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Art. 14. A soberania popular será


exercida pelo sufrágio universal e pelo
voto direto e secreto, com valor igual
para todos, e, nos termos da lei,
mediante:
§ 3º São condições de elegibilidade,
na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos
políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na
circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
d) dezoito anos para Vereador.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e
os analfabetos.
§ 12. Serão realizadas
concomitantemente às eleições
municipais as consultas populares
sobre questões locais aprovadas pelas
Câmaras Municipais e encaminhadas
à Justiça Eleitoral até 90 (noventa)
dias antes da data das eleições,
observados os limites operacionais
relativos ao número de quesitos.

Art. 17. É livre a criação, fusão,


incorporação e extinção de partidos
políticos, resguardados a soberania
nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos
fundamentais da pessoa humana e
observados os seguintes preceitos:
§ 6º Os Deputados Federais, os
Deputados Estaduais, os Deputados
Distritais e os Vereadores que se
desligarem do partido pelo qual
tenham sido eleitos perderão o
mandato, salvo nos casos de anuência
do partido ou de outras hipóteses de
justa causa estabelecidas em lei, não
computada, em qualquer caso, a
migração de partido para fins de
distribuição de recursos do fundo
partidário ou de outros fundos públicos
e de acesso gratuito ao rádio e à
televisão.

Art. 18. § 4º A criação, a incorporação,


a fusão e o desmembramento de
Municípios, far-se-ão por lei estadual,
dentro do período determinado por Lei
Complementar Federal, e dependerão
de consulta prévia, mediante
plebiscito, às populações dos
Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade
Municipal, apresentados e publicados
na forma da lei.

Art. 23. É competência comum da


União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição,
das leis e das instituições
democráticas e conservar o patrimônio
público;
II - cuidar da saúde e assistência
pública, da proteção e garantia das
pessoas portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras
e outros bens de valor histórico,
artístico e cultural, os monumentos, as
paisagens naturais notáveis e os sítios
arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a
descaracterização de obras de arte e
de outros bens de valor histórico,
artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso
à cultura, à educação, à ciência, à
tecnologia, à pesquisa e à inovação;
VI - proteger o meio ambiente e
combater a poluição em qualquer de
suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a
flora;
VIII - fomentar a produção
agropecuária e organizar o
abastecimento alimentar;
IX - promover programas de
construção de moradias e a melhoria
das condições habitacionais e de
saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e
os fatores de marginalização,
promovendo a integração social dos
setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar
as concessões de direitos de pesquisa
e exploração de recursos hídricos e
minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de
educação para a segurança do
trânsito.
Parágrafo único. Leis
complementares fixarão normas para
a cooperação entre a União e os
Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, tendo em vista o
equilíbrio do desenvolvimento e do
bem-estar em âmbito nacional.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei
orgânica, votada em dois turnos, com
o interstício mínimo de dez dias, e
aprovada por dois terços dos membros
da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios
estabelecidos nesta Constituição, na
Constituição do respectivo Estado e os
seguintes preceitos:
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito
e dos Vereadores, para mandato de
quatro anos, mediante pleito direto e
simultâneo realizado em todo o País;
IV - para a composição das Câmaras
Municipais, será observado o limite
máximo de:
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos
Municípios de mais de 300.000
(trezentos mil) habitantes e de até
450.000 (quatrocentos e cinquenta mil)
habitantes;
V - subsídios do Prefeito, do
Vice-Prefeito e dos Secretários
Municipais fixados por lei de iniciativa
da Câmara Municipal, observado o
que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
VI - o subsídio dos Vereadores será
fixado pelas respectivas Câmaras
Municipais em cada legislatura para a
subseqüente, observado o que dispõe
esta Constituição, observados os
critérios estabelecidos na respectiva
Lei Orgânica e os seguintes limites
máximos:
e) em Municípios de trezentos mil e
um a quinhentos mil habitantes, o
subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a sessenta por cento
do subsídio dos Deputados Estaduais;
VII - o total da despesa com a
remuneração dos Vereadores não
poderá ultrapassar o montante de
cinco por cento da receita do
Município;
VIII - inviolabilidade dos Vereadores
por suas opiniões, palavras e votos no
exercício do mandato e na
circunscrição do Município;
IX - proibições e incompatibilidades,
no exercício da vereança, similares,
no que couber, ao disposto nesta
Constituição para os membros do
Congresso Nacional e na Constituição
do respectivo Estado para os
membros da Assembléia Legislativa;
X - julgamento do Prefeito perante o
Tribunal de Justiça;
XI - organização das funções
legislativas e fiscalizadoras da
Câmara Municipal;
XII - cooperação das associações
representativas no planejamento
municipal;
XIII - iniciativa popular de projetos de
lei de interesse específico do
Município, da cidade ou de bairros,
através de manifestação de, pelo
menos, cinco por cento do eleitorado;
XIV - perda do mandato do Prefeito,
nos termos do art. 28, parágrafo único.

Art. 28. § 1º Perderá o


mandato o Governador que
assumir outro cargo ou função
na administração pública direta
ou indireta, ressalvada a posse
em virtude de concurso público
e observado o disposto no art.
38, I, IV e V.

Art. 29-A. O total da despesa do


Poder Legislativo Municipal,
incluídos os subsídios dos Vereadores
e excluídos os gastos com inativos,
não poderá ultrapassar os seguintes
percentuais, relativos ao somatório da
receita tributária e das transferências
previstas no § 5º do art. 153 e nos
arts. 158 e 159, efetivamente realizado
no exercício anterior:
III - 5% (cinco por cento) para
Municípios com população entre
300.001 (trezentos mil e um) e
500.000 (quinhentos mil) habitantes;
§ 1º A Câmara Municipal não gastará
mais de setenta por cento de sua
receita com folha de pagamento,
incluído o gasto com o subsídio de
seus Vereadores.
§ 2º Constitui crime de
responsabilidade do Prefeito
Municipal:
I - efetuar repasse que supere os
limites definidos neste artigo;
II - não enviar o repasse até o dia vinte
de cada mês; ou
III - enviá-lo a menor em relação à
proporção fixada na Lei
Orçamentária.
§ 3º Constitui crime de
responsabilidade do Presidente da
Câmara Municipal o desrespeito ao §
1º deste artigo.
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse
local;
II - suplementar a legislação federal e
a estadual no que couber;
III - instituir e arrecadar os tributos de
sua competência, bem como aplicar
suas rendas, sem prejuízo da
obrigatoriedade de prestar contas e
publicar balancetes nos prazos fixados
em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos,
observada a legislação estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou
sob regime de concessão ou
permissão, os serviços públicos de
interesse local, incluído o de
transporte coletivo, que tem caráter
essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica
e financeira da União e do Estado,
programas de educação infantil e de
ensino fundamental;
VII - prestar, com a cooperação
técnica e financeira da União e do
Estado, serviços de atendimento à
saúde da população;
VIII - promover, no que couber,
adequado ordenamento territorial,
mediante planejamento e controle do
uso, do parcelamento e da ocupação
do solo urbano;
IX - promover a proteção do
patrimônio histórico-cultural local,
observada a legislação e a ação
fiscalizadora federal e estadual.

Art. 31. A fiscalização do Município


será exercida pelo Poder Legislativo
Municipal, mediante controle externo,
e pelos sistemas de controle interno
do Poder Executivo Municipal, na
forma da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara
Municipal será exercido com o auxílio
dos Tribunais de Contas dos Estados
ou do Município ou dos Conselhos ou
Tribunais de Contas dos Municípios,
onde houver.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo
órgão competente sobre as contas que
o Prefeito deve anualmente prestar, só
deixará de prevalecer por decisão de
dois terços dos membros da Câmara
Municipal.
§ 3º As contas dos Municípios ficarão,
durante sessenta dias, anualmente, à
disposição de qualquer contribuinte,
para exame e apreciação, o qual
poderá questionar-lhes a legitimidade,
nos termos da lei.
§ 4º É vedada a criação de Tribunais,
Conselhos ou órgãos de Contas
Municipais.

Art. 37.
XI - a remuneração e o subsídio dos
ocupantes de cargos, funções e
empregos públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, dos
membros de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos
detentores de mandato eletivo e dos
demais agentes políticos e os
proventos, pensões ou outra espécie
remuneratória, percebidos
cumulativamente ou não, incluídas as
vantagens pessoais ou de qualquer
outra natureza, não poderão exceder o
subsídio mensal, em espécie, dos
Ministros do Supremo Tribunal
Federal, aplicando-se como limite, nos
Municípios, o subsídio do Prefeito, e
nos Estados e no Distrito Federal, o
subsídio mensal do Governador no
âmbito do Poder Executivo, o subsídio
dos Deputados Estaduais e Distritais
no âmbito do Poder Legislativo e o
subsidio dos Desembargadores do
Tribunal de Justiça, limitado a noventa
inteiros e vinte e cinco centésimos por
cento do subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, no âmbito do Poder
Judiciário, aplicável este limite aos
membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores
Públicos;
XXII - as administrações tributárias da
União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, atividades
essenciais ao funcionamento do
Estado, exercidas por servidores de
carreiras específicas, terão recursos
prioritários para a realização de suas
atividades e atuarão de forma
integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais, na forma da lei ou
convênio.
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se
às empresas públicas e às sociedades
de economia mista, e suas
subsidiárias, que receberem recursos
da União, dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios para
pagamento de despesas de pessoal
ou de custeio em geral.
Art. 38. Ao servidor público da
administração direta, autárquica e
fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes
disposições:
III - investido no mandato de
Vereador, havendo compatibilidade de
horários, perceberá as vantagens de
seu cargo, emprego ou função, sem
prejuízo da remuneração do cargo
eletivo, e, não havendo
compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior;

Art. 39.
§ 5º Lei da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios
poderá estabelecer a relação entre a
maior e a menor remuneração dos
servidores públicos, obedecido, em
qualquer caso, o disposto no art. 37,
XI.
§ 7º Lei da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios
disciplinará a aplicação de recursos
orçamentários provenientes da
economia com despesas correntes em
cada órgão, autarquia e fundação,
para aplicação no desenvolvimento de
programas de qualidade e
produtividade, treinamento e
desenvolvimento, modernização,
reaparelhamento e racionalização do
serviço público, inclusive sob a forma
de adicional ou prêmio de
produtividade.
Art. 182. A política de
desenvolvimento urbano, executada
pelo Poder Público municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em
lei, tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais
da cidade e garantir o bem- estar de
seus habitantes.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela
Câmara Municipal, obrigatório para
cidades com mais de vinte mil
habitantes, é o instrumento básico da
política de desenvolvimento e de
expansão urbana.

