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UNIVERSIDADE CATOLICA DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS


DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E ADMINSTRAÇÃO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ARTHUR GALVÃO
CAMILA BARROSO
GUILHERME SANTANA
KAIQUE SPINELLI
TATHIANA MANGUINHO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

Recife - PE

2023

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ARTHUR GALVÃO
CAMILA BARROSO
GUILHERME SANTANA
KAIQUE SPINELLI
TATHIANA MANGUINHO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

Trabalho desenvolvido e apresentado


para composição de avaliação
apresentada ao Curso de graduação em
Administração, da Universidade Católica
de Pernambuco.

Recife - PE

2023

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SUMÁRIO

DEFINIÇÃO DO TEMA ------------------------------------------------------------------------------04


1 INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------------05
2 OBJETIVOS ------------------------------------------------------------------------------------------
07
2.1 Objetivo Geral -------------------------------------------------------------------------------------07
2.2 Objetivos Gerais ----------------------------------------------------------------------------------07
3 METODOLOGIA ------------------------------------------------------------------------------------08
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA -----------------------------------------------------------------
09
4.1 Planejamento estratégico: Conceito----------------------------------------------------------
09
4.2 Questionamentos base para o planejamento estratégico ------------------------------
11
4.3 Porque fazer o planejamento estratégico --------------------------------------------------13
4.4 Como fazer o planejamento estratégico-----------------------------------------------------
15
CONSIDERAÇÕES FINAIS ----------------------------------------------------------------------- 17
REFERÊNCIAS ---------------------------------------------------------------------------------------
18

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DEFINIÇÃO DO TEMA

Planejamento estratégico é uma competência da administração que auxilia gestores


a pensar no longo prazo de uma organização. Alguns itens e passos cruciais para o
plano estratégico são: missão, visão, objetivos, metas, criação de planos de ação e
seu posterior acompanhamento. Trata-se de todo o processo de criação e execução
de uma estratégia para alcançar objetivos dentro da organização. Desde a definição
das metas, até às tomadas de decisão, mobilizações e efetivas ações para alcançar
o que se propôs com foco no sucesso empresarial. O planejamento entra com a
metodologia, enquanto a estratégia aparece com a parte criativa, de análise e
decisão. Em meio a ascensão corporativa e seus efeitos ativos sobre o fator
economia, com o setor de consumo sempre em crescimento e o aumento
exponencial do número de empresas abertas em cada ano que se passa e em cada
exercício financeiro faz com que as empresas precisem de uma análise de suas
atividades e da formulação de estratégias, afim de estimular o seu aumento de
vendas e maximizar seu porte e assim sendo conseguir atingir suas metas e
objetivos perante a competitividade de mercado assim sendo, o planejamento
estratégico quando executado aliado a tecnologia, tem a tendência a auxiliar o
gestor e facilitar a gestão e a administração dos recursos tendo como foco a
minimização de perda e o crescimento dos ganhos, ainda que seja voltado ao capital
humano e não só financeiro. O presente trabalho tem como objetivo a dissertação
sobre o planejamento estratégico e seus impactos na organização tendo em vista o
crescimento e evolução de seu conceito e aplicação, possuindo uma metodologia
exploratória e voltando-se para pequenas e médias empresas.

Palavras-chave: Planejamento – Mercado – Estratégia– Gestão – Empresa.

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo analisar o planejamento estratégico


com enfoque na pequena e média empresa, dissertando acerca da estrutura do
planejamento estratégico, indo além, elencando sobre o tema de modo mais
profundo definindo e ratificando práticas que possam acelerar ou redirecionar a
empresa para os seus objetivos, ainda, acrescendo metodologia e seguimento para
a abertura de novas empresas com enfoque nas micro e pequenas, de tal modo a se
estudar os efeitos positivos e negativos do planejamento estratégico bem como o
avanço das teorias e o avanço do próprio planejamento estratégico dentro do âmbito
empresarial.

