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E quanto à iniciativa Moller (2003) considera como um complemento às virtudes de

responsabilidade e lealdade. A iniciativa de atuar visando o interesse da organização representa


ter lealdade pela organização. A iniciativa não significa um projeto de interesse da organização
mas, principalmente, uma responsabilidade pela complementação e pela implementação do
projeto. Alencastro (2000) oferece, a seguir, de forma sintética, uma visão das demais virtudes: •
a prudência - faz com que o profissional atue com segurança, por meio da análise minuciosa de
situações complexas, encontrando caminhos para a tomada de decisão mais correta. Ela é
indispensável nas decisões que exigem cautela, evitando, desta forma, precipitações e confrontos
desnecessários; • a coragem - faz com que o profissional possa reagir a críticas injustas,
defendendo-se dignamente, quando consciente de seu dever, devendo ser aplicada na defesa da
verdade, da justiça e nos momentos de decisões difíceis, mas indispensáveis e de relevante
importância para um trabalho eficiente; • a perseverança - é uma virtude que tem de ser
desenvolvida e exercitada pelo profissional, tendo em vista ser mais cômodo evitá-la do que
desenvolvê-la. Ela é necessária para o bom desempenho profissional, pois no trabalho as
incompreensões, insucessos, fracassos, decepções, mágoas são inevitáveis e é preciso encontrar
forças para superá-los; • a compreensão - é uma virtude que auxilia no relacionamento
profissional, abrindo caminhos para a aproximação e o diálogo. No entanto, o profissional tem
que saber diferenciar compreensão com fraqueza, para, 60 desta forma, não se deixar influenciar
por opiniões ou atitudes que não auxiliam a eficiência de seu trabalho. É necessário, portanto,
que a compreensão seja, em certas ocasiões, condicionada à prudência. • a humildade - de acordo
com a posição de Alencastro (2000, p. 47), é a virtude que auxiliará o profissional na busca de
novos conhecimentos técnicos e pessoais. O profissional não deve se considerar o dono da
verdade, soberano, deve ter bom senso e humildade para aceitar e pedir aos colegas de profissão,
que possam auxiliá-lo em seu crescimento profissional e pessoal. A humildade representa: a
auto-análise que todo profissional deve praticar em função de sua atividade profissional, a fim de
reconhecer melhor suas limitações, buscando a colaboração de outros profissionais mais capazes,
se tiver esta necessidade, dispor-se a aprender coisas novas, numa busca constante de
aperfeiçoamento. • a imparcialidade - assume características de dever, pois se destina a defender
os reais valores éticos. Alencastro (2000) afirma que o profissional para ser justo tem que atuar
com imparcialidade. • o otimismo - a última virtude apresentada por Alencastro (2000, p. 48) o
profissional otimista tende a “acreditar na capacidade de realização da pessoa humana, no poder
do desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia e bom humor”. As virtudes apresentadas
não podem ser consideradas as únicas para o bom desempenho das atividades profissionais, mas
se o profissional conseguir atuar em consonância com estas virtudes estará exercendo a sua
profissão com ética, e, se mesmo diante das dificuldades enfrentadas mantiver a atuação ética,
estará com a consciência tranquila pelo bom desempenho de seu trabalho.

ntrodução

Hoje em dia, com a concorrência cerrada existente, como ser um empresário agressivo
sem deixar de lado a ética? Como ser um profissional super-motivado sem se esquecer
da moral e normas de conduta?

Nestes tempos de globalização e reestruturação competitiva, as empresas que se


preocupam com a ética e conseguem converter as suas preocupações em práticas
efectivas, mostram-se mais capazes de competir com o sucesso e conseguem obter
não apenas a satisfação e a motivação dos seus profissionais, mas também resultados
compensadores nos seus negócios.

Ética, enquanto filosofia e consciência moral, é essencial à vida em todos os seus


aspectos, seja pessoal, familiar, social ou profissional. Assim, enquanto profissionais e
pessoas, dependendo de como se comportam, por exemplo, nas relações de trabalho,
podem estar a colocar seriamente em risco a sua reputação, a sua empresa e o sucesso
nos seus negócios [1].