Constituição do Estado de Goiás


DA INTERVENÇÃO DO ESTADO
NOS MUNICÍPIOS

Art. 61 - O Estado não intervirá nos


Municípios, exceto quando:
I - não havendo motivo de força maior,
deixar de ser paga, por dois anos
consecutivos, dívida fundada;
II - não forem prestadas contas
devidas, na forma da lei;
III - não tiver sido aplicado o mínimo
exigido da receita municipal na
manutenção e desenvolvimento do
ensino e nas ações e serviços públicos
de saúde;
IV - o Tribunal de Justiça der
provimento a representação para a
execução de lei, ordem ou decisão
judicial, ou para assegurar a
observância dos seguintes princípios
constitucionais:
a) forma republicana, sistema
representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da
administração pública, direta e
indireta.
§ 1º - A decretação da intervenção
dependerá:
I de representação da Câmara
Municipal competente, nos casos dos
incisos I, II e III do caput deste artigo;
II de requisição do Tribunal de
Justiça, no caso de desobediência à
ordem ou decisão judicial;
III de provimento, pelo Tribunal de
Justiça, de representação do
Procurador-Geral de Justiça para
assegurar a observância dos
princípios especificados nas alíneas
do inciso IV do caput deste artigo e
no caso de recusa à execução de lei.
§ 2º O decreto de intervenção
especificará a amplitude, o prazo e as
condições de execução e, se couber,
nomeará o interventor e, no prazo de
vinte e quatro horas, será submetido à
apreciação da Assembleia Legislativa,
que, se não estiver funcionando, será
convocada extraordinariamente pelo
seu Presidente no mesmo prazo.
§ 3º - No caso do inciso IV do "caput",
dispensada a apreciação pela
Assembleia, o decreto limitar-se-á a
suspender a execução do ato
impugnado, se essa medida bastar ao
restabelecimento da normalidade.
§ 4º - Cessados os motivos da
intervenção, as autoridades afastadas
de seus cargos a esses voltarão, salvo
impedimento legal.

TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS
MUNICÍPIOS E DAS REGIÕES
METROPOLITANAS

CAPÍTULO I
DAS LEIS ORGÂNICAS DOS
MUNICÍPIOS

SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 62 - O Município goza de


autonomia política, administrativa e
financeira, nos termos desta e da
Constituição da República e de sua Lei
Orgânica, que será votada em dois
turnos, com interstício mínimo de dez
dias, e aprovada por dois terços dos
vereadores que compõem a Câmara
Municipal, que a promulgará.

Art. 63 - A autonomia municipal será


assegurada:
I - pela eleição direta do Prefeito,
Vice-Prefeito e Vereadores;
II - pela administração própria dos
assuntos de seu interesse,
especialmente no que se refira:
a) instituição e arrecadação dos
tributos de sua competência,
respeitados os limites impostos pelas
Constituições da República e do
Estado;
b) à aplicação de suas rendas, sem
prejuízo da obrigação de prestar
contas e publicar balancetes nos
prazos e na forma da lei, atendidas as
normas do art. 30, inciso III e art. 31
da Constituição da República;
c) à organização dos serviços públicos
locais.

Art. 64 - Compete aos Municípios:


I - legislar sobre assuntos de interesse
local;
II - suplementar a legislação federal e
a estadual, no que couber;
III - manter e prestar, com a
cooperação técnica e financeira da
União e do Estado, programas de
educação infantil e de ensino
fundamental e os serviços de
atendimento à saúde da população;
IV - promover o ordenamento
territorial, mediante planejamento e
controle da ocupação e do uso do
solo, regular o zoneamento,
estabelecer diretrizes para o
parcelamento de áreas e aprovar
loteamentos;
V - baixar normas reguladoras,
autorizar e fiscalizar as edificações,
bem como as obras que nelas devam
ser executadas, exigindo-se normas
de segurança, especialmente para a
proteção contra incêndios, sob pena
de não licenciamento;
VI - fixar condições e horário,
conceder licença ou autorização para
abertura e funcionamento de
estabelecimentos comerciais,
industriais, prestacionais e similares,
respeitada a legislação do trabalho e
sobre eles exercer inspeção, cassando
a licença, quando for o caso;
VII - organizar e prestar, diretamente
ou sob o regime de concessão,
permissão ou autorização, os serviços
públicos de interesse local, incluído o
transporte coletivo de passageiros,
definido como essencial,
estabelecendo as servidões
administrativas necessárias à sua
organização e execução;
VIII - adquirir bens, inclusive por meio
de desapropriação por necessidade ou
por utilidade pública, ou por interesse
social, nos termos da legislação
federal;
IX - promover a proteção do
patrimônio histórico-cultural local,
observadas a legislação e a ação
fiscalizadora federal e estadual;
X - dispor sobre os serviços funerários
e de cemitérios, além de administrar
aqueles que forem públicos e fiscalizar
os demais;
XI - criar, extinguir e prover cargos,
empregos e funções públicos,
fixar-lhes a remuneração, respeitadas
as regras do art. 37 da Constituição da
República e instituir o regime jurídico
de seus servidores;
XII - prover de instalações adequadas
a Câmara Municipal, para o exercício
das atividades de seus membros e o
funcionamento de seus serviços,
atendendo à peculiaridade local;
XIII criar, organizar e suprimir
distritos, observada a legislação
complementar estadual e garantida a
participação popular.
Parágrafo único. O orçamento anual
dos Municípios deverá prever a
aplicação de receitas na manutenção
e no desenvolvimento do ensino
público, preferencialmente na
educação infantil e no ensino
fundamental, e nas ações e serviços
públicos de saúde, nos termos da
Constituição da República.

Art. 65 - Para a obtenção de seus


objetivos, os Municípios poderão:
I - organizar-se em consórcios,
cooperativas ou associações;
II - celebrar convênios, acordos e
outros ajustes com a União, os
Estados, o Distrito Federal, outros
Municípios e entidades da
administração direta, indireta ou
fundacional e privadas, para
realização de suas atividades próprias;
III - constituir Guardas Municipais
destinadas à proteção de seus bens,
instalações e serviços, inclusive os de
trânsito, conforme dispuser a lei.
IV celebrar consórcios públicos e
convênios de cooperação com a
União, os Estados, o Distrito Federal e
outros Municípios para a gestão
associada de serviços públicos, em
consonância com as normas gerais
fixadas pela União.

Art. 66 - Ao Município é
terminantemente proibido:
I - estabelecer cultos religiosos ou
igrejas, subvencioná-los,
embaraçar-lhes o funcionamento ou
manter, com eles ou seus
representantes, relações de
dependência ou aliança, ressalvada,
na forma da lei, a colaboração de
interesse público;
II - recusar fé aos documentos
públicos;
III - criar distinções ou preferências
entre brasileiros;
IV - usar ou consentir que se use
qualquer dos bens ou serviços
municipais ou pertencentes à
administração indireta ou fundacional
sob seu controle, para fins estranhos à
administração;
V - doar bens imóveis de seu
patrimônio, ou constituir sobre eles
ônus real, ou conceder isenções
fiscais ou remissões de dívidas, a não
ser nos casos de manifesto interesse
público e em obediência aos ditames
legais, com expressa autorização da
Câmara Municipal, sob pena de
nulidade do ato.

SEÇÃO II
DO LEGISLATIVO MUNICIPAL

Art. 67 - A Câmara Municipal é


composta por Vereadores eleitos por
voto direto e secreto, para uma
legislatura de quatro anos, a iniciar-se
a 1º de janeiro do ano seguinte ao da
eleição.
§ 1º O número de vereadores,
guardada a proporcionalidade com a
população do Município, será fixado
com observância dos limites mínimo e
máximo previstos no inciso IV do art.
29 da Constituição da República.
Art. 68. Os subsídios do Prefeito, do
Vice-Prefeito e dos Secretários
Municipais serão fixados por lei de
iniciativa da Câmara Municipal,
observado o que dispõem os arts. 37,
inciso XI, 39, § 4º, 150, inciso II, 153,
inciso III, e 153, § 2º, inciso I, da
Constituição da República.
§ 7º O subsídio dos Vereadores será
fixado pelas respectivas Câmaras
Municipais em cada legislatura para a
subsequente, em consonância com a
Constituição da República, os critérios
estabelecidos na respectiva Lei
Orgânica e com os seguintes limites
máximos, a serem observados em
relação ao subsídio dos Deputados
Estaduais:
V - 60% (sessenta por cento), em
Municípios de 300.001 (trezentos mil
e um) a 500.000 (quinhentos mil)
habitantes;
§ 8º O total da despesa com a
remuneração dos Vereadores não
poderá ultrapassar o montante de
cinco por cento da receita do
Município.

Art. 68-A. O total da despesa do


Poder Legislativo Municipal,
incluídos os subsídios dos Vereadores
e excluídos os gastos com inativos,
não poderá ultrapassar os seguintes
percentuais, relativos ao somatório da
receita tributária e das transferências
previstas no § 5º do art. 153 e nos
arts. 158 e 159 da Constituição da
República, efetivamente realizado no
exercício anterior:
III - 5% (cinco por cento) para
Municípios com população entre
300.001 (trezentos mil e um) e
500.000 (quinhentos mil) habitantes;
§ 1º A Câmara Municipal não gastará
mais de setenta por cento de sua
receita com folha de pagamento,
incluído o gasto com o subsídio dos
Vereadores.
§ 2º Constitui crime de
responsabilidade do Prefeito
Municipal:
I efetuar repasse que supere os
limites definidos neste artigo;
II não enviar o repasse até o dia vinte
de cada mês; ou
III enviá-lo a menor em relação à
proporção fixada na Lei Orçamentária.
§ 3º Constitui crime de
responsabilidade do Presidente da
Câmara Municipal o desrespeito ao §
1º deste artigo.

Art. 69. À Câmara Municipal, com a


sanção do Prefeito, ressalvadas as
especificadas no art. 70, cabe dispor
sobre todas as matérias da
competência municipal, e
especialmente sobre:
I - tributos municipais, seu lançamento
e arrecadação e normatização da
receita não tributária;
II - empréstimos e operações de
crédito;
III - diretrizes orçamentárias, plano
plurianual, orçamentos anuais,
abertura de créditos suplementares e
especiais;
IV - subvenções ou auxílios a serem
concedidos pelo Município e qualquer
outra forma de transferência, sendo
obrigatória a prestação de contas nos
termos desta Constituição;
V - criação dos órgãos permanentes
necessários à execução dos serviços
públicos locais, inclusive autarquias e
fundações e constituição de empresas
públicas e sociedades de economia
mista;
VI regime jurídico dos servidores
públicos municipais, criação,
transformação e extinção de cargos,
empregos e funções públicos,
estabilidade e aposentadoria e fixação
e alteração de remuneração ou
subsídio;
VII - concessão, permissão ou
autorização de serviços públicos da
competência municipal, respeitadas as
normas desta e da Constituição da
República;
VIII - normas gerais de ordenação
urbanística e regulamentos sobre
ocupação e uso do espaço urbano,
parcelamento do solo e edificações;
IX - concessão e cassação de licença
para abertura, localização,
funcionamento e inspeção de
estabelecimentos comerciais,
industriais, prestacionais ou similares;
X - exploração dos serviços municipais
de transporte coletivo de passageiros
e critérios para fixação de tarifas a
serem cobradas;
XI - critérios para permissão dos
serviços de táxi e fixação de suas
tarifas;
XII - autorização para aquisição de
bens imóveis, salvo quando houver
dotação orçamentária para esse fim
destinada ou nos casos de doação
sem encargos;
XIII - cessão ou permissão de uso de
bens municipais e autorização para
que os mesmos sejam gravados com
ônus reais;
XIV Plano Diretor, obrigatório para
Municípios com mais de vinte mil
habitantes e facultativo para os
demais, e modificações que nele
possam ou devam ser introduzidas;
XV - feriados municipais, nos termos
da legislação federal;
XVI (Revogado)
XVII - alienação de bens da
administração direta, indireta e
fundacional, vedada esta, em qualquer
hipótese, nos últimos três meses do
mandato do Prefeito.
XVIII - fixação, mediante lei de sua
iniciativa, dos subsídios do Prefeito, do
Vice-Prefeito e dos Secretários
Municipais, com observância do
disposto no incisos V do art. 29 da
Constituição da República e no art. 68
desta Constituição.

