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Aspectos  Introdução 0.5


Estrutura
organizacionais
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor


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Índice
1. Introdução.........................................................................................................................................1
2. Conceitos da Ética, Moral e Deontologia.........................................................................................2
2.1. Ética...........................................................................................................................................2
2.2. Moral.........................................................................................................................................3
2.3. Deontologia...............................................................................................................................4
3. A Ética e a Moral na abordagem Deontológica................................................................................4
4. Conclusão.........................................................................................................................................6
5. Referencias Bibliográficas................................................................................................................7
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1. Introdução

O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Ética Profissional e tem como tema de pesquisa: A
Ética e a Moral na abordagem Deontológica.

Toda profissão requer que lhe seja atribuída um proceder Ético de conduta que possibilite o concreto
exercício da liberdade ao exercício de uma atividade. A Deontologia atua sobre os deveres de domínio
das regras para o desempenho eficiente na atividade a ser exercida por um profissional, influenciando
diretamente no processo de sua formação como tal, atuando em sua base teórica, tanto ao profissional
em formação ou daqueles já estabelecidos ao exercício prático de sua atividade

A questão da Ética e Moral são um domínio que vem sendo discutido nos últimos tempos, com bastante
visibilidade no seio deontológico e sobretudo no seio académico.

É neste prisma, que no presente trabalho se propõe discutir em que modo a ética e a moral podem
servir de base para uma abordagem deontológica.

Com o tema, pretendemos de forma geral:


 Compreender os fundamentos básicos da abordagem deontológica.
E, especificamente pretendemos:
 Explicar os conceitos da Moral e Ética na abordagem deontológica;
 Fazer uma abordagem paralela da Moral, Ética e Deontologia.
Quanto ao aparato metodológico, a presente pesquisa é de natureza qualitativa. E usou-se como técnica
metodológica pesquisa bibliográfica, que procedeu-se através de leituras em manuais de formato físico
e eletrónicos que abordam a temática, cujas fontes estão devidamente indicadas na bibliografia do
presente trabalho.

O trabalho apresenta a seguinte estrutura capa, folha de feedback dos tutores, índice, introdução,
metodologia, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.
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2. Conceitos da Ética, Moral e Deontologia


Para compreendermos em que medida a Ética e a Moral podem servir de base para uma abordagem
deontológica, importa ainda que breve conceituar estes termos para melhor compreender a temática
estudo no presente trabalho.

2.1. Ética
Etimologicamente, a palavra Ética origina-se do grego “éthos” e tem dois sentidos: um que significa
“morada”, “lugar onde se habita” e outro que quer dizer “caráter”, ou seja, “modo de ser adquirido”.
Indica um comportamento propriamente humano não natural, sendo adquirido pelo hábito constituído
histórica e socialmente de acordo com as relações sociais.
Tratada por muitos como sendo um ramo da filosofia, a Ética é considerada, hoje, como sendo a ciência
ou tratado dos deveres de um ponto de vista empírico, dada a sua aplicabilidade mediadora aos
inúmeros anseios individuais de interesses contidos no reflexo social de conflito.
Vasquez (2006, p.23), define a Ética como sendo“[…] a ciência do comportamento moral dos homens
em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano.”

Segundo Lopes de Sá (2004, p.15), a Ética tem sido entendida em seu sentido mais amplo:

[…] a ciência da conduta humana perante o ser e seus semelhantes. Envolve, pois, os estudos de
aprovação ou desaprovação da ação dos homens e a consideração de valor como equivalente de uma
medição do que é real e voluntarioso no campo das ações virtuosas.

Os referidos autores estabelecem a Ética como sendo a ciência do comportamento e da conduta


humana, ou seja, a ciência das premissas que influenciam as ações do homem estabelecido num
determinado meio social, sendo um conjunto de princípios e disposições teorizadas, constituída na
história humana, e voltadas para a ação do ser humano com o intuito de balizá-la teoricamente.

Portanto, a Ética é uma convenção universal de ditames aceitos, algo que nos é imposto socialmente
pelo modo de proceder geral, sendo para todos do universo social apenas uma só, porém, algo que pode
ser adequado de acordo com o comportamento Moral de uma determinada sociedade. Dessa forma, a
Ética é um gênero de conduta aceito universalmente, um gênero teórico da ação universal, considerada
como sendo a teoria cientifica da prática Moral e do modo de pensar procedimental em sua forma mais
ampla, aceitando todas as manifestações culturais dentro de qualquer sociedade.
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2.2. Moral
Etimologicamente, a palavra Moral origina-se da palavra latina “mores”, “moralis”, que significa
“COSTUMES”, “HÁBITO”, representando a prática do conjunto de princípios gerais de conduta
estabelecidos em uma determinada sociedade. Encontra-se ligada intimamente ao aspecto cultural de
uma região, de uma nação, sendo um mandamento de retidão de postura frente aos hábitos inerentes do
cotidiano.