Pretende-se assim, neste trabalho, explicar o que é a ética, a sua importância no


mundo profissional e empresarial, e também algumas virtudes a cultivar de modo a ter
uma atitude ética.

Através da leitura deste artigo é esperado que as pessoas tenham em atenção a ética no
seu trabalho e que fomentem um comportamento ético junto das outras pessoas. .

Noção de ética
Ética é, segundo o dicionário, o domínio da filosofia que procura determinar a
finalidade humana e os meios de a alcançar; ou a ciência que tem por objecto o juízo
de apreciação com vista à distinção entre o bem e o mal. Ética também pode ser
entendido como a moral, ou a ciência da moral.

Mas, na verdade ética é a parte da Filosofia que menos atrai a atenção da sociedade, já
que trata de moral - normalmente entendida como uma preocupação secundária [2].

De uma forma geral, ética, como disciplina ou campo de conhecimento humano,


refere-se à teoria ou aos estudos sistemáticos sobre a prática moral. A ética analisa e
critica os fundamentos e os princípios que orientam ou justificam determinados
sistemas e conjuntos de valores morais.

Por outras palavras, ética é a ciência da conduta, a teoria do comportamento moral dos
homens em sociedade.
Ética é o processo consciente ou intuitivo que nos ajuda a escolher entre vícios e
virtudes, entre o bem e o mal, entre o justo e o injusto. É a predisposição habitual e
firme, fundamentada na inteligência e na vontade, de fazer o bem.

Ser ético é, portanto, procurar sempre o bem, combater vícios e fraquezas, cultivar
virtudes, proteger e preservar a vida e a natureza. Também abrange toda a reflexão
que fazemos sobre o nosso agir e sobre o sentido ou missão da nossa vida, bem como
sobre os valores e os princípios que inspiram e orientam a nossa conduta, procurando
a verdade, a prática de virtudes e a felicidade.

Não devemos confundir ética e moral. A ética não cria a moral nem estabelece os seus
princípios, normas ou regras. Ela já encontra, numa dada sociedade ou grupo, a
realidade moral vigente e parte dessa realidade para entender as suas origens, a sua
essência, as condições objectivas e subjectivas dos actos morais e os critérios ou
parâmetros que justificam os juízos e os princípios que regem as mudanças e sucessão
de diferentes sistemas morais.

A ética também estuda e trata a responsabilidade do comportamento moral. A decisão


de agir numa dada situação concreta é um problema prático moral; verificar se a
pessoa podia ou não ter escolhido e agido de acordo com a decisão que tomou é um
problema ético, pois verifica a liberdade ou o determinismo ao qual os nossos actos
estão sujeitos, Se o determinismo é total e vem de fora para dentro (normas de
conduta pré-estabelecidas que devemos seguir) não há qualquer espaço para a
liberdade, para a autodeterminação e, portanto, para a ética.
Ética Profissional

Ética profissional é, segundo muitos autores, um conjunto de normas de conduta que


devem ser postas em prática no exercício de qualquer profissão. É a acção reguladora
da ética, agindo no desempenho das profissões, que faz com que o profissional
respeite o seu semelhante quando no exercício da sua profissão.

A ética profissional estuda e regula o relacionamento do profissional com os clientes,


visando a dignidade humana e a construção de bem-estar no contexto sócio-cultural
onde este exerce a sua profissão.

A ética atinge todas as profissões e quando falamos de ética profissional estamos a


referir-nos ao carácter normativo e até jurídico que regulamenta determinada profissão
a partir de estatutos e códigos específicos. Desta forma temos o código de ética dos
médicos, dos advogados, dos engenheiros, etc.

Sendo a ética inerente à vida humana, a sua importância é bastante acentuada na vida
profissional, porque cada profissional tem responsabilidades individuais e
responsabilidades sociais, pois envolvem pessoas que delas beneficiam.

A ética é ainda indispensável ao profissional, porque na acção humana "o fazer" e o


"agir" estão interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo o
profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir refere-se à conduta
do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho da sua
profissão [3].