Art. 70 - Compete privativamente à


Câmara Municipal:
I - receber o compromisso dos
Vereadores, do Prefeito e do
Vice-Prefeito e dar-lhes posse;
II - dispor sobre sua organização,
funcionamento e polícia, respeitadas
esta, a Constituição da República e a
Lei Orgânica respectiva, criação e
provimento dos cargos e funções de
sua estrutura organizacional,
respeitadas as regras concernentes a
remuneração ou subsídio e limites de
dispêndios com pessoal, expressas no
art. 37, incisos X e XI, e art. l69 da
Constituição da República;
III - eleger sua Mesa e constituir suas
comissões, nestas assegurando, tanto
quanto possível , a representação dos
partidos políticos que participem da
Câmara;
IV - fixar, com observância do disposto
nos incisos V e VI do art. 29 da
Constituição da República e § 7º do
art. 68 desta Constituição, o subsídio
do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos
Secretários Municipais e dos
Vereadores, bem como a verba de
representação do Presidente da
Câmara Municipal;
V - conceder licenças:
a) ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, para
se afastarem temporariamente dos
respectivos cargos;
b) aos Vereadores, nos casos
permitidos;
c) ao Prefeito, para se ausentar do
Município por tempo superior a quinze
dias.
VI - solicitar do Prefeito ou do
Secretário Municipal informações
sobre assuntos administrativos, sobre
fatos sujeitos a sua fiscalização ou
sobre fatos relacionados com matéria
legislativa em tramitação, devendo
essas informações serem
apresentadas dentro de no máximo
quinze dias úteis;
VII exercer, com o auxílio do Tribunal
de Contas dos Municípios, o controle
externo das contas do Município,
observados os termos desta e da
Constituição da República;
VIII - requerer a intervenção estadual
no Município, nos casos previstos no
art. 61;
IX - requisitar o numerário destinado a
suas despesas.

Art. 71. Os Vereadores são


invioláveis, no exercício do mandato e
na circunscrição do Município, por
suas opiniões, palavras e votos,
aplicando-se-lhes as proibições e as
incompatibilidades, no exercício da
vereança, similares, no que couber, ao
disposto na Constituição da República
para os membros do Congresso
Nacional e nesta Constituição para os
membros da Assembleia Legislativa.
Parágrafo único - A perda, extinção,
cassação ou suspensão de mandato
de vereador dar-se-ão nos casos e na
forma estabelecidos nesta
Constituição e na Legislação Federal.

Art. 73.
§ 4º - Se, decorridos dez dias da data
fixada para a posse e salvo motivo de
força maior, o Prefeito ou o
Vice-Prefeito não tiver assumido o
cargo, este será declarado vago pela
Câmara Municipal.
Art. 74.
§ 2º - Em caso de impedimento do
Prefeito e do Vice-Prefeito, serão
chamados ao exercício do Poder
Executivo, sucessivamente, o
Presidente e o Vice-Presidente da
Câmara Municipal.
Art. 75. Vagando os cargos de Prefeito
e Vice-Prefeito, far-se-á a eleição
noventa dias depois de aberta a última
vaga.
§ 1º Ocorrendo a vacância nos dois
últimos anos do período de governo, a
eleição para ambos os cargos será
feita trinta dias depois de aberta a
última vaga, pela Câmara Municipal,
na forma da lei.

Art. 76. Perderá o mandato o Prefeito


que assumir outro cargo ou função na
administração pública, ressalvada a
posse em virtude de concurso público
e observado o disposto no inciso II do
art. 38 da Constituição da República,
ou que se ausentar do Município, sem
licença da Câmara Municipal, por
período superior a quinze dias.

Art. 77 - Compete privativamente ao


Prefeito:
VIII - enviar à Câmara Municipal,
observado o disposto nesta e na
Constituição da República, projetos de
lei dispondo sobre:
a) plano plurianual;
b) diretrizes orçamentárias;
c) orçamento anual;
d) plano diretor;
IX - remeter mensagem à Câmara
Municipal por ocasião da abertura da
sessão legislativa, expondo a situação
do Município e solicitando as
providências que julgar necessárias;
X - apresentar as contas ao Tribunal
de Contas dos Municípios, sendo os
balancetes semestrais em até
quarenta e cinco dias contados do
encerramento do semestre e as contas
anuais do Município, devidamente
consolidadas, em até sessenta dias
contados da abertura da sessão
legislativa, para sobre essas últimas,
emissão do parecer prévio e posterior
julgamento pela Câmara Municipal;
XIII colocar, à disposição da Câmara,
até o dia vinte de cada mês, o
duodécimo de sua dotação
orçamentária, nos termos da Lei
Complementar prevista no art. 165, §
9º da Constituição da República, sob
pena de responsabilidade, conforme
fixa o § 2º do art.68-A desta
Constituição;
XIV - praticar os atos que visem
resguardar os interesses do Município,
desde que não reservados à Câmara
Municipal.
XV - enviar à Câmara Municipal cópia
dos balancetes e dos documentos que
os instruem, concomitantemente com
a remessa dos mesmos ao Tribunal de
Contas dos Municípios, na forma
prevista no inciso X deste artigo.

SEÇÃO IV
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL,
FINANCEIRA, ORÇAMENTÁRIA,
PATRIMONIAL E OPERACIONAL

Art. 79 - Observados os princípios e as


normas desta e da Constituição da
República, no que se refere ao
orçamento público, a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária,
patrimonial e operacional dos
Municípios e das entidades de sua
administração direta, indireta e
fundacional será exercida mediante
controle externo da Câmara
Municipal e pelos sistemas de
controle interno de cada Poder, na
forma da lei.
§ 1º O controle externo a cargo da
Câmara Municipal será exercido com
o auxílio do Tribunal de Contas dos
Municípios, ao qual compete emitir o
parecer prévio sobre as contas anuais
do Município, no prazo de sessenta
dias contados a partir do recebimento
das contas.
§ 2º Somente por decisão de dois
terços dos membros da Câmara
Municipal deixará de prevalecer o
parecer prévio, emitido pelo Tribunal
de Contas dos Municípios, sobre as
contas anuais do Prefeito.
§ 3º - As contas anuais dos Municípios
ficarão no recinto da Câmara
Municipal durante sessenta dias,
anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação,
o qual poderá questionar-lhe a
legitimidade, nos termos da lei.
§ 4º - A Câmara Municipal não
julgará as contas, antes do parecer do
Tribunal de Contas dos Municípios,
nem antes de escoado o prazo para
exame pelos contribuintes.
§ 5º As Contas da Câmara Municipal
integram, obrigatoriamente, as contas
anuais do Município.

Art. 81 - A comissão permanente a


que a Câmara Municipal atribuir
competência fiscalizadora, diante de
indícios de despesas não autorizadas,
ainda que sob a forma de
investimentos não programados ou de
subsídios não aprovados, solicitará à
autoridade municipal responsável que,
no prazo de cinco dias úteis, preste os
esclarecimentos necessários.
§ 1º - Esgotados o prazo de que trata
este artigo e não prestados os
esclarecimentos ou considerados
estes insuficientes, a Comissão
solicitará ao Tribunal de Contas dos
Municípios pronunciamento conclusivo
sobre a matéria, no prazo de quinze
dias úteis.
§ 2º - Se o Tribunal considerar
irregular a despesa e a Comissão
entender que o gasto possa causar
dano irreparável ou grave lesão à
economia pública, proporá sua
sustação ao plenário da Câmara.
§ 3º Se a Câmara Municipal e o
Poder Executivo, no prazo de noventa
dias, não efetivarem a medida prevista
no § 2º, o Tribunal decidirá a respeito.

CAPÍTULO III
DAS QUESTÕES URBANAS

Art. 84. A política urbana a ser


formulada pelos Municípios atenderá
ao pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e a garantia do
bem-estar de seus habitantes.

Art. 85. O Plano Diretor, aprovado pela


Câmara Municipal, obrigatório para
as cidades com mais de vinte mil
habitantes, é o instrumento básico da
política de desenvolvimento e
expansão urbana.
§ 1º - A propriedade urbana cumpre a
sua função social quando atende às
exigências do Plano Diretor, sua
utilização respeita a legislação
urbanística e não provoca danos ao
patrimônio cultural e ambiental.
§ 2º - O Plano Diretor, elaborado por
órgão técnico municipal, com a
participação de entidades
representativas da comunidade,
abrangerá a totalidade do território do
Município e deverá conter diretrizes de
uso e ocupação do solo, zoneamento,
índices urbanísticos, áreas de
interesse especial e social, diretrizes
econômico-financeiras,
administrativas, de preservação da
natureza e controle ambiental.
§ 3º - Na elaboração do Plano Diretor,
devem ser consideradas as condições
de riscos geológicos, bem como a
localização das jazidas supridoras de
materiais de construção e a
distribuição, volume e qualidade de
águas superficiais e subterrâneas na
área urbana e sua respectiva área de
influência.
§ 4º - As áreas urbanas com
população inferior a vinte mil
habitantes deverão elaborar diretrizes
gerais de ocupação do território que
garantam as funções sociais da cidade
e da propriedade, definindo áreas
preferenciais para urbanização, regras
de uso e ocupação do solo, estrutura e
perímetro urbanos.
Art. 86-A. É facultado ao poder público
municipal, mediante lei específica para
área incluída no plano diretor, exigir,
nos termos da lei federal, do
proprietário do solo urbano não
edificado, subutilizado ou não utilizado
que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação
compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade
predial e territorial urbana progressivo
no tempo;
III - desapropriação com pagamento
mediante títulos da dívida pública de
emissão previamente aprovada pelo
Senado Federal, com prazo de resgate
de até dez anos, em parcelas anuais,
iguais e sucessivas, assegurados o
valor real da indenização e os juros
legais.

