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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação Distância

Várias ideias defendidas por diferentes correntes ou escolas na


Evolução do objecto de estudo da psicologia

Pedro Jacinto Junqueiro


Código708210099

Curso de Licenciatura em ensino de


Geografia, Psicologia Geral, 1º ano turma S,
orientado pelo dr:

Quelimane, Maio 2022


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 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos organizacionais  Introdução 0.5
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5

 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
objectivos
1.0
Introdução
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
Do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
(expressões crita
cuidada,
2.0
Conteúdo coerência/coesão
textual)

 Revisão bibliográfica

Análise e discussão nacional e


internacionais 2.0
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0

 Contributos teóricos
práticos
Conclusão 2.0

 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
Linhas
NormasAPA6ªediçãoemcitaçõ  Rigor e coerência das
citações/referências
Referencias bibliográficas esebibliografia 4.0
bibliográficas

Recomendações de melhoria:
Índice

CAPITULO I: INTRODUÇÃO.................................................................................................. 2
1. Introdução............................................................................................................................ 2
1.2. Objectivos ........................................................................................................................ 3
1.2.1. Objectivo Geral: ........................................................................................................... 3
1.2.2. Objectivos Específicos: ................................................................................................ 3
1.3. Metodologia ..................................................................................................................... 3
CAPITULO II: Revisão da literatura.......................................................................................... 4
2.1. Psicologia ............................................................................................................................ 4
2.2. Evolução do estudo da psicologia ....................................................................................... 4
2.3. Estruturalismo e a Primeira Escola de Pensamento da Psicologia .................................. 5
2.3.1. O Funcionalismo de William James ............................................................................ 5
2.4. A Psicologia e a Ciência .................................................................................................. 6
2.4.1. Estruturalismo .............................................................................................................. 7
2.4.2. Funcionalismo .............................................................................................................. 7
2.4.3. Associacionismo .......................................................................................................... 7
2.5. Behaviorismo ................................................................................................................... 8
2.5.1. Os principais conceitos da Escola Behaviorista........................................................... 8
2.5.2. Experimento de Pavlov com cães ................................................................................ 9
2.6. A Escola Psicanalítica ................................................................................................... 12
2.6.1. Principais conceitos da Escola Psicanalítica .............................................................. 12
2.6.2. Fase anal (de 2 a 3 anos) ............................................................................................ 13
2.6.3. Fase de latência (de 5 a 12 anos) ............................................................................... 14
2.6.4. Fase genital (de 12 anos em diante) ........................................................................... 15
2.7. A teoria psicanalítica e o comportamento organizacional ............................................. 15
2.8. A Escola Fenomenológica ............................................................................................. 16
2.9. A Psicologia Humanista ................................................................................................ 16
2.9.1. Principais conceitos propostos por Abraham Maslow ............................................... 17
2.9.2. A teoria humanista e o comportamento organizacional ............................................. 18
3. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 19
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 20
CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1. Introdução

Embora seja uma ciência recente, a psicologia é constituída de uma história bastante
extensa, uma vez que a investigação de aspectos pertinentes ao homem, objecto de estudo
desta ciência, dá-se de longa data. Assim, ao considerar a psicologia como uma ciência
independente faz-se necessário, primeiramente, avaliar a história das práticas e dos
conhecimentos produzidos a partir da busca de compreensão do homem e de suas relações
entre si e com o ambiente que o cerca.

Um ponto a ser considerado nesse resgate histórico é o conhecimento filosófico, uma


vez que não se pode compreender a psicologia, sem a análise das indagações filosóficas sobre
o homem e o mundo.

O desenvolvimento do pensamento filosófico, no que concerne ao entendimento do ser


humano, com contraposições entre os estudiosos, apontando maneiras diferentes de conceber
e descrever o universo da existência humana, deve ser considerado na análise da evolução da
psicologia enquanto ciência. Keller ressalta a importância do olhar atento ao pensamento
filosófico na compreensão da evolução da ciência psicológica ao afirmar: Muito antes que a
psicologia viesse a ser tratada como ciência experimental havia homens interessados nestes
assuntos que hoje seriam chamados de psicológicos.

A influência destes homens sobre as gerações posteriores foi bem grande e não é
demais que se deva abordar a questão de definir a psicologia moderna pela menção de suas
opiniões e descobertas. (KELLER, 1974, p. 3) Os pensamentos acerca do que Keller chama
de “assuntos que hoje seriam chamados psicológicos” são encontrados na análise detalhada
das discussões tanto dos filósofos antigos, quanto dos contemporâneos.
1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo Geral:
 Compreender a importância do estudo da Psicologia, desenvolvido ao longo da
história humana,

1.2.2. Objectivos Específicos:


 Apresentar o Estruturalismo e a Primeira Escola de Pensamento da Psicologia
 Conhecer a Evolução do estudo da psicologia;
 Conhecer a Teoria Cognitivista;
 Falar do surgimento da Psicanálise.

