princípio Programático: normas de eficácia limitada que estabelecem programas,
geralmente de ordem social (direitos sociais que devem ser implementados). Ex.:
objetivos da RFB.
3. Princípio Institutivo: normas de eficácia limitada que visam criar alguma instituição
dentro da CF, organizar uma estrutura. Ex.: Art. 88 CF - eu quero que Administração
Pública seja organizada, mas quem tratará da organização é a Lei e não a CF
4. Jurídica: capacidade da norma de produzir efeitos no mundo jurídico
___________________________________________________________________________
Dirigente: traça metas.

Normativa: sai do papel.

Nominal: não consegue sair do papel.

Semântica: legitima o status quo injusto.

Ortodoxa: comprometida com uma ideologia específica.

Compromissária (pluralista): contempla várias ideologias.

Dúctil: não impõe um modelo de vida, mas apenas assegura as condições para o exercício do
projeto de vida de cada pessoa.

Balanço: visa reger o ordenamento por um determinado tempo.

Quanto à ontologia - critério ontológico de Karl Loewenstein - Sob o prisma da


correspondência com a realidade:

i- Semântica: constituição de "fachada”, nunca pretendeu conquistar uma coerência apurada


entre o texto e a realidade. Utilizada pelos dominadores de fato, visando sua perpetuação e
estabilização no poder. (Constituição Simbólica)

• Não possui validade jurídica.


ii- Nominal (nominativa): não reflete a realidade do país, pois, com função educativa, tem
isso como meta ao futuro. Apesar de válida sob o ponto de vista jurídico, carece de uma
força normativa adequada / realidade existencial.

iii- Normativa: reflete a realidade atual político-social do país, com plena eficácia e
efetividade na estruturação do Estado, visto a adequação entre texto e realidade. – CF dos
EUA. (CF/88, prevalece, mas há forte corrente que a considera nominal)

*obs: ontologia - classificação quanto ao ser; a essência de algo (onto = ser; lógica = estudo.)
# deontologia - classificação quanto ao dever ser.

Quanto à correspondência com a realidade as constituições podem ser:

a) Normativas: regulam efetivamente o processo político do Estado, correspondendo à


realidade política e social.

b) Nominais/nominativas: buscam regular o processo político do Estado, mas não


conseguem realizar este objetivo, por não atenderem à realidade social.

c) Semânticas: não têm por objetivo regular a política estatal. Visam apenas a formalizar a
situação existente do poder político, em benefício dos seus detentores.

D) Cesarista: a participação popular restringe-se a ratificar a vontade do detentor do poder

E) Compromissória: possui normas inspiradas em várias ideologias

___________________________________________________________________________
A soberania é um atributo do Estado, que significa o poder supremo de autogoverno. No
Brasil, a soberania é exercida pelo povo, que é o titular da soberania nacional. O povo exerce
sua soberania por meio do voto, elegendo seus representantes, e também por meio do
exercício direto da democracia, participando de plebiscitos, referendos e outras formas de
consulta popular.

A soberania é importante porque garante a independência do Estado e a proteção dos direitos


do povo. A independência do Estado significa que o Estado não está sujeito à vontade de
nenhum outro Estado. Os direitos do povo são protegidos pela soberania porque o Estado não
pode fazer nada que viole os direitos do povo.

No Brasil, a soberania é garantida pela Constituição Federal, que é a lei suprema do país. A
Constituição Federal estabelece que o Brasil é um Estado Democrático de Direito, o que
significa que o Estado é baseado na democracia e no respeito aos direitos humanos.
___________________________________________________________________________
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE: exige o equilíbrio entre os meios que a
Administração utiliza e os fins que ela deseja alcançar, segundo os padrões comuns da
sociedade, analisando cada caso concreto. O princípio da proporcionalidade tem por objeto o
controle do excesso de poder, pois nenhum cidadão pode sofrer restrições de sua liberdade
além do que seja indispensável para o alcance do interesse público.