Art. 87 - No estabelecimento de
normas sobre o desenvolvimento
urbano, serão observadas as
seguintes diretrizes:
I - adequação das políticas de
investimento, fiscal e financeira, aos
objetivos desta Constituição,
especialmente quanto ao sistema
viário, habitação e saneamento,
garantida a recuperação, pelo poder
público, dos investimentos de que
resulte valorização de imóveis;
II - urbanização, regularização
fundiária e titulação das áreas
faveladas e de baixa renda, na forma
da lei;
III - preservação, proteção e
recuperação do meio ambiente,
urbano e cultural;
IV - criação de área de especial
interesse urbanístico, social,
ambiental, turístico e de utilização
pública.
V - as áreas definidas em projetos de
loteamento como áreas verdes ou
institucionais não poderão ter sua
destinação, fim e objetivos originais
alterados, exceto quando a alteração
da destinação tiver como finalidade a
regularização de imóveis ocupados
por organizações religiosas para suas
atividades finalísticas.
Parágrafo único. A exceção prevista
no inciso V deste artigo será permitida
desde que a situação das áreas
públicas objeto de alteração da
destinação esteja consolidada até
dezembro de 2016, e mediante a
devida compensação ao Poder
Executivo Municipal, conforme
diretrizes estabelecidas em lei
municipal específica. (Acrescido pela
Emenda Constitucional nº 56, de
25-04-2018)

Art. 88. Lei municipal regulará o


transporte coletivo de passageiros, de
modo que a população tenha
facilidade de locomoção, sendo
obrigatório dotar os veículos,
integrantes do sistema, de meios
adequados a permitir o acesso das
pessoas portadoras de deficiência ou
com mobilidade reduzida.
Art. 89- Compete aos Municípios o
planejamento, a administração e o
exercício do poder de polícia sobre o
trânsito nas vias urbanas e nas
estradas municipais, cabendo-lhes a
arrecadação das multas decorrentes
de infrações.

Art. 93. Ao servidor da administração


direta e indireta, de qualquer dos
Poderes do Estado ou dos Municípios,
no exercício de mandato eletivo,
aplicam-se as seguintes disposições:
II - investido no mandato de Prefeito,
será afastado do cargo, emprego ou
função, sendo-lhe facultado optar pela
sua remuneração;
III - investido no mandato de
vereador, havendo compatibilidade de
horários, perceberá as vantagens de
seu cargo, emprego ou função, sem
prejuízo da remuneração do cargo
eletivo, e, não havendo, será aplicada
a norma do inciso anterior;

Art. 95. São direitos dos servidores


públicos do Estado, além de outros
que visem à melhoria de sua condição
social:
XX - eleito vereador, não poderá ser
transferido do Município onde exerce
suas funções, a partir da diplomação;

Lei Orgânica Municipal de Anápolis

Art. 2º. São símbolos do Município de


Anápolis, a Bandeira, o Hino, e outros
estabelecidos em Lei Municipal, que
representem a sua cultura e sua
história.

Art. 3º. O dia 31 (trinta e um) de julho


é a data magna municipal.

Art. 6º. A Lei Municipal disporá sobre a


criação, organização, supressão e
fusão de Distritos, com finalidade
administrativa, observando o
estabelecido na Constituição Federal e
Constituição Estadual, atendido os
seguintes requisitos:
I- consulta prévia, mediante plebiscito,
às populações diretamente
interessadas;
II- população, eleitorado e
arrecadação não inferiores a 51%
(cinqüenta e um por cento), parte
exigida para a criação de Município;
III- existência concomitante, na
povoação-sede, de pelo menos 1.000
(mil) moradias, 02 (duas) escolas
públicas, 03 (três) postos de saúde, 02
(dois) postos policiais e 03 (três)
telefones públicos.
Parágrafo único. O processo de
criação de Distritos terá início com
representação dirigida à Câmara
Municipal, assinada, no mínimo, por
3.000 (três mil) eleitores com domicílio
eleitoral na respectiva povoação,
comprovando-se os requisitos
mencionados nos incisos I, II e III do
caput do artigo, com a juntada de
certidões da Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística,
do Tribunal Regional Eleitoral, do
agente municipal de estatística ou
repartição do Município, dos órgãos
Fazendário Estadual e Municipal, da
Secretaria Estadual ou Municipal de
Educação, e das Secretarias de Saúde
e Segurança Pública do Estado.

CAPÍTULO III
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
Seção I
Da Competência Privativa

Art. 11. Cabe privativamente ao


Município, dentre outras, as seguintes
atribuições:
I- legislar sobre assuntos de interesse
local;
II- suplementar a legislação Federal e
a Estadual no que couber;
III- elaborar a Lei de Diretrizes
Orçamentárias anuais (LDO), a Lei
Orçamentária Anual (LOA) e o Plano
Plurianual de investimentos (PPA);
IV- instituir e arrecadar os tributos de
sua competência, bem como aplicar
suas rendas, sem prejuízo da
obrigatoriedade de prestar contas e
publicar balancetes nos prazos fixados
em lei;
V- criar, organizar, suprimir e fundir
distritos, observada a legislação
estadual;
VI- organizar e prestar, diretamente ou
sob regime de concessão ou
permissão, os serviços públicos de
interesse local, incluído o de
transporte coletivo, que terá caráter
essencial e conceder licença à
exploração de táxis e fixar os pontos
de estacionamento;
VII- manter, com a cooperação técnica
e financeira da União e do Estado
programas de educação pré-escolar e
de ensino fundamental.
VIII- prestar, com a cooperação
técnica financeira da União e do
Estado, serviços de atendimento à
saúde da população;
IX- promover, no que couber
adequado ordenamento territorial,
mediante planejamento e controle do
uso, do parcelamento, da ocupação do
solo e do desenvolvimento urbano;
X- promover a proteção do patrimônio
histórico cultural local, observada a
legislação e a ação fiscalizadora
federal e estadual;
XI- dispor sobre a administração,
utilização e alienação dos bens
públicos;
XII- atuar prioritariamente no ensino
fundamental e pré-escolar;
XIII- aplicar, anualmente, nunca menos
de 25% (vinte e cinco por cento), da
receita resultante de impostos,
compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino, atendidos
os princípios estabelecidos na
Constituição da República e na
Constituição do Estado;
XIV– aplicar, anualmente, nunca
menos de 15% (quinze por cento), da
receita resultante de impostos,
compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e
desenvolvimento da saúde, atendidos
os princípios estabelecidos na
Constituição da República e na
Constituição do Estado;
XV- abrir, arborizar, conservar,
melhorar e pavimentar as vias
públicas;
XI- denominar, emplacar e numerar os
logradouros e as edificações neles
existentes;
XII- sinalizar as vias urbanas
municipais, bem como regulamentar e
fiscalizar sua utilização;
XVIII- estabelecer normas de
edificação, de arruamento, de
zoneamento urbano e rural, bem como
das limitações urbanísticas
convenientes à ordenação de seu
território, observada a Lei Federal;
XIX- autorizar e fiscalizar as
edificações, bem como as obras de
conservação, modificação ou
demolição que nelas devam ser
efetuadas;
XX- zelar pela limpeza dos
logradouros e pela remoção do lixo
domiciliar e hospitalar e promover o
seu adequado tratamento, sendo
obrigatórias a separação e a coleta do
lixo hospitalar, através de equipamento
específico e depositar em área
exclusiva e distante do centro urbano;
XXI- conceder licença ou autorização
para instalação de estabelecimentos
bancários, comerciais, industriais e
similares, condicionando-se o horário
das agências bancárias, aquele
aplicado na capital do Estado.
XXII- expedir alvará para o exercício
de atividade profissional liberal;
XXIII- exercer inspeção sobre os
estabelecimentos comerciais,
industriais e similares, para neles
impedir ou suspender os atos ou fatos
que importem em prejuízo da saúde,
higiene, moralidade, segurança,
tranquilidade e meio ambiente;
XXIV- autorizar a fixação de cartazes,
anúncios e a utilização de quaisquer
outros meios de publicidade ou
propaganda visual, observada a
legislação federal e estadual;
XXV- demarcar e sinalizar as zonas de
silêncios, nos termos da lei;
XXVI- disciplinar os serviços de carga
e descarga e a tonelagem máxima
permitida aos veículos de carga que
circulam no perímetro urbano;
XXVII- adquirir bens para a
constituição do patrimônio municipal,
inclusive através de desapropriação
por necessidade ou utilidade pública,
ou por interesse social, bem como
administrá-los e aliená-los, mediante
licitação e autorização legislativa;
XXVIII- criar e extinguir cargos
públicos e fixar-lhes os vencimentos;
XXIX- dispor sobre o serviço funerário
e cemitério, administrando aqueles
que forem públicos e fiscalizando os
pertencentes a entidades religiosas e
aqueles explorados pela iniciativa
privada
XXX- instituir o regime jurídico do
pessoal;
XXXI- prestar assistência nas
emergências médico-hospitalares de
pronto socorro, por seus próprios
serviços ou mediante convênio com
instituições especializadas;
XXXII- aplicar penalidades por infração
de suas leis e regulamentos;
XXXIII- elaborar o Plano Local de
Desenvolvimento Integrado;
XXXIV- colocar as contas do
Município, à disposição de qualquer
contribuinte, que poderá
questionar-lhes a legitimidade, nos
termos da lei, após seu exame e
apreciação;
XXXV- regular o tráfego e o trânsito
nas vias públicas municipais,
atendidas as necessidades de
locomoção das pessoas portadoras de
necessidades especiais;
XXXVI- dispor sobre a concessão,
permissão e autorização de uso dos
bens públicos municipais nos termos
da lei;
XXXVII- coibir práticas que ameacem
os mananciais, a flora e a fauna,
provoque extinção da espécie ou
submetem os animais à crueldade;
XXXVIII- disciplinar a localização de
substâncias potencialmente perigosas
nas áreas urbanas e nas proximidades
de culturas agrícolas e mananciais;
XXXIX- exercer o poder de polícia
administrativa nas matérias retro
mencionadas, inclusive quanto à
funcionalidade e estética urbana,
dispondo sobre as penalidades por
infração às referidas normas;
XL- assegurar a expedição de
certidões requeridas às repartições
administrativas municipais, para
defesa de direitos e esclarecimentos
de situações, estabelecendo os prazos
de atendimento;
XLI- integrar consórcio com outros
municípios para solução de problemas
comuns;
XLII- dispor sobre proteção, registro,
vacinação e captura de animais;
XLIII- dispor sobre a destinação de
animais e mercadorias apreendidas
em decorrência de transgressão de
legislação vigente.

Seção II
Da Competência Comum

Art. 14. São competências comuns do


Município com a União e o Estado:
I- zelar pela guarda da Constituição,
das leis e das instituições
democráticas e conservar o patrimônio
público;
II- cuidar da saúde e assistência
públicas, da proteção e garantia das
pessoas portadoras de necessidades
especiais;
III- proteger os documentos, as obras
e outros bens de valor histórico,
artístico e cultural, os monumentos, as
paisagens naturais notáveis e os sítios
arqueológicos;
IV- impedir a evasão, a destruição e
descaracterização de obras de arte e
de outros bens de valor histórico,
artístico e cultural;
V- proporcionar os meios de acesso à
cultura, à educação, à ciência e ao
lazer;
VI- proteger o meio ambiente e
combater a poluição em quaisquer de
suas formas;
VII- fomentar a produção agropecuária
e organizar o abastecimento alimentar;
VIII- promover programas de
construção de moradias e melhoria
das condições habitacionais e de
saneamento básico;
IX- combater as causas da pobreza e
os fatores de marginalização,
promovendo a integração social dos
setores desfavorecidos;
X- registrar, acompanhar e fiscalizar as
concessões de direitos de pesquisa e
exploração de recursos hídricos e
minerais em seu território;
XI- estabelecer e implantar política de
educação para a segurança do
trânsito.

