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Índice

Introdução........................................................................................................................................1

Objetivos..........................................................................................................................................2

Objectivo geral.................................................................................................................................2

Objectivo específico........................................................................................................................2

Metodologia.....................................................................................................................................2

Conceito...........................................................................................................................................3

Objectivo do método quantitativo...................................................................................................3

Métodos quantitativos......................................................................................................................4

Estudo de correlação de variáveis....................................................................................................5

Uso dos métodos quantitativos........................................................................................................5

Vantagem.........................................................................................................................................5

Desvantagem....................................................................................................................................6

Aplicabilidade e Importância dos Métodos Quantitativos na Contabilidade..................................6

Importância do método quantitativo................................................................................................7

Conclusão........................................................................................................................................8

Bibliografia......................................................................................................................................9
Introdução
O presente trabalho aborda em prol das Metodologias Quantitativas. Uma das principais
características dos métodos quantitativos é tornarem-se fracos ou debilitados em termos de
validade interna (medirão o que queriam medir?), muito embora sejam fortes em termos de
validade externa, uma vez que os resultados obtidos são generalizáveis para o conjunto da
comunidade. Pode-se afirmar que se estabelece então uma relação causa-efeito e se procede a
uma previsão dos fenómenos.

Graças à sua natureza rigorosa e meticulosa, este método implica o aprofundamento na revisão
da literatura e a elaboração pormenorizada de um plano de investigação bem gizado em termos
de objectivos e devidamente estruturado.

A investigação quantitativa trabalha com valores, crenças, representações, hábitos, atitudes e


opiniões. Este tipo de investigação é descritivo, na medida em que o investigador desenvolve
conceitos, ideias e entendimentos a partir de padrões encontrados nos dados, em vez de recolher
dados para comprovar modelos, teorias ou verificar hipóteses. Embora estes métodos sejam
menos estruturados proporcionam, todavia, um relacionamento mais extenso e flexível entre o
investigador e os entrevistados. O investigador é, portanto, mais sensível ao contexto. Isto
significa que, ao contrário dos métodos quantitativos, os investigadores trabalham através destes
métodos, com a subjectividade, com as possibilidades quase infinitas de exploração que a
riqueza dos detalhes pode proporcionar.

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Objetivos

Objectivo geral
 Fazer uma análise profunda sobre a Metodologia Quantitativa no estudo das
organizações.

Objectivo específico
 Conceitualizar a Metodologia Quantitativa e outros conceitos que fazem parte do seu
estudo;
 Descrever o objectivo e o uso das Metodologias Quantitativas;
 Apresentar as vantagens e desvantagens, importância e outros aspectos.

Metodologia
Para a elaboração do trabalho em curso, usou-se como fonte de recolha de dados, a consulta de
bibliográfica em obras que abordam sobre os métodos de pesquisa, para dar a conhecer ou
revelar qualidade da informação.

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Conceito
Os métodos quantitativos são técnicas estatísticas e matemáticas utilizadas para a solução de
problemas e possuem bastante importância para a contabilidade, pois através deles o Contador
passou a entender e controlar com mais eficácia o sucesso da empresa, analisando as aplicações
de financiamento e investimento do capital e auxiliando na tomada de decisões que interferem no
futuro das organizações.

Trabalhando sempre com as incertezas e hipóteses do mercado, os métodos quantitativos dão ao


usuário das informações contábeis probabilidades e estatísticas que demonstram com clareza e
discernimento a situações de competitividade e oportunidades no cenário sócio-econômico
mundial, auxiliando o Contador a manter uma visão ampla e atualizada das organizações.

Com a evolução da contabilidade os métodos quantitativos vêm se tornando indispensáveis. Com


o uso da matemática, estatística e informática o profissional contábil tem se tornado mais eficaz
na resolução dos problemas, na informação dada aos usuários da contabilidade e etc.

A globalização traz novidades à contabilidade, tendo que o profissional está sempre buscando o
conhecimento em outras áreas para poder aplicá-los, como é o caso da estatística “em específico
a probabilidade” que pode auxiliar na criação de orçamentos econômicos e financeiros dentre
outros.  

Objectivo do método quantitativo


O objetivo deste novo ramo do conhecimento é resolver problemas de decisão nas áreas de
economia, administração, finanças e organização em geral; e isso com uma abordagem científica
de tais problemas.

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Métodos quantitativos
São caracterizados pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de
informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas: percentual, média,
desvio- padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, dentre outras.

