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Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais

Curso de Qualificação para


Conselheiras e Conselheiros
Municipais de Saúde
do Estado de Minas Gerais
Unidades 1, 2, 3 e 4

Belo Horizonte / 2017


Fernando Pimentel Renato Almeida de Barros - 2º Secretário - Trabalhador / SindSaúde MG ESCOLA DE SAÚDE PUBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS GERAIS
Governador do Estado de Minas Gerais José do Carmo Fonseca - 3º Secretário - Prestador / SINDHOMG Unidade Sede:
Lourdes Aparecida Machado - 1ª Diretora de Comunicação – Trabalhador Av. Augusto de Lima, 2061 – Barro Preto Rua Rio de Janeiro, 471 – 10º andar
Antônio Andrade CRP/MG Belo Horizonte - MG Centro – Belo Horizonte – MG
Vice-Governador do Estado de Minas Gerais Rubens Silvério da Silva - 2º Diretor de Comunicação – Usuário / FAMENG CEP: 30190-009 CEP: 30160-040
www.ces.saude.mg.gov.br
Sávio Souza Cruz  Comissão de Revisão Unidade Geraldo Valadão:
Secretário de Saúde do Estado de Minas Gerais Rua Uberaba, 780 – Barro Preto
Adriana Fernandes Carajás – Trabalhadora / SEE/MG Belo Horizonte - MG
Fernanda Jorge Maciel Andreza Almeida Fernandes – Trabalhadora / CRESSMG CEP: 30180-080
Superintendência de Política, Planejamento e Gestão em Saúde Ederson Alves da Silva – Usuário CUT/MG www.esp.mg.gov.br
Lourdes Aparecida Machado – Trabalhadora CRP/MG www.facebook.com/escoladesaudepublicamg
Harrison Miranda Júlio César Pereira de Souza – Usuário FAMENG twitter.com/espmg
Assessor de Comunicação Social Gislene Gonçalves dos Reis – Usuária CMP/MG youtube.com/user/escolasaudepublicamg
Camila Moreira de Castro – Gestor SES/MG
Coordenadores Técnicos do Curso Renato Almeida de Barros – Trabalhador / SindSaúde MG
Maria Nazaré Anjo dos Santos – Usuária / FADEMG
Lavinne de Sousa Oliveira
Oelde de Oliveira Costa Filho Colaboradores

Organizadores do Conteúdo Conceição Aparecida Resende - Ouvidora da Saúde de Minas Gerais


Eleciania Tavares da Cruz - Secretaria Executiva do CES-MG
Érica Menezes dos Reis Ethiara Vieira de Macedo - COSEMS-MG
Juliana Fonseca de Oliveira Mesquita Maria Aparecida Meokaren – Gestora CGE/MG
Oelde de Oliveira Costa Filho
Rodrigo Martins da Costa Machado Câmara Técnica de Educação Permanente (2016/2017)

Comissão de Revisão de Conteúdo Adriana Fernandes Carajá - Trabalhadora/SEE-MG


Aline Esteves Pacheco - Usuária/AMAPEM-MG
Adriana Alves de Andrade Melo Franco Andreza Almeida Fernandes - Trabalhadora/CRESS-MG
Amanda Nathale Soares Cristina das Graças Godoy – Usuária/ARELA
Érica Menezes dos Reis Ederson Alves da Silva – Usuário/CUT-MG
Fernanda Jorge Maciel Kênia Lara da Silva – Trabalhadora – Trabalhadora / ABen-MG
Jean Alves de Souza Lívia Cozer Montenegro – Trabalhadora / ABen-MG
Juracy Xavier de Oliveira Margareth Maria Araújo Mendes – Usuária - FADEMG
Juliana Fonseca de Oliveira Mesquita
Lavinne de Sousa Oliveira Revisão Final
Lenira de Araujo Maia
Oelde de Oliveira Costa Filho Silvia Amâncio
Rodrigo Martins da Costa Machado Coordenadora de Jornalismo da ASCOM/ESP-MG
Thais Lacerda e Silva
Frank Sabino
CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE MINAS GERAIS Diagramação e Design Gráfico

MESA DIRETORA GESTÃO 2017/2019 Impressão


Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais
Luiz Sávio de Souza Cruz - Presidente / Gestor SES/MG
Ederson Alves da Silva -Vice-presidente / Usuário CUT/MG
Lourdes Aparecida Machado - Secretária Geral / Trabalhadora CRP/MG
Júlio César Pereira de Souza - 1º Secretário / Usuário FAMEMG Todos os diretos reservados. É permitido a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou
Gislene Gonçalves dos Reis - 2ª Secretária / Usuária CMP/MG qualquer fim comercial.
Camila Moreira de Castro - 3ª Secretária / Gestora SES/MG
Renato Almeida de Barros - 1º Diretor de Comunicação / Trabalhador /
SindSaúde MG
Maria Nazaré Anjo dos Santos - 2º Diretora de Comunicação / Usuária -
FADEMG

MESA DIRETORA GESTÃO 2015/2017

Luiz Sávio de Souza Cruz - Presidente - Gestor –SES/MG


Ederson Alves da Silva - Vice-presidente - Usuário CUT/MG
Jurandir Ferreira - Secretário Geral - Usuário CNBB/Leste
Júlio César Pereira de Souza - 1º Secretário - Usuário FAMEMG
Sumário

Apresentação da ESP-MG...............................................................................................................09

Apresentação do CES-MG...............................................................................................................11

Apresentação do Curso……………………….……………………………...……….....................……13

Unidade 1- Processo Histórico de Construção do SUS..................................................................15

Antecedentes da Reforma Sanitária.............................................................................19


Reforma Sanitária e Constituição Cidadã.....................................................................22
As Bases Legais do SUS..............................................................................................28
Organização e Regulamentação do SUS.....................................................................34
SUS: Avanços e Desafios.............................................................................................39

Unidade 2 - Formas de Participação e de Controle Social nas Políticas Políticas Públicas


de Sáude.................................................................................................................................47

Participação, Democracia e Controle Social no SUS....................................................51


Os Conselhos de Saúde e Órgãos de Controle............................................................56
Comunicação, Mobilização Divulgação das Ações do Conselho com Sociedade e
Educação Popular em Saúde........................................................................................72
Conferências de Saúde.................................................................................................75
Instâncias de Pactuação, Comissões Intergestores e PDR..........................................82
Vivências como Conselheiras e Conselheiros...............................................................92

Unidade 3 - Planejamento e Orçamento em Saúde..............................................................103

Planejamento: conceito e importância.........................................................................108


Planejamento no Sistema Único de Saúde.................................................................114
Instrumentos de Planejamento no SUS.................................................................119
Introdução ao Orçamento Público..........................................................................................147
Instrumentos Orçamenários........................................................................................150
Execução, Fiscalização e Monitoramento do Orçamento Público..............................158
.
Unidade 4 - Financiamento em Saúde...................................................................................175

Histórico do Financiamento da Saúde Pública no Brasil.............................................177


Fontes de Recursos....................................................................................................184
Fundos de Saúde........................................................................................................188
Blocos de Financiamento e Gastos Públicos em Saúde.............................................194
Tabela de Procedimentos do SUS...............................................................................207
SIOPS..........................................................................................................................211
Nova Modalidade de Financiamento...........................................................................216
Agenda........................................................................................................................218

Lista de Siglas...........................….........................................................................................224
Apresentação ESP-MG

A Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) vem ao longo de


seus 70 anos de história desenvolvendo ações educacionais e de pesquisa na área da saúde
pública, com o objetivo de formar profissionais críticos, capazes de transformar a sua prática
cotidiana. Com atuação em todo o Estado de Minas Gerais, a ESP-MG trabalha também de
forma descentralizada, buscando atender às necessidades das regiões de saúde do Estado.
A Escola tem como missão fortalecer o SUS, produzindo e disseminando conhecimentos
junto a usuários, trabalhadores e gestores, por meio de ações educacionais e de pesquisa,
com a Educação Permanente em Saúde como referencial político-pedagógico.
Dessa maneira, as ações educacionais da Escola levam em consideração as
experiências prévias e vivências sobre as práticas, o que possibilita a (re) construção de
novos sentidos e significados sobre os serviços ofertados para a população, e, neste caso,
novos sentidos e significados sobre a prática do controle social na saúde.
A proposta de Qualificação para Conselheiras1 e Conselheiros Municipais de Saúde
do Estado de Minas Gerais se deu a partir da parceria entre a ESP-MG e o Conselho
Estadual de Saúde de Minas Gerais - CESMG, com a participação de órgãos como a
Controladoria Geral do Estado - CGE - e Ouvidoria Geral do Estado - OGE, considerando
a necessidade de qualificar e fortalecer o Controle Social do SUS no Estado. A partir da
realização de uma Turma Diagnóstica realizada em 2016, desenvolveu-se uma proposta
de ação educacional baseada no levantamento de prioridades e mais contextualizada
com as demandas de qualificação das conselheiras e conselheiros municipais de saúde.
Essa foi uma etapa fundamental ao desenvolvimento de processos formativos atinentes /9
às realidades. Para além do desenho de uma ação educacional vertical, concebida e
executada por um grupo restrito de pessoas, a turma diagnóstico propôs uma autorização
a outros discursos, outros sentidos e outras práticas inscritas no cotidiano de atuação nos
conselhos. Esperamos, assim, possibilitar às conselheiras e aos conselheiros municipais
de saúde o aperfeiçoamento de uma consciência crítica sanitária e apresentar instrumentos
para intervenções mais objetivas para que acompanhem de forma mais qualificada, as
discussões, negociações e pactuações das políticas públicas do SUS.
Cabe ressaltar que esse material é resultado de um trabalho conjunto entre os
autores, a Câmara Técnica de Educação Permanente em Saúde do Conselho Estadual de
Saúde de Minas Gerais e a equipe técnica da ESP-MG.
Esperamos que os conteúdos e atividades sirvam não apenas para os momentos
de encontro ao longo do curso, como também para apoiar o cotidiano da conselheira e
conselheiro municipal de saúde.
Trata-se, enfim, de uma contribuição da ESP-MG para o fortalecimento da participação
social e das políticas públicas de saúde e para a construção de cidadania.
Viva a saúde como direito social!

"A língua é o único instrumento que se afia com o uso" (ditado Inuíte)
Na produção dos textos de nosso material, optamos por adotar uma linguagem inclusiva de gênero, ou seja, iremos nos
referir a você como Conselheira ou Conselheiro, desconstruindo a ideia de masculino como universal e o uso sexista da
língua na expressão oral e escrita.
Trabalhar com linguagem inclusiva de gênero nos permite, em turma mista e diversificada, dar visibilidade para as
mulheres e abolir a discriminação linguística, prezando pela paridade entre Conselheiras e Conselheiros.
Apresentação CESMG

Qualificar e fortalecer o Controle Social do Sistema Único de Saúde de Minas Gerais


foi um dos primeiros compromissos assumidos pela gestão do Conselho Estadual de
Saúde (CES-MG) em 2015. A partir de um projeto elaborado em conjunto com a Escola de
Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG), o CES-MG busca oferecer às conselheiras e
aos conselheiros de saúde ferramentas que fomentem um pensamento crítico e, ao mesmo
tempo, possibilitem intervenções para que estes atores acompanhem, com competência,
as discussões, negociações e pactuações das políticas públicas de saúde.
O CES-MG realiza, portanto, os primeiros contatos que se deram com a Escola
de Saúde Pública, para construir um modelo mais abrangente e eficaz de qualificação.
Consequentemente, em setembro de 2015, se reuniram CES-MG, ESP-MG, Controladoria
Geral do Estado, Ouvidoria Geral do Estado, Conselho das Secretarias Municipais de Saúde
(Cosems) e Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais para alinhar os objetivos
desse curso. Foi um minucioso processo de trabalho para definir as diretrizes a serem
alcançadas pelo projeto, até que em maio do ano seguinte aconteceu a turma diagnóstico
que identificou os temas a serem abordados nas aulas aplicados à realidade local. A turma
diagnóstico teve a participação das 13 Regiões Ampliadas de Saúde.
Outro compromisso dessa gestão foi a criação das Câmaras Técnicas, entre elas, a
de Educação Permanente, que iniciou suas atividades com a missão de organizar a temáti-
ca e de contribuir na elaboração do material didático do curso. Foram várias reuniões para
chegar a um produto final, que busca envolver pedagogicamente os indivíduos e os grupos
na participação popular, por meio de formas coletivas d e aprendizado e investigação.
/ 11
Desta forma, pretende-se promover o crescimento da capacidade de análise crítica
sobre a realidade e o aperfeiçoamento das estratégias de luta e de enfrentamento, espe-
cialmente no cenário atual, onde são várias as tentativas de extinção do Sistema Único de
Saúde.
Este material é, acima de tudo, a concretização de um trabalho coletivo, de muitas
discussões democráticas e de qualidade. Esperamos contribuir, de forma efetiva, para que
conselheiras e conselheiros de saúde desempenhem, cada vez melhor, seu papel junto à
sua sociedade. Através da atuação segura e legítima desses atores sociais podemos forta-
lecer o Controle Social e, consequentemente, o Sistema Único de Saúde de Minas Gerais.
Afinal, o SUS depende da mobilização e da defesa de todas e todos!

Ederson Alves da Silva


Vice-presidente CES-MG

Lourdes Aparecida Machado


Secretária Geral CES-MG
Apresentação do Curso
Apresentação
Curso de Qualificação de Conselheiras e Conselheiros Municipais de Saúde

A Qualificação de Conselheiras e Conselheiros Municipais de Saúde é uma ação


educativa com carga horária de 40 horas, que tem como objetivo geral promover a
qualificação de conselheiras e conselheiros municipais de saúde no Estado de Minas
Gerais, incluindo representantes de usuários, prestadores de serviços, trabalhadores e
gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) e apresenta como objetivos específicos:
Identificar os desafios enfrentados pelas conselheiras e conselheiros municipais de
saúde que influenciam no fortalecimento do controle social do SUS no município sempre
colocando em contexto a realidade local;
Favorecer a construção de estratégias para ações referentes ao controle/participação
social na promoção e envolvimento de atores;
Aprofundar o conhecimento das legislações referentes ao Controle Social no SUS;
Disseminar e fortalecer o papel do controle social nos municípios mineiros;
Fortalecer as instâncias regionais de Controle Social nos municípios na perspectiva da
construção de processos formativos regionalizados e descentralizados e de promoção da
política de Educação Permanente para o Controle Social no SUS.

Para atingir esses objetivos, a qualificação será realizada de forma descentralizada


nas 13 Regiões Ampliadas de Saúde (RAS) com 1 encontro de 5 dias consecutivos,
de segunda a sexta-feira, com carga horária de 8 horas/dia. As aulas acontecerão em
instalações das sedes das Superintendências Regionais de Saúde dos municípios-polo
da RAS ou em algum espaço adequado nos referidos municípios a serem articulados e
definidos pelo CES-MG em conjunto com os Conselhos Municipais de Saúde da RAS.
Já as turmas realizadas em Belo Horizonte, utilizarão as instalações da Escola de Saúde / 13
Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG).

Cada turma será composta por 04 alunos por município, sendo em média 10 municípios
por turma, totalizando, em média, 30 a 40 alunos. A proposta é que a qualificação
contemple os 853 municípios mineiros e capacite aproximadamente 3.412 conselheiras e
conselheiros em 84 turmas.

O curso está organizado pedagogicamente em 4 unidades didáticas: Processo Histórico


de Construção do SUS; Formas de Participação e de Controle Social nas Políticas
Públicas de Saúde; Planejamento e Orçamento em Saúde; Financiamento em Saúde.
Portanto, essa ação educativa busca discutir e abordar as principais questões de
aprendizagem relacionadas à atuação da conselheira e conselheiro municipal de saúde.
Todo o conteúdo e planejamento dessa importante ação educacional foi pensada e
elaborada para permitir o protagonismo das conselheiras e dos conselheiros municipais
de saúde mineiros, entendendo que eles são atores fundamentais e estratégicos para o
fortalecimento e manutenção do SUS.
Desejamos a todas e todas, docentes e participantes, um excelente curso!
Unidade Didática 1

Processos históricos de
construção do SUS
/ 15
Quadro Referêncial

Temática Atividades Tempo Estimado

Os Antecedentes da Reforma Atividade 1 – Conhecendo os antecedentes 01h30


Sanitária históricos do SUS
Quadro Síntese 1 – Apresentação e discussão

Reforma Sanitária e Atividade 2 – Discutindo o conceito de saúde 01h30


Constituição Cidadã Texto 1 – O conceito ampliado de saúde

S
Atividade 3 - Compreendendo a Reforma
Sanitária e Constituição Cidadã
Texto 2 – Reforma Sanitária e Constituição
Cidadã

/ 16 Atividade 4 – Vivendo e compartilhando alguns 02h00


As Bases Legais do SUS dos princípios do SUS / 17
Texto 3 – Leis 8.080/1990 e 8.142/1990: a luta
sendo efetivada e regulamentada

âmia Martins da Costa S. Lacorte


Atividade 5 – Conhecendo a organização e 01h30
Organização e regulamentação do SUS
Regulamentação do SUS Texto 4 – O SUS: um processo constante de
construção

SUS: Avanços e Desafios Dinâmica – Jogo “Avanço ou Desafio” 01h30


Texto 5 – Avanços e Desafios
Graduada em Farmácia sou servidora desde 2008 da Secretaria de Estado da Saúde de
Minas Gerais (SES/MG), atuado no âmbito da Superintendência Regional de Saúde de Carga Horária Total da Unidade Didática 08h

Juiz de Fora (SRS/JF) no Núcleo de Vigilância Sanitária (NUVISA) onde desenvolvi meu
interesse pela Saúde Pública a partir desta vivência. Buscando continuar meus estudos
nesta área iniciei, em 2010, o Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva na Faculdade de
Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Após a conclusão do mestrado,
iniciei minha experiência na área acadêmica como docente de Pós-graduação e de Curso
Técnico junto a ESP-MG e a UFJF, ministrando disciplinas e módulos relacionados ao
Histórico e Formação do SUS, Regulação Sanitária, Risco Sanitário entre outros temas.
Atuei, também, como conteudista do Curso Técnico em Vigilância em Saúde da ESP-MG e
tutora de cursos de EaD do Canal Minas Saúde.
Introdução Os Antecedentes da Reforma
Sanitária
“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens,
livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é
seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o
frio pra conhecer o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar
bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece
para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e
não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do
que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”. Muitos fatos históricos antecederam a Reforma Sanitária Brasileira e a formação
do nosso Sistema Único de Saúde (SUS) como conhecemos hoje. Para iniciar os nossos
Amyr Klink, em Mar sem fim estudos no Curso Qualificação para Conselheiras e Conselheiros Municipais de Saúde do
Estado de Minas Gerais vamos conhecer um pouco sobre essa trajetória.

Atividade 1
Vamos iniciar nossa jornada para Os conteúdos desta Unidade
/ 18
Conhecendo os antecedentes Para facilitar o entendimento, apresenta-
entendermos como o Sistema Único de Didática são de extrema importância para o
históricos do SUS mos o Quadro Síntese 1, que reúne as
/ 19
Saúde (SUS) se formou, como ele está seguimento do curso e para criarmos uma principais informações sobre toda esta
estruturado e quais são suas principais visão crítica e reflexiva de como chegamos trajetória. A partir do quadro, para cada
legislações. Para isso, esta unidade irá até aqui. Para entender e discutir a Objetivos
período histórico, é possível observar as
apresentar uma visão do todo, da evolução situação do sistema de saúde no momento Conhecer os antecedentes históricos do
principais características relacionadas aos
das ações na área de Saúde Pública desde atual, precisamos buscar referências no processo de formação do SUS.
contextos político e econômico e à forma
1808 até os avanços e desafios atuais do processo histórico e sua vinculação com como o sistema de saúde era organizado
SUS. o contexto político e econômico geral do Recursos Necessários
para oferecer acesso à população.
Desta forma, vamos conhecer País. computador ou TV com acesso à internet,
A partir de 1985, com o fim da dita-
alguns marcos históricos que tiveram um ou vídeos em mídias graváveis
dura militar, tem-se a transição democráti-
papel significativo para o desenvolvimento ca e a promulgação da nova Constituição,
do sistema de saúde do Brasil. Outros Desenvolvimento
que veremos no próximo conteúdo.
acontecimentos sociais importantes 1. Os participantes assistirão ao vídeo “A
também serão explorados, como a Preparados e história da saúde no Brasil – 500 anos na
Reforma Sanitária até a concretização da curiosos? busca de soluções”, disponível em:
Constituição de 1988, também chamada <https://www.youtube.com/ Para refletir...
de Constituição Cidadã. watch?v=7ouSg6oNMe8>.
Nesta unidade vamos refletir um Preste atenção no quadro abaixo!

pouco sobre o conceito ampliado de 2. Em seguida, o (a) docente apresentará É possível compreender toda essa

saúde e sua concretização a partir do e discutirá com os (as) participantes o trajetória? Discuta com seus colegas e

funcionamento do SUS; conhecer como quadro-síntese da página seguinte. com o docente as dúvidas que surgirão.

o SUS está organizado, seus princípios e Vamos colocar a mão na massa!


diretrizes. Tempo Estimado: 01h30
/ 20
Quadro Síntese 1: Antecedentes históricos do processo de formação do SUS
Cenário macro e Relação do contexto
Período Cenário político Sistema de Saúde político-econômico
socioeconômico
com a saúde

Período Exploração da terra e Colonialismo com controle Criação de hospitais da Santa Casa de Misericórdia em Foco de Portugal era explorar.
Colonial extração de matérias político e cultural da Santos, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Belém e Buscavam-se condições mínimas de
(1500 – 1822) primas com colônia feito por Portugal. Olinda; sobrevivência para os colonizadores e
exclusividade de Organização sanitária simples e insuficiente (século para a manutenção da exploração.
Portugal na utilização XVI).
e comercialização
desses recursos.

Surgimento e ênfase da saúde na polícia sanitária; Relação do contexto


Império Vinda da família
Cenário macroreal e Centralização do poder Com abertura dos portos ao mercado
Período Cenário político Administração daSistema de Saúde
saúde centralizada no município; político-econômico
(1822 – 1889) para o Brasil e
socioeconômico com sistema de coronelis- externo, o Brasil precisava melhorar
Criação das primeiras instituições de controle sanitário com a saúde
abertura dos portos mo, que dava aos grandes suas condições sanitárias para o
ao comércio externo. proprietários de terra o dos portos e de epidemias (1828 e 1850). comércio. Com o início da industrializa-
Período Abertura
Exploração economia
da da terra e controle dos meios
Colonialismo de
com controle Criação de hospitais da Santa Casa de Misericórdia em ção
Foco operários
osde Portugalprecisavam se manter
era explorar.
Colonial ao capitalismo
extração de matérias produção,
político e cultural econô-
político,da Santos, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Belém e saudáveis
Buscavam-se
paracondições
trabalhar.mínimas de
(1500 – 1822) moderno
primas come início da mico e social
colônia feito local.
por Portugal. Olinda; sobrevivência para os colonizadores e
industrialização.
exclusividade de Organização sanitária simples e insuficiente (século para a manutenção da exploração.
Portugal na utilização XVI).
e comercialização
República Velha Economia Estado liberal-oligárquico, Criação da Diretoria Geral de Saúde Pública (1897); Com a crise geral das questões sociais
desses recursos.
(1889 – 1930) agroexportadora, com o poder político nas Criação das Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPs) e as revoltas crescentes o governo
crise do café e mãos de poucos. As revol- pela Lei Eloy Chaves (1923); tenta buscar soluções para melhorar as
problemas sanitários tas militares e emergência Início da assistência
Surgimento saúde
e ênfaseà da pela
saúde naprevidência social;
polícia sanitária; condições sanitárias e de saúde.
Império Vinda da família real Centralização do poder Com abertura dos portos ao mercado
nos das são Separação das ações
Administração entre
da saúde saúde pública
centralizada e previdência
no município;
(1822 – 1889) paraportos.
o Brasil e comquestões
sistema sociais
de coronelis- externo, o Brasil precisava melhorar
mais evidentes. social.
Criação das primeiras instituições de controle sanitário
abertura dos portos mo, que dava aos grandes suas condições sanitárias para o
ao comércio externo. proprietários de terra o dos portos e de epidemias (1828 e 1850). comércio. Com o início da industrializa-
Abertura da economia controle dos meios de ção os operários precisavam se manter
Era Vargas Investimento na Era Vargas com o chamado Saúde pública institucionalizada pelo Ministério da As ações públicas de saúde acompa-
ao capitalismo produção, político, econô- saudáveis para trabalhar.
(1930 – 1945) Industrialização com “Estado Novo”. Autoritaris- Educação e Saúde Pública; nharam as distinções estabelecidas
moderno e início da mico e social local.
manutenção da mo com medidas populis- Previdência social e assistência à saúde institucionaliza- entre o Ministério do Trabalho Indús-
industrialização.
economia agrária. tas. das pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio; tria e Comércio e o Ministério da
Campanhas de saúde pública contra a febre amarela e Educação e Saúde Pública. Por um
tuberculose;
aCriação da Diretoria Geral de Saúde Pública (1897); lado, assistência
República Velha Economia Estado liberal-oligárquico, Com fortalecimento
a crise geral dasdaquestões sociais
Substituição das CAPs
Criação das Caixas de Aposentadoria
pelos Institutosede Aposentado-
Pensão (CAPs) médica individual previdenciária,
(1889 – 1930) agroexportadora, com o poder político nas e as revoltas crescentes o governo
rias e Pensões (IAPs), com
pela Lei Eloy Chaves (1923);ampliação da previdência destinado no mercado
crise do café e mãos de poucos. As revol- tenta buscaraossoluções
inseridospara melhorar as
social
Início para a maior parte
da assistência à saúde trabalhadores
dos pela urbanos.
previdência social; formal de trabalho. outro, pouco
problemas sanitários tas militares e emergência condições sanitáriasPor
e de saúde.
nos portos. das questões sociais são Separação das ações entre saúde pública e previdência investimento nas ações coletivas de
mais evidentes. social. saúde.

Instabilidade Valorização Governos populis- Criação do Ministério


Saúde pública da Saúde (1953);
institucionalizada pelo Ministério da Com o processo urbanização,
Era Vargas Investimento dona Era Vargasliberais
com o echamado As ações públicas
dede saúde acompa-
Democrática mercado interno com tas. Criação
Educação do eDepartamento
Saúde Pública;de Endemias Rurais; cenário desenvolvimentista e com os
(1930 – 1945) Industrialização com “Estado Novo”. Autoritaris- nharam as distinções estabelecidas
(1945 – 1964) substituição de Golpe militar em 1964; Promulgação
Previdência socialda Leie Orgânica
assistência daàPrevidência Social
saúde institucionaliza- movimentos sociais, governos desse
manutenção da mo com medidas populis- entre o Ministério doosTrabalho Indús-
importações, com a unificação do regime geral da previdência
das pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio; social período buscam medidas democráti-
economia agrária. tas. tria e Comércio e o Ministério da
crescimento (1960);
Campanhas de saúde pública contra a febre amarela e cas e populistas aderindo visão
Educação e Saúde Pública.a Por um
acelerado das cidades, Criação do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural
a tuberculose; internacional que a saúde é critério
lado, fortalecimento da assistência
processo de (FUNRURAL);
Substituição das CAPs pelos Institutos de Aposentado- para o desenvolvimento do país.
médica individual previdenciária,
urbanização, Permanência separação
rias e Pensõesda(IAPs), entre saúde
com ampliação dapública e
previdência destinado aos inseridos no mercado
migrações, assistência médica;
social para a maior parte dos trabalhadores urbanos. Relação
Cenárioadventomacro e formal de trabalho.do
Porcontexto
outro, pouco
Período da indústria Cenário político Adesão à Campanha de Erradicação
Sistema de Saúde da Malária propos- político-econômico
socioeconômico investimento nas ações coletivas de
automobilística, ta pela OMS; com a saúde
saúde.
penetração do capital Expansão da assistência hospitalar;
internacional com Crescimento das empresas privadas de assistência à
Período Exploração da terra e
cenário Colonialismo com controle Criação de hospitais da Santa Casa de Misericórdia em
saúde. Foco de Portugal era explorar.
Instabilidade Valorização Governos populis- Criação
Santos, doSãoMinistério
Paulo, Bahia, da Saúde
Rio de(1953);
Janeiro, Belém e Com o processo de urbanização,
Colonial extração dedo matérias
desenvolvimentista. político e liberais
culturaleda Buscavam-se condições mínimas de
Democrática mercado interno com tas. Criação
Olinda; do Departamento de Endemias Rurais; cenário desenvolvimentista
(1500 – 1822) primas com colônia feito por Portugal. sobrevivência para os colonizadores
e com os e
(1945 – 1964) substituição Golpe militar em 1964; Promulgação da Lei Orgânica
Organização sanitária simplesda e insuficiente Social
Previdência (século movimentos sociais, os governos desse
exclusividade dede
para a manutenção da exploração.
importações, com
XVI).a unificação do regime geral da previdência social período buscam medidas democráti-
Ditadura Militar Portugal na utilização
Internacionalização Implantação imediata de Unificação dos IAPs no Instituto Nacional de Previdên- Instauração da ditadura com repressão
crescimento (1960); cas e populistas aderindo a visão
(1964 – 1985) dae comercialização
Economia; reforma administrativa do cia (INPS); oposições e discurso de restauração
acelerado das cidades, Criação
Socialdo Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural àinternacional que a saúde é critério
desses
Esse recursos.
período Estado com autoritarismo e Privatização da ordem social. Crescimento do
processo de viveu o (FUNRURAL);da assistência médica e capitalização do para o desenvolvimento do país.
“milagre econômico” repressão; setor
Permanência
da saúdeda comseparação investimentos
grandesentre públicos
saúde pública e no financiamento da assistência à saúde
urbanização,
com capital Crise e aumento dos setor privado;
assistência com grandes investimentos no setor
migrações, advento
Vinda da família Centralização do poder Surgimentomédica; da saúde na polícia sanitária;
Império estrangeiro e o fimreal
do movimentos sociais; Capitalização edaênfase
medicina pela previdência social e Com abertura
privado. Sistemados portos
entra ao mercado
em crise com o
da indústria Adesão à Campanha
Administração da saúdede Erradicação
centralizadadanoMalária propos-
município;
(1822 – 1889) para o Brasil
“milagre e
econômico”; com sistema
Abertura de coronelis-
política lenta, crise do sistema de saúde; externo,
fim o Brasil
do “milagre precisava melhorar
econômico”. As ações
automobilística, ta pela OMS;
Criação das controle sanitário
Expansão
abertura do dos portos mo, que
segura dava aos grandes
e gradual; Programas deprimeiras
extensãoinstituições
de cobertura deda assistência à desuas condições
saúde públicasanitárias
continuavam o
pararelega-
penetração capital Expansão
dos portos dae assistência
de epidemias hospitalar;
(1828 e 1850).
ao comércio
capitalismo
doexterno.
para o proprietários
Criação de terra
do Centro o
Brasileiro saúde para populações rurais; comércio. Com o início da industrializa-
das a segundo plano não recebendo
internacional com Crescimento das empresas privadas de assistência à
Abertura
campo da economia
e para os controle
de Estudosdosda meios
Saúde;de Criação quase operários
ção osnenhum precisavam se manter
investimento.
cenário saúde. do Instituto Nacional da Assistência Médica da
ao capitalismo
serviços; produção,
Simpósio depolítico,
Política econô-
de Previdência Social (INAMPS) saudáveis para trabalhar.
desenvolvimentista.
e início da mico e social
Expansão
modernoda Saúde do Congresso
local. (1979); Crise na previdência social;
industrialização.
urbanização e da Permanência de condições de saúde críticas com
industrialização. aumento
Unificação mortalidade
dados IAPs no Instituto tuberculose,
infantil,Nacional malária,
de Previdên-
Ditadura Militar Internacionalização Implantação imediata de Instauração da ditadura com repressão
Chagas,
cia acidente
(INPS); de trabalho;
(1964 – 1985) da Economia;
Economia reforma administrativa do
Estado liberal-oligárquico, Criação
Socialda Diretoria Geral Saúde Pública (1897); oposições discurso de restauração
República Velha Predomínio das doenças dade
modernidade e ainda das
àCom a crise egeral das questões sociais
Esse período viveu o Estado com Privatização
Criação das da assistência
Caixas de médica
Aposentadoria e capitalização
e Pensão (CAPs) do da ordem social. Crescimento do
(1889 – 1930) agroexportadora, com o poderautoritarismo
político nas e doenças da pobreza (doenças infecto-parasitárias). e as revoltas crescentes o governo
“milagre econômico” repressão; setor da saúde com grandes
pela Lei Eloy Chaves (1923); investimentos públicos no financiamento da assistência
crise do café e mãos de poucos. As revol- tenta buscar soluções para melhorar
à saúde as
com capital Crise e aumento dos setor privado;
Início da assistência à saúde pela previdência social; com grandes investimentos no
problemas sanitários tas militares e emergência condições sanitárias e de saúde.setor
estrangeiro movimentos sociais; Capitalização
Separação dasdaações medicinaentrepela
saúde previdência social e
pública e previdência privado. Sistema entra em crise com o
nos portos. e o fim do das questões sociais são
“milagre econômico”; Abertura política lenta, crise do
social. sistema de saúde; fim do “milagre econômico”. As ações
mais evidentes.
Expansão do segura e gradual; Programas de extensão de cobertura da assistência à de saúde pública continuavam relega-
capitalismo para o Criação do Centro Brasileiro saúde para populações rurais; das a segundo plano não recebendo
campo e para os de da Saúde; Criação do Instituto
Saúde pública Nacional da Assistência
institucionalizada Médica
pelo Ministério da da quase nenhum investimento.
Era Vargas Investimento na EraEstudos
Vargas com o chamado As ações públicas de saúde acompa-
serviços; Simpósio de Política de Previdência Social (INAMPS)
Educação e Saúde Pública;
(1930 – 1945) Industrialização com “Estado Novo”. Autoritaris- nharam as distinções estabelecidas
Expansão Saúde do Congresso (1979); Crise na previdência
Previdência social;
social e assistência à saúde institucionaliza-
manutençãoda da mo com medidas populis- entre o Ministério do Trabalho Indús-
urbanização e da Permanência de condições
das pelo Ministério do Trabalho, de saúde críticas
Indústria com
e Comércio;
economia agrária. tas. tria e Comércio e o Ministério da
industrialização. aumento da mortalidade infantil, tuberculose,
Campanhas de saúde pública contra a febre amarela malária,e
Educação e Saúde Pública. Por um
Chagas, acidente de trabalho;
a tuberculose; lado, fortalecimento da assistência
Predomínio
Substituiçãodas dasdoenças
CAPs pelos da modernidade e ainda das
Institutos de Aposentado- médica individual previdenciária,
doenças da pobreza (doenças infecto-parasitárias).
rias e Pensões (IAPs), com ampliação da previdência destinado aos inseridos no mercado
social para a maior parte dos trabalhadores urbanos. formal de trabalho. Por outro, pouco
investimento nas ações coletivas de
saúde.
Fonte: Adaptado de PAIM, J. et al., 2011.

Instabilidade Valorização do Governos liberais e populis- Criação do Ministério da Saúde (1953); Com o processo de urbanização,
Democrática mercado interno com tas. Criação do Departamento de Endemias Rurais; cenário desenvolvimentista e com os
(1945 – 1964) substituição de Golpe militar em 1964; Promulgação da Lei Orgânica da Previdência Social movimentos sociais, os governos desse
/ 21

importações, com a unificação do regime geral da previdência social período buscam medidas democráti-
crescimento (1960); cas e populistas aderindo a visão
novo conceito de saúde norteia até os dias Para ajudar a pensar sobre isso,
Reforma sanitária e constituição atuais o planejamento e a execução da po- seguem abaixo alguns dados:
lítica de saúde e dos serviços prestados
cidadã
Em todo o mundo, 2,8 milhões de
pelo sistema. pessoas adultas morrem por problemas
A figura abaixo demonstra muito decorrentes do sobrepeso e da obesi-
dade. Em 2009, 1,7 milhões de pessoas
bem o conceito ampliado de saúde. morreram por causa de uma doença anti-
Antes de aprendermos sobre o movimento de Reforma Sanitária que resultou na conquista
ga, mas que até hoje vitima muita gente:
da saúde como direito constitucional e na construção do SUS, precisamos discutir o conceito a tuberculose. Pelo Datasus, no ano de

cultu
de saúde. Mas afinal, é possível definir o que é saúde? O que é saúde para você? Você 2007, mais de 1.600 crianças menores de
cinco anos morreram em consequência

ão
sabe o que é o conceito ampliado de saúde?

ç
de diarreia aguda (JÚNIA, 2016).

ra

ta
bi
ha
Meio Além disso, no início de 2011,
ambiente
as passagens de ônibus aumentaram
Saúde renda em várias cidades brasileiras. Em São Paulo, o
reajuste foi de 11,11% [...]. A cesta básica também
Atividade 2 o aumentou, de acordo com um estudo do Dieese,
lh
ba
em 14 das 17 capitais. Em relação à habitação,
Discutindo o conceito de Saúde tra pelos dados divulgados do Censo de 2010 foi

laz
saúde e
possível saber que há 6,7 milhões de domicílios

er
vagos no país, enquanto o déficit habitacional, de

ser viço
acordo com o próprio Ministério das Cidades, era
Objetivo as 10 tarjetas entre 10 participantes. de 5,8 milhões em 2008. O acesso à terra no Brasil
Promover uma reflexão inicial sobre o Cada participante deverá registrar na também é muito desigual: 2,8% das propriedades
conceito de saúde entre as conselheiras e tarjeta a resposta da pergunta: “Para você, rurais brasileiras são latifúndios e ocupam mais
Fonte: Adaptado de - PINTO, 2011. da metade da extensão territorial agricultável do
os conselheiros. o que é ter saúde”?
país (56,7%), enquanto as pequenas propriedades
/ 22 Os(as) participantes deverão colar suas Só de observar a figura, você ocupam apenas 7,9% da área total. O problema
Recursos Necessários tarjetas no quadro e o (a) docente deverá concorda que esse conceito vai muito se agrava quando se cruza este dado com o da / 23
segurança alimentar (JÚNIA, 2016).
10 tarjetas, caneta, fita adesiva ler as respostas para toda a turma. além da ausência de doenças? E que para
Após a leitura do Texto 1, o (a) docente ter saúde é necessária a integração entre
Você percebe que a utilização
Desenvolvimento retornará às tarjetas e discutirá com os (as) vários serviços e setores?
desse conceito amplo de saúde nos leva a
Deverão ser distribuídas aleatoriamente participantes sobre o conceito ampliado de Esse conceito amplo de saúde foi
pensar que:
saúde. adotado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) e valoriza o coletivo e a
A discussão de saúde vai além da
Tempo Estimado: 45min cidadania, já que envolve todas as áreas
medicina e do conhecimento técnico,
sociais, para uma boa qualidade de vida.
compreendendo-a não apenas como a
Você consegue perceber também que
ausência de doença;
esse conceito representa muito bem o
Texto 1 que o setor saúde buscou no período de
redemocratização?
Vários setores e serviços são responsáveis
pela proteção, promoção e recuperação
da saúde;
E aí quem entra como o grande
O conceito ampliado de protagonista e provedor? O SUS.
A saúde representa diretamente o desen-
saúde Mas, você acha que o SUS é o
volvimento de um país, pois o bem-estar
único responsável na garantia da saúde?
das pessoas e da sociedade possui rela-
Vamos focar aqui na reflexão do tender como esse conceito foi mudando e Mesmo não sendo, você acha que o
ção direta com os níveis sociais e econô-
conceito ampliado de saúde. o quanto ele foi essencial para a conforma- formato adotado hoje por esse sistema
mico dos países.
Depois de estudar os precedentes ção do SUS, sua aplicabilidade, bem como consegue atingir os objetivos do conceito
E então? Estamos no caminho certo?
históricos da saúde no Brasil você vai en- seus princípios e diretrizes. A utilização do ampliado de saúde?
começou a piorar. Praticamente não existia Os ideais do movimento da
investimento e ações de saúde pública Reforma Sanitária envolviam a saúde
com foco na promoção e prevenção. As para todos de forma igualitária. Além
Atividade 3 Desenvolvimento
doenças infectocontagiosas não foram disso buscava trabalhar a promoção da
O(a) docente realizará exposição dialogada
Compreendendo a Reforma do texto 2 permitido ao participante expor
controladas e as doenças da modernidade saúde e a prevenção de agravos, com
Sanitária e Constituição Cidadã não paravam de crescer. Além disso, foco na mudança do modelo de atenção,
possíveis dúvidas;
existia corrupção e falta de atenção do então hospitalocêntrico, direcionado ao
Objetivo governo em todas as áreas sociais. Os atendimento no hospital, realizado pelo
Compreender a conjuntura em que se deu Tempo estimado: 45min
brasileiros não estavam satisfeitos com os médico e focado na doença, para um
a reforma sanitária e Constituição Cidadã. serviços prestados e queriam mudanças. modelo focado na saúde, considerando seu
E então, o que aconteceu? conceito ampliado, já visto anteriormente.
Ainda dentro do período da Essas ideias já estavam sendo
ditadura militar, se organizaram no Brasil discutidas em todo o mundo pela
diversos grupos, ligados principalmente Organização Mundial da Saúde (OMS),
às universidades, que começaram a uma agência internacional de grande
se encontrar para discutir as questões credibilidade e especializada em saúde, e
relativas à saúde. No início, essas foi o grande plano de fundo da Conferência
pessoas se reuniam nos fundos de bares Internacional de Alma Ata, realizada na
e restaurantes, já que o período era de República do Cazaquistão em 1978. Essa

Texto 2 repressão.
Já ao final do período militar, esses
conferência teve como lema: Saúde para
todos no ano 2000. Ela também discutiu a
grupos se uniram aos movimentos sociais importância da saúde pública, de priorizar
também crescentes na época e juntos a promoção, prevenção e a atenção
/ 24
Reforma sanitária e constituição organizaram o movimento sanitarista. primária. / 25
cidadã Este movimento questionou o sistema de Assim, todas essas questões
saúde vigente, e desencadeou a Reforma refletidas e pensadas pelo movimento da
Sanitária no âmbito da redemocratização Reforma Sanitária foram levadas para a
do País, com grande participação popular. 8ª Conferência Nacional de Saúde, que
foi realizada em 1986. Nesta conferência
foram criados e discutidos os princípios
Você sabia?
e diretrizes do SUS, que serão cenas do
Você já parou para pensar no significado do próximo capítulo. Além disso, promoção,
termo Reforma Sanitária? Essa expressão vai prevenção e atenção primária também
Hoje sabemos que a saúde é direito privado, ocorrendo de forma muito mais
além de significar mudanças para a saúde,
de todos e dever do Estado. Mas com o intensa durante a Ditadura Militar. foram foco nessa conferência.
ela engloba a ideologia do pensamento
que já vimos até aqui, você acha que Assim, você concorda que Os ideários da Reforma Sanitária e
médico-social, também chamada de teoria
sempre foi assim? Tenho certeza que sua historicamente o Estado brasileiro excluiu social da medicina. Envolve uma ruptura de as discussões da 8ª Conferência Nacional
resposta foi não. de sua responsabilidade grande parte da paradigma com relação às políticas de saúde de Saúde foram incorporados na nova
Já vimos, que durante muito tempo população ao acesso a serviços e bens empregadas até então, muito focadas nas Constituição de 1988. Assim, temos escrito
foi predominante no Brasil a ideia de sociais necessários à sobrevivência do ciências biológicas, bem como, a forma de na lei máxima do Brasil que, saúde é
buscar saúde e de ofertá-la à população. direito de todos e dever do Estado e temos
cidadania regulada, ou seja, somente tinha indivíduo, incluindo aqueles relativos à
Assim, a expressão incorpora à saúde também na lei, a criação do SUS com seus
acesso à assistência quem tinha carteira saúde? E que a busca desses direitos foi
as questões sociais e culturais, além do
assinada, o trabalhador formal. uma luta sempre presente e crescente? princípios e diretrizes.
autocuidado e do empoderamento, por meio
Verificamos também, que o Durante o governo militar, com da consciência sanitária. Você conhecerá
investimento na saúde, por parte do as crises econômicas e sociais, o um pouco mais sobre esse movimento no
Governo, se deu praticamente no setor atendimento à saúde, que já não era bom, próximo texto.
Para concretizar o que foi

Você sabia?
preconizado na Constituição, em 1990, Saiba mais! Saiba mais!
foram promulgadas as Leis Orgânicas nº
8.080 e nº 8.142, que regulam o SUS, A forma de organizar um sistema de saúde
Você conhece a nossa Constituição Federal, Você se interessou pela discussão
e oferecer ações e serviços de promoção,
a chamada Constituição Cidadã? Você sabe o estabelecendo as condições para a sua sobre os princípios do SUS?
proteção e recuperação da saúde à
que ela significa e para que ela serve? organização e funcionamento. Essas leis Conheça mais sobre o assunto
população varia muito ao redor do mundo.
Você pode ler, na íntegra, os artigos da serão detalhadas no próximo conteúdo. assistindo ao vídeo “Os princípios
Para conhecer experiências de outros
Constituição Federal que tratam do tema do SUS”, da Série SUS, dirigida
Então, agora que você já conhece países de forma crítica, procure assistir ao
Saúde, que estão no Caderno de Anexos do por Mayara Floss, disponível
curso.
o contexto da Reforma Sanitária, como documentário do diretor norte americano
Michael Moore, “Sicko: S.O.S Saúde” (2007). em: <https://www.youtube.com/
Se tiver interesse, assista, também, a uma conselheira e conselheiro você se
O filme mostra os obstáculos que a população watch?v=PzVxQkNyqLs>.
reportagem sobre a nossa Constituição identificou com alguma coisa? O que vocês
dos Estados Unidos da América enfrenta para
no vídeo disponível em: <http://migre.me/ fazem hoje está muito próximo daquele
ter acesso à saúde e compara essa realidade
wvcZw>. movimento. Na verdade, as conselheiras
com experiências vivenciadas por moradores
e os conselheiros foram criados para lutar de outros países como Canadá, França,
pela garantia desses direitos. Na vida Inglaterra e Cuba.
prática de vocês, o objetivo é continuar Uma versão completa e legendada do
Agora que você já aprendeu sobre lutando pela efetivação da Reforma documentário está disponível em: <https://
o conceito ampliado de saúde, vamos Sanitária com concretização cada dia www.youtube.com/watch?v=VoBleMNAwUg>.
conhecer melhor como a Constituição maior do SUS e para que ele funcione de
Federal de 1988 trata este assunto. forma cada vez mais eficiente.
A Constituição define que a saúde Agora, você pode articular o
é direito de todos e dever do Estado. conceito ampliado de saúde com as
Para concretizar esse direito, afirma que questões apresentadas na Constituição
/ 26
o Estado deve oferecer acesso igualitário de 1988. Isso porque, o setor saúde, / 27
às ações e serviços de saúde para toda durante o período da Reforma Sanitária e
a população. Além disso, o governo na busca da consolidação de um sistema
deve garantir que suas políticas sociais público para todos, focou em um modelo
e econômicas também produzam efeitos de saúde voltado para as necessidades
na saúde dos cidadãos, ou seja, não da população, procurando resgatar o
causem riscos e/ou danos que afetem o compromisso do Estado para com o bem-
seu bem-estar. Isso significa dizer que as estar social, especialmente no que se
ações do governo relacionadas a temas refere à saúde coletiva.
como moradia, lazer, saneamento básico, Em outras palavras, o ideário da Reforma
educação, alimentação, renda e trabalho, Sanitária, concretizado na Constituição de
por exemplo, também são parte importante 1988, em conjunto com o emprego desse
da promoção da saúde. conceito ampliado de saúde buscam
uma satisfação individual e coletiva, que
envolvem um conjunto de condições, bens
Para refletir... e serviços para se ter saúde.
Você consegue perceber a relação entre
a forma como a Constituição Federal de
1988 trata a saúde e o conceito ampliado
de saúde que estudamos anteriormente?
As bases legais do SUS Texto 3
Leis 8.080/1990 e 8.142/1990: A luta sendo efetivada e
regulamentada
A partir deste momento, vamos continuar e aprofundar os conhecimentos com relação às
Leis Orgânicas da Saúde. Foram essas Leis que começaram a definir a forma de organização
do SUS como conhecemos hoje.