O indivíduo não deve esquecer a sua situação profissional; quanto mais importante e
elevada for a actividade desempenhada, mais ela será projectada eticamente sobre o
profissional, impondo-lhe uma conduta que não o prejudique como trabalhador, nem
prejudique a profissão que exerce. Quanto mais transcendente e influente for a
profissão, maior será o nível de exigência sob o ponto de vista ético, e maiores
deveres imporá ao indivíduo.

Sendo assim, antes de exercer determinada profissão ou antes de ingressar numa


faculdade, o estudante deve fazer uma opção profissional consciente. Feita a escolha,
este deve preparar-se consciente e convenientemente para o exercício da futura
actividade. Os bons profissionais são aqueles que, ao ingressar numa actividade, o
façam em consciência, com dignidade e não apenas com o objectivo de obter lucro e
realização fácil. Na verdade, todas as profissões e, com elas, toda a sociedade,
sofrerão quando exercidas por indivíduos inaptos, desajustados e sem nível ético
condigno [4].
Constata-se assim o forte conteúdo ético presente no exercício profissional e a sua
importância na formação de recursos humanos.

Virtudes profissionais

Não obstante os deveres de um profissional, os quais são obrigatórios, devem ser


levadas em conta as qualidades pessoais que também concorrem para o
enriquecimento da actuação profissional, algumas delas facilitando o exercício da
profissão.
Muitas destas qualidades poderão ser adquiridas com esforço e boa vontade,
aumentando neste caso o mérito do profissional que, no decorrer da sua actividade
profissional, consegue incorporá-las à sua personalidade, procurando vivenciá-las ao
lado dos deveres profissionais.

Segundo Clauss Moller, a associação entre as virtudes lealdade, responsabilidade e


iniciativa são fundamentais para a formação de recursos humanos. O futuro de uma
carreira depende dessas virtudes.

O senso de responsabilidade é o elemento fundamental da empregabilidade. Sem


responsabilidade a pessoa não pode demonstrar lealdade, nem espírito de iniciativa.
Uma pessoa que se sinta responsável pelos resultados da equipa terá maior
probabilidade de agir de maneira mais favorável aos interesses desta e dos seus
clientes, dentro e fora da organização. A consciência de que se possui uma influência
real constitui uma experiência pessoal muito importante.

A lealdade é o segundo dos três principais elementos que compõe a empregabilidade.


Um funcionário leal sente-se feliz quando a organização ou o seu departamento é bem
sucedido, defende a organização, tomando medidas concretas quando ela é ameaçada,
tem orgulho em fazer parte da organização, fala positivamente sobre ela e defende-a
contra críticas.
Lealdade significa fazer críticas construtivas, mas mantendo-as dentro do âmbito da
organização. Significa agir com a convicção de que o seu comportamento vai
promover os legítimos interesses da organização.

As virtudes da responsabilidade e da lealdade são completadas por uma terceira, a


iniciativa, capaz de colocá-las em movimento.

Tomar a iniciativa de fazer algo no interesse da organização significa ao mesmo


tempo, demonstrar lealdade pela organização. Num contexto de empregabilidade,
tomar iniciativas não quer dizer apenas iniciar um projecto no interesse da
organização ou da equipa, mas também assumir responsabilidade pela sua
complementação e implementação. [5]
Para além destas pode-se acrescentar outras qualidades importantes no exercício de
uma profissão [3]:
o Honestidade
o Sigilo
o Competência
o Prudência
o Coragem
o Perseverança
o Compreensão
o Humildade
o Imparcialidade
o Optimismo

3.1. Virtudes Básicas Profissionais

Para que um profissional desenvolva com eficiência seu trabalho se faz necessário que o mesmo faça
uso de algumas virtudes básicas como: zelo, honestidade, virtude do Sigilo e da competência, prudência,
coragem, perseverança, compreensão, humildade, imparcialidade e otimismo

