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Índice

Introdução ..................................................................................................................................................... 4

Objectivos ..................................................................................................................................................... 4

Metodologias................................................................................................................................................. 4

Estrutura do trabalho ..................................................................................................................................... 4

Qualidades que devem se considerar no exercício de uma profissão e dos deveres gerais dos funcionários5

Conclusão.................................................................................................................................................... 10

Bibliografia ................................................................................................................................................. 11
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Introdução

A VIDA do homem caracteriza-se essencialmente pela aceleração dos processos de transformação


e globalização, que o faz sentir cada vez mais vulnerável e questionar os valores que regem a sua
existência e o modo como está a construir o seu futuro.
A Ética é lida com o que é moralmente bom ou mau, certo ou errado. As palavras ética e moral
têm a mesma base etimológica: a palavra grega ethos e a palavra latina moral, ambas significam
hábitos e costumes. A ética, como expressão única do pensamento correto conduz à idéia da
universalidade moral, ou ainda, à forma ideal universal do comportamento humano, expressa em
princípios válidos para todo pensamento normal e sadio. O termo ética assume diferentes
significados, conforme o contexto em que os agentes estão os agentes envolvidos. Uma definição
particular diz que a “ética nos negócios é o estudo da forma pela qual normas morais pessoais se
aplicam às atividades e aos objetivos da empresa comercial.
A Ética, enquanto ramo do conhecimento, tem por objeto o comportamento humano do interior de
cada sociedade. O estudo desse comportamento, com o fim de estabelecer os níveis aceitáveis que
garantam a convivência pacífica dentro das sociedades e entre elas, constitui o objetivo da ética.

Objectivos

• Analisar as qualidades que se devem considerar no exercício de uma profissão e deveres


gerais dos funcionários.

Metodologias

Esta pesquisa foi classificada inicialmente como pesquisa bibliográfica porque foram realizadas
através de livros, dissertações, publicações periódicas, artigos publicados sobre o assunto e
Internet.

Estrutura do trabalho

O trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma: Introdução, Objectivos, Metodologias,


Qualidades que devem se considerar no exercício de uma profissão e dos deveres gerais dos
fenómenos, Conclusão e Bibliografia.
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Qualidades que devem se considerar no exercício de uma profissão e dos deveres gerais dos
funcionários

Toda a fase de formação profissional, o aprendizado das competências e habilidades, referentes à


prática específica numa determinada área, devem incluir a reflexão, antes do início dos estágios.
Ao completar a formação em nível superior, a pessoa faz um juramento, que significa sua adesão
e comprometimento com a categoria profissional onde formalmente ingressa. Isso caracteriza o
aspecto moral da chamada Ética Profissional, a adesão voluntária a um conjunto de regras
estabelecidas como sendo as mais adequadas para o seu exercício.

É fundamental ter sempre em mente que há uma série de atitudes que não estão descritas nos
códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades que uma pessoa pode
exercer.

Atitudes de generosidade e cooperação no trabalho em equipe, mesmo quando exercidas


solitariamente em uma sala, fazem parte de um conjunto maior de atividades que dependem do
bom desempenho desta.

Uma postura proativa, por exemplo, é não ficar restrito às tarefas solicitadas, mas contribuir para
o engrandecimento do trabalho, mesmo que temporário.

Se sua tarefa é varrer ruas, você pode se contentar em varrer e juntar o lixo, mas você pode também
tirar o lixo que vê que está prestes a cair na rua, podendo futuramente entupir uma saída de
escoamento e causando uma acumulação de água quando chover.

Para configurar o bom exercício profissional é aconselhável combinar as referências éticas com as
normas deontológicas, bem como situar as normas deontológicas no horizonte das aspirações
éticas (Alonso, 2002, p.191)

A ética não é só uma questão de normas consensualizadas; é antes de tudo uma questão de pessoas
comprometidas com um modo de agir” (Alonso, 2007).