1.3. Metodologia

É crucial que antes de termos a noção da metodologia, que percebamos em primeiro


lugar o conceito de Método que para Gil (2008) “pode-se definir método como caminho para
se chegar a determinado fim. E método científico como o conjunto de procedimentos
intelectuais e técnicos adoptados para se atingir o conhecimento” (p.8).

Buscando definir o mesmo conceito na base de Gil, percebemos que para ele, o termo
metodologia, é definido como sendo “o conjunto de abordagens, técnicas e processos
utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição objectiva do
conhecimento, de uma maneira sistemática” (Gil, 2008, p.106).
CAPITULO II: Revisão da literatura

2.1. Psicologia
O termo foi criado em 1550, por Melanchton, enquanto leccionava na Universidade de
Wittenberg, na Alemanha, sendo que psique, proveniente do grego, significa alma e logos,
proveniente do latim, significa estudo.

A psicologia é a ciência que estuda os processos mentais. A palavra vem do grego:


psico- (alma ou atividade mental) e -logía (estudo). Esta disciplina analisa as três dimensões
desses processos: cognitiva, afetiva e comportamental.

Freud superou a crença ligada à concepção do transtorno de conduta como expressão


de uma doença cerebral. Ou seja, vinculava as interações primárias da criança ao
desenvolvimento posterior de problemas de comportamento. Ele concentrou a base da
psicologia em psicanálise, que se concentrava na repressão dos instintos como único culpado
no desenvolvimento de futuras patologias. Aqui você pode ler mais sobre Sigmund Freud e
sua teoria da psicanálise.

Segundo Wundt, o principal objectivo da psicologia de era compreender a consciência


como ela é experimentada e, por sua vez, compreender as leis mentais que governam as
pessoas.

2.2. Evolução do estudo da psicologia

Enquanto a psicologia de hoje reflete a rica e variada história da disciplina, as origens


da psicologia diferem significativamente das concepções contemporâneas do campo. A fim de
obter uma compreensão completa da psicologia, você precisa passar algum tempo explorando
sua história e origens. Como a psicologia se originou? Quando começou? Quem eram as
pessoas responsáveis por estabelecer a psicologia como uma ciência separada?

A psicologia contemporânea está interessada em uma enorme variedade de tópicos,


examinando o comportamento humano e o processo mental, do nível neural ao nível
cultural. Psicólogos estudam questões humanas que começam antes do nascimento e
continuam até a morte. Compreendendo a história da psicologia, você pode entender melhor
como esses tópicos são estudados e o que aprendemos até agora.
Desde seus primórdios, a psicologia tem se deparado com inúmeras questões. A
questão inicial de como definir psicologia ajudou a estabelecê-la como uma ciência separada
da fisiologia e da filosofia. ()

2.3. Estruturalismo e a Primeira Escola de Pensamento da Psicologia

Edward B. Titchener, um dos estudantes mais famosos de Wundt, iria fundar a


primeira grande escola de pensamento da psicologia. Segundo os estruturalistas, a consciência
humana poderia ser dividida em partes menores. Usando um processo conhecido como
introspecção, os indivíduos treinados tentariam quebrar suas respostas e reações às sensações
e percepções mais básicas.

Embora o estruturalismo seja notável por sua ênfase na pesquisa científica, seus
métodos não eram confiáveis, limitantes e subjetivos. Quando Titchener morreu em 1927, o
estruturalismo basicamente morreu com ele.

2.3.1. O Funcionalismo de William James

A psicologia floresceu nos Estados Unidos durante a segunda metade do século


XIX. William James emergiu como um dos principais psicólogos americanos durante este
período e publicou seu livro clássico, “Os Princípios da Psicologia”, estabeleceu-o como o pai
da psicologia americana. Seu livro logo se tornou o texto padrão em psicologia e suas idéias
serviram como base para uma nova escola de pensamento conhecida como funcionalismo.

Imagem 1. O Funcionalismo de William James. Fonte: autor - 2022


O foco do funcionalismo era como o comportamento realmente funciona para ajudar
as pessoas a viver em seu ambiente. Os funcionalistas utilizaram métodos como a observação
directa para estudar a mente e o comportamento humanos.

Ambas as primeiras escolas de pensamento enfatizavam a consciência humana, mas


suas concepções eram significativamente diferentes. Enquanto os estruturalistas procuravam
dividir os processos mentais em suas partes menores, os funcionalistas acreditavam que a
consciência existia como um processo mais contínuo e mutável. Enquanto o funcionalismo
rapidamente desvanecia uma escola de pensamento separada, ele continuaria a influenciar
psicólogos posteriores e teorias do pensamento e comportamento humanos.

2.4. A Psicologia e a Ciência

As alterações na forma de compreensão do homem e do funcionamento do Universo


abrem espaço para novas indagações e formas de estudo. Os avanços da Anatomia, da
Fisiologia e da Neurologia propiciaram a constituição de uma ciência distinta da Filosofia. A
Psicologia que nasce a partir dos estudos da alma realizados pelos grandes filósofos passa a
ser uma ciência “sem alma” (BOCK, FURTADO e TEIXEIRA, 2005, p. 43), no sentido de
que tem seu conhecimento produzido em laboratórios por meio de experimentos de
observação e medição.