. Zelo – O profissional deve realizar sua tarefa com a maior perfeição possível, para a produção favorável
de sua própria imagem, e isto com uma responsabilidade individual, ou seja, fundamentada na relação
entre sujeito e o objeto de trabalho. Se um profissional não tem certeza de que pode com empenho
executar um trabalho, melhor será que o recuse e esclareça sobre a inviabilidade em cumprir o que é
requisitado. O mesmo percebe, dentro de si mesmo, o que é preciso fazer para que a tarefa se
desempenhe da melhor maneira possível e se isso não ocorre é porque ainda não está apto par ser um
profissional. O respeito pela tarefa e por quem dela necessita, é algo que precisa ser priorizado. Razão
pela qual, existe entre as partes um contrato determinando todos os detalhes como: natureza do
serviço contratado entrega, honorários, forma de pagamento. Mas alguns serviços limitam-se a pedidos
e explicações verbais. Cada tipo de tarefa exige seu próprio zelo e sua forma de caracterizá-la que r seja
um pequeno ou grande cliente
. Honestidade – Tratar-se de uma responsabilidade perante o bem e a felicidade de terceiros. É
necessário ser honesto, parecer honesto e ter ânimo de sêlo, para que exista a prática do respeito ao
direito de nosso semelhante. Um ato para que seja considerado desonesto tem que ser lesão á
confiança e a virtude e atingir a terceiro. Um profissional comprometido com a Ética não se deixa
corromper em nenhum ambiente, ainda que seja obrigado a viver e conviver com ele

. A honestidade é um princípio que não admite relatividade, ou seja, o indivíduo é ou não honesto, não
existe o relativamente honesto nem o aproximadamente honesto. Não há desonestidade temporária ou
circunstancial, mas inicialmente desonestidade. Pode-se converter um honesto em desonesto, através
de educação e tratamento específico, mas nada disto anulará e ato que praticou e que veio a prejudicar
a outros. O profissional ao transgredir os princípios da honestidade, não prejudica só seu cliente, mas
pode também prejudicar sua classe, tão como influir negativamente sobre a sociedade em geral. Esta é
uma das razões pelas quais um código de Ética precisa ser energicamente cumprido.

Virtude do sigilo – Eticamente, o sigilo assume o papel de algo que é confiado e cuja presença de silêncio
é obrigatória. Revelar o que se sabe a respeito de alguém que pediu reserva á quebra de sigilo. No
campo profissional é recomendável que se reserve quanto a tudo que se sabe por força da execução do
trabalho. Os rompimentos de sigilos nas áreas tributárias, societárias, de pesquisa em curso são
criminosos, cometendo-se assim infração ética. Há ainda, a quebra de sigilo por vingança, o que
caracteriza uma prova de incapacidade moral, de covardia e desonestidade. Virtude da Competência –
Eticamente é preciso que se tenha consciência de que se instruir é o caminho para bem servir e que
desejamos evitar danos a terceiros na prestação de serviços, é preciso que nos habilitem a prestá-los. O
profissional deve ter a postura ética de recursos uma tarefa que não se encontra dentro dos limites de
sua competência. A humanidade tem sido vítima de muitas incompetências, como por exemplo:
pacientes que ficam aleijados por incompetência média, causa certas que se perdem por
incompetências de advogados . E para que isso não ocorra, o profissional deve passar por uma
reciclagem de seus conhecimentos, ou seja, manter-se sempre atualizado, além do que o mercado de
trabalho torna-se cada vez mais competitivo.

Prudência - A prudência, fazendo com que o profissional analise situações complexas e difíceis com mais
facilidade e de forma mais profunda e minuciosa, contribui para a maior segurança, principalmente das
decisões a serem tomadas. a prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e graves, pois evita
os julgamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis. Coragem - Todo profissional precisa ter
coragem, pois "o homem que evita e teme a tudo, não enfrenta coisa alguma, torna-se um covarde. A
coragem nos ajuda a reagir às críticas, quando injustas, e a nos defender dignamente quando estamos
cônscios de nosso dever. Nos ajuda a não ter medo de defender a verdade e a justiça, principalmente
quando estas forem de real interesse para outrem ou para o bem comum. Temos que ter coragem para
tomar decisões, indispensáveis e importantes, para a eficiência do trabalho, sem levar em conta
possíveis atitudes ou atos de desagrado dos chefes ou colegas. Perseverança - Qualidade difícil de ser
encontrada, mas necessária, pois todo trabalho está sujeito a incompreensões, insucessos e fracassos
que precisam ser superados, prosseguindo o profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepções
ou mágoas. É louvável a perseverança dos profissionais que precisam enfrentar os problemas do
subdesenvolvimento.

