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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:

BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO DA FILOSOFIA GREGA

Piazete Eusébio Joaquim – 708226454

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Introdução a Filosofia
Ano de frequência: 2º Ano
Tutor:

Quelimane, Maio de 2023


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 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico
2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1.Introdução………………………………………………………….………………….5
1.1. Objectivos…………………………………………………………….…………….5
1.1.1. Geral……………………………………………………………….……………..5
1.1.2. Específicos………………………………………………………….…………….5
1.2.3 Metodologias……………………………………………………….……………..5
2.Breve Contextualização Histórica da Filosofia…………………………….…………5
2.1.O Nascimento Da Filosofia Não é Uma Data, Mas um Processo………….……….5
2.2.Mito………………………………………………………………………….………6
2.3.Do mito à Filosofia: Continuidade e Ruptura……………………………….………6
2.4.O Milagre Grego e a Sua Explicação………………………………………………..7
2.5.Etapas da Filosofia Grega Clássica…………….……………………………………7
2.6.Período Pré-socrático……………………………..…………………………………7
2.7.Período Antropológico………………………………………………………………8
2.8.Período Sistemático……………………….…….…………………………………..8
2.9.Período Helenístico ou Greco-Romano…….…….…………………………………8
Os Estóicos e Seus Expoentes…………………………..………………………………8
3. Os Grandes Expoentes do Estoicismo………………..………………………………8
3.1.Os Epicuristas……………………………………………………………………….9
3.2.Os Cépticos…………………………………………………………………………..9
3.3.Os Ecléticos…………………………………………………………………………9
4.Conclusão……………………………………………………………………………..9
5.Referências Bibliográficas……………………………………………………………10

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1.Introdução

A Filosofia, como conhecemos hoje, ou seja, no sentido de um conhecimento racional e


sistemático, foi uma actividade que, segundo se defende na história da filosofia, iniciou
na Grécia Antiga formada por um conjunto de cidades-Estado (pólis) independentes.
Isso significa que a sociedade grega reunia características favoráveis a essa forma de
expressão pautada por uma investigação racional. Essas características eram: poesia,
religião e condições sociopolíticas.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral

 Possuir habilidades e competências adequadas sobre a filosofia grega


1.1.2. Específicos

 Compreender as fases ou épocas da história da Grécia (época homérica, época


arcaica ou dos sete sábios, época clássica e época helenística.
 Identificar os quatro grandes períodos da filosofia grega: pré-socrático ou
Antropológico, período sistemático e período helenístico ou grego-romano.

1.2.3 Metodologias
Para a efectivação deste trabalho, usou-se a consulta bibliográfica que consistiu na
leitura de diversos manuais sobre o tema em discussão.