Wilhelm Wundt (1832-1920), fisiólogo alemão da Universidade de Leipzig e pioneiro


da Psicologia Experimental, cria o primeiro laboratório para realizar experimentos na área de
Psicofisiologia, fato que pode ser considerado o início da psicologia como ciência
independente. Wundt era considerado um paralelista psicofísico, ou seja, acreditava que havia
fenômenos do mundo físico, constituídos pelo corpo, e fenômenos do mundo mental,
constituídos pela mente. Os experimentos de Wundt envolviam as sensações, percepções,
sentimentos e emoções e se davam por meio do método de “introspecção”, método e termo
criado por ele próprio.

O método instituído por Wundt se baseava no sujeito da experiência, previamente


treinado para autoobservação, descrever ao experimentador suas sensações, percepções e
sentimentos. Um exemplo: o experimentador estimulava o sujeito com uma picada de agulha
e esse fazia o relato introspectivo sobre tamanho, intensidade e duração do estímulo,
descrevendo o caminho percorrido no seu interior, como que descrevendo o processo mental.
Wundt acreditava que cada processo da mente envolvia simultaneamente um processo físico,
daí a análise dos estímulos físicos, e um processo mental, ou seja, as sensações mentais
correspondentes. A influência de Wundt marcou a constituição da psicologia enquanto
ciência, fazendo com que ele fosse considerado pai da Psicologia Moderna ou Científica.

Essa psicologia científica teve como primeiras abordagens três escolas: o


Estruturalismo, o Funcionalismo, e o Associacionismo.

2.4.1. Estruturalismo

O Estruturalismo teve como principal instituidor Edward Titchener (1867-1927). Para


o Estruturalismo a psicologia é a ciência que estuda a consciência ou a mente, sendo que a
mente é compreendida para esses pensadores como a soma de todos os processos mentais. A
função da Psicologia era então compreender esses processos e o modo como a mente é
estruturada, como funcionam os sistemas nervosos centrais.

Titchener mantém a tradição de Wundt em relação ao método de estudo, mas sua


forma introspectiva era mais ampla. Titchener questionava a possibilidade de uma descrição
isenta de viés. Para ele a descrição introspectiva tendia a ser mais uma análise do que uma
descrição, em função disso, defende o uso da experimentação e da descoberta sobre “o que”,
“como” e “por que” dos processos mentais.

2.4.2. Funcionalismo

Um dos principais pensadores do Funcionalismo foi William James (1842-1910). Os


Funcionalistas assim como os Estruturalistas elegem a consciência como foco para análise,
mas os Funcionalistas estavam interessados na função da mente e não em sua estrutura.
Assim, ao contrário dos Estruturalistas, a Psicologia Funcional define a psicologia como uma
ciência biológica, uma ciência interessada em analisar os processos mentais, interessava-se
pelo funcionamento, pela função da mente e não por sua estrutura, por suas propriedades.
Consideravam que a mente é um acúmulo de funções e processos que conduzem a
experiências práticas. A mente passa a ser analisada em função das interações com o ambiente
e o estudo da vida psíquica é considerado a partir de sua adaptação ao meio.

2.4.3. Associacionismo

O termo associacionismo origina-se da concepção de que a aprendizagem se origina a


partir da associação de ideias, partindo das mais simples às mais complexas. Os
Associacionistas não aceitavam o método introspectivo e lançaram as bases da psicologia
comportamentalista, utilizando para tanto pesquisas com animais. Edward L. Thorndike
(1874-1949), o principal pensador do Associacionismo, formulou a Lei do Efeito,
contribuindo para a primeira teoria de aprendizagem em Psicologia. De acordo com a Lei do
Efeito, todo o comportamento de um organismo vivo tende a se repetir se recompensado.

Todavia, se o efeito for um castigo, esse comportamento deixará de ser repetido.


Thorndike realiza vários experimentos com animais, estudando a lei do efeito na
aprendizagem de novos comportamentos. Na actualidade, as três principais escolas da
psicologia não são mais o Estruturalismo, o Funcionalismo e o Associacionismo. Mas, essas
escolas serviram como base para a formulação das três principais teorias dos dois últimos
séculos: o Behaviorismo (ou Psicologia Experimental ou Psicologia Comportamental); a
Psicanálise; e a Gestalt (ou Psicologia da Forma).

2.5. Behaviorismo
2.5.1. Os principais conceitos da Escola Behaviorista

O estudo dos comportamentos observáveis levou os estudiosos behavioristas à


distinção de duas classes de comportamento: o comportamento respondente e o
comportamento operante.

O comportamento respondente é aquele que acontece como resposta a um estímulo


específico. As respostas estão directamente ligadas ao sistema nervoso autónomo, sendo,
desta maneira, involuntárias ou automáticas. Podemos citar como exemplo o comportamento
de salivação ao comer ou a dilatação das pupilas dos olhos em resposta a alterações na
iluminação do ambiente.