Segundo Nalimi (1999, p.267), “Todo dever ser está fundado sobre os valores; ao contrário, os valores
não estão fundados, de nenhum modo, sobre o dever ser.” Refere-se a Moral, exclusivamente aos
motivos de criação de uma conduta validada pelo costume e que prescrevem ou proíbem o
estabelecimento de uma determinada ação que, obrigatoriamente, estará condicionada à axiologia
contida na definição daquilo que é bom ou ruim, do bem e do mal.

Dessa maneira, a Moral é quem prescreve a conduta em sua forma de ação acertada, estabelecida
quando do entendimento comum de todos os membros de uma sociedade em sua forma específica de
ação. A Moral pode ser determinada a uma específica circunscrição social, não sendo dessa forma,
absoluta em qualquer consideração de determinação do seu conceito para o âmbito universal.
Segundo Kelsen (1999, p. 45) afirma que:
[…] um valor absoluto apenas pode ser admitido com base numa crença religiosa na autoridade absoluta
e transcendente de uma divindade – e se aceita, por isso, que desse ponto de vista não há uma Moral
absoluta, isto é, que seja a única válida, excluindo a possibilidade da validade de qualquer outra […]se
se concede que em diversas épocas, nos diferentes povos e até no mesmo povo dentro das diferentes
categorias, classes e profissões valem sistemas morais muito diferentes e contraditórios entre si, que em
diferentes circunstâncias pode ser diferente o que se toma por bom e mau, justo e injusto e nada há que
tenha de ser havido por necessariamente bom ou mau, justo ou injusto em todas as possíveis
circunstâncias, que apenas há valores morais relativos.
Da mesma forma, pode-se afirmar que a Moral é estabelecida num determinado contexto de forma
temporal em função de sua limitação frente aos costumes e que são inerentes a um dado momento
histórico.
Portanto, a moral é um sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as
relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas,
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dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livre e conscientemente, por uma convicção
intima, e não de uma maneira mecânica, externa ou impessoal.

Como já explicitado nas definições de tais conceitos, a Ética é a ciência da conduta humana
considerada como sendo os princípios e regras procedimentais estabelecidas e instituídas na sociedade
de forma universal a todo esse conjunto. Ao passo que a Moral são os aspectos de condutas específicas
e estabelecidas na prática, na ação de um procedimento do comportamento de um dado segmento
social, como sendo a prescrição de uma conduta a ser seguida. A moral é a conduta da regra, tida como
a forma de expressão cultural de uma ação numa conjuntura de recortes regionais e específicos de um
determinado meio. É considerada o objeto da ciência Ética comportamental, ou seja, é a prática da
teorização Ética, e somente se estabelece na forma relativizada quando na sua execução.

2.3. Deontologia
Segundo Reis Monteiro (2005, p.87) “podemos definir Deontologia como sendo o estudo do dever e
das obrigações”. Mas antes de irmos ao pormenor desta definição, façamos uma reflexão usando a via
etimológica.
Etimologicamente, “Deontologia é uma palavra de origem grega de Néon - o necessário, o conveniente,
o devido, o obrigatório; e lógia – estudo ou conhecimento. Portanto, a Deontologia é um conjunto de
comportamentos exigidos aos profissionais que muitas vezes não estão codificados numa
regulamentação jurídica” (Monteiro (2005, p.87).

Baptista (2011), considera a deontologia como uma ética profissional de obrigações práticas, baseadas
numa acção livre da pessoa, no seu carácter moral, carente de uma legislação pública. Baptista (2011),
acrescenta que a deontologia traduz o cumprimento dos deveres que se apresentam a cada um na
posição que ocupa na vida profissional, e que estão presentes como um compromisso na consciência
moral, com respeito à profissão.
Entretanto, ela seria um tribunal que julga a atuação do profissional no exercício das suas actividades.

3. A Ética e a Moral na abordagem Deontológica

Toda profissão requer que lhe seja atribuída um proceder Ético de conduta que possibilite o concreto
exercício da liberdade ao exercício de uma atividade. A Deontologia atua sobre os deveres de domínio
das regras para o desempenho eficiente na atividade a ser exercida por um profissional, influenciando
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diretamente no processo de sua formação como tal, atuando em sua base teórica, tanto ao profissional
em formação ou daqueles já estabelecidos ao exercício prático de sua atividade.
Segundo Costa (2004, p.45) “deontologia é a aplicação dos princípios gerais da ética a uma realidade
específica”. O que significa dizer que a ética é uma só. No entanto, por questões didácticas ela pode ser
dividida em ética geral e aplicada. A deontologia é uma ética aplicada. Por isso podemos encontrar uma
deontologia para médicos, economistas, psicólogos, agrónomos, gestores.
No mesmo diapasão, Reis Monteiro (2005, p.90), conceitua “a deontologia como uma disciplina da
ética especialmente adaptada ao exercício de uma profissão”.

