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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A Pessoa Humana á Luz da Fé Cristã

Lucinda Luciano Acácio Moio- 708220926

Docente: Cármen Marisa Do Rosário Canda

Licenciatura em Ensino de História


Fundamentos de Teologia Católica
2º Ano

Tete, Setembro, 2023

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organizacionais  Discussão 0.5
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 Bibliografia 0.5
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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1 Introdução ........................................................................................................................... 5

1.1 Objectivos..................................................................................................................... 5

1.1.1 Objectivo geral ...................................................................................................... 5

1.1.2 Objectivos Específicos ........................................................................................... 5

1.2 Metodologias ................................................................................................................ 5

2 A pessoa humana á luz da fé cristã ...................................................................................... 6

2.1 O conceito do ser humano ............................................................................................. 6

2.1.1 O protótipo do ser humano é Jesus Cristo ............................................................... 6

2.1.2 ECCE HOMO - Eis o Homem ............................................................................... 6

2.1.3 O Homem, é Jesus Tentado .................................................................................... 7

2.2 A dignidade do Homem ................................................................................................ 8

2.2.1 O Homem é um ser com consciência...................................................................... 8

2.2.2 Consciência certa, errónea e duvidosa .................................................................... 9

2.2.3 A Primazia da Consciência .................................................................................... 9

2.2.4 A Formação da consciência.................................................................................... 9

2.2.5 Imputabilidade ..................................................................................................... 10

2.2.6 Factores que afectam a imputabilidade ................................................................. 10

2.3 O Homem é susceptivel ao pecado .............................................................................. 11

2.3.1 O pecado Original ................................................................................................ 12

3 Conclusão ......................................................................................................................... 13

4 Bibliografia ....................................................................................................................... 14

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1 Introdução

O presente trabalho de pesquisa insere-se na cadeira de Fundamentos de Teologia Católica e


versa em torno da pessoa humana á luz da fé cristã. A pessoa humana é uma criatura de Deus,
justificada por Jesus Cristo e prometida à divinização. A visão cristã do ser humano supõe uma
estrutura própria de quem crê, espera e ama.
O homem é formado por dois tomos, ou seja, por duas partes: corpo e alma (ou espírito). O corpo
seria a parte material e física, enquanto que a alma, ou espírito, seria a parte imaterial e
metafísica. A alma e espírito são a mesma coisa. Alma e espírito seriam palavras sinônimas, ou
seja, vocábulos diferentes, mas com o mesmo significado. Os argumentos desses pensadores são
bastante interessantes, sendo um deles o de que ambas as palavras são usadas indistintamente na
Bíblia.

1.1 Objectivos

1.1.1 Objectivo geral

 Compreender o conceito da pessoa humana á luz da fé cristã.

1.1.2 Objectivos Específicos

 Reflectir sobre o conceito do ser humano, o laço biológico da vida humana, laços cultural,
ético e religioso;
 Explicar a dignidade do Homem;
 Descrever o Homem como um ser com consciência.

1.2 Metodologias

Para a realização deste trabalho, usou-se como práticas metodológicas a revisão bibliográfica
baseada na leitura e interpretação dos diversos manuais, resumos e discussões de textos. Gil
(2008, p.44), sustenta que “esta pesquisa é desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos”. O método virtual inerente a cadeira em
alusão também contribuiu bastante para a elaboração do presente trabalho.

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2 A pessoa humana á luz da fé cristã

2.1 O conceito do ser humano

De acordo com Coyle (2000), “os seres humanos são criados à imagem de Deus esta no coração
da revelação cristã”.

A escritura sagrada no livro de Genesis 1 versículo 27 afirma que “criou, pois, Deus o homem à
sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”.

Com base nas citações supracitadas, percebe-se que o homem é um animal especial, pois foi feito
à imagem e semelhança de Deus. Logo, do ponto de vista antropológico-teológico, o homem é
um animal criado por Deus à sua imagem e semelhança.

