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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

Crítica da Razão Pura, Crítica da Razão Prática e Crítica da Faculdade de Julgar em


Immanuel Kant

Domingaldo dos Santos

Código: 708224654

Curso: Lic. em Ensino de Biologia

Disciplina: Introdução à Filosofia

Ano de frequência: 2° ano (Turma H)

Docente: Rogério Ucula

Nampula, Maio de 2023


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação Subto
do
máxima tal
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
 Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

1. Introdução.......................................................................................................................4

1.1. Objectivos do trabalho.................................................................................................4

1.1.1. Objectivo geral.........................................................................................................4

1.1.2. Objectivo específicos...............................................................................................4

1.2. Metodologia.................................................................................................................4

2. A autonomia e limites da razão em Immanuel Kant.......................................................5

3. Filosofia Critica em Kant................................................................................................5

3.1. Crítica da Razão Pura (1781).....................................................................................6

3.2. Crítica da Razão Prática (1788)..................................................................................7

3.3. Crítica do Juízo (1790)...............................................................................................7

4. Conclusão......................................................................................................................10

5. Referencias Bibliográficas............................................................................................11

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1. Introdução

O presente trabalho da disciplina de Filosofia que tem como tema " Crítica da Razão Pura,
Crítica da Razão Prática e Crítica da Faculdade de Julgar em Immanuel Kant", tem como
propósito a elaboração de um trabalho científico seguindo todas as normas de publicação de
trabalho científico da Universidade Católica de Moçambique com o tema a considerar.

Na Crítica da Razão Pura e em outros lugares, Kant apresenta uma aguda distinção entre
natureza e razão prática. De acordo com Kant, não é possível deduzir ou derivar todos os
sentidos dos imperativos morais dos conhecimentos empíricos sobre o mundo. Alguns
intérpretes (como John Mac Dowell) argumentam que a concepção de razão prática em Kant
pode ser ilusória se baseada em uma visão da natureza indefinida, decorrente de um ponto de
vista newtoniano.

Nesse trabalho abordarei sobre as três Criticas em Kant que são Crítica da Razão Pura,
Crítica da Razão Prática e Crítica da Faculdade de Julgar.

1.1. Objectivos do trabalho

1.1.1. Objectivo geral


 Falar da “Crítica da Razão Pura, Crítica da Razão Prática e Crítica da Faculdade de
Julgar em Immanuel Kant”

1.1.2. Objectivo específicos

 Analisar a autonomia e limites da razão em Immanuel Kant;


 Definir cada uma das críticas;
 Descrever cada crítica de Immanuel Kant;

1.2. Metodologia

A metodologia usada para elaboração do presente trabalho foi do tipo exploratório, onde uso
se como ferramenta. Para a obtenção de informações, a internet e manuais electrónicos (pdf),
onde podem ser consultados através da referência bibliográfica do presente no trabalho.

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2. A autonomia e limites da razão em Immanuel Kant

O filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) é considerado um dos mais importantes do


Iluminismo alemão, além de um dos maiores filósofos do modernismo. Antes dele entendia-
se que o conhecimento era orientado a partir do objeto, diferindo dessa perspectiva, Kant
defendeu que os objetos são regulados a partir das formas a priori de nosso entendimento.
Enquanto filósofo do Iluminismo, Kant destacava o otimismo com relação à ideia do ser
humano ser orientado pela própria razão, de maneira autônoma, ao invés de ser guiado por
crenças, tradições e opiniões alheias. Porém, essa razão deveria ser colocada em questão para
que não fizesse o mal uso da mesma, sobretudo com relação à sua extensão e seus limites.

A concepção Kantiana dos limites da razão mostra que a razão teórica tanto admite um uso
empírico constitutivo quanto um uso especulativo regulativo, ambos legítimos e coexistindo
justamente no limite da razão.

Nesse sentido, Kant começa a esboçar os limites do conhecimento humano, mostrando que
o conhecimento está com base naquilo que é possível conhecer, aquilo que pode ser dado na
experiência sensível, além de observar que as estruturas espaço- temporal possibilitam a
apreensão dos objetos sensíveis.

Segundo Immanuel Kant, a autonomia é o fundamento de toda a moralidade das ações


humanas. A autonomia consiste na apresentação da razão para si mesma de uma lei moral que
é válida para a vontade de todos os seres racionais.

3. Filosofia Critica em Kant

A filosofia kantiana pode ser compreendida como uma sistemática da filosofia crítica.
Procura solucionar os problemas do dogmatismo racional e do empirismo através do
idealismo transcendental. Importa a Kant explicar como são possíveis os juízos sintéticos a
priori.