Seção III
Da Competência Suplementar
Art. 15. Ao Município compete
suplementar a legislação Federal e a
Estadual no que couber, em assuntos
do seu interesse particular.
Parágrafo único. A competência
prevista neste artigo será exercida em
relação às legislações Federal e
Estadual, no que digam respeito ao
peculiar interesse Municipal, visando
adaptá-las à realidade local.

Seção IV
Dos Atos Municipais

Art. 17. A Prefeitura e a Câmara


Municipal são obrigadas a fornecer a
qualquer interessado, no prazo
máximo de 15 (quinze) dias, certidões
dos atos, contratos e decisões, desde
que requeridos para fim de direito
determinado, sob pena de
responsabilidade da autoridade ou
servidor que negar ou retardar a sua
expedição. No mesmo prazo, deverão
atender às requisições judiciais, se
outro não for fixado pela autoridade
competente.
Parágrafo único. No mesmo prazo,
publicar no sítio na internet da
Prefeitura ou da Câmara Municipal,
respectivamente, a íntegra de todos os
contratos e convênios celebrados,
bem como seus aditivos e retificações,
além de atender às requisições
judiciais, se outro não for fixado pela
autoridade competente.

CAPÍTULO IV
DAS VEDAÇÕES
Art. 18. Ao Município é vedado:
IV- consentir que se usem, quaisquer
dos bens ou serviços municipais, por
terceiros, exceto em casos
excepcionais, ouvida a Câmara
Municipal;
V- doar bens imóveis de seu
patrimônio, ou constituir sobre eles
ônus real, ou conceder isenções
fiscais ou remissões de dívidas fora
dos casos de manifesto interesse
público, sem expressa autorização da
Câmara Municipal, sob pena de
nulidade do ato;
VIII- outorgar isenções e anistias
fiscais ou permitir a remissão de
dívidas, sem interesse público
justificado, sem expressa autorização
da Câmara Municipal, sob pena de
nulidade do ato;

CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
Da Câmara Municipal

Art. 19. O poder Legislativo é exercido


pela Câmara Municipal, composta de
vereadores, eleitos através de
sistema proporcional, dentre cidadãos
maiores de 18 anos, no exercício dos
direitos políticos, pelo voto direto e
secreto.
§1º. Cada legislatura terá duração de
04 (quatro) anos.
§2º. O número de vereadores à
Câmara Municipal será de 23 (vinte e
três), observados os limites
estabelecidos na Constituição Federal
e Estadual.

Art. 20. Cabe à Câmara, com a


sanção do Prefeito, dispor sobre as
matérias de competência do Município
e especialmente:
I- legislar sobre os assuntos de
interesse local, inclusive
suplementando a legislação Federal e
Estadual;
II- legislar sobre tributos municipais,
bem como autorizar isenções fiscais e
a remissão de dívidas.
III- votar o orçamento anual e
plurianual de investimento, a lei de
diretrizes orçamentárias, bem como
autorizar a abertura de créditos
suplementares e especiais;
IV- deliberar sobre obtenção e
concessão de empréstimos e
operações de crédito, bem como a
forma e os meios de pagamento;
V- autorizar a concessão de auxílios e
subvenções;
VI- autorizar a concessão de serviços
públicos;
VII- autorizar a concessão do direito
real de uso de bens municipais;
VIII- autorizar a concessão
administrativa de uso de bens
municipais;
IX- autorizar a alienação de bens
imóveis;
X- autorizar a aquisição de bens
imóveis, salvo quando se tratar de
doação sem encargo;
XI- dispor sobre a criação,
organização e supressão de distrito,
mediante prévia consulta plebiscitária;
XII- criar, alterar e extinguir cargos
públicos e fixar os respectivos
vencimentos;
XIII- aprovar o Plano Diretor;
XIV- delimitar o perímetro urbano;
XV- autorizar a alteração da
denominação de próprios, vias e
logradouros públicos;
XVI– exercer com auxílio do Tribunal
de Contas dos Municípios a
fiscalização financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial do
Município;

Art. 21. À Câmara, compete


privativamente, as seguintes
atribuições:
I– eleger sua Mesa Diretora, bem
como destituí-la, na forma regimental;
II– elaborar o regimento interno;
III– organizar os seus serviços
administrativos;
IV– dar posse ao Prefeito e
Vice-Prefeito, conhecer de sua
renúncia e afastá-los definitivamente
do exercício do cargo;
V– conceder licença ao Prefeito, ao
Vice-Prefeito e aos Vereadores para
afastamento do cargo;
VI– autorizar o Prefeito, por
necessidade de serviço, ausentar-se
do Município, por mais de quinze dias;
VII– fixar os subsídios do Prefeito, do
Vice-Prefeito, dos Vereadores e dos
Secretários Municipais;
VIII– criar Comissões especiais e de
inquérito, sobre fato determinado que
se inclua na competência municipal,
sempre que o requerer pelo menos um
terço de seus membros;
VIX- convocar os secretários
municipais, diretores de empresas
públicas e de economia mista e de
fundações para prestarem,
pessoalmente, informações sobre
assunto previamente determinado,
importando crime de responsabilidade
a ausência sem justificação adequada:
a) os secretários municipais, diretores
de empresas públicas, de economia
mista e de fundações, poderão
comparecer à Câmara Municipal, ou
a qualquer de suas Comissões por sua
iniciativa e mediante entendimentos
com a Mesa Diretora, para expor
assunto de relevância de seus cargos.
X- autorizar referendos e plebiscitos;
XI- julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e
os Vereadores nos casos previstos
em lei;
XII- decidir sobre a perda do mandato
de Vereador, por voto secreto e
maioria absoluta, hipóteses previstas
no art. 55, Parágrafo 2º da
Constituição Federal, mediante
provocação da Mesa Diretora ou de
partido político representado na
Câmara.
§1º. A Câmara Municipal delibera,
mediante resolução, sobre assuntos
de sua economia interna e nos demais
casos de sua competência privativa,
por meio de decreto legislativo.
§2º. É fixado em trinta dias,
prorrogável por igual período, desde
que solicitado e devidamente
justificado, o prazo para que os
responsáveis pelos órgãos da
Administração Direta e Indireta
prestem as informações e
encaminhem os documentos
requisitados pelo Poder Legislativo na
forma do disposto na presente lei;
§3º. Os prazos previstos neste artigo
referem-se às solicitações das
comissões técnicas, devidamente
aprovadas e também a requerimentos
aprovados em plenário.
§4º. O não atendimento ao prazo
estipulado no caput deste artigo
faculta ao Presidente da Câmara, na
conformidade da legislação federal,
provocar o Poder Judiciário para fazer
cumprir a legislação. XIII- legislar
sobre sua organização, funcionamento
e polícia, respeitada a constituição da
República e do Estado de Goiás,
criação e provimento de cargos de sua
estrutura organizacional, respeitadas
as regras concernentes à
remuneração e limites de dispêndios
com pessoal, expressas no art.37,
inciso XI, e art. 169, da Constituição
Federal.

Art. 22. Cabe, ainda à Câmara,


conceder título de cidadão honorário a
pessoas que reconhecidamente
tenham prestado serviços ao
Município, mediante decreto
legislativo, aprovado pelo voto de no
mínimo dois terços de seus membros.
Parágrafo único. A Câmara poderá
também instituir, mediante Resolução,
outras formas de homenagens

Seção II
Dos Vereadores

Art. 23. No primeiro ano de cada


legislatura, no dia 01 de janeiro, às
nove horas, em sessão solene de
instalação, independente do número,
sob a presidência do vereador mais
votado dentre os presentes, os
Vereadores prestarão compromisso e
tomarão posse.
§1º. O Vereador que não tomar posse
prevista neste artigo, deverá fazê-lo no
prazo de quinze dias, salvo motivo
justo aceito pela Câmara.
§2º. No ato da posse, os Vereadores
desincompatibilizar-se-ão de qualquer
cargo incompatível. Na mesma
ocasião, e ao término do mandato,
deverão fazer declaração de seus
bens, a qual será transcrita em livro
próprio, constando de ata, o seu
resumo.

Art. 24. Os Vereadores são invioláveis


no exercício do mandato e na
circunscrição do Município, por suas
opiniões, palavras e votos.

Art. 25. O mandato do Vereador será


remunerado, na forma fixada pela
Câmara Municipal, em cada
Legislatura, para a subsequente,
respeitando-se a Constituição Federal
e a Constituição Estadual.

Art. 26. O Vereador poderá


licenciar-se do cargo somente:
I- por moléstia devidamente
comprovada ou em
licença-maternidade;
II- para desempenhar missões
temporárias de caráter cultural ou de
interesse do Município;
III- para tratar de interesses
particulares, por prazo determinado,
nunca inferior a trinta dias, não
podendo reassumir o exercício do
mandato antes do término da licença.
IV– para assumir cargo de Secretário
Municipal ou outro equivalente na
estrutura do município:
a) não poderá o Vereador licenciar-se
do cargo para assumir cargo ou
função de nível inferior ao de
secretário municipal
V– para assumir cargo público na
estrutura do Estado ou da União.
§1º. Para fins de remuneração,
considerar-se-á como em exercício o
Vereador licenciado nos termos dos
incisos I e II.
§2º. Ao Vereador licenciado nos
termos dos incisos I e II, a Câmara
poderá determinar o pagamento, no
valor que estabelecer e na forma que
especificar, através de Resolução, de
auxílio-doença ou de auxílio especial;
§3°. O Vereador licenciado nos termos
dos incisos IV e V poderá optar pela
melhor remuneração.

Art. 27. O suplente será convocado, no


caso de vaga, em investidura em
cargo de Secretário, ou de licença
superior a 30 (trinta) dias.
§1º. O Suplente convocado deverá
tomar posse no prazo de 15 (quinze)
dias contados da data da convocação,
salvo justo motivo aceito pela Câmara,
quando se prorrogará o prazo.
§2º. Enquanto a vaga a que se refere
o parágrafo anterior não for
preenchida, o Presidente comunicará
o fato, dentro de 48 horas, diretamente
ao Tribunal Regional Eleitoral.

Art. 28. É assegurado ao Vereador,


livre acesso, verificação e consulta a
todos os documentos oficiais, em
qualquer órgão do Legislativo, da
Administração Direta, Indireta, de
Fundação ou Empresa de Economia
Mista com participação acionária
majoritária da Municipalidade.

Art. 29. O Vereador não poderá:


I- desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com
pessoa jurídica de direito público,
autarquia, empresa pública, sociedade
de economia mista ou empresa
concessionária de serviço público,
salvo quando o contrato obedecer à
cláusula uniforme;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou
emprego remunerado inclusive os de
que seja demissível “ad nutum”, nas
entidades constantes da alínea
anterior.
II- desde a posse:
a) ser proprietário, controlador ou
diretor de empresa que goze de favor
decorrente de contrato com pessoa
jurídica de direito público ou nela
exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que seja
demissível “ad nutum”, nas entidades
referidas no inciso I, “a”; c) ser titular
de mais de um cargo ou mandato
eletivo Federal, Estadual, Distrital ou
Municipal.

