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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

Tema:

Breve contextualização da filosofia grega

Nome: Ermelinda Ali

Código: 708222105

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Introdução a filosofia
Ano de Frequência: 2o Ano

Pemba, Maio 2023

0
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 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura organizacion
 Discussão 0.5
ais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico
3.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e
internacional 2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos

 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas

Normas
APA 6ª  Rigor e coerência das
Referências
edição em citações/referências 2.0
Bibliográficas
citações e bibliográficas
bibliografia

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Índice
Introdução......................................................................................................................2

1. Breve contextualização da filosofia grega..............................................................3

1.1. Do mito à Filosofia: continuidade e ruptura.......................................................3

1.2. O Milagre grego e a sua explicação....................................................................3

1.3. Características e tendências da filosofia nas suas origens..................................4

1.4. A filosofia grega: processo de progressiva racionalização.................................4

1.5. Etapas da filosofia grega clássica.......................................................................4

1.5.1. Período pré-socratico......................................................................................4

1.5.2. Período antropológico.....................................................................................5

1.5.3. Período sistemático.........................................................................................5

1.5.4. Período Helenístico ou greco-romano.............................................................6

Conclusão......................................................................................................................7

Referencia bibliográfica................................................................................................8

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Introdução

O presente trabalho trata da contextualização da filosofia grega sobre tudo da época


homérica, época arcaica ou dos sete sábios, época clássica e época helenística.

Os primeiros filósofos da humanidade foram os gregos. Isso significa que, embora


tenhamos referências de grandes homens na China (Confúcio, Lao Tsé), na Índia
(Buda), na Pérsia (Zaratustra), suas teorias ainda estão por demais vinculadas à religião
para que se possa falar propriamente em reflexão filosófica.

No período arcaíco surgiram os primeiros filósofos gregos, por volta de fins do século
VII a. C e durante o século VI a.C. alguns autores costumam chamar de “milagre grego”
a passagem do pensamento mítico para o pensamento crítico racional e filosófico.

O surgimento da racionalidade crítica foi o resultado de um processo lento, preparado


pelo passado mítico, cuja características não desapareceram na nova abordagem
filosófica do mundo, ou seja, o surgimento da filosofia na Grécia não é o resultado de
um salto, um “milagre”, realizado por um povo privilegiado, mas a culminação de um
processo que se fez através dos tempos e tem sua dívida com o passado mítico.

Objectivos do trabalho

Gerais

 Compreender as fases ou épocas da história da Grécia (época homérica, época


arcaica ou dos sete sábios, época clássica e época helenística).
 Compreender os quatro grandes períodos da filosofia grega: pré-socrático ou
antropológico, período sistemático e período helenístico ou grego-romano.

Específicos

 Descrever as fases ou épocas da história da Grécia (época homérica, época


arcaica ou dos sete sábios, época clássica e época helenística).
 Identificar os quatro grandes períodos da filosofia grega: pré-socrático ou
antropológico, período sistemático e período helenístico ou grego-romano.

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1. Breve contextualização da filosofia grega

É costume dizer-se que a filosofia nasce por volta do século VI (ou VII) a.C., com os
filósofos jónios (Tales, Anaximandro e Anaxímenes). Neles se manifesta já, com efeito,
a existência de uma explicação científica e racional da realidade, da natureza.

1.1. Do mito à Filosofia: continuidade e ruptura

Mais do que traçar o momento da ruptura entre a consciência mítico-religiosa e a


consciência filosófica racional, trata-se, pois, de traçar o modo da ruptura.

Segundo Reale&Antersi (2004), os materiais sobre que trabalha esta nova forma de
consciência, que chamaremos de filosofia, são ainda em grande parte, os mesmos da
consciência religiosa: as cosmogonia, a sabedoria tradicional comunitária de natureza
ético-religiosa.

o surgimento da atitude racional (da atitude filosófica ou da atitude científica que, neste
caso, se podem considerar sinonimas) não representa uma ruptura simples relativamente
às anteriores formas de consciência. Se, por um lado, há ruptura na medida em que se
trata efectivamente de uma nova atitude face à realidade, por outro lado há uma
continuidade: não apenas porque a consciência filosófica e científica utilizará ainda
(embora de maneira diferente!) os materiais mítico-religiosos para as suas explicações
racionais, mas também porque ela pretende substituir o mito e a religião na função que
desempenhavam, apresentando-se como a autentica explicação da realidade que se
ajusta à medida do homem (Padovian, 1962, p.143).