Você sabia que apesar de o SUS prioriza a integralidade do cuidado, que


ter sido criado e definido pela Constituição envolve a assistência, a promoção da
em 1988, ele foi regulamentado somente saúde e a prevenção de doenças.
em 1990, por meio da Lei nº 8.080 e da Lei Vamos entender então como essas
nº 8.142? ações são colocadas em prática? Como
Com essas Leis são criadas as você acha que um sistema tão complexo
bases de funcionamento do SUS com vai funcionar?
Atividade 4 Você Concorda que primeiro é
seus princípios e diretrizes e entre eles
Vivendo e compartilhando como deveria ser a participação popular e importante definir ideários, conceitos,
alguns dos princípios do SUS o controle social. princípios e diretrizes? E foi isso mesmo
É muito importante reforçar que as que essas Leis trouxeram. Elas definiram
Objetivo Leis Orgânicas do SUS concretizam um os princípios do SUS. Mas você sabe o
/ 28
Sintetizar e reforçar os conhecimentos 3. Em cada grupo, os(as) participantes sistema de saúde orientado por um modelo que é um princípio?
relacionados aos princípios do SUS deverão relatar um caso de concretização de atenção integrado, mudando o modelo Princípio é algo fundamental, principal, es- / 29
articulando/considerando as vivências das ou não relacionado ao princípio pelo qual hospitalocêntrico focado na doença. Antes, sencial, ou seja, uma regra que não pode
conselheiras e dos conselheiros. está responsável. Ao final dos relatos, a saúde era pensada como ausência de ser quebrada. Assim, o SUS é regido por
um caso deverá ser escolhido para doença, agora já é de conhecimento geral princípios doutrinários: Universalidade, In-
Recursos necessários apresentação em plenária. que, para se ter saúde é necessário uma tegralidade e Equidade; e por princípios
Papel A4 e caneta. 4. Ao final de cada apresentação em sociedade funcionando em todos os seus organizativos: Descentralização, Hierar-
plenária, o(a) docente refletirá com a turma aspectos. Para uma pessoa ter saúde ela quização, Regionalização e Participação
Desenvolvimento sobre a pertinência do caso ao princípio precisa de moradia, acesso ao ensino de Social.
1. Os (as) participantes deverão realizar a pelo qual o grupo ficou responsável. Assim, qualidade, emprego, renda, lazer, entre Vamos conhecer e discutir cada
leitura do Texto 3; o(a) docente poderá reforçar elementos outros. Mas isso, você já sabe não é um deles. Enquanto discutimos aproveite
2. Depois deverão ser divididos em 6 conceitos relacionados aos princípios do mesmo? para refletir sobre sua atuação como
grupos. Cada grupo ficará responsável por SUS apresentados no texto 3. O SUS veio para fortalecer essas conselheira e conselheiro de saúde frente
um dos princípios abaixo: questões. As ações desenvolvidas nos a esses princípios, certo?
Tempo Estimado: 02h serviços do SUS não estão restritas às
Universalidade ações de assistência à pessoa com algum Universalidade
Integralidade agravo ou doença. Mas também ações que
Equidade viabilizam: o empoderamento do usuário Vamos começar com a Universali-
Descentralização e da comunidade para compreender e dade, em que todos têm direito à saúde e
Regionalização intervir sobre sua situação de saúde; ações aos serviços de saúde que necessitarem,
Participação social de intervenção em ambientes de trabalho; independente de sua condição socioeco-
imunização; ações de vigilância ambiental; nômica.
entre outras. Em outras palavras, o SUS Você como conselheira e
conselheiro de saúde percebe a evolução posto de saúde. está relacionada com o direcionamento próprio nome já diz, são organizativos,
desse princípio no nosso sistema de Por esse princípio, o sistema de dos recursos. Como assim? Bom, vamos que vão dar forma e estabelecer o
saúde? Lembra que antes do SUS o acesso saúde precisa oferecer desde orientações supor que no seu município as pessoas funcionamento do SUS. Os principais deles
aos serviços de saúde era garantido de como fazer uma escovação correta adoeçam mais de malária do que de são: Descentralização, Regionalização,
somente para quem tinha carteira de dos dentes, como prevenir a proliferação hipertensão. Logo, você concorda que terá Hierarquização e Participação social.
de mosquitos até cirurgias ou tratamentos que ser disponibilizado para a sua cidade
mais complexos como hemodiálise. mais medicação para malária do que para Descentralização
Outra parte do princípio da hipertensão?
Integralidade diz respeito à efetivação Outro exemplo, no seu município Descentralização significa que não
da saúde como sistema buscado pela existe uma área que está totalmente está no centro, mas fora dele e no contexto
Reforma Sanitária e concretizado pela descoberta de serviços de saúde, não do SUS, fora do centro e mais próximo das
Constituição de 1988. Ou seja, aqui a existe lá um posto de saúde para atender a pessoas. Como assim?
saúde é vista como um todo, os órgãos, população. Então surge uma verba para a A responsabilidade da saúde é
o corpo, a mente, o social, inclusive construção de uma unidade de saúde. Para compartilhada entre as três esferas do
trabalho assinada? Então, quando, no situação econômica. Então, para se fazer qual local o Conselho Municipal de Saúde governo: União, Estado e Município, mas
seu município, todos estão tendo acesso saúde precisamos unir conhecimentos irá aprovar a construção deste posto? a gestão é local e o serviço prestado deve
e direito à saúde e aos serviços de saúde científicos e populares, porque o indivíduo Assim, os serviços não são os mesmos em estar o mais próximo possível do usuário,
você está garantindo a Universalidade, e a coletividade são constituídos por todos os lugares, é importante conhecer o mesmo que o financiamento tenha
certo? Olha o tamanho dessa importância tudo isso. Aqui é muito importante a território, conhecer a população, para que participação estadual e federal. Ou seja,
e responsabilidade. integração de ações tanto no campo da as prioridades sejam colocadas à frente. as ações são descentralizadas da esfera
saúde articulando promoção, prevenção, Isso também é Equidade. federal e estadual para o município.
Integralidade assistência e reabilitação como os outros Então, equidade é tratar os diferen- É esse princípio que faz com que
campos fora da saúde, como: educação, tes de forma diferente para que todos te- os serviços do SUS sejam ofertados em
/ 30
O outro princípio fundamental é a saneamento básico, segurança, entre nham direitos iguais. Entendeu? todos os lugares e de preferência, o mais
/ 31
Integralidade. Este é expresso como um outros. próximo possível da sua casa e que, os
conjunto de ações e serviços, preventivos Estudando esse princípio, do que serviços mais básicos, que são muitas ve-
e curativos, individuais e coletivos, exigidos você se lembra? Do conceito ampliado zes os mais necessários, estejam disponí-
para cada caso em todos os níveis de de saúde, certo? Percebe como tudo está veis.
complexidade do sistema de acordo com interligado e que você como conselheira Você, conselheira e conselheiro, participa
a necessidade do usuário. Isso traz como e conselheiro pode ser replicador desse de forma muito efetiva na concretização
consequência o funcionamento integrado conhecimento? Você pode e deve orientar desse princípio, já que compartilha de to-
do SUS, ou seja, em rede. Vamos pensar sua comunidade da forma como tudo isso das as decisões gestoras e ajuda no le-
em um exemplo: funciona e como o sistema se constitui. vantamento de prioridades e na definição
Uma pessoa vai consultar em um da aplicação dos recursos.
posto de saúde, como são popularmente Equidade Você, conselheira e conselheiro, Você pode estar se questionado:
conhecidas as Unidades de Atenção precisa entender com muita clareza esse mas não é bem assim não! Nem todos
Primária em Saúde, porque estava com dor O terceiro princípio doutrinário é princípio, porque muitas pessoas ainda os serviços estão próximos de mim.
no peito. Quando essa pessoa é atendida a Equidade. Será esse o mais difícil de não compreendem e você precisa lutar Realmente, você está certo, os
o médico percebe que ela está infartando. entender? Acho que depois de hoje você para que ele seja concretizado, certo? serviços de atenção primária, ofertados
O médico chama uma ambulância e não vai mais ter dúvidas sobre ele. Equidade não é dar para alguns e deixar nos postos de saúde, que buscam intervir
encaminha o paciente para o pronto Equidade não significa igualdade, outros sem, mas é dar mais para quem na maioria das condições de saúde das
socorro. No pronto socorro, esse usuário mas é a convivência entre diferentes e precisa mais, para garantir seus direitos. pessoas, ficam bem próximos de nós,
realiza exames e faz uma cirurgia. Depois diferenças com o objetivo de reduzir as Agora vamos falar dos Princípios mas os mais complexos, que utilizam de
disso, essa pessoa passa por recuperação desigualdades. Trata-se de justiça social. Organizativos. Também são princípios, grandes tecnologias, como em hospitais e
e volta a ser acompanhada pela equipe do Além disso, Equidade também ou seja, são regras fundamentais que centros de especialidades nem sempre.
não podem ser quebradas, mas como o
complexos às vezes não, pois precisam de Fora, local mais próximo de você que exemplo, onde será o melhor local para
estar organizados por um conjunto oferece esse serviço mais complexo. implantar um novo posto de saúde ou o
de municípios e em rede e aí entra a Ou seja, o serviço está organizado melhor horário de atendimento do serviço.
Regionalização. Isso porque menos em rede de forma hierarquizada e de forma Existem outras formas de
pessoas precisarão deles e por eles serem regionalizada. Participação da Comunidade no SUS e
mais caros é necessário se dispor por Assim, você, conselheira e você irá aprofundar esse conhecimento na
região. conselheiro, precisa conhecer sua região próxima unidade de estudo.
e a rede que compõe seu município. Que Agora, você já sabe que cada es-
Regionalização tal, se você ainda não conhece, ficar com fera governamental tem suas responsa-
esse dever de casa? bilidades na gestão do SUS, sabe tam-
A Regionalização organiza essa bém que o usuário é parte integrante do
rede e organiza esses serviços mais Participação social processo de construção do sistema. Com
complexos de forma regionalizada, baseado isso, podemos refletir sobre o verdadeiro
Você concorda que em um Plano Diretor de Regionalização, Para que tudo isso aconteça papel como conselheira e conselheiro e
não tem como ter um mamógrafo em cada o famoso PDR, onde as regiões foram precisamos do último princípio que que o sucesso desse sistema depende da
Unidade de Saúde? Um centro cirúrgico estudadas e organizadas de forma que vamos ver, que é a Participação Social ou participação de todos.
em cada Unidade de Pronto Atendimento comportassem os serviços complexos e Participação da Comunidade. Para que o Por fim, é preciso deixar claro que
(UPA)? Se quisermos isso ficaria inviável, pudessem atender a população de forma SUS possa atender as necessidades da a Participação Social é regulamentada
por mais dinheiro que tivéssemos, certo? mais ampliada. população todos nós precisamos participar pela Lei nº 8.142/90 em conjunto com o
E a Lei nº 8080/90 não pensou das decisões sobre as ações que serão financiamento da saúde. Alguns pontos
diferente. Ou seja, a Descentralização é executadas no SUS, além de contribuir no do financiamento já foram apresentados
complementada e melhor compreendida seu acompanhamento. Uma das formas aqui, mas você também terá uma unidade
quando estudamos a Hierarquização e a disso acontecer é a participação nos específica para abordar os critérios de
/ 32
Regionalização. Conselhos Municipais de Saúde, instância financiamento, formas de alocação dos / 33
do próprio SUS de participação popular. recursos, entre outras questões.
Hierarquização Um CMS bem organizado e Prontos para o próximo conteúdo?
cumpridor de seus deveres garante que Antes de conhecê-lo, vamos realizar uma
A Hierarquização classifica os a população participe do processo de atividade para reforçar os princípios do
serviços do SUS de acordo com a sua construção do SUS e decida sobre o SUS.
complexidade. Existem ações que são funcionamento dos serviços, como, por
básicas como a imunização e o pré-natal
de baixo risco e existem outras ações Segue um exemplo para ficar mais claro:
bem mais complexas, como uma cirurgia Vamos supor que você mora em
cardíaca, hemodiálise e transplantes. Rochedo de Minas e faz acompanhamento
Essa complexidade envolve da sua glicose todo mês no posto de saúde
também o financiamento. Os serviços porque você é diabético. Com o passar
mais complexos – aqueles em que são do tempo sua doença complicou e você
utilizadas tecnologias de alta densidade, precisou de um especialista. Então, você
como por exemplo, tomógrafos, próteses foi encaminhado para atenção secundária
e “stents” – são financiados pelo Estado e que é ofertada em São João Nepomuceno,
pela União enquanto que os básicos pelo uma cidade maior e que os especialistas
Município. atendem várias cidades ao seu redor. Ao
Por tudo isso, os serviços básicos passar pela consulta com o especialista
estão perto de você, sendo ofertados no você descobriu que vai precisar de
posto de saúde enquanto que os mais hemodiálise e foi encaminhado para Juiz
Assim, o Decreto nº 7.508/2011 mais eficiente. Consultas e procedimentos
Organização e regulamenta a Lei nº 8.080/1990 ofertando são melhores organizados em uma rede
mais transparência na gestão do SUS, de serviços de forma hierarquizada, sendo
regulamentação do SUS mais segurança jurídica nas relações  que tudo começa pela Atenção Primária,
intergovernamentais e maior controle coordenadora e ordenadora de todo o
social. sistema.
Mas, o que esse Decreto efetiva-
mente muda no SUS? Redes de Atenção à saúde são arranjos
organizativos de ações e serviços de saúde, de
A regulamentação do SUS expres-
diferentes densidades tecnológicas que, integradas
sa por meio do Decreto nº 7.508/2011 por meio de sistemas de apoio técnico, logístico
aprofunda conceitos e apresenta algumas e de gestão, buscam garantir a integralidade do
cuidado. (Ministério da Saúde, 2010).
Atividade 5 Desenvolvimento inovações com o objetivo de aprimorar a
O(a) docente realizará exposição implementação do sistema de saúde com
Conhecendo a organização e dialogada do texto 4 permitido ao base nos princípios presentes na Consti- Vamos dar um exemplo para você
regulamentação do SUS participante expor possíveis dúvidas; tuição de 1988 e na Lei nº 8.080/1990. São entender o que são e como funcionam
Objetivo Tempo estimado: 1h30 eles: Regiões de Saúde, Mapa de Saúde, essas redes.
Conhecer o processo de organização e Planos de Saúde, RENAME, RENASE e o Você não está passando bem e
regulamentação. COAP. A partir de agora vamos apresentar precisa de um médico. Geralmente o
cada um desses elementos. primeiro atendimento será na unidade
Prontos para ampliar seus de saúde mais próxima da sua casa
conhecimentos? (Atenção Primária). O médico que te
Um dos maiores desafios do SUS é atendeu verificou que sua pressão está
o acesso, concorda? Com esse Decreto o
/ 34
Texto 4 SUS busca concretizar o acesso de todos
muito alta e não está sendo controlada
de forma adequada. Para resolver esse / 35
que precisam, de tudo que precisam, problema você necessita de um exame
em todas as cidades do Brasil. Para mais complexo, de um procedimento que
O SUS: Um processo constante de isso, o Decreto reforça a importância e a não é ofertado no posto, então o médico
necessidade da efetivação das Regiões
construção de Saúde e a concretização das Redes de
te encaminha para uma policlínica, para
um hospital maior ou para os institutos
Atenção à Saúde. especializados, que geralmente ficam
Mas, mesmo assim, continua a no maior município da região. Depois de
pergunta: o que mudou? passar por esses serviços você necessita
O Decreto ratifica e incrementa o de um acompanhamento, então você irá
Vocês sabem que o SUS não parou nº 7.508/2011. Este Decreto foi publicado conceito referente às Regiões de Saúde, frequentar também um centro especializado
de ser construído. Ele não está pronto e nos e instituído 21 anos depois da publicação já apresentado em legislações anteriores. em hipertensos, que também faz parte da
dias atuais esse processo ainda acontece da Lei nº 8.080/1990. Mas, você sabe por Trata-se de uma inovação do sistema, com rede de atenção.
com o objetivo de modernizar, atualizar e que esse Decreto surgiu? foco na regionalização, que se constituem Mas, você pode estar se
melhorar o sistema, para que seja ofertado Ele surgiu com o objetivo de por municípios vizinhos identificados pela perguntando: nós já tratamos disso
da melhor maneira à população. definir critérios operacionais para a cultura, hábitos de cada população. Tem anteriormente? É verdade, já abordamos
Com o passar do tempo, com a organização do SUS e contribuir para que o objetivo de promover ações integradas isso quando falamos dos princípios do
aplicabilidade e efetivação do sistema, foi cada ente governamental assuma suas entre esses municípios no que se refere SUS. É bom deixar claro, que o Decreto
verificado a necessidade de melhorias, responsabilidades na gestão da saúde, de ao atendimento à saúde. Com as regiões nº 7.508/2011 não destitui nenhum desses
reformas e novas demandas, e assim, forma que os usuários do sistema tenham de saúde instituídas. princípios, ele só organiza e estrutura o
foram criadas outras regulamentações. mais serviços de saúde com qualidade,
O SUS pode otimizar os recursos funcionamento dos mesmos.
Ao falar do SUS, não podemos bem como seja propiciada uma melhoria
e planejar os serviços de saúde de forma Para essa rede funcionar, o Decreto
deixar de conhecer e aprofundar o Decreto do acesso aos mesmos.
determina que as Regiões de Saúde do sistema, que estudaremos na Unidade serviços que o SUS oferece a população. do caso, certo? Dependendo também
tenham seus Mapas de Saúde. Esses são Didática 3, então não se preocupe se ainda O significado ao pé da letra é: Relação da gravidade esse usuário terá acesso a
instrumentos utilizados para identificar as não ficou claro para você. Nacional de Serviços de Saúde. Essa medicamentos no próprio posto de saúde,
necessidades de saúde de cada região e Uma coisa que já deve ficar claro: relação engloba todos os serviços de já se a prescrição envolver medicamentos
os serviços ofertados naquele território. O o município precisa está preparado para mamografia, radiografia, acupuntura, de alto custo ou os chamados estratégicos
Mapa vai orientar o planejamento integrado atender a maioria das necessidades exames de rotina, exames específicos, esse usuário irá retirá-los a nível Estadual.
dos diversos municípios que compõem de saúde dos usuários, as outras testes e procedimentos complexos, entre Mas, vamos supor que o médico
a Região de Saúde e com o Mapa cada necessidades, as mais complexas, serão outros, além de todos os outros serviços prescreveu um medicamento novo, muito
município irá elaborar seus respectivos atendidas no âmbito das Regiões de como: vacinas, cirurgias e as ações de caro, sem tentar nenhuma outra opção
Planos de Saúde. Saúde, definidas e englobadas à Rede de promoção e vigilância. possível. Esse medicamento novo e caro
E você, conhece a sua Região de Atenção. Já a RENAME é a lista de ainda não está disponível no SUS.
Saúde? Imagina quais são os desafios Mas, para isso ocorrer deve existir medicamentos que o SUS disponibiliza
que os gestores enfrentam para colocar uma interação e uma cooperação entre os para a população de acordo com as suas Mas, por que não está?
um conjunto de municípios atuando de gestores dos diferentes entes, concorda? necessidades. A sigla significa: Relação Porque o SUS possui uma área de
forma compartilhada em uma região? Existem espaços previstos para que Nacional de Medicamentos. avaliação de novas tecnologias, que vai
de fato isso ocorra, os quais chamamos Essas duas relações são nacionais, estudar se aquele medicamento realmente
Vamos recapitular para entender de instâncias de pactuação. Para atender ou seja, são amplas e servem como tem grandes vantagens sob os outros,
melhor. aos objetivos do SUS, a articulação se dá base para todos os cantos do país. para quem ele será mais indicado, se vale
Rede de Atenção à Saúde, como o por meio de fóruns de negociação como Então, elas servem de apoio para que a pena ofertá-lo para todos, se o custo
próprio nome já diz, se trata de uma rede, a Comissão Intergestores Bipartite (CIB), Estados e Municípios construam as suas compensa os benefícios, entre outros
ou seja, algo coeso, articulado, certo? No que engloba nível municipal e Estadual e relações específicas, já que estes poderão fatores. Por isso, nem todas as opções
SUS essa rede articula os níveis de atenção a Comissão Intergestores Tripartite (CIT), complementar estas relações, caso possíveis estão no SUS.
(primário, secundário e terciário), com que engloba Município, Estado e a União. necessitem. Isso também é equidade, concorda?
/ 36
base em territórios específicos (regiões Hoje, com o Decreto nº 7.508/2011, Mas aí você pode perguntar: e se o Otimização dos recursos, ou seja, utilizar / 37
de saúde) e de acordo com a necessidade temos também a Comissão Intergestores Estado ou Município quiser ofertar ações e os recursos da melhor maneira possível,
da população (mapas de saúde). Mas, e Regional (CIR), que envolve a articulação medicamentos que não estão na lista? atendendo a necessidade da maioria.
os Planos de Saúde que falamos agora a de forma regionalizada, uma estratégia para Eles poderão, seguindo as normas de Claro que, se uma pessoa asmático, que
pouco? reforçar a regionalização como processo planejamento, incluindo tais ações e/ já tentou todos os tratamentos disponíveis
Os Planos de Saúde englobam orientador da organização do SUS. Todo e ou medicamentos no Plano de Saúde, no SUS e a única possibilidade para ele for
uma série de metas, objetivos, diretrizes qualquer projeto, financiamento, mudanças que deverá ser aprovado pelo Conselho o que não está disponível, ele poderá sim
e propostas para cada município, estado possíveis entre outras situações, precisam Municipal de Saúde e pactuado na CIR, buscar que seus direitos sejam atendidos,
e para o nível federal. Cada um desses passar por essas instâncias de negociação CIB e, se necessário, na CIT. seja por meios administrativos ou judiciais.
entes irá construir seu Plano de Saúde para serem aprovadas e colocadas em Mas, mesmo assim, você concorda Portanto, podemos concluir o
de forma coordenada e baseado nas prática. O Conselho Municipal de Saúde é comigo que não é possível oferecer todos seguinte: para formar as Regiões de
realidades locais. Neste documento um ator principal nesse processo, pois as os serviços e medicamentos existentes? Saúde, os Mapas de Saúde e o processo
também deve constar os investimentos aprovações nessas instâncias dependem Isso seria inviável até para o país mais rico de planejamento regional é necessários
em saúde. O Plano de Saúde é o plano também da previa aprovação do conselho. do mundo. Assim, essa relação padroniza fortalecer a governança do SUS. Para
de governo para a saúde, envolvendo Além disso, o Decreto nº 7.508/2011 ações e medicamentos baseado em isso, o Decreto nº 7.508/2011 ratifica as
todas as áreas: assistenciais, promoção, também procurou orientar o que o SUS estudos e considerando preço, segurança, Comissões Intergestores Estaduais (CIB)
prevenção e reabilitação. Os Conselhos deve ofertar para atender a integralidade e patologias, necessidades locais, entre e Federal (CIT) e institui a CIR (Comissão
Municipais de Saúde são responsáveis por manter a população informada sobre isso outros fatores. Vamos dar um exemplo Intergestores Regional), que já citamos
aprovar os planos, bem como, fiscalizar por meio da RENASES e a RENAME. para ficar mais claro. anteriormente.
seu cumprimento. O Plano de Saúde Mas, o que é RENASES e a RENAME? Um usuário procura o SUS e ele Para que tudo isso que estudamos
em conjunto com outras estratégias são Vamos entender melhor? tem asma. O médico tem muitas opções até aqui seja efetivado e viabilizado de
instrumentos de gestão e de planejamento A RENASES é uma lista de ações e para medicá-lo dependendo da gravidade forma legalmente instituída, o Decreto
definiu o Contrato Organizativo de Ação ras de governo. Ele ainda definiu o plane-
Pública – COAP. É neste contrato que os
Estados, Municípios e a União deixam
jamento integrado, apresentando o Mapa
da Saúde como ferramenta importante
O SUS: avanços e
claro as responsabilidades de cada um
referente às ações e serviços do SUS,
para descrição das necessidades de saú-
de da população e das ações e serviços
desafios
aprimorando os processos implantados de saúde oferecidos pelo SUS naquela re-
com o Pacto pela Saúde. gião. Criou a RENASES e aperfeiçoou a
Esse contrato é um pacto entre RENAME. Então, você concorda comigo
entes, ele remete àquele documento
que assinamos quando vamos comprar
que esse Decreto precisa urgentemente
ser colocado em prática? Ele qualifica o Dinâmica: Jogo informar um avanço que percebe em seu
município, enquanto outro participante que
um carro, abrir uma conta no banco,
quando vamos precisar de algum serviço.
acesso do usuário ao SUS com maior inte-
gração entre os entes públicos, traz maior “AvançoouDesafio” for selecionado pela base da garrafa deve-
rá indicar um desafio;
Aqui ele é assinado entre as instâncias eficiência no atendimento básico e espe- Objetivo Os avanços e desafios relatos pelos (as)
governamentais e nele estará determinado cializado, transparência no cumprimento Explorar a realidade e a experiência das participantes deverão obedecer à ordem
o que cada um irá fazer, as diretrizes, os das ações e maior poder de fiscalização conselheiras e dos conselheiros para ilus- de temas contida no Quadro Síntese 2:
objetivos e metas de atendimento, prazos para o controle social. trar avanços e desafios do SUS. Universalidade
de execução e investimentos de cada ente Financiamento
em cada região, com maior transparência Para refletir... Modelo institucional do SUS
Recursos necessários
para a população. Neste contrato também Garrafa pet vazia. Modelo de atenção à saúde do SUS
irá constar a programação das ações Como está a aplicabilidade desse Decreto
Participação social
e dos serviços de saúde incluindo: nº 7.508/2011 em seu Município, Região
Desenvolvimento A cada duas rodadas (giros de garrafa) o
promoção, assistência, vigilância em e Estado? Você sabe o que está sendo
Os (as) participantes farão a leitura do tema deverá ser alterado na ordem espe-
saúde e assistência farmacêutica. Assim, feito para colocá-lo em prática?
Texto 5; cificada acima e o docente problematizará
/ 38
o cidadão exercitando o controle social Em seguida, os (as) participantes se sen- as questões apresentadas para discussão / 39
através dos Conselhos Municipais de Saiba mais! tarão em um círculo e o docente colocará entre os (as) participantes;
Saúde pode cobrar de cada nível suas uma garrafa pet no centro do círculo para O(a) docente deverá problematizar os re-
responsabilidades com mais clareza dos Dicas de leitura: latos em relação ao conteúdo apresentado
que possa ser girada;
processos e maior eficiência. Se quiser aprofundar seus na seção.
conhecimentos sobre a forma de Ao girar a garrafa, o (a) participante sele-
Ficou claro para você como o cionado (a) pela ponta da garrafa deverá
organização do nosso sistema
SUS está funcionado hoje? É de suma de saúde, sugerimos a leitura Tempo estimado: 1h30
importância que você saia dessa unidade do livro: Matta, Gustavo Corrêa.
sabendo isso, pois você como conselheira Políticas de saúde: organização e
e conselheiro de saúde é peça fundamental operacionalização do sistema único
de saúde. Rio de Janeiro: EPSJV/
para um efetivo e coeso funcionamento do
SUS. Então vamos fazer um apanhando
Fiocruz, 2007. O livro também está
disponível em: <http://www.epsjv.
Texto 5
geral? fiocruz.br/sites/default/files/l25.pdf>.
O Decreto nº 7.508/2011 que aca-
bamos de estudar é a mais recente regula- Dicas de vídeos: Avanços e
mentação das Leis nº 8.080 e nº 8.142. Ele Série SUS – Programa 2 – Porque o
SUS hoje é assim?
Desafios
definiu e aprofundou os conceitos de Re-
Disponível em: <https://www.youtube.
gionalização, Hierarquização, Região de com/watch?v=wV_SPOJfqgk>.
Saúde e Contrato entre os entes públicos. O SUS é hoje, no mundo, um dos SUS trabalha a saúde prestando assistên-
Oficializou a Atenção Primária como por- Saúde: o Decreto 7.508 e a sistemas mais completos de saúde públi- cia, promoção, prevenção e reabilitação.
ta de entrada e coordenadora do acesso organização do SUS ca, porque leva em consideração o indiví- O SUS vem ampliando suas ações
ao SUS, criou o COAP como instrumento Disponível em: <https://www.youtube. duo de forma integral, sua família, sua co- voltadas para promoção, prevenção, pro-
com/watch?v=p6hZ9yzi-Fc>. munidade e o seu cuidado. Além disso, o
para estabelecer a relação entre as esfe- teção e reabilitação da saúde com maiores
investimentos nas ações preventivas for-
talecendo a Atenção Primária. Para refletir...
Desde a sua criação o SUS cresceu em
qualidade e quantidade como: O que mais você, conselheira e Quadro Síntese 2: desafios para o consolidação do SUS
conselheiro de saúde, acrescentaria
Inovações institucionais com intenso pro- nesses avanços? Quais avanços Desafios para o SUS O que significa?
cesso de descentralização das ações para referentes ao SUS em seu município você
os municípios, colocando os serviços e a pode apresentar?
Universalidade De maneira geral, a opção por sistemas de saúde que atendem toda a
gestão mais perto do usuário; população, se dá em sociedades em que os valores de solidariedade se
sobressaem. Entretanto, o que vemos no Brasil é a coexistência de
Têm sido muitos os avanços do acesso público e privado aos serviços de saúde, conformando um sistema
Aperfeiçoou o acesso; SUS, mas persistem problemas a serem segmentado ou misto, onde parte dos brasileiros utilizam sistemas
privados exclusivamente ou em conjunto com o público. Vários estudos
enfrentados para consolidá-lo como um apontam que sistemas de saúde segmentados causam iniquidade, ou
Qualificou o planejamento e a gestão; sistema público universal que possa prestar seja, são contrários ao referencial da justiça e da equidade. Esta realidade
pode ser facilmente observada em nossa realidade. Isso significa que a
serviços de qualidade a toda a população opção por um sistema público universal no Brasil ainda não foi feita em
Aumentou seu atendimento tanto na brasileira. Esses problemas podem ser caráter definitivo. E responder a esta demanda exigirá uma posição sobre
atenção primária, secundária e terciária; o quanto nossa sociedade estaria disposta a pagar por esse sistema
agrupados em torno de grandes desafios
público. Portanto, um desafio que pode incomodar fortemente os
a superar. Dentre eles, distinguem-se: interesses de indivíduos e de grupos que estão em posição privilegiada na
Aumentou o número de agentes comuni- o desafio da universalização; o desafio sociedade brasileira (CONASS, 2006).
tários e saúde e o número de equipes da do financiamento; o desafio do modelo
saúde da família; institucional; o desafio do modelo de No SUS, os recursos financeiros são insuficientes para atender ao
Financiamento princípio da universalidade (CONASS, 2006). Além disso, é necessário
atenção à saúde e o desafio da participação melhorar a qualidade do investimento, orientando-o de acordo com
Criou o Núcleo de Apoio a Saúde da social. estudos do uso de tecnologias que indiquem a melhor forma de organizar
Família (NASF), aumentando o escopo de e ofertar os serviços nas unidades de saúde (UGA et al, 2012).
/ 40 Para conhecer melhor sobre este
profissionais na atenção primária; debate, utilizaremos a contribuição do / 41
Conselho Nacional de Secretários de Modelo institucional O Brasil é um país federativo, ou seja, possui um governo central
(nacional) e governos descentralizados (estados e municípios), com
Agregou a saúde bucal aos serviços de Saúde (CONASS). O Quadro Síntese do SUS autonomia e poderes únicos e concorrentes sobre um mesmo território.
atenção primária; 2 contem reflexões sobre os principais Atuam, portanto, a partir de competências pactuadas. Nesse contexto, o
desafio do modelo institucional do SUS é o de operar um sistema que
desafios para a consolidação do SUS. A exige pactuações e relação de cooperação e solidariedade entre os entes
Aperfeiçoou e ampliou o controle social, cada desafio apresentado não deixe de de modo a garantir o acesso integral à saúde (CONASS, 2006).
dando mais transparência ao sistema; pensar na sua realidade, nos desafios do
SUS do seu município, certo? Modelo de atenção é a forma de organização dos serviços de saúde de
Aumentou seu escopo tecnológico, ofere- Modelo de atenção à diferentes complexidades e busca responder à situação de saúde da
cendo mais serviços e medicamentos; saúde do SUS população. Há diversos modelos existentes que, muitas vezes, coexistem
Bom, então vamos lá! em um mesmo sistema de saúde (modelo médico centrado; modelo da
estratégia de saúde da família, etc). O grande desafio no Brasil é
Aperfeiçoou o programa de imunização; encontrar a combinação de tecnologias e abordagens mais adequadas
para os perfis epidemiológicos locais, considerando a heterogeneidade de
realidades de saúde do país (PAIM, 2012).

As diversas formas de participação social possuem relação direta com o


Participação social grau de consciência política, mobilização e organização da sociedade. No
Brasil, precisamos avançar mais nesses aspectos, de modo que
tenhamos não apenas Conselhos de Saúde implantados, mas que sejam
atuantes na formulação de estratégias que efetivem os princípios e
diretrizes do SUS (BRASIL/CONASS, 2006).

Fonte: Adaptado de BRASIL/CONASS, 2006.


Bom, como vimos, os avanços exis- REFERÊNCIAS
tem, porém, os desafios são inúmeros e
por isso não podemos parar de lutar e de BASTOS, G. N. SUS: Dos aspectos históricos a atualidade. 2014. Disponível em: <https://
buscar a efetivação da saúde pública im- pt.slideshare.net/EduardoHonorato2/slides-sus>. Acesso em 03 mai.2017.
plantada pela Reforma Sanitária e definida
na Constituição de 1988. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://
Com esses desafios foi possível ve- www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em 26 abr.2017.
rificar a grande importância da conselheira
e do conselheiro de saúde no município, BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a pro-
não é mesmo? Com relação aos avanços moção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
e desafios, como você enxerga a realidade correspondentes e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cci-
de seu município? vil_03/leis/L8080.htm>. Acesso em 26 abr.2017.

BRASIL. Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comuni-


dade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergoverna-
mentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm>. Acesso em 26 abr.2017.

BRASIL. Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011. Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de


setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o
planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras
providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/de-
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CRUZ, 2009. p. 435-472.
Unidade Didática 2

Formas de Participação
e de
/ 46 Controle Social nas / 47

Políticas
Públicas de Saúde
Quadro Referêncial

Temática Atividades Tempo Estimado

Dinâmica - Refletindo sobre


Participação, a história do Brasil: Como
Democracia e Controle foram as conquistas dos
Social no Sistema direitos sociais? 01h30
Único de Saúde; Texto 1 – Participação,
Democracia e Controle
Social no Sistema Único de
Saúde

Atividade 1 – Refletindo
sobre os mecanismos de
Os Conselhos de controle social
02h30
Saúde e Texto 2 – Os Conselhos de
Órgãos de controle; Saúde
Texto 6 - Órgãos de
controle

B
Atividade 2 - Conhecendo
Comunicação, mais sobre Comunicação,
Mobilização, Mobilização e Divulgação
Divulgação das ações das ações do Conselho com
/ 48 a Sociedade 00h40
do Conselho com a
Texto 3 – Comunicação, / 49
Sociedade e Educação Mobilização e Divulgação
Popular em Saúde; das ações do Conselho com
a Sociedade

erenice de Freitas Diniz Atividade 3 – Organização


das Conferências de Saúde 02h00
Conferências de Saúde
Texto 4 – Conferências de
Saúde
Militante da saúde pública, desde 1994, atuou como Auxiliar de
Enfermagem, conselheira municipal de saúde em Betim/MG e
Atividade 4 - Conhecendo
no movimento sindical da saúde. Foi coordenadora da Gestão
Instâncias de mais sobre as Instâncias de
Estratégica e Participativa do SUS Betim e participa do Projeto Pactuação, Comissões Pactuação, Comissões
Intergestores e PDR 00h40
Observatório do Controle Social do SUS (OBCS) desde 2010, Intergestores e Plano
Texto 5 - Instâncias de
desenvolvido pela PUC Betim/MG e município da Microrregião de Diretor de Pactuação, Comissões
Saúde de Betim e Contagem/MG. Possui produção acadêmica, Regionalização Intergestores e Plano Diretor
experiência docente e de pesquisas na área de participação e de Regionalização
controle social no SUS. É graduada em Ciência da Informação
(PUC Minas), com especializações lato sensu no campo da saúde Vivências como
coletiva, mestrado em Ciências da Saúde pelo ICICT/FIOCRUZ e conselheiras e Atividade 5 - Relembrando
vivências 00h40
está cursando doutorado no Programa de Saúde Coletiva no Centro conselheiros
de Pesquisa René Rachou/Fiocruz (CPqRR/Fiocruz Minas).
Carga Horária Total da Unidade Didática 08h
Introdução Participação, Democracia e
Controle Social no SUS

“Participação é um dos cinco princípios da democracia. Sem ela, não é possível


transformar em realidade, em parte da história humana, nenhum dos outros
princípios: igualdade, liberdade, diversidade e solidariedade. Falamos aqui de
participação em todos os níveis, sem exclusão prévia de nenhum grupo social,
sem limitações que restrinjam o direito e o dever de cada pessoa tomar parte e Música: Alegria, Alegria
se responsabilizar pelo que acontece no planeta. Em resumo, cada um de nós é Caetano Veloso
responsável pelo que acontece nas questões locais, nacionais e internacionais.
Somos cidadãos do mundo e, portanto, co-responsáveis por tudo o que ocorre. A
Dinâmica Caminhando contra o vento
única forma de transformar este direito em realidade é através da participação.” Refletindo sobre história do Brasil: Como Sem lenço, sem documento
foram as conquistas dos direitos sociais? No sol de quase dezembro
Herbert de Souza (Betinho) Eu vou
Música: Alegria alegria – Caetano Veloso
O sol se reparte em crimes,
Espaçonaves, guerrilhas
Objetivo Em cardinales bonitas
Refletir sobre o processo de redemocratiza- Eu vou
ção no Brasil e a conquista dos direitos sociais Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
na Constituição Federal de 1988. Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot
Recursos Necessários O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Computador com som ou aparelho de som
/ 50 Quem lê tanta notícia
com entrada para CD ou pendrive com a Eu vou / 51
música gravada. Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Desenvolvimento Eu vou
O (a) docente disponibiliza a música e convida Por que não, por que não
Nesta Unidade vamos refletir sobre O objetivo é, a partir das
a todos a cantar;
as formas de participação e de controle experiências de cada um, da realidade Ela pensa em casamento
Ao final, o (a) docente deverá promover uma
social nas políticas públicas de saúde. vivenciada e das leituras desse conteúdo, E eu nunca mais fui à escola
reflexão sobre a letra da música, a partir das Sem lenço, sem documento,
Será abordado o processo democrático do pensar sobre como podemos participar, Eu vou
seguintes questões:
Brasil e os direitos sociais conquistados organizar e fortalecer o controle social no Eu tomo uma coca-cola
Você sabia que vários artistas na época
e garantidos na Constituição Federal de SUS por meio dos conselhos de saúde. Ela pensa em casamento
da Ditadura Militar utilizaram diferentes E uma canção me consola
1988. Vamos conhecer refletir sobre:
linguagens para expressar seus senti- Eu vou
mentos, ideias, opiniões em relação ao Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
período?
A democracia brasileira e participação Sem fome sem telefone
social; Por que essa música foi importante para No coração do brasil
as lutas contra a ditadura militar?
A estrutura dos conselhos de saúde e Você conhece outras músicas com essas Ela nem sabe até pensei
conferências de saúde; Em cantar na televisão
características? O sol é tão bonito
Em seguida o (a) docente realizará a leitura Eu vou
A educação permanente e popular em
comentada do texto 1. Sem lenço, sem documento
saúde; Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Os órgãos de controle para além dos Tempo Estimado: 1h30 Eu vou
conselhos de saúde. Por que não, por que não...
Texto 1 No Brasil, os direitos sociais só fo-
ram garantidos na Constituição de 1988.
últimas décadas, a sociedade brasileira
tem conquistado o direito à participação
Isso porque na década de 1980 come- social na definição de políticas públicas.
çaram as liberdades democráticas, o fim Nesse sentido, são exemplos de
Participação, Democracia e Controle Social da ditadura militar, a organização da so- democracia participativa: os conselhos e
no Sistema Único de Saúde ciedade civil em diversos espaços, como as conferências de políticas públicas nas
universidades, igrejas, partidos, escolas, diversas áreas, como saúde, educação,
etc. e a sociedade organizada participou assistência social, habitação, entre outras,
de diversos movimentos para garantir e que foram realizados com a participação
Como você viu na Unidade anterior, ampliar direitos. da sociedade a partir da Constituição de
o Brasil viveu uma ditadura militar até Figura1- Princípios do SUS 1988.
pouco tempo. O final da década de 1970 Vamos conversar agora sobre A participação social deverá se
e os anos 1980 foram marcados pela democracia? dar em nível local (município), regional
luta da sociedade civil brasileira, que

int
(estados) e nacional (união), conforme

de
eg

a
exigiu liberdades democráticas, fim da

lid
definido em lei. Esses são os ambientes

ra
Mas o que é mesmo Democracia?

rsa
lid
repressão, eleições diretas e participação

ive
a
O significado da palavra democracia vem formalmente definidos no nosso país,

de

un
da sociedade na definição e na elaboração igualdade do grego demos (povo), kratos (poder) e que é um Estado democrático de direito.
das políticas públicas. Nesse contexto, foi com
o equidade significa “poder do povo” (RIBEIRO, 2001). Em cada nível é debatida a política atual,
promulgada a Constituição Federal do nalizaçã
regio Portanto, podemos afirmar que o sentido os problemas vivenciados e os desafios.
Brasil, em 1988, que garantiu a saúde hie
da democracia é a soberania do povo, o Após essas análises, são feitas propostas
ra
como um direito de todos e dever do rq
ação
uiz povo escolhendo um determinado governo a serem implementadas pelo poder

idade

Estado e definiu os princípios que regeriam ão e participando das instâncias de decisão. público.
particip
da
comun
o Sistema Único de Saúde (SUS). Você Há diferentes tipos de democracia, como a
/ 52
viu na Unidade anterior quais são esses democracia representativa e a democracia / 53
princípios, vamos relembra-los? participativa.
Para você, o que é Estado
Democrático e Estado de
Ampliação dos direitos sociais proteção social ocorreu na Europa (no final Direito?
do século XIX) e se deu de forma diferente Democracia Representativa
Para debater a ampliação dos direi- nas sociedades nacionais. O objetivo era O Estado de Direito é aquele que
tos sociais é fundamental conhecer o que introduzir arranjos mais igualitários e sua É um regime em que o povo escolhe seus impõe a todos os cidadãos, sejam
é uma política social. Viana e Levcovitz política devia ser social, compreendendo representantes para que possam defen- administrados ou administradores, o
(2005) discutem que uma política social assim: relações, processos, atividades der os interesses da população. respeito à lei, em seu amplo espectro.
consiste em uma atribuição definida poli- e instrumentos que possibilitem o A principal base da democracia represen- Já o Estado Democrático traria outros
ticamente, de direitos e de deveres legais desenvolvimento das responsabilidades tativa é o voto direto. temas de igual relevância e descritos na
dos cidadãos. As políticas sociais incidem públicas na promoção da seguridade própria constituição, como a soberania,
na transferência de dinheiro e nos serviços social e do bem-estar (FLEURY e a cidadania, a dignidade da pessoa
com o objetivo de compensar condições Democracia Participativa
OUVERNEY, 2008). humana, os valores sociais do trabalho e
de necessidade e de risco para o cidadão É um regime em que deve haver meca-
da livre iniciativa e o pluralismo político,
que goza de tal direito e que não consegue Você sabia? nismos de controle com a participação da
todos conferindo efetiva participação
acesso com recursos financeiros próprios. população sobre a administração pública.
Que os sistemas de proteção social surgem da sociedade no trato da coisa pública
Logo, os direitos sociais são a garantia de para neutralizar ou reduzir o impacto dos (LEMOS FILHO, 2009).
riscos sobre a pessoa ou sobre a sociedade, O Brasil é um país regido pela
serviços que devem ser ofertados aos ci-
tais como doença, velhice, invalidez, democracia representativa, na qual os
dadãos para lhes assegurar uma vida dig-
desemprego e exclusão (por renda, raça, governantes e os representantes do povo Nesse contexto, os indivíduos têm
na.
gênero, etnia, cultura etc.) são eleitos por meio do sufrágio universal, diferentes intensidades em participar,
O surgimento dos sistemas de (VIANA; LEVCOVITZ, 2005, p. 17) ou seja, por meio do voto popular. Nas de acordo com seus interesses e seus
conhecimentos (AVRITZER, 2007). uma Constituição cidadã, pois, além de de Saúde. Nesses espaços de participação
Isso demonstra que os cidadãos mais garantir direitos sociais não assegurados existem representantes de segmentos Você sabia?
engajados na luta pela saúde participam antes pelo Estado, coloca a participação de governo e prestadores de serviços,
Além das formas de participação social na
dos debates, das conferências e dos da sociedade na decisão de políticas trabalhadoras e trabalhadores, usuárias e
saúde previstas em Lei, podem existir outras
encontros relacionados a essa temática. públicas. O texto constitucional é aberto usuários da saúde. formas de participação, como, por exemplo,
Para analisarmos o processo de com os dizeres “Todo poder emana do Segundo a Lei Federal nº as plenárias, as reuniões, as assembleias, os
democracia no Brasil, é importante refletir Povo”, expressão essa que tem o intuito 8.142/1990, os Conselhos de Saúde são fóruns, os encontros e outras formas sobre os
sobre nossa história recente, no que de definir que o povo é quem tem o poder órgãos que funcionam permanentemen- quais as cidadãs e os cidadãos se organizam
diz respeito ao surgimento e a atuação em uma sociedade democrática. te e têm a função de fiscalizar, acompa- em busca de um objetivo comum.
dos movimentos sociais no país. A partir nhar, avaliar e propor ações e políticas de
do final da década de 1970 e nos anos saúde para uma determinada localidade,
Vários estudiosos e pesquisadores
1980, os movimentos sociais retomaram a que pode ser de abrangência municipal,
no Brasil afirmam que os Conselhos e
questão da democratização, questionando Você sabia? estadual ou nacional. Essa Lei determina
as Conferências são importantes para a
os mecanismos necessários para Os direitos sociais definidos pela Constituição também que as Conferências de Saúde
sociedade acompanhar o andamento das
democratizar o Estado e torná-lo de fato Federal de 1988, em seu Artigo 6º, são: a devem acontecer a cada quatro anos, com
políticas públicas e também são canais
público (MORONI, 2010). Tais movimentos educação, a saúde, o trabalho, a moradia, a representação dos vários segmentos so-
de articulação e diálogo entre o Estado e
levaram, além da luta pela democratização o lazer, a segurança, a previdência social, ciais, e tem como responsabilidade ava-
a proteção à maternidade e à infância e a a sociedade (AVRITZER, 2012; LABRA,
e publicização do Estado, à discussão liar as políticas de saúde. Além disso, as
assistência aos desamparados. 2006; GOHN, 2004; MORONI, 2010).
e defesa da necessidade do controle Conferências possuem caráter propositivo
social, incorporando cinco dimensões: e decidem sobre as diretrizes a serem se-
formulação, deliberação, monitoramento, guidas pela gestão dos serviços de saú-
avaliação e financiamento das políticas Como vimos na unidade didática de por um período determinado de tempo.
públicas (orçamento público). Mais à frente anterior, a participação da comunidade Mais a frente discutiremos um pouco mais
/ 54
veremos como essas dimensões estão como princípio do SUS, é a garantia sobre os Conselhos e as Conferências. / 55
incorporadas nos Conselhos de Saúde. constitucional de que a população
A discussão sobre democracia e participará do processo de formulação
sobre participação dos cidadãos nos leva das políticas de saúde e do controle da
a pensar no exercício da cidadania. sua execução, em todos os níveis, desde
o federal até o local. A Constituição, no
Mas então, o que é cidadania? entanto, não definiu como seria essa
participação. Somente com as Leis
Podemos dizer que cidadania é um Federais nº 8080, de 1990, e nº 8142,
conjunto de direitos, meios, recursos e prá- de 1990, foi definido a participação dos
ticas que permite à pessoa participar efeti- cidadãos no SUS.
vamente em todos os espaços públicos e Quanto maior o envolvimento da
de governo. Devemos interligar nossos população na construção e na fiscalização
direitos e nossos deveres e assim con- das políticas públicas, maiores são as
tribuir para uma sociedade mais justa e chances de êxito em sua efetivação
igualitária. (TOVAR, 2006). Para a saúde pública
Exercer nossa cidadania é ter organizada no Brasil por meio do
consciência dos nossos direitos e das SUS, as práticas e os mecanismos de
nossas obrigações, garantindo que sejam participação social constituem referências
colocados em prática. para a democracia participativa, que se
dá formalmente por intermédio dos
A Constituição Federal de 1988 é
Conselhos de Saúde e das Conferências
considerada por vários estudiosos como
• Regimento do CMS zar a eleição dos seus mem- orçamento do CMS?
• Orçamento do CMS bros, discutir e aprovar o seu
regimento e também garantir
seu orçamento anual. Para
tudo isso ser feito, os membros

Os Conselhos de Saúde e Órgãos Tema dos Grupos


do conselho tiveram que se
reunir, Um exemplo
discutir
suas atividades.
e organizar as
Perguntas orientadoras
para o trabalho em grupo

de Controle Grupo 12 O conselho de saúde do muni-


cípio deFRATERNIDADE
LIBERDADE iniciou está os se
• Supondo
Como o CMS
comissão
seu
que esse
podegrupo
definiré oa
provisória, como
funcionamento?
Estruturae efuncionamento
• Criação funcionamentodos estruturando.
seus trabalhos. AsEsseconselheiras
conselhoe •vocês
Como iriam propor a estrutura
o regimento do CMSe
• Organização
Conselhos das Reuniões
Municipais de os conselheiros
está organizandoestão discutin-
sua estrutura funcionamento
pode do CMS?
ser elaborado respeitando
do Conselho
Saúde (CMS)de Saúde do os tipos
para o seu de deliberações
funcionamento. do a• De acordo com
participação de atodos?
necessidade
Deliberações dos
• Organização – tipos
CMSe conselho,
Para a composição
isso ele teve que organi- e as •doComo
conselhopodee daser participação
definido o
•características
Regimento do CMS atribuições
zar a eleição dasdos câmaras
seus mem- técni- da comunidade,
orçamento do CMS? as reuniões
Comissões,do
• Orçamento Câmaras
CMS cas e discutir
bros, grupos e deaprovar
trabalho.o Paraseu serão realizadas em quais dias
Técnicas e Grupos de Trabalho isso o conselho
regimento e tambémdeliberou sobre
garantir e horários?
a criação
seu de uma
orçamento comissão
anual. Para • Quais as câmaras técnicas
provisória,
tudo isso sercomposta paritaria-
feito, os membros que o conselho deve ter e
Atividade 1 Cada grupo fará a leitura dos subtemas do mente
do
todos os
reunir,
por representantes
conselho
discutir
tiveram que se
seguimentos.
e organizar
de
Essa
as
porque?
• Quando as comissões serão
texto 2 e do texto 6 (pág 85), de acordo comissão
suas irá elaborar uma
atividades. necessárias?
Refletindo sobre os mecanismos com as questões norteadoras no quadro proposta de estrutura de funcio-
de controle social abaixo, relacionando o conteúdo com suas
Grupo 2 Onamento
conselho
nas normas
cípio
dode conselho
FRATERNIDADE
saúde do
legais e está
baseado
muni-
depoisse
• Supondo que esse grupo é a
comissão provisória, como
experiências e práticas no cotidiano do • Estrutura e funcionamento apresentará para
estruturando. a mesa dire-
As conselheiras e vocês iriam propor a estrutura e
Objetivo • Organização das Reuniões toraconselheiros
os a ser encaminhada para a
estão discutin- funcionamento do CMS?
Conselho de Saúde; do Conselho de Saúde reunião
do os tipos ordinária para que
de deliberações do • De acordo com a necessidade
Conhecer o funcionamento dos Conselhos • Deliberações – tipos e todos possam
conselho, a composição conhecer e asa do conselho e da participação
Após as discussões, os grupos apresenta- proposta, debater e deliberar.
Municipais de Saúde, sua estrutura, características atribuições das câmaras técni- da comunidade, as reuniões
rão, uma síntese em plenária, abordando • Comissões, Câmaras cas e grupos de trabalho. Para serão realizadas em quais dias
normas legais, organização e atribuições. Grupo 3 e Grupos de Trabalho
Técnicas O Conselho
isso o conselho de deliberou
saúde do sobre muni- e• horários?
Na sua prática diária como
os pontos considerados mais importantes; acípio de de
criação IGUALDADE
uma comissão está •você pensa
Quais as que deve ser
câmaras a con-
técnicas
• Papel da conselheira e do nesse momento
provisória, composta discutindo
paritaria-o duta ética
que da conselheira
o conselho deve ter e do
e
Em seguida, o(a) docente poderá comen-
Recursos Necessários conselheiro papel da
mente conselheira
por representantes e do con- de conselheiro?
porque?
tar as apresentações, reforçando os prin- • Conduta ética das selheiroosdeseguimentos.
todos saúde, a conduta Essa Como asasconselheiras
• Quando e os
comissões serão
Pincel atômico, papel kraft, papel A4, fita conselheiras e dos ética e como
comissão irápodem realizar
elaborar uma as conselheiros podem exercer as
necessárias?
cipais pontos e complementando o que for tarefas dedeacordo
proposta estrutura com deas suas
funcio- suas funções?
crepe. conselheiros
necessário. • Como as conselheiras e atribuições.
namento Muitos ainda
do conselho baseado não • O que podemos entender
/ 56 conselheiros podem exercer sabem
nas o seu papel
normas legais e e também
depois como representatividade e
suas atribuições tem dúvidas para
apresentará sobre o que dire-
a mesa é a autonomia da conselheira e do
Desenvolvimento • Representatividade e paridade
tora a serde gênero e a diversi-
encaminhada para a conselheiro?
/ 57
Tempo Estimado: 2h30
Dividir os (as) participantes em 4 grupos autonomia dade representativa
reunião ordinária para dos movi-que • Porque é importante conside-
mentos possam
todos sociais e entidades
conhecer nos a rar as questões de paridade de
de acordo com os subtemas do Quadro 1; conselhosdebater
proposta, de saúde. e deliberar. gênero e diversidade de repre-
Por isso o conselho está sentação?
Grupo 3 Opropondo
Conselhouma palestra
de saúde e um
do muni- • Como
Na suavocê pensa
prática que como
diária deve
debatede
cípio comIGUALDADE
um convidadoestá do ser apensa
você fala doque
Conselheiro
deve ser aEsta-
con-
• Papel da conselheira e do Conselho
nesse Estadual
momento de Saúde
discutindo o dual de
duta Saúde
ética nessa palestra?
da conselheira e do
conselheiro para falar
papel sobre o tema.
da conselheira e do con- conselheiro?
• Conduta ética das selheiro de saúde, a conduta • Como as conselheiras e os
conselheiras e dos ética e como podem realizar as Quais ações
conselheiros podem o exercer
conselho
as
• Papel do Conselheiro
conselheiros O Conselho
tarefas de acordo de comsaúdeas suas do poderia
suas aprovar para essa
funções?
Quadro 1 - Orientações para a Atividade 1 • Como
Órgãosasdeconselheiras
fiscalizaçãoee
controle (Texto
conselheiros 6) exercer
podem
município PAZ
atribuições. Muitos
diversoso problemas
sabem
se ainda
queixa não
seu papel enatambém relação
de •situação?
O que podemos entender
Quais órgãos
como de controle eo
representatividade
suas atribuições com dúvidas
tem a gestão. sobre oEles que é nãoa Conselho da
autonomia pode recorrere doe
conselheira
• Representatividade e apresentaram
paridade de gênero a prestação
e a diversi- de porque?
conselheiro?
Perguntas orientadoras autonomia contas,
dade se negamdosa movi-
representativa dar • Porque é importante conside-
Tema dos Grupos Um exemplo para o trabalho em grupo informações
mentos sociais àseconselheiras
entidades nose rar as questões de paridade de
aos conselheiros.
conselhos de saúde.Também o gênero e diversidade de repre-
conselho
Por isso o tem conselho recebido
está sentação?
denúncias umadepalestra
propondo falta e um de • Como você pensa que deve
Grupo 1 O conselho de saúde do muni- • Como o CMS pode definir o medicamentos,
debate com ummas o governo
convidado do ser a fala do Conselheiro Esta-
cípio de LIBERDADE iniciou os seu funcionamento? não explica o motivo dessa
Conselho Estadual de Saúde dual de Saúde nessa palestra?
• Criação e funcionamento dos seus trabalhos. Esse conselho • Como o regimento do CMS situação. O gestor municipal
para falar sobre o tema.
Conselhos Municipais de está organizando sua estrutura pode ser elaborado respeitando não homologou a deliberação
Saúde (CMS) para o seu funcionamento. a participação de todos? do conselho de saúde que Quais ações o conselho
• Organização dos CMS Para isso ele teve que organi- • Como pode ser definido o definiu sobre aderealização da
• Papel do Conselheiro O Conselho saúde do poderia aprovar para essa
• Regimento do CMS zar a eleição dos seus mem- orçamento do CMS? conferênciaPAZ de saúde. Por tudo
• Órgãos de fiscalização e município se queixa de situação?
• Orçamento do CMS bros, discutir e aprovar o seu isso, o conselho
controle (Texto 6) diversos problemasdecidiu na relação em Quais órgãos de controle o
regimento e também garantir plenário
com a uma série de
gestão. Eles ações nãoa Conselho pode recorrer e
seu orçamento anual. Para fim de garantiraque o governo
apresentaram prestação de porque?
tudo isso ser feito, os membros cumpra a se lei. negam a dar
contas,
do conselho tiveram que se
informações às conselheiras e
reunir, discutir e organizar as
aos conselheiros. Também o
suas atividades.
conselho tem recebido
denúncias de falta de
Grupo 2 O conselho de saúde do muni- • Supondo que esse grupo é a
medicamentos, mas o governo
cípio FRATERNIDADE está se comissão provisória, como
não explica o motivo dessa
• Estrutura e funcionamento estruturando. As conselheiras e vocês iriam propor a estrutura e
sob a coordenação dos Conselhos de
Como a Resolução CNS Saúde da esfera correspondente.
nº 453/2012 define o A Resolução nº 453/2012 definiu
Conselho de Saúde? também que os conselhos devem avaliar

Texto 2 O Conselho de Saúde é uma


a organização e o funcionamento do SUS
e, além disso, devem examinar propostas
instância colegiada, deliberativa e denúncias de indícios de irregularidades,
e permanente do SUS em cada responder no seu âmbito a consultas
Os Conselhos de esfera de Governo, integrante da sobre assuntos pertinentes às ações e
Saúde estrutura organizacional do Ministério aos serviços de saúde, bem como apreciar
da Saúde, da Secretaria de Saúde recursos a respeito de deliberações do
dos Estados, do Distrito Federal e conselho, nas suas respectivas instâncias.
dos Municípios, com composição, Os Conselhos de Saúde têm a
organização e competência fixadas na responsabilidade, junto aos gestores, de
Lei no 8.142/90. Assim, os Conselhos contribuir para a formação de conselheiras
de Saúde são espaços instituídos e conselheiros comprometidos com a
O controle social pode ser entendido social que integra a estrutura básica da
de participação da comunidade nas saúde, baseada nos direitos de cidadania
como a participação do cidadão na gestão Secretaria Municipal de Saúde (no caso
políticas públicas e na administração da de toda a população. Os conselhos são
pública, na fiscalização, no monitoramento do Conselho Municipal de Saúde) ou da
saúden (BRASIL, 2012). aliados da Secretaria de Saúde na busca
e no controle das ações da Administração Secretaria Estadual de Saúde (no caso
de um sistema de saúde melhor para todos.
Pública. É um importante mecanismo de do Conselho Estadual de Saúde), ou da
Não há subordinação entre conselho
participação, prevenção da corrupção e União (no caso do Conselho Nacional de
de saúde e prefeitura ou secretaria
de fortalecimento da cidadania. Como Saúde) com composição, organização e O processo bem-sucedido de de saúde. Todos devem atuar com o
/ 58 vimos, os conselhos são resultados de competência fixadas em lei. descentralização da saúde promoveu objetivo de beneficiar a sociedade. / 59
uma luta social para que o poder fosse Os Conselhos de Saúde devem o surgimento de Conselhos Regionais, No diagrama abaixo, você pode
compartilhado e não ficasse concentrado, trabalhar na direção de fiscalizar as Conselhos Locais, Conselhos Distritais observar as três principais funções dos
dando voz à população na tomada de políticas de saúde em andamento, ao de Saúde, incluindo os Conselhos dos Conselhos de Saúde:
decisões. mesmo tempo em que devem discutir as Distritos Sanitários Especiais Indígenas,
No Brasil, a preocupação em se políticas que serão implementadas, opinar
estabelecer um controle social forte e sobre as prioridades e decidir o que for A função mobilizadora

atuante torna-se ainda maior, em razão melhor para uma determinada população refere-se ao estímulo à

da extensão territorial do país e da na sua área de abrangência e atuação.