• Necessidade: "não se abatem pássaros com canhões", Jellinek;


• Adequação: meio escolhido para atingir determinado objetivo deve ser adequado e
pertinente para atingir o resultado almejado;
• Proporcionalidade em sentido estrito: análise das vantagens e desvantagens que a
medida trará (é a materialização da técnica da ponderação de interesses).
__________________________________________________________________________
Convenção Interamericana contra o Racismo

DECRETO Nº 10.932, DE 10 DE JANEIRO DE 2022

Artigo 1

1. Discriminação racial (direta) é qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência, em


qualquer área da vida pública ou privada, cujo propósito ou efeito seja anular ou restringir o
reconhecimento, gozo ou exercício, em condições de igualdade, de um ou mais direitos
humanos e liberdades fundamentais consagrados nos instrumentos internacionais aplicáveis
aos Estados Partes. A discriminação racial pode basear-se em raça, cor, ascendência ou
origem nacional ou étnica.

2. Discriminação racial indireta é aquela que ocorre, em qualquer esfera da vida pública ou
privada, quando um dispositivo, prática ou critério aparentemente neutro tem a capacidade de
acarretar uma desvantagem particular para pessoas pertencentes a um grupo específico, com
base nas razões estabelecidas no Artigo 1.1, ou as coloca em desvantagem, a menos que esse
dispositivo, prática ou critério tenha um objetivo ou justificativa razoável e legítima à luz do
Direito Internacional dos Direitos Humanos.

3. Discriminação múltipla ou agravada é qualquer preferência, distinção, exclusão ou


restrição baseada, de modo concomitante, em dois ou mais critérios dispostos no Artigo 1.1,
ou outros reconhecidos em instrumentos internacionais, cujo objetivo ou resultado seja anular
ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em condições de igualdade, de um ou mais
direitos humanos e liberdades fundamentais consagrados nos instrumentos internacionais
aplicáveis aos Estados Partes, em qualquer área da vida pública ou privada.
___________________________________________________________________________
➜ DIREITO AO ESQUECIMENTO
O direito ao esquecimento consiste na possibilidade de que o indivíduo não queira que um
fato ocorrido em determinado momento, mesmo que verdadeiro, seja exposto ao público.
Pois o episódio é capaz de gerar transtornos ou sofrimento, em razão do período de tempo
decorrido, por meio de veículos de comunicação social.

Veja as seguintes teses:

• É incompatível com a Constituição Federal a ideia de um direito ao esquecimento,


assim entendido como o poder de obstar, em razão da passagem do tempo, a
divulgação de fatos ou dados verídicos e licitamente obtidos e publicados em meios
de comunicação social – analógicos ou digitais.
• Eventuais excessos ou abusos no exercício da liberdade de expressão e de informação
devem ser analisados caso a caso, a partir dos parâmetros constitucionais,
especialmente os relativos à proteção da honra, da imagem, da privacidade e da
personalidade em geral, e as expressas e específicas previsões legais nos âmbitos
penal e cível. STF. RE 1010606/RJ, relator Min. Dias Toffoli, julgamento finalizado
em 11.2.2021 (info 1005). Tese de Repercussão Geral - Tema 786
• O direito ao esquecimento não justifica a exclusão de matéria jornalística. STJ. 3ª
Turma. REsp 1.961.581-MS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 07/12/2021 (Info
723).
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O conceito de casa para o fim da proteção jurídico-constitucional a que se refere o artigo 5º,
XI, da Constituição, compreende qualquer compartimento habitado e qualquer aposento
coletivo como, por exemplo, os quartos de hotel, pensão, motel e hospedaria ou, ainda,
qualquer outro local privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou
atividade. Para o ministro Celso de Mello o conceito de “casa”, para efeitos da proteção
constitucional, tem um sentido amplo “pois compreende, na abrangência de sua designação
tutelar, (a) qualquer compartimento habitado, (b) qualquer aposento ocupado de habitação
coletiva e (c) qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce
profissão ou atividade.

