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Ano de Frequência: 2º
Introdução...................................................................................................................................4
2.1.1. Os Sofistas........................................................................................................................6
2.5.1. Hegel.................................................................................................................................9
Conclusão..................................................................................................................................10
Bibliografia...............................................................................................................................12
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Introdução
O facto político é uma actividade que faz parte da natureza humana como advogava Perícles
que o homem que não participa da política deve ser considerado um cidadão inútil. E
Aristóteles dizia que o homem é um animal político.
A política não tem sido só um problema dos gregos, mas o mesmo dura até hoje visto que
inúmeros problemas vivenciados na nossa sociedade são resultado de opções de sistemas
políticos, assim como governantes que sacrificam o povo em nome de benefícios pessoais.
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O conceito política “tem origem na palavra grega polis que significa cidade. Política significa
etimologicamente, arte de administrar (governar) a cidade” (MONDIN, 1991 p.38). Para
Aristóteles entendia por política o tratado sobre a natureza, funções e divisão do Estado e
sobre as várias formas de governo.
A filosofia política ocupa-se dos problemas relacionados com a origem do Estado, a sua
organização, a sua forma ideal, a sua função e o seu fim específico, a natureza da acção
política e as suas relações com a moral, a relação entre o Estado e o indivíduo, entre o Estado
e a igreja e entre o Estado e os partidos políticos.
A filosofia política vai fazer uma reflexão sobre a política (origem, forma ideal, finalidade,
etc) e a política necessita da filosofia política para reflectir em torno da justiça, bem comum e
tolerância.
2.1.1. Os Sofistas
Para Platão a “origem do Estado é convencional, isto é, devido a falta de auto-suficiência dos
homens, o mesmo associa-se aos outros para satisfazerem as suas necessidades” (BASTO,
1999 p.73).
A origem do Estado “é natural, evolui a partir da família, por natureza o homem é um animal
político. A finalidade do Estado é proporcionar a felicidade aos cidadãos.” (TOCHARD, 2004
p.82)
Formas de Governo
Para Aristóteles cada Estado deve aprovar a forma de governo que melhor resolve as suas
necessidades.
República – (governo de muitos homens) – governo constituído pelo povo que cuida bem da
polis. Quando o povo toma o poder e suprime todas as diferenças sociais em nome da
igualdade este tipo e governo chama-se Democracia, e é a forma corrupta da república.
Para este filósofo, o mundo divide-se em duas cidades: cidade terrena (representado pelo
Estado) e a cidade de Deus (representada pela igreja).
Para Agostinho “a autoridade política é dada por Deus e não deve ser questionada pelos
homens, e é importante para manter a paz, justiça, a ordem e a segurança na cidade terrena.”
(MONDIN, 1991 p.123)
A finalidade do Estado é o bem comum. A igreja é superior ao Estado porque esta visa o fim
sobrenatural do homem, enquanto que o Estado visa o bem-comum.
Surge no séc. XVI e termina no séc. XVIII. Esta época apresenta três características
fundamentais:
Maquiavel recomenda que o príncipe se imponha mais pela força do que pelo amor. A este
tipo de regime pode chamar-se de ditadura.
O primeiro é caracterizado por interesses egoístas, marcados por disputas e guerra de todos
contra todos. Esta situação não acomodando o homem, o mesmo procura fundar o segundo
estado que é o contratual, porque o medo e o desejo de paz obrigam a necessidade de uma
autoridade política, abdicando dos seus direitos em favor do soberano, que por sua vez terá o
poder absoluto.
Locke apresenta semelhanças a Hobbes, acreditando que “o homem vivencia dois estados, o
primeiro, natural caracterizado pela liberdade e ausência de obrigações individuais, nesta os
homens são livres, iguais e independentes.” (BOBBIO, 2000 p.182) A renuncia à liberdade
natural acontece quando as pessoas concordam em juntar-se e unir-se em comunidade para
viver com segurança, conforto e paz umas com as outras.
A finalidade desta divisão para Motesquieu é que se evitem ditaduras dentro do Estado. Que
geralmente são causadas pela acumulação ou centralidade do poder num único governante,
como o caso das Monarquias que acabam se transformando em tiranias.
De acordo com BOBBIO (2000 p.234 ) “O poder legislativo tem a função de crias leis,
através do parlamento. O poder executivo tem a função de implementar as leis e de as fazer
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cumprir e esse papel é desempenhado pelo governo, nas suas múltiplas funções. O poder
judicial serve para julgar aqueles que violam a lei, são os tribunais que se encarregam desta
tarefa.”
Sendo também contratualista, defendeu a existência do homem em dois estados, sendo que no
primeiro, o natural, os homens eram iguais e que esta igualdade desapareceu a partir do
momento em que uns começaram a ser necessários aos outros. Assim sendo, Rousseau propõe
um contrato social que seja fruto do consentimento de todos os membros da comunidade,
exercendo assim, a democracia directa.
2.5.1. Hegel
Para este filósofo “o indivíduo esta subordinado ao Estado” (BASTO, 1999 p.328). E esta
subordinação deve desaparecer de modo que a ideia absoluta se dissolva numa ordem
suprema que norteia as outras inteligências e vontades. Para Hegel o indivíduo não Estado é
um simples objecto e não sujeito do seu destino. A sua vontade é sufocada pela vontade do
Estado e o indivíduo perde a sua liberdade.
Elaborou um pensamento político em torno de uma igualdade absoluta. Para Rawls, a justiça é
a estrutura de base da sociedade. Uma sociedade justa, segundo ele, deve fundar-se na
igualdade de direitos. Esta teoria foi criticada por não ser possível executá-la sem violar o
princípio de propriedade privada adquirida de forma legítima.
Reconhecendo a inexequibilidade da sua teoria de justiça recomenda todavia que a nova teoria
do liberalismo estabeleça uma base sobre a qual se possam erguer instituições publicas
liberais.
Conclusão
Terminado o trabalho, conclui-se que: existe uma relação indissociável entre a filosofia
política e a política. A filosofia política ocupa-se dos problemas políticos, como: origem do
Estado, a sua organização, a sua forma ideal e a política necessita da filosofia política para
reflectir em torno da justiça, bem comum e tolerância.
A época medieval notamos uma subordinação do poder político a Igreja. Agostinho afirma
que o poder político é atribuído por Deus e não deve ser questionado. E São Tomás de Aquino
advoga que a Igreja é mais divina que o Estado porque ela visa o bem sobrenatural do homem
ao passo que o Estado só visa a satisfação das necessidades matérias terrenas.
A época contemporânea é marcada pelos filósofos Rawls e Popper, onde o primeiro teoria
uma sociedade igualitária e sem desequilíbrios sociais, ao passo que o segundo prioriza o
diálogo e a democracia como os pilares da sociedade aberta, aquela virada para a liberdade
individual e o exercício crítico do poder dos governantes.
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Bibliografia
BOBBIO, N. (2000). Teoria Geral da Política, a Filosofia Política e as Lições dos Clássicos¸
Rio de Janeiro, Ed. Campus.
TOCHARD, J. (2004), História das Ideias Políticas, II, Publicações Europa-América, Lisboa.
Recomendações de melhoria:
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