Figura 2 - Exercicío do participação popular na
gestão pública e
contribuições às para a

Controle Social
formulação e disseminação

descentralização geográfica dos órgãos Isso quer dizer que o Conselho tem um de estratégias de
informação para a sobre
políticas públicas
públicos da União, estados, Distrito caráter deliberativo.
Federal e municípios. Por esse e outros Na Resolução nº 453 do Conselho
motivos, a fiscalização da aplicação dos Nacional de Saúde (CNS 453/2012),
recursos públicos precisa ser feita com o que aprovou novas diretrizes para
apoio da sociedade (BRASIL, 2012). instituição, reformulação, reestruturação EXERCÍCIO DO
e funcionamento dos Conselhos de CONTROLE
Saúde, foram incluídas as atribuições dos SOCIAL
Você sabia?
conselhos, previstas na Lei Complementar
O Controle social na saúde é a sociedade nº 141, de 2012, e no Decreto nº 7.508,
A função deliberativa
refere-se à A função fiscalizadora dos
controlando as ações do Estado? prerrogativa dos conselhos pressupõe o
de 2011. Essas leis regulamentam a Lei conselho de decidir acompanhamento e o
sobre as estratégias controle dos atos
nº 8080/90 e a Lei nº 8142/90, conhecidas utilizadas nas políticas praticados pelos
públicas de sua governantes
Podemos afirmar que o Conselho de como Leis Orgânicas da Saúde. competência

Saúde é um mecanismo de controle


Fonte: DINIZ, 2017
Ainda de acordo com a Resolução CNS nº 453/2012, a composição deve ser paritária e
ocorrer da seguinte forma:
Criação e funcionamento dos Conselhos

A liberação dos repasses financeiros


está condicionada à criação dos conselhos Os conselhos
municipais de saúde (Lei nº 8.142/1990), de saúde são 25% de representantes das
cuja composição, baseada na Resolução trabalhadoras e trabalhadores
CNS nº 453/2012 do Conselho Nacional compostos da saúde (psicólogos, agentes
de Saúde, apresentamos no diagrama a pelos seguintes comunitários de saúde,
médicos, profissionais de
seguir.
segmentos: enfermagem, pessoal
administrativo etc. sindicatos
e conselhos profissionais).
Composição dos
Conselhos de
Saúde
Representantes dos gestores
do Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde
Estadual e da Secretaria Municipal de Saúde;
25% de representantes de
prestadores de serviços e
/ 60 Representantes dos prestadores de gestores (instituições
serviço filantrópicas ou conveniadas e / 61
instituições conveniadas ao SUS ou filantrópicas; representantes do governo).

O conselho de
Representantes dos trabalhadores
saúde é orgão
colegiado
de saúde
50% de representantes
composto por sindicatos e conselhos profissionais da área de
das usuárias e usuários
pessoas que saúde; (sindicatos,
representam associações,
diferentes grupos Representantes dos usuários de movimentos sociais, etc)
da sociedade saúde
associações de moradores, associações de traba-
lhadores, sindicatos, associações de portadores de
patologias, entidades e movimentos sociais que tem
atuação na área da saúde etc. O usuário é aquele
que não está comprometido de forma direta ou indi- Fonte: DINIZ, 2017
Para saber mais sobre a composição do
reta com os demais grupos (gestores, prestadores Conselho, consulte o livro “Conselhos de
de serviço e profissionais de saúde), não possuindo saúde: a responsabilidade do controle social
qualquer vínculo empregatício na área de saúde. democrático do SUS”, disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
conselhos_saude_responsabilidade_
Fonte: DINIZ, 2017 controle_2edicao.pdf>.
segmento de trabalhadoras e
trabalhadores.

O Conselho Nacional de Saúde e os A conselheira e o conselheiro


Importante:
Conselhos Estaduais de Saúde, inclusive vinculado à organização governamental
o Conselho Estadual de Saúde de Minas é indicado pelo ministro, pelo secretário A representação nos segmentos deve ser distinta e autônoma em relação aos demais segmentos que compõem o
Gerais têm discutido a importância da estadual de saúde ou pelo secretário Conselho, por isso, um profissional com cargo de direção ou de confiança na gestão do SUS, ou como prestador de
paridade de gênero e da diversidade serviços de saúde NÃO pode ser representante dos (as) Usuários (as) ou de Trabalhadores (as).
municipal de saúde. A conselheira e o
representativa dos movimentos sociais e conselheiro do órgão ou da entidade não
A participação dos membros eleitos do Poder Legislativo, representação do Poder Judiciário e do Ministério Público,
entidades nos conselhos municipais de governamental tem sua entidade eleita como conselheiras e conselheiros, NÃO é permitida nos Conselhos de Saúde.
saúde. num fórum específico, ou seja, numa
reunião convocada para esta eleição. Fonte: Adaptado de BRASIL, 2012.
Organização dos Conselhos

Quem decide sobre o número de Importante!


conselheiras e conselheiros? Você sabia? de dois anos, podendo a conselheira ou
O número de conselheiros será A eleição dos conselheiros deve sempre o conselheiro ser reconduzido de acordo
Com a Resolução nº 453/2012, o presidente
discutido no plenário do conselho, ser democrática. Para isso, deve ser com o regimento interno do conselho.
do conselho deve ser eleito entre seus
devendo ser avaliado qual a necessidade amplamente divulgada para toda a membros, em reunião plenária?
das conselheiras e conselheiros para sociedade! Regimento do Conselho
cada localidade; É importante que seja Como o conselho de saúde que você
É fundamental que o processo de Todo conselho de saúde deve
discutido também nas conferências de participa divulga as eleições?
eleição para escolha de conselheiras ter regimento interno, que definirá como
saúde. Após definição, deve constar em
e conselheiros seja realizado de forma será o mandato das conselheiras e dos
lei de abrangência para cada conselho,
transparente. Para isso, deve ser divulgado conselheiros e estabelecerá regras de
municipal, estadual ou nacional. Veja no quadro abaixo como são
eleitos os membros de cada segmento: em órgão oficial, da União, dos Estados e funcionamento do conselho. Se ainda não
Como são eleitos a conselheira e o
/ 62 dos Municípios, quando houver. Quando
conselheiro? houver regimento interno no seu conselho, / 63
não houver órgão oficial municipal deve você pode conversar com as demais
ser divulgado principalmente nas unidades conselheiras e conselheiros a respeito e
Quadro 2 - Eleições dos membros do CMS por segmento de saúde. Outras formas são jornais locais, propor sua elaboração e aprovação.
rádios comunitárias, igrejas, movimentos O regimento é um documento que
Segmento Como são eleitos? sociais etc. contém um conjunto de regras para o
funcionamento do Conselho Municipal de
Conselheira e conselheiro, é importante
São indicados pelo governo. O A participação de órgãos, Saúde. Esse regimento deve ser elaborado
Ministro da saúde, Secretários entidades e movimentos lembrar que a Resolução nº 453/2012
Estadual e municipal de saúde sociais terá como critério a
pelas conselheiras e pelos conselheiros e
Governo e prestadores de recomenda que, a cada eleição, os
serviços que indicam seus representantes. representatividade, a aprovado em plenária ordinária.
abrangência e a segmentos de representações de usuários,
complementaridade do trabalhadores e prestadores de serviços,
São eleitos em plenária ou conjunto da sociedade, no
reunião própria para esse fim. âmbito de atuação do conselho ao seu critério, promovam a renovação Você sabia?
De acordo com a Resolução de saúde. de, no mínimo, 30% de suas entidades
453/2012, devem ser eleitas as Nos Municípios onde não Que as competências e atribuições da
Usuárias e usuários entidades que representam o existem entidades, instituições representativas. Secretaria Executiva do CMS devem ser
segmento de usuárias e e movimentos organizados em estabelecidas no regimento interno?
usuários. número suficiente para compor
o Conselho, a eleição da Qual é o período de mandato da
representação será realizada
conselheira e do conselheiro? O regimento pode ser mudado de
São eleitos em plenária ou em plenária no Município,
reunião própria para esse fim. promovida pelo Conselho Será definido no regimento interno acordo com a necessidade e a realidade
De acordo com a Resolução Municipal de maneira ampla e do CMS. Não deve coincidir com os
Trabalhadoras e trabalhadores 453/2012, devem ser eleitas as democrática. de cada CMS. O mais importante é sempre
entidades que representam o mandatos do governo municipal, estadual discutir com a participação de todos o que
segmento de trabalhadoras e e do Distrito Federal ou do governo
trabalhadores. constará nesse documento.
federal. Sugere-se que seja um mandato
Importante:
Saúde (CNS) prevê no seu regimento somente pelas conselheiras e conselheiros
Importante! interno, no artigo 45 as atribuições dessa Importante! presentes nas reuniões. As atas são a
secretaria executiva. O Conselho Estadual memória das reuniões, dos debates, das
O Regimento do Conselho Municipal de de Saúde de Minas Gerais orienta a todos Orientações para as Secretarias Executivas deliberações, dos encaminhamentos, dos
Saúde deve estar adequado às Legislações os conselhos seguirem essas atribuições dos Conselhos de Saúde como Modelos pareceres etc. Por isso, é muito importante
vigentes, inclusive à Resolução nº 453/2012. e outras descritas abaixo: de crachá, pauta, lista de presença, que seja escrito de maneira clara e concisa.
convocações, atas, resoluções, entre
organizar o processo eleitoral; outros podem ser encontradas no Conselho
Estrutura e funcionamento do Importante constar
Nacional de Saúde, disponível em: <http://
Conselho claramente nas atas
promover e praticar os atos de conselho.saude.gov.br/biblioteca/livros/miolo_

gestão administrativa necessários ao orientacoes_sec_executivas2.pdf>.
O conselho de saúde deve pos- A pauta – a pauta aprovada pelos
desempenho das atividades do conselho e
suir um plenário, estabelecido em seu re- conselheiros
das unidades organizacionais integrantes Comissões, Câmaras Técnicas e
gimento interno. O plenário é o encontro Os debates – os principais pontos e
de sua estrutura; Grupos de Trabalho
oficial de todas as conselheiras e conse- questionamentos
lheiros de saúde para deliberar sobre as- As deliberações – o que foi decidido sobre o
verificar a promoção de capacitação Os Conselhos de Saúde podem
suntos previamente agendados na pauta assunto
permanente das conselheiras e dos criar Comissões ou Câmaras Técnicas
da reunião. Os encaminhamentos – resoluções,
conselheiros, visando ao conhecimento de acordo com a necessidade local. Elas
Algumas atividades são necessárias recomendações e moções, quando houver.
e à atualização da legislação inerente têm a função de avaliar documentos,
para conduzir bem os trabalhos das
à área da saúde, direcionando-se aos debater o tema e emitir pareceres para
Reuniões Ordinárias e Extraordinárias do
aspectos orçamentário, financeiro, pactos, Por ter valor jurídico, a ata deve
Conselho. Antes da reunião, por exemplo, o plenário do conselho, dentre outras
contratualizações, prestações de contas, apresentar um resumo fiel dos fatos,
é preciso organizar a pauta proposta pela atividades definidas no regimento. A
etc. (atenção à regulamentação de ajuda ocorrências e decisões tomadas pelas
/ 64 Mesa Diretora e enviar às conselheiras e critério de cada CMS, podem ser criados
de custos e diárias); conselheiras e conselheiros durante
aos conselheiros, com os anexos de cada os Grupos de Trabalho (GTs) que são / 65
as reuniões. O texto, escrito sem
item de pauta, para ser apreciado com organismos instituídos pelo Plenário para
oferecer o suporte técnico na realização parágrafos, corridamente, deve ser
antecedência de 10 dias. Após a plenária, assessoramento temporário ao Conselho
das reuniões das Comissões ou das assinado, preferencialmente, por todos os
elaborar ata da reunião; dar andamento ou às Comissões, com objetivos definidos
Câmaras Técnicas; presentes. Caso seja identificado algum
aos encaminhamentos aprovados na e prazo para o seu funcionamento.
erro ou imprecisão, quem escreve a ata
reunião, etc.
verificar as condições de estrutura física, faz uma observação escrita no texto e,
Organização das Reuniões do
garantidora de funcionamento adequado posteriormente, submete a redação da ata
Conselho de Saúde
às funções dos conselhos, sobrelevando- novamente à apreciação do Plenário.
Você sabia?
se o caráter de autonomia indispensável; O CMS deve fazer pelo menos uma
De acordo com a Resolução nº 453/12, o
reunião mensal, com divulgação prévia da Saiba mais!
Conselho deve ter uma Mesa Diretora eleita verificar a existência e as condições de
em plenário e composta paritariamente?
pauta às conselheiras e aos conselheiros
outros aspectos também importantes titulares e suplentes, à comunidade e às Conheça as dicas para padronização dos
à funcionalidade e à efetividade dos unidades de saúde, abertas ao público. documentos utilizados pelos Conselhos
conselhos, como veículos, mobiliários, As reuniões plenárias dos Conselhos de
É recomendável pela Resolução nº no livro “Para entender o controle social
telefone, internet, projetores e demais Saúde são abertas ao público e deverão
453/12 que Conselho Municipal de Saúde na saúde”, disponível em <http://conselho.
meios de comunicação, assim como acontecer em espaços e horários que
conte ainda com uma secretaria executiva, saude.gov.br/biblioteca/livros/Manual_
pessoal administrativo. possibilitem a participação da sociedade.
subordinada ao plenário do CMS. O Para_Entender_Controle_Social.pdf>.
As decisões serão adotadas
plenário do Conselho definirá a estrutura
mediante quórum mínimo (metade mais
e a dimensão de sua secretaria executiva,
um) de seus integrantes. As atas de
que deverá estar expressa no regimento
todas as reuniões devem ser assinadas
do conselho. O conselho Nacional de
A pauta que contém os assuntos Veja abaixo quais são os tipos de Orçamento do Conselho Papel da conselheira e do conselheiro
que serão tratados e o material de apoio Deliberações mais usados nos conselhos
das reuniões deve ser encaminhada às e nas conferências de saúde, bem como Você tem ideia de como o CMS do seu
conselheiras e aos conselheiros com as suas características: Conselheira e Conselheiro de Saúde,
município é financiado? Você sabe
antecedência, para facilitar os trabalhos vocês compreendem a importância da
quem é o (a) responsável por gerenciar
durante a reunião e permitir que os função social que exercem? Vocês
suas receitas e despesas? A seguir,
assuntos em pauta sejam conhecidos conhecem suas atribuições, direitos de
vamos entender um pouco mais sobre
previamente. deveres?
orçamento do Conselho de Saúde.

Cada conselheira e conselheiro


Para refletir... Geralmente o dinheiro para cobrir
os custos para o funcionamento do CMS representa uma parte da sociedade e
Você tem recebido a pauta das reuniões
vem do orçamento do Poder Executivo, deve participar desse colegiado buscando
do CMS previamente para estudar os
ou seja, do governo federal, do governo fortalecer o SUS e a garantia do direito à
documentos e emitir a sua opinião?
estadual ou da prefeitura por meio das saúde para todos. Aqui citaremos alguns
respectivas secretarias de saúde. De papéis importantes das conselheiras e
qualquer forma, é preciso lembrar que conselheiros. Um deles é o de conhecer
o dinheiro destinado ao Conselho de os serviços de saúde existentes em seu
Saúde deve ser gerenciado pelo próprio município, como funcionam, quais são
Conselho. Essa é uma questão muito os principais problemas de saúde da
importante para a independência destes população naquele local, identificando
Quadro 3- Deliberações do CMS colegiados. ações de saúde que possam ser
A conselheira e o conselheiro tem implementadas pela gestão municipal
/ 66 direito de cobrar da administração mu- (Brasil, 2013). Nesse sentido, é muito
Deliberações O que é? importante que a conselheira e o / 67
nicipal a disponibilização de recursos
no orçamento para funcionamento do conselheiro de saúde compreendam como
É uma decisão de caráter geral que estabelece normas a todos
aqueles diretamente relacionados ao seu conteúdo. Devido a CMS, o qual tem direito de ter dinheiro as pessoas vivem, adoecem e morrem na
esse caráter, as resoluções devem ser obrigatoriamente
próprio para custear despesas de funcio- sua comunidade. Ou seja, é necessário
Resolução homologadas pelo chefe do Poder Executivo, em até trinta dias.
que conheçam as doenças de sua região,
Caso isso não aconteça, ou não seja encaminhada uma namento. Um exemplo disso é a própria
justificativa com proposta de alteração ou rejeição a ser realização deste curso que foi discutido suas causas e como evitá-las.
apreciada na próxima reunião do CMS, as conselheiras e
e deliberado pelo Conselho Estadual de Para entender o funcionamento
conselheiros podem buscar a validação da resolução,
recorrendo ao Ministério Público. Saúde de Minas Gerais. Para ele aconte- dos serviços de saúde, a conselheira e o
cer, foi necessário indicar recurso finan- conselheiro pode visitar unidades de saúde
É uma sugestão, advertência ou aviso a respeito do conteúdo ou ceiro no plano de saúde de cada muni- e ouvir usuários e trabalhadores de saúde.
Recomendação
da forma de execução de uma política ou ação de saúde. Nor-
cípio. Dessa forma, deve ser garantida As informações identificadas, devem ser
malmente, aborda assuntos específicos, não de responsabilida-
de direta do Conselho, mas que são relevantes e necessários. a autonomia administrativa, financeira e registradas em um relatório e debatidas
também a infraestrutura necessária ao no Conselho Municipal de Saúde, que
pleno funcionamento do Conselho e de adotará as medidas legais.
É uma manifestação de aprovação, reconhecimento ou repúdio sua secretaria executiva (Brasil, 2012). Para exercer suas atribuições, as
Moção a respeito de determinado assunto ou fato relativo à política de conselheiras e os conselheiros precisa ter
saúde pública.
acesso, periodicamente, a documentos e
Para refletir... informações atualizados sobre as políticas
de saúde, sobre a movimentação financeira
Como é feito o orçamento do CMS de sua dos recursos dessa área. Nesse sentido,
cidade? Há previsão no Plano de Saúde o CMS deve também ajudar a Secretaria
Municipal? de Saúde a trazer para a realidade o que
está no Plano de Saúde do município. As denúncias a outros órgãos, tais como: dispositivos que poderiam ser utilizados
conselheira e os conselheiro deve discutir, Tribunal de Contas da União (TCU), através do Poder Judiciário são o Mandado Saiba mais!
junto à Secretaria de Saúde, os seguintes Controladoria Geral da União (CGU), de Injunção, Mandado de Segurança e o
assuntos: Ministério Público, Tribunais de Contas Habeas Data. Para aprofundar seus conhecimentos sobre
dos Estados etc. esses dispositivos, acesse:
O que deve constar no Plano de Saúde e na - Mandado de Injunção – disponível em:
Programação Anual de Saúde, de acordo <http://www.stf.jus.br/portal/glossario/
com o que foi definido nas Conferências O que fazer quando verVerbete.asp?letra=M&id=188>.
de Saúde;
a conselheira ou o - Mandado de Segurança - disponível
em: <http://www.stf.jus.br/portal/glossario/
Como colocar esse Plano em prática;
conselheiro identificar uma
verVerbete.asp?letra=M&id=189>.
irregularidade?
- Habeas Data - disponível em: <http://
Como saber se o que está sendo feito está
www.stf.jus.br/portal/glossario/verVerbete.
de acordo com o planejado; O primeiro passo, quando você
asp?letra=H&id=156>.
identifica um problema, é, se possível,
Como avaliar se o que foi realizado atendeu relatá-lo ao gestor. Dessa forma, você, além
à população. de exercer sua cidadania, dá a oportunidade
para que ele resolva o problema, sem a
necessidade de utilizar outras formas de Quadro 3 - O que o Conselho de Saúde pode e deve fazer?
Você sabia? pressão, como o instrumento da denúncia.
Que o Conselho Municipal de Saúde, a cada Esse é o melhor caminho. Caso o gestor
quatro meses, pode solicitar pauta junto ao esteja agindo de má-fé e descomprometido O Conselho deve O Conselho pode
Gestor Municipal com o objetivo de avaliar com a solução do problema identificado,
/ 68 a execução financeira e os impactos nas de forma que não haja ambiente favorável
condições de saúde e na qualidade desses • Por iniciativa própria, examinar • Estimular as conselheiras e os conselheiros e a / 69
para uma rápida solução administrativa, o as denúncias que chegarem a ele comunidade a estudarem sobre o SUS: como
serviços à população?
caminho a se seguir é a utilização denúncia. e, se for o caso, encaminhar aos melhorá-lo e melhorar a saúde da população.
Recolha o máximo de informações órgãos responsáveis. Também
pode responder a dúvidas sobre • Comunicar, por todos os meios possíveis, o que
Os Conselhos de Saúde podem possíveis (fotos, documentos, artigos assuntos relacionados à saúde ele faz, sua importância e como a população pode
enviar sugestões de leis sobre saúde de jornal, etc.), consulte os portais de em sua esfera de atuação. Se ajudá-lo a cuidar da saúde da comunidade. As
transparência, solicite informações pela alguém ou alguma entidade se reuniões do conselho devem ser abertas à
para o poder legislativo (vereadores sentir prejudicado por uma deci- população em geral. Isso é importante para que a
ou deputados). Eles devem avaliar os Lei de Acesso à Informação, divulgue nas são do conselho e entrar com um população conheça o conselho de saúde, de
programas de saúde do governo e dizer redes sociais, mobilize a comunidade recurso contra ele, o próprio con- modo que o controle social seja cada vez mais
local, começando pelas pessoas que são selho pode analisá-lo. fortalecido.
como as ações desses programas podem
ser consideradas válidas e de qualidade próximas a você, ou seja, ponha a “boca no • Servir como instrumento de • Apoiar e promover a educação para o controle
para a população, considerando as trombone”. Com as informações nas mãos, aproximação entre diversas enti- social. Constarão no conteúdo programático os
acione os órgãos de controle, a começar dades, a fim de promover a fundamentos teóricos da saúde, a situação
melhorias na tecnologia de saúde (como
melhoria da saúde. Deve interagir epidemiológica, a organização do SUS, a
remédios, terapias, equipamentos, pelo Ministério Público local. Quanto com outros conselhos de saúde e situação real de funcionamento dos serviços do
materiais médicos etc.). melhor for a coleta de informações, maior a com conselhos de outras áreas, SUS, as atividades e as competências do
possibilidade de ação desses órgãos. com outros órgãos de governo conselho de saúde, bem como a legislação do
As conselheiras e conselheiros
além da Secretaria de Saúde e SUS, as suas políticas de saúde, o seu
devem saber as ações que a Secretaria de Fonte: ENAP, 2015
com entidades privadas que orçamento e o seu financiamento.
Saúde está fazendo e discutir como está tenham relação com a saúde,
como hospitais, escolas, universi- • Estar atento ao cumprimento, pela Secretaria de
sendo aplicado e movimentado o dinheiro
dades. Saúde, de suas orientações. Tão importante
da saúde. O Conselho, ao ver como estão O Conselho de Saúde, se sentir quanto deliberar é verificar se as deliberações
as ações e os serviços de saúde, pode, necessidade, pode, portanto, acionar o estão sendo atendidas.
se houver necessidade, encaminhar Poder Judiciário. Alguns exemplos de
tes, mas não devem esquecer que todas
Você sabia?
Para saber mais sobre a Política Nacional Para refletir... elas devem estar norteadas pelo interesse
de Educação Permanente para o Controle
da população, reconhecendo a necessi-
A função de conselheira e conselheiro de Social o livro “Política Nacional de Educação Não é função das conselheiras e dos dade de saúde do território. Cabe a todos
saúde é de relevância pública e, portanto, Permanente para o Controle Social no conselheiros o encaminhamento de negociar soluções, ou seja, discutir e bus-
garante sua dispensa do trabalho sem Sistema Único de Saúde - SUS”, disponível pessoas aos serviços de saúde ou a car acordos uns com os outros, visando a
prejuízo para a conselheira ou conselheiro, em: <http://conselho.saude.gov.br/biblioteca/ tentativa de resolver pessoalmente os encontrar as melhores propostas para a
durante o período das reuniões, das
livros/miolo_pep.pdf> problemas apresentados. Quando a
capacitações e das ações específicas do população do município.
conselho de saúde. conselheira e o conselheiro tomam a A conselheira e o conselheiro
Conduta ética das conselheiras e decisão de tentar resolver pessoalmente devem estar preparados para os conflitos,
conselheiros essas questões, correm o risco de que são inevitáveis, e para discussões,
É importante também que a beneficiar apenas alguns e acabar próprias do processo democrático. Devem
conselheira e o conselheiro municipal de Quando uma conselheira e um prejudicando os demais. buscar agir com habilidade e paciência e,
saúde reflitam sobre o seu próprio papel. conselheiro são eleitos para defender acima de tudo, se afastar de interesses
Nesse sentido, a Educação Permanente o direito à saúde, espera-se deles um pessoais, políticos ou corporativistas, com
em Saúde para o Controle Social pode compromisso ético. Assim, deve exercer Representatividade, Autonomia e foco no interesse coletivo.
ser compreendida como “processos a sua função seguindo determinados Conflitos
pedagógicos que contribuem para o valores, princípios, ideais e regras.
desenvolvimento da ação do sujeito social A palavra Ética origina do termo Em relação à representatividade Importante!
em torno do cumprimento do direito à grego ethikos (ethos, ou seja, hábito é importante salientar que a conselheira
saúde e com metodologias participativas, ou costume). Essa palavra se remete à e o conselheiro devem atuar como O Conselho é um órgão independente.
através de processos formais e informais natureza ou caráter do indivíduo. interlocutores de suas bases, não se Assim, a conselheira e o conselheiro
que valorizam as experiências (vivências) A ideia de ética no sentido geral trata do distanciando da entidade ou do movimento não podem se intimidar diante de
/ 70 das pessoas” (Brasil, 2006). discernimento entre certo e errado, em termos que o indicou, porém devem representar pressões e conflitos com o Poder
morais. Este, entretanto, trata-se de um conceito / 71
e defender os interesses de toda a Público, porque sua atuação é garantida
subjetivo. Assim sendo, trabalha-se a ética como
padrões de comportamento socialmente aceitáveis.
sociedade. por lei.
Para refletir... (...) A conselheira e o conselheiro nem
A ética impõe padrões de pensamentos; afirmações sempre defenderão propostas semelhan-
e ações que orientam pessoas, a agir corretamente.
Você considera vivenciar ações
Envolve um repensar sobre a própria vida e as
educativas no cotidiano do conselho de posturas adotadas no trabalho, nas organizações,
saúde? nos espaços onde participamos, incluindo aspectos
como compreensão, tolerância, empenho,
Como você tem percebido a
entusiasmo, firmeza, gratidão, honestidade,
educação permanente em saúde em seriedade, sigilo, solidariedade, flexibilidade e zelo.
sua atuação como conselheira ou Assim, eventuais atos ilícitos praticados pelas
conselheiro? conselheiras e conselheiros, no exercício de suas
funções ou a pretexto de, pode gerar a aplicação
Como você pode constituir de sanções civis e até mesmo penais.(Serviço
espaços de aprendizagem no trabalho em Social da Indústria de Mato Grosso, 2017).
meu dia a dia? Assim, eventuais atos ilícitos prati-
Porque a educação permanente cados pelas conselheiras e conselheiros,
é importante para seu exercício como no exercício de suas funções ou a pretexto
conselheira e conselheiro de saúde? de, pode gerar a aplicação de sanções ci-
vis e até mesmo penais.
e da informação, bem como da qualidade usada em todo o material do conselho;
Comunicação, mobilização, divulgação, destas, como atestam os relatórios das
produzindo camisetas e crachás para
conferências nacionais de saúde, que as
das ações do conselho com a sociedade consideram ferramentas imprescindíveis
ao exercício do controle social.
identificação das conselheiras e dos
conselheiros;
e educação popular em saúde A divulgação das atividades
realizadas pelo conselho e de seus usando programas de rádio e televisão,
objetivos faz com que a comunidade local principalmente das rádios comunitárias;
entenda a importância do seu trabalho
e o valorize. Isso contribui para que o usando o sistema de som de entidades,
Conselho se fortaleça perante a Secretaria movimentos sociais, igreja;
de Saúde. Caso os gestores da saúde local
não tenham interesse em que o Conselho apresentando peças teatrais sobre a
cumpra seu papel, a comunidade pode importância do Conselho;
Atividade 2 Desenvolvimento
se manifestar a favor, pressionando os
O(a) docente realizará exposição dialogada
gestores a aceitarem o Conselho e o seu fixando cartazes sobre o Conselho em
Conhecendo mais sobre do texto 3 permitido ao participante expor
papel no controle social. locais importantes, como hospitais, postos
Comunicação, Mobilização possíveis dúvidas;
de saúde, farmácias, supermercados,
O conhecimento das ações do
e Divulgação das ações do conselho é importante para despertar na bancas de jornal, etc.;
Tempo estimado: 40min
Conselho com a Sociedade comunidade o interesse pelo controle social.
A partir do momento em que as pessoas distribuindo panfletos;
Objetivo
Aprimorar conhecimentos a cerca da percebem que a atuação do Conselho
pode melhorar a qualidade dos serviços visitando moradores;
/ 72 Comunicação, Mobilização e Divulgação
das ações do Conselho com a Sociedade. de saúde recebidos pela população, mais / 73
pessoas se interessam em participar, pois produzindo um boletim impresso do
veem que sua participação pode gerar Conselho enviado-o via correio e e-mail
resultados positivos para a comunidade. para instituições e pessoas cadastradas.
Quando o Conselho divulga suas Uma dica para baratear custo e integrar
ações para a comunidade, ele exerce um a divulgação das políticas setoriais é
importante papel, conscientiza a população organizar um único jornalzinho ou boletim
Texto 3 da importância do controle social.
Conscientizadas, essas pessoas poderão
com informações de todos os conselhos
municipais;
ser os futuros membros do conselho.
fazendo reuniões periódicas (talvez uma
Comunicação, Mobilização e Divulgação das ações do O Conselho pode ser criativo na hora por ano) com a comunidade local para
Conselho com a Sociedade de divulgar suas ações: divulgar as atividades do conselho e
discutir com um público mais abrangente
criando um blog, um jornalzinho ou um as questões que demandam maior
Comunicação, Mobilização e da sociedade nesses fóruns coletivos. É gibi; participação direta da população local;
Divulgação das ações do Conselho também por meio da comunicação e da
com a Sociedade informação que as decisões deliberadas criando páginas na internet ou utilizando veiculando informação sobre o conselho
são repassadas à sociedade. Significa, a página de outras instituições/entidades, em website do órgão gestor;
A comunicação e a informação são portanto, que o exercício do controle como o Conselho Estadual de Saúde;
requisitos essenciais para as relações social, além de condições políticas e realizando atos junto aos movimentos e
sociais e são fundamentais para a tomada de infraestrutura, depende também de desenvolvendo uma logomarca que será entidades sociais e populares.
de decisões e a viabilização da participação investimentos no campo da comunicação
construir territórios e sujeitos saudáveis.


Importante! A educação popular se expressa a
partir do saber e da vida dos participantes,
Conferências de Saúde
Cada Conselho deve conhecer a realidade de questionar as distâncias e hierarquias,
dos moradores do seu município, das e pela construção de uma cidadania crítica
regiões, dos bairros, e também conhecer que busca a transformação da sociedade
para que seja menos injusta, menos
como as pessoas se comunicam. Assim fica
Atividade 3 Cada grupo apresentará em plenária os
mais fácil definir qual a melhor estratégia de desigual, menos geradora de sofrimento principais pontos abordados e conclusões
comunicação e a linguagem a ser utilizada (NESPOLI, 2016). Organizando as Conferências para a organização de uma conferência de
em cada localidade. Cabe às conselheiras e conselheiros, de Saúde saúde;
refletir sobre a potencialidade da educação Ao final, o (a) docente poderá tecer co-
popular no processo de reorientação dos Objetivo mentários sobre as apresentações.
Educação popular em Saúde (EPS) modelos de atenção à saúde, no sentido Discutir sobre os principais passos para
de fortalecer a participação social e os a organização de uma Conferência de Tempo estimado: 2h
Ao pensarmos nas relações entre o espaços democráticos nos territórios, Saúde.
Conselho e a comunidade, seja divulgando promover um trabalho coletivo e práticas de Sugestão de Temas para as conferências
as atividades, seja estabelecendo outros cuidado que articulem saberes populares Recursos Necessários (cada grupo escolhe um tema abaixo ou
diálogos com a população, é importante e científicos, combater as iniquidades Pincel atômico, papel kraft, papel A4, fita pode sugerir outros temas)
discutirmos o conceito da Educação sociais e respeitar a diversidade de crepe 1. Saúde direito de todos e dever do
Popular em Saúde. A educação popular culturas existentes (NESPOLI, 2016). Estado, o SUS que temos e o SUS que
parte da premissa de que cada sujeito Desenvolvimento queremos.
detém saber sobre si, sobre seu corpo, Os (as) participantes formarão 4 grupos, 2. Saúde das mulheres: Desafios para a
seu modo de vida e cuidado, sua família, elegerá um dos municípios dos quais são
/ 74 Para refletir... integralidade com equidade.
seu trabalho, sua comunidade, suas representantes como referência para esta 3. Direito, conquistas e defesa de um SUS / 75
necessidades, entre outros. Todos detêm atividade;
Construímos espaços para a participação público de qualidade.
algum tipo de saber, ninguém vive só na Os grupos farão a leitura do Texto 4 e do
popular na gestão dos serviços e nas 4. Saúde, cidadania e políticas públicas.
ignorância e, também, “ninguém educa quadro 4 “Organização de Conferências
ações de saúde? Ouvimos a população 5. Todos usam o SUS! SUS na seguridade
ninguém, ninguém educa a si mesmo, os de Saúde”;
de fato? Quando ouvimos, o que fazemos social - política pública, patrimônio do povo
homens se educam entre si, mediatizados Em seguida, escolherão um dos temas de
com suas necessidades e seus desejos? brasileiro.
pelo mundo” (FREIRE, 2005, p. 78). conferência propostos a seguir;
Respeitamos a diversidade de pessoas, 6. Efetivando o SUS – Acesso, qualidade
A educação popular compartilha De acordo com esse tema elaborar todos
suas escolhas e crenças? e humanização na atenção à saúde com
conceitos com a educação permanente os passos para a realização da conferência controle social.
em saúde, mas enquanto a EPS tem em de Saúde. 7. SUS: Nenhum Direito a Menos.
vista o trabalho, a educação popular tem
em vista a cidadania. A educação popular
prevê a valorização das sabedorias
populares, das expressões culturais locais Texto 4
e da participação popular, compreendendo
que assumir um lugar de questionamento
e de proposição de práticas educativas Conferências de
capazes de fortalecer a população para saúde
se organizar e lutar pelo direito à saúde
significa lutar pelo direito à educação,
à moradia, ao lazer, à alimentação, ao A Conferência de Saúde é um SUS em determinada localidade (estado
transporte, à cultura, ao saneamento e a espaço institucional utilizado para avaliar ou município) e para a proposição de
tantas outras coisas fundamentais para se a política de saúde e o funcionamento do diretrizes e de políticas na área de saúde.
Para isso, o SUS deve contar, em cada dos setores da Comissão Organizadora
esfera de governo, sem prejuízo das Importante! devem iniciar seus trabalhos com Para outras informações de como organizar
uma conferência acesse:
funções do Poder Legislativo, com as antecedência para garantir o cumprimento
http://ces.saude.mg.gov.br/wp-content/
seguintes instâncias colegiadas (Lei O processo de eleição dos conselheiros dos objetivos. Vale destacar que a
uploads/2016/06/PASSO-A-PASSO-
8142/1990): Conferência de Saúde e não deve ocorrer durante as conferências comissão organizadora das conferências CONFER%C3%8ANCIAS.pdf
Conselho de Saúde. de saúde. é dividida em outras comissões para
Em Minas Gerais, o Conselho Estadual facilitar os trabalhos. Veja abaixo algumas
de Saúde recomenda que o processo de comissões mais comuns: Vamos pensar: O que precisamos
renovação do Conselho ocorra por Edital para organizar a conferência municipal de
de Chamamento Público, com divulgação Relatoria – Responsável por organizar o saúde do meu município?
Objetivos das Conferências de Saúde
dos prazos para o processo de renovação tema, os trabalhos em grupo, as propostas Veja a seguir alguns lembretes para
dos Conselhos Distritais Regionais e e o relatório final. organização das Conferências Municipais
avaliar a situação da saúde na União,
Comissões Locais de Saúde, assim como, de Saúde:
Estado Distrito Federal ou no Município;
a publicização das normas para que Infraestrutura – Responsável por organi-
formular as diretrizes para a política de
associações e movimentos sociais possam zar o local, o credenciamento, o almoço, o
saúde na localidade, por meio da eleição
participar. Essa iniciativa busca assegurar lanche, o transporte etc.
de prioridades na área de saúde;
a legitimidade das Conferências para o
subsidiar a elaboração do Plano Nacional
seu fim principal e que o processo de Comunicação e Mobilização – Respon-
de Saúde, do Plano Estadual de Saúde ou
composição do Conselho ocorra em outro sável por organizar o material gráfico, os
do Plano Municipal de Saúde.
momento. materiais de divulgação e promove a mo-
bilização para acontecer a conferência.

/ 76 De acordo com a Resolução nº Você sabia? Podem haver outras comissões, de acordo
453/2012, é competência do Conselho com cada realidade e necessidade. / 77
Que as conferências Nacionais devem
de Saúde a convocação e a organização
ocorrer a cada 4 anos, mas as conferências
das Conferências de Saúde, bem como a
Estaduais e Municipais de Saúde podem
estruturação da comissão organizadora. ocorrer em intervalo menor de tempo, como,
Compete ao Conselho, ainda, convocar por exemplo, a cada 2 anos?
Quadro 4 - Organização de Conferências de Saúde
a sociedade para a participação nas
pré-conferências e nas Conferências de A Conferência Municipal de Saúde Realização das Atividades
Saúde. deve ter sua organização e suas normas
Quando não houver Conselho de Atividade Como fazer? Observações
de funcionamento definidas em regimento
Saúde constituído ou em atividade no
próprio, aprovadas pelo Conselho
município, caberá ao Conselho Estadual
Municipal de Saúde (Lei nº 8142/90) e A escolha deve se feita com Importante utilizar espaços
de Saúde assumir, junto ao Executivo
contar com 50% da participação das bastante antecedência, e públicos como escolas,
municipal, a convocação e realização da Data e local do evento levando em conta o número auditórios etc.
usuárias e usuários, 25% de representantes de delegados e a capacidade
Conferência Municipal de Saúde, que terá
do governo, dos prestadores de serviços e financeira.
como um de seus objetivos a estruturação
25% das trabalhadoras e dos trabalhadores
e a composição do Conselho Municipal.
de saúde.
A mesma regra é aplicada ao Conselho Deve ser o mais representativo possível. Uma Conferência com menos
É importante que todo o processo de de 50 delegados, mesmo para Município de pequeno porte, é pouco
Nacional de Saúde no âmbito de sua
organização e realização das conferências representativa. Tomar por base o número de instituições dos usuários
competência. Número de Delegados para propor o número de delegados, caso não tenha associações fazer
seja o mais transparente possível, pré-conferência e tirar os delegados. Após a listagem dos delegados dos
possibilitando assim a participação de toda usuários, que representam 50% do total, devem ser listados os demais:
trabalhadores da saúde (25%) e os gestores e prestadores públicos e
a sociedade. privados, que representam os 25% restantes.
Cada membro ou grupo de pessoas

Deve se definir o tema central e Quando a Conferência é etapa


A conferência deve ter a A definição de dia e horário
de delegados e a capacidade duração de no mínimo 8 horas, deve ser de acordo com a
financeira. Período de realização contudo se a abertura for realidade de cada local. O mais
realizada na noite anterior ao importante é que seja em dias e
dia do evento, facilitará os horários que as pessoas
trabalhos. Se possível realize a possam participar.
Deve ser o mais representativo possível. Uma Conferência com menos
conferência num período de 2
de 50 delegados, mesmo para Município de pequeno porte, é pouco
dias reservando 1 turno para os
representativa. Tomar por base o número de instituições dos usuários Realização das Atividades
trabalhos de grupo.
Número de Delegados para propor o número de delegados, caso não tenha associações fazer
pré-conferência e tirar os delegados. Após a listagem dos delegados dos
Realização das
usuários, que Atividades
representam 50% do total, devem ser listados os demais: Atividade Como fazer?
trabalhadores da saúde (25%) e os gestores e prestadores públicos e
Atividade privados,
Como que representam
fazer? os 25% restantes. Observações Documentos a serem Elaborados

Deve se definir o tema central e Quando a Conferência é etapa Tem por finalidade convocar legalmente a Conferência pelo Prefeito
A escolha deve se feita com Importante utilizar espaços
os subtemas, que devem estar da Conferência Nacional Municipal de acordo com o regimento do Conselho de Saúde. Deve ser
Temas bastante antecedência, e públicos como escolas,de Decreto de Convocação
relacionados aos problemas e Saúde, o tema já é definido pelo publicado de acordo com os trâmites legais do Município. Pode ser
Data e local do evento levando em conta o número auditórios etc.
propostas de mudança do Conselho Nacional de Saúde. convocado pelo Conselho e ou Secretário, em caso de recusa do
de delegados e a capacidade
sistema de Saúde no Município. Prefeito, e ou quando a Lei assim o permitir.
financeira.

Tem por finalidade publicar as decisões do conselho e as normas de


Deve ser o mais representativo possível. Uma Conferência com menos organização e funcionamento da Conferência. Pode ser expedida 1(uma)
de Podem ser convidadas
50 delegados, mesmo pessoas de fora da de
para Município cidade, contudo
pequeno estas
porte, devem
é pouco
Portarias ou Resoluções ou mais, sendo que a primeira nomeia a comissão organizadora, delimita
ter conhecimento da realidade local e facilidade para falar para o público
Palestrantes representativa. Tomar por base o número de instituições dos usuários suas funções e expede normas de funcionamento da Conferência e das
em geral.
para proporÉo importante
número deprivilegiar
delegados, também
caso nãoas tenha
pessoas da comunidade,
associações fazer Pré-Conferências.
Número de Delegados aproveitar as experiências do Município.
pré-conferência e tirar os delegados. Após a listagem dos delegados dos
usuários, que representam 50% do total, devem ser listados os demais:
trabalhadores da saúde (25%) e os gestores e prestadores públicos e O regimento apresenta o processo organizativo da Conferência e
privados, que representam
São espaços que permitem osuma
25%maior
restantes.
divulgação da conferência, pode regulamenta o processo de realização da Plenária Final. Deve estar claro
Regimento o papel dos delegados e ser aprovado em Conferências Municipais de
ter várias finalidades: escolher os delegados, principalmente onde não
tem associações formais; estimular a Conferências Municipais de Saúde Saúde reunião do Conselho. Os delegados podem alterar o regimento
Pré-conferências e a participação popular; levantar os problemas de saúde; levantar dados durante a Conferência.
Deve se definir
primários para oelaborar
tema central e
as diretrizes daQuando a Conferência
política de saúde. é etapa
/ 78 Temas os subtemas, que devem estar da Conferência Nacional de
relacionados aos problemas e Saúde, o tema já é definido pelo Devem ser elaborados dentro das normas técnicas de documentos / 79
propostas de mudança do Conselho Nacional de Saúde. Convites e Ofícios
oficiais e arquivados com cópias com o recebido do destinatário
sistema de Saúde no Município.
É preciso definir de onde vem os recursos e qual o valor, e este valor é
que vai direcionar todos os itens citados anteriormente. Contudo, não
Despesas com a deve ser um fator limitador da qualidade do evento, alguns municípios Depois da definição do período de realização, temas, subtemas, tempo
Conferência tem solicitado o apoio do comércio local e de instituições públicas e Programação de apresentação de cada palestrante, trabalhos de grupo, deve ser
privadas
Podem sere convidadas
da própria comunidade.
pessoas de fora da cidade, contudo estas devem elaborado o programa final observando os seguintes itens:
ter conhecimento da realidade local e facilidade para falar para o público
Palestrantes
em geral. É importante privilegiar também as pessoas da comunidade, • Horário de credenciamento e entrega de material
aproveitar as experiências do Município. • Abertura (considerando atrasos)
Definir quantas pessoas além dos delegados participarão do evento. Os
convidados são autoridades locais, secretários de saúde da região e • Duração de cada mesa redonda ou conferência
palestrantes e os demais participantes são: profissionais de saúde, • Tempo para debate
São espaços que
universidades, permitem uma
professores, maior divulgação
suplentes de delegados da conferência, pode
e demais pessoas • Intervalos para lanche e almoço
ter
de várias
outras finalidades:
instituições. escolher
Devem ser osdefinidos
delegados, de principalmente onde não
acordo com o tamanho do • Duração dos trabalhos de grupo
Participantes • Duração da plenária final
tem
localassociações
e a capacidadeformais; estimulardoa Município.
de recursos Conferências Municipais de Saúde
Pré-conferências e a participação popular; levantar os problemas de saúde; levantar dados
primários para elaborar as diretrizes da política de saúde.
A conferência deve ter a A definição de dia e horário
duração de no mínimo 8 horas, deve ser de acordo com a
Organização Geral
Período de realização contudo se a abertura for realidade de cada local. O mais
Érealizada
preciso definir de onde
na noite vemaoos recursos
anterior e qual o évalor,
importante e este
que seja emvalor
dias ée
que
dia vai
do direcionar todos os itens
evento, facilitará os citadoshorários
anteriormente.
que Contudo, não
as pessoas Devem ser feitas no mínimo 20 dias antes da Conferência, através de
Despesas com a deve ser um
trabalhos. Sefator limitador
possível daaqualidadepossam
realize do evento, alguns municípios
participar. ofício e devem ser confirmadas as presenças na semana que antecede o
Conferência tem solicitadonum
conferência o apoio
períododo de
comércio
2 local e de instituições públicas e evento. Nos casos dos delegados escolhidos nas Pré-Conferências,
privadas e da própria
dias reservando comunidade.
1 turno para os Convocação dos confirmar com os mesmos: presença, local, se precisa de transporte e
trabalhos de grupo. Delegados outras informações no caso de hospedagem.