Compreensão - Qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito pelos que dele
dependem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o diálogo, tão importante no
relacionamento profissional. É bom, porém, não confundir compreensão com fraqueza, para que o
profissional não se deixe levar por opiniões ou atitudes, nem sempre, válidas para eficiência do seu
trabalho, para que não se percam os verdadeiros objetivos a serem alcançados pela profissão. Vê-se que
a compreensão precisa ser condicionada, muitas vezes, pela prudência. A compreensão que se traduz,
principalmente em calor humano pode realizar muito em benefício de uma atividade profissional,
dependendo de ser convenientemente dosada.

Humildade - O profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não é o dono da verdade e
que o bom senso e a inteligência são propriedade de um grande número de pessoas. Representa a auto-
análise que todo profissional deve praticar em função de sua atividade profissional, a fim de reconhecer
melhor suas limitações, buscando a colaboração de outros profissionais mais capazes, se tiver esta
necessidade, dispor-se a aprender coisas novas, numa busca constante de aperfeiçoamento. Humildade
é qualidade que carece de melhor interpretação, dada a sua importância, pois muitos a confundem com
subserviência, dependência ? quase sempre lhe é atribuído um sentido depreciativo. Como exemplo,
ouve-se freqüentemente, a respeito determinadas pessoas, frases com estas: Fulano é muito humilde,
coitado!
Imparcialidade - É uma qualidade tão importante que assume as características do dever, pois se destina
a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos (em nossa época dinheiro, técnica, sexo...), a
defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo principalmente uma posição justa nas
situações que terá que enfrentar. Para ser justo é preciso ser imparcial, logo a justiça depende muito da
imparcialidade.

Otimismo - Em face das perspectivas das sociedades modernas, o profissional precisa e deve ser
otimista, para acreditar na capacidade de realização da pessoa humana, no poder do desenvolvimento,
enfrentando o futuro com energia e bom-humor.

4. Considerações Finais

Após término desse estudo concluí-se que a ética é o elemento que define a conduta humana na busca
do “Bem” (Virtude). Isso significa um bem individual, mas visando a harmonia dos indivíduos para com
os grupos que fazem parte os aspectos: social, familiar, escolar, profissional etc... O homem como
indivíduo desses grupos já citados, para manter essa harmonia é necessário que este siga normas, regras
ou valores pré-estabelecidos, propiciando assim o bem da coletividade. As sociedades estabelecem seus
códigos de conduta que estão recheados de palavras como: respeito, compromisso honestidade, justiça
etc... Que permeiam a vida de todos os indivíduos.

REFERÊNCIAS ESPINOSA, Baruch. Ética. São Paulo: Abril, 1973 KANT,Immanuel. Fundamento da
Metafísica dos costumes. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997. NAILINI, José Renato. Ética Geral e
Profissional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997. SÁ, Antonio Lopes de. Ética Profissional. 2ª Ed. São
Paulo: Atlas, 1998.
As virtudes profissionais

Em artigo publicado na revista Exame, em 2000, o consultor dinamarquês Clauss Moller (apud RAMOS,
2004) faz uma apresentação das principais virtudes profissionais que devem fazer parte da sua formação
e do seu trabalho.

Responsabilidade O senso de responsabilidade é o elemento fundamental da empregabilidade.


Sem responsabilidade a pessoa não pode demonstrar lealdade, nem espírito de
iniciativa [..]

Uma pessoa que se sinta responsável pelos resultados da equipe terá maior
probabilidade de agir de maneira mais favorável aos interesses da equipe e de
seus clientes, dentro e fora da organização.