É aplicado nos estudos descritivos:

 Descobrir e classificar a relação entre variáveis;


 Investigar a relação de causalidade entre fenômenos.

Prevêem a mensuração de variáveis previamente estabelecidas, verificando e explicando sua


influência sobre outras variáveis, mediante a análise da freqüência de incidências e de
correlações estatísticas.

Exemplos:

Uma situação específica, um grupo ou um indivíduo; abordagem de aspectos amplos de uma


sociedade (descrição da população economicamente ativa, do emprego de rendimentos e
consumo, do efetivo de mão-de-obra: levantamento da opinião e atitudes da população acerca de
determinada situação; caracterização do funcionamento de organizações; identificação do
comportamento de grupos minoritários.

Exemplo de uma situação específica:

A reação de um gestor escolar sobre o uso de novas técnicas no ensino da geografia.

Observação: visa apenas investigar as reações e não os fatores que as determinam, bem como a
relação entre as reações do gestor e seu estilo de dirigir a escola.

O estudo descritivo identifica, ordena e classifica as características dos fenômenos. Através


desta dinâmica surgem novos estudos descritivos que procuram explicar os fenômenos, ou seja,
analisar as variáveis que influenciam ou causam o surgimento dos fenômenos.

É muito importante estudos que correlacionem variáveis para um melhor entendimento do


comportamento de diversos fatores e elementos que influem, causalmente, sobre determinado
fenômeno.

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Estudo de correlação de variáveis
Escore contínuo: testes de inteligência, testes de avaliação e testes padronizados. Por exemplo:
ao se medir o QI de um indivíduo é possível obter teoricamente um escore em qualquer ponto da
amplitude. As informações são expressas em, apenas, duas categorias.

Dicotomia artificial: a divisão dos habitantes de um bairro em duas categorias segundo o nível
de renda familiar, isto é, aqueles com renda alta e aqueles com renda baixa. Ao se compararem
os indivíduos de ambos os grupos, é possível verificar que são semelhantes em vários aspectos,
exceto quanto à renda familiar.

Dicotomia verdadeira: é desnecessário estabelecer um ponto arbitrário para dividir o número de


casos em dois grupos. Neste caso, os membros de um grupo possuem algumas características
que, de fato, os diferenciam dos indivíduos do outro grupo, por exemplo, a variável sexo.

Categórica: quando, por exemplo, a variável sexo pode ser estudada na perspectiva da
aprendizagem, aspirações, nível salarial.

Uso dos métodos quantitativos


 Para avaliar resultados que podem ser contados e expressos em números, taxas,
proporções.
 Para conhecer a cobertura e a concentração do programa.
 Para conhecer a eficiência do programa.
 Para responder a questões relativas a quanto.
 Para avaliar actividades cujos objetivos sejam bastante específicos.
 Quando o objeto a ser avaliado possui diferenças de grau (exigindo uma lógica de mais
ou de menos).
 Quando se busca estabelecer relações significativas entre variáveis.

Vantagem
 Possibilita a análise direta dos dados
 Tem força demonstrativa
 Permite generalização pela representatividade
 Permite inferência para outros contextos

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Desvantagem
 Significado é sempre sacrificado em detrimento do rigor matemático exigido pela análise
 Não permite análise das relações
 Os resultados podem ser considerados como verdade absoluta

Característica Pesquisa Quantitativa


Foco Busca explicar o “por quê”:
Preocupa-se com as causas
Objeto de estudo Fatos naturais descritos
Papel do pesquisador Distancia-se do fato pesquisado, ou
seja, mantém neutralidade.
Objetivos da -Testagem de hipóteses
pesquisa - Descrição e estabelecimento de
correlações matemáticas (estatísticas)
e causais entre fatos.
Amostra/grupo -Randômica e representativa
para estudo (estatisticamente definida) de uma
população
Instrumentos - Experimentos e surveys
de pesquisa - Observação dirigida
- Questionários fechados
- Escalas
- Classificações nosográficas
- Exames laboratoriais
Tratamento/análise -Uso de técnicas estatísticas,
dos dados habitualmente feitas por especialistas.
Discussão dos - Confirmação ou refutação das
resultados e hipóteses previamente definidas.
conclusões - Generalização dos resultados e
conclusões

Aplicabilidade e Importância dos Métodos Quantitativos na Contabilidade 


Entende-se contabilidade como sendo a ciência que tem como objeto de estudo o patrimônio das
entidades, seus fenômenos e variações, tanto no aspecto quantitativo quanto no qualitativo, registrando os
fatos e atos de natureza econômico-financeira que o afetam e estudando suas consequências na dinâmica
financeira. Toda ciência possui os axiomas de suas doutrinas e teorias, sendo estas, imutáveis  no tempo e
espaço, partindo desse pressuposto é certo que a contabilidade possui diversos princípios que regem seu
fazer e pensar, entre esses princípios estão o da entidade, da continuidade e o do denominador comum
monetário.