Definir quantas pessoas além dos delegados participarão do evento. Os Devem ser enviados com mais de um mês de antecedência, com
convidados são autoridades locais, secretários de saúde da região e solicitação de confirmação, em caso de haver impossibilidade de
palestrantes e os demais participantes são: profissionais de saúde,
Documentos a serem Elaborados Convite aos Palestrantes participação, pedir de imediato nome do representante ou substituto.
universidades, professores, suplentes de delegados e demais pessoas Após confirmação, passar dados de transporte e hospedagem, uma
Participantes de outras instituições. Devem ser definidos de acordo com o tamanho do semana antes voltar a confirmar presença
local e a capacidade de recursos do Município.
•grupo
Tempodevem
para debate
ser organizados o grupo que quer participar, não
• Abertura (considerando atrasos)
•conforme
Intervalos opara lanche
tempo e almoço
disponível esquecendo de observar a
• Duração de cada mesa redonda ou conferência Realização das Atividades
•para
Duração dos trabalhos de grupo
realização dos mesmos. paridade e número de pessoas
• Tempo para debate
•ODuração da plenária final
temas a serem discutidos
• Intervalos para lanche e almoço
Realização
• Duração dosdas Atividades
trabalhos de grupo Atividade no Como
grupo fazer?
devem estar Observações
• Duração da plenária final relacionados ao tema central e
Atividade Como fazer? Observações subtemas da Conferência
Organização Geral
A escolha deve se feita com Importante utilizar espaços
bastante antecedência, e públicos como escolas,
Organização Geral
A escolha deve se feita com Importante utilizar espaços Data e local do evento levando
Tem por em conta
finalidade o número
aprovar as
Devem ser feitas no mínimo 20 dias antes auditórios
Quando etc.
a Conferência
da Conferência, tiver
através de
bastante antecedência, e públicos como escolas, de delegados
propostas
ofício eser
a capacidade
e devemapresentadas
confirmadaseas presençascomonafinalidade
semana que escolher
antecedeoso
Data e local do evento levando em conta o número auditórios etc. financeira.
moções Nos
evento. se existirem
casos dos e escolher delegados
delegados escolhidos naspara a Conferência
Pré-Conferências,
Devem ser feitas no mínimo 20 dias antes da Conferência, através de Convocação dos
de delegados e a confirmadas
capacidade as presenças na semana que antecede o delegadoscom
confirmar paraosamesmos:
Conferência Estadual,
presença, local, deve de
se precisa sertransporte
reservadoe
ofício e devem ser
financeira. Delegados Estadual,
outras quando no
informações for caso
o caso. um espaço de tempo para a
de hospedagem.
evento. Nos casos dos delegados escolhidos nas Pré-Conferências, Plenária Final Todo o processo de conclusão escolha dos mesmos. O
Convocação dos confirmar com os mesmos: presença, local, se precisa de transporte e Deve ser o mais
da plenária final representativo
deve estar no possível.número
Uma Conferência com menos
de delegados de cada
Delegados outras informações no caso de hospedagem. de 50 delegados,
Regimento. Antes mesmo
do seu para Município de pequeno porte, é pouco
início
Devem ser enviados com mais de um Município
mês deé antecedência,
estabelecido pelo
com
Deve ser o mais representativo possível. Uma Conferência com menos representativa.
deve se explicar Tomar por base
as regras paraemo número de instituições dos usuários
solicitação de confirmação, caso Conselho Nacional e ou
de haver impossibilidade de
Númeroaos
de Delegados para propor o número de delegados,
os nomecaso não tenha associações fazer
de 50 delegados, mesmo para Município de pequeno porte, é pouco
Devem ser enviados com mais de um mês de antecedência, com
Convite Palestrantes os delegados
participação, e negociar
pedir de imediato Conselho
do Estadual.
representante ou substituto.
representativa. Tomar por base o número de instituições dos usuários pré-conferência
conflitos. e tirar os delegados. Após a listagem dos delegados dos
Após confirmação, passar dados de transporte e hospedagem, uma
solicitação de confirmação, em caso de haver impossibilidade de usuários, que representam 50% do total, devem ser listados os demais:
Númeroaos
de Delegados para propor o número de delegados, caso não tenha associações fazer semana antes voltar a confirmar presença
Convite Palestrantes participação, pedir de imediato nome do representante ou substituto.
pré-conferência e tirar os delegados. Após a listagem dos delegados dos trabalhadores da saúde (25%) e os gestores e prestadores públicos e
Após confirmação, passar dados de transporte e hospedagem, uma privados, que representam os 25% restantes.
usuários, que representam 50% do total, devem ser listados os demais:
semana antes voltar a confirmar presença
trabalhadores da saúde (25%) e os gestores e prestadores públicos e Convite para compor a ÉDeve ser enviadoque
um documento no mínimo
registra duas semanas
as decisões daantes do evento,
Conferência, mandar
o mesmo
privados, que representam os 25% restantes. junto ser
deve programação.
divulgado no Município e encaminhado cópia para o Conselho
Mesa de Abertura
Estadual de Saúde. É importante
central e que as instituições que participaram
Convite para compor a Deve ser enviado no mínimo duas semanas antes do evento, mandar Deve se definir
da Conferência,
o tema
recebam uma cópia do
Quando a Conferência é etapa
relatório. O relatório final deve
Mesa de Abertura junto programação. Temas os subtemas, que devem estar da Conferência Nacional de
apresentar as principais discussões da Conferência e detalhar
Deve se definir o tema central e Quando a Conferência é etapa O Relatório Final relacionados aos problemas e
Ver com osapresentadas
propostas palestrantes opelos tipo dediversos
Saúde, o tema já é definido pelo
explanação e material
grupos. a ser usado ana
Descreveremos
os subtemas, que devem estar propostas de mudança do Conselho Nacional de Saúde.
Temas da Conferência Nacional de explanação.
seguir alguns Em caso
pontos da Secretária não dispor, reservar com
relacionados aos problemas e
Material áudio-visual sistema de Saúde no que devem
Município. conter no relatório:
Saúde, o tema já é definido pelo antecedência,
a) Introdução solicitar empréstimo
– colocando ou aluguel
aspectos geraisdedeequipamento.
organizaçãoTestarda
Ver com os palestrantes
propostas de mudança o tipodode explanação e material
Conselho Nacionala ser usado na
de Saúde. todo o equipamento
Conferência antes do evento.
e metodologia;
Material áudio-visual explanação. Em caso da
sistema de Saúde no Município. Secretária não dispor, reservar com
antecedência, solicitar empréstimo ou aluguel de equipamento. Testar b) Resumos dos temas e subtemas apresentados – não é preciso
todo o equipamento antes do evento. descrever a fala de todos os palestrantes e sim o resumo. É bom pedir
aPodem
cada palestrante
ser convidadas uma pessoas
síntese da desua
foraapresentação;
da cidade, contudo estas devem
/ 80 Nas pastas deve conter o regimento, a programação, folhas
c) Propostas - devem ser apresentadas
ter conhecimento da realidade local e facilidade todas para
as propostas
falar paraou
de blocos
cada
o público
Palestrantes para
grupo, anotações,
organizadas Lápis
por ou
temas caneta e outros
específicos; materiais que a comissão / 81
Podem ser convidadas pessoas de fora da cidade, contudo estas devem Arrumação das Pastas em geral. É importante privilegiar também as pessoas da comunidade,
organizadora
d) Conclusão
aproveitar julgar
deve-seimportante.
as –experiências fazer
do uma avaliação da Conferência;
Município.
Nas pastas deve conter
ter conhecimento o regimento,
da realidade a programação,
local e facilidade folhas
para falar paraouo público
blocos
Palestrantes para anotações, Lápis ou caneta e outros materiais que a comissão e) Quando for escolhido os delegados para a Conferência Estadual ou
Arrumação das Pastas em geral. É importante privilegiar também as pessoas da comunidade,
Nacional.
organizadora
aproveitar as julgar importante.
experiências do Município. Podem ser feitos impressos na gráfica como também no computador da
São espaços
Secretaria. que permitem
Usando a mesmauma logomaior divulgação
do certificado da conferência,
e dos pode
demais materiais
ter divulgação
de várias finalidades:
da escolherÉos
Conferência. delegados,diferenciar
aconselhável principalmente
os onde não
crachás dos
Podem ser feitos impressos na gráfica como também no computador da Crachás tem associações formais; estimular
São espaços que permitem Fonte: Adaptado de CONASEMS, 2003. delegados, dos participantes, pode aser
Conferências
através da Municipais
cor do crachá de Saúde
ou do
Secretaria. Usando a mesmauma logomaior divulgação
do certificado da conferência,
e dos pode
demais materiais Pré-conferências e a participação popular; levantar
ter várias finalidades: escolher os delegados, principalmente onde não cordão. Lembramos ainda que os
na problemas
identificaçãode saúde; levantarde
do delegado dados
ser
Crachás de divulgação da Conferência. É aconselhável diferenciar os crachás dos primários para elaborar as diretrizes da política de saúde.
tem associações formais; estimular a Conferências Municipais de Saúde colocada a sua condição de prestador, trabalhador ou usuário.
delegados, dos participantes, pode ser através da cor do crachá ou do
Pré-conferências e a participação
cordão. Lembramos popular; levantar
ainda que na os problemas de saúde;
identificação levantardedados
do delegado ser
primários para elaborar as diretrizes da política de saúde.
colocada a sua condição de prestador, trabalhador ou usuário. Importante!
É preciso definir
Objetiva de onde vem
sintetizar os os recursos A divisão
e qual odos grupos
valor, deve
e este valorser
é
Delegada e delegado que vai
problemas direcionar todos
levantados os itens
e citadosfeita pela própria
anteriormente. comissão
Contudo, não
Despesas com a é a pessoadeve eleita
ser um fator limitador organizadora. Em municípios
É preciso definir de onde vem formular propostas sobre da a qualidade do evento, alguns
Objetiva sintetizar os os recursos e qual dos
A divisão o valor, e este
grupos valor
deve seré Conferência
em encontro,
que vai direcionar todos os itens citados anteriormente.
feita pela própriaContudo, não
comissão Trabalhos de conferência
Grupo local, regional,
tem solicitado o apoio
política Municipal de Saúde do comércio grandes
local e de que a inscrição
instituições for feita
públicas e
Despesas com a problemas levantados e privadas e da própria comunidade. com antecedência, pode-se até
deve ser propostas
formular um fator limitador
sobre daa qualidade do evento, alguns
organizadora. municípios
Em municípios municipal ou estadual, que representa
para um período determinado
Conferência
Trabalhos de Grupo tem solicitado o apoio
política Municipal de Saúde do comércio local e
grandes de instituições
que a públicas
inscrição for feitae no Regimento, os trabalhos de solicitar que o delegado indique
determinado segmento da sociedade.
grupo devem ser organizados o grupo que quer participar, não
privadas e da própria comunidade.
para um período determinado com antecedência, pode-se até
Durante as conferências tem direito a voz
conforme o tempo disponível esquecendo de observar a
no Regimento, os trabalhos de solicitar que o delegado indique Definir quantas pessoas além dos delegados participarão do evento. Os
para realização dos mesmos. paridade e número de pessoas
grupo devem ser organizados o grupo que quer participar, não convidados
e voto que pode sugerir, propor e votar nas são autoridades locais, secretários de saúde da região e
esquecendo de observar a O temas a serem
palestrantes discutidos
e os demais participantes são: profissionais de saúde,
conforme o tempo disponível
Definir quantas pessoas além dos delegados participarão do evento. Os
para realização dos mesmos. paridade e número de pessoas propostas. no grupo devem
universidades, professores, estar
suplentes de delegados e demais pessoas
convidados são autoridades locais, secretários de saúde da região e relacionados ao tema central eser definidos de acordo com o tamanho do
O temas a serem
palestrantes e os discutidos
demais participantes são: profissionais de saúde, Os regimentos e
Participantes regulamentos de
de cada
outras instituições. Devem
subtemas da Conferência
local e a capacidade de recursos do Município.
no
universidades, devem
grupo estar
professores, suplentes de delegados e demais pessoas Conferência definem como as delegadas e
relacionados ao tema central
de outras instituições. Deveme ser definidos de acordo com o tamanho do
Participantes subtemas da Conferência delegados serão eleitos.
local e a capacidade de recursos do Município.
ATemconferência deve
por finalidade ter as
aprovar a A definição
Quando de dia e horário
a Conferência tiver
duração de no mínimo
propostas apresentadas e 8 horas, deve ser de
como finalidade acordo com osa
escolher
Período de realização contudo
A conferência deve ter asa A definição de dia e horário moções seseexistirem
a abertura for
e escolher realidade depara
delegados cadaa local. O mais
Conferência
Tem por finalidade aprovar Quando a Conferência tiver realizada
duração de no mínimo 8 horas, deve ser de acordo com a delegadosnaparanoite anterior ao
a Conferência importante é que seja em
Estadual, deve ser reservadodias e
Período de realização propostas apresentadas e como finalidade escolher os dia do evento,
contudo sese a abertura for realidade de cada local. O mais Estadual, quando facilitará os
for o caso. horários que as
um espaço de tempo para apessoas
moções existirem e escolher delegados para a Conferência Plenária Final trabalhos. Se possível realize a possam participar.
as comissões devem pactuar entre e interestaduais de atenção à saúde para
Instância de Pactuação, Comissões si a organização e o funcionamento o atendimento da integralidade da assis-
das ações e dos serviços de saúde tência.
Intergestores e Plano diretor de integrados em redes de atenção à
Comissão Intergestores Tripartite
saúde. São espaços para planejar,
Regionalizaçao (PDR) negociar e entrar em acordo sobre como
colocar em prática as políticas públicas na
(CIT)

área da saúde. A Comissão Intergestores Tripartite


Nas Comissões Intergestores, os (CIT) é integrada por representantes da
gestores públicos de saúde poderão ser União, dos estados e dos municípios. É
representados pelo Conselho Nacional vinculada ao Ministério da Saúde para
de Secretários de Saúde (Conass), efeitos administrativos e operacionais.
pelo Conselho Nacional de Secretarias O Plenário da CIT é composto por
Municipais de Saúde (Conasems) e 21 membros, sendo: 7 do Ministério da
pelo Conselho Estadual de Secretarias Saúde, que são os titulares das Secretarias;
Atividade 4 7 do Conselho Nacional de Secretários
Municipais de Saúde (Cosems).
Conhecendo mais sobre as Desenvolvimento de Saúde (CONASS); e 7 do Conselho
Instâncias de Pactuação, O(a) docente realizará exposição dialogada As Comissões Intergestores Nacional de Secretarias Municipais de
Comissões Intergestores e do Texto 5 permitido ao participante expor pactuarão: Saúde (CONASEMS).
PDR possíveis dúvidas; I - aspectos operacionais, financeiros e
administrativos da gestão compartilhada Comissão Intergestores Bipartite (CIB)
Objetivo Tempo estimado: 40min do SUS, de acordo com a definição da
Compreender melhor as Instâncias de
/ 82 política de saúde dos entes federativos, A CIB é estabelecida no âmbito do
Pactuação, Comissões Intergestores e
consubstanciada nos seus planos de estado, vinculada à Secretaria Estadual / 83
PDR.
saúde, aprovados pelos respectivos de Saúde para efeitos administrativos e
conselhos de saúde; operacionais. Essa comissão estadual
II - diretrizes gerais sobre Regiões de é constituída também de forma paritária
Saúde, integração de limites geográficos, por representantes do governo estadual e
referência e contra-referências e demais dos secretários municipais de saúde. Os
aspectos vinculados à integração das representantes do governo estadual são
ações e dos serviços de saúde entre os indicados pelo Secretário de Estado da
entes federativos; Saúde e os representantes dos secretários
Texto 5 III - diretrizes de âmbito nacional,
estadual, regional e interestadual, a
municipais de saúde são indicados pelo
Conselho de Secretários Municipais de
respeito da organização do sistema de Saúde dos estados (COSEMS), órgão de
saúde, principalmente no tocante à gestão representação do conjunto dos municípios.
Instâncias de Pactuação, Comissões Intergestores e institucional e à integração das ações e
dos serviços dos entes federativos; Comissões Intergestores Regionais
Plano Diretor de Regionalização (CIR)
IV - responsabilidades dos entes federati-
vos no sistema de saude, de acordo com
o seu porte demográfico e seu desenvolvi- A CIR é instância colegiada de
mento econômico-financeiro, estabelecen- articulação, negociação e pactuação dos
do as responsabilidades individuais e as aspectos de gestão do Sistema Único de
De acordo com o Decreto nº 7.508, pactuação consensual entre os entes
solidárias; e Saúde no âmbito da Região de Saúde,
de 2011, as Comissões Intergestores federativos para definição das regras da
V - referências das regiões intra-estatuais com a finalidade de fortalecer a identidade
são definidas como instâncias de gestão compartilhada do SUS. Assim,
sanitária regional, por meio do debate direcionar a descentralização com vistas
dos problemas comuns, com destaque na
Atenção Primária, Vigilância em Saúde e
à promoção de maior e mais adequada
acessibilidade dos usuários, considerando
os conselhos de saúde e órgãos
Assistência Farmacêutica, da busca por
soluções conjuntas, do compartilhamento
os princípios da integralidade, da equida-
de e da economia de escala. O propósito
de controle
de recursos, culminando na consolidação de um PDR da saúde é constituir um dos
das ações e serviços de saúde ofertados à pilares para estruturação e descentraliza-
população. ção dos sistemas de co-gestão e organiza-
ção dos serviços de saúde, tendo em vista
Comissão Intergestores Regional
Ampliada (CIRA)
possibilitar o direcionamento equitativo da
implementação das políticas públicas. O
Texto 6
PDR é, portanto, um instrumento de pla-
A Comissão Intergestores Regional nejamento em saúde, ao estabelecer uma
Ampliada (CIRA) é uma instância colegiada base territorial e populacional para cálcu- Orgãos de
de articulação, negociação e pactuação lo das necessidades, da priorização para controle
dos aspectos de gestão do SUS da Região alocação dos recursos, da descentraliza-
Ampliada, com a finalidade integrar todos ção programática e gerencial.
os níveis de ações e serviços de saúde.
Saiba mais!
Plano Diretor de Regionalização (PDR)
Agora nós vamos conhecer os bem como para solicitar informações rela-
Saiba mais sobre o PDR no link: diversos órgãos de controle existentes. tivas à saúde. Ela tem um papel mediador
O Plano Diretor de Regionalização http://www.saude.mg.gov.br/parceiro/ Cada órgão com a sua atuação definida entre o cidadão e as diversas instituições,
/ 84 (PDR) é um instrumento de planejamento regionalizacao-pdr2 contribui para que as ações governamentais entidades e órgãos que prestam serviços
e gestão que, na área da saúde, objetiva / 85
sejam realizadas de acordo com as normas públicos. Por meio da Ouvidoria, o cida-
vigentes e para que a lei seja cumprida. dão pode se manifestar, qualitativa e dire-
Esses órgãos também podem tamente, sobre determinado serviço. É o
auxiliar a atuação das conselheiras e único instrumento de avaliação dos servi-
dos conselheiros de saúde, seja com ços públicos pelo qual o próprio usuário se
o fornecimento de documentos como manifesta sem necessidade de represen-
relatórios, informação e transparência tação.
para o cidadão, seja no recebimento de A Ouvidoria busca de equilíbrio
denúncias etc. Veja abaixo como cada entre os entes envolvidos – cidadão,
órgão atua. órgãos e serviços, fortalecendo o SUS e a
defesa do direito à saúde da população por
Ouvidorias da Saúde meio do incentivo à participação popular e
da inclusão do cidadão no controle social.
A Ouvidoria trata-se de um espaço É função da Ouvidoria de Saúde efetuar
de cidadania e também um instrumento o encaminhamento, a orientação, o
que contribui com a gestão do SUS, bus- acompanhamento da demanda e o retorno
cando a melhoria da qualidade no atendi- ao usuário, com o objetivo de propiciar
mento conferido ao cidadão e prezando uma resolução adequada aos problemas
pela otimização dos serviços prestados apresentados, de acordo com os princípios
no âmbito da saúde pública. É mais um e diretrizes do SUS (REZENDE, 2016).
espaço para manifestar reclamações, su- A Ouvidoria é também considerada
gestões, solicitações, denúncias, elogios, uma ferramenta de escuta do cidadão
que tem como objetivo tornar os dados
um instrumento de gestão e assim
incluir o cidadão no processo de decisão
das políticas públicas. Ela tem o papel
“fundamental de corrigir o desequilíbrio
existente entre o cidadão e o Estado,
constituindo-se, de um lado, como valioso
sistema intergovernamental de defesa
dos direitos e dos interesses individuais
e coletivos e, por outro lado, como um
eficiente instrumento de controle de
administração pública” (BRASIL, 2005).
Você sabe como acessar as
Ouvidorias do SUS?

Você pode acessar a Ouvidoria do Ministério da Saúde pelo telefone:

Disque Saúde

136
/ 86
/ 87

Ouvídoria Geral do SUS


A ligação é gratuita

E também através da internet ou Correios: Auditoria do SUS técnica e financeira do SUS em todo
território nacional, em cooperação técnica
A auditoria do SUS tem um papel com estados, municípios e Distrito Federal. 
importante no combate ao desperdício Os relatórios de auditoria do
Internet: formulário disponível no site: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-minis- dos recursos públicos, na avaliação do Departamento de Auditoria do Sistema
terio/principal/secretarias/sgep/doges-departamento-de-ouvidoria-geral-do-sus/ouvidoria- desempenho dos seus agentes, observando Único de Saúde (Denasus), unidade
-g-sus> se as suas ações estão voltadas à garantia da Secretaria de Gestão Estratégica
do acesso, à integralidade do cuidado, à e Participativa do Ministério da Saúde
Correios: Departamento de Ouvidoria-Geral do SUS/DOGES; Endereço: SAF Sul, Trecho
equidade, às melhorias dos indicadores de (SGEP/MS), podem ser acessados por
2, lotes 5 e 6, Edifício Premium, Torre I, 3º andar, sala 305; CEP: 70070-600 – Brasília/DF
saúde, à humanização do atendimento e qualquer pessoa, física ou jurídica, sem
à inclusão do controle social, permitindo a necessidade de apresentar motivo. Na
transparência e garantindo as informações consulta estão disponíveis as auditorias
e as prestações de contas à sociedade.  encerradas, ou seja, os relatórios
O Sistema Nacional de Auditoria (SNA) concluídos pelo SNA. Veja a seguir o
é responsável por coordenar a avaliação passo a passo para acessar aos relatórios:
/ 88
atividade desejada;

Fonte: BRASIL, 2017


Siga os seguintes passos:

6. Clicar no botão Consultar;


equipamento do interessado.

tela, abaixo do título Sistemas;

de consulta UF e escolher a sigla da unidade;

informações, os demais campos podem ser preenchidos);

7. Na lista de atividades clicar em Relatório na coluna Consulta.


5. Na caixa Tipo de Atividade, escolher a desejada (dispondo das outras
4. Na caixa de consulta Municípios, escolher aquele onde foi realizada a
2. Na página do SNA, clicar no botão Consulta Auditorias, à esquerda na
Documento), bastando que o software Adobe Acrobat esteja instalado no
Passo a passo - Os relatórios estão no formato PDF (Formato Portátil de

3. No mapa do Brasil que surge, clicar no Estado desejado ou abrir a caixa


1. Acessar a página do SNA no endereço sna.saude.gov.br/ (sem www)

Órgãos de Controle e suas atribuições


Órgão/ O que fazem? Fontes para Fonte e saiba mais
Descrição
Entidades consultas

Tribunal de Órgão federal de Aprecia as contas anuais do Presidente da República; fiscaliza a Constituição Disponível em:
Contas da controle externo aplicação dos recursos da União repassados a estados, DF e municípios; Federal/88 art. 71 a <http://portal.tcu.g
União (TCU) apura as denúncias apresentadas por qualquer cidadão; auxilia o 74 e 161. ov.br/institucional/c
Congresso Nacional na realização do controle da União e das entidades Outras leis específicas onheca-o-tcu/com
da administração direta e indireta que recebem bens ou valores federais. trazem em seu texto petencias>
Encontram-se submetidas ao controle externo exercido pelo TCU pessoas atribuições conferidas
físicas e jurídicas, entidades públicas e privadas que: ao Tribunal. Entre
• Utilizam, arrecadam, guardam, gerenciam, aplicam ou administram essas estão a Lei de
dinheiros, bens e valores públicos federais ou pelos quais a União Responsabilidade
responde; Fiscal (LC 101/2001),
• Assumem, em nome da União, obrigações de natureza pecuniária; a Lei de Licitações e
• Ocasionam perda, extravio ou outra irregularidade que resulte em dano Contratos (8666/93)e,
ao erário. (Informações completas no site do TCU). anualmente, a Lei de
Diretrizes
Orçamentárias

Controladoria Órgão federal de Examina a aplicação dos recursos; assistir direta e imediatamente ao As competências da Disponível em:
Geral da União controle interno que Presidente da República no desempenho de suas atribuições; realizar CGU foram definidas <http://www.cgu.g
(CGU) faz parte do poder auditorias e fiscalizações para verificar a aplicação do dinheiro público; pela Lei n° 10.683, de ov.br>.
executivo instaurar sindicância e processo administrativo; dar andamento a 28 de maio de 2003 e
denúncias de lesão ao patrimônio público; fiscalizar a implementação dos pelo Decreto nº 8.109,
programas do governo. Realizar atividades relacionadas à defesa do de 17 de setembro de
patrimônio público e ao incremento da transparência da gestão, por meio 2013
de ações de controle interno, auditoria pública, correição, prevenção e
combate à corrupção e ouvidoria.

Ministério Órgão de controle Defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais Constituição Disponível em:
Público da externo a e individuais disponíveis; promove e fiscaliza a lei; zela pelo efetivo Federal/88 art. 127 a <http://www.brasil.
União (MPU) administração pública respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública 130 gov.br/governo/20
assegurado na CF. Fiscaliza o cumprimento das leis que defendem o 10/01/ministerio-p
patrimônio nacional e os interesses sociais e individuais, fazer controle ublico>.
externo da atividade policial, promover ação penal pública e expedir
recomendação sugerindo melhoria de serviços públicos.
Pertencem ao Ministério Público da União (MPU): o Ministério Público
Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público
Militar (MPM), Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
/ 89

Tribunal de Órgão de controle Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado e Constituição Estadual Disponível em:
Contas externo da gestão sobre elas emitir parecer prévio. O controle externo exercido pelo Tribunal art. 76, Lei <http://www.tce.m
Ministério dinheiros,
Defesa dabens e valores
ordem públicos
jurídica, federais
do regime democrático
ou pelose quais
dos interesses
a União sociais Responsabilidade
Constituição Disponível em:
Órgão de controle
Público da responde;
e individuais disponíveis; promove e fiscaliza a lei; zela pelo efetivo Fiscal (LC 101/2001),
Federal/88 art. 127 a <http://www.brasil.
externo a
Assumem, nome da natureza pecuniária; a Lei de Licitações
130 e

/ 90
União (MPU) administração pública • respeito dosemPoderes Públicos
União,eobrigações
dos serviços
de de relevância pública gov.br/governo/20
• assegurado
Ocasionam na perda,
CF. extravio
Fiscalizaou outra irregularidade
o cumprimento das leisque
queresulte em dano
defendem o Contratos (8666/93)e, 10/01/ministerio-p
ao erário. (Informações
patrimônio completas
nacional e os interessesnosociais
site doeTCU).
individuais, fazer controle anualmente, a Lei de ublico>.
externo da atividade policial, promover ação penal pública e expedir Diretrizes
recomendação sugerindo melhoria de serviços públicos. Orçamentárias
Pertencem ao Ministério Público da União (MPU): o Ministério Público
Órgão/ Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Fontes para
Descrição O que fazem? Fonte e saiba mais
Entidades Militar (MPM), Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). consultas
Controladoria Órgão federal de Examina a aplicação dos recursos; assistir direta e imediatamente ao As competências da Disponível em:
Geral da União controle interno que Presidente da República no desempenho de suas atribuições; realizar CGU foram definidas <http://www.cgu.g
Tribunal
Tribunal
(CGU) de de Órgão
faz federal
poderde Aprecia as
auditorias
Apreciar as contas
e fiscalizações
contas anuais
prestadasdo Presidente
para verificar
anualmente da República;
a aplicação
pelo Governadorfiscaliza
do dinheiro a
dopúblico;
Estado e pela Constituição
Lei n° 10.683,
Constituição Estadualde ov.br>.
Disponível
Disponívelem:em:
Órgão
partede
docontrole
Contas
Contasda controle externo
executivo aplicação
instaurar
sobre elas dos
emitirrecursos
sindicância parecer da União
e processo
prévio. administrativo;
Orepassados
controle externo estados,
adar andamento
exercido municípios;
a
DF epelo Tribunal 28 Federal/88
de maio deart.
art. 76, 2003
Lei 71ea <http://portal.tcu.g
<http://www.tce.m
externo da gestão
União (TCU)
Estadual (TCE) denúncias
apura as de
compreende denúncias
lesão aoapresentadas
patrimônio
a fiscalização por
público;
contábil, qualquer
fiscalizar
financeira, cidadão; auxilia
a implementação
orçamentária, o dos
operacional 74 e 161.
Decreto nº 8.109,
pelo Complementar ov.br/institucional/c
g.gov.br>.
de recursos públicos
Congresso
programas do Nacional
governo. na realização
Realizar do
atividadescontrole da União
relacionadas
e patrimonial e abrange os aspectos de legalidade, legitimidade, do àe das
defesa entidades deOutras
17 de leis específicas
setembro
nº 102/2008 art. 2 de a4 onheca-o-tcu/com
estadual e municipais
da administração
patrimônio
economicidadepúblico edireta e indireta
ao incremento
e razoabilidade da
de que
atos recebem
transparência
que gerem bens daou valores
gestão,
receita federais.
por
ou despesameio trazem2013em seu texto petencias>
presta auxílio ao
deEncontram-se
pública. submetidas
ações de controle interno,ao auditoria
controlepública, exercido pelo
externocorreição, TCU pessoas
prevenção e atribuições conferidas
Poder
combate
físicas eà jurídicas,
corrupçãoentidades públicas e privadas que:
e ouvidoria. ao Tribunal. Entre
Legislativo
• Utilizam, arrecadam, guardam, gerenciam, aplicam ou administram essas estão a Lei de
Ministério dinheiros,
Defesa da ordem valores públicos
bens ejurídica, do regime federais ou pelos
democrático quais
e dos interesses
a União sociais; Responsabilidade
Constituição estadual Disponível:
Instituição
Ministério
Público Órgão de controle responde;
Defesa
fiscalizar
da aordem jurídica,
aplicação de quaisquer democrático
do regimerecurso e dos interesses
repassados ou recebidos sociais
pelo Fiscal (LC 101/2001),
art.Constituição
119 a 123 e Lei Disponível em:
<https://www.mpm
permanente,
Público da
Estadual Assumem,
•individuais
eestado; em nome
disponíveis;
examinar da União,
promove
a legalidade e fiscaliza
de obrigações
ato ade
lei;natureza
dos procedimentoszela pelo pecuniária;
licitatórios
efetivo de a Lei
nº de Licitações
Federal/88
8625/93 art.
art.127
26 aae <http://www.brasil.
g.mp.br/conheca-o
essencial
externoà afunção
União (MPU)
(MPE) administração pública • Ocasionam
respeito
modos especial perda,
dos Poderes Públicos
dos editais,
extraviodasou outra
e dos
atas irregularidade
serviços
de de relevância
julgamento eque pública
dosresulte em dano
contratos Contratos 130(8666/93)e,
27 gov.br/governo/20
-mpmg/o-que-e/>.
jurisdicional do
ao erário.
assegurado
celebrados. (Informações
na CF. completas
Fiscaliza o no
cumprimento site do
dasTCU).
leis que defendem o anualmente, a Lei de 10/01/ministerio-p
Estado
patrimônio nacional e os interesses sociais e individuais, fazer controle Diretrizes ublico>.
Órgão central do
externo da atividade policial, promover ação penal pública e expedir Orçamentárias
Sistema de Controle
Interno do Poder recomendação sugerindo melhoria de serviços públicos.
Executivo do Estado Pertencem ao Ministério Público da União (MPU): o Ministério Público
de Minas Gerais. Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público
Controladoria Órgão federal de Examina
Militar a aplicação
(MPM), Ministériodos recursos;
Público do Distrito
assistirFederal
direta eeimediatamente ao
Territórios (MPDFT). As competências da Disponível em:
Geral da União controle interno que Presidente da República no desempenho de suas atribuições; realizar CGU foram definidas <http://www.cgu.g
(CGU)
Controladoria faz parte do poder auditorias e fiscalizações
Auditoria-Geral: responsável verificar
parapelas a aplicação
fiscalizações das dinheiro público;
dolicitações, pela Lei n° 10.683, de ov.br>.
Disponível em:
Órgão central do
Tribunal de
Geral do Órgãoexecutivo instaurar
Apreciar assindicância
contas e processo
prestadas administrativo;
anualmente pelo dar andamento
Governador
concessões, convênios de saída, transferências às entidades, a
do Estado e
programas Constituição de 2003 e
28 de maio Estadual Disponível em:
<http://www.cge.m
Sistema dedecontrole
Controle
Contas
estado (CGE) externo denúncias
sobre elas de lesão
emitir ao
parecer patrimônio
prévio. O público;
controle fiscalizar
externo a implementação
exercido
governamentais, auditorias orçamentária, financeira, contábil e pelo dos
Tribunal Decreto
peloart. nº 8.109,
76, Lei <http://www.tce.m
g.gov.br/sobre/insti
Internoda
dogestão
Poder
Estadual (TCE) de públicos programas do
compreende
patrimonial. governo. Realizar
a fiscalização atividades
contábil, financeira, relacionadas
orçamentária, à defesa do
operacional 17 de setembro de
deComplementar g.gov.br>.
tucional/organogra
Executivo
recursosdo Estado
estadual e municipais patrimônio
patrimonialpúblico
eCorregedoria-Geral: e ao
e abrange osincremento
responsável
aspectosporde transparência
legalidade,
dacoordenar da gestão,
elegitimidade,
aplicar por meio
o regime nº 102/20082013
art. 2 a 4 ma>.
de Minas Gerais.
presta auxílio ao de ações
economicidade de controle
e interno,
razoabilidade auditoria
de atos pública,
que gerem correição,
receita prevenção
ou despesa
disciplinar dos servidores públicos estaduais (Lei nº 869, de 5 de julhoede
Poder combate
pública.
1952). à corrupção e ouvidoria.
Trimestralmente, a CGE divulga os relatórios do Cadastro dos
Legislativo Servidores Públicos Civis Excluídos da Administração Pública Estadual
(CEAPE), constando os nomes dos servidores envolvidos com práticas
Ministério
Ministério Órgão de controle
Instituição Defesa
Defesada
ilícitas daordem
ordemjurídica,
comprovadas. jurídica,dodoregime
regimedemocrático
democráticoe edos dosinteresses sociais
interessessociais; Constituição
Constituição estadual Disponível em:
Disponível:
Público da externo a
permanente, e individuais
fiscalizar a disponíveis;
aplicação de promove
quaisquer e fiscaliza
recurso a lei;
repassados zela
Subcontroladoria de Governo Aberto (SGA): tem por objetivo promover ou pelo efetivo
recebidos pelo Federal/88
art. art.
119 a 123 e 127
Lei a <http://www.brasil.
<https://www.mpm
União (MPU)
Estadual administração
essencial pública
à função respeito
estado; dos Poderes
examinar a Públicos
legalidade de e dos
ato dosserviços de relevância
procedimentos
a integridade e a ética no setor público e privado,incentivar a pública
licitatórios de nº 8625/93130
art. 26 a gov.br/governo/20
g.mp.br/conheca-o
(MPE) jurisdicional do assegurado
modos especial
transparência nados
pública Fiscaliza
CF.editais, daso cumprimento
e o acesso atas das
de julgamento
à informação nosleis dos defendem
que contratos
eórgãos e entidadeso do 27 10/01/ministerio-p
-mpmg/o-que-e/>.
Estado patrimônio
celebrados.
Poder nacional
Executivo e os interesses
Estadual, fomentando sociais e individuais,
a participação fazer controle
da sociedade civil ublico>.
Órgão central do externo
na atividade policial, promover ação penal pública e expedir
gestãodapública
Sistema de Controle recomendação sugerindo melhoria de serviços públicos.
Interno do Poder Pertencem ao Ministério Público da União (MPU): o Ministério Público
Congresso Executivo do Estado Discutir
Federalo(MPF),
sistemaMinistério
tributário,Público do Trabalho
a arrecadação (MPT), Ministério
e distribuição Público
de rendas; o Constituição Federal / Disponível em:
Órgão constitucional-
Nacional Minas Gerais. Militar (MPM), Ministério Público do Distrito Federal
plano plurianual, as diretrizes orçamentárias, o orçamento anual dee Territórios (MPDFT). 88 - Art. 48 a 52 <https://www.cong
que
de exerce no âmbito
federal, as funções operações de crédito; aprovar leis e fiscalizar o estado brasileiro. ressonacional.leg.
do br/portal/congress
Tribunal de
Controladoria Órgão de controle
Órgãocentral do Apreciar as contas
Auditoria-Geral: responsável anualmente
prestadaspelas pelo Governador
fiscalizações do Estado e
das licitações, Constituição Estadual Disponível em:
Disponívelem:
o/atribuicoes>.
Poder Legislativo.
Contas
Geral do externo
Sistema deda gestão
Controle sobre elas emitir
concessões, parecer
convênios de saída, O controle externo
prévio.transferências às entidades, pelo Tribunal
exercido programas art. 76, Lei <http://www.tce.m
<http://www.cge.m
Estadual
estado (TCE)
(CGE) de recursos
Interno públicos
do Poder compreende a fiscalização
governamentais, contábil, financeira,
auditorias orçamentária, orçamentária,
financeira, contábil e operacional Complementar g.gov.br>.
g.gov.br/sobre/insti
Assembleia estadual
Executivo do municipais
Estado e patrimonial
patrimonial.
Discutir e abrange
e elaborar os aspectos
leis, fiscaliza o Poderde Executivo legitimidade,
legalidade,estadual tanto em Constituição art. 2 a 4
nº 102/2008 Estadual tucional/organogra
Disponível em:
Órgão de erepresenta-
Estadual depresta
Minas auxílio
Gerais.ao economicidade
Corregedoria-Geral:
relação e razoabilidade
à utilização responsável
dos recursosde atos
por que gerem
coordenar
financeiros e aplicar
receitao ou
e patrimoniais despesa
regime
como na - ma>.
<http://www.almg.
ção do poder Legisla-
Poder pública.
disciplinar
edição dedos
normasservidores públicos estaduais
regulamentadoras; representar 869,
(Lei nºos interesses
de 5 de dos de
julhovários Art. 52 a 55 gov.br/a_assemble
tivo
Legislativo
que se compõe de 1952).
setoresTrimestralmente,
da sociedade, intermediando os relatórios do
a CGE divulgapoliticamente os conflitos
Cadastroque dos ia/entenda_assem
representante do Servidores
surgem. Públicos Civis Excluídos da Administração Pública Estadual bleia/index.html>.
Ministério Instituição Defesa
(CEAPE),
Você da
pode ordem jurídica,
constando
acompanhar do regime
os nomes
todas as democrático
servidores
dosatividades e dos interesses
daenvolvidos
Assembleia com sociais;
de práticas
Minas: Constituição estadual Disponível:
povo
Público permanente, fiscalizar
ilícitas
Debatescomprovadas.
eavotações quaisquer
aplicaçãonodePlenário recurso
e nas repassados
comissões; ou recebidos
Audiências públicaspelo
na art. 119 a 123 e Lei <https://www.mpm
eleito na forma da lei
Estadual função Subcontroladoria
Capital
estado;eexaminar a legalidade
de
no interior; Governo
Eventos de ato dos
deAberto
educação procedimentos
(SGA):
paratem licitatórios
por objetivo
a cidadania; de
promover
Seminários nº 8625/93 art. 26 a g.mp.br/conheca-o
(deputados
essencial àestadu-
(MPE) jurisdicional do modos especial
integridade
alegislativos; e a ética
Fóruns editais,
no setordas
dostécnicos; atas
público
Ciclos dede julgamento
privado,incentivar
edebates; Debates acontratos
e dospúblicos. 27 -mpmg/o-que-e/>.
ais)
Estado transparência
celebrados. pública e o acesso à informação nos órgãos e entidades do
Órgão/ Órgão central do Poder Executivo Estadual, fomentando a participação da sociedade civil Fontes para
Descrição O que fazem? Fonte e saiba mais
Entidades
Câmara de Sistema de Controle
Órgão legislativo da na
Elaborar
gestão regimento
pública interno próprio, a fim de disciplinar os procedimentos consultas
Constituição Federal/ -
Vereadores Interno do Poder
administração dos relacionados às funções de legislar e fiscalizar. 88 - Art. 29 a 31
Executivo do
municípios Estado
exercidos
Tribunal de Órgão federal de Aprecia as contas anuais do Presidente da República; fiscaliza a Constituição Disponível em:
Congresso Órgão Minas Gerais.
de constitucional- Discutir o sistema tributário, a arrecadação e distribuição de rendas; o Constituição Federal / Disponível em:
Contas da pelos vereadores aplicação dos recursos da União repassados a estados, DF e municípios; Federal/88 art. 71 a <http://portal.tcu.g
Nacional controle externo plano plurianual, as diretrizes orçamentárias, o orçamento anual de 88 - Art. 48 a 52 <https://www.cong
que exerce no âmbito
União (TCU) apura as denúncias apresentadas por qualquer cidadão; auxilia o 74 e 161. ov.br/institucional/c
federal, as funções operações de crédito; aprovar leis e fiscalizar o estado brasileiro. ressonacional.leg.
Controladoria Congresso Nacional
Auditoria-Geral: na realização
responsável pelas controle da União
do fiscalizações e das entidades
das licitações, Outras leis específicas onheca-o-tcu/com
Disponível em:
Órgãodocentral do br/portal/congress
Geral do da administração direta e indireta que recebem bens ou
concessões, convênios de saída, transferências às entidades, programas valores federais. trazem em seu texto petencias>
<http://www.cge.m
Sistema
Poder de Controle
Legislativo. o/atribuicoes>.
estado (CGE) Encontram-se
governamentais, submetidas
auditorias controle externo
aoorçamentária, financeira, pelo TCU
exercidocontábil e pessoas atribuições conferidas g.gov.br/sobre/insti
Interno do Poder
físicas e jurídicas, entidades públicas e privadas que:
patrimonial. ao Tribunal. Entre tucional/organogra
Executivo do Estado
Utilizam, arrecadam, guardam,
• Corregedoria-Geral: responsável gerenciam, aplicam
por coordenar ou administram
e aplicar o regime essas estão a Lei de ma>.
Assembleia Órgão Minas
de de Gerais.
representa- Discutir e elaborar leis, fiscaliza o Poder Executivo estadual tanto em Constituição Estadual Disponível em:
dinheiros,
disciplinar bens valores públicos
dos eservidores públicos federais
estaduais ou (Lei
pelosnºquais
869, dea União julho de Responsabilidade
Estadual ção do poder Legisla- relação à utilização dos recursos financeiros e patrimoniais como
5 dena - <http://www.almg.
responde; a CGE divulga os relatórios do Cadastro Fiscal (LC 101/2001),
tivo edição
1952).deTrimestralmente,
normas regulamentadoras; representar os interesses dosdosvários Art. 52 a 55 gov.br/a_assemble
• Servidores
Assumem, Públicos
em nomeCivisda União, obrigações de natureza
da Administração pecuniária;
Estadual a Lei de Licitações e
que se compõe de setores da sociedade, intermediando Excluídospoliticamente os conflitos
Públicaque ia/entenda_assem
Ocasionam
• (CEAPE), perda, extravio
constando os nomesou outra irregularidade
dos servidores que resulte
envolvidos com em dano
práticas Contratos (8666/93)e,
representante do surgem. bleia/index.html>.
ao erário.
ilícitas (Informações completas no site do TCU).
comprovadas. anualmente, a Lei de
povo Você pode acompanhar todas as atividades da Assembleia de Minas:
Subcontroladoria (SGA): tem por objetivo promover Diretrizes
eleito na forma da lei Debates e votações no dePlenário
Governoe Aberto
nas comissões; Audiências públicas na
a integridade e a ética no setor público e privado,incentivar a Orçamentárias
(deputados estadu- Capital e no interior; Eventos de educação para a cidadania; Seminários
ais) transparência
legislativos; pública
Fóruns e o acesso
técnicos; Ciclosàde informação nos órgãos
debates; Debates e entidades do
públicos.
Poder Executivo Estadual, fomentando a participação da sociedade civil
na gestão pública
Controladoria Órgão federal de Examina a aplicação dos recursos; assistir direta e imediatamente ao As competências da Disponível em:
Câmara de Órgão legislativo da Elaborar regimento interno próprio, a fim de disciplinar os procedimentos Constituição Federal/ -
Geral da União controle interno que Presidente da República no desempenho de suas atribuições; realizar CGU foram definidas <http://www.cgu.g
Vereadores administração dos relacionados às funções de legislar e fiscalizar. 88 - Art. 29 a 31
(CGU)
Congresso faz parte do poder auditorias fiscalizações
Discutir oesistema tributário,
paraaverificar
arrecadação a aplicação do dinheiro
e distribuição de rendas;
público;o pela Lei n° 10.683,
Constituição Federal
de / ov.br>.
Disponível em:
Órgão constitucional-
municípios exercidos
Nacional executivo instaurar sindicância e processo administrativo; dar andamento
plano plurianual, as diretrizes orçamentárias, o orçamento anual de a 28 de maio de 2003
88 - Art. 48 a 52 e <https://www.cong
que exerce
pelos no âmbito
vereadores
denúncias
operaçõesdedelesão ao patrimônio
crédito; aprovar leispúblico; fiscalizar
e fiscalizar a implementação
o estado brasileiro. dos pelo Decreto nº 8.109, ressonacional.leg.
federal, as funções
programas do governo. Realizar atividades relacionadas à defesa do de 17 de setembro de br/portal/congress
do
patrimônio público e ao incremento da transparência da gestão, por meio 2013 o/atribuicoes>.
Poder Legislativo.
de ações de controle interno, auditoria pública, correição, prevenção e
combate à corrupção e ouvidoria. Fonte: Adaptado de MINAS GERAIS. 2012, p.28-29.
Assembleia Órgão de representa- Discutir e elaborar leis, fiscaliza o Poder Executivo estadual tanto em Constituição Estadual Disponível em:
Estadual ção do poder Legisla- relação à utilização dos recursos financeiros e patrimoniais como na - <http://www.almg.
Ministério controle
Órgão detivo Defesa
ediçãoda deordem
normas jurídica, do regime democrático
regulamentadoras; representareos dos interesses
interesses sociais
dos vários Constituição
Art. 52 a 55 Disponível em:
gov.br/a_assemble
Público da externo individuais
esetores da sociedade, promove e fiscaliza
disponíveis;intermediando a lei; zela
politicamente os pelo efetivo
conflitos que Federal/88 art. 127 a <http://www.brasil.
ia/entenda_assem
que se compõe
a de
União (MPU) administração pública respeito
surgem.dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública 130 gov.br/governo/20
bleia/index.html>.
representante do
assegurado
Você pode na CF. Fiscaliza
acompanhar o cumprimento
todas as atividadesdas leis que defendem
da Assembleia o
de Minas: 10/01/ministerio-p
povo
patrimônio nacional e os interesses sociais e individuais, fazer
Debates e votações no Plenário e nas comissões; Audiências públicas na controle ublico>.
eleito na forma da lei
externo
Capitalda atividade
e no interior;policial,
Eventospromover
de educação
ação para
penala pública e expedir
cidadania; Seminários
(deputados estadu-
/ 91

recomendação sugerindo melhoria de serviços públicos.


legislativos; Fóruns técnicos; Ciclos de debates; Debates públicos.
ais)
Pertencem ao Ministério Público da União (MPU): o Ministério Público
Anexo 1 - Relação de contatos de órgãos relacionados à atividade
Vivências como Conselheiras e da Conselheira e do Conselheiro Municipal de Saúde:
Conselheiros Órgão/ Contato

Conselho Nacional de Saúde


http://www.conselho.saude.gov.br
Telefone: (61) 3315-2150 / 3315-2151 / 3315-3566
e-mail:cns@saude.gov.br
Endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B. Sala 104B.
Brasília-DF, CEP:70.058-900

Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais


http://ces.saude.mg.gov.br/
Telefone: (031) 3215-7208(031) 3215-7209 - (031) 3215-7210
email: ces@saude.mg.gov.br
Endereço: Rua Rio de Janeiro, 471 - 10º AndarCentro - Belo Horizonte - MGCEP: 30160-040

Atividade 5 Ministério da Saúde


portalsaude.saude.gov.br
Telefone: (61) 3315-2425
Retomando os assuntos Disque Saúde: 136Endereço: Esplanada dos Ministérios Bloco GBrasília-DF / CEP: 70058-900

trabalhados na unidade didática Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais


http://www.saude.mg.gov.br
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Objetivo conselheira e conselheiro municipal de saúde;
Tribunal de Contas da União
Refletir sobre os temas trabalhados nessa Cada grupo elaborará uma síntese das Telefone: 0800-644.1500
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unidade didática relacionando-os com as discussões, argumentando a importância Endereço: Setor de Administração Federal SulSAFS - Quadra 4, Lote 1CEP 70042-900Brasília - DF
experiências dos participantes; desses conteúdos/temas para o
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Recursos Necessários desempenho da função de conselheira e http://www.cgu.gov.br/
/ 92 Telefone: (61) 2020-7019 e 2020-7216E-mail: sic@cgu.gov.br
Pincel atômico, folhas de papel A4, fita conselheiro de saúde. Serviço de atendimento ao Cidadão -, Quadra 01, Bloco A, Edifício Darcy Ribeiro, Brasília/DF - CEP: 70070--
905 / 93
crepe Ao final, o(a) docente promoverá uma
reflexão sobre a aplicação do conteúdo à Ministério Público da União
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Desenvolvimento vida prática da conselheira e conselheiro PABX: (61) 3105-5100
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Os(as) participantes formarão 4 grupos; de saúde.
Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais
Cada grupo discutirá sobre os conteúdos/ https://www.tce.mg.gov.br
temas da unidade didática estudada, Tempo estimado: 40min Telefone: (31) 3348-2111
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relacionando-os com suas vivências como
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à Legitimidade da Ação. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v. 50, n. 3, BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 453, de 10 de
p. 443 – 464, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 19 dez. 2013. maio de 2012. Aprova as seguintes diretrizes para instituição, reformulação, reestruturação
e funcionamento dos Conselhos de Saúde. 2012 a. Disponível em: <http://bvsms.saude.
AVRITZER, L. Conferências Nacionais: ampliando e redefinindo os padrões de participação gov.br/bvs/saudelegis/gm/1996/prt2203_05_11_1996.html>. Acesso em 26 abr.2017.
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consocial.cgu.gov.br/uploads/biblioteca_arquivos/274/arquivo_f4176c9563. pdf>. Acesso BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações para as secretarias executivas dos Conselhos de
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e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3 (três) institucional/conheca-o-tcu/competencias>. Acesso em 26 abr.2017.
esferas de governo; revoga dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, e
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do Sistema Único de Saúde, constituindo, por conseguinte, instrumento imprescindível à
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a deliberação política. Disponível em: <http://www.sndd2014.eventos.dype.com.br/arquivo/
download?ID_ARQUIVO=4152>. Acesso em: 10 fev. 2014.

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processos deliberativos do Conselho Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. 2011. 164 f.
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Janeiro/RJ, 2011.

TORO, B.; WERNECK, N.M.D. F. Mobilização Social: Um modo de construir a democracia


e a participação. UNICEF - Brasil, 1996.

/ 100
Unidade Didática 3

Planejamento e
Orçamento
/ 103
Quadro Referêncial
1º dia

Temática Atividades Tempo Estimado

Planejamento: conceito e Atividade 1 - Discutindo sobre o conceito e


importância importância do planejamento 01h30
Texto 1 – O que é Planejamento

Planejamento no Sistema Dinâmica 1 – Certo ou errado? 01h30


Único de Saúde Texto 2 - Planejamento no SUS

Instrumentos de Planejamento Atividade 2 – Construindo saberes sobre a


no Sistema Único de Saúde prática do plano municipal de saúde
Texto 3 - Plano Municipal de Saúde – PMS 05h
Atividade 3 – Planejando as ações da
Programação Anual de Saúde
Texto 4 - Programação Anual de Saúde – PAS.

V
2º dia

Temática Atividades Tempo Estimado


/ 104
/ 105
Instrumentos de Planejamento Atividade 4 – Conhecendo os Fundamentos
no Sistema Único de Saúde do Relatório Anual de Gestão (RAG), o
(continuação) Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior

anessa Aparecida de Assis Goulart


(RDQA) e o Sistema de Apoio a Construção do
Relatório de Gestão do SUS (SARGSUS) 02h30
Texto 5 - Relatório Anual De Gestão (RAG),
Relatório detalhado do quadrimestre anterior –
RDQA e Sistema de apoio a Construção do
Relatório de Gestão do SUS – SARGSUS
Graduada em Enfermagem pela Universidade Estadual de Minas Gerais (FESP/UEMG), pós-
Introdução ao Orçamento Atividade 5 – Conhecendo o orçamento
graduada em Gestão de Saúde Pública (FINOM), Gestão da Clínica na Atenção Primária Público público
01h30
(SENAC–MG), Gestão Microrregional de Saúde (SENAC– MG), Micropolítica da Gestão e do Texto 6 - Orçamento Público
Trabalho em Saúde (UFF); Docência do Ensino Superior (UCAM–RJ) e Educação Permanente
Atividade 6 – Conhecendo os Instrumentos
em Saúde em Movimento (UFRGS). É especialista em políticas públicas e gestão de saúde Instrumentos Orçamentários Orçamentários (PPA, LOA e LDO)
(EPGS) na Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, lotada na Superintendência Regional Texto 7 - Conhecendo os Instrumentos 02h
de Saúde de Passos, desde 2008, onde realiza atividades ligadas à área de planejamento e Orçamentários (PPA, LOA e LDO)

gestão do SUS. É autora principal do artigo “Controle Social: Conhecer para Agir”, publicado nos Atividade 7 – Conhecendo instrumentos de
Execução, Fiscalização e
anais do 2º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde. Monitoramento do orçamento execução, fiscalização e monitoramento do
Público Orçamento Público
40min
Texto 8 – Execução, Fiscalização e
Monitoramento do orçamento Público

Atividade Final – Refletindo conceitos... 01h20



Introdução Para isso, é importante assegurar o
cumprimento dessas legislações. A gestão
e Instrumentos de planejamento do SUS;

municipal de saúde deve articular-se com Plano de Saúde;


o CMS, oferecendo o suporte necessário
Programação Anual de Saúde (PAS), Rela-
para que o mesmo participe ativamente da tório Anual de Gestão (RAG), Relatório de-
“Devemos planejar o futuro, porque aqueles que ‘ficam’ no presente, permanecerão elaboração, execução, monitoramento e talhado do quadrimestre anterior (RDQA);
no passado.”
Abraham Lincoln avaliação do processo de planejamento e
orçamento em saúde. Desta forma, é fun- Sistema de Apoio a Construção do Relató-
rio de Gestão do SUS (SARGSUS);
damental que todos os atores envolvidos
neste processo aprofundem seus conhe- Orçamento Público.
cimentos sobre as legislações, normas e
conceitos que se referem aos instrumen- Esperamos que você, conselheira
tos de planejamento e execução orçamen- ou conselheiro municipais de saúde, seja
tária do SUS. Assim, ao nos apropriarmos ativo neste processo de qualificação.
O Sistema Único de Saúde (SUS) atores como, conselheiras e conselheiros das legislações, princípios, normas e con- Aproveite para ler os textos sugeridos,
foi criado para atender as necessidades municipais de saúde, usuárias e usuá- ceitos, que envolvem a temática planeja- assistir atentamente aos vídeos e
de saúde da população brasileira, respei- rios, gestoras e gestores, trabalhadoras e mento e orçamento da saúde, possibilita- participar de todas as atividades propostas
tando importantes princípios como univer- trabalhadores e prestadores de serviços. mos não só o fortalecimento do Controle compartilhando seus conhecimentos e
salidade, equidade e integralidade. Mas Frente a este contexto, o processo de ges- Social no SUS, mas também estimulare- experiências construídos durante sua
você, conselheira e conselheiro municipal tão orçamentária deve ser regulamentado mos o protagonismo da sociedade civil no trajetória junto à defesa do SUS. Estimamos
de saúde, certamente já percebeu que as e pautado em princípios que assegurem processo de gestão participativa nas políti- que essa seja uma oportunidade de
necessidades de saúde da população são à população brasileira uma assistência a cas públicas de saúde de nosso país. compartilhar reflexões e conhecimentos
inúmeras e de diferentes complexidades. saúde resolutiva e efetiva. Enfim, esta Unidade Didática tem
/ 106 sobre planejamento e orçamento em
Por isso, se faz necessário refletirmos so- A partir desta reflexão, convido como objetivo abordar os seguintes con- saúde e que este movimento de educação / 107
bre os recursos financeiros destinados ao você, conselheira e conselheiro municipal teúdos: permanente contribua efetivamente na
SUS e sobre os desafios enfrentados pe- de saúde, a relembrar o Decreto nº 7.508 qualificação do planejamento e gestão do
los gestores frente às demandas de saúde de 28 de julho de 2011, que regulamenta Planejamento: conceito e importância;
SUS.
da população. a Lei nº 8080 de 1990, que dentre outras
A partir deste contexto pode-se importantes funções, fortalece o papel dos Planejamento no Sistema Único de Saúde
destacar que o planejamento é um instru- Conselhos Municipais de Saúde (CMS) na
mento de grande importância para auxiliar qualificação da gestão do SUS, ao des-
e qualificar a gestão do SUS, pois dentre tacar a participação estratégica destes
suas diversas funções, auxilia na identifi- conselhos na construção, monitoramento
cação das reais necessidades de saúde e avaliação do planejamento em saúde.
da população e na priorização das ações e Também é importante destacar a Lei Com-
serviços de saúde. plementar nº 141, de 11 de janeiro de 2012
O processo de gestão do orçamen- que regulamenta o artigo 198 da Consti-
to em saúde também tem igual importân- tuição Federal, e ressalta a participação
cia, uma vez que possibilita a priorização dos Conselhos de Saúde na deliberação
das ações e serviços priorizados pelo pla- de diretrizes e prioridades da gestão orça-
nejamento. Cabe ainda complementar, mentária do SUS e também no processo
que os processos de planejamento e ges- de prestação de contas, visibilidade, fisca-
tão orçamentária envolvem três diferentes lização, avaliação e controle da execução
esferas de governo (município, estado e de ações e políticas de saúde, inclusive a
união) por meio da atuação de diversos aplicação dos recursos financeiros.
Planejamento: Conceito e Importância Texto 1
O que é
Planejamento?