O planejamento estratégico é uma ferramenta muito eficiente para a tomada


de decisão do gestor da empresa. Ela consiste no processo de formulação dos
objetivos da organização para que posteriores programas de ação sejam elaborados
a fim de atingir esses objetivos, através da definição de prazos e de
responsabilidades delegadas. Decourt, Neves e Baldner (2012, p.01), explicam que
o planejamento estratégico é "a base ou camada de sustentação de um negócio ou
empresa". Ou seja, não importa qual for o porte da empresa, de micro a grande
empresa, para que o negócio flua solida e organizadamente é imprescindível que
haja um planejamento estratégico, pois este ajudará a guiar a empresa para o
sucesso.

O problema abordado é o quanto se faz necessário um planejamento


estratégico no âmbito administrativo de uma empresa, quais seus prós e contras,
bem como dificuldades ou facilitações transmitidas por ele, maximizando ou
reduzindo a ascensão empresarial e exponenciando ou não seu lucro e realizações
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definidas, atestando sua eficácia e verificando necessidades reais. Elencando toda a
estruturação do planejamento estratégico e suas metodologias.

O seu objetivo é atestar a eficácia do planejamento estratégico quando


aliando a tecnologia, analisando suas etapas e seu sistema de implementação,
selecionando uma melhor forma para a empresa a ser estudada e permitindo assim
a identificação de possíveis erros a serem encontrados durante o processo.
Os seguintes pontos se fazem levanados:
 Análise do planejamento estratégico
 Parâmetros para a implementação
 Implementação do planejamento estratégico
Para tanto, principia–se, no Capítulo 1, tratando de explanação dos objetivos,
levantando pontos cruciais ao estudo tratado, formulando em primeiros termos a
linha de pensamento e os porquês apontados na monografia.
No Capítulo 2, tratando de levantar literatura, explanar a analisar pesquisas
prévias de autores remados, buscando dados para formulação de teoria acerca do
tema proposto.
No Capítulo 3, tratando de aplicar a literatura e formulando o estudo,
demonstrando com apoio da literatura levantada o modo de implementação do CRM
na empresa em questão.
Portanto, o presente trabalho tem como objetivo o estudo da empresa no
âmbito do planejamento estratégico, formentando um estudo acerca dos pontos
necessários para tal formulação, levantando a literatura sobre o planejamento
estratégico e sua aplicabilidade com o objetivo de implantação de um sistema de
gestão otimizando assim os processos e compartimentando as informações
fornecendo-as aos setores devidos, se tornando uma ferramenta eficaz em meio a
sua operação.

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2 OBJETIVO

2.1 OBJETIVO GERAL

Estudo por meio de fundamentação teórica, buscando uma amplitude e


entendido sobre tema proposto, para que ocorra a contraposição da
fundamentação com a realidade empresarial vivida, com o intuito de
entendimento prévio e abertura de margem para análise e formulação de
um planejamento estratégico ou a reformulação do planejamento utilizado
pelas organizações.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Verificar meios para implementação do planejamento estratégico

 Analisar aplicação do planejamento estratégico

 Pontuar modelo de planejamento estratégico

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3 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica exploratória, uma vez que procura


explicar o problema através da análise da literatura publicada em livros,
publicações avulsas e da internet, principalmente as publicações que envolvam
o tema explorado.
Quanto aos objetivos, foi feita uma abordagem descritiva, buscando
descrever fenômenos, sua natureza e suas características, além de explicar e
interpretar os fatos. Segundo Cervo; Bervian e da Silva (2007), a pesquisa
exploratória realiza descrições precisas da situação e quer descobrir as
relações existentes entre seus elementos componentes. Esse tipo de pesquisa
requer um planejamento bastante flexível para possibilitar a consideração dos
mais diversos aspectos de um problema ou de uma situação.
O estudo tem uma natureza qualitativa. Stake (2011, p. 25) afirma que “[...]
o estudo qualitativo é personalístico, é empático, trabalha para compreender as
percepções individuais, busca mais a singularidade do que a semelhança e
honra a diversidade”. Segundo Richardson, et al. (2008) a pesquisa qualitativa
pode ser utilizada com o intuito de se tentar compreender os significados e
características situacionais do assunto, no lugar de se produzir medidas
quantitativas de características e conceitos.
Para isso, foi adotado a forma de revisão de bibliografia e literatura
presente para o tema, a leitura e análise de artigos científicos, teses
monográficas e defesas de títulos foram analisados e compreendidos afim de
acrescer na tratativa do tema proposto e do objeto de estudo. A pesquisa
exploratória permitiu a familiarização com o problema levantado pelo estudo.