"Torna-se indispensável que o magistrado expeça mandado de busca e apreensão com


objetivo certo e contra pessoa determinada. Não é possível admitir-se ordem judicial
genérica, conferindo ao agente da autoridade liberdade de escolha e de opções a respeito dos
locais a serem invadidos e vasculhados. Trata-se de abuso de autoridade..." (CPP
comentado.NUcci. 12. ed. p 562)

INFORMATIVO 606 STJ: mera intuição de que está havendo tráfico de drogas na casa não
autoriza o ingresso sem mandado judicial ou consentimento do morador.

INFORMATIVO STF: considera válida a entrada, com mandado judicial, durante o período
noturno, em ambiente profissional a fim de que ali se implantem escutas não havendo
proibição calcada na inviolabilidade noturna do domicílio.
INFORMATIVO 778, STJ: A confissão do réu, por si só, não autoriza a entrada dos
policiais em seu domicílio, sendo necessário que a permissão seja registrava pela autoridade
policial por escrito ou em áudio e vídeo.

O STF, com repercussão geral reconhecida, e, por maioria de votos, firmou a tese de que “a
entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno,
quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem
que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados” (RE)
603616

Inviolabilidade do Domicílio: amplo.

I - Local de trabalho.

II - Embarcação.

III - recinto ocupado provisoriamente.

IV - Imóvel ocupado.

V -quarto de hotel.

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CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO QUANTO À RIGIDEZ OU ESTABILIDADE

LEMBRANDO: Para Alexandre de Moraes, a CF/88 é super-rígida, tendo em vista a


existência de cláusulas pétreas

Constituição imutável (permanente, granítica ou intocável): não pode ser alterada,


pretendendo-se eterna e fundando-se na crença de que não haveria órgão competente para
proceder à sua reforma. Pode estar relacionada a fundamentos religiosos. Ex: a CF-1824 foi
imutável nos primeiros 4 anos (limitação temporal).

Constituição rígida: possui um processo de alteração mais rigoroso que o destinado às


outras leis. Ex: CF-1988.

Constituição flexível: possui o mesmo processo de alteração que o destinado às outras leis.
Os países de constituição flexível não possuem o controle de constitucionalidade.

Atenção: Constituição flexível é aquela cujo processo de revisão não se difere do processo de
elaboração das leis ordinárias

Constituição semirrígida (ou semiflexível): parte dela é rígida e parte é flexível.

Constituição super-rígida: é a Constituição rígida que possui um núcleo imutável.


EM RELAÇÃO AS CLAUSULAS PETREAS: As cláusulas pétreas são dispositivos
constitucionais imutáveis e realmente delimitam o poder de reforma, impedindo a
modificação de determinados axiomas cruciais para a cidadania ou o próprio Estado. São
normas explícitas quando expressas no rol do artigo 60, § 4º da CF, ou implícitas, quando não
escritas, mas de fundamental e de extrema importância para o sistema constitucional, de
acordo com uma interpretação lógica.

QUANTO À ESTABILIDADE:

1) Imutável: não prevê qualquer processo para sua alteração.

2) Fixa: só pode ser alterada pelo Poder Constituinte Originário, “circunstância que implica,
não em alteração, mas em elaboração, propriamente, de uma nova ordem constitucional”
(CUNHA JÙNIOR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional. 6 ed. Salvador: Juspodivm,
2012, p. 122-123)

3) Rígida: aquela em que o processo para a alteração de qualquer de suas normas é mais
difícil do que o utilizado para criar leis.

4) Flexível: aquela em que o processo para sua alteração é igual ao utilizado para criar leis.

5) Semi-rígida ou semiflexível: é aquela dotada de parte rígida (em que somente pode ser
alterada por processo mais difícil do que o utilizado para criar leis), e parte flexível (em que
pode ser alterada pelo mesmo processo utilizado para criar leis).

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QUANTO À IDEOLOGIA:

Ortodoxa: Reflete um só pensamento ideológico. Ex.: Constituição chinesa

Eclética: Também chamada de compromissória, é fruto da conjunção entre as diferentes


ideologias de um Estado. Ex.: brasileira.