Quando nos expressamos “este é um grande profissional” queremos habitualmente significar que
alguém com o seu modo de actuar, procura uma prestação de qualidade excelente…virtude ética.
A definição clássica de virtude pode dizer-se como todo o hábito bom que procura fazer o bem.
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MacIntyre entende as virtudes como as qualidades necessárias para atingir os bens internos às
práticas (Alonso, 2007).
A habilidade técnica não é suficiente para definir a profissionalidade…o profissional faz melhor
as coisas que outro que não é profissional.

A reflexão permanente sobre o que significa a profissão, constitui o ethos profissional, podendo
este considerar-se como o compromisso pessoal e vital como o exercício da própria profissão, o
sentido da solidariedade com os outros profissionais e com os seus familiares mais directos, a
obrigação de transmitir o ensino aos jovens profissionais da geração seguinte, o segredo
profissional, a necessidade de demarcação frente a profissões afins; as proibições éticas ao
exercício da profissão (Exemplo o aborto).

A profissionalidade introduz uma dimensão muito importante para além da execução técnica
adequada a determinada função e situação contexto.

Humanidade

Ter humanidade, ser humano, consiste em saber viver, respeitar e ajudar os outros a viver a vida
humana como todas as vicissitudes.

Numa sociedade de profissionais «especializados», fragmentada em mil contextos funcionais,


formulamos a questão: como encontramos a humanidade?

Dimensão social

Cada profissão é exercida na base de um contrato social implícito que é necessário explicitar e
cumprir (Amendoeira, p.221) Ao atribuirmos importância à identidade profissional como
dimensão essencial para a compreensão do contributo que a singularidade dos trajectos
profissionais dá a uma profissão (…) interessa reflectir sobre o conceito de profissionalidade no
que o distingue do conceito de profissionalismo.

O profissionalismo pode ter um sentido diferente de profissionalidade, na medida em que se refere


à proficiência para lidar com as questões éticas, com os valores e a intervenção mais apropriada a
cada situação.
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A ideologia do profissionalismo assenta em sete princípios que enunciamos, de acordo com Alonso
(2004, p. 48) (i) A preparação especial, (ii) A elevada posição social e económica (iii) A resistência ao
controlo público (iv) O monopólio e outros privilégios corporativos (v) os princípios aristocráticos (vi)
a realização da cultura profissional (viii) A ética da responsabilidade na relação com os clientes. É
possível ser membro de uma profissão sem ser um profissional no verdadeiro sentido da palavra; é
igualmente possível ser um profissional sem ser membro de uma profissão e mesmo ter um
comportamento de profissional (no sentido do profissionalismo) enquanto desenvolve uma
actividade não profissional. O conceito de profissional adquire assim a dimensão singular, a partir da
evolução de um perfil que vai do profissional técnico ao intelectual crítico, passando pelo profissional
reflexivo.”

É neste sentido que se sugere um modelo de profissionalidade (Alonso,2004, p.47), a partir de uma
estrutura idêntica (i) Ocupação técnica no esquema de divisão e trabalho na sociedade moderna
(ii)Ideia de serviço (iii) Princípio de autonomia ou de liberdade na relação com o cliente (iv)
Organização colegial ou corporativa – defesa contra os intrusos (v) Compromisso vocacional (vi)
Código de ética que configura uma cultura profissional (vii) Uma relação peculiar cliente-
profissional.

Retomando o conceito de profissionalidade anteriormente abordado, enfatizamos “a característica


essencial do mesmo, na medida em que existam profissionais efectivamente autónomos e criativos,
sem deixar de ser colaborativos, responsáveis e livres, constituindo-se numa qualidade dinâmica
que está em construção e em co-construção permanente (Tavares, 2003)”.

É essencial valorizar o profissional reflexivo como aquele que constrói saberes para além das
competências, considerando competência como o resultado da mobilização dos saberes (de
qualquer tipo) em situação, sendo essencial a transferibilidade desses mesmos saberes, através da
recontextualização para outros contextos-interacção, tornando os profissionais mais competentes
em novas situações.

