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1° Trabalho
Índice
1.0. Introdução .................................................................................................................. 4
7.0. Os passos seguidos pela sociedade grega para a construção do sistema democrático
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1.0. Introdução
A democracia grega, em particular o caso da grega, ele deve ser situado
historicamente, pois suas condições de surgimento e sua estruturação política tiveram
uma determinação histórica e somente nela encontram o sentido de sua ocorrência. As
fontes de que dispomos hoje são os textos de historiadores e de filósofos antigos,
bem como de estudiosos contemporâneos do tema. Quanto ao significado e ao
exercício da democracia, vale a observação de que “democracia tem significados
diferentes para povos diferentes em diferentes tempos e diferentes lugares”. Essas
diferenças devem ser identificadas quando se deseja comparar ocorrências da
democracia em locais ou épocas distintas.
3.0. Metodologia
Para a produção do trabalho, recorreu se a consulta de obras bibliográficas de vários
autores que versam sobre o tema.
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4.0. Democracia
Origens
Segundo Heródoto, foi Péricles quem usou pela primeira vez, em sua oração fúnebre em
homenagem aos heróis da guerra do Peloponeso, a idéia de que a democracia é o
governo “do povo, pelo povo e para o povo”, um enunciado tornado célebre após ser
usado por Abraão Lincoln no século XIX. Mas a contribuição de Péricles, fruto de sua
reflexão como estadista, foi muito além; no seu famoso discurso, ele sugeriu, como
observaram alguns especialistas, que a democracia inventada em Atenas dizia respeito a
dois ideais complementares: a distribuição equitativa do poder de tomar decisões
coletivas e o julgamento dos cidadãos quanto ao processo de tomada dessas decisões e
os seus resultados. Esses ideais iriam converter-se, ao longo das transformações
históricas que deram origem à democracia moderna, nos principais pilares do conceito,
distinguindo claramente esse regime de alternativas como o autoritarismo e o
totalitarismo
O termo demokratía aparece em obras dos historiadores Heródoto (484 a.C -425 a.C) e
Tucídides (460 a.C. -395 a.C.), bem como na obra de filósofos como Platão (República)
e Aristóteles (Política). Nelas, é referida como governo exercido pelo dêmos(povo,
conjunto de cidadãos livres), ou como governo exercido pelos pobres(em
contraposição a demais classes) (FERREIRA, 1989; PEREIRA, 1993).
A democracia era direta, isto é, exercida diretamente pelos cidadãos sorteados de cada
uma das 10 tribos existentes. Cada tribo enviava 50 cidadãos para formar a búle dos
500. Esta preparava as leis que eram aprovadas ou não na assembléia, ou Eclésia, onde
todos os cidadãos opinavam. Estas duas assembléias formavam o poder legislativo.
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Cada uma das 10 tribos enviava um estratego, cujo conjunto exercia o poder executivo.
Cada tribo escolhia 60 cidadãos que compunham os 12 tribunais da helieia,
responsáveis pela justiça. Clístenes propôs também um exílio forçado de 10 anos para
os cidadãos considerados indesejáveis.
De tal maneira, por volta de 510 a.C. a democracia surge em Atenas através da vitória
do político aristocrata grego Clístenes. Considerado o "Pai da Democracia", ele liderou
uma revolta popular contra o último tirano grego, Hípias, que governou entre 527 a.C. e
510 a.C..
Após esse evento, Atenas foi dividida em dez unidades denominadas chamadas
“demos”, que era o elemento principal dessa reforma e, por esse motivo, o novo regime
passou a se chamar “demokratia”. Atenas possuía uma democracia directa, onde todos
os cidadãos atenienses participavam directamente das questões políticas da polis
. De tal modo, Clístenes, baseada nas legislações anteriormente apresentadas por Dracon
e Solon, iniciou reformas de ordem política e social que resultariam na consolidação da
democracia em Atenas.
Sendo assim, o poder não estava somente concentrado na mão dos eupátridas. Com isso,
os demais cidadãos livres maiores de 18 anos e nascidos em Atenas poderiam participar
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Por volta de 404 a.C., a democracia ateniense sofreu grande declínio, quando Atenas foi
derrotada por Esparta na Guerra do Peloponeso, evento que durou cerca de 30 anos.
11.0. Conclusão
No presente trabalho concluímos que a implementação da Democracia em Atenas, a
cidade-estado era controlada por uma elite aristocrática oligárquica denominada de
“eupátridas” ou “bem nascidos”, os quais detinham o poder político e económico na
polis grega. Entretanto, com o surgimento de outras classes sociais (comerciantes,
pequenos proprietários de terra, artesãos, camponeses, etc.), as quais pretendiam
participar da vida política, a aristocracia resolve rever a organização política das
cidades-estados, o que mais tarde resultou na implementação da “Democracia”. Mas a
qualidade da democracia depende também da disposição cultural e moral dos cidadãos
de viver e aperfeiçoar esse sistema de governo através da crítica e da participação. Não
existe democracia sem democratas, isto é, pessoas comuns que aceitam conviver com as
outras no ambiente de tolerância e cooperação que caracteriza a democracia e que
alimentam, mesmo quando desejam aperfeiçoar o regime, sentimentos, atitudes e
comportamentos favoráveis a ele; para isso, a participação é fundamental, assim como a
disposição de corrigir distorções como a corrupção.
Na análise do livro VIII da República, Newton Bignotto (1998) nos lembra que
a relação entre democracia e tirania ocorreu no plano histórico e pôde ser
pensada no plano teórico por filósofos como Platão. A consolidação da
democracia no século V a. C. ocorreu como regime político erguido em oposição à
tirania de Psístrato e seus filhos. Nas passagens da Repúblicade Platão, a democracia
pura é um regime conflitivo, capaz de produzir a tirania. A tirania, contudo, é
teorizada não apenas como resultado de tal decadência, mas como “o ideal
negativo da vida política”, por ser modeloda “destruição da vida pública pela lógica dos
desejos” (BIGNOTTO, 1998, p.135).
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12.0. Bibliografia
BIGNOTTO, Newton. O tirano e a cidade. São Paulo: Discurso Editorial, 1998.
(Coleção Clássicos & Comentadores).
Heródoto (1942) The Persian Wars by Herodotus (tradução para o ingles de George
Rawlinson), Bruce J. Butterfield;