COMPLEMENTANDO:

Talvez em suas provas você se depare com o questionamento se a Constituição de 1988 seria
mesmo manifestação do PCO.

Isso se deve ao fato de a convocação da Assembleia Nacional Constituinte ter acontecido


por meio da EC n. 26/1985, proposta pelo então presidente José Sarney. Ele havia
elaborado um anteprojeto a partir dos trabalhos da chamada Comissão Afonso Arinos,
composta por grandes personalidades da época. Porém, esse anteprojeto não chegou a ser
apresentado ao Congresso, ante a manifestação de contrariedade de Ulysses Guimarães, então
presidente da Assembleia Nacional Constituinte.

Outra objeção colocada seria o fato de o trabalho ter sido feito por parlamentares não
eleitos exclusivamente para elaborar a nova Constituição.
Tem mais: o poder constituído poderia convocar a manifestação do poder constituinte?

Seja como for, esse entendimento é minoritário. Quando o assunto foi discutido no STF, o
ministro Gilmar Mendes pontuou que o Congresso Nacional de 1985 atuou como um
poder constituinte especial, pois colocou no mesmo texto a convocação da constituinte e
suas condições de realização. Seria, pois, um peculiar ato constitucional, não tendo
natureza própria de emenda constitucional. Ao contrário, deveria ser considerado um
ato político que rompeu com a Constituição anterior, dela não fazendo parte, material
ou formalmente (STF, ADPF n. 153).

Assim, para as provas prevalece a orientação de que a Constituição de 1988 é fruto


legítimo e autêntico do poder constituinte originário, rompendo com a ordem
constitucional anterior, fruto do regime militar.

QUANTO À IDEOLOGIA:

1) Ortodoxa: forjada sob a ótica de somente uma ideologia.

2) Eclética: fundada em valores plurais.

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RESUMO DE CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

· 1. Quanto à Origem

· 1.1. Promulgada (Democrática): É aquela que conta com a participação popular, seja
para elaborá-la, seja para escolher seus representantes para a feitura da Lei Maior.

· 1.2. Outorgada: É fruto de um ato unilateral de poder. Nasce em regimes ditatoriais,


sem a participação do povo.

· 1.3. Cesarista (Bonapartista): É elaborada unilateralmente, mas submete-se à


ratificação por meio de referendo. Não é nem promulgada (democrática) nem outorgada.

· 1.4. Pactuada: Surge de um acordo (pacto) entre uma realeza decadente, de um lado, e
uma burguesia em ascensão, de outro.

· 1.5. Heteroconstituição (ou “Constituição Dada”): é aquela criada fora do Estado em


que irá vigorar. Ex: Constituição do Chipre (procedente dos acordos de Zurique, de 1960,
entre a Grã-Bretanha, a Grécia e a Turquia).

· 2. Quanto ao Conteúdo

· 2.1. Formal: Nessa classificação, leva-se em conta apenas o modo de elaboração da


norma. Se ela passou por um processo mais solene, mais dificultoso de formação
(constituição rígida), será formalmente constitucional, não importando de que matéria venha
a tratar.

· 2.2. Material: Para ser considerada materialmente constitucional é completamente


irrelevante o modo como foi elaborada. Se a matéria for essencialmente constitucional
(estabelecimento de poder e sua limitação através de divisão de poderes e de estabelecimento
de direitos fundamentais, por exemplo), será norma materialmente constitucional.

· 3. Quanto à Extensão

· 3.1. Sintética: É aquela Constituição que versa apenas de normas essenciais à


estruturação do Estado, sua organização e funcionamento, bem como da divisão de Poderes e
dos direitos fundamentais.

· 3.2. Analítica: De conteúdo extenso, a constituição analítica (prolixa, desenvolvida)


trata de temas estranhos ao funcionamento do Estado, trazendo minúcias que encontrariam
maior adequação fora da Constituição, em normas infraconstitucionais.

· 4. Quanto ao Modo de Elaboração

· 4.1. Dogmática: Elaborada em um momento determinado, reflete os valores (dogmas)


daquela época. Pode ser classificada em sua ideologia como eclética ou ortodoxa. É sempre
escrita.