Na mesma linha de pensamento Chihulume, e Viegas, (2001) referem que:


Em regra, os códigos de deontologia têm por base grandes declarações universais e esforçam-se por
traduzir o sentimento ético expresso nestas, adaptando-o às particularidades de cada profissão e de cada
país. As regras deontológicas são adoptadas por organizações profissionais, que assume a função de
"legisladora" das normas e garante da sua aplicação. Os códigos de ética são dificilmente separáveis da
deontologia, pelo que é frequente os termos ética e deontologia serem utilizados como sinónimos, tendo
apenas origem etimológica distinta (p.56)

Assim, a Ética possui sua aplicação no campo teórico universal, a Moral atua refletindo a cultura da
ação humana em sua forma social restrita, e a Deontologia atua no seio da atividade profissional. A
aplicação desses institutos no modo de proceder do indivíduo em sociedade, possibilita a constituição
de uma relativa harmonia nas relações sociais existentes, quando a liberdade para o exercício da
vontade individual não supere a necessidade coletiva de desenvolvimento.

Segundo Lopes de Sá (2004) a Ética é um princípio que deve nortear a qualquer indivíduo dentro do
seu contexto para o garante da socialização amena nas relações inter e intra-pessoais. Por isso,
actualmente, no mundo profissional, a ética se associa à Deontologia que é a base fundamental da
execução e prática profissional de um profissional, uma vez que ele (profissional) deve ser dentro do
seu sector (p.34).
Deste modo, a Ética e a Moral são institutos que se estabelecem sobre o modo de proceder dos
profissionais, nas ações voluntárias individuais que interferem nas relações profissionais.

Do quanto discutido, fica estabelecido claramente a interdependência existente entre tais termos, e que,
apesar de possuírem o mesmo intuito de condução e direcionamento teórico e prático da ação do
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indivíduo em sociedade, distinguem-se perfeitamente quanto a sua forma de interferência na


abordagem deontológica.
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4. Conclusão

Partindo do pressuposto de que a Deontologia Emerge da necessidade de um grupo profissional de


autorregular, mas traduzindo-se a sua aplicação em heteroregulação, uma vez que os membros do
grupo devem cumprir as regras estabelecidas num código e fiscalizadas por uma instância superior
(ordem profissional, associação, etc.), chegamos facilmente a conclusão de que a ética e a moral
servem de base para abordagem deontológica na medida em que um grupo de profissionais devem
cumprir conjunto dos deveres profissionais estabelecidos num código específico que, muitas vezes,
propõe sanções para os infratores. Melhor dizendo, é um conjunto de deveres, princípios e normas
reguladoras dos comportamentos exigíveis aos profissionais, ainda que nem sempre estejam
codificados numa regulamentação jurídica. Isto porque alguns conjuntos de normas não têm uma
função normativa (presente nos códigos deontológicos), mas apenas reguladora (como, por exemplo, as
declarações de princípios e os enunciados de valores)

Portanto, a deontologia quando enformado num código deontológico, corresponderá a um conjunto de


normas que regulam o comportamento ético de um colectivo de profissional, por outras palavras, trata-
se de um conjunto de princípios de ética e moral que presidem e inspiram o exercício de uma
actividade profissional e o comportamento dos profissionais.
Enquanto que as exigências do ponto de vista ético são permanentes, as normas deontológicas são
adaptadas à realidade em constante mudança dos factos. Por outro lado as normas deontológicas
requerem a sua promulgação e aceitação, enquanto que as normas éticas, não. A aplicação das normas
éticas são mais abrangentes, na medida em que, a atuação profissional por respeitar unicamente todas
as regras deontológicas, não dispensa o profissional de atender a outras normas éticas que não estão
comtempladas nas regras deontológicas. Assim e num sentido mais amplo, a ética abarca todos os
aspectos da conduta humana: pessoal, social, patrimonial etc, mais do que a deontologia que cobre
apenas os campos das atuações profissionais. (toma em conta apenas os interesses de certos grupos
particulares de profissionais).
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5. Referencias Bibliográficas

Alonso, A. H. (2008). Ética das Profissões. Edições Loyola. São Paulo


Baptista, I. (2011). Ética, Deontologia e Avaliação do Desempenho Docente. Coleção Cadernos do
CCAP – 3. Lisboa: Ministério da Educação.
Chauí, M (1997). Convite à filosofia. (9ª ed). São Paulo: Ática.
Chihulume, Z; Viegas, M. A. (2001). Manual de Ética e Deontologia Profissional. UP-CEPE. Maputo.
Costa, A. R. (2004). Para uma Deontologia Pedagógica. Lisboa, Faculdade de Ciências da
Universidade de Lisboa.
Kelsen, H. (1999). Teoria Pura do Direito, (6ª ed). trad. João Batista Machado. São Paulo: Martins
Fontes
Lopes de Sá, A. (2004). Ética Profissional. (5ª ed). Revista e ampliada. São Paulo:  Atlas.
Nalini, J. R. (1999). Ética Geral e Profissional. (9ª ed). Revista, atualizada e ampliada. São Paulo.
Reale, M. (1999). Lições preliminares de direito. (24ª ed). São Paulo: Saraiva.
Reis Monteiro, A. (2005). Deontologia das Profissões da Educação. Coimbra: Edições Almedina.
Spinoza, B de. (2009). Ética. Trad. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica.

Vázquez, A. S. (2006). Ética. (28ª ed). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira

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