A produção filosófica de Kant pode ser dividida em duas fases: 1) o momento pré-crítico,
entre 1740 e 1780 – em que leciona, publica algumas pequenas obras e faz um estudo detido
dos autores que o influenciaram; 2) o período da publicação das três críticas e dos demais
textos que complementam este projeto, entre 1780 e 1800. Nesse momento, Kant fundamenta

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a noção de uma consciência transcendental, a arquitetura da razão e o problema da liberdade
humana.

O racionalismo kantiano obedece uma estruturação rígida. Assim, a Crítica da Razão Pura
(1781) é dividida em duas grandes partes: a Estética Transcendental, que procura dar conta
do problema da percepção humana, e a Analítica Transcendental, mais extensa e dividida em
muitas ramificações, para formular as noções kantianas sobre as operações racionais.

A Crítica da Razão Prática (1788) é a segunda parte desse projeto, visando o problema da
ética e da moral, ou sobre como a ideia de liberdade se relaciona com a ideia de dever e de
direito.

Por fim, a Crítica do Juízo (1790) lida com os problemas abertos, como o problema da
experiência estética e da finalidade do mundo e do homem, amarrando o problema da
liberdade, questão que permeia toda a produção do pensamento kantiano. Por fim, Kant
publicou uma série de textos importantes sobre a história, a religião, a política e a
antropologia, mostrando as outras faces de seu projeto crítico.

3.1. Crítica da Razão Pura (1781)


Em 1781, surge a Crítica da Razão Pura, uma investigação sistemática sobre a possibilidade
do conhecimento humano. Nela surge a filosofia transcendental, estruturando uma série de
princípios a priori no sujeito que tornam possíveis a experiência dos sentidos.

Encontramos a clássica distinção entre os fenômenos, aquilo que aparece, e a coisa em si (o


númeno), aquilo que é incognoscível. A questão fundamental é, assim, a possibilidade de
juízos que são sintéticos, ou seja, que agregam informações, serem também a priori (ter um
valor universal, não contingente).

Em razão dessa estrutura transcendental, seria possível, segundo Kant, lidar com o problema
da existência ou não de Deus, da alma e do mundo, e também da liberdade.

Kant, em a Crítica da razão pura, tentou superar o impasse entre o racionalismo e o


empirismo, porém considerou que a razão pura poderia apresentar juízos sintéticos a priori,
concluindo que parte da ciência natural e a Matemática seriam conhecimentos certos por não
necessitarem de recorrer à experiência. É apresentado o conceito de a priori de Popper, uma
variação do de Kant, mas que não admite a certeza do conhecimento e sim o conhecimento
conjectural. É também apresentado o conceito de a priori de Lorenz que também refuta a

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questão do conhecimento certo, apesar de considerar que é possível conhecer a realidade
gradativamente, ou seja, a coisa em si, e construir conhecimento cada vez mais próximo
do real.

3.2. Crítica da Razão Prática (1788)


É a segunda das três obras chamadas “críticas”. Trata sobre a sua filosofia moral, como
consequência da sua primeira crítica.

Nela, Kant busca uma ética que contenha princípios com o caráter de universalidade da
ciência. Tida como uma ética formal, ela distingue a sua concepção da etnicidade daquelas
que lhe precederam, intituladas éticas empíricas.

É a formulação racional que engendra os imperativos, que são os pilares que fundamentam a
ética formal kantiana. É por isso que ela deve ser universal, ou seja, vazia de conteúdo
empírico.

Para Kant, a ética deve ser a priori, autônoma, pela interioridade do indivíduo, e categórica.
Essa obra está dividida em duas grandes partes:

1) a Doutrina dos Elementos, dividida, por sua vez;

1.1) Analítica da razão pura prática;

1.2) Dialética da Razão pura prática. Parte II: Doutrina do Método.

Nela Kant analisa as condições de possibilidade para uma moral com pretensão universalista
e apresenta mais uma vez o imperativo categórico, forma da lei moral para uma vontade
imperfeita. O imperativo categórico - agir de tal modo que a máxima da tua ação possa valer
como lei universal - é tomado então como um fato da razão, a revelar como essência sua
a liberdade da vontade, liberdade que é assim compreendida como autonomia.

3.3. Crítica do Juízo (1790)


É conhecida como a terceira crítica, formando uma trilogia com a Crítica da Razão Pura
(1781) e a Crítica da Razão Prática (1788).