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O princípio da entidade afirma que na contabilidade deve haver plena distinção e separação entre pessoa
física e pessoa jurídica. Determinando que o patrimônio da empresa jamais se confunde com o dos seus
sócios. O princípio da continuidade diz que a empresa deve ser avaliada e escriturada na suposição de que
a entidade nunca será extinta. E o principio do denominador comum monetário afirma que as
demonstrações contábeis, sem prejuízo dos registros detalhados de natureza qualitativa e física, serão
expressas em termos de moeda nacional de poder aquisitivo da data do último Balanço Patrimonial. Isto
nos leva a questão da importância dos métodos quantitativos na contabilidade.

Importância do método quantitativo


A importância do método quantitativo é analisada de acordo com a área que o método quantitativo é
aplicada para a investigação de certos factos. Vimos inicialmente que a contabilidade estuda o patrimônio
no seu aspecto quantitativo e qualitativo, para ser expresso o aspecto quantitativo, é notória a importância
dos métodos quantitativos  a utilização de modelos contábeis baseados em métodos quantitativos tem se
tornado cada vez mais frequente decorrente do rápido desenvolvimento da tecnologia da informação e da
utilização corriqueira dos microcomputadores, essa prática proporciona aos contadores oferecer aos
usuários da contabilidade informações mais úteis e adequadas, no entanto não devemos esquecer que a
contabilidade é uma ciência social e como tal tem como principal agente modificador o homem, por isso
o estudo da mesma em seu aspecto qualitativo é de extrema importância e por isso os princípios contábeis
devem existir em todo e qualquer registro de natureza contábil pois esta é feita para o homem, modificada
pelo homem e expressa pelo mesmo.

O uso do instrumental matemático e estatístico tem tornado possível a resolução de grande variedade de
problemas, levando a contabilidade mais próxima da objetividade eliminando, ou diminuindo, possíveis
desvios de interpretação de eventos econômicos que necessitariam julgamentos subjetivos para serem
reportados pela contabilidade. Assim, o conhecimento e a utilização dos instrumentos estatísticos e
matemáticos pelos contadores não poderão deixar de ser item importante no currículo dos contadores do
próximo milênio.É tarefa dos contadores transformarem dados em informações, pois, os dados são
simplesmente um conjunto de fatos expressos sob a forma de símbolos ou caracteres, incapazes de
influenciar decisões até serem transformados em informações. A contabilidade vista como um sistema de
informação para apoio à decisão é efetivamente, a base conceitual dessa tendência de utilização de
modelos quantitativos para otimização da informação oferecida.

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Conclusão
Na abordagem de investigação quantitativa, os pesquisadores buscam exprimir as relações de
dependência funcional entre variáveis para tratarem do como dos fenômenos. Eles procuram
identificar os elementos constituintes do objeto estudado, estabelecendo a estrutura e a evolução
das relações entre os elementos. Seus dados são métricos (medidas, comparação/padrão/metro) e
as abordagens são experimentais, hipotético-dedutiva, verificatória. Eles têm como base as
metateorias formalizantes e descritivas. 

Outros cuidados devem ser tomados para que uma pesquisa chegue a seu termo e seja aceita nos
meios científicos, a exemplo da correção e adaptação dos instrumentos de pesquisa durante todo
o processo, intervenção, através de instrumentação para a obtenção de resultados mais
confiáveis, e manuseio de forma responsável de objetos e acontecimentos, entre outros. 
Buscando-se uma excelência em pesquisa, o pesquisador deve levar em consideração as
possíveis dificuldades a serem enfrentadas ao desenvolver a pesquisa.

Nesse particular, sua experiência e maturidade são fatores determinantes para que a pesquisa seja
bem-sucedida. Além da consciência do papel do pesquisador frente às exigências do projeto,
deve-se buscar o controle da subjetividade, levando os sujeitos a expressarem livremente suas
opiniões, respeitando os valores e responsabilidades do pesquisador para consigo e para com a
sua profissão, fazendo interpretações através de um esquema conceitual, respeitando a expressão
de opiniões, crenças, atitudes e preconceitos, etc. Com relação ao procedimento ético em
pesquisa, é necessário buscar o consentimento informado e proteção dos sujeitos contra qualquer
espécie de danos, dar importância central à intencionalidade dos atores, à complexidade e à
fluidez dos processos implicados no desenvolvimento da ação social.