· 4.2. Histórica: Forma-se a partir do lento evoluir da sociedade, dos seus costumes (daí
ser chamada de costumeira). Em razão desse lento processo de formação e sedimentação dos
valores, é sempre não escrita.

5. Quanto à finalidade

5.1. Constituição-Garantia: De texto reduzido (sintética), busca precipuamente


garantir a limitação dos poderes estatais frente aos indivíduos.

5.2. Constituição Dirigente (Diretiva ou Programática): Caracterizada pela existência,


em seu texto, de normas programáticas (de cunho eminentemente social), dirigindo a atuação
futura dos órgãos governamentais. (Modelo adotado pela CF 88)

5.3. Constituição-Balanço: Destinada a registrar um dado estágio das relações de poder


no Estado. Sua preocupação é disciplinar a realidade do Estado num determinado período,
retratando o arranjo das forças sociais que estruturam o Poder. Faz um “balanço” entre um
período e outro.

___________________________________________________________________________
“O método hermenêutico-concretizador parte do pressuposto de que a interpretação
constitucional é concretização, entendida como uma norma preexistente na qual o caso
concreto é individualizado. A determinação do conteúdo plurissignificativo da Constituição
deve ser feita “sob a inclusão da 'realidade' a ser ordenada". Por não haver interpretação
constitucional independente de problemas concretos, interpretação e aplicação consistem em
um processo unitário" (NOVELINO, 2014, p. 185).

Ou seja, o Defensor Público vale-se do método hermenêutico-concretizador, uma vez que


parte da Constituição para determinada situação concreta, valendo-se de alguns pressupostos:

Pré-compreensão do intérprete;

Atuação do intérprete como mediador entre a norma e o caso concreto;

Círculo hermenêutico;

Diferenciação entre texto e norma.

___________________________________________________________________________

CONCEPÇÕES ESPECIAIS

a- Concepção Cultural (Meirelles Teixeira e P. Häberle): Constituição como produto de um


fato cultural, produzido pela sociedade e que nela pode influir.

• Portanto, CF funciona como reflexo de uma sociedade num certo momento histórico;
além de condicionada, é também condicionante = movimento dialético.
b- Concepção Moderna: pressupõe uma norma jurídico-política que: preveja direitos
fundamentais + declara as liberdades + organiza os poderes políticos, limitando-os.

c- Concepção dirigente (JJ Canotilho): CF = valioso mecanismo de determinação Estatal,


direcionando-o num plano de transformação social e implementação de política públicas na
ordem socioeconômica.

d- Concepção sistêmica (Niklas Luhmann): com a modernidade a sociedade passou a se


constituir de diversos sistemas ou subsistemas sociais especializados (política, direito,
religião, cultura, ciência, etc.)

• CF = elemento funcional na estrutura do sistema jurídico-político - teoria dos


sistemas → para a política a CF é instrumento de legitimação da vontade soberana e
para o direito ela é elemento de fundação de suas normas.
___________________________________________________________________________
Princípios e Regras - evolução
⇒ O caráter normativo dos princípios passou por uma evolução, vislumbrando-se três
fases:
A) Jusnaturalista: os princípios são desprovidos de normatividade, ou seja, não eram
reconhecidos como verdadeira norma jurídica, funcionando como fonte de embasamento do
Direito, como máximas fundamentais, mas não o integram.

• Possuem apenas importante dimensão "ético-valorativa".


B) Juspositivista (Positivista): os princípios passam a ser considerados "fonte normativa
subsidiária / secundária", servindo para colmatar lacunas existentes nas normas, de modo
a garantir o “reinado absoluto” da lei. Logo, ainda não sendo reconhecidos como verdadeira
norma jurídica, embora inserido no ordenamento.

• Kelsen - Teoria pura do Direito = livre de valor (moral, justiça, ética ou a política.).
C) Pós-positivista: um fenômeno que visa superar a dicotomia entre o Positivismo e o
Jusnaturalismo e que passou a reconhecer o caráter normativo dos princípios.