1.2. O Milagre grego e a sua explicação

O surgimento da filosofia faz parte de um momento global e complexo da cultura grega


que costuma designar-se por “milagre grego”. Esta expressão pretende traduzir um
fenómeno, sem paralelo noutras civilizações, que teve o seu auge na Grécia no século V
a. C. E que se exprime num extraordinário florescimento das artes, da literatura, da
ciência, da filosofia, das formas de organização política e económica (William, S/d).

De acordo com Mondin (1981), Este estado de coisas facilitava e proporcionava a ampla
circulação de homens e de ideia por todo o mundo grego. É possível seguir a geografia
das manifestações do pensamento filosófico nas suas origens: ele vai do exterior para o
interior, ou seja, das colónias (Ásia, Menor, Magna Grécia, Sicília…) para a metrópole,

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sobretudo para Atenas. Onde vamos encontrar os grandes pensadores gregos: Sócrates,
Platão e Aristóteles.

1.3. Características e tendências da filosofia nas suas origens

Eis algumas das características descritas pelo Mora (1991), que são semelhantes as
grandes conquistas da filosofia no seu período clássico. Reduzimo-las a três:

1ª a descoberta do mundo natural, físico, cosmológico e vai desde a explicações dos


“fisiólogos” jónicos até a sistematização aristotélica dos fenómenos naturais e suas leis
(físicas, psicológicas, história natural).

2ª a descoberta do mundo lógico e da estrutura lógica do ser, que vai desde as teorias
pitagóricas sobre o mundo até a sistematização dos princípios do pensar e do ser na
lógica e metafísica de Aristóteles.

3ª a descoberta do mundo humano, isto é, do mundo sociocultural e ético-político,


sobretudo com os sofistas, Sócrates e Platão.

1.4. A filosofia grega: processo de progressiva racionalização

Parafraseando o dito de Kant, poderíamos dizer que a intuição mítica, sem o elemento
formador do Logos, é ainda “cega”, e que a conceptualização lógica sem o núcleo vivo
“intuição mítica” originária, permanece “vazia”. A partir deste ponto de vista devemos
encarar a história da filosofia grega como o processo de progressiva racionalização da
concepção religiosa do mundo implícita nos mitos. Se o representarmos por uma serie
de círculos concêntricos, a partir da exterioridade da periferia para a interioridade doo
centro, veremos que o processo pelo qual o pensamento racional toma posse do mundo
se realiza na forma de uma progressiva penetração que vai das esferas exteriores para as
profundas e interiores, até chegar, com Sócrates e Platão, ao centro, quer dizer à alma.
(William, p.117-118).

1.5. Etapas da filosofia grega clássica

1.5.1. Período pré-socratico

Os pensadores considerados os primeiros que dão expressão filosófica ao problema da


existência de uma causa suprema de todas as coisas são os filósofos jónios: Tales,
Anaximandro, Anaxímenes, todos eles de Mileto, Ana Ásia menor, às margens do mar
Egeu. Todos eles viveram entre os séc. VII e V a. C. ainda existem outros que se
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preocuparam também com elemento primordial que origina todas as coisas, que são:
Pitágoras (principio de todas as coisas é a monada); Heraclito (o mundo as coisas estão
em cessante transformação); Parménides (a única realidade é o ser); Empédocles (o ser
é imutável porque se na fosse, o mundo já teria deixado de existir); Demócrito (o
elemento primordial é constituído pelos átomos); Anaxágoras (o ser é constituído de
átomos que são corpúsculos quantitativamente iguais ‒homeomerias).

1.5.2. Período antropológico

Segundo Padovan (1962) os Sofistas: significa sábio, e precisamente sábio em cada um


dos problemas que dizem respeito ao homem e à sua posição na sociedade. O “homem é
a medida de todas as coisas”.Estes inauguram o período chamado “humanista” da
filosofia grega.

Os mestres: Protágoras, Górgias, Pródico.

Do final do século V e todo o século IV a. C., quando a filosofia investiga as questões


humanas, isto é, a ética, a politica e as técnicas (em grego antropos quer dizer homem;
por isso o período recebeu o nome de antropológico).