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Bibliografia

I. CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. 2007, Metodologia
científica. 6. ed. Pearson, São Paulo.
II. ALVES-MAZZOTTI, Alda Judith; GEWANDSZNAJDER, Fernando. 2004, O Método
nas Ciências Naturais e Sociais: Pesquisa Quantitativa. 2 ed. Pioneira/ Thomson, São
Paulo.

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JESUS, Maria de Nascimento. Ética, Deontologia e Actividades Empresariais, Cultura e Valores
Éticos, Hueva 2001.

Pagina I Capitulo – DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS OBSERVAÇÃO


HUMANOS NA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA EM
MOÇAMBIQUE

4-17
A DEONTOLOGIA

É conhecida também sob o nome de "Teoria do Dever". É um


dos dois ramos principais da Ética Normativa, juntamente com
a axiologia.

A deontologia em Kant fundamenta-se em dois conceitos que lhe


dão sustentação: a razão prática e a liberdade. Agir por dever é o
modo de conferir à acção o valor moral; por sua vez, a perfeição
moral só pode ser atingida por uma vontade livre. O imperativo
categórico no domínio da moralidade é a forma racional do
"dever-ser", determinando a vontade submetida à obrigação. O
predicado "obrigatório" da perspectiva deontológica, designa na
visão moral o "respeito de si".

A ÉTICA

Do grego “ethiké” ou do latim “ethica” (ciência relativa aos


costumes), é uma das teorias normativas segundo as quais as
escolhas são moralmente necessárias, proibidas ou permitidas.
Portanto inclui-se entre as teorias morais que orientam nossas
escolhas sobre o que deve ser feito. O termo foi introduzido
em 1834, por Jeremy Bentham, para referir-se ao ramo
da ética cujo objecto de estudo são os fundamentos do dever e as
normas morais.

A Ética é o domínio da filosofia que tem por objectivo o

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juízo de apreciação que distingue o bem e o mal, o
comportamento correcto e o incorrecto. Os princípios éticos
constituem-se enquanto directrizes, pelas quais o homem rege o
seu comportamento, tendo em vista uma filosofia moral
dignificante. Os códigos de ética são dificilmente separáveis da
deontologia profissional, pelo que não é pouco frequente os
termos ética e deontologia serem utilizados indiferentemente.

Ética e Moral

Tanto um como outro têm em comum guardar um sentido


eminentemente prático. No entanto a ética é um conceito mais
amplo que a moral.

 A moral é acatar as regras dadas enquanto a ética é uma


análise crítica desta regra. A moral vai-se alterando e o
facto é que a estrutura da sociedade assenta nas leis e
normas escritas e não escritas.

Sendo o homem dotado de raciocínio, o bem e o mal não podem


ser eleitos pela colectividade, senão pela própria razão. Mas
quando o homem reexamina estes valores, para o eliminar,
fortalece-los ou para formar novos, e porque pensa por se mesmo
e assim é capaz de elaborar uma ética ou filosofia moral.

A ética é uma forma saudável de vida que muitas vezes implica


separar-se das prescrições que empoem o grupo de maioritário. A
razão é que nos liberta da ignorância, de imagens rápidas e
simplificadas da realidade, de opiniões arreigadas mas falsas.

ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL


O termo Deontologia surge das palavras gregas “déon, déontos”
que significa dever e “lógos” que se traduz por discurso ou

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tratado. Sendo assim, a deontologia seria o tratado do dever ou o
conjunto de deveres, princípios e normas adoptadas por um
determinado grupo profissional. A deontologia é uma disciplina
da ética especial adaptada ao exercício de uma profissão.

Existem inúmeros códigos de deontologia, sendo esta codificação


da responsabilidade de associações ou ordens profissionais.
Podem considerar-se âmbitos especiais de estudo da ética, e.g.,
ética internacional, profissional, da comunicação social, da
educação, etc.

A profissão tem como finalidade o bem comum e o


interesse público, e tem uma dimensão social, de serviço à
comunidade, que se antecipa à dimensão individual (na
forma de benefício particular que se retira dela).

