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Os 53 municípios
1- Órgãos das Autarquias Locais - Governo Local
As autarquias locais são constituídas por órgãos democraticamente eleitos através do voto
secreto, pelos cidadãos recenseados na respectiva autarquia. O órgão executivo – Conselho
Municipal - constitui o governo Municipal, o representativo é o órgão deliberativo em que têm
assento os membros da Assembleia Municipal.
Os membros destes órgãos são eleitos quer através de listas de candidatos de partidos
políticos, coligações de partidos, quer por grupos de cidadãos eleitores proponentes.
Isto quer dizer que de cinco em cinco anos, os eleitores são
chamados a escolher, de entre os munícipes aqueles que
apresentam o melhor programa de governação, por meio de
eleições, os titulares dos órgãos das autarquias locais. Estas
Eleições são chamadas de ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS.
Nele, temos um Presidente do Conselho Municipal eleito e uma Assembleia Municipal também
eleita. Em vez de ministros, o Presidente do Conselho Municipal nomeia vereadores que
constituirão o Conselho Municipal.
Todos esses órgãos municipais têm poderes que estão limitados ao espaço de jurisdição do
município e subordinados às leis nacionais.
d) As candidaturas para os órgãos das autarquias locais podem ser apresentadas pelos
partidos, coligações de partidos políticos ou por grupos de cidadãos eleitores, proponentes à
Comissão Nacional de Eleições, até setenta e cinco dias antes da data das eleições.
2. Campanha Eleitoral
a) A campanha eleitoral é a acção organizada pelos diferentes concorrentes para angariar
votos a seu favor. Numa campanha eleitoral os concorrentes explicam através dos órgãos de
comunicação social, de comícios e de outras formas de divulgação, os seus programas, o que
pretendem fazer e a maneira como pretendem satisfazer as necessidades locais caso ganhem
as eleições. Tais acções têm em vista promover directa ou indirectamente as suas candidaturas.
É o que se designa por propaganda eleitoral.
b) A campanha eleitoral começa quinze dias antes da data das eleições e termina dois dias
antes da votação (de 03/11/2013 a 17/11/2013). A realização e promoção da campanha
eleitoral é da responsabilidade dos candidatos, partidos políticos ou coligações de partidos
políticos e grupos de cidadãos eleitores proponentes das listas.
c) É durante este período que os eleitores estabelecem contacto com os programas dos
candidatos, partidos políticos, coligações de partidos políticos ou grupos de cidadãos eleitores
proponentes, para poderem avaliar os seus conteúdos e, se necessário, o eleitorado pode pedir
explicações ou esclarecimentos de um dado programa.
d) Qualquer candidato, partido político, coligação de partidos políticos ou grupo de cidadãos
eleitores proponentes pode realizar livremente a campanha eleitoral em qualquer lugar do
território da autarquia.
3. Fiscalização e Observação das Eleições
1.1. Fiscalização
A fiscalização consiste na verificação e controlo da conformidade com a lei, dos actos eleitorais.
Realiza-se através de delegados de candidatura indicados pelos Partidos Políticos, Coligação de
Partidos Políticos e Grupo de Cidadãos Eleitores proponentes, cujos nomes indicados são
apresentados para a credenciação junto dos órgãos locais de apoio da Comissão Nacional de
Eleições.
1.2 Observação
Observar é o acto de olhar, ver, e registar os actos do processo eleitoral, realizado por pessoas
ou organizações nacionais/ou internacionais e jornalistas.
A Observação eleitoral começa a partir da do início do processo eleitoral e termina com a
validação e proclamação dos resultados eleitorais.
1.3.1 Credenciação e admissão na Assembleia de Voto
a) Só serão admitidos na Assembleia de Voto observadores identificados e devidamente
credenciados; e
b) Os observadores podem estar presentes na Assembleia de voto durante a votação e
apuramento, incluindo acompanhar todos os preparativos que antecedem o início da votação.
1.3.2 Cobertura Jornalística
Os órgãos de comunicação social nacionais ou estrangeiros podem fazer a cobertura jornalística
do processo de votação e apuramento dos resultados.
Quem tem o direito de votar?
18 anos.
Cartão de eleitor, caso o eleitor não possui o cartão de eleitor, desde que esteja recenseado pode votar
- Passaporte;
- Cartão de trabalho;
documento que tenha fotografia e que seja geralmente utilizado para a identificação, não deve ser nenhum
pública e a disciplina e os que estejam trajados de roupa com símbolos de partidos políticos. Esses eleitores devem
ser sensibilizados a abandonarem o recinto da assembleia de voto, e só se fazerem presentes quando não estejam
Pode votar sim, bastando para tal fazer-se acompanhar de alguém de sua confiança.