As pessoas que optam por não assumir responsabilidades podem ter


dificuldades em encontrar significado em suas vidas. Seu comportamento é
regido pelas recompensas e sanções de outras pessoas - chefes e pares[..].
Pessoas desse tipo jamais serão boas integrantes de equipes.

Lealdade A lealdade é o segundo dos três principais elementos que compõem a


empregabilidade. Um funcionário leal se alegra quando a organização ou seu
departamento é bem sucedido, defende a organização, tomando medidas
concretas quando ela é ameaçada, tem orgulho de fazer parte da organização,
fala positivamente sobre ela e a defende contra críticas.
Lealdade não é sinônimo de obediência cega. Lealdade significa fazer sugestões,
mudanças, mantendo-as dentro do âmbito da organização. Significa agir com a
convicção de que seu comportamento vai promover os legítimos interesses da
organização.

Iniciativa Tomar a iniciativa de fazer algo no interesse da organização significa, ao mesmo


tempo, demonstrar lealdade pela organização. Em um contexto de
empregabilidade, tomar iniciativas não quer dizer apenas iniciar um projeto no
interesse da organização ou da equipe, mas, também, assumir responsabilidade
por sua complementação e implementação.

Honestidade A honestidade está relacionada com a confiança que nos é depositada, com a
responsabilidade perante o bem de terceiros e a manutenção de seus direitos.

A honestidade é a primeira virtude no campo profissional. É um princípio que


não admite relatividade, tolerância ou interpretações circunstanciais.

Sigilo O respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das empresas, deve ser
desenvolvido na formação de futuros profissionais, pois se trata de algo muito
importante. Uma informação ssigilosa é algo que nos é confiado e cuja
preservação de silêncio é obrigatória.

Competência Competência, sob o ponto de vista funcional, é o exercício do conhecimento de


forma adequada e persistente a um trabalho ou profissão. Devemos buscá-la
sempre. “A função de um citarista é tocar cítara, e a de um bom citarista é tocá-
la bem” (ARISTÓTELES, p.27).
É de extrema importância a busca da competência profissional em qualquer área
de atuação. Recursos humanos devem ser incentivados a buscar sua
competência e maestria através do aprimoramento contínuo de suas habilidades
e conhecimentos.

Prudência Todo trabalho, para ser executado, exige muita segurança. A prudência, fazendo
com que o profissional analise situações complexas e difíceis com mais facilidade
e de forma mais profunda e minuciosa, contribui para a maior segurança,
principalmente das decisões a serem tomadas. A prudência é indispensável nos
casos de decisões sérias e graves, pois evita os julgamentos apressados e as lutas
ou discussões inúteis.

Coragem Todo profissional precisa ter coragem, pois “o homem que evita e teme a tudo,
não enfrenta coisa alguma, tornase um covarde” (ARISTÓTELES, p.42). A
coragem nos ajuda a reagir às críticas, quando injustas, e a nos defender
dignamente quando estamos cônscios de nosso dever. Nos ajuda a não ter medo
de defender a verdade e a justiça, principalmente quando estas forem de real
interesse para outrem ou para o bem comum.

Perseverança Qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois todo trabalho está
sujeito a incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados,
prosseguindo o profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepções ou
mágoas. É louvável a perseverança dos profissionais que precisam enfrentar os
problemas do subdesenvolvimento.
Compreensão Qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito pelos que dele
dependem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e do diálogo, tão
importante no relacionamento profissional.

Humildade Representa a auto-análise que todo profissional deve praticar em função de sua
atividade profissional, a fim de reconhecer melhor suas limitações, buscando a
colaboração de outros profissionais mais capazes, se tiver esta necessidade;
dispor-se a aprender coisas novas, numa busca constante de aperfeiçoamento. ,
técnica, sexo...), a defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo
principalmente uma posição justa nas situações que terá que enfrentar.

Otimismo Em face das perspectivas das sociedades modernas, o profissional precisa e deve
ser otimista, para acreditar na capacidade de realização da pessoa humana, no
poder do desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia e bom humor.

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