2.Breve Contextualização Histórica da Filosofia


2.1.O Nascimento Da Filosofia Não é Uma Data, Mas um Processo
Segundo MONDIN (1981, p.123), a filosofia nasceu na Grécia ou, mas propriamente,
no espaço da cultura grega. Difícil é, no entanto, datar esse acontecimento com absoluta
precisão. Difícil, e talvez mesmo impossível. Mais do que uma data precisa tal
acontecimento é um processo, lento, mas decisivo, de libertação da consciência racional
relativamente às formas da consciência mítica e religiosa. É costume dizer-se que a
filosofia nasce por volta do século VI (ou VII) a.C., com os filósofos jónios (Tales,
Anaximandro e Anaxímenes). Neles se manifesta já, com efeito, a existência de uma
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explicação científica e racional da realidade, da natureza. Tomando em consideração os
poemas de Homero (Ilíada e Odisseia), e sobretudo os de Hesíodo (Os trabalhos e os
dias e Teogonia), também aí poderemos descobrir uma embrionária vontade de
racionalização e de sistematização. Por outro lado, se em Tales de Mileto se verifica
existir já uma atitude científica face à realidade não menos verdade é que os elementos
com que tece a sua concepção são numa, significativa parte, extraídos dos materiais das
cosmogonias míticas. Não se pode dizer, por conseguinte, com absoluta certeza: aqui
acaba o mito e a explicação religiosa e começa a filosofia e a ciência.
Eis um trecho do poema de Hesíodo:
Primeiro de tudo houve o Caos[1], e depois
A terra de peito ingente, suporte inabalável de tudo quanto existe,
E Eros [2], o mais belo entre os deuses imortais (…)
Do caos nasceram o Érebo e a negra noite e da noite
Por sua vez, o Éter e o Dia (…)
Notem os seguintes aspectos nestes trechos:
A intenção da totalidade, de segurança e o centro a partir do qual tudo é construído (a
Terra como suporte inabalável de tudo quanto existe);
A passagem do caos (primordial) à ordem (ou cosmos) ocorre por diferenciação (feita
pela mediação de Eros). É o modelo da geração humana que é transporta para a génese
do cosmos.
2.2.Mito
Para MONDIN (1981, p.133), O mito é uma realidade cultural extremamente complexa
que pode ser abordada e interpretada segundo perspectivas múltiplas e complementares.
O mito só fala daquilo que aconteceu realmente, do que se manifestou plenamente. O
mito é considerado como uma história sagrada, e como uma “história verdadeira”,
porque se refere sempre a realidades.
2.3.Do mito à Filosofia: Continuidade e Ruptura
Mais do que traçar o momento da ruptura entre a consciência mítico-religiosa e a
consciência filosófica racional, trata-se, pois, de traçar o modo da ruptura. Os materiais
sobre que trabalha esta nova forma de consciência, que chamaremos de filosofia, são
ainda em grande parte, os mesmos da consciência religiosa: as cosmogonias, a sabedoria
tradicional comunitária de natureza ético-religiosa.
Podemos, pois, concluir o seguinte: o surgimento da atitude racional (da atitude
filosófica ou da atitude científica que, neste caso, se podem considerar sinonimas) não
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representa uma ruptura simples relativamente às anteriores formas de consciência. Se,
por um lado, há ruptura na medida em que se trata efectivamente de uma nova atitude
face à realidade, por outro lado há uma continuidade: não apenas porque a consciência
filosófica e científica utilizará ainda (embora de maneira diferente!) os materiais mítico-
religiosos para as suas explicações racionais, mas também porque ela pretende substituir
o mito e a religião na função que desempenhavam, apresentando-se como a autentica
explicação da realidade que se ajusta à medida do homem.
2.4.O Milagre Grego e a Sua Explicação
Segundo MORA, J. Ferrater (1991, p.83), O surgimento da filosofia faz parte de um
momento global e complexo da cultura grega que costuma designar-se por “milagre
grego”. Esta expressão pretende traduzir um fenómeno, sem paralelo noutras
civilizações, que teve o seu auge na Grécia no século V a. C. E que se exprime num
extraordinário florescimento das artes, da literatura, da ciência, da filosofia, das formas
de organização política e económica.

Este estado de coisas facilitava e proporcionava a ampla circulação de homens e de