• Defende que o jusnaturalismo é ilusão, por não ter o direito nada de natural – o direito
é luta + vai além da legalidade estrita do positivismo, mas não desconsidera o direito
posto ⇒ defende uma reaproximação entre: direito S2 moral, ética e justiça.

Constitucionalismo antigo= Jusnaturalismo= direito natural, leis religiosas

Constitucionalismo moderno= Juspositivismo= direito positivado, leis escritas

Neoconstitucionalimo=Pós-positivismo= direito com fundamento em princípios, princípios


como base

Como o direito natural tem base religiosa e o positivismo é uma ideia contraposta ele, por
levar em consideração o direito posto, podemos dizer que a religião não figura como fonte do
direito constitucional.

___________________________________________________________________________
Princípio da Simetria: é o princípio federativo que exige uma relação simétrica entre os
institutos jurídicos da Constituição Federal e as Constituições dos Estados-Membros.

Tratam-se de normas de reprodução obrigatória, a serem observadas pelo poder constituinte


estadual, que podem ser considerados em dois grupos:

os princípios constitucionais sensíveis;

Os princípios constitucionais sensíveis são aqueles enumerados no art. 34, VII, que dizem
respeito:

• à forma republicana;
• sistema representativo e regime democrático;
• direitos da pessoa humana;
• autonomia municipal;
• e a prestação de contas da administração pública, direta e indireta
os princípios constitucionais estabelecidos

São os que limitam a autonomia organizatória dos Estados em prol da conformidade com a
Constituição, que José Afonso da Silva (2001, p. 597), subdivide em dois tipos de regras:
umas de natureza vedatória e outras, mandatórias.

• As limitações vedatórias são normas de proibição, aquelas que vedam explicitamente


os Estados de adotarem determinados atos ou procedimentos.
• As limitações de natureza mandatórias, são as que dizem respeito à observância dos
princípios constitucionais, pois que de maneira explícita e direta, a Carta Magna
determina aos Estados cumprirem suas regras, conforme prescrito (SILVA, 2001, p.
597).
___________________________________________________________________________
Muito embora o Mandado de Injunção caiba sempre que a falta de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, consoante dispõe no artigo 5º, LXXI, da
CRFB, no caso em tela, a legitimidade será coletiva, uma vez que verifica-se que a aludida
associação de classe atende aos critérios exigidos para a impetração de mandado de injunção
coletivo, haja vista que: foi devidamente constituída e está em funcionamento há mais de um
ano e o estatuto prevê a possibilidade de atuar judicial e extrajudicialmente no interesse de
seus associados, os termos do art. 12, III, da Lei nº 13.300/16.

___________________________________________________________________________
A ADC possui o condão de declarar a constitucionalidade de uma lei ou ato normativo
federal. Neste caso, então, já poderíamos descartar a ADI, que não possui o objetivo de
garantir o questionamento acerca da constitucionalidade da lei (papel dado à ADC).

A ADI possui o condão de declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo.


A ADPF possui o objetivo de evitar ou reparar lesão a preceito fundamental resultante de
ato do poder público.
ADC: utilizada quando há uma controvérsia judicial entre juízes e demais tribunais em
relação à constitucionalidade da norma. Desse modo, é solicitado ao STF, por meio de uma
ADC, que seja declarada, de maneira definitiva, a constitucionalidade da norma, de modo que
não haja mais nenhuma dúvida em relação à sua adequação à Constituição.
ADI: Leis Estaduais e Federais perante a CF;
ADC: Apenas Leis ou Atos Normativos Federais perante a CF.
ADI após a cf, e lei e atos normativos estadual e federal NAO MUNICIPAL
ADPF. lei e atos normativos SOMENTE MUNICIPAL ANTERIOR A CF
resumindo:
Houve controvérsia? então é ADC
houve lei inconstitucional? ADI
houve dano ao preceito fundamental de uma norma constitucional, ocasionada pelo poder
público? ADPF
___________________________________________________________________________
Macete: É PRIVATIVO DE BRASILEIRO NATO MP3.COM: ( Art. 12 § 3º CF)

Ministro do Supremo Tribunal Federal

Presidente e Vice da República

Presidente do Senado Federal

Presidente da Câmara dos Deputados

Carreira Diplomática

Oficial das Forças Armadas

Ministro de Estado da Defesa

Além de:

Presidente do CNJ (O presidente do CNJ é o Presidente do STF);

Presidente do TSE (O presidente do TSE é ministro do STF).