Art. 30. Perderá o mandato o


Vereador:
I- que infringir qualquer das proibições
estabelecidas no artigo anterior;
II- cujo procedimento for declarado
incompatível com o decoro e a ética
parlamentar, assim definidos em
Resolução;
III- que deixar de comparecer, em
cada sessão legislativa à terça parte
das sessões ordinárias da Casa, salvo
licença ou missão por esta autorizada;
IV- que perder ou tiver suspensos os
direitos políticos;
V- quando o decretar a justiça eleitoral,
nos casos previstos na Constituição;
VI- que sofrer condenação criminal em
sentença definitiva e irrecorrível;
VII- que se utilizar do mandato para a
prática de atos de corrupção ou de
improbidade administrativa;
VIII- que fixar residência fora do
Município;
Parágrafo único. É incompatível com
decoro parlamentar, além dos casos
definidos em Resolução, o abuso das
prerrogativas asseguradas a membro
da Câmara Municipal ou à percepção
de vantagens indevidas.

Seção III
Da Mesa Diretora Da Câmara
Art. 31. Imediatamente depois da
posse, os Vereadores reunir-se-ão
sob a presidência do mais votado
dentre os presentes e, havendo
maioria absoluta dos membros da
Câmara, elegerão os componentes da
Mesa Diretora, que ficarão
automaticamente empossados.
Parágrafo único. Não havendo número
legal, o vereador mais votado dentre
os presentes permanecerá na
Presidência e convocará sessões
diárias até que seja eleita a Mesa
Diretora.

Art. 32. A eleição para renovação da


Mesa Diretora para o segundo biênio,
poderá ser realizada em sessão
ordinária realizada no segundo ano da
legislatura, empossando-se os eleitos
automaticamente no dia 1º (primeiro)
de janeiro do ano seguinte.

Art. 33. A Mesa da Câmara é


composta do Presidente, do
Vice-Presidente, do Primeiro
Secretário, do Segundo Secretário, do
Terceiro Secretário e do Quarto
Secretário; os quais se substituirão
nessa ordem.
Parágrafo único. Qualquer
componente da Mesa poderá ser
destituído desta, pelo voto de dois
terços dos membros da Câmara,
quando faltoso, omisso ou ineficiente
no desempenho de suas atribuições
regimentais, elegendo-se outro
vereador para a complementação do
mandato.
Art. 34. O mandato da Mesa Diretora
será de 02 (dois) anos, proibida a
reeleição de qualquer de seus
membros para o mesmo cargo.

Art. 35. À Mesa, dentre outras


atribuições compete:
I– propor projetos de Resolução que
criem ou extingam cargos dos serviços
da Câmara e fixem os respectivos
vencimentos;
II– elaborar e expedir, mediante ato, a
discriminação analítica das dotações
orçamentárias da Câmara, bem como
altera-las, quando necessário;
III- suplementar, mediante Ato, as
dotações do orçamento da Câmara,
observando o limite da autorização
constante da lei orçamentária, desde
que os recursos para a sua cobertura
sejam provenientes de anulação total
ou parcial de suas dotações
orçamentárias;
IV– devolver à Prefeitura, o saldo de
caixa existente na Câmara ao final do
exercício;
V– nomear, promover, comissionar,
conceder, garantir, aposentar e punir
funcionários ou servidores da Câmara
Municipal, nos termos da lei.
VI– declarar a perda do mandato de
vereador, de ofício ou por provocação
de qualquer de seus membros ou,
ainda, de partido político representado
na Câmara, nas hipóteses previstas
em lei.

Art. 36. Ao Presidente da Câmara,


dentre outras atribuições, compete:
I– representar a Câmara em juízo e
fora dele;
II– dirigir, executar e disciplinar os
trabalhos legislativos;
III– interpretar e fazer cumprir o
Regimento Interno;
IV– promulgar as Resoluções e os
Decretos Legislativos, bem como as
Leis com sanção tácita ou cujo veto
tenha sido rejeitado pelo Plenário;
V– fazer publicar os Atos da Mesa,
bem como as Resoluções, os
Decretos Legislativos e as Leis por ele
promulgadas;
VI– declarar a perda do mandato do
Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores,
nos casos previstos em Lei, salvo as
hipóteses dos incisos III e V, do artigo
30, desta Lei;
VII– requisitar o numerário destinado
ao custeio do Poder Legislativo,
obedecido aos limites fixados em Lei;
VIII– apresentar no Plenário, até o dia
20 (vinte) de cada mês, o balancete
relativo aos recursos recebidos e às
despesas do mês anterior;
IX– representar sobre a
inconstitucionalidade de Lei ou Ato
Municipal;
X– solicitar intervenção no Município,
nos casos admitidos pela Constituição
do Estado;
XI– manter a ordem no recinto da
Câmara, podendo solicitar a força
necessária para esse fim.

Art. 37. O Presidente da Câmara ou


seu substituto só terá voto:
I- na eleição da Mesa Diretora;
II- quando a matéria exigir, para sua
aprovação, o voto favorável de 2/3
(dois terços) dos membros da
Câmara;
III- quando houver empate em
qualquer votação no Plenário.
§1º. Não poderá votar o Vereador que
tiver interesse pessoal na deliberação,
anulando-se a votação, se o seu voto
for decisivo.
§2º. As deliberações da Câmara
Municipal de Anápolis e das suas
Comissões se darão sempre pelo voto
aberto.

Seção IV
Da Sessão Legislativa Ordinária

Art. 38. Independentemente da


convocação, a Sessão Legislativa
anual desenvolve-se no período de 01
de fevereiro (01/02) a 30 de junho
(30/06) e de 01 de agosto (01/08) a 15
de dezembro (15/12), e no mês de
dezembro ocorrerá apenas 06 (seis)
sessões ordinárias, sem prejuízos aos
demais trabalhos do Legislativo
Municipal, resguardando os direitos
constitucionais, tais como: sessões
extraordinárias, votação da Lei
Orçamentária Anual (LOA) e
autoconvocação.
§1º. As reuniões marcadas para essas
datas serão transferidas para o
primeiro dia útil subsequente, quando
recaírem em sábados, domingos ou
feriados.
§2º. A sessão legislativa não será
interrompida sem a aprovação do
projeto de lei de diretrizes
orçamentárias, do orçamento anual e
do plano plurianual de investimentos;
§3º. A Câmara reunir-se-á em
sessões ordinárias, especiais,
extraordinárias ou solenes, conforme
dispuser o seu regimento interno, e
remunerá-las de acordo com o
estabelecido na legislação específica.

Art. 39. As sessões da Câmara serão


públicas, salvo deliberação em
contrário, tomada pela maioria de 2/3
(dois terços) de seus membros,
quando ocorrer motivo relevante de
preservação do decoro parlamentar.

Art. 40. As sessões só poderão ser


abertas com a presença de, no
mínimo, 1/3 (um terço) dos membros
da Câmara.
Seção V
Da Sessão Legislativa Extraordinária

Art. 41. As sessões extraordinárias da


Câmara Municipal serão convocadas:
I– pelo Presidente da Câmara,
quando este as entender necessárias;
II- pelo Prefeito, quando este as
entender necessárias;
III- pela Mesa da Câmara, mediante
requerimento subscrito por, pelo
menos 1/3 (um terço), dos seus
membros;
IV- pela maioria absoluta dos membros
da Câmara Municipal.
§1º. Durante a sessão legislativa
extraordinária, a Câmara deliberará
exclusivamente sobre a matéria para a
qual foi convocada.
§2º. Ficará mantida na legislatura
seguinte a vigência que não for
alterada na data fixada por esta Lei e a
Constituição Estadual.

Subseção II
Das Emendas à Lei Orgânica

Art. 48. A Lei Orgânica do Município


será emendada mediante proposta:
I- do Prefeito;
II- de 1/3 (um terço), no mínimo, dos
membros da Câmara Municipal.
§1º. A proposta de emenda à Lei
Orgânica será votada em dois turnos,
considerando-se aprovada, quando
obtiver o voto de 2/3 (dois terços) dos
membros da Câmara Municipal, no
primeiro e no segundo turno.
§2º. A emenda aprovada nos termos
deste artigo será promulgada pela
Câmara Municipal, com o respectivo
número de ordem.
§3º. A matéria constante de emenda
rejeitada, ou tida por prejudicada, não
poderá ser objeto de nova proposta na
mesma sessão legislativa.

Subseção III
Das Leis

Art. 49. As leis complementares


exigem, para sua aprovação, o voto
favorável da maioria absoluta dos
membros da Câmara.

Art. 50. As leis ordinárias exigem, para


sua aprovação, o voto favorável da
maioria simples dos membros da
Câmara Municipal.

Art. 51. As leis delegadas serão


elaboradas pelo Prefeito, que deverá
solicitar a delegação pretendida, à
Câmara Municipal.
§1º. Não serão objeto de delegação os
atos de competência exclusiva da
Câmara Municipal, a matéria
reservada à lei complementar e a
legislação sobre planos plurianuais,
diretrizes orçamentárias e orçamentos.
§2º. A delegação ao Prefeito terá a
forma de Resolução da Câmara
Municipal, que especificará seu
conteúdo e os termos de seu
exercício;
§3º. Se a Resolução determinar a
apreciação do projeto pela Câmara,
esta o fará em votação única, vedada
qualquer emenda.

Art. 56. A iniciativa popular poderá ser


exercida pela apresentação à Câmara
Municipal, de projeto de lei subscrito
por, no mínimo, 5% (cinco por cento)
dos eleitores do Município.

Art. 58. O projeto aprovado em dois


turnos de votação será, no prazo de
10 (dez) dias úteis, enviado pelo
Presidente da Câmara ao Prefeito
que, concordando, sancioná-lo-á no
prazo de 15 (quinze) dias úteis.
Parágrafo único. Decorrido o prazo de
15 (quinze) dias úteis, o silêncio do
Prefeito importará sanção tácita.
Art. 59. Se o Prefeito julgar o projeto,
no todo ou em parte, inconstitucional
ou contrário ao interesse público,
vetá-lo total ou parcialmente, no prazo
de 15 (quinze) dias úteis, contados da
data do recebimento e comunicará,
dentro de 48 (quarenta e oito) horas,
ao Presidente da Câmara os motivos
do veto.
§1º. O veto deverá ser sempre
justificado e, quando parcial,
abrangerá o texto integral de artigo, de
parágrafo, de inciso ou de alínea.
§2º. As razões aduzidas no veto serão
apreciadas no prazo de 30 (trinta)
dias, contados do seu recebimento,
em uma única discussão.
§3º. O veto somente será rejeitado
pela maioria absoluta dos membros da
Câmara.
§4º. Esgotado sem deliberação o
prazo previsto no § 2º desse artigo, o
veto será colocado na ordem do dia da
sessão imediata, sobrestadas as
demais proposições, até sua votação
final.
§5º. Se o veto for rejeitado, o projeto
será enviado ao Prefeito, em 48
(quarenta e oito) horas, para a
promulgação.
§6º. Se o Prefeito não promulgar a Lei
em 48 (quarenta e oito) horas, nos
casos de sanção tácita ou rejeição de
veto, o presidente da Câmara
promulgá-lo-á e, se este não o fizer,
caberá ao Vice-Presidente, em igual
prazo, fazê-lo.
§7º. A Lei promulgada nos termos do
parágrafo anterior produzirá efeitos a
partir de sua publicação.
§8º. Nos casos de veto parcial, as
disposições aprovadas pela Câmara
serão promulgadas pelo seu
Presidente, com o mesmo número de
Lei original, observando o prazo
estipulado no § 6º.
§9º. O prazo previsto no §2º não corre
nos períodos de recesso da Câmara.
§10. A manutenção do veto não
restaura matéria suprimida ou
modificada pela Câmara.
§11. Na apreciação do veto, a Câmara
não poderá introduzir qualquer
modificação no texto aprovado.