“O senhor poderia me dizer, por favor, qual o caminho que devo tomar para
sair daqui?” perguntou Alice, “Isso depende muito de para onde você quer ir”,
respondeu o Gato.“Não me importo muito para onde...”, retrucou Alice.
“Então não importa o caminho que você escolha”, disse o Gato.

Atividade 1 (Alice no país das maravilhas – Lewis Carrol)

Discutindo sobre o conceito e a Em seguida, eles farão a leitura orientada


importância do planejamento do Texto 1, de modo que cada aluno leia um
parágrafo do texto e o docente esclarecerá
Objetivo possíveis dúvidas.
Por meio deste diálogo entre Alice
Refletir sobre o conceito e a importância Para refletir...
Tempo estimado: 01h30 e o Gato, personagens do livro “Alice no
do planejamento.
País das Maravilhas”, iniciamos nossa re-
flexão sobre o conceito de planejamento, Se você deseja alcançar um objetivo de
Recursos necessários Questões
que, de forma resumida, pode ser compre- forma rápida e eficiente, um bom caminho
Computador com acesso à internet ou 1 – Considerando as ações dos personagens
/ 108 endido como o ato de determinar aonde é utilizar estratégias de planejamento.
vídeos em mídias graváveis; Datashow ou principais nos vídeos apresentados, qual / 109
deles planejou? Quem improvisou? Qual a se quer chegar e tomar as decisões que
TV.
importância do planejamento para alcance levarão ao objetivo desejado (TANCRE- O ato de planejar é importante por-
dos objetivos pretendidos? DI; BARRIOS; FERREIRA, 1998). que permite um melhor aproveitamento
Desenvolvimento
2- Você já participou ou propôs alguma O planejamento é uma atividade do nosso tempo e dos nossos recursos,
Os participantes assistirão aos vídeos 1 e
ação de planejamento em seu trabalho ou presente na vida da maioria das pessoas, aumentando as chances de alcançarmos
2, e o docente promoverá uma discussão
nas ações do Conselho de Saúde? em menor ou maior intensidade. Certa- nossos objetivos. (CAMPOS; FARIA; SAN-
abordando as questões a seguir:
mente você, conselheira e conselheiro mu- TOS, 2010).
vídeo 1 Porquinho – Disponível
Compartilhe sua experiência. nicipal de saúde, já planejou uma viagem Mas você, conselheira e conselhei-
em:<https://www.youtube.com/
com a família ou com os amigos, a compra ro, certamente pode recordar momentos
watch?v=LOyX-vgdQGQ>;
de um carro ou ainda uma simples ida ao em que planejou uma determinada ação
supermercado. Certamente você conhece ou situação e mesmo assim não obteve
vídeo 2 Menino - Disponível
pessoas que planejam toda a vida profis- sucesso. Isto acontece porque o planeja-
em:<https://www.youtube.com/
sional pelos próximos 10 ou 20 anos, mas mento não garante o sucesso da ação, mas
watch?v=IcBI_EIgvjI>.
também identifica pessoas que preferem aumenta a probabilidade de que a ação
não planejar e se propõem ao improviso. planejada tenha sucesso. Quanto melhor
Porque planejamos? Relembrando é o planejamento, maiores as chances de
a definição de Tancredi, Barrios e Ferrei- um resultado positivo (CAMPOS; FARIA;
ra (1998), planejamos porque queremos SANTOS, 2010).
alcançar um determinado objetivo, porque Agora que você já conheceu o con-
queremos mudar as “condições insatisfa- ceito e a importância do planejamento no
tórias do presente”, ou ainda evitar proble- cumprimento dos objetivos traçados, va-
mas no futuro. mos refletir sobre a importância do plane-
jamento na gestão do SUS. de. (TANCREDI; BARRIOS; FERREIRA, Figura 1 - Conceito de Planejamento
Vamos iniciar analisando a comple- 1998).
xidade que envolve garantir o funciona- Durante o processo de planejamen-
mento efetivo do Sistema Único de Saúde to das políticas e serviço de saúde, muitas
por meio da resolução das necessidades vezes são definidos objetivos mais com-
de saúde de um município. plexos, que envolvem uma série de atores
Levantar a situação Maior eficiencia
Você já parou para pensar na quan- como gestores, trabalhadoras e trabalha-
atual
tidade e na complexidade das tarefas re- dores da saúde, instituições prestadoras
alizadas pelas instituições de saúde do de serviço, conselhos de saúde e os pró-
seu município e da sua região? Você pode prios usuários do SUS. Nesse momento é
imaginar o volume de recursos e de pes- muito importante contar com um método Extatidão e
determinação

O que é
soas envolvidas na sua realização? E se (forma) de planejamento que possibilite
acrescentarmos ainda o fato de que na a compreensão e o compartilhamento de
Definir o que se
Para conseguir:
Planejar?
saúde, convivemos com situações que uma mesma linguagem (conceitos bási- quer mudar
envolvem a vida de milhões de pessoas e cos, termos e instrumentos) que seja ca-
que podem resultar em doenças, incapa- paz de contribuir para o diálogo e para Melhores
cidades ou mortes? Diante desta análise, efetiva participação de todos os envolvi- Resutados
você considera o planejamento realmente dos na formulação e na operacionalização
importante para a gestão do SUS? Para das ações planejadas. (CAMPOS; FARIA;
você, as técnicas de planejamento podem SANTOS, 2010).
ajudar a gestão do seu município a ofere- Otimização dos
Organizar a ação
esforços e
cer uma assistência à saúde de qualidade futura
investimentos

/ 110
para a população? Para refletir...
A partir desses questionamentos, / 111
Fonte: GOULART, 2017.
podemos compreender a complexidade Uma história antiga diz que um viajante
que envolve a elaboração e o desenvolvi- viu 3 pedreiros trabalhando. Curioso,
mento das políticas públicas de saúde, e perguntou ao primeiro o que estava
assim, concluir que o planejamento é fun- fazendo. A resposta foi seca “estou
damental para administração das ações colocando tijolo sobre tijolo”. Fez a
e serviços do SUS, pois possibilita elevar mesma pergunta ao segundo, que
Neste momento você, conselheira portaria, é que “as atividades de planejamento
a qualidade e a capacidade de resolução respondeu: “Estou levantando um muro”.
e conselheiro municipal de saúde, pode devem ser desenvolvidas de forma individual, por
dos problemas enfrentados no desenvol- O terceiro, com uma visão mais ampliada,
Município, Estado ou pela União, considerando o
estar se perguntando: a gestão do meu
vimento das funções de proteção, promo- disse: “estou construindo uma catedral”. seu respectivo território e as responsabilidades e
município utiliza algum método para
ção, recuperação e reabilitação da saú- atribuições de cada um, definidas pelas normas e
planejar as ações e serviços de saúde?
acordos” (BRASIL, 2013).
Qual a forma correta de fazer esse
No artigo 2º desta portaria, são de-
planejamento?
finidos os instrumentos obrigatórios para
Durante esta unidade didática você
o planejamento no âmbito do SUS, sen-
vai perceber que existem várias legisla-
do eles o Plano de Saúde, as respectivas
ções e normas que regulamentam o pla-
Programações Anuais e o Relatório de
nejamento no SUS. No momento, é impor-
Gestão. A articulação entre estes instru-
tante destacar a Portaria nº 2.135, de 25
mentos compõe um processo cíclico de
de setembro de 2013, que estabelece dire-
planejamento que promove a operaciona-
trizes, ou seja, caminhos para o processo
lização integrada, solidária e sistêmica do
de planejamento no âmbito do SUS. Uma
SUS (BRASIL, 2013).
das definições que está no artigo 1º desta
Para que articular os instrumentos? De acordo com a ideia do triângu- Na relação entre planejamento e Para concluir nossa reflexão sobre
Esta articulação permite que o pro- lo de governo, o processo de gestão está gestão em saúde existem diversas inte- planejamento, deixo aqui o conceito
cesso de planejamento no SUS aconteça diretamente ligado ao planejamento e a rações entre os atores envolvidos neste definido por Huertas (1996) que resume os
de forma dinâmica e permanente. Esta di- capacidade de acumular e gerir recursos processo (gestor, equipe de governo, con- aspectos de planejamento discutidos até o
nâmica é importante porque possibilita que necessários para a execução da propos- selhos de saúde, trabalhadoras e traba- momento:
o planejamento seja ajustado conforme ta. A partir deste conceito é possível que lhadores de saúde, instituições prestado-
Planejar significa pensar antes de agir,
sua necessidade, já que ao considerarmos você, conselheira e conselheiro municipal ras de serviços, etc). (CAMPOS; FARIA; pensar sistematicamente, com método; explicar
as necessidades de saúde da população de saúde, reflita sobre o processo de pla- SANTOS, 2010). Por isso, os gestores de cada uma das possibilidades e analisar suas
de um município, estamos planejando em nejamento em saúde do seu município. saúde, enfrentam o desafio de construir respectivas vantagens e desvantagens; propor-
um cenário de situações que sofrem cons- Para isto é importante que você observe uma gestão participativa, com o envolvi- se objetivos. É projetar-se para o futuro, porque
tantes transformações. (CAMPOS; FARIA; a inter-relação dinâmica entre estes três mento de todos os atores para que se sin- ações de hoje terão sido eficazes, dependendo
SANTOS, 2010). pontos do triângulo. Por exemplo, seu mu- tam comprometidos com os resultados es- do que pode acontecer amanhã e do que pode
não acontecer. O planejamento é a ferramenta
Quando falamos de planejamento nicípio pode ter um bom plano de saúde, perados, buscando construir mecanismos
para pensar e criar o futuro porque contribui com
em saúde pública seria interessante levar mas não tem o apoio da comunidade, ou de governança que garantam o controle
um modo de ver que ultrapassa as curvas do
em consideração mais alguns aspectos, do governo municipal, o que significa que e acompanhamento da sociedade na ro- caminho e chega à fronteira da terra virgem ainda
você conhece ou já ouviu falar sobre o tri- não possui governabilidade para execu- tina da gestão em saúde e a micropolítica não palmilhada e conquistada pelo homem. Essa
ângulo de governo? tar o planejamento. Também existem os de financiamento (SOARES; CORDEIRO, visão ampla serve como suporte das decisões de
O triângulo de governo, ou triângulo casos nos quais o gestor possui governa- 2014). cada dia: os pés no presente e o olhar no futuro
de ferro, foi proposto por Matus, para re- bilidade, mas não tem recursos financei- No contexto da gestão municipal de (HUERTAS, 2012).

presentar as variáveis necessária para um ros para executar o projeto de governo do saúde, podemos entender que um plano
bom governo, que são: Projeto de gover- município, o que significa dizer que não de governo para as ações de saúde do
no, governabilidade e capacidade de go- possui capacidade de governo (CAMPOS; município, como por exemplo, o plano mu- Para refletir...
verno. (CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2010) FARIA; SANTOS, 2010). nicipal de saúde, deve considerar as pro-
/ 112 Na sua vivência de conselheira/
postas dos profissionais e especialistas / 113
em saúde, o projeto político de governo do conselheiro, como você percebe a
Figura 2 - O Triângulo de MATUS respectivo prefeito, e também as propos- dinâmica do planejamento em saúde no

tas vindas da comunidade, que em última seu município? Esse processo considera
Projeto de Governo = Plano que mostra o propósito do
análise, sofre com os problemas que o pla- as reais necessidades de saúde da
P= Projeto de Governo governo ou a direção que o governante pretende
nejamento pretende resolver (SOARES; população?
seguir. (TEIXEIRA, 2010)
P
CORDEIRO, 2014).
Governabilidade = Capacidade de fazer gestão, saber
realizar a gestão, ou seja, potecial de controlar as variá-
veis que influênciam na realização das açoes previstas
no plano de governo (TEIXERA, 2010)
Para refletir...
Capacidade de Governo = Capacidade de condução
dos projetos sociais relacionados as competências
técnicas e os recursos disponíveis relacionados a O Conselho Municipal de Saúde tem um
quatro grandes grupos: econômico (financeiro), cogniti- papel de extrema importância na garantia
vo (relativo ao conhecimeneto, saber e saber fazer),
G C organizativo (forma como a organização se estrutura) e de que as necessidades de saúde da
G= Governabilidade político (capacidade de articulação entre os atores - comunidade sejam inseridas no processo
C= Capacidade de Governar
poder.) (TEIXERA, 2010)
de planejamento.
Fonte: CAMPOS, FARIA E SANTOS, 2010 (adaptado)
mento do governo - a Programação Pluria- vos, compatibilizando-se as necessidades
Planejamento no SUS nual das Ações – PPA, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentá-
da política de saúde com a disponibilidade
de recursos em planos de saúde dos mu-
ria Anual - LOA, tendo relação direta com o nicípios, dos estados, do Distrito Federal e
orçamento disponível para a função saúde da União.
(plano de saúde).
9- ( ) A portaria n. 2135/2013 define que
4- ( ) A elaboração dos instrumentos de os instrumentos para o planejamento no
planejamento estabelecidos pela legisla- âmbito do SUS são:
ção são obrigações condicionantes, inclu-
sive, para o recebimento das transferên- Plano de Saúde (PS) que é instrumento de

Dinâmica I – Certo cias intergovernamentais. prestação de contas do gestor do SUS re-


ferente a cada quadrimestre;

ou errado? 5- ( ) O Decreto n° 7.508, de 2011, esta-


belece o planejamento regional em saúde
Programação Anual de Saúde (PAS) que
operacionaliza as intenções descritas no
como a base para a definição das metas Plano de Saúde;
Objetivo 3º momento: e indicadores do planejamento da política Relatório Anual de Gestão (RAG) que re-
Refletir sobre os pressupostos do plane- Em seguida, os grupos farão a leitura do de saúde, visando conferir maior comple- gistra os resultados alcançados com a
jamento no SUS de acordo com as princi- Texto 2 e retomarão as questões respondi- mentaridade entre as ações a serem de- execução da PAS e norteia eventual redi-
pais legislações do SUS. das associando-as com o texto; senvolvidas de forma integrada pelas três recionamento;
Para finalizar, o docente fará argumenta- esferas de governo. Relatório Detalhado do Quadrimestre An-
Recursos necessários ções aos grupos identificando possíveis terior; que marca as intenções e os resul-
papel A4; pincel atômico, computador; Da- alterações nas respostas. 6- ( ) De acordo com o decreto n° 7.508 de tados a serem alcançados no período de
/ 114 tashow (opcional); 2011, o processo de planejamento no SUS quatro anos, expressos em objetivos, dire- / 115
Tempo estimado: 1h30 devem ser consideradas como essenciais trizes e metas.
Desenvolvimento as pactuações realizadas nas comissões
1º momento: Questões intergestores — CIR, CIB e CIT — uma
Os participantes formarão 6 (seis) grupos 1- ( ) O planejamento em saúde não é vez que esses espaços de governança
para discutirem e responderem as ques- obrigatório para municípios menores que têm a competência de discutir e pactuar
tões propostas a seguir. Cada grupo ele- 30.000 habitantes. de forma permanente a política de saúde
gerá um representante para apresentação e sua execução na construção da gestão
em plenária; 2- ( ) O gestor do SUS não precisa se- compartilhada do SUS.
O docente distribuirá as folhas A4 e os pin- guir as normas gerais de planejamento da
ceis para os grupos e os representantes constituição federal, pois o SUS tem nor- 7- ( ) A Lei 8142/90, dá ênfase à transpa-
escreverão: (C) para as questões certas, mas específicas como as leis específicas rência e à visibilidade da gestão da saú-
(E) para as erradas e (?) para dúvida. que regem o planejamento do SUS. de, demandando que os gestores da saú-
de deem ampla divulgação, inclusive por
2º momento: 3- ( ) A Portaria nº 2.135/2013 reafirma meios eletrônicos de acesso público, das
Em plenária, o docente fará a leitura das quais são os instrumentos de planejamen- prestações de contas periódicas da saúde,
questões, sequencialmente, para que os to e gestão do SUS: o Plano Municipal para consulta e acesso da sociedade.
representantes dos grupos mostrem as de Saúde e suas programações anuais,
respostas consensualizadas e anotadas o Relatório de Gestão e seus relatórios 8- ( ) A Lei n. 8.080/1990 estabelece que o
nas folhas A4; quadrimestrais. Esses instrumentos cons- processo de planejamento e orçamento do
Obs.: Nesta etapa os participantes res- tituem um processo contínuo e interligado SUS será descendente, do nível local até
ponderão as questões sem se preocupa- de planejamento, em consonância com os o federal, ouvidos seus órgãos deliberati-
rem com erros e acertos. instrumentos de planejamento e de orça-
Texto 2
Planejamento no
SUS Quadro 1 – Princípios do Planejamento no SUS

Princípios Conceitos Contexto CMS

1– Planejamento como As atividades de planejamento O planejamento municipal


responsabilidade individual de devem ser realizadas de forma deve estar integrado aos
cada um dos três entes individual por cada município, objetivos do Estado a que ele
federados, a ser desenvolvido Estado e pelo governo federal, pertence e aos objetivos da
de forma contínua, articulada e considerando os limites do seu União. (BRASIL, 2016a).
integrada. território, e as responsabilida-
des de cada um, conforme as
Até o momento, compreendemos normas e legislações vigentes
(MINAS GERAIS, 2017).
que as práticas de planejamento estão Saiba mais!
presentes em todo o processo que é co-
2 - Respeito aos resultados Estas comissões (CIR, CIB e Durante o processo e definição
nhecido como Gestão do SUS, sendo uma Existem várias normas que regulamentam das pactuações entre os CIT) têm a competência de dos objetivos da gestão muni-
ação estratégica da administração pública. o processo de planejamento do SUS, as gestores nas Comissões discutir e pactuar de forma cipal de saúde é preciso consi-
Intergestores Regionais (CIR), permanente a política de saúde derar as pactuações (acordos)
Compreendemos também que o planeja- principais são: Bipartite (CIB) e Tripartite e sua execução na construção realizadas nas comissões
mento no SUS tem por objetivo reorientar - Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990; (CIT). da gestão compartilhada do intergestores (CIR, CIB e CIT).
SUS (BRASIL, 2016a). (BRASIL, 2016a).
os programas e os projetos governamen- - Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990;
/ 116 tais de forma a ampliar a eficiência, a efi- O monitoramento e a avaliação No contexto do planejamento
- Lei Complementar nº 101, de 04 de maio
3- Monitoramento, avaliação e do processo de planejamento municipal de saúde, o / 117
cácia e a efetividade da ação das políticas de 2000; integração da gestão do SUS. permitem aos seus gestores conselho municipal de saúde
de saúde (MINAS GERAIS, 2017). - Lei Complementar nº 141, de 13 de conhecer a forma como está deve participar ativamente
evoluindo o processo, analisar deste processo. (BRASIL,
Os princípios gerais para o planeja- janeiro de 2012; o resultado das ações e ajustar 2016b).
mento público no Brasil estão dispostos ao - Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011; o planejamento sempre que
necessário (BRASIL, 2016b).
longo de um conjunto de normas de diver- - Resolução CNS nº 459, de 10 de outubro
sas naturezas, editadas ao longo de várias de 2012; Para ser ascendente o planeja- A gestão municipal de saúde e
4- Planejamento ascendente e mento deve partir de um con- o CMS definem os objetivos a
décadas. O planejamento no SUS deve se - Portaria nº 2.135, de 25 de setembro de integrado, do nível local até o texto menor (por exemplo, do serem alcançados consideran-
orientar por essas regras como também, federal, orientado por município) até chegar a um do sua realidade local e as
2013. problemas e necessidades de contexto mais amplo como da diretrizes (caminhos) estaduais
pelas Leis Orgânicas, portarias e resolu- saúde para a construção das União, por exemplo. (CONASS, e nacionais que foram constru-
ções mais recentes (BRASIL, 2016a). diretrizes, objetivos e metas. 2003). ídas por meio da discussão
entre os representantes legais
O artigo 16 da Lei nº 8.080/90 atribui dos municípios, estado e união
à esfera nacional do SUS o dever de “ela- Quando falamos em saúde pública, e aprovadas pelo Conselho
Nacional de Saúde. (MINAS
borar o planejamento estratégico nacional devemos considerar também estas GERAIS, 2017).
no âmbito do SUS em cooperação com os importantes diretrizes do planejamento
5- Compatibilização entre os Os instrumentos de planeja- Este é um grande e importante
estados, municípios e o Distrito Federal”. do SUS definidas pela Portaria nº 2135, instrumentos de planejamento mento da saúde são: Plano desafio a ser vencido pela
É importante saber que, os municípios, de 25 de setembro de 2013. Assim, é da saúde e os instrumentos de Municipal de Saúde (PMS), gestão municipal pelo CMS. É
planejamento e orçamento de Programação Anual de Saúde preciso investir concretamente
obrigatoriamente, devem realizar ações preciso que os gestores de saúde e você, governo. (PAS) e, Relatório de Anual de neste processo, pois se trata
de planejamento. A elaboração dos ins- conselheiras e conselheiros municipais de Gestão (RAG) e os instrumen- de uma determinação legal. É
tos de planejamento e orça- preciso, também, aproximar-se
trumentos de planejamento estabelecidos saúde, tenha como base para a execução mento de governo, são: Plano da gestão financeira do SUS e
pela legislação, está condicionada ao re- das respectivas atribuições no processo Plurianual (PPA), Lei de Diretri- qualificá-la cada vez mais
zes Orçamentárias (LDO) e Lei (SANTOS, 2011).
cebimento das transferências intergover- de planejamento os seguintes princípios/ Orçamentária Anual (LOA), em
namentais (BRASIL, 2016a). pressupostos: cada esfera de gestão.

A LC n° 141, de 2012, destaca A gestão municipal de saúde


6- Transparência e visibilidade a obrigatoriedade da transpa- deve assegurar a transparên-
da gestão da saúde, mediante rência e visibilidade das ações cia no processo de elaboração
Gestão (RAG) e os instrumen- de uma determinação legal. É
tos de planejamento e orça- preciso, também, aproximar-se
mento de governo, são: Plano da gestão financeira do SUS e
Plurianual (PPA), Lei de Diretri- qualificá-la cada vez mais

Instrumentos de Planejamento no
zes Orçamentárias (LDO) e Lei (SANTOS, 2011).
Princípios Conceitos
Orçamentária Anual (LOA), em Contexto CMS
cada esfera de gestão.

1– Planejamento como
6- Transparênciaindividual
responsabilidade e visibilidade
de
As
A LCatividades
n° 141, de
a obrigatoriedade
devem
de2012,
planejamento
da de
ser realizadas
destaca
transpa-
forma
AOgestão
deve
planejamento
municipalmunicipal
deveassegurar
de saúde
a transparên-
estar integrado aos
Sistema Único de Saúde
da gestão
cada um dos datrês
saúde,
entesmediante rência e visibilidade
individual por cada das ações
município, cia no processo
objetivos de elaboração
do Estado a que ele
incentivo àaparticipação
federados, da
ser desenvolvido executadas
Estado e pelopela gestão
governo da
federal, epertence
discussãoe dos
aos instrumentos
objetivos da
comunidade.
de forma contínua, articulada e saúde, determinando que
considerando os limites do seu os de
União. (BRASIL,do2016a).
planejamento SUS
integrada. gestores da saúde deem ampla
território, e as responsabilida- (PMS, PAS e RAG e RADQ)
divulgação,
des de cada inclusive por meios
um, conforme as através da submissão dos
eletrônicos
normas de acesso público,
e legislações vigentes mesmos à apreciação dos
das prestações
(MINAS GERAIS, de2017).
contas peri- Conselho Municipais de saúde
ódicas da saúde, para consulta de Saúde e realização de
e acesso da sociedade. audiências públicas (BRASIL,
2 - Respeito aos resultados 2016a).
Estas comissões (CIR, CIB e Durante o processo e definição
das pactuações entre os CIT) têm a competência de dos objetivos da gestão muni-
A análise da situação de saúde Ao identificar e analisar as
gestores nas Comissões discutir e pactuar de forma cipal de saúde é preciso consi-
7 - Concepção do envolve primordialmente o necessidades de saúde da
Intergestores Regionais (CIR), permanente a política de saúde derar as pactuações (acordos)
planejamento a partir das conhecimento adequado e população, a gestão e o Con-
Bipartite (CIB) e Tripartite e sua execução na construção realizadas nas comissões
necessidades de saúde da
(CIT).
população em cada região de
detalhado das condições de
da
vida gestão compartilhada
enfrentada do
nos municípios
selho Municipal de Saúde
intergestores
devem (CIR,
considerar umCIB e CIT).
conceito
Atividade 2 Os participantes formarão 5 ou 6 grupos
saúde, para elaboração de SUS (BRASIL, 2016a).
(CAMPOS, 2013). A mesma (BRASIL, 2016a).
mais amplo de saúde, enten-
Construindo saberes sobre a preferencialmente compostos por repre-
forma integrada. dinâmica acontece na compre- dendo a saúde como uma
O monitoramento
ensão e alocais
das realidades avaliação
em No contexto
condição do além
que vai planejamento
da prática do plano municipal de sentantes de municípios de diferentes.
3- Monitoramento, avaliação e do processo de planejamento
cada Região de Saúde, que ausência de doença e o
municipal de saúde, se
integração da gestão do SUS. permitem saúde De posse das informações da análise si-
considera oaos seus
cenário dosgestores
municí- conselho municipal
caracteriza de saúde
pela garantia de
conhecer
pios que aa compõe
forma como está
(BRASIL, deve
bem participar
estar ativamente
tanto físico e afetivo tuacional do município de Algum Lugar os
evoluindo
2016a). o processo, analisar deste social
quanto processo. (BRASIL,da
e econômico Objetivos
o resultado das ações e ajustar 2016b).
sua população.
grupos devem identificar no mínimo 5 pro-
Conhecer os conceitos, fluxos e prazos e
o planejamento sempre que blemas enfrentados pelo município (matriz
necessário (BRASIL, 2016b). legislações que normatizam a elaboração,
1) e priorizar 3 (matriz 2). O grupo ainda
monitoramento e avaliação do PMS;
Para ser ascendente o planeja- A gestão municipal de saúde e deverá pontuar diretrizes, metas e indica-
/ 118 4- Planejamento
Fonte: ascendente e
GOULART, 2017. mento deve partir de um con- o CMS definem os objetivos a Exercitar a lógica de construção do PMS.
integrado, do nível local até o
dores, preenchendo a Matriz 2.
texto menor (por exemplo, do serem alcançados consideran- / 119
federal, orientado por município) até chegar a um do sua realidade local e as
problemas e necessidades de contexto mais amplo como da diretrizes (caminhos) estaduais Recursos necessários
O Plano de Saúde, as respectivas Em seguida, os grupos construirão o de-
saúde para a construção das União, por exemplo. (CONASS, e nacionais que foram constru-
Para refletir...
diretrizes, objetivos e metas. 2003). Programações Anuais
ídas e oda Relatório
por meio discussão de talhamento do indicador sugerido, preen-
entre os representantes legais Desenvolvimento
Gestão são instrumentos de planejamento chendo a Matriz 3.
dos municípios, estado e união O (a) docente realizará exposição dialoga-
É importante que você, conselheira obrigatórios no eâmbito
aprovadasdo pelo
SUS. No muni-
Conselho
da do Texto 3.
e conselheiro municipal de saúde, cípio, estes instrumentos são de
Nacional de Saúde. respon-
(MINAS Ao final da atividade o(a) docente solicita-
GERAIS, 2017). Em seguida, fará a leitura comentada do
acompanhe o processo de planejamento sabilidade da gestão municipal de saúde, rá a um(a) representante de cada grupo
5- Compatibilização entre os Os instrumentosque de deve Estudo de caso – O município de Algum
em saúde em seu município certificando- utilizá-los
planeja- Este para dar visibilidade
é um grande e importanteàs para apresentar um dos problemas e seus
instrumentos de planejamento mento da saúde são: Plano desafio a ser vencido pela Lugar e esclarecerá as possíveis dúvidas
se
da dos cumprimentos
saúde destes
e os instrumentos de princípios! suas responsabilidades
Municipal de Saúde (PMS), e para
gestão municipal pelodefinir
CMS. Éas desdobramentos.
em relação a compreensão das informa-
planejamento e orçamento de Programação Anualpolíticas municipais
de Saúde deinvestir
preciso saúdeconcretamente
e a forma de
governo. (PAS) e, Relatório de Anual de neste processo, pois se trata ções contidas nos quadros;
utilização dos recursos
Gestão (RAG) e os instrumen-
de saúde (BRASIL,
de uma determinação legal. É Tempo estimado: 3h30
2013).e orça-
tos de planejamento preciso, também, aproximar-se
Saiba mais! Plurianual (PPA), Lei de Diretri-
mento de governo, são: Plano
Então, mãosda gestão financeira do SUS e
a obra! Vamos enten-
qualificá-la cada vez mais
zes Orçamentáriasder os einstrumentos
(LDO) Lei (SANTOS,de 2011).
planejamento do
Orçamentária Anual (LOA), em
Aprofunde seus conhecimentos sobre SUS, que auxiliam os gestores e os con-
cada esfera de gestão.
planejamento no SUS! selhos de saúde neste processo!
Consulte o Manual de Planejamento A LC n° 141, de 2012, destaca A gestão municipal de saúde
6- Transparência e visibilidade a obrigatoriedade da transpa- deve assegurar a transparên-
dano SUS,dadisponível
gestão em: <http://bvsms.
saúde, mediante rência e visibilidade das ações cia no processo de elaboração
incentivo à participação da executadas pela gestão da
saude.gov.br/bvs/publicacoes/articulacao_ e discussão dos instrumentos
comunidade. saúde, determinando que os de planejamento do SUS
interfederativa_v4_manual_planejamento_gestores da saúde deem ampla (PMS, PAS e RAG e RADQ)
atual.pdf>. divulgação, inclusive por meios através da submissão dos
eletrônicos de acesso público, mesmos à apreciação dos
das prestações de contas peri- Conselho Municipais de saúde
ódicas da saúde, para consulta de Saúde e realização de
e acesso da sociedade. audiências públicas (BRASIL,
Fluxos de acesso

Principal referência para atendimento de alta complexidade: município de Miramar,


através do hospital de referência - Hospital Municipal
Estudo de Caso: O município de Lugar Algum Rotas utilizadas: BR-433 - tempo médio de deslocamento: 3,5 horas

(adaptado de Minas Gerais, 2017) Dados epidemiológicos

Principais causas de internação da população: 15% partos; 25% cirurgias; 10% causas
Caracterização sociodemográfica externas; 35% condições sensíveis a atenção básica, 15% outras causas
Principais causas de mortalidade por neoplasias (25%) e doenças do sistema respiratório
População: 25.000 habitantes Região ampliada de saúde: Pinheiros (20%) e cardiovasculares (20%).
Taxa de analfabetismo: 9% Região de saúde: Pequi
Taxa de fecundidade: 2,1 filhos por mulher
Fronteiras: Miramar (ao norte), Pedrinhas (ao Sul) Gestão do SUS
Índice de envelhecimento: 33,9% Densidade demográfica: 2,9 hab/km²
Plano Municipal de Saúde vigente: 2014-2017
Última programação aprovada pelo CMS: (2015)
Estrutura do sistema de saúde, capacidade instalada e redes de atenção Situação do Relatório anual de Saúde 2017 (solicitado ajustes pelo CMS).

Hospital: 1 Filantrópico Policlínica municipal: 1 Recursos financeiros


Número de leitos SUS: 5 Hospitais habilitados em obesidade: 0 Impacto de ações judiciais no orçamento: 30%
Número de leitos privados: 30 Sala de vacina: 3 Recursos próprios destinados à saúde ano de 2015: R$ 2,1 milhões
Unidades de Saúde da Família: 04 Unidades Farmácia de Todos: 1 Repasses da União (2012 a 2015): R$24 milhões (ano) Repasses estaduais (2012 a 2015):
CAPS 1: 1 Ambulâncias: 4 R$30 milhões (ano)
NASF – INOPERANTE Indicadores e Metas da Pactuação Interfederativa para o ano de 2017 aprovados pelo
CMS:
/ 120 Cobertura atenção primária – Meta 2017 70%; alcançado em 2016: 57,14
Unidades de Saúde da Família com Equipe de Saúde Bucal – Meta 2017 50%; / 121
A rede de atenção primária no município alcançado em 2016: 0%.

Realiza ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a


proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, Levantamento dos problemas:
a redução de danos e a manutenção da saúde, materializando-se a partir das unidades
básicas de saúde e suas equipes, perfazendo uma cobertura de 57% da população. O Após analisar os dados e informações obtidas, a equipe deve identificar os problemas e
município possuía ainda um NASF, porém os profissionais foram demitidos na gestão priorizar aqueles de maior urgência e relevância, merecendo uma atenção especial da
passada. gestão.
A rede de saúde mental é constituída pelo centro de atenção psicossocial, que é Alinhando os principais problemas de saúde com o CMS e ouvindo os problemas do
ineficiente para atendimento da demanda atual. município
A atenção especializada composta pela oferta de especialistas em psiquiatria, ginecologia, De posse da análise de saúde municipal, a equipe procurou a mesa diretora do Conselho
cardiologia e ortopedia apresentando uma insuficiência de atendimento da população, Municipal de Saúde para conversarem sobre a realização da conferência municipal de
que tem que ser transferida para o município de “Vizinho” para o atendimento das demais saúde. Descobriram que a última conferência realizada havia sido em 2012 e, portanto
especialidades. Porém constatou-se uma demanda reprimida de consultas especializada havia necessidade de fazer outra em 2017 e assim foi feito. Os eixos temáticos instituídos
com previsão de espera de 14 meses. Também existe demanda reprimida para exames na XV Conferência Nacional de Saúde foram respeitados. Após consolidação das propostas
diagnósticos de 16 meses. da conferência, um dos eixos discutidos foi:

EIXO: Direito à Saúde, Garantia de Acesso e Atenção de Qualidade


DIRETRIZ: Ampliar a oferta de serviços e de equipamentos de saúde, garantindo acesso
em tempo adequado, em todos os níveis de atenção, com qualidade e atendimento
humanizado.
1) Adquirir novas ambulâncias
2) Construir mais postos de saúde
3) Garantir a disponibilidade de profissionais de saúde para atendimento da população
4) Buscar habilitação de laboratórios para realização de exames diagnósticos
5) Ampliação das ações de saúde bucal
5
Consolidando diretrizes nacionais, estaduais e municipais com o Plano de Governo

Após receber o consolidado da conferência feito pelo Conselho Municipal, a equipe


deve considerar as diretrizes do Plano Nacional de Saúde (Anexo 1) para absorver as
estratégias dos demais entes para enfrentar os problemas de saúde.
Matriz 2
PROBLEMA PRIORIZADO Nº1:
Plano Municipal de Governo: Ao analisarem o plano de governo do prefeito em exercício, a
equipe identificou 4 propostas na área da saúde:
- Implantação de equipes de Unidade de Saúde da Família para atender 100% da
população com qualidade DIRETRIZ
- Ampliação da oferta de consultas especializadas e exames
- Aquisição de novas ambulâncias.
- Ampliação da rede laboratorial.
- Implantar equipes de saúde bucal nas Unidades de Saúde da Família OBJETIVO

META

PROBLEMAS IDENTIFICADOS

Matriz 1 INDICADOR

1
/ 122
PROBLEMA PRIORIZADO Nº2: / 123

2
DIRETRIZ

3
OBJETIVO

4
META

5
INDICADOR

Matriz 2
PROBLEMA PRIORIZADO Nº1: PROBLEMA PRIORIZADO Nº3:

DIRETRIZ DIRETRIZ
INDICADOR
Matriz 3 - Planejando as ações da Programação Anual de Saúde

Indicador Unidade de Fonte Periodicidade Formula de Data de


medida cálculo apuração
PROBLEMA PRIORIZADO Nº3:

DIRETRIZ

OBJETIVO

META

INDICADOR

/ 124
/ 125

Orçamento Prazo

Responsável
Texto 3 Figura 3 - Estrutura do Plano
de Saúde conforme Portaria nº
dos vazios assistenciais existentes. Quan-
to mais elementos puderem ser agrega-
dos nesta análise situacional, mais rico,
2.135/2013 preciso e verdadeiro será o seu resultado
Plano Municipal de Saúde (BRASIL, 2016; MINAS GERAIS, 2017).
PMS Lembre-se que para a elaboração
desta análise deve-se considerar os temas
básicos que a compõe, considerando o
mapa da saúde.

O Plano Municipal de Saúde (PMS) Saiba mais!


é um instrumento central de planejamento Importante!
e deve apresentar as intenções e os re- Para conhecer mais informações e dados
sultados que serão buscados pela gestão A elaboração do PMS requer muita da situação de saúde dos municípios de
municipal de saúde no período de 4 anos. atenção dos gestores, conselheiras MG, acesse:
É por meio dele que as reais necessida- e conselheiros municipais de saúde, <http://datasus.saude.gov.br/informacoes-
Fonte: GOULART, 2017.
des de saúde da população serão identi- pois deve contemplar todas as áreas de-saude/tabnet>.
ficadas e onde serão elaboradas as pro- da atenção à saúde, de modo a <http://www.saude.mg.gov.br/cib/page/372-
postas para atendimento das mesmas. O garantir a integralidade, a efetividade Análise da situação de saúde mapa-municipios-saude-em-casa-sesmg>.
PMS deve ser aprovado e monitorado pelo e o financiamento das ações (MINAS
/ 126 CMS, por isso é importante que você, con- GERAIS, 2017). A análise da situação de saúde é a
selheira e conselheiro municipal de saúde, primeira etapa para a elaboração do Plano É importante que você, conselheira / 127
conheça as normas de elaboração deste de Saúde. É realizada a partir do proces- e conselheiro municipal de saúde, conheça
instrumento (BRASIL, 2016). Existe uma estrutura obrigatória samento e da análise de um conjunto de as necessidades de saúde da população
Também é importante que compre- que deve ser contemplada na elaboração informações do município. O seu objetivo e também os problemas encontrados.
enda que o PMS deve nortear a elabora- do Plano Municipal de Saúde. É importante é identificar as características de saúde Para facilitar sua compreensão, listamos
ção do planejamento e do orçamento de que você, conselheira e conselheiro, da população e estrutura dos serviços de no quadro a seguir alguns exemplos de
saúde do governo municipal, além de es- durante a apreciação deste instrumento, saúde do município, tais como a distribui- informações que devem constar na análise
tar alinhado às diretrizes apresentadas nas observe se ele está sendo elaborado de ção dos recursos humanos e de ações e de situação de saúde:
Conferências de Saúde (BRASIL, 2013). acordo com a estrutura mínima definida serviços ofertados pelo SUS e pela inicia-
Veja, abaixo, o trecho do Artigo 36 pela Portaria nº 2135/2013. tiva privada, possibilitando a identificação
da Lei nº 8080 de 1990 que trata dessa Vamos conhecer detalhadamente
exigência: cada parte desta estrutura?

§ 1º Os planos de saúde serão a base das


atividades e programações de cada nível de
direção do Sistema Único de Saúde (SUS), e seu
financiamento será previsto na respectiva proposta
orçamentária.
§ 2º É vedada a transferência de recursos para o
financiamento de ações não previstas nos planos
de saúde, exceto em situações emergenciais ou
de calamidade pública, na área de saúde (BRASIL,
1990).
/ 128
Quadro 2 – Análise de situação de saúde, considerando os temas do mapa da saúde.
Temas definidos pela Informações estratégicas Exemplos
portaria 2135

Capacidade instalada dos serviços de saúde do • Descrição estabelecimentos de saúde (públicos e privados
município (pública e privada complementar), existentes o município. (Clínica de Fisioterapia; Unidades da
evidenciando os estabelecimentos de saúde, Saúde da Família)
equipamentos e profissionais. • Tipos e quantidades de serviços oferecidos por estes
estabelecimentos. (Exames de imagem, exames
laboratoriais, consultas médicas especializadas)

Vigilância em Saúde Número de vacinas realizadas nos últimos anos;


Ações realizadas pela área de vigilância sanitária;
Ações realizadas pelo serviço municipal de zoonoses.
Temas definidos pela Informações estratégicas Exemplos
portaria 2135 Atenção Primária Ações realizadas pelas estratégias de saúde de Família
Cobertura de atenção primária no município.
Oferta e cobertura de
Estrutura do Sistema de
ações e serviços
Capacidade instalada
de dos serviços de saúde
Assistência do
ambulatorial Descrição
•Oferta estabelecimentos
e demanda de consultasde saúde (públicos e privados
especializadas
Saúde
saúde considerando
município (pública e privada complementar),
especializada existentes o município.
(oftalmologista, neurologista, de Fisioterapia; Unidades da
(Clínica cardiologista,
as áreas de atenção
evidenciando a
os estabelecimentos de saúde, Saúde
endocrinologista,
da Família) entre outros.
saúde:
equipamentos e profissionais. • Tipos e quantidades de serviços oferecidos por estes
Assistência de urgência e estabelecimentos. (Exames
Unidades hospitalares de imagem,
de referência paraexames
atendimento dos
emergência laboratoriais, consultas
casos de urgência médicas especializadas)
e emergência do município.

Assistência Lista de medicamentos do elenco básico fornecidos,


Vigilância em Saúde
farmacêutica Número
fluxo de de vacinas realizadas
fornecimento dos medicamentos anos;
nos últimosexcepcionais.
Ações realizadas pela área de vigilância sanitária;
Ações realizadas pelo serviço municipal de zoonoses.
Fluxos e linhas de cuidado estabelecidos; Fluxos de atendimento da Rede de Urgência e Emergência;
Redes de atenção à
Atenção
Sistemas de apoio e de logística Primária
existentes. Ações realizadas
(Serviço Móvel depelas estratégias
Urgência de saúde
e Emergência de Família
– SAMU)
saúde:
Cobertura de atenção primária no município.
Oferta cobertura de
Dadosedemográficos Distribuição da população considerando: - idade e sexo;
Estrutura do Sistema de
ações e serviços de Assistência ambulatorial Oferta e demanda
• população rural ede consultas especializadas
urbana
Saúde
saúde considerando especializada (oftalmologista, neurologista, cardiologista,
as
Dados de atenção a
áreassocioeconômicos endocrinologista,
Taxa de desemprego; entre outros.
níveis de escolaridade;
Condições saúde:
sociossanitárias
Dados epidemiológicos Assistência de urgência e Unidades
Mortalidade hospitalares
por grupo dedereferência
causas, para atendimento
segundo raça, sexodose
emergência casos de urgência
faixa etária; e emergência
Principais causas de do internação
município. hospitalar;
Principais caudas de mortalidade
Assistência Lista de medicamentos do elenco básico fornecidos,
farmacêutica
Informações sobre a situação de saúde de grupos fluxo
Taxa de fornecimento
demortalidade dos medicamentos
infantil; número de óbitosexcepcionais.
maternos;
populacionais de maior vulnerabilidade. principais causas de adoecimento da população indígena
Temas definidos pela (caso exista no município)
Informações estratégicas Exemplos
portaria Fluxos e linhas de cuidado estabelecidos; Fluxos de atendimento da Rede de Urgência e Emergência;
Redes de atenção
2135 à
Sistemas
Informaçõesde apoio
relativas logística
e de aos condicionantes
existentes. e (Serviço
Cobertura Móvel
de tratamento
de Urgênciade e Emergência
água e esgoto; – SAMU)
saúde:
determinantes sociais da saúde Taxa de analfabetismo;
Capacidade
Dados instalada dos serviços de saúde do
demográficos • Descrição estabelecimentos
Distribuição de saúde (públicos
da população considerando: - idadee privados
e sexo;
município (pública e privada complementar), existentes o município.
• população rural e urbana (Clínica de Fisioterapia; Unidades da
Fluxos de acesso Fluxos assistenciais
evidenciando (caminho e distância
os estabelecimentos percorridos
de saúde, Saúde
Fluxos dae protocolos
Família) para atendimentos especializados
pelas usuárias
equipamentos
Dados e usuários)
e profissionais.
socioeconômicos • Tipos e quantidades
Taxa de desemprego; níveis de serviços oferecidos por estes
de escolaridade;
Condições
estabelecimentos. (Exames de imagem, exames
sociossanitárias Estimativa de recursos serem transferidos estado
Recursos Recursos
Dados de investimentos e custeio para o
epidemiológicos laboratoriais,
Mortalidade consultas
por grupo médicas
dea causas,especializadas)
segundo raça, pelosexo e
financeiros financiamento do sistema e união;
faixa Estimativa
etária; Principais decausas
recursode próprios investidos
internação na
hospitalar;
Principais
saúde; caudas de mortalidade
Vigilância em Saúde Estratégias
Número para captação
de vacinas realizadasde novos recursos;
nos últimos anos;média de
Informações sobre a situação de saúde de grupos gastos
Ações com saúde
realizadas nos
pela últimos
área de anos.
vigilânciaPrevisão
Taxa de mortalidade infantil; número de óbitos maternos; de
sanitária;
populacionais de maior vulnerabilidade. recursos
Ações
principais necessários
realizadas
causas depelo para manutenção
serviço
adoecimento municipal dos
da população serviços
de zoonoses.
indígena
existentes;
(caso exista no município)
Atenção Primária Ações realizadas pelas estratégias de saúde de Família
Gestão do trabalho Informações sobre quadro de funcionários existente
Informações relativas aos condicionantes e Números de
Cobertura
Cobertura de atenção
defuncionários
tratamento por
primária categoria;
de água formação e
no município.
e esgoto;
Oferta e cobertura de qualificação
Taxa profissional. Necessidade contratação de
de analfabetismo;
e da educação
Estrutura do Sistema
na de determinantes sociais da saúde
ações e serviços de Assistência ambulatorial profissionais
Oferta e demanda especializados;
de consultas especializadas
saúde
Saúde saúde considerando especializada (oftalmologista, neurologista, cardiologista,
Fluxos de acesso as áreas
Fluxos
Condições atenção
assistenciais
de de a
(caminho
trabalho e distância percorridos Fluxos
Jornada e protocolos
endocrinologista,
média deentre atendimentos
trabalho;
para outros. especializados
número médio e o tipo de
pelas
saúde:usuárias e usuários) vínculos de trabalho; e planos de cargos e salário;
Assistência de urgência e Unidades hospitalares de referência para atendimento dos
Recursos Recursos
Identificação investimentos
dedas e custeio para o
suas capacidades
instituiçõesemergência e Estimativa
Mecanismos
casos dederecursos
de urgência cooperação a serem
e emergência técnica e de articulação
dotransferidos
município. estado
pelo com
Ciência, tecnologia,
financiamento
especialidades do sistema
técnicas, públicas e privadas, de união; Estimativa
einstituições de ensino, dederecurso
serviçospróprios investidos
e de participação na
social
produção
financeirose
pesquisa, produção e inovação em saúde.
Assistência saúde;
Lista de medicamentos do elenco básico fornecidos,
inovação em saúde
farmacêutica Estratégias
fluxo para captação
de fornecimento de novos recursos;
dos medicamentos média de
excepcionais.
Regionalização gastos com saúde nos últimos anos.
Compromissos assistenciais assumidos pela gestão Previsão de
recursos
municipalnecessários para manutenção
junto a Comissão Intergestores serviços
dosRegional
Fluxos e linhas de cuidado estabelecidos; existentes;
Fluxos de atendimento da Rede de Urgência e Emergência;
Redes de atenção à
Planejamento
Sistemas de apoio e de logística existentes. Estrutura,
(Serviço organização
Móvel e operacionalização
de Urgência e Emergência – do processo de
SAMU)
saúde:
Gestão do trabalho Informações sobre quadro de funcionários existente Números
planejamento de funcionários por categoria; formação e
qualificação profissional. Necessidade contratação
/ 129

e da educação
Gestão na Dados demográficos Distribuição da população considerando: - idadedee sexo;
Regulação profissionais
•Programação
população rural especializados;
Pactuada
e urbana e Integrada (PPI) do município;
pelas usuárias e usuários)

Recursos Recursos de investimentos e custeio para o Estimativa de recursos a serem transferidos pelo estado

/ 130
financeiros financiamento do sistema e união; Estimativa de recurso próprios investidos na
saúde;
Temas definidos pela Informações estratégicas Estratégias para captação de novos recursos; média de
Exemplos
portaria 2135 gastos com saúde nos últimos anos. Previsão de
recursos necessários para manutenção dos serviços
existentes;
Capacidade instalada dos serviços de saúde do • Descrição estabelecimentos de saúde (públicos e privados
município (pública
Informações e privada
sobre quadro decomplementar),
funcionários existente existentes
Números de o município.
funcionários(Clínica de Fisioterapia;
por categoria; formaçãoUnidades
e da
Gestão do trabalho Saúde da Família)
evidenciando os estabelecimentos de saúde, qualificação profissional. Necessidade contratação de
e da educação na Tipos e quantidades de serviços oferecidos por estes
equipamentos e profissionais. •profissionais especializados;
saúde estabelecimentos. (Exames de imagem, exames
Condições de trabalho laboratoriais,
Jornada média consultas médicas
de trabalho; especializadas)
número médio e o tipo de
vínculos de trabalho; e planos de cargos e salário;

Identificação das instituições Vigilância


e suas capacidades
em Saúdee Número
Mecanismos de vacinas realizadas
de cooperação técnica
noseúltimos
de articulação
anos; com
Ciência, tecnologia, Ações realizadas pela área de vigilância sanitária;
produção e especialidades técnicas, públicas e privadas, de instituições de ensino, de serviços e de participação social
pesquisa, produção e inovação em saúde. Ações realizadas pelo serviço municipal de zoonoses.
inovação em saúde

Regionalização Atenção Primária Ações


Compromissos pelas estratégias
realizadasassistenciais assumidos de Família
de saúdepela gestão
Cobertura de atenção primária no município.
municipal junto a Comissão Intergestores Regional
Oferta e cobertura de
Estrutura do Sistema de ações e serviços de
Planejamento Assistência ambulatorial Oferta e demanda
Estrutura, de consultas
organização especializadas
e operacionalização do processo de
Saúde saúde considerando especializada (oftalmologista,
planejamento neurologista, cardiologista,
as áreas de atenção a endocrinologista, entre outros.
Gestão saúde:
Regulação Programação Pactuada e Integrada (PPI) do município;
Assistência de urgência e Unidades
fluxos de hospitalares
regulação no referência para
demunicípio; atendimento
referências dos
e contra
emergência casos de urgência e emergência do município.
referências

Participação e controle socialAssistência Lista de medicamentos


Deliberações do elenco
da Conferência de Municipal
básicodefornecidos,
Saúde em
farmacêutica fluxo de fornecimento dos medicamentos excepcionais.
vigência; condições de funcionamento dos Conselhos de
Saúde; Existência e funcionamento de outros mecanismos
de participação social (Ouvidoria, Mesa de Negociação do
Fluxos e linhas de cuidado estabelecidos; Fluxos de atendimento da Rede de Urgência e Emergência;
SUS, etc)
Redes de atenção à
Sistemas de apoio e de logística existentes. (Serviço Móvel de Urgência e Emergência – SAMU)
saúde:

Dados demográficos Distribuição da população considerando: - idade e sexo;


• população rural e urbana

Dados socioeconômicos Taxa de desemprego; níveis de escolaridade;


Condições
sociossanitárias
Dados epidemiológicos Mortalidade por grupo de causas, segundo raça, sexo e
faixa etária; Principais causas de internação hospitalar;
Principais caudas de mortalidade

Informações sobre a situação de saúde de grupos Taxa de mortalidade infantil; número de óbitos maternos;
populacionais de maior vulnerabilidade. principais causas de adoecimento da população indígena
(caso exista no município)

Informações relativas aos condicionantes e Cobertura de tratamento de água e esgoto;


determinantes sociais da saúde Taxa de analfabetismo;
METAS
DIRETRIZ

OBJETIVOS

INDICADORES

Fluxos de acesso Fluxos assistenciais (caminho e distância percorridos Fluxos e protocolos para atendimentos especializados
pelas usuárias e usuários)
município (BRASIL, 2008).