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4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: CONCEITO

Historicamente para a administração a revolução industrial se faz de


marco, o regime militar mostrou a aplicação básica de um planejamento
estratégico, aonde as ações eram calculadas e estimadas de acordo com seus
efeitos focando, prioritariamente nos objetivos da organização. Os primeiros
conceitos tradicionais de planejamento estratégico surgiram após a Segunda
Guerra Mundial, na década de 1950, por influência justamente dos
planejamentos estratégicos utilizados nas táticas dos militares. Por volta de
1956, 8% das grandes empresas americanas já utilizavam o planejamento
estratégico, e em 1966 já eram 85%, sendo que nesta época o planejamento
era definido para prazos de 5 a 10 anos, já que o mercado se encontrava mais
estável. Foi também nesta época que surgiu o "modelo de Harvard", a análise
SWOT, uma ferramenta para auxiliar no diagnóstico de elaboração da
estratégia. Essa ferramenta baseia-se na análise interna dos pontos forte e
fracos da empresa, e na análise do ambiente externo, avaliando as
oportunidades e ameaças (CHIAVENATO; SAPIRO, 2003).

Drucker (1962, p. 131) explica que “o planejamento não diz respeito a


decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes”.

Mintzberg (1983, p. 1) afirma que para se ter um planejamento deve-se


traçar as ações com antecedência.

Fayol (apud Mintzberg, 1949, p. 43)3 a própria expressão “administrar


significa olhar para a frente”. O que confirma que a previsão constitui uma parte
essencial da administração.

O ato de agir e não apenas de pensar no futuro é outro fato importante


mostrado por Weick (1973, p. 25). Pelo fato de que as ações que geram
consequências no futuro são ações planejadas, pode-se considerar que
planejamento é tudo.

Por Oliveira (2009, p. 4) explica que,

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a falta de planejamento só irá existir para as pessoas que não
tem objetivos, que atuam com ações aleatórias, sem direção
para metas. Quase todo trabalho, sob qualquer condição, deve
ser planejado anteriormente, nem que seja de maneira informal
e pouco tempo antes da tomada de decisão. Oliveira (2009, p.
4)

Mintzberg (1983) informa também que todas as decisões devem ser


tomadas com premeditação, sendo que toda pessoa que toma decisões deve
ter uma razão para isso, o que corresponde a um plano.

Ainda por,Mintzberg (2004, p. 22) defende que não precisamos de


definições sobre planejamento que nos informem que devemos pensar no
futuro, ou que tenhamos de obter o controle dele. O importante e necessário
são definições que nos mostrem como fazer o planejamento.

Pensando com esse foco, pode-se considerar que planejamento é o ato


de decidir, é a tomada de decisão propriamente dita. Snyder e Glueck (apud
Mintzberg, 1980, p. 73)4 definiram o planejamento como “as atividades que
estão interessadas especificamente em determinar quais ações e/ou recursos
humanos e materiais são necessários para atingir uma meta”, ou seja, é
necessário identificar possíveis alternativas, analisar cada uma separadamente
e selecionar as melhores. Essa é uma definição que segue no sentido de se
apontar como fazer o planejamento.

Finalmente, “o processo de planejamento é muito mais importante que


seu resultado final” (Oliveira, 2009, p. 6). Ele é um procedimento formal que
produz resultado articulado, na forma de um sistema integrado de decisões. É
assim que Oliveira (2009, p. 27) diz que: “[deve-se] caracterizar o planejamento
pela natureza de seu processo, não pelos resultados esperados”.