O comportamento operante, por sua vez, é o de reacção do indivíduo ao meio externo


para que possa receber um novo estímulo, que reforce a sua acção. Através dos
comportamentos operantes, o indivíduo opera, ou atua no meio. São operantes todos os
comportamentos do repertório humano como andar, falar, conversar, comer e estudar.

A partir da compreensão desses dois tipos de comportamento, foi possível aos


behavioristas elaborar a teoria do condicionamento que seria uma forma de aprendizado que
envolvia uma resposta simples ou uma série complexa de respostas a determinados estímulos.
Assim como os comportamentos, os condicionamentos são divididos em dois grandes tipos: o
condicionamento respondente ou clássico; e o condicionamento operante ou instrumental.
Condicionamento respondente O condicionamento respondente ou condicionamento
clássico foi pesquisado inicialmente por Ivan P. Pavlov e trata-se de um tipo de aprendizagem
em que o organismo aprende a responder a um estímulo neutro que antes não produzia essa
resposta. Esse condicionamento explica o comportamento involuntário e as reacções
emocionais condicionadas, como por exemplo, a taquicardia provocada por um susto ou a
sensação prazerosa que sentimos quando encontramos alguém que gostamos.

2.5.2. Experimento de Pavlov com cães

Imagem 2. Fonte: http://www.psicologiacomanda.hpg.ig.com.br/pavlov.htm.

Pavlov mostrou que um estímulo incondicionado provoca uma resposta


incondicionada; um estímulo condicionado, uma resposta condicionada; e um estímulo
incondicionado associado a um estímulo neutro passa a ser condicionado. Esta conclusão foi
obtida através da experiência que realizou com cães. Estudando a secreção salivar nos cães,
constatou que os animais salivavam sempre que o alimento lhes era colocado na boca. A
salivação era uma resposta incondicionada para um estímulo incondicionado, a comida.

Ao repetir a experiência com os mesmos cães observou que os cães salivavam também
ao ver alimento, ao ver a pessoa que frequentemente trazia o alimento, e até mesmo, ao ouvir
os passos da pessoa. A estas reacções, Pavlov chamou reflexos inatos.

Mais tarde, ele passou a accionar uma campainha (estímulo neutro) no momento em
que apresentava a carne ao cão e este salivava. Depois de muitas repetições, o cão passou a
salivar (resposta condicionada) ao ouvir o toque da campainha (estímulo condicionado).
Assim, um comportamento inato transformou-se em um condicionamento.
Este tipo de condicionamento faz parte do quotidiano das pessoas, em situações
bastante simples e corriqueiras, como: salivar quando se espreme um limão; voltar a atenção
quando o nosso nome é chamado; sentir o coração acelerado quando se vê alguém especial.

Condicionamento operante A noção de condicionamento operante é um conceito


chave do pensamento de B. F. Skinner (1904-1990), e foi construído tendo como uma de suas
referências a noção de reflexo condicionado, formulada pelo cientista russo Ivan Pavlov.
Todos os actos que praticamos (os operantes) causam algum tipo de reacção do meio, assim,
recebemos algum tipo de recompensa ou reforço.

Quando o reforço obtido é positivo, o comportamento terá uma probabilidade maior de


voltar a acontecer. O condicionamento operante é um mecanismo que premia uma
determinada resposta de um indivíduo, fazendo com que ele associe a necessidade de um
estímulo positivo (S) a uma acção (R). É o caso do rato faminto que, numa experiência,
percebe que o accionar de uma alavanca levará ao recebimento de comida. Ele tenderá a
repetir o movimento cada vez que quiser saciar sua fome. Outro exemplo é o aluno que
descobre que conseguirá uma boa nota cada vez que estudar zelosamente. Uma das
preocupações de Skinner era praticar uma ciência que pudesse ser experimentada e
comprovada com provas observáveis. Para isto, realizou a maioria de suas experiências com
animais inferiores, principalmente com ratos brancos e pombos.

Desenvolveu um instrumento, conhecido por “Caixa de Skinner” como aparelho


adequado para estudo animal.

Imagem 3. FONTE: http://www.psicologiacomanda.hpg.ig.com.br/pavlov.htm.


Nos experimentos com a caixa, o rato era colocado dentro de uma caixa fechada que
continha apenas uma alavanca e um fornecedor de alimento. Quando o rato apertava a
alavanca sob as condições estabelecidas pelo experimentador, uma bolinha de alimento caia
na tigela de comida, recompensando, assim, o rato. Após o rato ter fornecido essa resposta, o
experimentador pode colocar o comportamento do rato sob controle em relação a uma
variedade de condições de estímulos. Além disso, o comportamento pode ser verificado como
gradualmente modificável ou modelado até aparecerem novas repostas que ordinariamente
não façam parte do repertório comportamental do rato.