Brasileiros natos:

1. Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde


que estes não estejam a serviço de seu país;
2. Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
3. Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade,
pela nacionalidade brasileira;
___________________________________________________________________________
CNJ - É UM ÓRGÃO DE CONTROLE INTERNO DO PODER JUDICIÁRIO, O QUAL
EXERCE FUNÇÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA.

NÃO SÃO ÓRGAOS DO PJ:

• FEJ (MP, DEFENSORIAS E PROCURADORIAS);


• TRIBUNAIS DE CONTAS (UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS, ONDE
HOUVER (SP E RJ);
• JUSTIÇA DESPORTIVA (STJD);
• MINISTÉRIO DA JUSTIÇA;
• TPI (TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL);
• CONSELHO DE DEFESA NACIONAL E O CONSELHO DA REPÚBLICA;
• TRIBUNAL DE ARBITRAGEM;
• CNMP;
• TRIBUNAL MARÍTIMO.
___________________________________________________________________________
Macete (CF, Art. 37, § 10)
REGRA: É vedada a percepção simultânea de aposentadoria com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública.

EXCEÇÃO: ECA, pode acumular!

Eletivos

Comissão

Acumuláveis

RGPS GERAL PREVIDÊNCIA(falou em agente e não funcionário ou servidor)

• CLTs
• Cargos em comissão
• Cargos temporários
• Mandatos eletivos
___________________________________________________________________________
Macete: Art. 5 XLVII - não haverá penas:

CBM PF

Corpo de Bombeiros Militar e Policia Federal

C ruéis

B animento

M orte (salvo em caso de guerra declara [CP Militar, a execução será por tiros])

P erpétuo (caráter)

F orçados (trabalhos)
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos
casos de: (...)

__________________________________________________________________________

Principais formas de intervenção do Estado na propriedade privada:

a) Servidão administrativa;

b) Requisição administrativa;

c) Ocupação temporária;

d) Limitação administrativa;

e) Tombamento;

f) Desapropriação.

Trata-se da requisição administrativa

- requisição é a modalidade de intervenção estatal por meio da qual o Estado utiliza bens
móveis, imóveis e serviços particulares em situação de perigo público iminente, ou, nas
palavras de Hely Lopes Meirelles, “para atendimento de necessidades coletivas urgentes e
transitórias”

- incide sobre bens móveis, imóveis e serviços (a servidão só incide sobre bens imóveis);

- a requisição poderá ser civil ou militar

- a civil visa a evitar danos à vida, à saúde e aos bens da coletividade, diante de inundações,
incêndios, epidemias, catástrofes, etc

- já a requisição militar aplica-se no resguardo da segurança interna e na manutenção da


soberania nacional

- a requisição é autoexecutória, podendo ser realizada independentemente de qualquer


manifestação judicial. Assim, uma vez presente o perigo iminente, a requisição será realizada
imediatamente por meio de decreto

- indenização, se é devida, é ulterior (somente se houver dano)

- constitui limitação constitucional à propriedade privada, através de ato de império do Poder


Público, bastando a demonstração da necessidade e do perigo público iminente

__________________________________________________________________________
A associção precisa de no MÍNIMO 1 ano.

Macete: Assoc1ação (mínimo 1 ano) ou

AAAAANO

AAAAAssociação

Macete: Falou em OMISSÃO de norma é mandado de INJUNÇÃO

H é gratuito

HD informação/dados pessoa impetrante GOVERNAMENTAL ou carácter PÚBLICO

MS tem que pagar

MI ausência norma regulamentadora

de boa-fé: não paga "nada"

habeas data: apenas para coisas públicas, não privadas

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