Art. 60. A matéria constante de projeto


de lei rejeitado, somente poderá ser
objeto de novo projeto, na mesma
sessão legislativa, mediante proposta
de maioria absoluta dos membros da
Câmara.
Parágrafo único. O disposto neste
artigo não se aplica aos projetos de
iniciativa do Prefeito, que serão
sempre submetidos à deliberação da
Câmara.

Art. 62. O Decreto Legislativo é a


proposição destinada a regular matéria
exclusiva da Câmara, que produza
efeitos externos, não dependendo,
porém, de sanção do Prefeito.

Art. 63. O Decreto Legislativo


aprovado pelo plenário, em um só
turno de votação, será promulgado
pelo Presidente da Câmara.

Art. 64. O Projeto de Resolução é a


proposição destinada a regular matéria
político-administrativa da Câmara, de
sua competência exclusiva, e não
depende de sanção do Prefeito.

Art. 65. O Projeto de Resolução


aprovado pelo plenário em dois turnos
de votação será promulgado pelo
presidente da Câmara.

Art. 81. Ao Prefeito, compete


privativamente:
XIX- prestar à Câmara, em até 30
(trinta) dias, as informações solicitadas
na forma regimental;
XX- superintender a arrecadação dos
tributos e preços, bem como a guarda
e aplicação da receita, autorizando as
despesas e pagamentos, dentro das
disponibilidades orçamentárias ou dos
créditos votados pela Câmara;
XXI- colocar à disposição da Câmara,
até o dia 20 (vinte) de cada mês, a
parcela correspondente ao duodécimo,
na forma a Lei, sob pena de crime de
responsabilidade;

Seção III
Da Responsabilidade do Prefeito

Art. 84. Depois que a Câmara


Municipal declarar a procedência da
acusação contra o Prefeito, pelo voto
de 2/3 (dois terços) de seus membros,
será ele submetido a julgamento
perante o Tribunal de Justiça do
Estado, nas infrações penais comuns,
e perante a Câmara, nos crimes de
responsabilidade.

Seção V
Do Conselho do Município

Art. 92. O Conselho do Município é o


órgão superior de consulta do Prefeito
e dele participam:
I– o Vice-Prefeito
II– o Presidente da Câmara
Municipal;
III– os líderes dos partidos políticos
com representação na Câmara
Municipal;
IV– o Procurador Geral do Município;
V– 06 (seis) cidadãos brasileiros com
mais de 35 (trinta e cinco) anos de
idade, sendo 03 (três) nomeados pelo
Prefeito e 03 (três) eleitos pela
Câmara Municipal, todos com o
mandato de 03 (três) anos vedada a
recondução.
Regimento da Câmara Municipal

Art. 1º.
§ 1º. Na sede da Câmara não serão
realizados atos estranhos às suas
finalidades, exceto por deliberação do
Plenário ou concessão da Mesa.
§ 2º. Havendo motivo relevante ou de
força maior, a Câmara poderá, por
deliberação da maioria dos
Vereadores, por meio de Resolução,
reunir-se fora da sua sede.

Art. 4º. A Mesa Diretora é composta


do Presidente, Vice-Presidente,
Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto
Secretários e tem competência para
dirigir, executar e disciplinar os
trabalhos legislativos e administrativos
da Câmara.

Art. 5º. A Mesa reunir-se-á quando


convocada pelo Presidente ou pela
metade e mais um de seus membros
e, com os demais Vereadores, quando
convocada pela maioria absoluta dos
membros da Câmara.

Art. 6º. Na mesma sessão de


instalação e posse, ainda com o
Vereador mais votado na direção dos
trabalhos, realizar-se-á eleição da
Mesa, que dirigirá os trabalhos da
Câmara por duas Sessões
Legislativas.
Parágrafo Único. Se a eleição da
Mesa não puder efetivar-se, por
qualquer motivo, na sessão de
instalação, esta será automaticamente
prorrogada até que seja realizada a
eleição.

Art. 7º.
§ 2º. No caso de vacância de qualquer
cargo na Mesa, a Câmara elegerá o
substituto no prazo de quinze (15) dias
observando, no que couber, o disposto
neste artigo.

Art. 10. Os membros da Mesa são


passíveis de destituição, desde que
exorbitem das atribuições a eles
conferidas por este Regimento ou
delas se omitam, mediante Resolução
aprovada por dois terços (2/3) dos
membros da Câmara, assegurando o
direito de ampla defesa.
Art. 11. O processo de destituição terá
início por representação, subscrita
pela maioria absoluta dos Vereadores,
lida em Plenário, com ampla e
circunstanciada fundamentação sobre
as irregularidades imputadas.
§ 1º. A representação, depois de lida
em Plenário, será enviada à Comissão
de Constituição, Justiça e Redação,
para manifestar-se sobre a sua
admissibilidade.
§ 2º. A comissão se manifestará sobre
a representação, através de parecer
pela aceitação ou rejeição da mesma,
no prazo de cinco (5) dias úteis.
§ 3º. Da decisão da Comissão de
Constituição, Justiça e Redação,
caberá Recurso ao Plenário.
§ 4º. O parecer da comissão, se
rejeitando a representação, será
enviado à Diretoria Legislativa para
arquivamento; se aceitando a
representação, incluído na pauta da
Ordem do Dia da primeira sessão
subsequente.
§ 5º. O Presidente, nos termos deste
artigo, determinará a imediata
formação da Comissão Processante.
§ 6º. A Comissão Processante será
constituída de cinco (5) Vereadores,
sorteados dentre os desimpedidos, e
reunir-se-á nas quarenta e oito (48)
horas seguintes, sob a presidência do
vereador mais idoso, para a escolha
de seu presidente e relator.
§ 7º. Instalada a Comissão
Processante, o acusado, dentro de
três (3) dias, será notificado, devendo
apresentar no prazo de dez (10) dias
por escrito, defesa prévia.
§ 8º. Findo o prazo estabelecido no
parágrafo anterior, a Comissão
Processante, de posse ou não da
defesa prévia, procederá às diligências
que entender necessárias, emitindo,
ao final, seu parecer.
§ 9º. O acusado ou seu representante
poderá acompanhar todos os atos e
diligências da Comissão Processante.
§ 10. No prazo máximo e
improrrogável de trinta (30) dias, a
contar da instalação, a Comissão
Processante deverá emitir parecer, o
qual poderá concluir pela
improcedência das acusações, se
julgá-la infundadas, ou caso contrário,
por projeto de Resolução, sugerindo
a destituição do acusado.

Seção II
Das Comissões Permanentes

Art. 25. As Comissões Permanentes


serão constituídas para um mandato
de dois (2) anos, na primeira sessão
ordinária correspondente ao período, e
terão por objetivo estudar e emitir
pareceres sobre os assuntos
submetidos a seu exame.

Art. 26. As Comissões Permanentes


serão onze (11), com as seguintes
denominações: (Redação dada pela
Resolução nº 4, de 2023)
I - Constituição, Justiça e Redação;
II - Finanças, Orçamento e
Economia;
III - Urbanismo, Transportes, Obras,
Serviços e Meio Ambiente;
IV - Educação, Cultura, Ciência e
Tecnologia;
V – Saúde, Saneamento e Mulher;
(Redação dada pela Resolução nº 11,
de 2023)
VI - Agricultura, Indústria,
Comércio, Desenvolvimento
Econômico e Turismo;
VII - Defesa dos Direitos Humanos,
Cidadania e da Pessoa com
Deficiência; (Redação dada pela
Resolução nº 3, de 2023)
VIII - Esportes, Lazer e Juventude;
IX - Direitos do Consumidor;
X – Direito do Servidor Público e
Trabalho.
XI – Assistência Social. (Redação
dada pela Resolução nº 4, de 2023)
§ 1º. A Comissão de Constituição,
Justiça e Redação e a Comissão de
Finanças, Orçamento e Economia
serão compostas de sete (7)
Vereadores titulares e sete (7)
suplentes.
§ 2º. Todas outras comissões serão
compostas de cinco (5) Vereadores
titulares e cinco (5) suplentes.
§ 3º. Cada Vereador deverá participar,
obrigatoriamente, de, no mínimo, três
(3) comissões permanentes e, no
máximo, seis (6)
Art. 30. Os membros das comissões
permanentes serão destituídos, caso
não compareçam a cinco (5) reuniões
ordinárias consecutivas ou dez (10)
alternadas no período correspondente
a uma Sessão Legislativa.
§ 1º. A destituição dar-se-á por
simples petição de qualquer Vereador
dirigida ao Presidente da Câmara
que, após comprovar a autenticidade
das faltas, mediante certidão,
declarará vago o cargo na Comissão.

Art. 43. Compete aos Presidentes das


Comissões Permanentes:
VII – Conceder vista de qualquer
propositura, desde que solicitado por
um de seus integrantes e não exceder
ao prazo de dois (2) dias úteis, sempre
após o relator emitir seu parecer;
XIII – Apresentar ao Presidente da
Câmara relatório mensal e anual dos
trabalhos da comissão, contendo
obrigatoriamente a frequência dos
membros das comissões;

Seção VI
Das Reuniões das Comissões
Permanentes
Art. 45. As comissões permanentes
reunir-se-ão, ordinariamente, no
recinto da Câmara ou fora dele,
conforme dispuser seu Regulamento.
§ 1º. As reuniões extraordinárias das
comissões permanentes serão sempre
convocadas, de ofício pelo Presidente
da Comissão ou mediante
requerimento escrito da maioria
absoluta dos seus membros, com
antecedência mínima de vinte e quatro
(24) horas, comunicando,
obrigatoriamente, a todos integrantes
da Comissão e informando a matéria a
ser apreciada.
§ 2º. O prazo constante no parágrafo
anterior será dispensado quando o ato
de convocação formulado pelo
Presidente da Comissão ou o
requerimento da maioria dos membros
contar com a assinatura de todos os
integrantes da comissão.

Art. 64. É assegurado ao Vereador:


VII – Utilizar-se dos serviços
administrativos da Câmara, desde que
para fins relacionados com o exercício
do mandato, sempre com autorização
da Mesa;

Art. 70. A Corregedoria da Câmara


será exercida pelo Vice-Presidente da
Mesa Diretora da Câmara Municipal
de Anápolis.

CAPÍTULO III
CONSELHO DE ÉTICA E DECORO
Art. 72. O Conselho de Ética e Decoro
é órgão permanente da Câmara
Municipal de Anápolis, composto por
cinco (5) vereadores como membros
titulares e cinco (5) suplentes,
observadas à ordem da votação, com
mandato de dois (2) anos permitido à
reeleição.
§ 1º. A eleição ocorrerá na segunda
sessão ordinária de cada biênio.
§ 2º. Cada Vereador poderá votar em
cinco (5) nomes, elegendo os mais
votados como os eleitos.
§ 3º. Em caso de empate será eleito o
de maior idade.
§ 4º. As demais disposições relativas
ao Conselho de Ética, suas
atribuições, bem como a
instrumentalização dos procedimentos
serão regulamentados por meio de
Resolução.