Assim como o rato condicionado na caixa, quando o comportamento humano produz


um efeito desejado, o indivíduo fica condicionado a repeti-lo nas situações de necessidade.
Muitos comportamentos na situação de trabalho são operantes e passíveis de
condicionamento. Os reforços positivos são estímulos ou consequências agradáveis que,
associados à determinados comportamentos, fazem com que estes tenham uma maior
probabilidade de se repetir. Da mesma maneira, quando um comportamento produz efeitos
desagradáveis, tende a ser evitado. A punição ou castigo é a consequência desagradável que
ocorre após algum comportamento. Enquanto a recompensa aumenta a probabilidade de
repetição do comportamento, nem sempre o castigo aumenta a probabilidade de evitá-la.

O Behaviorismo, que tem forte influência das ideias de Thorndike e da visão


funcionalista, nasce com John Watson (1878-1958). Watson, a partir dos estudos de Ivan
Petrovich Pavlov (1849-1936) acerca de estímulo-reflexo, estabelece o objeto de estudo da
Psicologia enquanto ciência: o comportamento (behavior em inglês), um objeto de estudo
mais concreto, mensurável. Watson traz como grande contribuição a análise do
Comportamento Respondente. Iniciado com Watson, o Behaviorismo tem como principal
teórico Burrhus Frederic Skinner (1904-1990), o qual formula a compreensão do
Comportamento Operante, das noções de reforçamento e do controle dos estímulos.

A Psicanálise nasce com Sigmund Freud (1856- 1939), o qual a partir de sua prática
médica postula o inconsciente como objeto de estudo da ciência. Freud e a Psicanálise, ao
contrário do Behaviorismo, se detém a investigar processos obscuros do psiquismo,
analisando sonhos, fantasias e esquecimentos. Freud, influenciado por suas observações em
atendimentos médicos, bem como por outros médicos da época, cria teorias e métodos de
pesquisa, sendo o mais conhecido: o método catártico.
Com a descoberta do inconsciente, Freud postula sua Primeira Tópica, composta por
três instâncias do aparelho psíquico: Inconsciente, Consciente e Pré-consciente. A primeira
tópica é reformulada e substituída posteriormente pela Segunda Tópica Freudiana, formada a
partir da noção de ID, Ego e Superego.

2.6. A Escola Psicanalítica

É possível que mesmo aqueles que pouco ouviram falar sobre a Psicologia já tenham
ouvido falar de Freud e da Psicanálise em virtude da popularização de determinados conceitos
da teoria. A teoria psicanalítica teve a sua origem com Sigmund Freud (1856 – 1939), médico
austríaco, a partir de seu trabalho clínico com pacientes que sofriam de doenças mentais.

Freud, considerado o pai da Psicanálise, nasceu no dia 06 de maio de 1856 em


Freiberg, Morávia (hoje Pribor, República Tcheca). Seu pai era um comerciante que, em
função de negócios malsucedidos, mudou-se para Viena quando Freud tinha 4 anos. Freud lá
permaneceu, estudou medicina e elaborou a sua teoria. Além dele, alguns de seus seguidores
também tiveram um papel importante para a ampliação e popularização da teoria. Foram eles:
Anna Freud (1895 – 1982); Melanie Klein (1882 – 1960); Henry Murray (1893 – 1988). O
termo Psicanálise é usado para referir-se a uma teoria, a um método de investigação e a uma
prática profissional.

A teoria psicanalítica caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos sistematizados


sobre o funcionamento da vida psíquica. Como método de investigação, a Psicanálise não se
fundamenta em dados observáveis e quantificáveis e sim sobre a realidade psíquica, ou a
subjectividade, que constitui o seu objecto de pesquisa. Enquanto prática profissional, ela é
uma forma de tratamento psicológico (a análise), que visa à cura pela palavra ou o
autoconhecimento. A teoria psicanalítica pode ser considerada como um conjunto de
hipóteses a respeito do funcionamento e desenvolvimento do psiquismo humano, revelando
tanto o funcionamento mental normal como o funcionamento patológico.

2.6.1. Principais conceitos da Escola Psicanalítica

Em suas primeiras obras, Freud exprimiu a crença de que a vida psíquica consiste em
três partes: a consciente, a pré-consciente e a inconsciente. A parte consciente, segundo ele, é
pequena e insignificante e representa um aspecto superficial da personalidade total, é aquilo
em que pensamos no momento atual. A inconsciente, por sua vez, é vasta e poderosa e contém
os instintos que são a força propulsora de todo o comportamento humano, além de armazenar
todas aquelas lembranças que não suportaríamos no consciente. Ali, elas estariam
inacessíveis.

Haveria ainda a estrutura pré-consciente que, ao contrário do inconsciente, guarda


lembranças que podem ser traduzidas com facilidade à consciência. Mais tarde, Freud reviu
essa distinção simples (consciente/ préconsciente/inconsciente) e introduziu as noções de id,
ego e superego, considerando a divisão como a sua segunda teoria do aparelho psíquico. Na
teoria freudiana, o id corresponde à parte mais primitiva, pois está presente desde o
nascimento e menos acessível da personalidade, incluindo os instintos sexuais e agressivos.