É nela que Kant desenvolve as ideias acerca do juízo estético, sobre o belo e sobre o sublime.
Nessa primeira parte da obra, sua concepção reflexiva sobre o sentimento estético procura
lidar com o problema da finalidade no ser humano e em suas produções, como na experiência
estética.

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Essa concepção influenciou, sobretudo, o romantismo alemão. A segunda parte destina-se ao
juízo teleológico, para estudar o problema da finalidade na natureza. É nela que Kant procura
tratar o problema da finalidade no organismo, também através de uma chave reflexiva.

Além disso, nela encontramos a questão da finalidade da história e do ser humano — ou das
pessoas na história, e os parágrafos finais, em que Kant, apesar de todo o seu esforço, parece
evocar novamente a necessidade de se pensar Deus como um fundamento para a reflexão
humana

A faculdade de julgar pode ser considerada ou como mera faculdade de refletir segundo um
certo princípio sobre uma dada representação, com vistas a um conceito assim tornado
possível, ou como uma faculdade de determinar, através de uma dada representação empírica,
um conceito que serve de fundamento. No primeiro caso ela é a faculdade de julgar
reflexionante; no segundo, é adeterminante.

Examina os limites da razão quanto às possibilidade a priori do conhecimento. A segunda,


denominada Crítica da Razão Prática, discorre sobre os limites dos princípios morais já
fundamentados a priori na razão. Nesta terceira obra, Kant busca além da razão, ele investiga
os limites daquilo que podemos conhecer pela nossa faculdade de julgar, que leva em
consideração não apenas a razão, mas também a memória e os sentimentos.

Em sua primeira parte — Crítica da Faculdade de Juízo Estético — Kant realiza a analítica do
belo através das categorias (qualidade, quantidade, finalismo e modo), do sublime e introduz
a noção de gênio. Apesar de Kant discorrer sobre o sublime, ao gênio e consequentemente
às Belas Artes não se pode dizer que formulou uma teoria estética já que o juízo estético é
reflexionante, portanto subjetivo. Kant não chega numa teoria estética, mas funda as bases da
teoria de Hegel, poucos anos depois.

Para Kant não é possível conhecer a realidade pura de todas as coisas. O que conhecemos
são fenômenos, conhecemos os objetos como eles se apresentam. Assim ele apresenta
os limites da razão.

Temos duas formas de inteligência, a razão e a sensibilidade. A razão dá a "forma" do


conhecimento, e a sensibilidade dá o conteúdo. Ou seja, captamos a realidade através
dos sentidos e a sensibilidade compartimenta o captado em categorias.

A partir dessa lógica, Kant elabora os conceitos de razão pura e razão prática.

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Outros importantes pensamentos de Kant:

 A ciência é uma construção humana.


 Moral está ligada ao senso comum.
 A razão deve guiar as ações dos homens.
 A razão deve ser universal, independente da cultura.

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4. Conclusão

Do presente trabalho, foi abordado sobre Crítica da Razão Pura, Crítica da Razão Prática e
Crítica da Faculdade de Julgar em Immanuel Kant, asssim conclui-se que:

 Assume uma postura crítica em relação ao Empirismo e ao Racionalismo na obra


Crítica da Razão pura, na qual expõe toda sua filosofia do conhecimento;
 Kant postula, por um lado, a existência de dados a priori que permitem a realização
da experiência sensorial e donde resulta o conhecimento sensorial na forma de
sensações e percepções. Essas condições a priori da experiência são o espaço e o
tempo.
 Kant classifica a Razão pura como a faculdade de conhecimento que é fonte das ideias
inatas (alma, mundo, Deus). Esta faculdade, segundo ele, não pode existir realmente
(foi criação dos racionalistas) porque supõe-se que ela é totalmente independente da
experiência dos sentidos;
 Em relação à outra fonte do conhecimento, o entendimento ou intelecto, as suas
condições a priori são as Categorias mentais que nos permitem distinguir as “coisas”
pensadas pelo seu carácter próprio, umas como sujeitos, outras como objecto,
relações, finalidade, etc. e o conhecimento daqui resultante é abstracto (ideias,
pensamentos, raciocínios);

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5. Referencias Bibliográficas

 Aranha, Maria L.; MARTINS, Maria H (1993). Filosofando: introdução à filosofia.


São Paulo. 2ed. Moderna.
 Kant, Immanuel (1959). Crítica da razão Pratica. São Paulo. Brasil editora S.A
 Kant, Immanuel (1993). Crítica da faculdade do juízo. Rio de Janeiro. Forense
Universitária.
 Rohden, Valerio (1998). O Criticismo Kantiano. Rio de Janeiro. Curso de Filosofia.
9ed: Zahar.

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