Art. 73. O Vereador que descumprir os


deveres decorrentes do mandato ou
praticar ato que afete a dignidade da
investidura estará sujeito, a processo e
às penalidades previstas na Lei
Orgânica, neste Regimento ou em
Resolução aprovada pela Câmara.
Parágrafo Único. Constituem
penalidades, além de outras
legalmente instituídas:
I – Censura;
II – Impedimento temporário do
exercício do mandato, por prazo não
excedente a trinta (30) dias;
III – Perda do mandato.
Art. 74. O Vereador, acusado da
prática de ato que ofenda a sua
honorabilidade, poderá requerer ao
Presidente, que mande apurar a
veracidade da arguição e, provada a
improcedência, imponha ao Vereador
ofensor a penalidade regimental
aplicável ao caso.

Art. 75. A pena de censura será


verbal ou escrita.
§ 1º. A censura verbal será aplicada
em reunião, pelo Presidente da
Câmara ou de Comissão, ao Vereador
que:
I - Deixar de observar, salvo motivo
justificado, os deveres decorrentes do
mandato ou os preceitos regimentais;
II – Perturbar a ordem ou praticar atos
que infrinjam as regras de boa conduta
no recinto do Plenário ou nas demais
dependências da Câmara.
§ 2º. A censura escrita será imposta
pela Mesa ao Vereador que:
I – Reincidir nas hipóteses previstas
no § 1º deste artigo;
II – Usar, em discurso ou proposição,
expressões atentatórias ao decoro
parlamentar;
III – Praticar ofensas físicas ou morais
nas dependências da Câmara;
IV - Desacatar, por atos ou palavras,
outro Vereador, a Mesa ou Comissão e
respectivas Presidências ou Plenário.

Art. 76. Considera-se incurso na


sanção de impedimento temporário
do exercício do mandato, o Vereador
que:
I – Reincidir nas hipóteses previstas
no § 2º do artigo 75 deste Regimento;
II – Praticar transgressão grave ou
reiterada aos preceitos contidos neste
Regimento;
III - Revelar informações de caráter
reservado, de que tenha tido
conhecimento.
Parágrafo Único. O Vereador
penalizado na sanção prevista neste
artigo ficará passível de desconto, em
seus subsídios de valor proporcional,
aos dias em que permanecer impedido
de exercer o mandato, cujo desconto
somente se efetivará mediante
determinação escrita e assinada pelo
Presidente;

Art. 77. Os requerimentos solicitando a


aplicação das penalidades previstas
nos artigos 75 e 76 deste Regimento
serão formulados, por qualquer
Vereador ao Presidente, por escrito.
§ 1º. Os requerimentos de que dispõe
este artigo, serão recebidos e
despachados pelo Presidente ao
Corregedor da Câmara, para averiguar
a sua procedência;

Art. 78. Perderá o mandato o Vereador


que infringir qualquer das proibições
estabelecidas no artigo 30 da Lei
Orgânica do Município.

LOM, Art. 30. Perderá o mandato o


Vereador:
I- que infringir qualquer das
proibições estabelecidas no artigo
anterior;
II- cujo procedimento for declarado
incompatível com o decoro e a ética
parlamentar, assim definidos em
Resolução;
III- que deixar de comparecer, em
cada sessão legislativa à terça parte
das sessões ordinárias da Casa,
salvo licença ou missão por esta
autorizada;
IV- que perder ou tiver suspensos os
direitos políticos;
V- quando o decretar a justiça
eleitoral, nos casos previstos na
Constituição;
VI- que sofrer condenação criminal
em sentença definitiva e irrecorrível;
VII- que se utilizar do mandato para a
prática de atos de corrupção ou de
improbidade administrativa;
VIII- que fixar residência fora do
Município;
Parágrafo único. É incompatível com
decoro parlamentar, além dos casos
definidos em Resolução, o abuso das
prerrogativas asseguradas a membro
da Câmara Municipal ou à
percepção de vantagens indevidas.

TÍTULO IV
DAS PROPOSIÇÕES
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 88. Proposição é toda matéria


sujeita à deliberação do Plenário.
§ 1º. As proposições poderão consistir
em:
a) Projetos de emenda à Lei Orgânica
do Município;
b) Projetos de Lei Complementar;
c) Projetos de Lei;
d) Projetos de Resolução;
e) Projetos de Decreto Legislativo;
f) Substitutivos, emendas e
subemendas;
g) Vetos;
h) Recursos;
i) Indicação;
j) Requerimentos.
§ 2º. As proposições deverão ser
redigidas em termos claros e
sintéticos, e as referidas nas alíneas
"a", "b", "c", "d", "e" e “g” do parágrafo
anterior, exceto as emendas e
subemendas, deverão conter ementa
de seu assunto.

CAPÍTULO II
DOS PROJETOS
Seção I
Das Disposições Preliminares

Art. 95. A Câmara exerce sua função


legislativa por meio de:
I - Projetos de emenda à Lei Orgânica;
II - Projetos de Lei Complementar;
III - Projetos de Lei;
IV - Projetos de Resolução;
V - Projetos de Decreto Legislativo.
§ 1º. A concessão de títulos
honoríficos ou de qualquer outra
honraria, para pessoas que
reconhecidamente tenham prestado
serviços relevantes ao Município, se
dará através de Projeto de Decreto
Legislativo aprovado em votação
única, por dois terços (2/3) dos
membros da Câmara.
§ 2º. Cada Vereador somente poderá
apresentar, em cada ano, dois (2)
projetos de concessão de título
honorífico de cidadania anapolina e
um (1) de cada homenagem
legalmente existente na Câmara.

Seção II
Da proposta de Emenda à Lei
Orgânica

Art. 96. A Lei Orgânica do Município


poderá ser emendada mediante
proposta:
I - Do Prefeito Municipal;
II - De um terço (1/3), no mínimo, dos
membros da Câmara.
§ 1º. A proposta de emenda à Lei
Orgânica do Município será discutida e
votada em dois turnos de discussão e
votação, com interstício mínimo de dez
(10) dias, considerando-se aprovada
quando obtiver, em ambos, dois terços
(2/3) dos votos dos membros da
Câmara, em votação nominal.
§ 2º. Aprovada a emenda, esta será
promulgada pela Mesa.

Seção VII
Da tramitação dos projetos

Art. 103. Lido o projeto pelo Primeiro


Secretário, no Pequeno Expediente,
será ele encaminhado às Comissões
Permanentes que, por sua natureza,
devam opinar sobre o seu conteúdo.

Art. 104. Os projetos, após serem lidos


em Plenário e antes de iniciada a sua
tramitação nas comissões
permanentes, devem ser,
obrigatoriamente, publicados.

Art. 140.
§ 4º. A aprovação de substitutivo
prejudica sempre a propositura original

Art. 145. As sessões da Câmara serão


Ordinárias, Extraordinárias, Especiais
e Solenes, e sempre públicas.

Art. 151. As Sessões Ordinárias serão


compostas de quatro partes:
I – Pequeno Expediente;
II – Grande Expediente;
III – Ordem do Dia;
IV – Comunicações.

Art. 166.
§ 5º. A critério da Mesa, a Câmara
poderá realizar mais de uma Sessão
Extraordinária por dia, tantas quantas
forem necessárias, para esgotar a
pauta objeto da convocação, sempre
uma sucedendo a outra.

Seção III
Dos Prazos para uso da Palavra (1, 3,
5, 10, 20 e 30)

Art. 187. Os prazos estabelecidos para


o uso da palavra são:
I – um (1) minuto para discutir
retificação ou impugnação de ata, sem
apartes;
II – cinco (5) minutos para discussão
de veto, com apartes;
III – cinco (5) minutos para discussão
de projetos em primeira discussão,
com apartes;
IV – cinco (5) minutos para discussão
de projetos em segunda discussão,
sem apartes;
V – cinco (5) minutos para discutir
parecer da Comissão de Constituição,
Justiça e Redação sobre recursos,
sem apartes;
VI – três (3) minutos para discutir
requerimentos e indicações, sem
apartes;
VII – um (1) minuto quando o Vereador
for nominalmente citado por outro;
VIII – três (3) minutos para declaração
de voto, sem apartes;
IX – cinco (5) minutos, para ocupar a
tribuna, no Pequeno Expediente,
podendo manifestar-se sobre assuntos
gerais, sem apartes;
X – três (3) minutos para
encaminhamento de votação, sem
apartes;
XI – três (3) minutos para apartear,
sem apartes;
XII – um (1) minuto para falar em
Questão de Ordem, sem apartes;
XIII – um (1) minuto para apresentar
matérias, sem apartes;
XIV – dez (10) minutos para ocupar a
tribuna no Grande Expediente,
podendo manifestar-se sobre assuntos
gerais, com apartes;
XV – três (3) minutos para discussão
de Moções, sem apartes;
XVI – cinco (5) minutos para
Comunicações, sem apartes;
XVII – três (3) minutos para falar Pela
Ordem, sem apartes.

§ 1º. Nas sessões Solenes, o prazo


para uso da palavra são os seguintes:
I – cinco (5) minutos, para
pronunciamento inicial do Presidente
ou Vereador por este designado, sem
apartes;
II – trinta (30) minutos para
pronunciamento do proponente da
homenagem, com apartes;
III – vinte (20) minutos, para o
pronunciamento do homenageado,
sem apartes;
IV – cinco (5) minutos, para o
pronunciamento do Presidente, sem
apartes.

§ 2º. A prorrogação do prazo para


uso da palavra, com apartes, na
discussão das proposituras a que se
referem os incisos II, III e XIV do caput
deste artigo, poderá ser requerida
verbalmente por Vereador e deliberada
pelo Presidente.
§ 3º. Havendo prorrogação do prazo
do orador, na forma do parágrafo
anterior, esta não prejudicará outras,
se o requerer qualquer Vereador e o
aprovar o Presidente, preservado o
direito aos apartes.
§ 4º. Antes de iniciar o discurso no
Pequeno Expediente, Grande
Expediente e outros, o vereador
poderá fazer a autodescrição de sua
imagem para deficiente visual (cego),
falando suas características físicas
como: nome, idade, altura, cor da pele,
olhos e algumas características que o
mesmo achar pertinente. (Incluído pela
Resolução nº 10, de 2023)
§ 5º. A autodescrição mencionada no
§ 4° não causará prejuízo ao tempo
regimental de fala. (Incluído pela
Resolução nº 10, de 2023)

Seção III
Dos Processos de Votação

Art. 195. São dois os processos de


votação:
I – simbólico;
II - nominal.

§ 5º. Proceder-se-á,
obrigatoriamente, à votação nominal
para:
I - Eleição ou destituição da Mesa;
II - Julgamento de Vereador;
III - Julgamento de Prefeito;
IV - Apreciação de veto;
V - Concessão de título de cidadania
anapolina e outras honrarias;
VI - Julgamento das contas do
Município.

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