Quais são os procedimentos para a elaboração e aprovação da lei orgânica, e
quais princípios devem ser observados na elaboração da lei orgânica municipal?
Iniciativa: A elaboração da lei orgânica municipal pode proposta pela Câmara
Municipal, pelo prefeito ou iniciativa popular; Discussão e Votação: Após a proposição, a Câmara Municipal discute e vota a lei orgânica. Geralmente sendo necessárias audiências publicas para ouvir a sociedade civil e garantir a transparência e participação no processo; Aprovação: A Lei Orgânica Municipal precisa ser aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal em dois turnos de votação; Promulgação: Uma vez aprovada pela Câmara, a lei orgânica é promulgada pelo Presidente da Câmara Municipal; Publicação: A lei orgânica deve ser publicada no Diário Oficial do Município ou em jornal de grande circulação local para que tenha validade.
Princípios a serem observados:
Princípio da Autonomia Municipal: Respeito à autonomia dos municípios para estabelecerem suas próprias normas de organização e funcionamento. Princípio da Legalidade: Observância estrita da legislação nacional, estadual e, claro, da própria Constituição Federal. Princípio da Separação dos Poderes: Garantia da independência e harmonia entre os poderes Executivo, Legislativo e, eventualmente, o Judiciário, no âmbito municipal. Princípio da Participação Popular: Incentivo à participação da comunidade na formulação, execução e controle das políticas públicas municipais. Princípio da Eficiência e Economicidade: Busca pela eficiência na gestão pública e pela utilização racional dos recursos públicos. Princípio da Igualdade e da Justiça Social: Garantia de tratamento igualitário a todos os cidadãos e promoção da justiça social. Princípio da Publicidade e Transparência: Divulgação das ações governamentais, garantindo o acesso à informação por parte dos cidadãos.
2. Como são definidas as regras para a eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito em municípios
com mais de duzentos mil eleitores? Para municípios com mais de duzentos mil eleitores, as regras eleitorais estabelecem que haja segundo turno caso nenhum candidato obtenha a maioria absoluta no primeiro turno. Somente os dois candidatos mais votados no primeiro turno participam do segundo turno, que ocorre no último domingo de outubro. O candidato vencedor no segundo turno precisa alcançar a maioria absoluta dos votos válidos. Essas medidas visam garantir uma legitimidade mais expressiva ao prefeito eleito.
3. Qual é o critério para definir o número de Vereadores em um Município?
O número de vereadores em um município é determinado pela Constituição
Federal e varia de acordo com a população da cidade. As faixas populacionais estabelecem limites máximos, e a Lei Orgânica Municipal define o número exato dentro desses limites. Por exemplo, municípios com até 15.000 habitantes podem ter no máximo 11 vereadores, enquanto municípios com mais de 750.000 habitantes podem ter até 33 vereadores. O objetivo é garantir proporcionalidade na representação legislativa de acordo com a população.
4. Quais são os limites mínimos e máximos estabelecidos para a composição das
Câmaras Municipais?
Os limites mínimos e máximos para a composição das Câmaras Municipais são
determinados pela Constituição Federal do Brasil, variando de acordo com a população de cada município. Por exemplo, em municípios com até 15.000 habitantes, podem haver de 9 a 11 vereadores, enquanto em municípios com mais de 750.000 habitantes, podem haver de 9 a 33 vereadores. Essa distribuição busca garantir uma representação proporcional à população local.
5. Como é fixada a remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores em
um Município?
A remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores em um
município é fixada por meio de lei municipal, de acordo com o princípio da autonomia municipal. Geralmente, essa remuneração é estabelecida pela Câmara Municipal, sendo baseados em critérios como o tamanho da população, a receita do município e as normas vigentes. Essa legislação precisa respeitar os limites estabelecidos pela Constituição Federal e pela legislação eleitoral, garantindo transparência e equidade nos salários dos ocupantes desses cargos públicos.
6. Quais são os limites máximos estabelecidos para o subsídio dos Vereadores,
considerando a população do Município?
Os limites máximos estabelecidos para o subsídio dos vereadores,
considerando a população do município, são definidos pela Constituição Federal do Brasil, conforme o Artigo 29, inciso VI. Esses limites variam de acordo com a população do município e são proporcionais a ela. No entanto, o valor máximo do subsídio dos vereadores não pode ultrapassar 5% da receita do município, no caso de municípios com até 500.000 habitantes, e 7% da receita, para municípios com mais de 500.000 habitantes. Esses limites visam garantir uma proporção equilibrada entre a representação legislativa e os recursos disponíveis do município.
7. Qual é a responsabilidade dos Municípios em relação à organização e prestação
de serviços públicos de interesse local?
Os municípios têm a responsabilidade de organizar e prestar serviços públicos
de interesse local. Isso inclui áreas como educação infantil, ensino fundamental, atenção básica à saúde, transporte público, limpeza urbana, iluminação pública, abastecimento de água, entre outros. Esses serviços são essenciais para garantir o bem-estar e a qualidade de vida da população residente no âmbito municipal. A gestão eficiente desses serviços é fundamental para o desenvolvimento local e a promoção do bem-estar dos cidadãos.
8. Como é exercida a fiscalização do Município, tanto pelo Poder Legislativo quanto
pelo Poder Executivo?
Poder Legislativo: A Câmara Municipal, como órgão legislativo do município, exerce
a fiscalização por meio de suas atribuições de controle e acompanhamento das ações do Executivo, incluindo a análise de contas, a realização de audiências públicas, a fiscalização de contratos e a investigação de denúncias de irregularidades. Poder Executivo: O Executivo municipal, chefiado pelo prefeito, exerce a fiscalização por meio da administração direta e indireta, garantindo a execução das políticas públicas e o cumprimento das leis municipais. Isso envolve a gestão dos recursos públicos, o controle interno, a prestação de contas e a transparência das ações governamentais.
9. Qual é o percentual máximo da receita do Município que a Câmara Municipal pode
gastar com folha de pagamento, incluindo subsídios dos Vereadores?
O percentual máximo da receita do município que a Câmara Municipal pode gastar
com a folha de pagamento, incluindo os subsídios dos vereadores, é de até 70%, conforme estabelecido pela Emenda Constitucional nº 25/2000. Esse limite tem o objetivo de garantir a sustentabilidade financeira e a responsabilidade na gestão dos recursos públicos municipais, evitando que os gastos com pessoal comprometam de forma desproporcional o orçamento municipal.
Aplicação da sobra do duodécimo pelas próprias Câmaras: Possibilidades constitucionais numa perspectiva da Democracia Participativa: autonomia do Poder Legislativo na destinação de suas verbas