Sócrates e a fundação da filosofia moral ocidental (o homem é a sua alma; a moral


fundada sobre a alma, o intelectualismo ético; a liberdade, a felicidade; a não-violência;
a teologia, etc.)

 Anístenes e o prelúdio do cinismo


 Aristipo e a Escola Cirenaica
 Euclides e a Escola de Mégara
 Fédon e a Escola de Elides.

1.5.3. Período sistemático

Do final do século IV ao final do século III a. C, quando a filosofia busca reunir e


sistematizar tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia e a antropologia, interessando-
se sobretudo em mostrar que tudo pode ser objecto de conhecimento filosófico, desde
que as leis do pensamento e de suas demonstrações estejam firmemente estabelecidas
para oferecer os critérios da verdade e da ciência.

 Platão (427 a. C.) discípulo de Sócrates (407- 399 a. C.) fundador e reitor da
academia.

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 Aristóteles (384 a. C.), fundador da Escola peripatética. Foi o primeiro a fazer
um estudo sistemático dos conceitos (isto é, das ideias), procurando descobrir as
propriedades que eles têm enquanto produzidos pela nossa mente como podem
ser unidos e separados, divididos e definidos, e como é possível tirar conceitos
novos de conceitos conhecidos anteriormente (Padovani, 1962).

1.5.4. Período Helenístico ou greco-romano

a) Os estóicos e seus expoentes

O estoicismo é um movimento filosófico mais original do período helenístico e também


que teve a duração mais longa: fundado nos fins do século IV a. C, continuou a florescer
até depois do século III d. C.

Os grandes expoentes do estoicismo são:

 Zenão (336-274 a.C.), o fundador e mestre.


 Crisipo (281-208 a. C.), principal sistematizador do pensamento do mestre.
 Epicteto (50-138 d. C.)
 Séneca (4 a. C. -65 d. C.) o maior representante do estoicismo no mundo latino.
 Marco Aurélio (121-180 d. C.) um dos últimos epígonos da escola.
b) Os Epicuristas

O epicurismo, fundado por Epicuro de Samos (morreu por volta de 260 a. C.).Como
filosofia é essencialmente materialista[3], mecanicista e hedonista[4].

c) Os cépticos

O termo cepticismo vem do sképsis, que significa “investigação”, “procura”; ele quer
indicar mais precisamente que a sabedoria não consiste no conhecimento da verdade,
mas na sua procura.Os principais expoentes do Cepticismo são: Pírron, Carnéades e
Sexto Empírico.

d) Os Ecléticos

Entende-se por ecletismo a atitude filosófica para a qual a procura da verdade não se
esgota em apenas uma forma sistemática e dedica-se por isso a coordenar e harmonizar
entre si elementos de verdade escolhidos em diversos sistemas

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Conclusão

Podemos, pois, concluir o seguinte: o surgimento da atitude racional (da atitude


filosófica ou da atitude científica que, neste caso, se podem considerar sinonimas) não
representa uma ruptura simples relativamente às anteriores formas de consciência. Se,
por um lado, há ruptura na medida em que se trata efectivamente de uma nova atitude
face à realidade, por outro lado há uma continuidade: não apenas porque a consciência
filosófica e científica utilizará ainda (embora de maneira diferente!) os materiais mítico-
religiosos para as suas explicações racionais, mas também porque ela pretende substituir
o mito e a religião na função que desempenhavam, apresentando-se como a autentica
explicação da realidade que se ajusta à medida do homem.

Do final do século IV ao final do século III a. C, quando a filosofia busca reunir e


sistematizar tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia e a antropologia, interessando-
se sobretudo em mostrar que tudo pode ser objecto de conhecimento filosófico, desde
que as leis do pensamento e de suas demonstrações estejam firmemente estabelecidas
para oferecer os critérios da verdade e da ciência.

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Referencia bibliográfica

Mondin, B.(1981). Curso de Filosofia. 4ª Edição, são Paulo, Edições Paulina, Vol. I,.

Mora, J. F. (1991) Dicionário de Filosofia. Edições Publicações, Lisboa,.

Padovani, H. (1962) História de Filosofia, edições Melhoramento, São Paulo,.

Reale, G. &Antiseri, D. (2004) História da Filosofia Antiga Pagã, vol. I,.

William, J. P.(S/d)A formação do Homem Grego, Arter, Lisboa.

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