Fonte: GOULART, 2017.


factível.
Para refletir...

Recursos de investimentos e custeio para o Estimativa de recursos a serem transferidos pelo estado
governo.

Recursos
financeiros financiamento do sistema e união; Estimativa de recurso próprios investidos na
para modificar esta realidade?

saúde;
de saúde do seu município? Você
sabe quais as principais causas de
Você conhece a análise de situação

adoecimento e morte da população?

Estratégias para captação de novos recursos; média de


Quais as estratégias da gestão municipal

(Minas Gerais, 2017).


Conceito

gastos com saúde nos últimos anos. Previsão de


solucionar os problemas
na assistência à saúde do respectivo
e priorizar os problemas encontrados
aspectos, é preciso identificar, formular
Após o levantamento da análise
situacional de saúde em seus diversos

intervenção (Brasil, 2016).


possibilitar a avaliação da

recursos necessários para manutenção dos serviços


saúde e as estratégias para
minimização ou solução dos
expressar, de modo claro, as

existentes;
coerentes com as políticas de

É a expressão quantitativa dos

apuração periódica, de forma a


ao mesmo tempo desafiadora e
saúde pretende para reduzir ou

comunicar, de forma simples, os


para a realização das políticas de

problemas de saúde identificados


saúde definidas pelo gestor. Deve

prioridades do plano municipal de

Define o que a gestão municipal de

indicadores devem ser passíveis de


identificar, mensurar, acompanhar e
ser coerente com a realidade, sendo

resultados intervenção proposta. Os


Conjunto de parâmetros que permite

Informações sobre quadro de funcionários existente Números de funcionários por categoria; formação e
identificados. Os objetivos devem ser

objetivos. A definição das metas deve


Indica a direção que deve ser seguida

Gestão do trabalho
e da educação na qualificação profissional. Necessidade contratação de
saúde profissionais especializados;

Condições de trabalho Jornada média de trabalho; número médio e o tipo de


vínculos de trabalho; e planos de cargos e salário;
alguns conceitos:

Ciência, tecnologia, Identificação das instituições e suas capacidades e Mecanismos de cooperação técnica e de articulação com
produção e especialidades técnicas, públicas e privadas, de instituições de ensino, de serviços e de participação social
Exemplos

de cardiologia.

inovação em saúde pesquisa, produção e inovação em saúde.


(Diretriz PNS 2016-2019).

toriais do SUS - SIASUS).


ções de vida das pessoas”
buscando reduzir as mortes
as diversidades ambientais,
ações de modo a atender as
“Ampliar a oferta de serviços e

dades de saúde da população.


Ampliar as ações e serviços da
necessidades de saúde, respei-

sociais e sanitárias das regiões,

Regionalização Compromissos assistenciais assumidos pela gestão


metas e indicadores

evitáveis e melhorando as condi-

Sistema de Informações ambula-


Aumentar 30% dos atendimentos

gia realizadas no período. (Fonte:


Número de consultas de cardiolo-
Assistência Ambulatorial Especia-
tando os princípios da integralida-

lizada, de acordo com as necessi-


de, humanização e justiça social e

municipal junto a Comissão Intergestores Regional


Quadro 3 - Diretrizes, objetivos, metas e indicadores

Planejamento Estrutura, organização e operacionalização do processo de


Definição das Diretrizes, objetivos,

planejamento
cesso, é importante que você compreenda
objetivos, diretrizes e metas e indicadores.
Conhecendo o diagnóstico e listan-

Antes de conhecermos melhor este pro-


do os problemas, o segundo passo para
elaboração do plano é a formulação dos

Gestão
Regulação Programação Pactuada e Integrada (PPI) do município;
fluxos de regulação no município; referências e contra
/ 131

referências
novembro de 2016, que dispõe sobre o
Importante! processo de pactuação interfederativa de
indicadores para o período 2017-2021,
Como vimos anteriormente, é de relacionados a prioridades nacionais em
responsabilidade do Conselho Nacional de saúde?
Saúde estabelecer as diretrizes nacionais Esta resolução define 23 indicado-
a serem observadas na elaboração dos res que serão discutidos e pactuados entre
Quadro 4 - Dados do Indicador Razão de exames de mamografia
planos Planos Nacional, Estadual e gestores estaduais e municipais por meio segundo Brasil, 2017
Municipal de Saúde, desde que sejam das comissões bipartite. A pactuação das
consonantes com as características metas municipais deve ser aprovada pelo
Indicador Método de Cálculo Fonte Periodicidade
epidemiológicas e com a organização respectivo conselho municipal de saúde. A
de serviços nos entes federativos e nas análise do resultado alcançado deve cons-
Razão de exames Número de mamografias Sistema de Informação
Regiões de Saúde (BRASIL, 1990). tar no Relatório Anual de Gestão do ano de mamografia de para rastreamento Ambulatorial (SIA/SUS).
Durante a elaboração do Plano Municipal de referência. rastreamento realizadas em mulheres Instituto Brasileiro de
realizados em residentes na faixa etária de Geografia e Estatística Anual
de Saúde, é importante considerar as Vamos compreender melhor esta mulheres de 50 a 50 a 69 anos em (IBGE).
Diretrizes do Plano Nacional de Saúde dinâmica? Vamos fazer algumas reflexões 69 anos e determinado local e ano. Tabela de Procedimentos
população da População feminina na Unificada do SIA e SIH,
em vigência. O acréscimo de diretrizes considerando o indicador Razões de exa- mesma faixa etária. mesma faixa etária no procedimento
elaboradas pelo estado e município, porém, mes de mamografia no quadro a seguir. mesmo local e ano 0204030188 mamografia
/(dividido por) 2. bilateral para rastreamento.
é opcional (MINAS GERAIS, 2017). Para análise do resultado do indi-
Conheça as diretrizes do Plano Nacional cador é importante considerar os resulta-
de Saúde – 2016/2019, para isto consulte o dos que o município alcançou nos últimos Fonte: adaptado de Brasil (2013)
anexo 1 desta unidade didática. anos. A partir deste contexto, sem deixar
de considerar a capacidade do município
/ 132
em realizar as atividades necessárias para / 133
alcançar o resultado, o gestor deve propor
Para a definição dos objetivos, dire-
uma nova meta e em seguida encaminhar
trizes e metas do PMS é importante consi-
para aprovação do CMS. É importante res-
derar (MINAS GERAIS, 2017):
saltar que o CMS pode solicitar a série his-
as necessidades de saúde da população
tórica sobre o indicador, quando houver.
O processo de monitoramento e Figura 3 - Processo de
e os problemas de saúde identificados na avaliação
análise de situação de saúde;
monitoramento e avaliação do PS
as propostas do plano de governo na área Para que as ações planejadas no
da saúde; PMS possam contribuir para o aperfeiçoa-
as diretrizes levantadas na última Confe- mento da gestão do SUS, o gestor munici- Diretrizes, Objetivos
e Metas
rência de Saúde; e pal deve comprometer-se a:
as diretrizes do Conselho Nacional de
Saúde. realizar o monitoramento e a avaliação das
ações executadas Avaliação
Monitoramento
O papel dos indicadores no PMS verificar se os resultados previstos estão
sendo alcançados como planejado.
Na unidade didática 2 vimos que as
Comissões Intergestores são instâncias A figura a seguir nos mostra que o Fonte: GOULART, 2017.

de pactuação consensual entre os en- processo de monitoramento e avaliação


tes federativos para definição das regras do PMS deve ser orientado pelas diretri- É importante que você, conselheira
da gestão compartilhada do SUS. Você zes, objetivos, metas e indicadores assu- e conselheiro municipal de saúde, com-
conhece a Resolução CIT nº 8, de 24 de midos pela gestão. preenda os conceitos de monitoramento e
avaliação, pois eles são importantes atri- Quadro 5 – Dados do indicador
buições dos CMS. Saiba mais!
O que é monitoramento? Indicador Método de Cálculo Fonte Periodicidade
Consulte o Manual de Planejamento
do SUS, disponível em: <http://bvsms.
É o acompanhamento regular saude.gov.br/bvs/publicacoes/articulacao_
e periódico das metas e indicadores, interfederativa_v4_manual_planejamento_ Número de Número de consultas de Fonte: Sistema de
que expressam as diretrizes e os consultas de cardiologia faturadas no Informações ambulatoriais Anual
atual.pdf>. cardiologia período do SUS (SIA/SUS).
objetivos da política de saúde em um realizadas no
determinado período e em comparação período.
ao que foi planejado. Para realizar Perceba que ao definirmos
o acompanhamento das metas e monitoramento e avaliação, sempre
indicadores o conselho deve comparar se consideramos os indicadores definidos
Fonte: GOULART, 2017.
a meta definida pelo município está sendo no PMS. Por isso é importante que os
alcançada e se as ações propostas estão indicadores contenham informações
sendo realizadas no prazo determinado necessárias para facilitar o processo de PMS e sua vigência
(BRASIL, 2016a). monitoramento e avaliação e garantir a
Exemplo: O número de consultas em veracidade deste processo. Como vimos anteriormente, as
cardiologia do município X no período de É desejável que no Plano Municipal diretrizes definidas no PMS devem
janeiro a dezembro de 2016 alcançou o de Saúde seja construído um quadro de nortear a construção do planejamento
número planejado? indicadores que contenha as informações do orçamento municipal de saúde que
necessárias para medir o alcance dos deve ser definido no Plano Plurianual do
O que é avaliação? objetivos Minas Gerais (2017). Por respectivo município (BRASIL, 2013a).
/ 134 exemplo, para a construção do indicador
/ 135
É a análise de um conjunto que permita monitorar se o número de
de parâmetros (critérios) que permite consultas em cardiologia do município Figura 4 - Contextualização da Política de Saúde (Processo de
X no período de janeiro a dezembro de
identificar, mensurar, acompanhar e
2016 alcançou a meta planejada, pode-se
Planejamento Integrado do Governo)
comunicar, o resultado de uma intervenção
proposta (BRASIL, 2016a). construir o seguinte quadro de indicador:
Exemplo: Avaliação da melhora clínica
dos usuários que estão participando dos
grupos de apoio a diabéticos e hipertensos
de um determinada unidade de saúde X,
no período de 06 meses
Conforme descrito pelo manual
de planejamento no SUS existem outros
critérios empregados na avaliação em
saúde como:
critérios que consideram os efeitos a
saúde da população através da avaliação
de impacto ou de efetividade); ou
critérios que consideram a obtenção
das prioridades e os objetivos iniciais
estabelecidos através da avaliação dos
objetivos ou da eficácia.
Fonte: Brasil (2016b)
Por isso o período de elaboração A elaboração do PMS e do PPA é
do Plano Municipal de Saúde deve ante- realizada a cada quatro anos, contados a
ceder os prazos de elaboração do Plano partir do segundo ano da gestão atual e
Plurianual (PPA), que varia entre 31 de com encerramento no primeiro ano da pró- Atividade 3
agosto e 30 de setembro de acordo com xima gestão (MINAS GERAIS, 2017).
a lei orgânica dos estados e municípios. Observe a figura a seguir, ela Planejando as ações da grupos da atividade anterior, e usarão as
Desta forma, o PMS deverá ser elaborado representa a vigência do Plano Municipal Programação Anual de Saúde informações construídas na atividade 2,
ou seja os dados das matrizes 1, 2 e 3,
e aprovado pelo seu respectivo conselho de Saúde no período 2018-2021. O mesmo
Objetivo para preencher a matriz 4 a seguir;
de saúde antes do envio do PPA ao poder raciocínio se aplica para elaboração do
Conhecer e analisar os conceitos, fluxos, Cada grupo deverá elaborar no mínimo 2
legislativo (BRASIL, 2013a). PPA municipal.
prazos e legislações que normatizam a ações necessárias para o cumprimento de
elaboração, monitoramento e avaliação da cada objetivo (matriz 2) que foi estipulado
Programação Anual de Saúde. na atividade 2;
Figura 5 – Elaboração e vigência Plano de Os representantes dos grupos apresentarão
Saúde Municipal 2018-2021 Recursos necessários em plenária os conhecimentos produzidos.
pincel atômico e Papel kraft.
Tempo estimado: 1h30
Desenvolvimento
Os participantes farão a leitura do Texto
4, de modo que cada Conselheira e
Conselheiro leia um parágrafo. Eventuais
dúvidas serão esclarecidas pelo docente;
Em seguida os participantes retomarão os
/ 136
/ 137

Orçamento Ação 2

Fonte: GOULART, 2017. PRAZO

RESPONSÁVEL

DIRETRIZ
Como já discutimos anteriormente, aprovada do PMS deverá ser publicada
OBJETIVO
os conselhos de saúde exercem o papel de em ato formal pelo gestor e assumida META DO PLANO
META ANUAL
coautores das políticas públicas de saúde como instrumento orientador estratégico DE SAÚDE

e por isso devem participar ativamente da gestão, inclusive no Sistema de Apoio INDICADOR
do processo de elaboração do Plano a Construção do Relatório Aula de Gestão
Municipal de Saúde. Esse é um momento do SUS – SARGSUS. (MINAS GERAIS,
AÇÃO(S) AÇÃO 1:
de participação da comunidade, que tem 2017)
suas necessidades de saúde discutidas e Também é atribuição do Conselho
incorporadas ao PMS (BRASIL, 2016b). de Saúde a fiscalização permanente da AÇÃO 2:
Após sua elaboração, o PMS deve movimentação financeira dos recursos e o
obrigatoriamente ser aprovado pelo controle da execução das ações e serviços
respectivo CMS, sendo necessário também de saúde descritos no Plano. (BRASIL,
que o ato deliberativo de aprovação deste 2015a)
plano seja anexado ao documento final do
PMS (MINAS GERAIS, 2017). A versão
Orçamento Ação 2

PRAZO

RESPONSÁVEL

DIRETRIZ Texto 4
OBJETIVO
META DO PLANO
DE SAÚDE META ANUAL

INDICADOR
Programação Anual de
Saúde
AÇÃO(S) AÇÃO 1:

AÇÃO 2:

A Programação Anual de Saúde planejamento das ações que tornarão


(PAS) é o instrumento que detalha a possíveis o cumprimento das metas
forma de execução dos objetivos e metas do PMS e dos recursos financeiros
definidos no Plano Municipal de Saúde no necessários para sua execução. O
período de um ano. O detalhamento da período da programação deve coincidir
/ 138 execução é feito por meio da definição das com o exercício fiscal, ou seja, janeiro a
ações que devem ser desenvolvidas para dezembro (MINAS GERAIS, 2017). / 139
Orçamento Ação 2
atingir as diretrizes, objetivos e metas do É atribuição do Conselho Municipal
Plano de Saúde (BRASIL, 2016a). de Saúde analisar, avaliar e emitir parecer
PRAZO Desta forma, a PAS é elaborada conclusivo sobre a PAS, antes da aprovação
RESPONSÁVEL
a partir das diretrizes, objetivos e metas da LOA na respectiva Câmara, de forma
priorizadas para o ano em questão. A que contemple as ações previstas na
DIRETRIZ
partir desta priorização é realizado o programação e validadas pelo respectivo
OBJETIVO
Conselho de Saúde (BRASIL, 2012).
META DO PLANO
DE SAÚDE META ANUAL Por isso é importante que você,
Saiba mais! conselheira e conselheiro municipal de
INDICADOR
saúde, conheça a estrutura mínima de
O que é AÇÃO? elaboração da PAS definida pelo art. 2 da
AÇÃO 1:
AÇÃO(S) É uma iniciativa concreta que contribui portaria nº 2.135 de 2013:
para o alcance do objetivo e das metas 1. Definição das ações que, no ano
propostas no PMS. As ações são os específico, garantirão o alcance dos
AÇÃO 2:
desdobramentos das metas (Brasil, 2015). objetivos e o cumprimento das metas do
Exemplo: Uma ação que pode ser Plano de Saúde;
planejada para o cumprimento da meta 2. Identificação dos indicadores que serão
de Aumentar 30% dos atendimentos de utilizados para o monitoramento da PAS; e
cardiologia é a ampliação da carga horária 3. Previsão da alocação dos recursos
de atendimento do médico especialista em orçamentários necessários ao
cardiologia. cumprimento da PAS.
Atividade 4
Quadro 6 - Exemplo de estrutura básica de PAS para Conhecendo os Fundamentos
Estados e Municípios do Relatório Anual de Gestão
(RAG)
Orçamento Ação 2

Objetivos Os (as) participantes farão uma discussão


Conhecer e analisar os conceitos, prazos sobre os temas abordados no Texto 5 à luz
PRAZO e legislações que normatizam a elabora- das questões norteadoras abaixo:
RESPONSÁVEL ção, monitoramento e avaliação do RAG;
Refletir os fundamentos legais que defi- 1. Qual a importância do Relatório Anual
DIRETRIZ
nem as atribuições dos conselhos de saú- de Gestão?
OBJETIVO
de no processo de monitoramento, avalia- 2. A partir da leitura do Estudo de Caso 2,
META DO PLANO
DE SAÚDE META ANUAL ção e fiscalização do RAG; aponte 3 problemas que o grupo considera
mais relevantes.
INDICADOR Recursos necessários 3. O grupo aprovaria o RAG do minicípio
pincel atômico e papel kraft de Algum Lugar, em que condições?
AÇÃO(S) AÇÃO 1: - Ao final, cada representante apresentará
Desenvolvimento a síntese produzida pelo grupo.
/ 140 O(a) docente realizará exposição dialoga- - O (a) docente poderá instigar os partici-
AÇÃO 2:
da do Texto 5; pantes sobre os problemas levantados e / 141
Em seguida, os (as) participantes forma- possibilidade de inclusão na PAS do ano
rão 5 ou 6 grupos, identificarão um repre- seguinte.
sentante para apresentação em plenária e
farão a leitura do Estudo de Caso; Tempo estimado: 2h30

Fonte: Minas Gerais (2017)

Estudo de Caso 2 – “Recortes” do RAG do Município de


Algum Lugar
No contexto de atuação dos con- Então, por isso, as ações e as previsões
selhos municipais de saúde, vale desta- de recursos financeiros definidas na PAS
Elaboração do RAG -2016
car que a possibilidade da execução das do município, devem ser completamente
ações de saúde planejadas na PAS do incorporadas e consideradas na elabora- O RAG referente ao ano de 2016, foi elaborado pelo gestor municipal de saúde, utilizando
Município está estritamente vinculada à ção dos instrumentos de planejamento go- o SARGSUS, o mesmo foi encaminhado ao CMS no dia 30 de março de 2017, através
do próprio sistema e encaminhado cópia física à presidente do CMS, que protocolou
disponibilidade de recursos orçamentários vernamental, que são: a Lei de Diretrizes
recebimento em 31 de março de 2017
planejados previamente. Isto significa que Orçamentárias (LDO), a Lei Orçamentária O Plano Municipal de Saúde 2014-2017 e a PAS de 2017 foram anexados ao Sistema,
TODAS as ações executadas pela gestão Anual (LOA) e o Plano Plurianual (MINAS juntamente com as respectivas resoluções de aprovação do CMS.
municipal de saúde devem estar expressas GERAIS, 2017). Foram preenchidos os dados de identificação do município.
de forma direta no orçamento municipal.
Formulário Demografia e Dados de Morbi-mortalidade Demonstrativo da utilização dos recursos – SIOPS
Diante da análise dos gráficos o gestor evidenciou um alto índice de mortalidade por % da receita própria aplicada em saúde conforme LC 141/ 2012 = 25,4 %
neoplasias (25%) e doenças do sistema respiratório (20%) e cardiovasculares (20%). Estas % de transferências de Saúde em relação à despesa total do município = 31,5 %
causas também são os principais motivos de internação da população, além de gravidez, A maior parte das despesas com saúde foi assistência hospitalar (30%); seguido da
parto e puerpério (pós parto). O gestor chama a atenção para os casos de internações por Assistência Farmacêutica (20%) e Atenção Primária (15%).
problemas respiratórios que atinge crianças, adultos e idosos.

Profissionais do SUS – CNES


Auditorias realizadas
40% dos profissionais tem vínculo estatutário O município não foi auditado no ano de referência.
20% dos profissionais tem vínculo celetista
10% são autônomos Considerações Finais
20 % cargos comissionados O gestor relata que o município passa por crise financeira e dificuldades de
10% outras formas de contratação financiamento das ações de saúde.
Apreciação do Relatório de Gestão
A data de apresentação do RDQA do terceiro quadrimestre não foi informada,
Programação anual de saúde segundo justificativa do gestor, o mesmo está em elaboração.
Para elaboração da PAS 2016 foram consideradas as diretrizes do PNS 2016-2019;
Algumas ações programadas não foram cumpridas como: implantação de 04 equipes de
saúde Bucal nas unidades de saúde da família - resultado “0 equipe”
Manutenção dos serviços do NASF – resultado “nasf inativo”;
Em consequência do não funcionamento do NASF, todas as ações programadas para o
mesmo não foram realizadas.
/ 142 Ampliação de consultas especializas por meio de contratação de especialistas: resultado -
não foi ampliado o número de consultas; / 143
Não foram citadas na programação as ações solicitas pelo CMS, como compra de uma
impressora e ações de capacitação;
Texto 5
Na justificativa para as ações não realizadas, foi destacado a falta de recursos, devido queda
na arrecadação do município. O gestor destacou também que as ações do hiperdia (programa
de prevenção e tratamento a hipertensão e diabetes) foram cumpridas como programado.
Porém não foi possível identificar com precisão os valores gastos com o programa. Relatório Anual de Gestão (RAG), Relatório Detalhado
Quanto aos indicadores de transição do Pacto pela saúde, alguns indicadores tiveram metas
do Quadrimestre Anterior (RDQA) e Sistema de Apoio a
não alcançadas, com piora nos resultados em relação ao ano de 2015, sendo eles: Construção do Relatório de Gestão do
Razão de exames citopatológicos em mulheres de 25 a 64 anos
Razão de mamografias de rastreamento Programação Anual de Saúde realizadas em SUS (SARGSUS)
mulheres de 50 a 69 anos
Proporção de parto normal no SUS e na Saúde Suplementar
Proporção de óbitos maternos investigados
Proporção de imóveis visitados com pelo menos 4 ciclos de visitas domiciliares para controle
da dengue Relatório Anual de Gestão (RAG) Anual de Saúde (PAS) e a aplicação dos
Proporção de vacinas no calendário básico de vacinação da criança
Como justificativa o gestor relata que o não cumprimento das metas foi devido afastamento
recursos destinados às ações de saúde.
de duas enfermeiras das unidades de saúde da família por licença maternidade no mesmo O Relatório Anual de Gestão (RAG) Neste processo de elaboração do RAG é
período e de 4 agentes comunitários de saúde por motivos de saúde. Ressalta ainda que por é o instrumento que contribui para o pro- possível que os gestores e as conselhei-
motivos financeiros e de contratação não pode substituir as enfermeiras por 2 meses e foi
cesso de monitoramento e avaliação das ras e conselheiros municipais de saúde
necessário reduzir em 30% o número de agentes de endemias
As demais metas foram cumpridas ou mantiveram seu resultado em relação ao ano anterior. ações de saúde do município, consideran- identifiquem a necessidade de ajustes que
do o planejamento estabelecido no PMS eventualmente tenha ocorrido no processo
e na PAS. No RAG o gestor municipal de planejamento da gestão municipal, seja
de saúde apresenta os resultados alcan- através da correção do Plano Municipal de
çados com a execução da Programação Saúde ou através da elaboração da pro-
gramação anual de saúde do ano seguin- Federal e dos municípios (BRASIL, 2012). pelo artigo nº 36 da Lei Complementar
te. (BRASIL, 2016a) Com isso, o RAG contribui com a transpa- nº141/2012, como um instrumento de mo- Você sabia?
Desta forma o RAG contribui para rência da utilização dos recursos do SUS nitoramento e acompanhamento da exe-
O RDQA poderá ser construído no
que o planejamento seja um processo di- e facilita a prestação de contas da utiliza- cução da Programação Anual de Saúde.
SARGSUS, onde há um módulo desenvolvido
nâmico e permanente. (CAMPOS; FARIA; ção dos recursos destinados ao SUS. As- O RDQA deve conter no mínimo as especialmente para auxiliar os gestores nessa
SANTOS, 2010). sim, ao avaliar a elaboração e execução seguintes informações: tarefa. (BRASIL, 2016a)
O RAG é também é utilizado pelos das ações descritas no RAG o Conselho Identificação (esfera de gestão
órgão de controle do SUS (ex: auditorias e Municipal de Saúde exerce um importan- correspondente), atendendo ao art. 4° da
Sistema de Apoio a Construção do
Tribunais de Contas) como um instrumen- te papel de fiscalização do SUS (BRASIL, Lei 8.142, de 1990;
Relatório Anual de Gestão (SARGSUS)
to de acompanhamento e avaliação dos 2016a). Montante e fonte dos recursos aplicados
sistemas de saúde, principalmente quan- É importante que você, conselheira no período, acessível via SIOPS;
O SARGSUS foi criado para
to a verificação da aplicação dos recursos e conselheiro municipal de saúde conhe- Auditorias realizadas ou em fase
subsidiar os gestores na elaboração, no
financeiros destinados ao SUS. (GOIÁS, çam as informações obrigatórias que de- de execução no período e suas
monitoramento e no envio do Relatório
2015). No caso dos recursos federais, o vem constar no Relatório Anual de Gestão recomendações e determinações;
de Gestão (RAG). É uma ferramenta
RAG é o principal instrumento de compro- do seu município. Oferta e produção de serviços públicos
informatizada que facilita a elaboração e o
vação da aplicação dos recursos repassa- A figura 6 apresenta a estrutura que na rede assistencial própria, contratada
envio do RAG ao respectivo Conselho de
dos do Fundo Nacional de Saúde para os o RAG deve conter: e conveniada, comparando esses dados
Saúde, o que contribui para o cumprimento
fundos de saúde dos estados, do Distrito com os indicadores de saúde da população
dos prazos legais, criação de base de dados
em seu âmbito de atuação;
para a armazenagem e disponibilização
Análise e considerações gerais.
Figura 6 – Estrutura mínima do RAG de informações estratégicas (BRASIL,
2016a).
Você sabia?
/ 144 Que existe um modelo padronizado
Você sabia? / 145
do RDQA previsto pelo CNS? Ele está
disponível em: <http://aplicacao.saude. Acesse o SARGSUS de seu município
gov.br/sargsus/documentos!baixarArquivo. através da internet?
action?idBaixarArquivo=63512>. Não deixe de É só acessar o site: www.saude.gov.br/
conhecê-lo! sargsus!

O RDQA deve ser apresentado pelo


gestor municipal de saúde até o final dos O SARGSUS foi construído para
meses de fevereiro, maio e setembro, em disponibilizar a maior parte dos dados a
audiência pública, na respectiva Câmara serem utilizados pelas equipes de gestores
Municipal de Saúde (BRASIL, 2012). das secretarias e dados de outros sistemas
O Conselho Municipal de Saúde, ao de informação podem ser importados,
contrário dos instrumentos de planejamento com os do Sistema de Informações sobre
Fonte: Brasil (2016b)
do SUS, deve apenas conhecer o RDQA, e Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS);
caso necessário, fornecer recomendações do Aplicativo do Pacto pela Saúde (atual
O Relatório de Gestão deve ser até 30 março do ano de 2017 (BRASIL, para a melhoria contínua das políticas Pactuação Interfederativa - SISPACTO);
elaborado pelo gestor municipal de saúde 2012). públicas de saúde do município por meio do Sistema de Cadastro Nacional de
e encaminhado para análise do respectivo de parecer. Além disso, os conselhos de Estabelecimentos de Saúde (SCNES); do
Conselho de Saúde até o dia 30 de Relatório detalhado do Quadrimestre saúde podem, quando necessário, indicar Sistema de Informações Hospitalares do
março do ano seguinte à sua execução Anterior (RDQA) ao chefe Prefeito do município, melhorias SUS (SIH-SUS); do Sistema de Informação
orçamentária , ou seja, o Relatório Anual para os próximos instrumentos e para sobre Mortalidade (SIM); e do Instituto
de Gestão referente ao ano de 2016 deve O Relatório detalhado do Qua- as próprias ações executadas (BRASIL, Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
ser encaminhado para avaliação do CMS drimestre Anterior (RDQA) foi definido 2016a). (BRASIL, 2016a).
de apreciação do RAG pelo Conselho de
Saiba mais! Saúde, entre quatro opções: aprovado,
aprovado com ressalvas, não aprovado e
Introdução ao Orcamento Público
Para conhecer o funcionamento do
solicitado ajustes (MINAS GERAIS, 2017).
sistema, assista ao vídeo “Tutorial Sistema
O SARGSUS disponibiliza relatórios
de Apoio à Elaboração do Relatório de
gerenciais para acesso dos órgãos de
Gestão - SARGSUS (acesso restrito),
avaliação e Controle do SUS para fins de
disponível em: <https://www.youtube.com/
acompanhamento da situação do RAG no
watch?v=V0ZHzRPm_oc>.
tocante a sua elaboração e a apreciação Atividade 5
Acesse também os Manuais do SARGSUS
pelo Conselho de Saúde competente
(MINAS GERAIS, 2017). Conhecendo orçamento público www.youtube.com/watch?v=D38MS-
através do link: <http://aplicacao.saude.gov. 7mHnU&index=1&list=PLNKZPo-
br/sargsus/documentos!carregarPagina. Objetivo igK8CYGBPMFyxq7RUTswO1gFTi >
action?idTipoLink=54>. Conhecer e refletir sobre o orçamento
Saiba mais!
público Vídeo 2 - disponível em: <www.youtube.com/
Para saber como acessar o SARGUS watch?v=hKqbwiaixcM&index=2&list=PLN
e realizar as pesquisas sobre seu
Recursos necessários KZPo-igK8CYGBPMFyxq7RUTswO1gFTi
No SARGSUS, os CMS emitem o
município, assista o vídeo TUTORIAL
Computador com acesso à internet ou >;
parecer conclusivo da reunião que avaliou
SARGSUS (acesso público), disponível
vídeos em mídias graváveis; Datashow ou Em seguida, os participantes farão a
o respectivo RAG. Para isso, deverá ser
em;< https://www.youtube.com/
TV. leitura comentada do Texto 6, de modo
indicado uma conselheira ou um conselheiro
municipal de saúde responsável por watch?v=uzDdxWzspVI>. que cada participante leia um parágrafo do
Desenvolvimento texto e o(a) docente esclarecerá possíveis
acessar o sistema e informar a situação
Os (as) participantes assistirão aos dúvidas, fazendo um paralelo entre os
/ 146 vídeos sobre orçamento público da Série vídeos e o texto.
Orçamento Participativo: Orçamento / 147
Público - Sistema Financeiro Nacional: Tempo estimado: 01h30
Vídeo 1 - disponível em: <https://

Texto 6
Orçamento
Público

Certamente você, conselheira Para refletir...


e conselheiro municipal de saúde, já
ouviu falar sobre este tema: orçamento Será que conseguimos ter o controle
público. Mas você conhece o conceito do dinheiro que gastamos por mês?
de orçamento? Para refletir sobre este Conseguimos prever o que pode ser
conceito, convido você a fazer a seguinte economizado no período de um ano?
reflexão:
A resposta para estas perguntas É por meio do orçamento público
envolve, em especial, o conceito de orça- que o governo de um município estima, As despesas públicas ainda são Despesas discricionárias: “São
classificadas em obrigatórias e aquelas que permitem ao gestor
mento. ou seja, faz a previsão das receitas que discricionárias: público flexibilidade quanto ao
O orçamento é uma ferramenta de serão arrecadas e define as ações que Despesas obrigatórias: São aque- estabelecimento de seu montante,
planejamento que demonstra como os re- serão custeadas durante um período, ou las “consideradas de execução assim como quanto à oportunidade
cursos (dinheiro) necessários serão arre- seja, as despesas. O orçamento público obrigatória e necessariamente têm de sua execução, e são efetivamente
cadados e de que maneira serão utilizados envolve todas as políticas públicas (saúde, prioridade em relação às demais des- as que concorrem para produção de
pesas, tanto no momento de elabo- bens e serviços públicos” (BRASIL,
para atendimento de necessidades. educação, segurança) que são analisadas
ração do orçamento, quanto na sua MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO,
e priorizadas no plano de ação do governo, execução” (BRASIL, MINISTÉRIO ORÇAMENTO E GESTÃO, s/d).
Figura 7 - Orçamento considerando o limite das receitas (dinheiro DO PLANEJAMENTO, ORÇAMEN-
que entra) do município (BRASIL, 2016b). TO E GESTÃO, s/d). Ex: pagamento
Durante nossa discussão sobre do funcionalismo público, os gastos
orçamento público, os termos receitas e com a dívida pública e o pagamento
dos benefícios previdenciários.
despesas serão sempre utilizados, por
isso convido você para compreendermos
melhor estes conceitos.

Receitas públicas: fontes de


recursos financeiros disponíveis
para o governo. A mais importante
fonte de receita são os tributos pagos
Fonte: <http://serv90.limeira.sp.gov.br/op/wp-content/ pela população, dentre os quais se
/ 148 uploads/2013/06/PLANEJAMENTO-E-ORCAMENTO- destacam os impostos. No entanto,
PUBLICO-AULA-1.pdf> existem ainda outros tipos de / 149
receitas, tais como as provenientes de
O mesmo acontece no contexto do operações de crédito (empréstimos),
governo municipal que precisa arrecadar de convênios, da alienação (venda)
receitas (dinheiro que entra) para custear de bens públicos, etc. (GOIAS, s/d).
despesas (dinheiro que sai) necessárias
para a realização das ações planejadas no
PMS e na PAS.
Despesas públicas: constituem as
Figura 8 - Orçamento Público formas como o governo decide gastar
os recursos provenientes das receitas
(dinheiro que sai). Como exemplos
de despesas públicas, podemos
citar os gastos com a manutenção
dos órgãos (ministérios, autarquias
etc.), gastos com o Sistema Único
de Saúde, com a educação, com os
investimentos, com o pagamento de
juros e amortização da dívida pública
(GOIAS, s/d).

Fonte: <http://serv90.limeira.sp.gov.br/op/wp-content/
uploads/2013/06/PLANEJAMENTO-E-ORCAMENTO-
PUBLICO-AULA-1.pdf>
Quadro6-QuadroSintéticodosInstrumentosOrçamentários
Instrumentos Orçamentários
PPA LDO LOA

Instrumento de Estrutura de planejamen- Discriminação das receitas


planejamento de médio to desenvolvida a curto e despesas estimadas para
prazo, que serve como prazo que estabelece as evidenciar a política
O que é? base de orientação para metas e prioridades para financeira e os programas
a elaboração da LDO e o exercício financeiro do do governo (BRASIL,
LOA (BRASIL, 2016b). ano seguinte (BRASIL, 2016b).
2016b).

Análise sócio-financeira; Diretrizes e prioridades Fixação do valor global da


diretrizes, objetivos, de gastos que devem receita e a despesa do
O que deve
Atividade 6 Desenvolvimento conter?
metas, programas e
ações (BRASIL, 2016b).
orientar a elaboração da
Lei Orçamentária Anual
orçamento fiscal e de
investimentos, a
Os participantes assistirão aos vídeos (LOA) do ano seguinte. autorização para abertura

Conhecendo os Instrumentos da Série Orçamento Participativo:


(BRASIL, 2016b). de créditos suplementares
e realização de operações

Orçamentários (PPA, LOA e “Orçamento Público - Sistema Financeiro


de crédito, além da
programação do
LDO) Nacional – PPA, LDO e LOA”, Videos 3 ao orçamento e
demonstrativos exigidos
10, disponível em: <www.youtube.com/wa pela legislação (BRASIL,
2016b).
Objetivo tch?v=hKqbwiaixcM&index=2&list=PLNK
Conhecer os Instrumentos Orçamentários Qual a
ZPo-igK8CYGBPMFyxq7RUTswO1gFTi>. vigência? Quadrienal Anual Anual
(PPA, LOA e LDO). Em seguida, o (a) docente fará uma
exposição dialogada do Texto 7. Se relaciona a Plano de Saúde PAS PAS
Recursos necessários qual
Computador com acesso à internet ou Tempo estimado: 2h
instrumento de
planejamento
vídeos em mídias graváveis; Datashow ou do SUS
/ 150 TV.
/ 151
Fonte: GOULART, 2017.

Texto 7 É importante que você, conselheira


Saiba mais! e conselheiro municipal de saúde,
compreenda a função de cada um desses
Conhecendo os Instrumentos Orçamentários Você sabe a diferença entre planejamento instrumentos no processo orçamentário
de curto, médio e longo prazo? público, procurando relacionar com o
(PPA, LOA e LDO) Veja: contexto da execução dos instrumentos de
- Planejamento curto prazo: onde os planejamento do SUS (PMS, PAS, RAG,
objetivos podem ser alcançados em até 1 RADQ). Para isto vamos detalhar cada um
do orçamento público de saúde. ano. destes instrumentos.
Durante as reflexões sobre os
Para a elaboração e execução do - Planejamento médio prazo: onde os
o processo de planejamento do SUS,
orçamento público são utilizados 03 objetivos podem ser alcançados em até 5 Plano Plurianual (PPA)
destacamos a importância da sua
importantes instrumentos (BRASIL, anos.
integração com o orçamento público. Nossa
2016b): - Planejamento a longo prazo: onde são É um instrumento estratégico para
discussão se aprofundou no contexto do
- A Lei Orçamentária Anual (LOA); necessários mais acima de 5 anos para planejamento orçamentário do município,
planejamento das ações e serviços de
- A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que seus objetivos sejam alcançados. estado ou união. É o PPA que define as
saúde, considerando que os instrumentos
e; Fonte: <https://www.parmais.com.br/ diretrizes, objetivos e metas do governo
de planejamento da saúde (PMS, PAS e
- O Plano Plurianual (PPA). wp-content/uploads/2015/05/Info_prazos- para as despesas de capital e outras delas
RAG) priorizam as políticas de saúde que
2-e1438029653809-1.png>. decorrentes, inclusive os programas de
devem orientar a elaboração e execução
duração continuada. Em outras palavras, Despesas de capital: são os gastos de à base estratégica do PPA, além de se
o PPA define quais prioridades de governo com investimentos do governo, como por atentar para que os recursos necessários
serão custeadas através do orçamento exemplo, as obras em geral e a aquisição para a execução dos serviços e ações
(BRASIL, 2016 b). de equipamentos para a saúde e qualquer planejados sejam também contemplados
Esta função exercida pelo PPA o outra finalidade (BRASIL, 2014). (BRASIL, 2016b).
coloca como principal peça do processo Despesas decorrentes das despesas A outra parte que compõe o PPA é
de planejamento orçamentário, uma vez de capital: são as despesas destinadas a denominada Programa, que consiste na
fornece as diretrizes de todas as políticas manter e conservar os investimentos. Por sistematização das ações que serão im-
públicas a serem executadas, indicando as exemplo, o custeio: a construção de um plementadas de acordo com as orienta-
prioridades para a destinação de recursos hospital dá origem às despesas com a sua ções definidas na base estratégica.
públicos (MINAS GERAIS, 2017). manutenção e funcionamento (BRASIL,
Ao detalhar as formas despesas 2014).
(gastos) estimadas no orçamento, vários O PPA se estrutura em duas partes Saiba mais!
conceitos são utilizados, como por exemplo fundamentais que são a base estratégica
na figura abaixo: e os programas (BRASIL, 2016b). Programa: “instrumento de organização
da ação governamental, com vistas
ao enfrentamento de um problema e à
concretização dos objetivos pretendidos.
Figura 9 – Estrutura PPA É mensurado por indicadores e resulta do
reconhecimento de carências, demandas
sociais e econômicas e de oportunidades.
Articula um conjunto coerente de ações,
/ 152 necessárias e suficientes para enfrentar
o problema, de modo a superar ou evitar / 153
as causas identificadas, como também
aproveitar as oportunidades existentes”
(GOIAS, s/d).
Neste contexto, as ações seriam
instrumentos de realização de programas,
do qual resultam bens ou serviços. 

Fonte: GOULART, 2017. Agora veremos o exemplo prático


de um PPA. O exemplo a seguir refere-se
ao programa Atenção Primária em Saúde
de um PPA.
A base estratégica é composta pela desta receita entre os setores e órgãos do
análise das condições sociais, físicas, ope- governo (BRASIL, 2016b).
racionais, financeiras da União, estado ou Neste contexto, é importante que
do município, especialmente em termos você, conselheira e conselheiro municipal
de quantidade e qualidade dos serviços de saúde, reconheça o papel do Conse-
públicos prestados à população (BRASIL, lho Municipal Saúde na articulação com
2016b). Ela contempla também as diretri- a gestão municipal de saúde, buscando
zes, objetivos e metas estabelecidas pelo garantir a integração das Diretrizes, Obje-
governo, a previsão de recursos orçamen- tivos e Metas do Plano Municipal de Saú-
tários (receitas) e a forma de distribuição
A Lei de Diretrizes Orçamentárias ano. Este detalhamento é realizado por

-
LDO meio da definição das ações que serão

Objetivo: Ampliar o acesso da população aos serviços de atenção primária, por meio do fortalecimento das ações de promoção, prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e reabilitação da saúde.
implementadas (despesas) e dos respec-
A LDO é reconhecida como um ins- tivos recursos orçamentários que possibi-

Unidade Medida
trumento inovador instituído pela Cons- litarão a execução destas ações (receitas)
tituição Federal de 1988, pois organiza o (BRASIL, 2016b).
processo de elaboração do orçamento, in- O primeiro passo para a definição

%
tegrando as definições e priorizações do e detalhamento das despesas é realizar

Valores Financeiros
PPA à Lei Orçamentária Anual (LOA) (MI- a estimativa da receita, que é identificar a
NAS GERAIS, 2017). Ela estabelece, para capacidade de financiamento das políticas

4.000.000

400.000
500.000
600.000
700.000
Quadro 7 – PPA: Informações sobre o programa atenção primária em saúde

cada exercício fiscal (referente ao período públicas de governo. Esta estimativa de


de um ano), as metas e as prioridades da receita é a base para a programação do
Administração Pública e os critérios de ela- orçamento (BRASIL, 2016b).
boração da LOA (BRASIL, 2016b). Além Vamos refletir um pouco: Qual é o

4 equipes
disso, a lei também trata de um amplo con- papel do Conselho de Saúde na análise da
Meta

1
2
3
4
junto de questões adicionais consideradas estimativa da receita orçamentária?
essenciais para que o planejamento de Considerando que a receita orça-

Meta Final PPA


médio prazo, expresso no PPA, seja ope- mentária é a base de cálculo para defini-
2018 a
2021
Ano

2018
2019
2020
2021

100%
racionalizado em planejamento de curto

100%
ção do valor mínimo relativo aos gastos
PPA – PROGRAMA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE

prazo por meio da Lei orçamentária anual, com ações e serviços de saúde nos níveis
Equipe mantida

que trata da execução das prioridades de estadual e municipal de governo, as con-


implantada
Ações do Programa

Produto

orçamento estabelecidas no PPA, para o selheiras e os conselheiros municipais de


Equipe

Indicadores

período de um ano (BRASIL, 2016b). saúde devem conhecer e acompanhar o


/ 154
É importante ressaltar que o prin- processo de estimativa da receita, solici- / 155
cípio do equilíbrio orçamentário, isto é, o tando o encaminhamento dos estudos re-
Manutenção das 04 equipes de

Bucal nas Unidades de Saúde da


Implantar 04 Equipes de Saúde

equilíbrio entre receitas e despesas (art. alizados pelo Poder Executivo com a res-
4º da LRF) deverá ser uma diretriz geral pectiva memória de cálculo da estimativa
Resultado 2017

de governo expressa na LDO (BRASIL, da receita (BRASIL, 2016b).


Saúde Implantadas
Descrição

100%

2016b).
0%

No contexto do orçamento da saú-


de, as conselheiras e os conselheiros mu- Para refletir...
Família
vo em questão está inserido no PMS – 2018 – 2021 do município

nicipais de saúde devem acompanhar a


tramitação do projeto de LDO no Poder Você sabe qual o valor mínimo deve ser
(dividido) pela População no

Legislativo, especialmente para verificar destinado às ações e serviços de saúde


X 100) / (dividido) pela
mesmo local e período

População no mesmo
(No de ESF x 3.450 X) /
Método de cálculo

se as emendas a serem apresentadas no do seu município?


(No de ESB x 3.450
Código da ação

Cabe aos municípios, a aplicação de


local e período

capítulo da saúde não conflitarão com as


Público Alvo: 100% da população municipal

1002

15% da receita base de cálculo (BRASIL,


1029

deliberações dos respectivos conselhos


(BRASIL, 2016b). 2016b).

A Lei Orçamentária Anual - LOA


Código do Programa: 27

SMS/ Coordenação de APS

% Cobertura de Equipes

Fonte: GOULART, 2017.


Informações sobre o
SMS/Coordenação de

primária em saúde
de Saúde da Família

programa atenção
Quadro 8 – PPA:

Enquanto o PPA compreende o


Um responsável

Descrição

planejamento governamental de médio


prazo, (para quatro anos), a LOA contém
o detalhamento de curto prazo desse pla-
APS

nejamento, considerando o período de um


O ciclo de planejamento e orça- A elaboração dos instrumentos de
Importante! mento definido pela Constituição Federal planejamento do SUS deve considerar Saiba mais!
de 1988 estabelece os prazos para que as os prazos de elaboração instrumentos de
As conselheiras e os conselheiros o PPA, LDO e LOA sejam enviadas pelo gestão orçamentária. Vamos compreender A lei de responsabilidade Fiscal: LRF
municipais de saúde deverão Poder Executivo ao Legislativo, em cada a dinâmica de elaboração destes instru-
acompanhar a tramitação do projeto esfera da federação, e esse faça a apre- mentos: A utilização da receita pública, deve
de LOA no Poder Legislativo, ciação das mesmas e as devolva para No ano de 2017 (primeiro ano de obedecer a uma série de normas para
especialmente para verificar se as sanção até o limite dos prazos estabeleci- gestão) a gestão municipal de saúde ela- garantir que os recursos não se desviem,
emendas a serem apresentadas no dos. Vamos conhecer os prazos de envio bora o Plano Municipal de Saúde, que será nem sejam aplicados de forma prejudicial
capítulo da saúde não conflitarão do executivo municipal para a respectiva incorporado ao PPA para o quadriênio de às finanças públicas. Essas normas estão
com as deliberações dos respectivos Câmara de vereadores (BRASIL, 2016b). 2018 – 2021. Neste ano, a gestão também previstas em diversas leis. Dentre estas
Conselhos (BRASIL, 2016b). deve elaborar, a PAS com vigência para leis cabe destacar a Lei Complementar
2018, para que seja possível subsidiar a nº 101, de 04/05/2000) conhecida como
LDO e LOA do seu ano de referência. O Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF
processo de elaboração da PAS, repete-
Figura 10 - Relação PPA, LDO e LOA -se nos 3 próximos anos da gestão: 2018,
que estabelece regras voltadas para a
boa gestão financeira com o objetivo de
2019 e 2020 (CONASEMS, 2016). assegurar a sustentabilidade futura das
O Plano Plurianual (PPL), a Lei de Diretrizes contas públicas. A lei está em anexo a este
Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária
caderno.
Anual (LOA) se completam, permitindo que
governo crie diretrizes para prever seus
Figura 11 – Cronograma O ministério do Orçamento, planejamento
gastos e organizar arrecadações, de modo a e Gestão - MPOG também publicou uma
permitir um bom e harmônico funcionamento interessante cartilha sobre a LRF, que está
das funções do Estado brasileiro (BRASIL,
/ 156 2016b). disponível em: <http://www.planejamento.
gov.br/assuntos/orcamento/lei-de- / 157
responsabilidade-fiscal/cartilha/080807_
pub_lrf_cartilha_port.pdf>.

Quadro 6 - Ciclo orçamentário municipal

Fonte: CONASEMS, 2016

Você sabia?
A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei
Complementar nº 101/2000) determina
a participação da sociedade por meio de
audiências públicas durante o processo de
elaboração do PPA, LDO e LOA e também
durante a tramitação do projeto de lei no
poder legislativo (câmaras municipais,
estaduais e federais)?

Fonte: Minas Gerais (2012)


Execução Orçamentária até 31 de dezembro do ano anterior (BRA-
Execução, Fiscalização e Monitoramento SIL, 2016b);
A execução orçamentária é a etapa não processados: empenhos emitidos
do Orçamento Público de utilização dos créditos consignados no em um ou mais exercícios anteriores ao
orçamento da LOA, por meio da execução presente, mas não liquidados até 31 de
das despesas públicas nela prevista. dezembro do ano anterior, ou seja, não
A execução orçamentária e finan- houve o fornecimento de materiais e ser-
ceira ocorrem ao mesmo tempo, por es- viços, medição de obras e instalações etc.
tarem ligadas uma a outra. Isto significa (BRASIL, 2016b).
Atividade 7 que mesmo existindo orçamento e se não
existir o financeiro, não poderá ocorrer a
Conhecendo instrumentos Desenvolvimento
despesa. Por outro lado, mesmo existindo Para refletir...
de execução, fiscalização e O(a) docente realizará exposição dialogada
recurso financeiro, não se poderá gastá-lo,
monitoramento do Orçamento do texto 8 permitido ao participante expor
se não houver a disponibilidade orçamen- O acompanhamento da execução dos
Público possíveis dúvidas;
tária. “restos a pagar”, principalmente dos
De acordo com a Lei de Respon- não processados, pelos Conselhos de
Tempo estimado: 40min
Objetivo sabilidade Fiscal – Lei Complementar nº Saúde é muito importante para fiscalizar o
Refletir o ciclo orçamentário, a execução e 101/2000, até 30 dias após a publicação efetivo cumprimento da aplicação mínima
fiscalização das despesas e relatórios de da LOA, o governo deve estabelecer a em ações e serviços de saúde, diante
acompanhamento. programação financeira e o cronograma de algum cancelamento que venha a
de execução mensal de desembolso. Nes- ocorrer e da consequente necessidade
se sentido, o primeiro passo é garantir às de compensação sob a forma de gasto
unidades orçamentárias os recursos ne- adicional ao mínimo no ano seguinte
/ 158
cessários e suficientes para a execução ao do cancelamento, mediante dotação
/ 159
do programa de trabalho mantendo, tanto orçamentária específica conforme
quanto possível, o equilíbrio entre a recei- abordado anteriormente. (BRASIL,
ta arrecadada e a despesa realizada (SO- 2016b)
ARES; CORDEIRO, 2014).