Todas as profissões implicam uma ética, uma vez que se


relacionam sempre com os seres humanos. A ética de cada uma
das profissões depende dos deveres ou a «deontologia» que cada
profissional aplique aos casos concretos que se podem apresentar
no âmbito social e pessoal. A indagação e acatamento dos
princípios deontológicos significam dirigir-se pelo caminho da
perfeição pessoal, profissional e colectiva. Existem também uma
série de normas representadas num código de ética,
supervisionadas por um colégio profissional.

Ética e Conflito de Interesses


Nem sempre é fácil agir de uma forma eticamente aceitável, já
que por vezes, faze-lo implica sacrificar nossos próprios
interesses. Pelo menos à primeira vista, existe um conflito entre a
ética e o interesse pessoal: parece que aquilo que a ética exige
que façamos nem sempre está de acordo com aquilo que seria

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mais vantajoso para nós próprios. Sendo assim coloca-se uma
questão fundamental:

 Por que razão nos devemos preocupar e agir de acordo


com o que é coreto do ponto de vista ético? Não será mais
racional agir apenas em função do interesse pessoal,
ignorando a influência da nossa consciência moral?

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II Capitulo: ÉTICA E TIPOS DE ACTOS

São três tipos de actos a descrever:

 Actos eticamente errados;

 Actos eticamente obrigatórios;

 Actos eticamente opcionais.

Qualquer acto que possa ser avaliado eticamente está numa


destas categorias.

Actos Eticamente Errados – não são permissível realizá-lo. Nem


todos os actos são errados nas medidas.

Actos Eticamente Obrigatórios – é permissível realizá-lo, mas


não permissível não o realizar. Temos o dever ou obrigação
moral de o realizar. Mas existem obrigações mais fortes que
outras.

Actos Eticamente Opcionais – é possível realiza-lo, mais


também é permissível não o realizar. São actos que tornam
possível a liberdade moral. São actos cuja realização fica ao
critério de cada um. Alguns destes actos podem ser
recomendáveis, ainda que seja possível não os realizar. Mas a sua

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realização é moralmente boa ou desejável.

Actos eticamente opcionais, por outro lado existem actos que são
objectáveis, ainda que seja permissível realiza-los. Revelam um
mau exercício do que é eticamente recomendável. Por fim, o
senso comum reconhece inúmeros actos opcionais que são pura e
simplesmente indiferentes de um ponto de vista moral.

Imparcialidade

Avaliar actos semelhantes, de forma semelhante, sem nos


importarmos com a identidade dos agentes. Para julgar actos
semelhantes de forma diferente tendo que encontrar pelo menos
uma diferença relevante. Para os filósofos trata-se de juízos
morais que são universalizadas. Para sermos imparciais temos
que estar dispostos a universalizar determinado juízo. Princípio
da Universalização

A propriedade da Universalizabilidade

Esta avaliação retrata uma consistência lógica. Por que razão nos
devemos preocupar e agir de acordo com o que é correcto do

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ponto de vista ético? Será que a partir do momento em que
adoptarmos o ponto de vista moral, teremos que reconhecer que a
quilo que devemos fazer nem sempre será a quilo que satisfaz os
nossos próprios interesses. Ou adoptando este ponto de vista,
uma pessoa pode, sem inconsistência, atender apenas o seu
interesse pessoal, ignorando os interesses dos outros? Uma
pessoa desta natureza defende o egoísmo.

Normativo

Será que uma pessoa poderá fazer apenas o que mais lhe interessa
e, ainda assim, agir eticamente? Vamos testar:

a) Todos devemos fazer apenas o que é mais vantajoso para


mim. Isto significa que os outros não me podem
prejudicar quando isso é mais vantajoso para eles.
Inconsistência.

b) Cada um deve fazer apenas o que é mais vantajoso para


si próprio. Este egoísmo é compatível com o princípio da
Universalização – revela imparcialidade. Egoísmo ético.

Qualquer perspectiva ética mas plausível terá de aplicar que


devemos nos preocupar nos com os interesses dos outros, que não
podemos considerar aceitável que cada um se preocupe
exclusivamente com os seus próprios interesses.

Coloca-se assim a seguinte questão. De que modo e em que


medida, cada um de nos deve limitar a satisfação do interesse
pessoal para beneficio dos outros?

Isto revela o que esta no cerne de ética: A distinção entre o que se


pode fisicamente fazer e o que se pode eticamente fazer. A
palavra pode ter nestas duas expressões dois significado
diferente: nem tudo o que fisicamente fazer se pode eticamente

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fazer. Nem tudo o que é possível é ético.

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