O id deseja a satisfação imediata sem levar em conta as circunstâncias da realidade


objectiva; dessa forma, age de acordo com o que Freud denominou de princípio do prazer, que
tem relação com a redução da tensão por meio da busca do prazer e do afastamento da dor.
Esta estrutura contém ainda a energia psíquica básica, ou libido, que é a nossa energia de vida.
Para satisfazer as necessidades do id, o ser humano interage com o meio, o seu mundo real.

Essa interacção não ocorre por intermédio do id, mas por meio de outra estrutura, o
ego. O ego representa aquilo que pode ser chamado de razão em contraste com as paixões
cegas existentes do id. O ego é parte mais consciente da realidade, percebendo-a,
manipulando-a e regulando os desejos do id, tomando-a como referência. Opera de acordo
com o que Freud denominou de princípio da realidade. Segundo Bock (1995), as funções do
ego são: perceber, lembrar, sentir e pensar. O terceiro componente da estrutura da
personalidade freudiana é o superego, o qual se desenvolve bem cedo na infância, quando são
assimiladas as regras de conduta ensinadas pelos pais, mediante um sistema de recompensas e
punições.

2.6.2. Fase anal (de 2 a 3 anos)

Entre dois e três anos, as crianças estão em pleno desenvolvimento motor, sendo a
organização psicomotora a base das novas conquistas. É o período em que começa a andar,
falar e a aprender a controlar os esfíncteres, que são os músculos da saída do ânus e uretra,
através do treino de toalete (aprender a fazer o xixi e o cocô no lugar e na hora apropriados).
O controle da expulsão das fezes e da urina é socialmente necessário, além de despertar um
interesse natural pela autodescoberta, pois a obtenção do controle esfincteriano é ligada à
percepção de que esse controle é uma nova fonte de prazer. Percebem rapidamente que a
aquisição do controle lhes traz atenção e elogios. O interesse dos pais permite à criança exigir
atenção tanto pelo controle bem sucedido quanto pelas falhas.

A região anal, em virtude de tudo isto, é investida de energia, e erotizada. O controle


da evacuação é o conflito central desse período. Apesar de sentir prazer em evacuar, a criança
deve aprender a controlar; porém, ela se utiliza desse controle para presentear ou punir os pais
quando evacua no momento em que os pais querem ou ainda em momentos inoportunos.
Parte da confusão que pode acompanhar a fase anal é a aparente contradição entre o elogio e o
reconhecimento por um lado e, por outro, a idéia de que ir ao banheiro é algo “sujo” e deveria
ser guardado em segredo. Fezes e urina são os primeiros produtos da criança e parece-lhe
estranho que elas não sejam apreciadas. A criança se confunde, por exemplo, quando ao
oferecer suas fezes em presente aos pais percebe que reagem com repugnância. Nenhuma área
é tão carregada de proibições e tabus como a área que lida com o treinamento da higiene na
vida contemporânea. Os reflexos dessa fase sobre a personalidade se mostram na maneira
como as pessoas se organizam (ordem ou desordem), como lidam com dinheiro (gasto
compulsivo ou mesquinhez). Fase fálica (de 3 a 5 anos).

Já aos três anos a criança entra na fase fálica (do grego phalus = pênis). Essa fase é
marcada pela percepção das diferenças sexuais, ou ainda, como o próprio nome sugere, a
criança se dá conta do pênis ou da falta de um, já que, como a maior parte do órgão genital
feminino é interna, a criança percebe como se as mulheres houvessem sido castradas. Como
nessa fase a erotização é dirigida para os genitais, é comum a estimulação dos mesmos
(masturbação), que é acompanhada de fantasias de penetrar (para os meninos) ou ser
penetrada (para as meninas).

O complexo de Édipo também ocorre com a menina, que inicialmente também tem a
mãe como seu objeto de amor, mas, se afasta dela por perceber que ela não tem o pênis. Então
essa se aproxima do pai que pode lhe dar aquilo que a mãe não tem. O restante da elaboração
acontece de maneira análoga ao processo masculino, com os genitores invertidos. Ao final
dessa fase e do conflito edipiano, a criança internaliza o tabu do incesto, presente nos mais
diferentes tipos de organização social.

2.6.3. Fase de latência (de 5 a 12 anos)

Nessa fase não há nenhuma reorganização de libido, a energia de vida, como


aconteceu nas fases anteriores. As características de personalidade, desenvolvidas até então,
não se alteram até a adolescência. A resolução do complexo de Édipo faz com que a energia
seja deslocada de seus objetivos sexuais. É canalizada para os objetivos escolares e sociais.

A energia sexual não desaparece totalmente, mostrase de maneira bastante discreta.


No ambiente escolar é comum que meninos e meninas se organizem em grupos bastante
distintos, “clube do Bolinha” e “clube da Luluzinha”, evidenciando o adormecimento dos
desejos sexuais.