Texto 8 Desta forma é necessário verificar


a situação econômico-financeira do final
do exercício do ano anterior, apurando se Saiba mais!
a disponibilidade financeira foi suficiente
Execução e Fiscalização do orçamento para honrar os compromissos empenha- Dotações orçamentárias são valores

Público dos, mas ainda não pagos, denominados monetários autorizados, em acordo com
“Restos a Pagar”. Durante esta análise Lei Orçamentária Anual (LOA), para
pode–se encontrar a seguinte situação atender a uma determinada programação
(BRASIL, 2016b). orçamentária.
Os “restos a pagar” são as despe-
sas empenhadas, mas não pagas, até o
Até o momento destacamos impor- medida que o exercício financeiro avança dia 31 de dezembro. São classificados No contexto de priorização de des-
tantes conceitos sobre o processo de ela- (BRASIL, 2016 b). como processados e não processados pesas, é importante que você, conselheira
boração do orçamento, porém é preciso Além das fases de elaboração e (BRASIL, 1964): e conselheiro municipal de saúde, acom-
que você, conselheira e conselheiro mu- aprovação do orçamento, conhecidas até processados: empenhos emitidos em um panhe se os gastos com saúde de caráter
nicipal de saúde, compreenda que, assim aqui, existem outras importantes fases: a ou mais exercícios anteriores ao presen- continuado, ou seja, gastos relacionados
como o planejamento, o orçamento é um execução orçamentária, e fiscalização e te e que foram liquidados, mas não pagos a manutenção de serviços já existentes
instrumento dinâmico, sujeito a revisões à monitoramento.
(ex: gastos com aluguéis e manutenção de a realização da despesa e que abate,
de prédios, veículos, despesas de pesso- contabilmente, parcela da dotação orça-
al), serão priorizados no início do ano em mentária autorizada, para controlar a cota
termos de execução. mensal de despesas de cada órgão (Bra-
Liquidação: é a comprovação de que o credor cumpriu todas as obrigações cons-
sil, 2016b). O próximo estágio de proces-
tantes do empenho. A finalidade é reconhecer ou apurar a origem e o objeto do que
Estágios de processamento da samento da despesa é o empenho.
se deve pagar, a importância exata a pagar e a quem se deve pagar. Ele envolve,
despesa pública
portanto, todos os atos de verificação e conferência, desde a entrega do material ou
a prestação do serviço até o reconhecimento da despesa. (Fonte: BRASIL, TESOU-
Garantidos os compromissos or-
çamentários priorizados em lei, com os
Saiba mais! RO NACIONAL, disponível em: <http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/execucao-
-orcamentaria>.)
saldos das dotações orçamentárias atua-
Empenho: é o ato que, obrigatoriamente,
lizadas, será possível avançar para a pró-
deve anteceder a realização da despesa
xima etapa da execução orçamentária: a
pública. Cada empenho gera uma nota de
contratação de novas despesas, seguindo
empenho, documento que comprova que
à risca os três estágios da execução das E por fim, o Pagamento, o último O objetivo do RREO é permitir que
uma parte do orçamento está alocada para
despesas previstos na Lei nº 4320/1964: estágio da despesa, que extingue o débito a sociedade e os diversos órgãos de con-
credor devidamente identificado a partir
empenho, liquidação e pagamento. ou obrigação (BRASIL, 2016b). trole, conheça, acompanhe e analise o
do encerramento do processo licitatório.
A despesa pública tem início com Em relação à execução orçamentá- desempenho da execução orçamentária
É a garantia do credor de que há recurso
a definição do objeto a ser comprado ou ria, vale destacar a importância do contro- dos Governos Federal, Estadual, Distrital
orçamentário e financeiro para o poder
o serviço a ser contratado. Em seguida é le do processo de despesas. No caso das e Municipal (BRASIL, 2016b).
público honrar com a despesa contratada
realizada a reserva orçamentária que é o despesas relativas as ações e serviços de A elaboração do RREO é bimestral
(BRASIL, 2016b).
procedimento administrativo que antece- saúde, essas devem ser acompanhadas e e a sua publicação deverá ocorrer em até
/ 160 fiscalizadas pela gestão municipal de saú- 30 dias após o término do bimestre (BRA-
de e pelos respectivos Conselhos (BRA- SIL, 2016b). / 161
Figura 12 – Classificação dos Empenhos SIL, 2016b). No RREO a execução orçamentária
das ações de saúde é realizada por meio
Relatórios de Execução Orçamentária dos demonstrativos da saúde, que têm a
e Gestão Fiscal finalidade de demonstrar a aplicação dos
recursos mínimos em ações e serviços
No contexto da fiscalização e moni- públicos de saúde pela União, estados,
toramento da execução deste orçamento, Distrito Federal e municípios, para fins de
é importante que você, conselheira e con- verificação do cumprimento do disposto na
selheiro conheça importantes instrumen- Constituição Federal.
tos. O Relatório de Gestão Fiscal (RGF)
O Relatório Resumido da Execução é um instrumento de transparência da
Orçamentária (RREO) é um relatório de gestão fiscal criado pela Lei de Respon-
demonstração da execução orçamentária sabilidade Fiscal (LRF). Seu objetivo é
exigido pela Constituição Federal de 1988 controlar, o monitoramento e a publicidade
e tem a sua estrutura definida pela Lei de do cumprimento, por parte dos entes fe-
Responsabilidade Fiscal (LRF). derativos, dos limites estabelecidos pela
Demonstrar o desempenho da LRF: Despesas com Pessoal, Dívida Con-
Fonte: Brasil, 2016b
execução orçamentária é evidenciar a ar- solidada Líquida, Concessão de Garantias
recadação de receitas, a execução das e Contratação de Operações de Crédito.
Após o empenho, o processamento
despesas nas diversas áreas, como por Os relatórios resumidos de execu-
da despesa segue para a etapa de Liqui-
exemplo, na saúde. ção orçamentária (RREO, bimestrais) e os
dação.
relatórios de gestão fiscal (RGF) deverão
ser publicados em jornais de grande circu-
lação e disponibilizados pela internet, além
Saiba mais! Atividade Final - Refletindo conceitos
de apresentados em audiências públicas Que tal aprofundarmos nossos
realizadas no Poder Legislativo (conforme conhecimentos sobre o orçamento?
artigos 9, 48 e 67 da Lei Complementar nº
101/2000). Você conhece o “Manual de Orçamento
e Finanças Públicas para Conselheiros Objetivo
Portanto, esses são os fundamen- Questões
de Saúde”? Ele está disponível em: Refletir sobre os aspectos legais que fun-
tos legais que devem embasar as conse- 1. Você conhece o PPA do seu município?
<http://conselho.saude.gov.br/biblioteca/ damentam as atribuições dos conselhos
lheiras e os conselheiros municipais de livros/ManualdeOrcamento.pdf>. 2. As diretrizes, objetivos e metas defini-
municipais de saúde no processo de ela-
saúde no exercício do papel propositivo e dos no PPA estão em consonância com
boração, monitoramento, avaliação e fis-
fiscalizador dos aspectos orçamentários e Veja também o “Guia de apoio à as diretrizes do Plano Municipal de Saú-
calização dos instrumentos de gestão da
financeiros da gestão federal, estadual e Gestão Estadual do SUS”, disponível de? Como o Conselho Municipal de Saúde
em: <http://www.conass.org.br/ administração pública, do SUS e do orça-
municipal do SUS (BRASIL, 2016b). pode atuar para que isso seja garantido?
guiainforObjetivo: Refletir sobre os mento em saúde.
aspectos legais que fundamentam as 3. O Conselho Municipal de Saúde acom-
atribuições dos conselhos municipais Recursos necessários panhou o processo de integração da Pro-
de saúde no processo de elaboração, gramação Anual de Saúde à LDO e LOA?
monitoramento, avaliação e fiscalização Como o CMS pode contribuir para este
dos instrumentos de gestão da Desenvolvimento
1º momento processo?
administração pública, do SUS e do
orçamento em saúde. Os (as) participantes formarão grupos com 4. Você saberia dizer qual o percentual de
representantes dos mesmos municípios recursos do orçamento de saúde aplicado
de origem; pelo seu município no ano de 2016? Por-
/ 162 Cada grupo discutirá as questões a seguir, que é importante que o conselho municipal
refletindo sobre a realidade de seu muni- de saúde conheça esta informação? / 163
cípio.
Tempo estimado: 1h20
2º momento
OBS: O(a) docente poderá realizar provo-
Em seguida os (as) participantes formarão
cações a respeito da questão 4.
um círculo para apresentar suas reflexões
e o (a) docente promoverá um debate
acerca das questões que foram discutidas
nos grupos.
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/ 164
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782, tab. (Saúde em debate, 170).
• Ampliar a oferta de serviços e ações de modo a atender as necessidades de saúde,
TEIXEIRA, C. F (org). Planejamento em saúde : conceitos, métodos e experiências. Salvador respeitando os princípios da integralidade, humanização e justiça social e as diversidades
: EDUFBA, 2010.161 p. ambientais, sociais e sanitárias das regiões, buscando reduzir as mortes evitáveis e
melhorando as condições de vida das pessoas;
• Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde de qualidade, em tempo adequado,
com ênfase na humanização, equidade e no atendimento das necessidades de saúde,
aprimorando a política de atenção básica, especializada, ambulatorial e hospitalar, e
garantindo o acesso a medicamentos no âmbito do SUS. Aprimorar as redes de atenção
e promover o cuidado integral às pessoas nos vários ciclos de vida (criança, adolescente,
jovem, adulto e idoso), considerando as questões de gênero e das populações em situação
de vulnerabilidade social, na atenção básica, nas redes temáticas e nas redes de atenção
nas regiões de saúde;
• Fortalecer as instâncias de controle social e garantir o caráter deliberativo dos conselhos
de saúde, ampliando os canais de interação com o usuário, com garantia de transparência
e participação cidadã. Fortalecer a articulação entre os espaços de participação social em
todas as políticas públicas, com vistas ao desenvolvimento de ações intersetoriais;
• Fortalecer o papel do Estado na regulação do trabalho em saúde e ordenar, para as
necessidades do SUS, a formação, a educação permanente, a qualificação, a valorização dos
trabalhadores e trabalhadoras, combatendo a precarização e favorecendo a democratização
das relações de trabalho. Tudo isso considerando as metas de superação das demandas
do mundo do trabalho na área da saúde estabelecidas pela Década de Gestão do Trabalho
/ 168
e Educação em Saúde, iniciada em 2013; / 169
• Garantir o financiamento estável e sustentável para o SUS, melhorando o padrão do gasto
e qualificando o financiamento tripartite e os processos de transferência de recursos;
• Aprimorar o marco regulatório da saúde suplementar, garantindo o acesso e a qualidade
na atenção à saúde e os direitos do cidadão/usuário;
• Aprimorar a relação federativa no SUS, fortalecendo a gestão compartilhada nas regiões
de saúde e com a revisão dos instrumentos de gestão, considerando as especificidades
regionais e a concertação de responsabilidades dos municípios, estados e União, visando
oferecer ao cidadão o cuidado integral;
• Aprimorar a atuação do Ministério da Saúde como gestor federal do SUS, especialmente por
meio da formulação de políticas, do apoio interfederativo, da qualificação dos investimentos,
da indução dos resultados, da modernização administrativa e tecnológica, da qualificação
e transparência da informação;
• Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população por meio das ações de vigilância,
promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis,
acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na promoção do
envelhecimento saudável;
• Implementar ações de saneamento básico e saúde ambiental, de forma sustentável,
para a promoção da saúde e redução das desigualdades sociais. Informação, Educação e
Política de Comunicação do SUS;
• Promover a produção e a disseminação do conhecimento científico e tecnológico, de
análises de situação de saúde e da inovação em saúde, contribuindo para a sustentabilidade
do SUS;
• Valorizar o SUS como política de Estado, por meio de estratégias de comunicação;
Fortalecer o Complexo Industrial da Saúde para expandir a produção nacional de tecnologias
estratégicas e a inovação em saúde.

Anexo 2 - Fichas para a Dinâmica 2 - “Envelope quente”

Dentre as funções do Conselho municipal de saúde está: •Analisar o Relatório de Gestão


apresentado pelo gestor municipal do SUS e emitir parecer conclusivo sobre o cumprimento
ou não das normas definidas na Lei Complementar nº 141/2012 (Lei Complementar nº
141/2012, art. 36, §1º, art. 42; Portaria GM/MS nº 204, de 29/1/2007, art. 32). Como é
realizado esse processo no seu município?

Dentre as funções do Conselho municipal de saúde está:• Aprovar a programação anual do


Plano de Saúde, antes da data de encaminhamento da lei de diretrizes orçamentárias do
exercício correspondente (Lei Complementar 141, de 2012, art. 36, §2º; Portaria GM/MS nº
2.135, de 25/9/2013, art. 5º, inciso I). Como é realizado a esta aprovação no seu município?
Quais as dificuldades encontradas?

Compete ao conselho municipal de saúde: •Verificar, pelo sistema de amostragem, o


cumprimento do disposto na Lei Complementar nº 141/2012, além de verificar a veracidade
das informações constantes do Relatório de Gestão, com ênfase na verificação presencial
/ 170
dos resultados alcançados no relatório de saúde (Lei Complementar nº 141/2012, art. 42). / 171
O conselho de saúde realiza esta ação?

Compete ao conselho municipal de saúde: Discutir, elaborar e aprovar propostas de


operacionalização das diretrizes aprovadas pelas Conferências de Saúde (Resolução CNS
nº 453/2012, Quinta Diretriz, item III). O último plano de saúde aprovado pelo Conselho
Municipal de Saúde considerou estas propostas?
Unidade Didática 4

Financiamento em
Saúde
/ 172
/ 173
Quadro referêncial

Temática Atividades Tempo Estimado

Histórico do Dinâmica 1 – Linha do Tempo


Financiamento da Financiamento em Saúde no Brasil
01h
Saúde Pública no Brasil Texto 1 – Marcos da Trajetória do
Financiamento da Saúde no Brasil

Atividade 1 – Conhecendo as Fontes de


Fontes de Recursos Recursos Financeiros do SUS
Texto 2 – Conhecendo as Fontes de Recursos 40min
Financeiros do SUS

Atividade 2 – Entendendo os Fundos de


Saúde.
Fundos de Saúde Texto 3 – Fundo de Saúde e o Papel do 40min
Conselho Municipal de Saúde no seu

L
acompanhamento

Atividade 3 – Ampliando conhecimentos sobre


Blocos de Financiamento em Saúde
Blocos de Texto 4 – Blocos de Financiamento em Saúde
Financiamento e Gastos O Modelo de Financiamento ainda Vigente
Públicos em Saúde Atividade 4 – Compreendendo os Blocos de 02h
Financiamento e os Gastos Públicos em
Saúde
Atividade 5 – Entendendo melhor os Gastos
/ 174 Públicos em Saúde
Texto 5 – Gastos Públicos em Saúde / 175

udmila Gonçalves Barbosa Atividade 6 – Apresentando a Tabela de


Procedimentos do SUS e o Conselho
Municipal de Saúde 40min
Tabela de Texto 6 – Tabela de Procedimentos do SUS e
Procedimentos do SUS o CMS
Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal dos Vales do Je-
quitinhonha e Mucuri (2008) sempre busquei trilhar os caminhos da Saú-
de Pública em defesa do SUS. Especializei-me em Gestão da Clínica na Atividade 2 – Analisando o SIOPS
Atenção Primária SENAC/MG (2010) e Processos Educacionais na Saúde SIOPS Texto 7 – SIOPS
01h20
pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Sírio-Libanês (2014). Em 2011, apro-
vada no mestrado em Saúde Pública, na subárea Planejamento e Gestão Atividade 8 – O que esperar? Entendendo um
pouco sobre a nova modalidade de
de Serviços e Sistemas de Saúde, pela Escola Nacional de Saúde Pública Nova Modalidade de financiamento.
Sérgio Arouca, fui para o Rio de Janeiro em busca de novos debates para o Financiamento Texto 8 – Nova Modalidade de Financiamento 40min

fortalecimento do SUS e para aprofundar meus estudos na área de planeja-


mento e gestão do SUS. Atualmente sou servidora da Secretaria Estadual
de Saúde de Minas Gerais atuando como referência técnica do Núcleo de Atividade 9 - Construindo a agenda do
Agenda Conselho Municipal de Saúde 01h
Redes de Atenção à Saúde da Superintendência Regional de Saúde de
Montes Claros.
Carga Horária Total da Unidade Didática 08h
Introdução Histórico do Financiamento da
Saúde Pública no Brasil
Não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem
sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade
desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de
mudar.
Bertold Brecht

Dinâmica – Linha
Conselheira e Conselheiro, chega- É fato que precisamos melhorar
mos à última unidade do curso! Espero que o investimento em saúde, mas é
você esteja motivado para o debate sobre inquestionável que o nosso SUS é
o Financiamento em Saúde. Estamos vi- subfinanciado. E em um contexto de do Tempo
venciando um momento de transição do crise política e econômica esta situação
modelo vigente de financiamento com o se agrava. Contudo, a utilização das
“Projeto SUS Legal” e muitos desafios e ferramentas de planejamento (estudadas Objetivos baseado no Texto 1, e, junto com os gru-
embates na tentativa de desconstrução do na Unidade 3) aliada à existência de Refletir sobre a trajetória do Financiamen- pos, realizará as correções necessárias;
Sistema Único de Saúde (SUS). um Conselho Municipal de Saúde to identificando os principais marcos e mu-
Observamos no decorrer de quase empoderado, que conhece, acompanha, danças decorrentes dos mesmos; Frases
/ 176 três décadas de institucionalização do fiscaliza, analisa e avalia o financiamento Sistematizar conhecimentos relacionados 1. Usuários da saúde pagam INAMPS;
ao financiamento em saúde. 2. 30% do orçamento da Seguridade So- / 177
SUS a redução da participação da União da saúde do seu município certamente
no seu financiamento (o ente com maior contribuirá para o fortalecimento do SUS. cial destinado à saúde;
arrecadação de receitas), e o aumento da Assim, nesta unidade didática, Recursos necessários 3. Repasses regulares e automáticos des-
participação dos Estados e principalmente buscaremos refletir sobre o atual contexto Papel A4, pincel atômico, fita crepe. de que exista Conselho paritário;
dos Municípios, que possuem a menor da nossa saúde pública e algumas 4. Instituição da CPMF;
parcela de arrecadação de receitas entre questões: Conhecemos os recursos Desenvolvimento 5. Percentual de investimentos mínimos
os três entes (LIMA, 2006). destinados ao SUS? Quanto minimamente Os (as) participantes formarão 2 grupos; que deverão ser executados pelas três es-
Precisamos lutar por mais cada gestor deve investir na saúde do seu O (a) docente escreverá em uma folha de feras: União, Estado e Municípios;
investimentos para a saúde pública, município? O que se pode investir com o papel A4 cada data que marcou a trajetória 6. SIOPS;
otimizar a gestão desta política, e buscar recurso da saúde? Como se configuram as do financiamento saúde: 1980-1988-1990- 7. Pacto pela Saúde: Blocos de Financia-
mecanismos de garantia e efetivação transferências de recursos entre os entes 1996-2000-2007-2012-2015 e 2016 e mento;
do SUS que queremos. Fortalecer as federativos? E a tabela de procedimentos apresentará, na sala de aula, podendo ser 8. Definição das ações de saúde e a vin-
ações de prevenção e promoção à saúde do SUS, conhecemos seus valores e sua no quadro branco, na parede ou no chão; culação de recursos da União, Estados e
propostas no modelo de atenção primária utilidade para a gestão do SUS? Cada grupo organizará as frases, a seguir Municípios;
à saúde, e superar o modelo centralizado Pretendemos nas próximas páginas conforme a ordem cronológica da linha do 9. Vinculação de 15% de recursos da
no atendimento hospitalar, no uso abusivo compartilhar e construir com cada conse- tempo que envolvem a história do financia- União para os programas e ações de
de medicamentados e na contratação lheira e conselheiro conhecimentos acerca mento em saúde antes e depois da exis- saúde;
de serviços da rede privada. Estimular do Financiamento em Saúde. Bom traba- tência do SUS e colará abaixo das datas 10. Congelamento dos investimentos em
a participação social da comunidade e lho para todos! que o(a) docente expôs; saúde a partir de 2018.
sociedade civil nas esferas de controle Em seguida, o(a) docente fará aponta-
social é de extrema importância neste mentos, de forma sucinta, destacando as Tempo estimado: 1h
contexto (BRASIL, 2007). principais contribuições de cada marco,
Texto 1 Porém, a determinação dos 30%
do OSS para a saúde nunca se efetivou.
1.3. Transferência de Recursos de
Forma Regular e Automática – 1990
A partir da década de 1990 várias
iniciativas e medidas foram desmontando A Lei nº 8.142/1990 determina que
Marcos da Trajetória do Financiamento da Saúde no o modelo de financiamento desenhado os repasses financeiros do Fundo Nacional
Brasil para o OSS e consequentemente para o de Saúde para as ações de saúde sejam
SUS, “como a destinação da contribuição realizados de forma regular e automática
dos trabalhadores de carteira assinada para os Municípios, Estados e Distrito
1.1. Antes do SUS - 1980 mudanças no padrão de financiamento e somente para a Previdência Social e a Federal. Porém, para que os mesmos
nos gastos com essas políticas no Brasil criação de mecanismos que permitiram o façam jus ao recebimento é necessário
Antes de 05 de outubro de 1988, (AFONSO, 2010). acesso do Governo Federal aos recursos dentre outras obrigações, possuir:
data da promulgação da Constituição para uso em outras áreas e não na saúde” Fundo de Saúde;
Federal que institui o Sistema Único de No que se refere exclusivamente ao (UGÁ; MARQUES, 2005, p.196). Conselho Municipal com composição
Saúde, a população brasileira não tinha setor saúde, o art. 198 definiu que o SUS Paritária;
acesso universal e integral aos serviços seria financiado, nos termos do art. 195, No início da década de 1990, o Bra- Plano Municipal de Saúde;
de saúde. As ações universais financiadas com recursos do Orçamento da Segurida- sil se encontrava nas mãos do ajuste ma- Relatório de Gestão.
pelo Ministério da Saúde se resumiam a de Social (OSS), da União, dos Estados, croeconômico neoliberal, que resultaram
atividades de prevenção, como campanhas do Distrito Federal e dos Municípios, além no recuo do papel do Estado em ações de Percebem como é essencial o papel
de vacinação e enfrentamento a doenças de outras fontes (BRASIL, 1988). proteção social e na redução das desigual- do Conselho Municipal de Saúde
endêmicas como a Doença de Chagas, dades regionais, primando pela estabiliza- e a construção de instrumentos de
Malária e Febre Amarela. ção econômica e por mudanças estruturais planejamento e gestão que reflitam a real
Você conhece o Orçamento da
Assim, somente os trabalhadores para atender aos agentes externos, orga- necessidade de saúde da população?
Seguridade Social (OSS)?
com carteira de trabalho assinada tinham nismos multilaterais e interesses privados
/ 178
direito a assistência médica-hospitalar, (LIMA, 2006) -  Haveria alguma semelhan- 1.4. CPMF – Seria uma saída para o / 179
É uma divisão dentro do Orçamento
por meio do antigo Instituto Nacional de ça com os dias atuais? aumento de aportes de recursos para a
Federal que visa garantir um conjunto
Assistência Médica da Previdência Social Saúde? – 1996
de direitos, para a proteção do cidadão
(INAMPS), financiado por meio das con-
tribuições previdenciárias. Quem não tra-
brasileiro. Foram contempladas neste Para refletir...
Em 1993, com o fim da participação
Orçamento as áreas: saúde, previdência
balhava, e, portanto, não contribuía, era da Contribuição de Empregados e
e assistência social (conhecidas como o Será que a política de um Estado Mínimo,
tratado muitas vezes como indigente, bus- Empregadores no financiamento da
tripé da Seguridade Social). O objetivo ou seja, na diminuição do papel do
cando atendimento nas Santas Casas de saúde, era preciso pensar em outra
é destacar a importância de se garantir Estado nas ações de proteção social
Misericórdia (filantropia), nos municípios fonte de recursos. Em 26 de outubro
recursos financeiros para estas três áreas e redução das desigualdades, traz
onde estas existiam. de 1996 foi instituída por meio da Lei nº
essenciais. Com esta divisão do orçamento consequências para a saúde pública
9.311 a Contribuição Provisória sobre
em Orçamento da Seguridade Social o brasileira?
1.2. Viva os Direitos Sociais! – 1988 Movimentação Financeira – CPMF
cidadão pôde exercer o direito de fiscalizar, SAIBA MAIS: Neoliberalismo e Saúde -
inicialmente destinada em sua totalidade
com mais transparência, identificando quais Maria Lúcia Frizon Rizzotto http://www.
A Constituição Federal de 1988 ao Fundo Nacional de Saúde.
ações estão sendo feitas nessas áreas. O epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/
trouxe para todos nós direitos sociais! Ela
Artigo nº 55 das Disposições Transitórias neosau.html
instituiu o Sistema Único de Saúde, a uni- A CPMF passou a ser uma das
da Constituição determinou a destinação
versalização do direito de acesso à saú- principais fontes de financiamento do
de 30% dos recursos do OSS para a Desta forma, o SUS, consagrado
de. Agora todas as brasileiras e brasileiros Ministério da Saúde. Em 1997 já respondia
saúde. na Constituição e regulamentado pela Lei
têm direito a saúde, independente de raça, por 27,9% do total de recursos, tendo
http://www.orcamentofederal.gov.br/ Orgânica nº 8080/90 e 8142/90, enfrentou
cor e classe social. Imagine viver sem ter alcançado mais de 1/3 (36%) em 2002 e
radio-mp/2010/copy_of_voce-conhece-o- sérios percalços e necessitou de mais
acesso à saúde e educação? O SUS, jun- daí por diante, até 2007, mantendo-se em
orcamento-da-seguridade-social aportes de recursos do Tesouro Nacional
to com outras políticas sociais, significou torno de 30% (SERVO et al., 2011).
(DAIN, 2007).
almejados pelos defensores do SUS, e sim O Pacto pela Saúde de 2006 e
como ano-base 1999 (finalzinho da crise seus desdobramentos, que resultaram do
econômica), gerou uma “queda de braço” processo de revisão normativa do SUS,
entre o Ministério da Saúde e o Ministério mudou o sentido da reforma que se vinha
da Fazenda, com vitória do último e com empreendendo no sistema de saúde
uma perda estimada em 1,19 bilhões de brasileiro desde a segunda metade dos
reais (MENDES; MARQUES, 2007). anos 1990 (BRASIL, 2006).

E a EC 29 foi efetiva? Segundo Com o desdobramento do Pacto pela


Mendes e Marques (2007) infelizmente Saúde, a Portaria GM nº 204 de 29 de janeiro
não, pois parte dos Estados não cumpriu as de 2007, regulamenta o financiamento e a
determinações da emenda constitucional, transferência dos recursos federais para
e tanto Estados como Municípios as ações e os serviços de saúde na forma
utilizaram os percentuais estabelecidos dos blocos de financiamento, - Atenção
para ações que não se configuravam Básica, Média e Alta Complexidade
Fonte: Siaf/Sidor em BRASIL,2011 –Pág.20.
como ações de saúde, como pagamento da Assistência, Vigilância em Saúde,
de aposentadoria, saneamento básico e Assistência Farmacêutica e Gestão
A configuração da CPMF como Emenda Constitucional (EC) nº 29 aprovada habitação urbana, mesmo após a definição do SUS - em substituição às famosas
provisória sempre preocupou os gestores em outubro do ano 2000, determinou de de uma diretriz dessas ações no ano de centenas de caixinhas referentes aos
(conselheiras, conselheiros, secretarias forma progressiva os percentuais mínimos 2003, por meio da Resolução nº 322, do repasses específicos que dificultavam a
e secretários de saúde) da saúde, de investimentos em saúde pela União, Conselho Nacional de Saúde (CNS, 2003). identificação dos recursos pelos gestores
que continuaram trabalhando pelo Estados e Municípios. Porém, a regulamentação da EC 29 só e consequentemente o gasto e prestação
estabelecimento de uma fonte de recursos foi concretizada com a aprovação da Lei de contas (BRASIL, 2006).
/ 180 Segundo essa emenda, no primeiro ano de sua
definitiva e que resultasse no aumento de Complementar nº 141 de 13 de janeiro de
vigência, os estados e municípios deveriam / 181
recursos para o SUS. (PIOLA et al., 2012). 2012. A Portaria nº 837, de 23 de abril de
alocar pelo menos 7% das receitas de impostos
O fim da Contribuição Provisória e transferências constitucionais, sendo que 2009, altera e acrescenta dispositivos à
sobre Movimentação Financeira (CPMF) esse percentual deveria crescer anualmente até
Portaria n° 204/GM, para inserir o Bloco
atingir, para os estados, 12% em 2004 e, para
aprovada em dezembro de 2007 pelo
os municípios, 15%. Para a União, definia para o
Saiba mais! de Investimentos na Rede de Serviços de
Senado Federal, trouxe muitos transtornos primeiro ano o aporte de pelo menos 5% em relação Saúde que passa a compor os blocos de
para a gestão do SUS - o governo federal ao orçamento empenhado do período anterior; Para conhecer as Resoluções
financiamento.
para os seguintes, o valor apurado no ano anterior homologadas pelo CNS acesse o site :
deixou de arrecadar aproximadamente R$ Entretanto, segundo Dain (2007), a
seria corrigido pela variação do PIB nominal (UGÁ; http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/
40 bilhões de reais no ano (BRASIL, 2011). MARQUES, 2005 p.219). reso_inicial.htm criação dos blocos de financiamento não
De acordo com Ugá e Marques modificou o volume de recursos distribuídos
(2005), o contexto de incertezas e De acordo com Faveret (2003) a em cada bloco, ou seja, a distribuição de
indefinições dos recursos para a área da aprovação da EC 29 foi recebida como um recursos continuou não considerando as
saúde resultou na busca por uma solução grande avanço, pois garantia um mínimo Um ganho no período foi a criação desigualdades regionais, epidemiológicas
mais eficaz: a vinculação dos recursos de recursos e definiu a participação de do Sistema de Informações sobre e sociais, dando continuidade a definição
orçamentários das três esferas de poder cada ente do governo no financiamento Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS) dos destinos das transferências por meio
– ou seja, a determinação de percentuais do SUS. No entanto, a aprovação da por meio da Portaria Interministerial nº de portarias específicas.
mínimos que deveriam ser aplicados no vinculação de recursos não findou com os 1.163, de outubro de 2000, que passou a
SUS. conflitos existentes nas discussões sobre ser de alimentação obrigatória, permitindo 1.7. Regulamentação da EC 29/2012
financiamento da saúde. o acompanhamento do cumprimento da
1.5. Emenda Constitucional nº 29/2000 Emenda Constitucional nº 29. A Lei Complementar nº 141/2012
Em relação à União, a não aplicação define o que são ações de saúde

(aprofundaremos sobre este conceito no
A proposta final de vinculação dos 5% dos recursos tomando como ano- 1.6. Blocos de Financiamento – Seria o
texto sobre “Investimentos em Saúde”) e
de recursos para a saúde, denominada base o ano 2000 (retomada do crescimento) fim das caixinhas? - 2007 determina os gastos mínimos que deverão
ser executados para a realização destas para os programas e ações de saúde. a corresponder a 0,6% das receitas 241/55) que congelará os gastos em saúde
ações pela União, Estados e Municípios. Mas não seria um ganho para o correntes líquidas, ou seja, representarão a partir de 2018, esta situação tende a
Portanto, ela é a norma que determina o SUS a destinação de 15% de recursos da a partir de 2015 um adicional de R$ 2,5 piorar, uma vez que, segundo o Conselho
que podemos investir com o dinheiro da
saúde. União para a saúde? bilhões a R$ 3,0 bilhões destas despesas, Nacional de Saúde, esta normativa
Seria se nossa arrecadação de em comparação à média histórica de cerca representa um retrocesso de recursos
receitas fosse crescente e se mantivesse de R$ 1,0 bilhão, verificada entre 2009 para o setor saúde nos próximos 20 anos
ferramentas de regulação caso estas – 2013 (CNS, 2015). E estas despesas, por retirar a possibilidade de incorporar,
receitas decrescerem. Esta EC cria embora atenderão as bases eleitorais dos proporcionalmente à participação das
Saiba mais! uma mecânica normativa vinculando parlamentares, serão contabilizadas como despesas com saúde no orçamento federal
Para aprofundar sobre a Lei um percentual da receita pública ao gastos em saúde pela União. (CNS, 2016).
Complementar nº 141/2012: financiamento da saúde, sendo que a E, atualmente, com a aprovação
Lei Complementar 141 comentada: sistemática anterior, regulamentada pela da Emenda Constitucional nº 95 (PEC
http://www.epsjv.fiocruz.br/upload/
Lei nº 141/2012, obedecia a um cálculo
material%20noticias/analise_Gilson_
Carvalho_lei_emenda_29.pdf incremental o montante correspondente ao Simulação do impacto da EC 95 (PEC 241) sobre o Gasto Federal do SUS
valor empenhado no exercício financeiro caso vigorasse desde 2003 (em % do PIB), 2003 – 2015.
Mecanismos de Controle da Gestão do anterior, acrescido de, no mínimo, o
SUS à Luz da Lei Complementar Nº 141,
de 2012: percentual correspondente à variação
www.apgs.ufv.br/index.php/apgs/article/ nominal do Produto Interno Bruto (PIB),
download/910 evitando perdas drásticas com eventual
recuo do PIB.
Segundo o CNS (2015), o novo
critério de cálculo estabelecido por esta
Esta normativa também EC, cuja base de cálculo é a Receita
/ 182
regulamenta os percentuais mínimos de Corrente Líquida, com escalonamento / 183
investimentos que devem ser realizados progressivo de percentuais até 2020 (de
pela União, Estado e Municípios nas Ações 13,2% a 15,0%), representará uma redução
de Saúde. orçamentária e financeira para o SUS.
Basta comparar o seguinte: o orçamento
1.8. Emendas Constitucionais da saúde para 2014 representou 14,38%
nº 86/2015 e nº 95/2016 – Contexto da Receita Corrente Líquida do ano, ou
desfavorável para o financiamento do seja, é maior do que o previsto (13,2%)
SUS para o primeiro ano de escalonamento Fonte: www.revistaforum.com.br//2016/10/03/ipea-os-impactos-do-novo-regime-fiscal-para-o-financiamento-do-
sistema-unico-de-saude-e-para-a-efetivacao-do-direito-a-saude-no-brasil/
da EC 86/2015. A redução de recursos
Quando o cenário parecia sinalizar projetada poderá superar R$ 9,0 bilhões
maiores ganhos para o SUS com a em 2016, se esta lógica for mantida.
Saiba mais!
regulamentação da EC nº 29, duas Além deste déficit resultante da mu-
A Comissão Intersetorial de Orçamento
Emendas Constitucionais tornam o cenário dança da regra de cálculo da aplicação mí- e Financiamento (COFIN) do Conselho
desfavorável para o financiamento do nima federal, esta EC determina uma nova Nacional de Saúde (CNS) apresentou, no
nosso SUS. definição constitucional para a execução dia 06/10/2016 um estudo que comprova
A Emenda Constitucional nº 86 orçamentária e financeira das emendas a perda de R$ 434 bilhões ao Sistema
promulgada em 17 de março de 2015, parlamentares individuais, conhecida Único de Saúde (SUS) com a aprovação
se refere à vinculação de recursos para da PEC 241 – EC 95.
como emendas impositivas, que provavel-
a execução de emendas parlamentares Leia a reportagem na íntegra:
mente diminuirá os recursos federais para
http://conselho.saude.gov.br/ultimas_
individuais, e altera o artigo 198 da a saúde pactuados entre União, Estados e noticias/2016/10out06_PEC241_pode_
Constituição Federal para estabelecer Municípios (CNS, 2015). representar_perda_434_bilhoes_SUS.
15% de vinculação de recursos da União As emendas impositivas passam html
Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Fontes de Recursos Automotores, o conhecido IPVA, o valor
arrecadado pelo Estado é contabilizado
como receita, ou seja, é inserido no cálcu-
lo dos 12%, como consequência, parte do
valor da arrecadação deste imposto será
utilizado para investimentos em ações e
serviços públicos de saúde.
Atividade 1 Desenvolvimento
O(a) docente realizará exposição dialogada
Conhecendo as Fontes de do Texto 2 permitindo ao participante expor
Recursos Financeiros do SUS possíveis dúvidas;
Objetivo Quadro 1: Base de Cálculo dos Recursos da Saúde dos Estados
Entender melhor as Fontes de Recursos Tempo estimado: 40min
Financeiros do SUS.

+
Imposto sobre Circulação de Mercadorias -
Receitas de Impostos de ICMS+ Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Natureza Estadual Automotores - IPVA+ Imposto sobre a
Transmissão Causa Mortis e Doação - ITCMD

• Cota-Parte do Fundo de Participação dos

Texto 2 Estados - (FPE)

+
Receitas de
Transferências da União • Cota - Parte do Imposto sobre Produto
/ 184 Industrializado IPI – Exportação
/ 185
Conhecendo as Fontes de Recursos Financeiros do • Transferências da LC n. 87/1996 (Lei Kandir)

SUS • Cota-parte sobre o Imposto de Renda Retido


na Fonte (IRRF)

Quando tomamos uma vacina


na Unidade Básica de Saúde, ou somos
cada ente da federação.
Você se lembra de que esta Lei
+ Outras receitas correntes
Receita da Dívida Ativa Tributária de Impostos,
Multas, Juros de Mora e Correção Monetária

atendidos em um hospital público, não determina o percentual mínimo de gastos Transferências

-
25% do ICMS, 50% do IPVA, 25% do IPI –
pagamos nada, certo? de 12% para os Estados e 15% para Financeiras
Exportação, 25% do ICMS Exportação – Lei
Constitucionais e Legais
Embora toda e qualquer assistência os municípios? Mas de onde vem este Kandir
aos municípios
ou serviço realizado pelo Sistema Único dinheiro para o custeio das ações de saúde
de Saúde seja gratuita, cada um de nós e consequente cálculo do cumprimento ou

=
financiamos o sistema indiretamente por não do percentual mínimo?
meio de impostos embutidos nos produtos Os Estados e o Distrito Federal Receita Própria do Estado = Base de Cálculo Estadual
que compramos e serviços que realizamos. aplicarão, anualmente, em ações e servi-
Como já vimos no texto anterior, ços públicos de saúde, no mínimo, 12%
o financiamento da saúde é de da arrecadação dos impostos, receitas de Fonte: BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Base de Cálculo e Aplicação Mínima pelos Entes Federados em
Ações e serviços Públicos de Saúde. Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento.
responsabilidade dos três entes: União, transferências da União, e outras receitas Disponível em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/abril/01/NT-Base-C--lculo-Aplica----o.pdf
Estados e Municípios e também vimos que correntes, deduzidas as parcelas que fo-
a Lei nº 141/2012 que regulamenta a EC rem transferidas aos respectivos municí-
29 determina os investimentos mínimos pios (Quadro 1).
com saúde que devem ser realizados por Desta forma quando pagamos o
O que é a Lei Kandir? que são contabilizados como receitas para É importante não esquecer, como nados ao Sistema Único de Saúde. Tais
os Estados e Municípios. vimos na Unidade 3, que os recursos transferências são destinadas a atender a
O ICMS é um imposto estadual, ou do tesouro municipal são definidos no ações com propósitos específicos e com
seja, somente os governos dos Estados e Para saber mais: http://www12.senado.leg. orçamento municipal, em consonância com regras definidas caso a caso. São efetiva-
o Distrito Federal têm competência para br/noticias/entenda-o-assunto/lei-kandir o respectivo Plano de Saúde, aprovado das por meio da celebração de Convênios
instituí-lo. Porém, a Constituição atribuiu Os municípios e o Distrito Federal pelo Conselho Municipal de Saúde - CMS ou Contratos de Repasse (Art. 25 da Lei
competência tributária à União para criar aplicarão anualmente em ações e serviços e devem ser alocados por meio da LOA ou Complementar n.º 101, de 4 de maio de
uma lei geral sobre o ICMS, o que foi feito públicos de saúde, no mínimo, 15% da via créditos suplementares, especiais ou 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal).
por meio da Lei Kandir. Essa lei proíbe a arrecadação dos impostos, receitas de extraordinários. Ex: O município de Esperança de Minas
incidência do ICMS nas operações como: transferências da União e do Estado, e recebeu R$ 80.000,00 de um convênio
vendas de livros, jornais, periódicos e outras receitas correntes (Quadro 2). estabelecido com a União para a compra
o papel destinado a sua impressão e ao O Imposto sobre a Propriedade
Você sabia? de uma ambulância. Esta receita é
envio ao exterior de mercadorias, inclusive Predial e Territorial Urbana – IPTU é Um processo poderá ser instaurado contra advinda de uma transferência voluntária
produtos primários (frutas, carnes,grãos) e um dos impostos mais conhecidos pela a autoridade estadual ou municipal que e, portanto, não entrará no cálculo do
produtos industrializados semielaborados sociedade e o principal imposto na aplicar em saúde menos que o percentual percentual de investimento. mínimo em
(minério de ferro) ou serviços. mínimo exigido (12% e 15%). Como o saúde. Para saber mais sobre Convênios
maioria dos municípios. Como vimos
A Lei Kandir garantiu aos estados o descumprimento do mínimo afronta a lei, a
o valor arrecadado por este imposto é e Contratos de Repasse: https://www2.
autoridade que descumprir esta regra pode
repasse de valores a título de compensação contabilizado para o cálculo dos 15% de senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/
perder o direito de candidatar-se a cargo
pelas perdas decorrentes da isenção de aplicação mínima em saúde. id/496341/OPED0008%20Texto%20
eletivo e, consequentemente, de ser eleito.
ICMS e são estes valores de compensação Já o estado ou o município fica sujeito a: Completo.pdf?sequence=5
Suspensão de repasses federais ao estado/ Ao analisar os quadros acima, com
Quadro 2: Base de Cálculo dos Recursos da Saúde dos Municípios município, conforme exposto no art. 160, o demonstrativo de receitas vinculadas
parágrafo único, incisos I e II da Constituição
/ 186 ao cálculo do percentual mínimo de
Imposto sobre Serviços - ISS, Federal, bem como no art. 25, §1º, alínea

+
Imposto sobre a Propriedade Predial investimento em saúde, pode parecer / 187
Receitas de Impostos de “b”, da Lei de Respon­sabilidade Fiscal;
e Territorial Urbana IPTU, Imposto complicado, mas é importante que todas
Natureza Municipal sobre Transmissão de Bens Inter Intervenção da União no estado/município
Vivos - ITBI (ou do estado no municí­ pio), conforme as conselheiras e conselheiros de saúde
exposto no art. 35, inciso III, da Constituição saibam o que são estas as receitas que
• Cota-Parte do Fundo de
Participação dos Municípios (FPM) Federal (TCU, 2015 p.55). devem ser utilizadas para garantir o
cumprimento do investimento mínimo em

+
• Cota-Parte do Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural -ITR saúde para os Estados e Municípios.
Receitas de Transferências Reforçamos também que as trans-
da União • Cota -Parte da LC n. 87/1996 (Lei ferências fundo a fundo e transferências
Kandir)
voluntárias da União para os Estados e
• Cota-Parte sobre o Imposto de Municípios e dos Estados para Municípios, Para refletir...
Renda Retido na Fonte (IRRF)
nas quais se incluem os recursos do SUS,

+
não integram a base de cálculo sobre a Você conhece o percentual do
Receitas de Transferências Cota-Parte do ICMS, Cota-Parte do qual incide o percentual mínimo de aplica- investimento realizado na saúde no
do Estado IPVA e Cota-Parte do IPI –
Exportação ção de recursos na saúde nos municípios. ano de 2016 pelo seu município? Ele
cumpriu o percentual estabelecido na Lei

+
Receita da Dívida Ativa Tributária de
Outras receitas correntes Impostos, Multas, Juros de Mora e O que são transferências Voluntárias? Complementar 142/2012?
Correção Monetária

= Receita Própria do Município = Base de Cálculo Municipal É a entrega de recursos correntes


ou de capital a outro ente da Federação, a
título de cooperação, auxílio ou assistên-
Fonte: BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Base de Cálculo e Aplicação Mínima pelos Entes Federados
em Ações e serviços Públicos de Saúde. Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e cia financeira, que não decorra de deter-
Desenvolvimento. Disponível em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/abril/01/NT-Base-C--
lculo-Aplica----o.pdf
minação constitucional, legal ou os desti-
Ao lado dos Planos de Saúde
Fundos de Saúde (PMS), das Programações Anuais de Saiba mais!
Saúde (PAS) e dos Relatórios de Gestão
Gestão dos Fundos de Saúde:
(RAG), os fundos de saúde representam
http://www.conass.org.br/guiainformacao/
um instrumento para gestão dos recursos
gestao-dos-fundos-de-saude/
do SUS destinados a financiar ações e Texto - Gestão dos Recursos da Saúde:
serviços de saúde e de planejamento ao Fundo de Saúde - Carvalho e Santos,
Atividade 2 possibilitar aos gestores visualizarem os 2002, p. 275-277 disponível em:
recursos de que dispõem para as ações e http://www.fns.saude.gov.br/ 
Entendendo os Fundos de Desenvolvimento
serviços de saúde (BRASIL, 2015).
Saúde O(a) docente realizará exposição dialogada
Também constitui um instrumento
do Texto 3 permitido ao participante expor Inclusive, o repasse da parcela dos
Objetivo de controle, por permitir ao CMS o
possíveis dúvidas; recursos de impostos e transferências
Ampliar conhecimentos sobre o Fundo de acompanhamento permanente sobre as
constitucionais que os entes da federação
Saúde e o Papel do Conselho Municipal fontes de receitas, seus valores, data de
Tempo estimado: 40min devem aplicar em Ações e Serviços
de Saúde no seu acompanhamento. entrada, despesas realizadas, rendimentos
Públicos de Saúde será feito diretamente
de aplicações financeiras, dentre outras
ao respectivo Fundo de Saúde e, no caso
(BRASIL, 2003). Eventualmente o gestor
da União, também às demais unidades
dos recursos recebidos por transferências
orçamentárias do Ministério da Saúde
Texto 3
fundo a fundo podem manter os valores
(Portaria STN nº 553, de 22 de setembro
em aplicações financeiras. Porém, os
de 2014).
conselheiros municipais de saúde devem
estar atentos para que os recursos não
Fundo de Saúde e o Papel do Conselho Municipal de fiquem paralisados muito tempo em
O Fundo de Saúde é uma conta
/ 188
Saúde no seu aplicações financeiras, já que a prioridade
bancária na qual estão vinculadas
/ 189
diversas contas relacionadas a receitas
acompanhamento é o atendimento das necessidades de
e despesas vinculadas aos seis blocos
saúde.
de financiamento. Não pode ser utilizada
Mas o que são mesmo os Fundos de
para pagar despesas de outras áreas do
Saúde? São “uma modalidade de gestão
município. O Fundo de Saúde deve utilizar
de recursos, criada por lei e revestida de
contabilidade específica e integrada
certas formalidades, com o fim de ser
à contabilidade geral do ente ao qual
o receptor único de todos os recursos
se vincula para registrar, acompanhar
destinados à saúde, em cada esfera
e controlar o processamento de suas
de governo” (CARVALHO; SANTOS,
receitas e despesas e de sua execução
2002). Todas as despesas com ações e
orçamentária, financeira e patrimonial
serviços públicos de saúde realizadas
(PARECER nº 1.396/2011 - PGFN/CAF).
pelos três entes deverão ser financiadas
com recursos movimentados por meio dos
respectivos fundos de saúde. Baseado na legislação vigente
Lei 141/2012 – Lei 8.080/1990 – Lei
8.142/1990 e Lei 4.320/1964 a Lei de
Para refletir... criação do Fundo Municipal de Saúde
deve dispor no mínimo, sobre o seguinte:
Você conhece a Legislação sobre os
fundos de saúde e a Lei de Criação do a) as receitas específicas destinadas à
Fundo de Saúde do seu município? saúde, que deverão ser depositadas nas
Fonte: http://www.redehumanizasus.net/92953-conhecendo-os-blocos-de-financiamento-do-sus-repasse-fundo-a-fundo contas especiais do Fundo;
b) a vinculação da aplicação destes estabeleceu as condições e as formas
Quadro 1 - São fundos na área da saúde
recursos com despesas referentes às para viabilizar os repasses regulares
ações e serviços públicos voltados para e automáticos dos recursos do SUS.
Fundos Origem de Recursos Administração Fiscalização
a promoção, a proteção e a recuperação Repasses fundo a fundo começaram a
da saúde, que atendam, simultaneamente, ser feitos para os estados e municípios União Ministério da Saúde Conselho Nacional de
Nacional
aos princípios do SUS e as diretrizes habilitados na forma de gestão semiplena, Saúde (CNS)
estabelecidos na Lei Complementar nº conforme previsto na Norma Operacional
Estadual União e Estado Secretaria Estadual de Conselho Estadual de
141/2012; Básica nº 1 de 1993 (BRASIL, 2011). Saúde Saúde (CES)
c) as normas peculiares de aplicação dos
Municipal União, Estado e Secretaria Municipal Conselho Municipal de
recursos de saúde;
Município de Saúde Saúde (CMS)
d) a vinculação do Fundo à Secretaria
Municipal de Saúde;
Saiba mais!
e) a descentralização interna do processo Fonte: BRASIL, 2015.

decisório para Secretaria Municipal de O Termo de Compromisso de Gestão


Saúde, órgão gestor do Fundo; e estabelecido pela Portaria nº399/2006 As transferências de recursos
Já os recursos federais, destinados a
f) o Plano de Saúde, a contabilidade e a que institui o Pacto pela Saúde extingue ocorrem de forma regular e automática
o processo de habilitação para estados e investimentos ou a incentivos a programas
prestação de contas específicos. entre os fundos. Assim, o Fundo Nacional
municípios, conforme estabelecido na NOB/ serão transferidos por meio de pleitos
Os fundos de saúde foram de Saúde pode transferir recursos para
SUS 01/96 e na NOAS/SUS 2002. Ficando dos municípios ao Ministério da Saúde ,
instituídos no contexto da municipalização, os Fundos estaduais e municipais. Esse
ainda mantidos, até a assinatura do Termo solicitados através do Fundo Nacional de
ou seja, da descentralização da de Compromisso de Gestão constante processo denomina-se “transferências
Saúde e executados por (BRASIL,2017):
responsabilidade das ações e serviços nas Diretrizes Operacionais do Pacto pela fundo a fundo” (BRASIL, 2011).
de saúde para os municípios de acordo Saúde 2006, as mesmas prerrogativas e A forma de transferência dos
Transferências Fundo a Fundo;
com suas capacidades de gestão. É, para responsabilidades dos municípios e estados recursos federais, destinados às ações e
/ 190 que estão habilitados em Gestão Plena do Convênios;
os municípios, um valioso mecanismo aos serviços de saúde, para os estados / 191
Sistema e Gestão Plena da Atenção Básica. Contrato de Repasse;
para distinguir os recursos destinados ao e municípios, foram definidas pelo Pacto
Termo de Execução Descentralizada;
financiamento da saúde e promovem o pela Saúde por meio dos seis blocos de
Os municípios que já eram habilitados em Aplicações Diretas
permanente acompanhamento das fontes Gestão Plena do Sistema permaneceram e financiamento (BRASIL, 2007).
de receitas, de seus valores e das datas hoje os municípios mineiros que desejam Assim, as transferências de recursos
de ingresso, das despesas realizadas, dos assumir a gestão dos seus prestadores do Fundo Nacional de Saúde, para custeio
recebimentos das aplicações financeiras devem aprovar o pleito nos respectivos de ações e serviços de saúde públicos, Você sabia?
(BRASIL, 2011). Conselhos Municipais de Saúde e preencher serão realizadas diretamente para o Fundo
a Declaração da CIB (Comissão Intergestores Municipal de Saúde, de forma regular e Para orientar os municípios na
Portanto, o Fundo Municipal de
Bipartite) de Comando Único do Termo de apresentação de propostas, o Ministério
Saúde é o braço financeiro de toda automática, dispensada a celebração de
Compromisso de Gestão Municipal. da Saúde desenvolveu uma cartilha, que
e qualquer política de Saúde que se convênios e outros instrumentos jurídicos
norteará a elaboração de projetos de
desenvolva no Município. Não há que Os municípios que não assumiram a gestão (BRASIL, 2012).
investimentos e de custeio?
se falar em fontes de financiamento dos prestadores, são responsáveis pelas http://www.fns2.saude.gov.br/
para a Saúde que não estejam por ele ações básicas de saúde no município: Saiba mais! documentos/cartilha.pdf
controladas; até mesmo os recursos atenção básica, vigilância, farmácia básica.
Os repasses são facilmente visualizados no É possível acompanhar mensalmente
que são transferidos da Prefeitura para
Fundo Nacional de Saúde. as transferências de recursos para a E as transferências do Estado para
seus Entes da Administração Indireta
Saúde do Fundo Nacional de Saúde os municípios mineiros, são fundo a fundo?
(Autarquias, Fundações, etc.) (SÃO para os Fundos Estaduais e Municipais
Sim, conforme a Lei Complementar
PAULO, 2004). de Saúde. É só acessar o site do Fundo
nº 141/2012 da mesma forma que a
Foi o Decreto nº 1.232, de 30 de Nacional e selecionar o estado/município
que você quer pesquisar: União, as transferências de recursos
agosto de 1994, depois das Normas
http://fns.saude.gov.br/visao/consulta/ do estado para os municípios devem
Operacionais 01/91 e 01/92 do SUS, que
detalhada/filtro.jsf ser fundo a fundo, de forma regular e
automática. Santos (2012) recomenda que serão definidos com base nos seguintes O acesso ao GEICOM é realizado transferido para contas únicas igadas às
a metodologia de aplicação de recursos critérios (MINAS GERAIS, 2010): por meio digital, e tanto as assinaturas Secretarias de Fazenda. De acordo com
devem ser pactuadas pelos gestores I - Valor per capita; de Termos de Compromisso, quanto a legislação vigente, cada área do SUS
estaduais e municipais, na Comissão II - Grupo de ações e/ou procedimentos de a prestação de Contas só podem ser deve ter uma conta específica, que deve
Intergestores Bipartite – CIB e aprovadas saúde; assinadas digitalmente pelo Secretário ser gerenciada pela Secretaria de Saúde
pelo Conselho Estadual de Saúde, nos III - Perfil demográfico da região; Municipal de Saúde ou Prefeito. e fiscalizada pelos Conselhos de Saúde
moldes da lei. IV - Perfil epidemiológico da população a (BRASIL, 2015).
Os instrumentos utilizados para ser coberta;
transferências dos recursos estaduais são: V - Características quantitativas e Saiba mais!
qualitativas da rede de saúde na área;
Maiores informações sobre o GEICOM Você sabia?
Termo de compromisso; VI - Desempenho técnico, econômico e
estão disponíveis no site: É importante que a conselheira e o
Convênio. financeiro no período anterior;
http://www.saude.mg.gov.br/component/ conselheiro de saúde conheçam como o
VII - Ressarcimento do atendimento a dinheiro transferido por meio dos fundos
gmg/page/1536-geicom
Em Minas Gerais, as transferências serviços prestados; e é movimentado pelos gestores e quais
financeiras realizadas pela Secretaria de VIII - Equidade local e regional. são os bancos e as contas utilizadas
Estado da Saúde – SES/MG aos Fundos As contas bancárias utilizadas para para esta movimentação. Esse tipo de
Municipais são normatizadas por meio acompanhamento pode contribuir para a
Você sabia? movimentação dos recursos transferidos
de Resoluções. Para a efetivação da diminuição do desvio dos recursos públicos
fundo a fundo deverão ser identificadas,
e para a melhoria dos serviços de saúde
transferência é necessária a adesão de Perfil epidemiológico é a frequência e a de acordo com os objetivos a que se prestados à população.
cada município, através da assinatura distribuição de doenças em uma região destinam (BRASIL, 2003). Além disso, você, conselheira e conselheiro,
de Termo de Compromisso, conforme específica? Por exemplo: pode solicitar aos gestores a relação de
Decreto SES/MG nº 45.468, de 2010, contas bancárias utilizadas na movimentação
regulamentado pela Resolução SES/MG conta FUNDO (teto financeiro da dos recursos do SUS por parte da prefeitura/
/ 192 O Processo de Acompanhamento,
nº 2.568, de 13 de outubro de 2010. governo estadual (BRASIL, 2015).
Controle e Avaliação dos Termos de assistência e outros programas); / 193
Esse Termo estabelece entre os conta PAB (Piso de Atenção Básica, Fixo e
Compromissos e/ou Metas é realizado
entes compromissos e metas relativos aos Variável e outros incentivos);
por meio de processo digital, no
programas assistenciais e de apoio cria- conta ECD (Epidemiologia e Controle de
Sistema Gerenciador de Indicadores, Para refletir...
dos pela Secretaria de Estado da Saúde, Doença);
Compromissos e Metas – GEICOM.
decorrentes da descentralização da exe- conta MAC/VISA (Ações de Média e Alta
cução das ações de saúde, cujos valores Após a leitura e discussão do texto,
(Complexidade de Vigilância Sanitária)
pense em como você conselheira e
conselheiro municipal de saúde pode
Em muitos Estados e Municípios
melhorar o acompanhamento do Fundo
o fundo não é administrado pelo gestor
de Saúde do seu município.
municipal de saúde e observamos ainda
municípios em que o dinheiro do fundo é

Fonte: Instrutivo para Prestação de Contas para o cumprimento do Decreto 45.468/10.


ações e aos serviços de saúde, para os dos, ao Distrito Federal e aos Municípios,
Blocos de Financiamentos e os estados e municípios, foram definidas pelo na forma de fundo a fundo, em conta úni-
Pacto pela Saúde e regulamentadas pela ca e específica para cada Bloco de Finan-
Gastos Públicos em Saúde Portaria MS/GM nº 204, de 29 de janeiro
de 2007, com as alterações descritas na
ciamento, observados os atos normativos
específicos e devem ser aplicados nas
Portaria MS/GM nº 837, de 23 de abril de ações e serviços de saúde relacionados
2009, passando a ser integradas por seis ao próprio Bloco. (art. 5, da Port. MS/GM
grandes Blocos de Financiamento (obser- nº 204/2007).
ve a figura abaixo), cuja operacionalização Ao possibilitar que os recursos de
está regulamentada pela Portaria MS/GM um componente sejam utilizados nas ações
Nº 412, de 15 de março de 2013. de outro dentro do próprio bloco (Portaria
O objetivo dos blocos de financia- GM/MS nº 204/2007), bem como a pos-
Atividade 3 mento “é organizar as transferências rea- sibilidade de remanejamento de recursos
Ampliando conhecimentos lizadas por tipo de política de saúde e dar entre os blocos (Portaria 1073/2015), se
Desenvolvimento
sobre Blocos de Financiamento aos gestores de saúde mais autonomia propõe a contribuir para que os gestores
O(a) docente realizará exposição dialoga-
em Saúde para aplicar os recursos, considerando o de saúde tenham maior flexibilidade para
da do Texto 4 permitido ao participante ex-
Plano de Saúde aprovado pelo Conselho alocar os recursos de acordo com as ne-
por possíveis dúvidas;
Objetivo de Saúde” (BRASIL,2015). cessidades de saúde da população de seu
Entender sobre os Blocos de Financia- Cabe ainda ressaltar que os recur- estado ou município (BARBOSA, 2009).
Tempo estimado: 30min
mento em Saúde. sos federais que compõem cada Bloco de Vamos a partir de agora conhecer cada um
Financiamento são transferidos aos Esta- destes Blocos e como eles se configuram.