A pessoa humana é uma criatura de Deus, justificada por Jesus Cristo e prometida à divinização.
A visão cristã do ser humano supõe uma estrutura própria de quem crê, espera e ama. Essas são 3
operações reunidas têm significação religiosa e designam a verdadeira relação ao Deus
verdadeiro, o Deus de Jesus Cristo.

A relação dos homens a Deus é sempre de ordem activa, da classe do fazer e introduz sempre
uma dinâmica. O cristianismo confessa que a condição humana é, como tal,vocação a crer,
esperar e amar. O cristianismo aprende a olhar a Jesus Cristo e descobrir quem é o ser humano e
o que está chamado a ser.

2.1.1 O protótipo do ser humano é Jesus Cristo


2.1.2 ECCE HOMO - Eis o Homem
Conforme o Evangelho segundo São João (19.5), foram as palavras pronunciadas
pelo governador romano Pôncio Pilatos quando apresentou Jesus de Nazaré (flagelado, atado e
com a coroa de espinhos) perante a multidão hostil, à qual Pilatos submeteu o destino final do réu
(posto que ele, Pilatos, lavava as mãos, ou seja, eximia-se de responsabilidade sobre a decisão).

Quando nós dizemos de Jesus “Eis O Homem” confessamos e afirmamos que Ele é aquele em
quem o sentido tem sentido, o homem novo que dá à humanidade sua razão de ser.

Jesus é o único homem, o único verdadeiro, que foi sempre verdadeiro com a sua humanidade.
Jesus foi desde a sua encarnação do princípio ao fim de sua vida totalmente homem e verdadeiro

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com a sua humanidade. Jesus não brincou com a nossa humanidade, não fez de contas que era
homem; ele foi até ao fim, até as consequências do seu ser Homem.

No seu caminho de humanidade Jesus é aquele em quem se manifesta a graça da criação que
consiste em ser Filho de Deus, vivendo a dependência a Deus e a autonomia da responsabilidade
pessoal.

2.1.3 O Homem, é Jesus Tentado


“Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo” (Mat. 4.1).

Segundo Tenney (2010, p. 182), referem que “após o baptismo, Jesus foi levado pelo Espírito
Santo para o deserto da Judéia para ser testado por Satanás”.

Os três Evangelhos Sinóticos descrevem a tentação, porem somente Mateus e Lucas faz um
descritivo completo.

Na primeira tentação, Jesus dá um grande exemplo de como os homens devem agir diante das
provações do inimigo. Ao fazer uso das Escrituras, Jesus como em muitas outras passagens que
ainda haveriam de acontecer - incluído o sacrifício da crucificação - dá o exemplo primeiro. A
mensagem de que a resposta para vitória da luta dos cristãos contra Satanás é encontrada somente
nas Escrituras se encontra nas entrelinhas desta passagem da tentação de Cristo. Os cristãos
herdaram tanto a benção como a missão de Abraão, se tornando filhos de Abraão, e tem a missão
de levar as bênçãos de Deus através da obediência sacrificial da fé a todas as nações.

A segunda tentação deixa um recado sobre a relação humana e humanizadora entre as pessoas.
Quando o tentador diz que viver é dominar os outros, é exercer violência sobre os outros, é ser
totalitário, dominando e subjugando, Jesus responde que ser homem é aceitar que viver é entrar
em comunhão, é estar ao serviço da comunhão e da paz enquanto renúncia á dominação e á
violência.

A terceira tentação sugere que ser plenamente humano é viver sem Deus, é recusar assumir as
limitações humanas, é recusar a morte. Jesus diz-nos que ser homem é consentir a viver como
homens que conhecem a dor, o sofrimento e a morte.

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As provações sempre serão uma parte ativa para vida do cristão, pois é através delas é que o
cristão tem a possibilidade de crescer espiritualmente. Também é um motivo de medo ao homem,
porém, a própria Palavra apresenta uma preciosa promessa em relação às provações.