2.6.4. Fase genital (de 12 anos em diante)

Com a chegada da puberdade os interesses sexuais são novamente despertados e o


indivíduo, que já se desenvolveu física, intelectual e socialmente, está pronto para o exercício
pleno da sua sexualidade.De acordo com Rappaport (1981), alcançar a fase genital constitui,
para a Psicanálise, atingir o pleno desenvolvimento adulto com a possibilidade de amar e
trabalhar. Para Freud, a heterossexualidade adulta é a marca registrada da maturidade, pois
permitirá ao indivíduo tanto a procriação quanto o exercício genital mais amplo.

2.7. A teoria psicanalítica e o comportamento organizacional

O trabalhar é fundamental para a preservação da saúde mental das pessoas, pois, como
já mencionado anteriormente, a teoria psicanalítica considera que a subjetividade adulta é uma
representação dos conteúdos pessoais construídos durante a história dos indivíduos. Desta
maneira, quando chega ao mundo do trabalho, cada um traz uma história e uma maneira
bastante peculiar de lidar com os conflitos internos e externos.

A organização, na sua tentativa de padronização e tratamento massificado, pode tornar


os conflitos pessoais mais intensos, favorecendo, assim, o sofrimento psíquico.

Dejours (1949) propôs a teoria da psicodinâmica do trabalho, sugerindo que a relação


do homem com o trabalho é uma relação de sofrimento, apesar de ser fonte de prazer e saúde.

Definindo o pensamento de Dejours, Aguiar sugere: A grande contribuição de Dejours


foi introduzir a dimensão psicológica no estudo das relações do ser humano com a
organização do trabalho e identificar a presença do homem concreto, vivo, sensível, reativo e
sofredor, animado por uma subjetividade, no contexto da organização (AGUIAR, 2005,
p.166).
O cotidiano das organizações, com suas regras, procedimentos e padronizações pode
funcionar como um espaço de sofrimento psíquico para o trabalhador, que pode, no desejo de
diminuir o seu sofrimento, desenvolver estratégias defensivas para preservar a sua saúde
mental. Existem dois grandes tipos de defesas: aquelas construídas coletivamente a partir das
pressões organizacionais, caracterizadas pelos comportamentos estereotipados ou alienados; e
as defesas individuais, através das quais o indivíduo produz sintomas físicos ou emocionais,
gerando doenças psicossomáticas ou stress, para se defender dos conflitos organizacionais.

De acordo com Aguiar (2005), é imprescindível que a relação conflituosa entre a


organização e o aparelho mental seja resolvida no sentido de proteger a saúde mental do
indivíduo, mantendo também a produtividade e motivação para o trabalho. Essa resolução
envolverá, entre outras coisas, mudanças estruturais e de processos organizacionais, como a
criação de espaço público e uma relação dialógica entre a direção e os membros da
organização.

2.8. A Escola Fenomenológica

Dentre as escolas da Psicologia a Fenomenológica é, sem dúvida, a mais filosófica,


pois surgiu do debate sobre a relação do homem com o mundo. Sua origem data da segunda
metade do século XIX, a partir das análises de Franz Brentano sobre a intencionalidade da
consciência humana. Ele procurava descrever, compreender e interpretar os fenômenos que se
apresentavam à percepção. Esta escola se opôs ao pensamento positivista do século XIX,
propondo a extinção da separação sujeito e objeto.

2.9. A Psicologia Humanista

A Escola Humanista, constituída a partir da Fenomenologia, foi aquela que mais se


destacou dentre as teorias psicológicas. Fundamentada sobre os pressupostos da
Fenomenologia, a Psicologia Humanista é centrada na pessoa e não no comportamento,
enfatizando a condição de liberdade contra a pretensão determinista e controladora do
indivíduo. O termo “Psicologia Humanista” foi utilizado pela primeira vez em 1930 por
Gordon Allport, que, juntamente com Henry Murray, são considerados os precursores da
abordagem humanista. Mais tarde, entre 1960 e1970, a abordagem humanista fez parte de um
movimento que propunha uma mudança nos métodos e temas da Psicologia, opondose,
principalmente, contra a Psicanálise e aos comportamentalistas, que, segundo o movimento,
ofereciam uma imagem da natureza humana que era restrita e aviltante.
2.9.1. Principais conceitos propostos por Abraham Maslow

Para Abraham Maslow, a auto-realização era uma necessidade humana das mais
complexas e difíceis de ser atingida, pois, ela estaria no último degrau de uma hierarquia de
cinco necessidades inatas, que activam e direccionam o comportamento humano. Iniciando da
mais inferior, são elas: as necessidades fisiológicas; de segurança; de afiliação e amor; de
estima; e de auto-realização.

Imagem 5. Pirâmide de Maslow.