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4.2 QUESTIONAMENTOS BASE PARA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Para estruturar o planejamento estratégico inicialmente exige-se uma


análise da empresa, afinal, planejar estratégias é uma arte, requerendo assim
eficiência, informações adequadas e conhecimento de mercado, para que as
decisões tomadas estejam bem casadas com a visão de futuro da empresa.
Para todo e qualquer planejamento a ponta do lápis se torna crucial,
para modelagem do processo, análise das suas hipótese, prática da
metodologia e visão preliminar dos resultados encontrados, bem como para
elencar os motivos e seus objetivos, como fora tratado anteriormente todo
planejamento estratégico requer visão, metas e objetivos definidos, desse
modo a empresa tem que ter seus pilares e estruturas separadas bem como o
porquê, e assim sendo, faz-se necessário a resposta de alguns
questionamentos para que se haja sucesso.
Assim sendo, o planejamento organizacional envolve, inicialmente, as
respostas a três perguntas:
 Onde sua empresa está?
 Onde quer chegar?
 Como chegará lá?
O planejamento estratégico acontece após definição das seguintes
questões:
 Onde está atualmente? Qual é o cenário da sua companhia no
mercado?
 Onde quer chegar? Qual é o objetivo em determinado período de
tempo (em um mês, um ano, três anos etc.)?
 Como pretende chegar? Quais recursos precisa e ações imagina
para alcançar as metas traçadas?
Dessa forma, após os papéis e importâncias serem definidos o estudo de
mercado é crucial, assim sendo cria-se um paralelo entre gestão e
planejamento, sendo possível a verificação que independente do planejamento,
a gestão do corpo empresarial interfere diretamente no resultado, pois, por
mais que exista sua eficiência a eficácia dar-se-á por meio de sua aplicação
correta, essa, através da análise crítica e subjetiva de mercado, abrangendo e

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permitindo assim cálculos mais precisos quanto a insumos externos e internos
necessários.
As métricas nada mais são do que estratégias para mensurar qualquer
investimento ou ação relacionada à sua empresa, em quantidade e qualidade.
Mas o mais importante é que ela deve estar diretamente relacionada aos
planos de estratégia. Não adianta ter números e mais números, bons ou ruins,
se esses números não estiverem dando respostas conclusivas para a gestão
do negócio, se estamos ou não estamos chegando mais perto dos nossos
grandes objetivos. Portanto, métricas de sucesso são aquelas em que os
resultados serão um termômetro para saber se os objetivos da empresa estão
sendo alcançados. Estruturam então mais uma ponte entre gestão e
planejamento estratégico.
Alguns outros apontamentos que podem auxiliar no planejamento
estratégico são:
 A missão da empresa, ou seja, a razão de existir, o que se propõe a
fazer;
 A visão, aspirações e o que pretende atingir no futuro;
 Os valores, que seriam os princípios que orientam o comportamento;
 A análise SWOT, onde se definem as forças, fraquezas,
oportunidades e ameaças;
 Objetivos e metas: com objetivo, o que se pretende alcançar; e com
as metas, o detalhamento (em números) do resultado que se deseja.

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4.3 PORQUE FAZER O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

De acordo com Max, presidente da NTC:

“trabalhar com inovação de valor é muito importante para aumentar a


lucratividade da empresa. Na literatura, poderão ser encontradas
muitas outras ferramentas, outras estratégias. No entanto, o importante
é que as empresas aprimorem sua gestão estratégica, buscando
alternativas que levem a retornos superiores aos que há hoje no
mercado. A dinâmica da inovação pode ser muito importante para
quem está buscando sair da competição por preço, uma vez que, ao
inovarem, as empresas geram novas demandas e fidelizam seus
clientes com a proposta de valor oferecida”.
Apesar de o planejamento constituir-se em uma ferramenta para dar
direção e maior racionalidade ao processo de tomada de decisão, como já
tratado e teorizado anteriormente, outros fatores também influenciam de forma
direta a sobrevivência de uma empresa como à sua capacidade de inovar. Ou
seja, o planejamento estratégico em si, por mais eficiente que seja, e mesmo
que seja seguido à risca, não é o suficiente para garantir à empresa uma boa
colocação, assim como sua permanência, no mercado de hoje em dia, que
muda constante e rapidamente. É preciso atender às necessidades do
mercado de uma forma que os concorrentes ainda não estão fazendo.
Portanto, se a inovação é uma combinação de conhecimento, criatividade e
informação, faz-se necessário pensar a gestão da inovação no âmbito do
planejamento estratégico.
Em detrimento do tratado acima, temos que é crucial o planejamento
estratégico, afina, sem ele fica bem difícil conquistar os objetivos pretendidos.
Sem essa organização prévia, a empresa seja ela pequena ou média
acaba se perdendo dentro da sua própria organização ou falha da mesma,
ficando sem direção e sentido, uma vez que não possui assim uma linha de
ações ou um programa de ações. E, na maioria das vezes, isso acontece
porque a empresa não compreende a sua cultura ou seus diferenciais, uma