2.2 A dignidade do Homem

Para Roberti (1960, p.48), “a dignidade humana pode ser descrita como um fenômeno cuja
existência é anterior e externa à ordem jurídica, havendo sido por ela incorporado”.

Segundo João Paulo II (1992), “dignidade da pessoa humana é um conjunto de princípios e


valores que tem a função de garantir que cada cidadão tenha seus direitos respeitados pelo
Estado, a motivação mais profunda da dignidade da pessoa humana está na revelação oferecida
pelo Verbo encarnado”.

A dignidade da pessoa humana radica na noção de criação a imagem e semelhança de Deus.


Perante Deus, cada indivíduo representa a dignidade de género humano. A motivação mais
profunda da dignidade da pessoa humana está na revelação oferecida pelo Verbo encarnado.
Jesus veio revelar que o pai ama todos os homens independentemente das suas condições sociais
(Mt. 16,26; Lc 12,23). Daí que a igreja ensina que: O homem imagem vivente de Deus vale por si
mesmo, não por aquilo que sabe, produz ou que possui. É a sua dignidade de pessoa que confere
valor aos bens que ele usa para se exprimir e realizar-se.

O homem atinge esta dignidade quando, libertando-se da escravidão das paixões, tende para o
fim pela livre escolha do bem e procura a sério e com diligente iniciativa os meios convenientes
(Gs. nº 17).

2.2.1 O Homem é um ser com consciência


A consciência é o núcleo mais secreto e o santuário da pessoa. Ela não é uma função, mas é a
estrutura do ser humano e pode ser identificada com a essência do ser humano. Ela revela, de
modo admirável, a lei do imperativo categórico, que se cumpre pelo amor a Deus e ao próximo.

A consciência é uma faculdade moral. A consciência é elemento que “manifesta aos homens as
suas obrigações morais e os impele a cumpri-las”. A pessoa humana é receptora de normas que
deve executar na intimidade da sua consciência onde descobre uma lei que lhe é imposta. É
importante sublinhar a individualidade da pessoa humana na descoberta e execução da tal lei o

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que concorre para a explicação da responsabilidade pessoal do sujeito ao cometer qualquer acto
humano.

2.2.2 Consciência certa, errónea e duvidosa


Quando a consciência se encontra de acordo com a norma moral objectiva chama-se consciência
certa; no caso contrário chama-se consciência errónea.

A formação errada da consciência designa-se ignorância invencível e o mal cometido por causa
da ignorância invencível, é um mal, embora não possa ser imputado á pessoa que o comete.

A consciência é certa quando é capaz de formular um juízo moral sem medo de se enganar.
Quando, porém, existe alguma possibilidade de se enganar no juízo que se emite, então está-se
perante uma situação de consciência duvidosa.

2.2.3 A Primazia da Consciência


A voz da consciência, por ser a voz de Deus, tem de ser seguida sempre, mesmo que a sua
decisão pareça pouco clara.

Na sua primazia a consciência é considerada como a norma subjectiva suprema e final da


moralidade. Mas, porque o juízo prático da consciência depende da razão humana, que
naturalmente não é infalível, pode acontecer que a consciência faça juízos errados. Isso quer dizer
que a consciência, como juízo do acto, não está isenta de erro. Mas, mesmo quando ela erra, por
ignorância invencível, a consciência não perde a sua dignidade (João Paulo II, 1993, 62).

A primazia da consciência dessa forma: “Nessa visão, a função da consciência não é de


percepção, mas a criação do que é.