/ 194
/ 195

Texto 4

Blocos de Financiamento em Saúde – O Modelo de


Financiamento ainda Vigente

Fonte: http://fns.saude.gov.br/visao/consulta/simplificada/detalhe.jsf

Como já dito, a instituição das trans- de e comparação entre elas, possibilitan- 4.1. Bloco de Assistência Farmacêutica:
ferências dos recursos federais por meio do reconhecer a destinação do maior vo-
dos Blocos de Financiamento em Saúde lume de recursos financeiros (BARBOSA, O bloco de financiamento para a Assis-
foi um marco na história do financiamento 2013). tência Farmacêutica é constituído por três
do SUS, pois facilitou a identificação dos Esta configuração de transferên- componentes:
recursos destinados a cada área da saú- cia dos recursos federais, destinados às
Saiba mais! Você sabia?
Uma das maneiras que os Conselhos de
Bloco assistência Farmacêutica Conheça o Programa Farmácia de Todos Saúde podem atuar em seu município ou
do Governo de Minas Gerais, por meio estado é conhecendo e acompanhando
da Secretaria de Estado de Saúde de o modo como acontecem as compras de
Componente Destinação Âmbito Minas Gerais (SES-MG). medicamentos, para garantir que essa
http://www.saude.mg.gov.br/ aquisição ocorra da forma mais vantajosa
Atenção Primária em saúde, farmaciadetodos possível para a comunidade.
Assistência a doenças e agravos em nível ambulatorial. Unida-
Básico prevalentes (Ex: Hipertensão e des Básicas de Saúde. Estraté-
Diabetes) gia Saúde da Família. Uma boa aquisição de medicamentos deve
considerar primeiro o que comprar (seleção);
quando e quanto comprar (programação);
Linhas de Cuidado conforme Tratamentos de Doenças O Componente Estratégico da e como comprar. O monitoramento e a
Protocolos Clínicos e Diretrizes conforme Protocolos Clínicos Assistência Farmacêutica destina-se ao avaliação são fundamentais para aprimorar
Especializado Terapêuticas (PCDT) (Ex: e Diretrizes Terapêuticas. Os
pacientes devem cumprir com financiamento de ações de assistência a gestão e solucionar os problemas surgidos
Pacientes Transplantados,
Osteoporose, Anemia Falciforme) os critérios de inclusão. farmacêutica dos seguintes programas de durante o processo de aquisição (TCU, 2015).
saúde estratégicos: con­trole de endemias,
tais como a tuberculose, a hanseníase,
Tratamento de doenças endê- a malária, a leishmaniose, a doença de
Medicamento para tratamento de 4.2. Bloco da Atenção Básica
Estratégico doenças endêmicas e epidêmicas. micas e epidêmicas como chagas e outras doenças endêmicas de
HIV/AIDS, Doença de Chagas,
Tuberculose e Hanseníase. abrangência nacional ou regional; anti-
O bloco da Atenção Básica é forma-
retrovirais do programa DST/AIDS; sangue
do pelo: Componente Piso da Aten­ção Bá-
/ 196 e hemoderivados; e imunobiológicos
sica Fixo (PAB Fixo) e Componente Piso
Fonte: http://www.redehumanizasus.net/92953-conhecendo-os-blocos-de-financiamento-do-sus-repasse-fundo-a-fund (BRASIL,2015). / 197
da Atenção Básica Variável (PAB Variável).
O Componente Especializado
O Componente Piso da Atenção Básica
da Assistência Farmacêutica é uma
Fixo (PAB Fixo) refere-se ao financiamen-
estratégia de acesso a medicamentos
to de ações de atenção básica à saúde,
A Assistência Farmacêutica Bási- no âmbito do SUS, caracterizado pela
Você sabia? cujos recursos serão transferidos mensal-
ca é descentralizada, cabendo ao gestor busca da garantia da integralidade do
mente, de forma regular e automática, do
municipal, com o apoio do gestor estadual, Em Minas Gerais, a gestão do componente tratamento medicamentoso. De acordo
básico é realizada por meio do Programa FNS aos Fundos de Saúde do Distrito Fe-
planejar e executar cada uma das etapas com a Portaria 1.554/2013, o acesso
Farmácia de Todos, por meio de três deral e dos Municípios.
(programação, aquisição, armazenamen- aos medicamentos desse componente
modelos de adesão a ata de registro de São exemplos do que podemos
to, distribuição e dispensação de medica- será garantido mediante a pactuação
preços: investir com os recursos deste
mentos). Totalmente Centralizado no Estado (TCE):
entre a União, Estados, Distrito Federal e
componente: Diárias, ajuda de custo
Os recursos oriundos do Fundo Na- O Estado é gestor dos recursos municipal, Municípios (BRASIL, 2015). São exemplos
e treinamento de pessoal lotado nas
cional de Saúde são transferidos direta- estadual e federal. de tratamentos dentro do componente
unidades básicas de saúde; Material de
mente ao Fundo Estadual de Saúde ou ao Totalmente Centralizada no Município especializado: medicamentos para
(TCM): O município é o gestor dos recursos consumo; material radiológico; material
Fundo Municipal de Saúde e se destinam usuários transplantados, com osteoporose,
municipal, estadual e federal. de laboratório; material de expediente;
exclusivamente à aquisição dos medica- Doença de Parkinson, Anemia Falciforme
Parcialmente Descentralizado no Município Material de limpeza; Roupas de cama
mentos utilizados no âmbito da Atenção dentre outras.
(PDM): Município é gestor do recurso federal e mesa; oxigênios, combustíveis, gás;
Básica (BRASIL, 2015). São exemplos de e municipal. O Estado executa a contrapartida Despesas de capital: equipamentos e
medicamentos do componente básico, os estadual em medicamentos. material permanente para as unidades
medicamentos para Hipertensão Arterial, http://www.saude.mg.gov.br/component/gmg/
de saúde (computador, mobiliário, etc.)
Diabetes, Pílulas anticoncepcionais dentre page/344-medicamentos-basicos-sesmg
(BRASIL, 2004).
outros.
Os valores são estabelecidos por
quatro faixas de municípios (Anexo I a gulação, Controle, Avaliação, Auditoria e
Portaria nº 1.602/GM/MS, de 9 de julho Saiba mais! Monitoramento; Planejamento e Orçamen-
de 2011), e atualmente são determinados to; Programação; Regionalização; Gestão
pela Portaria nº1409/2013: As ações que são financiadas pelo bloco do Trabalho; Educação em Saúde; Incen-
da Atenção Básica estão definidas na tivo à Participação e Con­trole Social; Infor-
Portaria GM/MS 2.488, de 21/10/2011, mação e Informática em Saúde; Estrutu-
que aprova a Política Nacional de
Valor por Habitante/Ano Atenção Básica, estabelecendo a
ração de serviços e organização de ações
de assistência farmacêutica; e outros que
revisão de diretrizes e normas para a
Grupo Valor (R$) Habitante /Ano organização da Atenção Básica, para a vierem a ser instituídos por meio de ato
Estratégia Saúde da Família (ESF) e o normativo específico (BRASIL,2015).
Programa de Agentes Comunitários de
Grupo I R$ 28,00 habitante/ano
Saúde (PACS). II. Componente para a Implantação de
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/ Ações e Serviços de Saúde: inclui os in-
Grupo II R$ 26,00 habitante/ano gm/2011/prt2488_21_10_2011.html centivos atualmente designados: implan-
tação de Centros de Atenção Psicosso-
Grupo III R$ 24,00 habitante/ano cial; qualificação de Centros de Atenção
Com o objetivo de facilitar o acom-
Psicossocial; implantação de Residências
panhamento pelos Conselhos de Saúde,
Grupo VI R$ 23,00 habitante/ano Terapêuticas em Saúde Mental; fomento
os repasses dos recursos do Bloco Aten-
para ações de redução de danos em CAPS
ção Básica aos municípios são efetuados
AD; inclusão social pelo trabalho para pes-
em conta aberta especificamente para
soas com transtornos mentais e outros
este fim.
Saúde do Distrito Federal e dos Municípios, transtornos decorrentes do uso de álcool e
Você sabe qual destes grupos perten- O Ministério da Saúde envia o aviso
mediante adesão e implementação das outras drogas; implantação de Centros de
/ 198 ce seu município? Para saber acesse: de crédito ao Secretário de Saúde, ao Fun-
ações a que se destinam e desde que Especialidades Odontológicas – CEO; im- / 199
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/ do de Saúde, ao Conselho de Saúde, ao
constantes no respectivo Plano de Saúde. plantação do Serviço de Atendimento Mó-
gm/2011/prt1602_09_07_2011.html Poder Legislativo e ao Ministério Público
Os recursos financeiros deste componente vel de Urgência – SAMU; reestruturação
dos respectivos níveis de governo. Os re-
são destinados ao financiamento de dos Hospitais Colônias de Hanseníase;
Os recursos do Componente Piso gistros contábeis e os demonstrativos ge-
estratégias, realizadas no âmbito da implantação de Centros de Referência em
da Atenção Básica Variável (PAB Variável) renciais mensais devidamente atualizados
atenção básica em saúde, tais como: Saúde do Trabalhador; adesão à Contratu-
são transferidos do FNS aos Fundos de relativos aos recursos repassados a essas
alização dos Hospitais de Ensino; e outros
contas devem ficar, permanentemente, à
que vierem a ser instituídos por meio de
disposição dos Conselhos responsáveis
Estratégias Exemplos de despesas ato normativo para fins de implantação de
pelo acompanhamento e a fiscalização
políticas específicas (BRASIL,2015).
Pagamento de salários (BRASIL,2015).
Saúde da Família dos membros da equipe;
4.4. Bloco de Investimento na Rede de
4.3. Bloco de Gestão do SUS
Pagamento do salário dos
Serviços de Saúde
Agentes Comunitários ACS, uniformes e material
de Saúde de trabalho. O bloco de financiamento para a
O bloco de Investimentos na Rede
Gestão do SUS é constituído de dois com-
Pagamento de salários e de Serviços de Saúde é composto por re-
ações de prevenção, ponentes e tem a finalidade de apoiar a
Saúde Bucal cursos financeiros que são transferidos
promoção, tratamento implementação de ações e serviços que
relacionado a saúde bucal mediante repasse regular e automático do
contribuem para a organização e eficiên-
Fundo Nacional de Saúde para os Fundos
cia do SUS (BRASIL, 2015).
de Saúde Estaduais, Municipais e do Dis-
Fonte: BRASIL, 2009
trito Federal, exclusivamente para a rea-
I. Componente para a Qualificação da
lização de despesas de capital, mediante
Gestão do SUS: apoiará as ações de: Re-
apresentação de projeto, encaminhado Nacional de Regulação da Alta Exemplo de gastos: aquisição de
pelo ente federativo interessado ao Minis- Complexidade-CNRAC; Saiba mais!
veículo, combustível, consertos, equipa-
tério da Saúde (BRASIL, 2015). mentos e melhoria para sala de trabalho,
Transplantes e procedimentos vinculados; Vigilância em Saúde: constitui um pro-
uniformes, panfletos, fichas de visita, ma-
cesso contínuo e sistemático de coleta,
Saiba mais! Ações estratégicas ou emergenciais, de terial de expediente e consumo, cursos de
consolidação, análise e disseminação
caráter temporário, e implementadas com aperfeiçoamento e treinamento, palestran-
Despesa de Capital: são despesas de dados sobre eventos relacionados à
prazo pré-definido; e tes, serviços de terceiros em geral, diárias,
realizadas para aquisição de bens saúde, visando o planejamento e a imple-
passagens, exames de qualidade da água,
duradouros. Ex: Construção de Novos procedimentos, não relacionados mentação de medidas de saúde pública
programas epidemiológicos em geral.
Unidade Básica de Saúde, Compra aos constantes da tabela vigente ou que para a proteção da saúde da população,
de um aparelho de Raio X,Compra de não possuam parâmetros para permitir Esse componente é constituído do
a prevenção e controle de riscos, agravos
ambulância. a definição de limite de financiamento, Piso Fixo de Vigilância em Saúde (PFVS)
e doenças, bem como para a promoção
Fonte: https://i.ytimg.com/ por um período de seis meses, com e do Piso Variável de Vigilância em Saúde
vistas a permitir a formação de série da saúde
vi/kVqAsa_T_l8/hqdefault.jpg (PVVS). Os recursos oriundos desse
histórica necessária à sua agregação ao Vigilância Epidemiológica: vigilância
componente podem ser utilizados em
Componente Limite Financeiro da Atenção e controle das doenças transmissíveis,
4.5. Bloco da Atenção da Média e ações do outro componente do Bloco de
de Média e Alta Complexidade Ambulatorial não transmissíveis e agravos, como um
Alta Complexidade Ambulatorial e e Hospitalar – MAC (BRASIL,2011). Vigilância em Saúde, desde que cumpridas
conjunto de ações que proporcionam o
Hospitalar as finalidades previamente pactuadas
conhecimento, a detecção ou prevenção
Exemplo no âmbito da Comissão Intergestores
de qualquer mudança nos fatores de-
Este bloco é constituído de dois Tripartite (CIT) para execução das ações
São exemplos de ações estratégicas cus- terminantes e condicionantes da saúde
componentes: Componente Limite Financeiro e observada a legislação pertinente em
teadas com o componente FAEC: a mamo- individual e coletiva, com a finalidade
da Média e Alta Complexidade Ambulatorial vigor (BRASIL,2015).
grafia nas mulheres na faixa etária de 50 de recomendar e adotar as medidas de
e Hospitalar (MAC); e Componente
a 69 anos e o Exame Citopatológico (Pre- prevenção e controle das doenças e
Fundo de Ações Estratégicas e Compen­ 4.6.2. Componente da Vigilância Sani-
/ 200 ventivo) na faixa etária de 25 a 64 anos. agravos;
sação (FAEC). Os recursos federais tária: refere-se aos recursos federais des-
Desta forma, estes exames não possuem Vigilância Sanitária: conjunto de ações / 201
são transferidos do Fundo Nacional de tinados às ações de vigilância sanitária,
uma cota, ou seja, um número estabele- capazes de eliminar, diminuir ou prevenir
Saúde aos Fundos de Saúde dos estados, constituído de:
cido por ano na PPI. Facilitando o acesso riscos à saúde e de intervir nos proble-
Distrito Federal e municípios, conforme a Piso Fixo de Vigilância Sanitária (PFVi-
a estes exames a todas as mulheres na mas sanitários decorrentes do meio am-
Programação Pactuada e Integrada (PPI), sa): destinados a Estados, Distrito Federal
faixa etária estabelecida. biente, da produção e circulação de bens
publicada em ato normativo específico e Municípios, visando o fortalecimento do
e da prestação de serviços do interesse
(BRASIL, 2011). processo de descentralização, a execução
4.6. Bloco de Vigilância em Saúde da saúde, abrangendo o controle de bens
O Componente Limite Financeiro das ações de vigilância sanitária e para a
de consumo, que direta ou indiretamente
da Média e Alta Complexidade Ambula- qualificação das análises laboratoriais de
De acordo com a Portaria MS se relacionem com a saúde, compreen-
torial e Hospitalar (MAC) dos Estados, do interesse para a vigilância sanitária (BRA-
1.378/2013, o bloco de financiamento didas todas as etapas e processos, da
Distrito Federal e dos Municípios destina- SIL,2015). Exemplos: Compra de material
Vigilância em Saúde possui 2 componentes: produção ao consumo, e o controle da
-se ao financiamento de ações de média e necessário para vigilância sanitária, for-
Componente de Vigilância em Saúde e prestação de serviços que se relacionam
alta complexidade em saúde e de incenti- mulários, combustível, material de expe-
Componente de Vigilância Sanitária. direta ou indiretamente com a saúde
vos transferidos mensalmente. Ex: O pa- diente, cursos/treinamentos e diárias.
(BRASIL, 2009)
gamento de cirurgias, exames de imagem, Piso Variável de Vigilância Sanitária
quimioterapia, radioterapia, hemodiálise (PVVisa): destinados a Estados, Distrito
(BRASIL, 2011). 4.6.1. Componente de Vigilância em
Federal e Municípios, na forma de incen-
O Componente Fundo de Ações Saúde: refere-se aos recursos federais
tivos específicos para implementação de
Estratégicas e Compensação (FAEC) é destinados às ações de:
estratégias voltadas à Vigilância Sanitária.
composto pelos recursos destinados ao fi- Vigilância;
nanciamento dos seguintes itens: Prevenção e controle de doenças e agra-
vos e dos seus fatores de risco; e
Procedimentos regulados pela Central Promoção.
percorrendo as ruas da cidade. Também
Você sabia? Você sabia? está realizando mutirões de vacinação
Que a vigilância sanitária como ação típica
contra a Febre Amarela, pois foi identifi-
Você sabe a diferença entre hospital 100%
de Estado pode gerar para os municípios cado no município mortes de macacos na
público, filantrópico e privado na Rede SUS?
recursos fiscais pelas taxas públicas ou pela 100% público: financiado em sua
Zona Rural. Para realização de todas es-
cobrança de multas? Contudo, essa sua totalidade com recursos públicos da saúde, tas ações foi necessário utilizar recursos
peculiaridade não exime o Estado de prover atendimentos gratuitos para toda a população. da vigilância sanitária.
seu financiamento, com vista a garantir a Filantrópico: financiado com recursos Objetivando também diminuir o ín-
proteção da saúde da coletividade. de doações e recursos SUS por meio do dice de infestação e prevenir a ocorrência
estabelecimento de contrato ,estes hospitais de óbitos pelas doenças transmitidas pelo
não possuem fins lucrativos.
mosquito Aedes aegypti, o secretário mu-
Privado: financiado com recursos próprios e
nicipal de saúde decidiu realizar obras de
recursos SUS por meio do estabelecimento
Atividade 4 de contrato, possui fins lucrativos. saneamento básico nos bairros da cidade
que ainda não o possuem com recursos
Compreendendo os Blocos de de caso do município de Esperança de da atenção básica e vigilância em saúde.
Financiamento e os Gastos Pú- Minas e escreverão nas tarjetas:
Mensalmente repassa os recursos Também liberou recursos para a realiza-
blicos em Saúde 2 (dois) recursos aplicados correta-
relativos a produção mensal para o hospi- ção de capacitação sobre Dengue, Zika
mente, identificando os seus respec- e Chikungunya com os Agentes Comuni-
tal filantrópico, que utiliza os recursos para
Objetivos tivos blocos e componente quando tários de Saúde e Agentes de Endemias.
a compra de insumos e pagamento de
Reconhecer os Blocos de Financiamento houver; E por fim, instituiu a coleta seletiva de lixo
profissionais. Porém, estes profissionais
e seus respectivos componentes; 1 (um) recurso aplicado inadequada- com recursos de investimentos recebidos
também atendem pacientes de convênios
Identificar quais são os gastos que podem mente? Justifique o motivo da aplica- Fundo a Fundo que estavam no Fundo e
e particulares.
ser realizadas com recursos da saúde. ção incorreta. ele não mais lembrava para qual ação re-
/ 202 Há seis meses, devido as inúme-
Em seguida, os grupos apresentarão suas almente se destinava. / 203
ras demandas do secretário municipal de
Recursos necessários construções em plenária; Apesar do alto índice de infestação
saúde foi contratada uma funcionária para
Fita crepe, papel kraft, papel A4 e targetas Para sistematizar a atividade, o(a) docente pelo mosquito Aedes aegypti, os usuários
cuidar da sua agenda e o salário dela tem
de papel A4 fará a leitura comentada do Texto 5, estão satisfeitos, pois recentemente foi
esclarecendo dúvidas e enfatizando os sido pago com recursos do PAB-fixo. Tam-
bém foram comprados com este recurso inaugurada duas novas construções de
Desenvolvimento principais pontos.
por meio de licitação, soro fisiológico e ga- Unidades Básicas de Saúde e foi adqui-
Os (as) participantes formarão 3 grupos; rido um aparelho de Raio X para o pronto
Tempo estimando: 1h zes para as Unidades Básicas de Saúde
Os participantes farão a leitura do estudo socorro municipal.
do município.
Os salários dos enfermeiros das No mês passado a assistente social
equipes de Estratégia de Saúde da Famí- do município fez um levantamento de fa-
lia (ESF) foram pagos no último mês com mílias carentes e repassou para o Secre-
recursos do PAB-variável recebidos para o tário Municipal de Saúde que autorizou a
financiamento da estratégia. Também fo- compra de 500 cestas básicas. Também
Estudo de caso do município de socorro municipal, 20 unidades de saúde ram pagos com este recurso, os salários por uma solicitação do Prefeito e da Se-
Esperança de Minas da família e todas estas possuem distribui- de dois médicos aposentados que atua- cretaria de Educação, autorizou o financia-
ção de medicamentos. Possui referência ram na ESF do município. mento da merenda das creches municipais
O Município de Esperança de Mi- secundária em diversas especialidades O município também realiza inspe- com recursos da atenção básica.
nas, é um município pleno, ou seja, gestor dentro da policlínica municipal e também ções sanitárias e adquiriu um veículo para A gestão dos medicamentos bási-
de todos os seus prestadores. serviços terceirizados, possui ainda um facilitar o transporte para as instituições cos é Totalmente Centralizado no Estado
Possui em rede de saúde um hospi- serviço de ouvidoria e rede de farmácia inspecionadas. Como o município obteve (TCE), e portanto, recebe trimestralmente
tal filantrópico que é referência para o seu disponível. um índice alto de infestação pelo mosquito a relação e quantitativo de medicações bá-
território de saúde, possui ainda um pronto Aedes aegypti o veículo do “fumacê” está sicas planejada pelo farmacêutico munici-
pal. Todas as Unidades Básicas de Saúde gestão do SUS municipal, e já agendaram respectivamente as despesas com ações e dos percentuais mínimos em saúde e
possuem dispensação de medicamentos. uma reunião ordinária para rever todos es- serviços públicos de saúde que devem ser as que não devem ser consideradas. O
Embora possua atendimentos es- tes pagamentos realizados pelo Secretário consideradas para apuração da aplicação quadro a seguir ilustra ambas as situações:
pecializados na policlínica municipal, o Municipal de Saúde sem prévia aprovação
gestor decidiu comprar consultas médicas do CMS.
em clínicas privadas dentro e fora do mu- Eles compartilharão os conheci- Ações e serviços públicos que NÃO são de
Ações e serviços públicos de saúde. Não podem ser realizadas com o
nicípio. mentos adquiridos com os demais con- saúde segundo a LC 141/2012 recurso da Saúde segundo a LC 141/2012:
Entretanto, os Conselheiros Munici- selheiros, fortalecendo o CMS e a Saúde
pais voltaram empoderados de uma capa- Pública Municipal! Vigilância em saúde, incluindo a epidemiológica e a Pagamento de aposentadorias e pensões, inclusive
sanitária; dos servidores da saúde;
citação custeada (transporte, alimentação Agora sim...Esperança de Minas!
Atenção integral e universal à saúde em todos os
e hospedagem) com recursos próprios da níveis de complexidade, incluindo assistência Pessoal ativo da área de saúde quando em atividade
terapêutica e recuperação de deficiências nutricionais; alheia à referida área

Capacitação do pessoal de saúde do Sistema Único Assistência à saúde que não atenda ao princípio de
de Saúde (SUS); acesso universal;

Merenda escolar e outros programas de alimentação,


Desenvolvimento científico e tecnológico e controle de ainda que executados em unidades do SUS,
qualidade promovidos por instituições do SUS; ressalvando-se o disposto no inciso II do art. 3º;

Atividade 5 Produção, aquisição e distribuição de insumos Saneamento básico, inclusive quanto às ações
específicos dos serviços de saúde do SUS, tais como: financiadas e mantidas com recursos provenientes de
Entendendo melhor os Gastos Desenvolvimento imunobiológicos, sangue e hemoderivados, taxas, tarifas ou preços públicos instituídos para essa
finalidade;
Públicos em Saúde O(a) docente realizará exposição dialogada medicamentos e equipamentos médico-odontológicos;

do Texto 5 permitido ao participante expor


Saneamento básico de domicílios ou de pequenas
Objetivo possíveis dúvidas; comunidades, desde que seja aprovado pelo
Conselho de Saúde do ente da Federação financiador Limpeza urbana e remoção de resíduos;
/ 204 Compreender a utilização dos Gastos Pú- da ação e esteja de acordo com as diretrizes das
blicos em Saúde. Tempo estimado: 30min demais determinações previstas nesta Lei
/ 205
Complementar;

Saneamento básico dos distritos sanitários especiais Preservação e correção do meio ambiente, realizadas
indígenas e de comunidades remanescentes de pelos órgãos de meio ambiente dos entes da
Federação ou por entidades não governamentais;

Texto 5
quilombos;

Manejo ambiental vinculado diretamente ao controle


de vetores de doenças; Ações de assistência social;

Gastos Públicos em Investimento na rede física do SUS, incluindo a


Obras de infraestrutura, ainda que realizadas para
execução de obras de recuperação, reforma,
Saúde ampliação e construção de estabelecimentos públicos
de saúde;
beneficiar direta ou indiretamente a rede de saúde;

Remuneração do pessoal ativo da área de saúde em Ações e serviços públicos de saúde custeados com
atividade nas ações de que trata este artigo, incluindo recursos distintos dos especificados na base de
cálculo definida nesta Lei Complementar ou vinculados
Investimentos Públicos em Saúde corretamente? Mesmo que indiretamente
os encargos sociais;
a fundos específicos distintos daqueles da saúde.

causem impacto na saúde? Ou seja, ele Ações de apoio administrativo realizadas pelas
Enquanto Representante do Con- pode não ter gasto realmente nas ações instituições públicas do SUS e imprescindíveis à
execução das ações e serviços públicos de saúde;
selho Municipal de Saúde, será que es- de saúde estabelecidas na Lei Comple-
tamos aprovando corretamente os gastos mentar nº 141/2012. Desta forma, é pre- Gestão do sistema público de saúde e operação de
com Saúde realizados pelo Município? ciso averiguar se as despesas com saúde unidades prestadoras de serviços públicos de saúde.

Conselheira e Conselheiro, você declaradas estão na relação determinada


sabiam que mesmo que o seu município na Lei (BRASIL, 2015). Fonte: BRASIL,2015
cumpra o percentual mínimo do gasto com No art. 3º e 4º da Lei Complementar
saúde ele pode não ter realizado o gasto nº 141/2012, encontram-se detalhadas
Segundo o artigo 38 da Lei Comple-
mentar nº 141/2012 cabe ao CMS acom- Saiba mais! Tabela de Procedimentos,
panhar e avaliar a aplicação dos recursos
mínimos em ações e serviços públicos de
saúde. Portanto, é essencial que todas as
O Anexo C do Manual de Orçamento
e Finanças do CNS 2016 apresenta
Medicamentos e OPM do SUS
conselheiras e conselheiros tenham aces- despesas que “Podem” e que “Não
Podem” Ser Computadas no Cálculo da
so as informações relativas as receitas e
Aplicação Mínima em Ações e Serviços
despesas com saúde no seu município e
Públicos de Saúde (conforme Lei
verifiquem se as mesmas estão de acor- Complementar nº 141/2012):
do com as propostas que foram discutidas Atividade 6 Desenvolvimento
O(a) docente realizará exposição dialoga-
nas Conferências e inseridas no Plano http://conselho.saude.gov.br/biblioteca/
Municipal de Saúde. livros/manual_do_Orcamento.pdf Apresentando a Tabela de Pro- da do Texto 6 ou apresentação do Sistema
cedimentos do SUS e o Conse- de gerenciamento da tabela de procedi-
lho Municipal de Saúde mentos, medicamentos e OPM do SUS –
SIGTAP (acessando o sistema).
Objetivo
Conhecer a Tabela de Procedimentos do Tempo estimado: 40min
SUS e o Conselho Municipal de Saúde.

/ 206
Texto 6
/ 207

Tabela de Procedimentos do SUS e o


Conselho Municipal de Saúde

Você sabe em que se baseiam os nibilizada por meio do Sistema de Geren-


representantes dos prestadores quando ciamento da Tabela de Procedimentos,
na reunião do CMS afirmam que o SUS Medicamentos, Órteses/Próteses e Mate-
“paga pouco pelos procedimentos realiza- riais Especiais – OPM do SUS –SIGTAP
dos”? (disponível em <http://sigtap.datasus.gov.
Pois bem, eles se baseiam na Tabela de br/tabela-unificada/app/sec/inicio.jsp>).
Procedimentos do SUS. Os procedimentos na modalidade
A Tabela que estabelece os valores ambulatorial, são divididos em níveis de
de todos os procedimentos no SUS (ambu- complexidade Procedimentos da Atenção
latoriais e hospitalares) é regulamentada Básica, Média Complexidade, Alta Com-
por meio da Portaria nº 321/2007 e dispo- plexidade. Os procedimentos de Atenção
Básica são financiados com recursos PAB. Já falamos dos procedimentos na Estes procedimentos são faturados (BRASIL,2015).
Os procedimentos ambulatoriais de média modalidade de atendimento ambulatorial, por meio de dois Sistemas de Informação A não alimentação adequada
e alta complexidade e os estratégicos são agora explanaremos sobre os procedi- em Saúde, o SIA - Sistema de Informação dos Sistemas de Informação resulta
financiados com recursos do Bloco de Mé- mentos na modalidade hospitalar, todos Ambulatorial e o SIH – Sistema de Infor- em prejuízos para o planejamento dos
dia e Alta Complexidade. estes demandam a Autorização de Inter- mação Hospitalar. Os recursos financeiros serviços e financeiros, ao não receber
São considerados procedimentos nação Hospitalar - AIH e são financiados referentes a totalidade de procedimentos pelos serviços que foram prestados.
de Média Complexidade ambulatorial as com recursos do Bloco de Média e Alta estabelecida para cada município consti-
consultas das diferentes especialidades Complexidade. tui o Limite Financeiro para Assistência de
médicas e os procedimentos de diagnose e São considerados procedimentos Média e Alta Complexidade. Assim, cada
terapias (Hemograma, Raio X, Mamografia, hospitalares de Alta Complexidade todos município possui um Teto Financeiro (ba-
Ultrassom Abdominal). (BRASIL,2011). aqueles que demandem tecnologias seado na população, rede de serviços, sé-
O elenco da Alta Complexidade am- sofisticadas e profissionais especializados rie histórica de produção e perfil epidemio-
bulatorial é composto pelos procedimen- como, por exemplo, a cirurgia cardíaca, lógico) que deve ser acompanhado pelos
tos listados no anexo da portaria SAS/MS a neurocirurgia, a cirurgia oncológica gestores municipais e conselho de saúde
nº 968, de 11 de dezembro de 2002. Entre e alguns procedimentos da ortopedia
esses procedimentos temos a tomografia, (definidos na portaria SAS/MS nº 968/02).
o estudo hemodinâmico, a quimioterapia e Os procedimentos estratégicos, no
a ressonância magnética. âmbito hospitalar, também são definidos
SIGTAP - Exemplo
Entre os procedimentos estratégicos na portaria mencionada, e entre esses te-
ambulatoriais estão a terapia renal mos os transplantes, as gastroplastias, e
substitutiva (TRS) e os procedimentos os mutirões de cirurgias eletivas. Os de-
referentes ao Programa de Prevenção do mais procedimentos são considerados de
Câncer do Colo do Útero. Média Complexidade.
/ 208
/ 209
Quadro Síntese - Blocos de financiamento
Modalidade de Bloco de Sistema de
Complexidade Exemplo Informação
Atendimento Financiamento

01.01.01.001-0
PAB Atenção Básica Orientação em Grupo SIA
na Atenção Básica

MAC Média Complexidade 02.04.03.015-3 -


Radiografia de Torax SIA

Ambulatorial MAC Alta Complexidade 02.06.01.007-9 -


Tomografia SIA
Computadorizada do
Cranio

Estratégicos (FAEC) Média e Alta Complexidade 02.04.03.018-8 -


Mamografia Bilateral SIA
Para Rastreamento*

MAC Média Complexidade 03.10.01.003-9 - Parto SIH


Normal

04.03.04.002-7
MAC Alta Complexidade Descompressão SIH
Hospitalar Neurovascular de
Nervos Cranianos

Estratégicos (FAEC) Média e Alta Complexidade 05.05.02.004-1 - SIH Fonte: SIGTAP.datasus.gov.br


Transplante de
Coração

*Financiamento FAEC quando na faixa etária 50 a 69 anos.


Para refletir... É importante destacar que até o dia
24/11/2016 os CMS contavam também
Sistema de Informações sobre
Você conhece o valor do Teto Financeiro com a força da Portaria nº 1034 de
05 de maio de 2010, que exigia a
Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS)
de seu Município? Ele tem sido
totalmente utilizado? Se não, por quais prévia aprovação dos mesmos para a
motivos? complementação financeira de serviços
Para verificar o teto financeiro de seu de saúde. Em 25/11/2016, esta
município consulte o site da PPI: normativa foi revogada pela Portaria nº
http://ppiassistencial.saude.mg.gov.br/ 2.567 em que o Conselho de Saúde não
municipioTabelaUnificada. é contemplado.
php
Desta forma, é preciso se atentar
para práticas abusivas e por vezes ilegais
de prestadores privados e interesses
Muitas conselheiras e conselheiros
vivenciam no dia a dia da atuação no
particulares. Sabemos das dificuldades Atividade 7
dos municípios para manutenção e oferta
Conselho de Saúde pressões para a
de serviços aos seus munícipes. Porém, Analisando o SIOPS Questões
complementação de recursos pelas
a complementação é um “caminho sem 1. Considerando apenas o Quadro A – de
entidades privadas e filantrópicas. Desde
volta”, ou seja, quando se aprova um Objetivo onde vem a maior receita deste município:
2001, a Portaria nº 1.606 permite a
procedimento com o valor acima da tabela, Aplicar os conceitos vistos nesta unidade, das Transferências da União, do Estado
adoção de Tabela Diferenciada. Porém, os
nenhum prestador realizará o referido a partir das informações apresentadas no ou da arrecadação do próprio município?
Conselhos como instituições deliberativas
procedimento pelo valor estabelecido SIOPS.
/ 210 tem a prerrogativa de impedir qualquer
na Tabela, os prestadores sempre vão 2. Considerando o Quadro B – qual o valor
prática abusiva por parte dos prestadores. / 211
almejar valores maiores. Recursos necessários da despesa paga em 2016, com pessoal e
encargos sociais?
Desenvolvimento
Os participantes farão a leitura do Texto 7; 3. Em relação aos blocos de financiamen-
Dividir os participantes em 4 grupos e to (quadro C), qual apresentou o maior va-
sortear as questões de 1 a 4 a seguir, de lor de receitas advindas de transferências
modo de cada grupo fique com uma para da União?
responder;
Os participantes analisarão os quadros 4. Analisem o percentual do gasto em saú-
apresentados e responderão as questões; de executados pelo município (quadro D),
Em seguida, um representante de cada ele atinge o percentual mínimo? Por quê?
grupo apresentará a resposta da sua res-
pectiva questão em plenária; 5. O seu município utiliza os dados do
O (a) docente, realizará esclarecimentos e SIOPS como ferramenta para elaboração
complementará as respostas, se necessá- do orçamento público e para acompanha-
rio, instigando os outros grupos a refletir mento da aplicação dos recursos confor-
sobre a importância dos temas estudados; me as prioridades e ações estabelecidas
Para finalizar a atividade, o (a) docente no Plano Municipal de Saúde? Justifique.
poderá indagar aos participantes sobre a
questão 5 e esclarecer dúvidas.

Tempo estimado: 1h20


/ 212
/ 213
pelo Departamento de Economia da Considerando sua importância e
Saúde e Desenvolvimento (DESD). Os abrangência, utilizaremos o SIOPS para
dados declarados pelos entes federados realizar a atividade de conclusão da Uni-
geram informações sobre receitas totais dade de Financiamento. Analisem os qua-
e investimentos com ações e serviços dros demonstrativos do Cálculo do Per-
públicos de saúde das três esferas do centual de Recursos Próprios Aplicados
governo: federal, estadual e municipal em Saúde conforme a Lei Complementar
(BRASIL, 2010). 141/2012 extraídos do SIOPS, referentes
As informações contidas no SIOPS ao município de Esperança de Minas (Pe-
vão de encontro aos balanços orçamentá- ríodo 2016), apresentados abaixo e em
rio - financeiros dos entes subnacionais de seguida responda as questões propostas.
governo e a classificação nacional reco-
mendada pela Secretaria do Tesouro Na-
cional com acréscimos relativos às recei-
tas da saúde (LIMA, 2007).

*Nota Técnica dos Indicadores no anexo da Unidade

/ 214
/ 215

Texto 7

SIOPS

Os dados existentes no SIOPS 2001; FERREIRA, 2001).


quando analisados podem fornecer o em- Um dos sistemas que permite essa
basamento necessário ao planejamento, à avaliação é o Sistema de Informações
execução e à avaliação das ações realiza- sobre Orçamentos Públicos em Saúde
das, pois permitem a realização do diag- (SIOPS), que segundo o Ministério da
nóstico da situação de saúde, reduzem Saúde é “um instrumento de planejamento,
as inseguranças diante de situações de gestão e controle social do Sistema Único
emergência e apoiam a busca de possí- de Saúde (SUS)”
veis soluções e providências (BRANCO, Atualmente, o sistema é coordenado
Nova Modalidade de Financiamento

Atividade 8
Entendendo um pouco Desenvolvimento
sobre a nova modalidade de O(a) docente realizará exposição dialogada
financiamento do Texto 8 permitido ao participante expor
possíveis dúvidas;
Objetivo
Refletir sobre a conjuntura atual dos Tempo estimado: 40min
Fonte: Jornal Folha de São Paulo de 07/02/2017, disponível em http://www1.folha.uol.com.br/
financiamentos públicos em saúde e cotidiano/2017/02/1856438-governo-federal-quer-afrouxar-regra-para-uso-de-verba-destinada-ao-sus.shtml
impacto do novo modelo de financiamento.

Já o Conselho Nacional de Secre- lógica de distribuição de recursos sem o


tários de Saúde - CONASS, refere que o correto estabelecimento de critérios epi-
/ 216
novo modelo de repasse permitirá maior demiológicos, regionais, de acesso e prin- / 217

Texto 8 autonomia para os gestores, que sempre


atuaram de acordo com as pautas do Mi-
cipalmente, sem considerar a capacidade
de arrecadação de recursos próprios pelos
nistério da Saúde e não de acordo com as municípios (BARBOSA, 2013).
realidades locais. Porém, tivemos avanços
Nova Modalidade de Financiamento importantes, como a regulamentação
do que se pode investir com o dinheiro
– O que Esperar?
Saiba mais! da saúde, a criação de um sistema
informatizado de acesso público para
Leia o posicionamento do Conselho acompanhamento dos gastos com a
Nacional de Saúde sobre a nova saúde do Ministério da Saúde, Estados
O Projeto SUS Legal, anunciado (ABRASCO) membro da Comissão proposta de financiamento:
e Municípios,maior facilidade de gestão
oficialmente no dia 7 de fevereiro de de Orçamento e Financiamento do http://conselho.saude.gov.br/ultimas_
com a instituição dos seis blocos de
2017, estabelece alterações no modelo CNS e Heider Pinto ex-secretário do noticias/2017/01jan31_notaPublica.htm
financiamento.
de repasse dos recursos da União para Ministério da Saúde afirmam que esta E o principal ganho: a gestão
estados e municípios. Por meio do Projeto, mudança acarretará na priorização participativa no financiamento, por meio
a transferência de recursos federais para dos investimentos para a média e alta Portanto, ao analisar os marcos da atuação dos Conselhos de Saúde!
o SUS deixará de ser realizado pelos seis complexidade (cirurgias, exames de normativos do SUS podemos observar
blocos de financiamento para se resumir a imagem, laboratoriais, quimioterapia...), em que permanece o subfinanciamento e a
dois blocos: custeio e investimentos.  detrimento a Atenção primária e Vigilância
Em entrevista ao jornal Folha de em Saúde historicamente subfinanciadas.
São Paulo, Eli Iola Gurgel - Presidente da (FOLHA DE SÃO PAULO, 2017).
Associação Brasileira de Saúde Coletiva
Agenda

Atividade 9
Construindo a agenda do Em seguida, definirão 3 temas que Bom pessoal, chegamos ao final do curso! Esperamos que
Conselho Municipal de Saúde consideram mais importantes a serem tenha sido proveitoso e que retornem aos seus municípios com
contemplados na Agenda do Conselho novas perspectivas. Sabemos que o cenário atual é nebuloso,
Objetivos Municipal de Saúde do seu município; mas contamos com engajamento de todos na construção e
Refletir sobre as construções produzidas Em seguida, a partir da definição dos 3 fortalecimento no nosso Sistema Único de Saúde.
ao longo do curso; temas na Agenda, cada grupo apresentará
Auxiliar na construção de pensamento em plenária, procurando responder por Ah, não se esqueça de preencher o formulário de avaliação que
sistematizado sobre a agenda do CMS; quais razões levaram às escolhas desses o docente entregará a você. Essa avaliação é muito importante,
temas; pois assim você contribuirá na melhoria das ações educacionais
Material Para finalizar a atividade o (a) docente desenvolvidas pela ESP-MG.
Papel kraft, pincel atômico e fita crepe poderá escolher o tema mais recorrente e
discutir com os participantes as seguintes Agradecemos a sua participação!
Desenvolvimento questões:
Formar grupos com os participantes dos Quais medidas o CMS precisa ado-
mesmos municípios de origem; tar para assegurar o cumprimento do
/ 218
Os participantes refletirão sobre as tema? / 219
necessidades sentidas e vivenciadas em Quais conhecimentos são necessá-
seus respectivos CMS; rios para ajudar o CMS no cumpri-
mento da desse tema?

Tempo estimado: 1h

Orientações para construção da a escolha dos temas realmente prioritários,


Agenda você Conselheira e Conselheiro observará
os seguintes pontos que devem ser
Chegou o momento da construção analisados de forma sequencial:
da agenda do Conselho Municipal de
Saúde de seu município. Animado para 1º - Pertinência - São temas e atribuições
colocar a mão na massa? do CMS?
Para isso, é importante que a 2º - Relevância - Esses temas são
conselheira e conselheiro de saúde prioritários para o CMS?
considere as construções produzidas ao 3º - Tempestividade - É necessário e
longo do curso, as trocas de experiências oportuno discutir o tema neste momento?
e conversas com colegas e docentes 4º – Precedência - É possível observar
reportando à realidade de seu município. relação de causa e consequência entre
A partir desses conhecimentos, para os temas?
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a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos Regulamenta o financiamento e a transferência de recursos federais para as ações e
serviços correspondentes e dá outras providências. serviços de saúde, na forma de blocos de financiamento, com o respectivo monitoramento
e controle. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/
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/ 220 comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências
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34, 35, 156, 160, 167 e 198 da Constituição Federal e acrescenta artigo ao Ato das BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE. O Financiamento da
Disposições Constitucionais Transitórias, para assegurar os recursos mínimos para o Saúde / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 2011. 124
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106 âmbito do Ministério da Saúde. Diário Oficial da União, n. 203. Brasília, 20 de outubro BRASIL. Lei complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012. Regulamenta o § 3 do
de 2000, Seção I. pp.27-28 art. 198 da Constituição Federal para dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados
anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços
BRASIL. Portaria nº 1.606 de 11 de setembro de 2001. Definir que os estados, Distrito públicos de saúde; estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para a
Federal e municípios que adotarem tabela diferenciada para remuneração de serviços saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3
assistenciais de saúde deverão, para efeito de complementação financeira, empregar (três) esferas de governo; revoga dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de
recursos próprios estaduais e/ou municipais, sendo vedada a utilização de recursos 1990, e 8.689, de 27 de julho de 1993; e dá outras providências. Disponível em: <http://
federais para esta finalidade. Disponivel em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/ www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp141.htm>. Acesso em 22 mai.2017.
gm/2001/prt1606_11_09_2001.html>. Acesso em 22 mai.2017.

BRASIL. Portaria nº 968 de 11 de dezembro de 2002. Atualiza na forma dos anexos I, II, BRASIL. Portaria nº 412, de 15 de março de 2013. Redefine as orientações para
III e IV desta Portaria, os Procedimentos de Alta Complexidade e Estratégicos do Sistema operacionalização das transferências de recursos federais aos Estados, ao Distrito
de Informações Federal e aos Municípios, a serem repassados de forma automática, sob a modalidade
Ambulatoriais e Sistema de Informações Hospitalares – SIA e SIH/SUS. Disponível em fundo a fundo, em conta única e específica para cada bloco de financiamento de que trata
a Portaria nº 204/GM/MS, de 29 de janeiro de 2007. Disponível em: <http://bvsms.saude. MINAS GERAIS, Resolução SES/MG 3.058, de 07 de dezembro de 2011. Altera os arts.
gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0412_15_03_2013.html>. Acesso em 22 mai.2017 33 e 36 da Resolução SES nº 2.568, de 13 de outubro de 2010, que regulamenta o
Decreto Estadual 45.468, de 13 de setembro de 2010 e estabelece outras providências.
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estaduais. 2006. 408f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Instituto de Medicina Social,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006.
Lista de Siglas

AIDS - Acquired Immunodeficiency Syndrome (Síndrome de Imunodeficiência Adquirira) IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Auto-motores
AIH - Autorização de Internação Hospitalar IR - Imposto de Renda
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária IRRF - Imposto de Renda Retido nas Fontes sobre os Rendimentos do Trabalho
CAP - Caixa de Aposentadoria e Pensão ISS - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
CEAPE - Cadastro dos Servidores Públicos Civis Excluídos da Administração Pública ITBI - Imposto sobre Transmissão “Inter Vivos” de Bens Imóveis e de Direitos Reais sobre
Estadual ITCMD - Imposto sobre Transmissão “Causa-Mortis” e Doações de Bens e Direitos
CES/MG - Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais ITR- Imposto de Transmissão Rural
CGE - Controladoria Geral do Estado IVA - Imposto sobre Valor Agregado
CGU - Controladoria Geral da União LC - Lei Complementar
CIB - Comissão Intergestores Bipartite LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias
CIR - Comissão Intergestores Regional MG - Minas Gerais
CIRA - Comissão Intergestores Regional Ampliada MPDFT - Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
CIT - Comissão Intergestores Tripartite MPE - Ministério Público Estadual
CMS - Conselho Municipal de Saúde MPF - Ministério Público Federal
CNS - Conselho Nacional de Saúde MPM - Ministério Público Militar
COAP - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde MPT - Ministério Público do Trabalho
COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social MPU - Ministério Público da União
CONASEMS - Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde MS - Ministério da Saúde
CONASS - Conselho Nacional de Secretários de Saúde NASF - Núcleo de Apoio a Saúde da Família
COSEMS - Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde NOAS - Norma Operacional de Assistência à Saúde
CPMF - Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira OMS - Organização Mundial da Saúde
CSLL - Contribuição sobre o Lucro Líquido das empresas OSS - Orçamento da Seguridade Social
DATASUS - Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde PAB - Piso da Atenção Básica
/ 224 DENASUS - Departamento de Auditoria do Sistema Único de Saúde PACS - Programa de Agentes Comunitários de Saúde
DRU - Desvinculação de Receitas da União PAS - Programação Anual de Saúde / 225
DST - Doenças Sexualmente Transmissíveis PDF - Formato Portátil de Documento
EC - Emenda Constitucional PDR - Plano Diretor de Regionalização
ECD - Epidemiologia e Controle de Doenças PIB - Produto Interno Bruto
EDPOPS - Educação Popular em Saúde PPI - Programação Pactuada e Integrada
FAEC - Fundo de Ações Estratégicas e Compensação PSF - Programa de Saúde da Família
FAT- Fundo de Amparo ao Trabalhador PT - Portaria
FMS - Fundo Municipal de Saúde RAG - Relatório Anual de Gestão
FNS - Fundo Nacional de Saúde RENAME - Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
FPE - Fundo de Participação dos Estados e Distrito Federal RENASE - Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde
FPM - Fundo de Participação dos Municípios SES - Secretaria de Estado de Saúde
FS - Fundo de Saúde SGA - Subcontroladoria de Governo Aberto
FUNASA - Fundação Nacional de Saúde SGEP - Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa
FUNRURAL - Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural SIA-SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS
GM - Gabinete do Ministro SIH-SUS - Sistema de Informações Hospitalares do SUS
GT - Grupo de Trabalho SIOPS - Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde
IAP - Aposentadorias e Pensões SMS - Secretaria Municipal de Saúde
ICM - Imposto sobre Circulação de Mercadorias SNA - Sistema Nacional de Auditoria
ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços SUS - Sistema Único de Saúde
Imóveis TCE - Tribunal de Contas Estadual
INAMPS - Instituto Nacional da Assistência Médica da Previdência Social TCU - Tribunal de Contas da União
INPS - Instituto Nacional de Previdência Social UPA - Unidade de Pronto Atendimento
IOF - Imposto sobre Operações Financeiras VIGISUS - Projeto de Vigilância e Controle de Doenças
IPI - Fundo de Compensação pela Exportação de Produtos Industrializados VISA - Vigilância Sanitária
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
IPTU - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
/ 226

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