ideia por todo o mundo grego. É possível seguir a geografia das manifestações do
pensamento filosófico nas suas origens: ele vai do exterior para o interior, ou seja, das
colónias (Ásia, Menor, Magna Grécia, Sicília…) para a metrópole, sobretudo para
Atenas. Onde vamos encontrar os grandes pensadores gregos: Sócrates, Platão e
Aristóteles.
2.5.Etapas da Filosofia Grega Clássica
2.6.Período Pré-socrático
Segundo PADOVANI, Humberto (1962, p.255), Os pensadores considerados os
primeiros que dão expressão filosófica ao problema da existência de uma causa suprema
de todas as coisas são os filósofos jónios: Tales, Anaximandro, Anaxímenes, todos eles
de Mileto, Ana Ásia menor, às margens do mar Egeu. Todos eles viveram entre os séc.
VII e V a. C. ainda existem outros que se preocuparam também com elemento
primordial que origina todas as coisas, que são: Pitágoras (principio de todas as coisas é
a mônada); Heraclito (o mundo as coisas estão em cessante transformação); Parménides
(a única realidade é o ser); Empédocles (o ser é imutável porque se na fosse, o mundo já
teria deixado de existir); Demócrito (o elemento primordial é constituído pelos átomos);
Anaxágoras (o ser é constituído de átomos que são corpúsculos quantitativamente iguais
‒homeomerias).
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2.7.Período Antropológico
Para REALE, Giovanni (2004, p.66), Os Sofistas: significa sábio, e precisamente sábio
em cada um dos problemas que dizem respeito ao homem e à sua posição na sociedade.
O “homem é a medida de todas as coisas”. Estes inauguram o período chamado
“humanista” da filosofia grega. Os mestres: Protágoras, Górgias, Pródico. Do final do
século V e todo o século IV a. C., quando a filosofia investiga as questões humanas, isto
é, a ética, a política e as técnicas (em grego antropos quer dizer homem; por isso o
período recebeu o nome de antropológico).
Sócrates e a fundação da filosofia moral ocidental (o homem é a sua alma; a moral
fundada sobre a alma, o intelectualismo ético; a liberdade, a felicidade; a não-violência;
a teologia, etc.)
 Anístenes e o prelúdio do cinismo
 Aristipo e a Escola Cirenaica
 Euclides e a Escola de Mégara
 Fédon e a Escola de Elides.
2.8.Período Sistemático
Segundo REALE, Giovanni (2004, p.101), Do final do século IV ao final do século III
a. C, quando a filosofia busca reunir e sistematizar tudo quanto foi pensado sobre a
cosmologia e a antropologia, interessando-se sobretudo em mostrar que tudo pode ser
objecto de conhecimento filosófico, desde que as leis do pensamento e de suas
demonstrações estejam firmemente estabelecidas para oferecer os critérios da verdade e
da ciência. Platão (427 a. C.) discípulo de Sócrates (407- 399 a. C.) fundador e reitor da
academia. Aristóteles (384 a. C.), fundador da Escola peripatética. Foi o primeiro a
fazer um estudo sistemático dos conceitos (isto é, das ideias), procurando descobrir as
propriedades que eles têm enquanto produzidos pela nossa mente como podem ser
unidos e separados, divididos e definidos, e como é possível tirar conceitos novos de
conceitos conhecidos anteriormente.
2.9.Período Helenístico ou Greco-Romano
Os Estóicos e Seus Expoentes
Segundo WILLIAM, Jaeger. Paideia (1995, p.293), O estoicismo é um movimento
filosófico mais original do período helenístico e também que teve a duração mais longa:
fundado nos fins do século IV a. C, continuou a florescer até depois do século III d. C.
3. Os Grandes Expoentes do Estoicismo São:
 Zenão (336-274 a.C.), o fundador e mestre.
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 Crisipo (281-208 a. C.), principal sistematizador do pensamento do mestre.
 Epicteto (50-138 d. C.)
 Séneca (4 a. C. -65 d. C.) o maior representante do estoicismo no mundo latino.
 Marco Aurélio (121-180 d. C.) um dos últimos epígonos da escola.
3.1.Os Epicuristas
O epicurismo, fundado por Epicuro de Samos (morreu por volta de 260 a. C.).
Como filosofia é essencialmente materialista, mecanicista e hedonista.
3.2.Os Cépticos
O termo cepticismo vem do sképsis, que significa “investigação”, “procura”; ele quer
indicar mais precisamente que a sabedoria não consiste no conhecimento da verdade,
mas na sua procura. Os principais expoentes do Cepticismo são: Pírron, Carnéades e
Sexto Empírico.
3.3.Os Ecléticos
Entende-se por eclectismo a atitude filosófica para a qual a procura da verdade não se
esgota em apenas uma forma sistemática e dedica-se por isso a coordenar e harmonizar
entre si elementos de verdade escolhidos em diversos sistemas

4.Conclusão
Em jeito de conclusao, podemos dizer que a filosofia jónica da natureza sucede a
epopeia sem solução de continuidade. Esta íntima conexão orgânica dá unidade
arquitectónica à história do espírito grego. Não é fácil decidir s e a ideia dos poemas
homéricos, segundo a qual o oceano da concepção de Tales, que considera a agua o
principio originário do mundo; seja como for, é evidente que a representação do mar
inesgotável colaborou na sua expressão.

Em todas as partes da Teogonia de Hesiodo reina a vontade expressa de uma


compreensão construtiva e uma perfeita coerência na ordem racional e na formulação
dos problemas. Por outro lado, a sua cosmologia ainda apresenta irreprimível pujança de
criações mitológicas, que muito mais tarde ainda age sobre a s doutrinas dos
“fisiólogos”, nos primórdios da filosofia “cientifica”, e sem a qual se não poderia
conceber a prodigiosa actividade que se expande na criação das concepções filosóficas
do período mais antigo da ciência. O amor e o ódio, as duas forças naturais de união e
divisão da doutrina de Empédocles, têm a mesma raiz espiritual do eros cosmogónico de
Hesiodo.
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5.Referências Bibliográficas

 MONDIN, Baptista. Curso de Filosofia. 4ª Edição, são Paulo, Edições Paulina,


Vol. I, 1981.
 MORA, J. Ferrater. Dicionário de Filosofia. Edições Publicações, Lisboa, 1991.
 PADOVANI, Humberto. História de Filosofia, edições Melhoramento, São
Paulo, 1962.
 REALE, Giovanni e ANTISERI, Dário. História da Filosofia Antiga Pagã, vol.
I, 2004.
 WILLIAM, Jaeger. Paideia: A formação do Homem Grego, Arter, Lisboa. S/d.

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