2.2.4 A Formação da consciência


Há uma obrigação absoluta de obedecer a consciência. Por causa disso é importante a formação
da consciência. A consciência é bem formada quando é recta e verídica, quer dizer, quando
formula o seu juízo segundo o bem estabelecido pela sabedoria do criador. Para os crentes, a
formação da sua consciência deve basear-se no ensino diligente da Sagrada Escritura e na
doutrina da Igreja, pois, por Cristo, a Igreja Católica foi constituída mestra da verdade e, por isso,
ela tem a missão de fazer conhecer e ensinar a verdade que é Cristo. Ademais, pela sua

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autoridade, ela declara e confirma os princípios morais que dimanam da natureza humana
(Concílio Vaticano II, D.H.,14). 3.3.7. O Homem é um ser responsável e imputável

A Responsabilidade é a capacidade que os seres humanos têm de responder pelos seus actos. Os
seres humanos são considerados capazes de agir responsavelmente uma vez que são dotados de
liberdade.

A responsabilidade implica, que o ser humano pode e deve responder pelos seus actos, que, por
radicarem na sua liberdade, lhe são imputáveis. Ela é a característica do homem adulto e
consciente.

2.2.5 Imputabilidade
De acordo com Eicher (1984, p. 63), imputabilidade “é a capacidade mental, inerente ao ser
humano de, ao tempo da acção ou da omissão, entender o caráter ilícito do facto e de determinar-
se de acordo com esse entendimento”.

A imputabilidade é dever de responder pelos seus actos. Concorrem para a imputabilidade as


seguintes condições: liberdade de acção, consciência do acto cometido e conhecimento crítico
dos seus actos.

2.2.6 Factores que afectam a imputabilidade


a) A falta de conhecimento crítico por:

Ignorância, sobretudo a invencível. A ignorância vencível não exclui a imputabilidade mas pode
diminuir o seu grau;

Erro,que consiste no conhecimento falso ou defeituoso que leva à uma avaliação equivocada ou
errada da moralidade de uma determinada acção.

Distracção que é uma falta, momentânea, de conhecimento, de percepção ou de consciência. A


não imputabilidade de uma acção depende do grau de distracção que acompanha essa acção.

c) Factores que impedem o consentimento pleno da vontade:

As Paixões enquanto reacções instintivas, internas produzidas pelo bem ou pelo mal percebidos
intuitivamente. Embora sejam factores necessários de integração da pessoa humana elas
diminuem a imputabilidade porque impedem o funcionamento normal da razão e também a sua

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atenção; algumas paixões constituem um forte incentivo para acção e até podem diminuir ou
destruir a vontade;

O Medo entendido como repressão da vontade por causa de um perigo iminente ou previsto, o
qual pode ser grave ou ligeiro. Em geral o medo não elimina a imputabilidade, mas a diminui. Só
não existe imputabilidade quando o medo endurece pois paralisa completamente a vontade;

Violência que é a força compulsiva física ou psíquica extrínseca à vontade.

Alguns hábitos, disposições inatas, e motivações inconscientes As disposições são inclinações de


uma pessoa sobre uma determinada coisa, dependendo da história da pessoa (infância) e a
situação hereditária. Por seu turno, o hábito é a segunda etapa em que há a repetição de uma
acção, de maneira que ela fica estabelecida; se o hábito for positivo leva à virtude, e se for mau
ao vício, que deve ser combatido.

As sugestões de massas (meios de comunicação e publicidade).

2.3 O Homem é susceptivel ao pecado

Na visão de Eicher (1984, p.67), entende-se por Pecado “tudo aquilo que transgride a Lei de Deus
sendo contrário ao Seu carácter”.

Segundo a teologia, pecado é um acto voluntário de ruptura com Deus. O ser humano não
geneticamente determinado e isso abre a possibilidade de se construir paulatinamente. Quando há
uma recusa de viver segundo o melhor das suas possibilidades biológicas, psíquicas e amorosas
há recusa da própria humanização e da humanização dos demais.