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falha constante de pequenas e médias empresas, principalmente as de
configuração familiar.
Dessa forma, enxergar todo o potencial do negócio e ver além do óbvio
para sair na frente no mercado se torna uma tarefa bastante complexa e
trabalhosa.
O planejamento estratégico também ajuda a empresa a descobrir
os caminhos mais adequados para conquistar os objetivos.
Hipoteticamente podemos supor que, sem ter conhecimento dos
diferenciais, fraquezas e do mercado em que o negócio está inserido, elencar
as melhores estratégias se torna um jogo de achismos e intuição. Além disso,
essa pode ser uma excelente maneira de engajar as equipes e fazer com que
todos trabalhem focados em um objetivo comum. Quando está claro para os
colaboradores quais os valores da empresa e as metas a serem alcançadas, é
muito mais fácil de promover a colaboração e, inclusive, criar um ambiente em
que todos se sintam responsáveis e igualmente recompensados pelo sucesso.
Segundo Tidd, Bessant e Pavitt (2008) a maioria das pequenas empresas
não são exatamente inovadoras, mas sim obrigatoriamente adaptáveis às
novas tecnologias e suas mudanças. Os autores apresentam algumas
vantagens e dificuldades da gestão de inovação em pequenas empresas
quando comparada à mesma em grandes empresas. Um ponto vantajoso a
destacar aqui é sobre a facilidade de comunicação entre os membros de uma
pequena empresa e a velocidade na tomada de decisão, pois como o número
de envolvidos é relativamente menor do que em uma grande empresa, que
muitas vezes possui conselhos e acionistas, as divergências na tomada de
decisão tendem a ser bem menores, e talvez menores ainda em casos mais
específicos de pequenas empresas familiares, pois nesse caso a tomada de
decisão diz respeito ao patrimônio da família. Já um ponto negativo destacado
pelos autores é que as pequenas empresas podem depender bastante de seus
fornecedores de máquinas e materiais, sendo este um dos impasses na hora
de inovar.
Logo, o planejamento estratégico possui papel além da burocracia de
um relatório, passando a ser base para identificação de sucesso e progresso
organizacional.

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4.4 COMO FAZER UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Estruturalmente podemos elencar o passo a passo de um planejamento


estratégico sem definir o modelo a ser seguido, afinal, existem diversos
modelos que as pequenas e médias empresas podem seguir e utilizar como
ferramenta, de modo genérico e lógico, possibilitando o entendimento geral
sobre o objeto de estudo, temos da seguinte forma.
Passo 1: Diagnóstico - Também conhecido como análise SWOT, o primeiro
passo envolve olhar para dentro da empresa e para o mercado para entender o
momento atual. Ou seja, esse é o momento de elencar as forças, fraquezas,
oportunidades e ameaças. Para isso, é preciso reunir a equipe de trabalho e
levantar as forças e fraquezas internas do negócio. Executando a análise
perante os diferenciais e os pontos que precisam ser melhorados e, depois,
executando a mesma tarefa para o ambiente externo. Ou seja, retorna a
identificação das oportunidades e das ameaças que impactam a organização,
tais como a sazonalidade ou a situação econômica do país. O diagnóstico é
importante para que seja possível entender o contexto em que a empresa está
inserida e, assim, as ações mais adequadas para alcançar os objetivos sejam
identificadas.
Passo 2: Identidade organizacional - Para que e organização possua uma
configuração única, ou seja, possuindo uma identidade com suas
características definidas, precisa de uma missão, visão e valores que sejam
reconhecidos tanto pelo público interno quanto pelo externo. É exatamente por
isso que a filosofia da empresa é tão importante e deve ser levada a sério. Até
porque é ela que vai orientar a tomada de decisões e as diretrizes estratégicas.
Principalmente nas pequenas e médias empresas que necessitam de um maior

