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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

Curso de Gestão de Empresas

Nome: Felisberto Alfredo Cabral Mabue

Código: 91220630

O Psicólogo e a Inclusão de Pessoas com Deficiência no Sector de Trabalho no


contexto actual em Moçambique.

Instituto Superior da Educação a Distância

2022

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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

Curso de Gestão de Empresas

Nome: Felisberto Alfredo Cabral Mabue

Código: 91220630

O Psicólogo e a Inclusão de Pessoas com Deficiência no Sector de Trabalho no


contexto actual em Moçambique.

Trabalho de carácter avaliativo recomendado


pelo docente da cadeira de Psicologia das
Organizações, 1º ano e II semestre.
Recomendado pelo docente:

Msc. Maria do Céu da Barca

Instituto Superior da Educação a Distância

2022

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Índice
Introdução................................................................................................................................3

Objectivos do trabalho............................................................................................................3

Metodologia do trabalho.........................................................................................................3

1.2. A situação actual da inclusão de pessoas com deficiência em Moçambique...............4

1.3. Alguns desafios presentes na implementação da educação inclusiva em


Moçambique…………………………………………………………………………………5

1.3.1. Legislação.................................................................................................................5

1.4. A Actuação do Psicólogo organizacional e do trabalho na Educação inclusiva em


Moçambique............................................................................................................................6

1.4.1. Formação docente.....................................................................................................6

Conclusão................................................................................................................................7

Referências bibliográficas.......................................................................................................8

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Introdução

O presente trabalho fala sobre o Psicólogo e a Inclusão de Pessoas com Deficiência no Sector
de Trabalho no contexto actual em Moçambique.

A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é um tema discutido desde a


muito tempo, mas para isso é necessário primeiro entender o que é deficiência para promover
a inclusão social. As pessoas que nascem com algum tipo de deficiência ou adquirem ao
longo da vida são em sua maioria discriminadas e privadas de oportunidades de aprendizagem
e do acesso ao trabalho, de actividades de lazer e cultura entre outros. Portanto, para incluir
pessoas com deficiência no mercado de trabalho precisamos também falar sobre a inclusão
destas mesmas pessoas no âmbito escolar pois para incluir um profissional no mercado de
trabalho precisamos também preparar estas pessoas para o mercado.

Objectivos do trabalho

Geral:

 Discutir a situação actual da inclusão de pessoas com deficiência no sector de trabalho


em de Moçambique.

Específicos

 Identificar os obstáculos e desafios presentes na realidade moçambicana;


 Descrever a actuação do psicólogo organizacional e do trabalho neste contexto;

Metodologia do trabalho

O mesmo foi produzido com base em consulta de obras bibliográficas que abordam sobre o
tema acima supra citado para além de consulta de internet que depois recolhida  e compilada a
informação. O trabalho apresenta a seguinte estrutura: introdução (Onde tem a
contextualização, objectivos gerais e específicos, metodologias e a estrutura do trabalho),
Desenvolvimento (onde estão colocados os conceitos básicos), Conclusão (Tem ideias
conclusivas do trabalho em resposta dos objectivos traçados) e no final é apresentada
referencia bibliográfica.

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1. O Psicólogo e a Inclusão de Pessoas com Deficiência no Sector de Trabalho no
contexto actual em Moçambique
1.1. As pessoas com deficiência e o trabalho

De acordo com (Aranha (2001), Freitas e Oliveira (2015), Correr (2010) e Rocha (2000)
citados por (Camargo, Goulart, Cardoso, & Feijó, 2015) para se compreender o modo como a
sociedade concebe as Pessoas com eficiências, é necessário revisitar a história e analisar as
premissas culturais de épocas distintas, de forma que seja possível compreender as
concepções relacionadas às diferenças humanas, as quais repercutem até os dias actuais nos
modelos de atendimentos institucionais dirigidos a elas e, principalmente, no que diz respeito
à manutenção dos, ainda fortemente presentes, preconceitos e mitos relacionados à condição
de “anormalidade” – modo como muitos se referem à constituição física, mental ou
psicológica das pessoas com deficiência.

O termo “inclusão social”, conforme descrito por (Omote, 2008), não desconsidera a
necessidade de capacitação das pessoas com deficiência para o convívio social e o
desempenho de diferentes papéis na comunidade, porém, a fim de que o processo de inclusão
ocorra satisfatoriamente, é necessário que a sociedade se ajuste para acolher o deficiente,
oferecendo-lhe suportes suficientes (social, económico, físico e instrumental) para o acesso e
a convivência no espaço comum. Nesse sentido a inclusão passa a ser entendida como um
processo interactivo, bidireccional, em que se realizam intervenções junto ao indivíduo, a
título de qualificá-lo, e junto ao contexto social (e organizacional), para torná-lo acessível, e
assim melhor viabilizar a participação de todos.

Segundo MINED, (1988, Cit. em Nhapuana, 2014):

A educação inclusiva foi formalmente introduzida em Moçambique pelo Ministério da


Educação (MINED) em 1998, precedendo um projecto-piloto então denominado de
“projecto escolas inclusivas”, cujos objectivos centrais eram (i) a mobilização dos
representantes do Governo em relação à educação de crianças e jovens com
necessidades educativas especiais, e (ii) elaboração de um projecto piloto a partir do
qual seriam estabelecidas as bases para o plano de acção para a implementação das
escolas inclusivas. (p.19)

1.2. A situação actual da inclusão de pessoas com deficiência em Moçambique

Segundo (Zucula, 2021), no discurso feito pelo Presidente da República escreveu:

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O número de pessoas com deficiência que frequentam a escola em
Moçambique reduziu de 95 mil para 66 mil. Os dados foram apresentados hoje
pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, durante o lançamento da primeira
Estratégia de Educação Inclusiva e Desenvolvimento da Criança com
Deficiência. Globalmente, segundo dados apresentados pelo Chefe de Estado,
estima-se que exista um bilhão de pessoas, o correspondente a 15 % da
população mundial, com alguma deficiência. Destas, 190 milhões têm
deficiências que causam muitas dificuldades funcionais.