Assim o pecado não é uma fatalidade. Não tem necessariamente que acontecer, ele é uma
possibilidade inscrita no plano da criação porque o homem é vocacionado a ser livre (à
liberdade), consciente, responsável, único e irrepetível. A possibilidade de pecado é fundamental
para que o projecto de Deus acerca do homem seja bom e o ser humano seja livre de suas
decisões.

Pode se afirmar que o pecado é o mal numa categoria específica, que de forma bastante resumida
pode ser definido como sendo o “mal moral”.

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2.3.1 O pecado Original

Entende por pecado original à condição natural ou inata, na qual todo o ser humano nasce.

No relato bíblico da criação o mundo, no livro do Gênesis, Eva desobedece a ordem de não
comer o fruto da frondosa árvore do paraíso. Experimenta, gosta e acaba oferecendo-a a Adão. A
fruta acabou sendo descrita como maçã.

Para Irineu (1969, p.59), “o ser humano nasce numa condição marcada pelo pecado, enquanto
ruptura da relação com Deus”.

Baseando-se nesta na citação supracitada é correcto afirmar que pecado original é a natureza
humana, pois é uma característica natural no homem.

O pecado original procura designar uma espécie de estrutura condicionante do homem em


sociedade, um modelo colectivo do “pecado”, de alienação humana. Estado agravado
incessantemente, pelos actos pecaminosos dos indivíduos de determinada comunidade ou
sociedade. É estado natural do ser humano e não ruptura realizada (um acto) por uma
colectividade em determinado momento de sua história.

A teoria do pecado original de Agostinho defende que o pecado é uma contaminação hereditária
iniciada em Adão e transmitida, na natureza humana, por toda a humanidade e por todos os
séculos.

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3 Conclusão

Feito o trabalho chegou-se a conclusão de que a pessoa humana é uma criatura de Deus,
justificada por Jesus Cristo e prometida à divinização. A relação dos homens a Deus é sempre de
ordem activa, da classe do fazer e introduz sempre uma dinâmica. O cristianismo confessa que a
condição humana é, como tal,vocação a crer, esperar e amar. O cristianismo aprende a olhar a
Jesus Cristo e descobrir quem é o ser humano e o que está chamado a ser.

A consciência é o núcleo mais secreto e o santuário da pessoa. Ela não é uma função, mas é a
estrutura do ser humano e pode ser identificada com a essência do ser humano. A consciência
humana pode ser consciência recta; consciência errónea, consciência certa e consciência
duvidosa.

O pecado original procura designar uma espécie de estrutura condicionante do homem em


sociedade, um modelo colectivo do “pecado”, de alienação humana. Estado agravado
incessantemente, pelos actos pecaminosos dos indivíduos de determinada comunidade ou
sociedade. É estado natural do ser humano e não ruptura realizada (um acto) por uma
colectividade em determinado momento de sua história.

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4 Bibliografia

Bíblia Sagrada. (2004). Edição Revista e Corrigida. Traduzida por João Ferreira de Almeida.
São Paulo: Scripture.

Coyle, K. (2000). Maria na Tradição cristã. A partir de uma perspectiva contemporânea. São
Paulo: Ed. Paulus.

Eicher. P. (1984). Dicionário de Conceitos fundamentais de Teologia. São Paulo: Ed. Paulus.

Irineu (1969). Adv. Haer. II 30,9. In A. Orbe, Antropologia de San Irineo. Madrid: Biblioteca de
Autores Cristianos.

João Paulo II (1992). Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Editora Loyola.

Ladaria, L. (1998). Introdução à Antropologia Teológica II. São Paulo: Edições Loyola.

Roberti, F. (1960). Diccionário de Teologia Moral. Barcelona: ELESA.

Rubio, G. (2003). Superação do dualismo entre Criação e Salvação. In: I. Müller, Perspectivas
para uma Nova Teologia da Criação. São Paulo: Ed. Vozes.

TENNEY, M. C. (2010). Tempos do Novo Testamento – Entendendo o mundo do Primeiro


Século. Rio de Janeiro: CPAD.

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