Para Maslow, as necessidades seriam instintóides, termo que usou para definir as
necessidades inatas, e possuíam um caráter hereditário, mas influenciáveis ou anuladas pelo
aprendizado, pelas expectativas sociais e pelo medo de desaprovação. Segundo Schultz
(2006), embora tenhamos necessidades ao nascer, os comportamentos realizados para
satisfazê-las são aprendidos, o que determinaria uma variação de pessoa para pessoa. As
necessidades fisiológicas seriam as mais básicas, tais como a fome, a sede, o sexo; as
necessidades de segurança vão da simples necessidade de estar seguro dentro de uma casa à
formas mais elaboradas de segurança, como um emprego, uma religião, a ciência, entre
outras; a necessidade de amor envolve sentimentos de afeição e pertencimento, como o afeto e
carinho dos outros; a necessidade de estima passa por duas vertentes, o reconhecimento das
nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros diante da nossa capacidade de
adequação às funções que desempenhamos; com a necessidade de auto-realização o indivíduo
procura tornar-se aquilo que pode ser.

De acordo com a visão de Maslow, a busca de auto-realização não é iniciada até que o
indivíduo esteja livre da dominação de necessidades inferiores, tais como fisiológicas e
segurança. A privação das necessidades básicas levaria a um desajustamento psicológico, ou à
doenças de carência. O processo de auto-realização representa um compromisso em longo
prazo com o crescimento e o desenvolvimento máximo das capacidades, envolvendo a
escolha de problemas criativos e valiosos, pois os indivíduos auto-realizados são atraídos por
problemas mais desafiantes e intrigantes, por questões que exigem os maiores e mais criativos
esforços. Segundo Schultz (2006), o que Maslow descreve como características de pessoas
auto-realizadoras seriam:

 Percepção clara da realidade;


 Aceitação de si, dos outros e da natureza;
 Espontaneidade, simplicidade e naturalidade;
 Dedicação a uma causa;
 Independência e necessidade de privacidade;
 Vigor de apreço;
 Experiências culminantes;
 Interesse social;
 Relações interpessoais profundas;
 Tolerância e aceitação dos outros;
 Criatividade e originalidade;
 Resistência a pressões sociais.

2.9.2. A teoria humanista e o comportamento organizacional

A teoria humanista tem contribuído para a compreensão do espaço organizacional


principalmente no que se refere ao comportamento motivado dos indivíduos. A teoria de
Maslow é conhecida como uma das mais importantes teorias de motivação. Através dos
conceitos da teoria é possível compreender os motivos ligados aos comportamentos
manifestos em relação à organização, aos vínculos interpessoais desenvolvidos no seu
interior, a necessidade de cada indivíduo para o desenvolvimento de actividades criativas e
inovadoras e suas características no processo de busca de auto-realização.
3. CONCLUSÃO

Toda disciplina académica, desde a literatura e a história até a sociologia e a


teologia, tem teorias ou "correntes" opostas, isto é, perspectivas diferentes a partir das
quais estudar o assunto. A psicologia, o estudo da mente, possui centenas de teorias e
subteorias, mas é possível identificar seis escolas de pensamento principais que todo
estudante da disciplina deve conhecer.

A primeira escola de pensamento, o estruturalismo, foi defendida pelo fundador do


primeiro laboratório de psicologia, Wilhelm Wundt. Quase imediatamente, outras teorias
começaram a surgir e disputar o domínio na psicologia. No passado, os psicólogos muitas
vezes identificaram-se exclusivamente com uma única escola de pensamento.

Conhecer o processo de formação da psicologia enquanto ciência permite-nos uma


visão mais ampla para compreensão do homem, de suas ações e questionamentos. Como
afirmou Aristóteles “nada melhor para compreender um tema em sua extensão do que
historicizá-lo”, assim ao tentar compreender a psicologia como ciência independente vale,
sem dúvida, a análise histórica desta.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Andery, A; Micheletto, N; e Sério, P. O pensamento exige método, o conhecimento


depende dele. Em: ANDERY, Maria Amália Pie Abid et. al. Para compreender a ciência: uma
perspectiva histórica. 4º ed. Rio de Janeiro: Espaço e tempo, 1988.

BOCK, B; FURTADO, O; e TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma


introdução ao estudo de psicologia. 13º ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

KELLER, S. A definição da psicologia: uma introdução aos sistemas psicológicos.


Tradução brasileira de Rodolpho Azzi, São Paulo: EPU, 1974.

PEREIRA, M e GIOIA, C. Do feudalismo ao capitalismo: uma longa transição. Em:


ANDERY, Maria Amália Pie Abid et. al. Para compreender a ciência: uma perspectiva
histórica. 4º ed. Rio de Janeiro: Espaço e tempo, 1988.

RUBANO, Denize Rosana e MOROZ, Melania. (A) O conhecimento como ato da


iluminação divina: Santo Agostinho. Em: ANDERY, Maria Amália Pie Abid et. al. Para
compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 4º ed. Rio de Janeiro: Espaço e tempo,
1988.

TOFFLER, Alvin. A terceira onda. Tradução brasileira de João Távora. Rio de


Janeiro: Record, 1980.

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