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destaque, levando em consideração um elevado número quando falamos de
concorrência. A missão é a razão pela qual a empresa existe, enquanto a visão
é o que aspiram se tornar ou onde deve-se chegar. Já os valores representam
os princípios que guiam a cultura da empresa e, inclusive, dos colaboradores.
Assim, a identidade organizacional funciona como um importante guia para
contratar novas pessoas, fechar contratos com fornecedores e, inclusive, lançar
produtos e serviços no mercado. Por isso, é fundamental reforçá-la a todo
momento e garantir com que ela permeie todo o negócio. Uma empresa pode
mudar muito ao longo dos anos e pode acontecer que a missão, visão e
valores sejam modificados ao longo do tempo por não se adequarem mais à
imagem transmitida desejada.
Passo 3: Metas e indicadores de sucesso - A métrica de onde a
organização precisa chegar e quais os dados que indicarão o sucesso dessa
jornada para a pequena e média empresa. As metas a serem conquistadas
precisam envolver toda a organização. Por isso, pode ser preciso criar uma
meta geral e, depois, transformá-la em metas de vendas, marketing, recursos
humanos e assim por diante. Os indicadores permitirão acompanhar o
desempenho das metas, dessa forma, se uma das metas é conquistar um
faturamento pré-definido, o próprio faturamento mensal será um dos
indicadores a ser acompanhado ao longo dos meses.
Passo 4: Plano de ação - O plano de ação é o que viabiliza conquistar as
metas e objetivos definidos, com base em um cronograma e na definição de
responsáveis. Isso significa que é preciso definir quais atitudes serão tomadas
e delegar quem vai executar cada uma delas. Ter essas informações
documentadas pode ser o diferencial entre uma estratégia bem-sucedida e
uma problemática, por isso, fique bem atento a essa etapa.
Passo 5: Acompanhamento e análise - Como última etapa do planejamento
estratégico, define-se uma periodicidade de reuniões para que as áreas da
empresa possam se encontrar, apresentar e debater os resultados alcançados.
Normalmente, esse encontro acontece todas as semanas, assim, é possível
falar sobre o que aconteceu na semana anterior e pensar nos próximos passos.
Além desse encontro, também é importante reunir os gestores sempre que
possível para que os resultados sejam avaliados. Aqui, também deve-se revisar

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e redefinir a análise SWOT, as metas e o plano de ação. Afinal, o mercado não
é estático e é preciso de adequar a todo momento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com Rosalvo Barreto: “A resposta para sobreviver no cenário


empresarial, altamente competitivo, é que cada vez mais as imobiliárias
precisam se organizar e definir quais são seus objetivos e que estratégias
deverão adotar para alcançá-los, a fim de atingir os resultados esperados ou
contornar possíveis situações que comprometam o seu sucesso, ou muitas
vezes até mesmo a sua sobrevivência. Para tanto, é indispensável o
desenvolvimento de um Planejamento Estratégico. Diferente do que muitos
pensam, o Planejamento Estratégico não é algo fechado e concluído, ele deve
ser revisado anualmente, para assim, realinhar os objetivos e metas do ano
seguinte, com base nas mudanças do mercado. O Planejamento Estratégico da
imobiliária deve ser a construção de um projeto comum, compartilhado pela
equipe responsável pela gestão. Mas deve ser repassado aos colaboradores,
para que possam entender as premissas básicas e ter o conhecimento dos
objetivos e metas da imobiliária, e o que se espera deste colaborador.”
Assim sendo, o entendimento da sua importância não passa despercebido,
uma fez que fica enfatizado que direcionada e faz com que a empresa por sua
vez consiga organizar, planejar e controlar assim as ações necessárias para
que se possa chegar aos objetivos e metas estipulados.
Tratando das pequenas e médias empresas, temos configurações menos
inovadoras, e sendo assim uma máxima quanto a necessidade do
planejamento estratégico, uma vez, que as oscilações de mercado e a
concorrência interferem diretamente quanto ao resultado operacional da

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empresa, desse modo, inovar, estudar, estruturar e principalmente planejar é
fundamental.
Logo, entende-se dessa forma que o planejamento estratégico por si só
não se faz aplicável sozinho, mas, tratando-se do ramo de atuação da empresa
em questão, faz-se quase que obrigatório como forma de acompanhar o
mercado e não afetar sua cartilha de clientes e possíveis alvos de mercado,
sendo uma necessidade estrutural da organização.

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