(…) Actualmente, a deficiência não é entendida como se fosse apenas condição


médica, também é vista na perspectiva dos direitos humanos. A deficiência não
é apenas a mudança no formato físico ou funcionamento do corpo humano, a
deficiência inclui também as dificuldades que o indivíduo enfrenta de realizar
ou participar em certas tarefas”, elucidou o governante.

Ora, as acções educativas na perspectiva inclusiva têm como fundamento e característica, o


convívio com as diferenças e a aprendizagem com a experiência relacional participativa, que
produz sentido para o aluno, pois não contempla apenas o seu ingresso na escola, mas
desencadeia apoios a todos (professores, alunos, pessoal administrativo) para que
experimentem sucesso na corrente educativa geral. (Lopes, Francisco, Francisco, & Dinis,
2020, p. 18).

1.3. Alguns desafios presentes na implementação da educação inclusiva em

Moçambique

De seguida, estão descritas alguns destes elementos e apontar a sua situação existente em
Moçambique, iniciando desde logo pelos aspectos legislativos.

1.3.1. Legislação

A existência de legislação apropriada capaz de orientar e dar suporte a implementação da


educação inclusiva é fundamental para assegurar que esta abordagem educativa se torne
praticável.

A legislação pode jogar um papel de capital importância sobretudo se


considerarmos os seguintes aspectos:

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(i) articulação de princípios e direitos para criar uma estrutura para a educação
inclusiva; (ii) a reforma de elementos no sistema actual que constituem as
principais barreiras para a inclusão (por exemplo, políticas que não permitem
que crianças com deficiência ou de grupos linguísticos diferentes frequentem
as escolas do bairro); (iii) a obrigatoriedade das práticas inclusivas
fundamentais (exigindo, por exemplo, que as escolas eduquem todas as
crianças que façam parte de suas comunidades); e (iv) o estabelecimento de
procedimentos e práticas que facilitem a inclusão no sistema educacional (por
exemplo, a formulação de um currículo flexível ou a introdução de
governança comunitária). (UNESCO, s/d, p. 33 Cit,. em Nhapuala, 2014, p.
30)

1.4. A Actuação do Psicólogo organizacional e do trabalho na Educação inclusiva em

Moçambique

1.4.1. Formação docente

Dado que o ensino ou a docência se considera uma profissão, é necessário, tal como noutras
profissões, assegurar que as pessoas que a exercem tenham um adequado domínio da ciência,
técnica e arte da mesma, ou seja, possuam competência profissional.

Os IFPs por terem o mandato para formação de professores para o ensino básico, tornam-se
num local cujos pressupostos de formação dos futuros professores precisa ser problematizado
à luz das necessidades imediatas e futuras dos mesmos no trabalho em contexto de educação
inclusiva com o qual poderão, num dado momento do seu percurso profissional, se confrontar.

(Nhapuala, 2014), Defende que todos os professores necessitam de alguns conhecimentos sobre
aspectos ligados às NEE e às competências e estratégias que são necessárias para o ensino e
educação destes alunos. Concordamos com estes autores e, por este fato, sublinhamos a
importância da integração de aspectos relacionados com a educação inclusiva de forma mais
pensada e consistente nos curricula de formação inicial de professores em Moçambique.

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Conclusão

Podemos concluir que a inclusão não se restrinja à oportunidade de acesso, ou seja, para que
não se resuma à simples inserção, são necessárias mudanças estruturais nas relações de
trabalho, sem as quais a aplicabilidade das medidas previstas teria apenas efeito paliativo.
Ressalta-se aqui a necessidade cada vez maior do desenvolvimento de pesquisas voltadas à
compreensão e análise da nova realidade profissional no interior das organizações de trabalho,
tanto na avaliação e questionamento das práticas existentes quanto para aventar e inventar
novas possibilidades.

A formação inicial nunca será suficiente e também não pode prescindir de ofertas sistemáticas
de formação continua. Estas, com o condão de serem enfocadas na realidade concreta de
actuação do professor, considerando os desafios sociais e as necessidades do próprio
professor, a par dos problemas concretos na sala de aula e na escola, são necessárias ao
desenvolvimento profissional e eficiência do ensino do professor.

Especificamente considerando que parte dos professores actualmente em exercício em escolas


inclusivas não teve a oportunidade de ter uma formação apropriada na área, é urgente suprir
esta lacuna implementando acções contínuas de formação com formato diversificado em
função dos próprios contextos, dos problemas e das necessidades dos professores.

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Referências bibliográficas
Camargo, M. L., Goulart, J. E., Cardoso, H. F., & Feijó, M. R. (2015). Projeto de extensão
“Pessoas com Deficiência e Mercado de Trabalho - desafios à inclusão”: desvelando
distâncias entre os discursos e as práticas. Revista Raizes e Rumos , 79-92.

Lopes, B. D., Francisco, F. E., Francisco, V. F., & Dinis, T. F. (2020). Educação Inclusiva em
Moçambique: Um olhar Crítico sobre as Variáveis de Sucesso. Revista ONIS Ciência ,
17-29.

Nhapuala, G. A. (2014). Formação psicológica inicial de professores: atenção à educação


inclusiva em Moçambique. Braga: Universidade do Minho.

Omote, S. (2008). Inclusão escolar: as contribuições da educação especial. São Paulo: SP:
Cultura Acadêmica.

Zucula, J. (2021). Reduz número de crianças com deficiência na escola em Moçambique . O


País .

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