Pode votar sim, seguindo os mesmos passos que o eleitor sem nenhuma deficiência
Sim, pode
Não
- Doentes;
- Deficientes;
- Mulheres grávidas;
- Idosos; e
Primeiro mostrar as mãos aos Membros de Mesa de Voto (MMV) (para verificação de tinta indelével);
- Mergulhar o dedo indicador no frasco de tinta indelével (com ajuda dos MMV);
- Depositar os votos nas urnas respectivas: Presidente do Conselho Municipal (PCM) e Assembleia Municipal (AM)
É o voto correspondente ao boletim em que o eleitor assinalou correctamente a sua escolha, isto é, a cruz ou a
impressão digital, foram colocadas no quadrado destinado a esse fim e não há qualquer dúvida quanto à escolha
feita.
É também considerado voto válido o boletim no qual a cruz ou a marca do dedo, ainda que não tenha sido
perfeitamente desenhada ou colocada, ou ainda exceda os limites do quadrado ou da área rectangular, quando
• Tenha sido assinalado o quadrado correspondente a uma candidatura que tenha desistido das eleições;
• Tenha sido feito qualquer corte, desenho ou rasura;
Reduz o número de votos obtidos para o candidato ou partido político da sua preferência
Considera-se voto em branco o voto correspondente ao boletim que foi depositado, pelo eleitor, dentro da urna
Reduz o número de votos obtidos para o candidato ou partido político da sua preferência.
É o voto cuja qualificação feita pela mesa não teve a concordância de algum delegado de candidatura presente.
Exemplo: O Presidente da Mesa determinou que a cruz feita num Boletim, representa o voto o voto no Candidato
A. O delegado do Candidato B não concorda porque entende que esse voto é nulo. Por isso, apresenta uma
É o voto reclamado, cuja nova qualificação (depois da reclamação) continua a não ter a concordância de algum
delegado presente.
Continuando o exemplo anterior: a mesa deliberou que o voto é realmente nulo. Então, o delegado de candidatura
do partido A pode apresentar um protesto sobre esta decisão. Mas, se a mesa mantém a convicção de que o voto
é do Candidato A, o Delegado do candidato B, pode ainda apresentar um protesto. Novamente, a mesa tem de
reunir e deliberar.
Por tanto, não existem protestos, se antes não existiu uma reclamação
É o boletim que o eleitor estragou involuntariamente, quando estava a votar, e, por isso, devolveu ao Presidente
Não necessita, porque os Boletins de Voto contém as fotografias e os símbolos dos candidatos e Partido políticos
concorrentes. À entrada da mesa da assembleia de voto existe um boletim de voto ampliado, que permite ao
observadores.
O eleitor pode pedir ajuda aos membros da mesa de voto na hora de votar?
Caso o eleitor tenha alguma dificuldade no momento da votação, pode pedir a ajuda dos Membros da Mesa de
O apuramento parcial é efectuado pelos membros das mesas, no local da Assembleia de Voto e os delegados das
observadores têm a liberdade de assistirem ao processo. Este apuramento só é feito depois da hora estabelecida
Este processo inicia logo depois de encerrada a votação. E ocorre em três fases:
Terminado o apuramento das duas eleições (PCM e AM), o Presidente da mesa manda publicar os resultados das
eleições da sua assembleia, afixando, para tal, os exemplares dos dois editais de apuramento parcial devidamente
assinados e carimbados por todos os membros da mesa. As cópias dos editais originais e das actas originais de
cada eleição são distribuídas aos delegados de candidatura presentes, aos partidos políticos, coligações de partidos
Abdul Carimo
O Governo designa um elemento com assento permanente nas sessões plenárias da Comissão Nacional de
Eleições, com direito ao uso da palavra, sem direito ao voto. (Lei 6/2013, de 22 de Fevereiro
É uma forma de governo das populações locais que actua com autonomia em relação ao poder do Estado e com
órgãos eleitos de entre as pessoas da sua comunidade. Este governo municipal desenvolve as suas actividades no
interesse da população residente’ mas sem prejudicar os interesses do Estado e a Unidade Nacional.
Este processo de descentralização de poderes em Moçambique é gradual e até ao presente processo eleitoral