Pressupõe-se que o profissional possui os conhecimentos teóricos e as habilidades práticas que


(actualizados devidamente) lhe permitem saber o que deve fazer em cada caso individual que se
lhe apresenta, e fá-lo.
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Ética profissional e relações sociais

O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da chuva; o auxiliar
de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado para colocar caixas de
alimentos; o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos antes de completar a
cirurgia; a atendente do asilo que se preocupa com a limpeza de uma senhora idosa após ir ao
banheiro; o contador que impede uma fraude ou desfalque, ou que não maquia o balanço de uma
empresa; o engenheiro que utiliza o material mais indicado para a construção de uma ponte, todos
estão agindo de forma eticamente correta em suas profissões, ao fazerem o que não é visto, ou
aquilo que, alguém vendo, não saberá quem fez.

As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, as pessoas
que dependem deles. Há, porém muitos aspectos não previstos especificamente e que fazem parte
do compromisso do profissional com a ética, aquele que, independentemente de receber elogios,
faz a coisa certa.

Segundo Edgar Morin: “A ética se manifesta em nós de maneira imperativa, como exigência
moral”. Esse imperativo origina-se de três fontes interligadas entre si: uma fonte interior ao
indivíduo que se manifesta como um dever; outra externa, constituída pela cultura, e que tem a ver
com a regulação das regras coletivas; e, por fim, uma fonte anterior, originária da organização viva
e transmitida geneticamente.

A ética na empresa

O conhecimento é uma condição indispensável ao exercício da liberdade e, portanto, da cidadania.


Por isso não podemos desconhecer que a possibilidade de estendê-lo à grande massa dos
trabalhadores (durante tanto tempo excluídos de seu acesso) cria perspectivas de que se venha a
resgatar o valor do trabalho. E isso permite instituir uma nova ética nas empresas e na sociedade
como um todo.

É hoje uma tendência cada vez mais constante na organização das fábricas a tomada de consciência
sobre a importância de que o trabalho seja estruturado a partir de tarefas globais. Elas seriam
executadas por equipes de profissionais suficientemente qualificados para dar conta de um máximo
de atividades e para assumir responsabilidade com autonomia e criatividade.
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Essa forma de estruturação do trabalho não só representa o rompimento com o taylorismo, como
também anuncia uma nova orientação relativa a políticas de recursos humanos. Tal política visa à
autodeterminação e ao crescimento de todos os envolvidos no processo de trabalho nas
organizações.

Mas seria ingênuo acreditar que a revalorização e o futuro da sociedade do trabalho dependeriam
exclusivamente de uma política de recursos humanos voltada para a qualificação do trabalhador.

Sabe-se que, numa economia globalizada, com um processo de produção flexível, a qualificação
do trabalho não é garantida de emprego e nem o cria. No entanto, não resta dúvida de que, no atual
quadro econômico, os novos empregos passarão a absorver os trabalhadores mais qualificados.

Nessas circunstâncias, uma reflexão sobre a dimensão ética empresas deverá passar
necessariamente pelo resgate da qualificação profissional, mais incluirá outros aspectos
organizacionais, fundamentais ao resgate da dimensão pública da ética e, consequentemente, ao
resgate da cidadania.

Deveres gerais dos funcionários

O dever de lealdade exige do servidor maior dedicação ao serviço e o integral respeito às leis e as
instituições.

O dever de obediência impõe ao servidor o acatamento ás ordens legais de seus superiores e sua
fiel execução.

Dever de conduta ética decorre do princípio constitucional da moralidade administrativa e impõem


ao servidor de jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.

Outros deveres são comumente especificados nos estatutos, procurando adequar a conduta do
servidor.
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Conclusão

Etimologicamente «ética» deriva de “Ethos” que significa carácter, o modo de ser que uma pessoa
vai adquirindo pelo seu modo de actuar; esse modo habitual de actuar vai-se sedimentando em
bons hábitos (virtudes) e maus hábitos (vícios). A ética, tem como objectivo «dizer» que os
profissionais devem ser competentes e responsáveis no exercício da sua profissão (Alonso, p. 192).

Importa considerar o papel e as funções do estado, não só como um conjunto de instituições, mas
também como entidade responsável pela criação e manutenção de normas, de mecanismos e de
condições para o seu funcionamento equilibrado, procurando garantir o bem estar colectivo, a
concretização efectiva dos direitos humanos e a coesão social (p.226), nesta perspectiva relevamos
a integração entre as diferentes dimensões previamente analisadas e os sistemas de valores
referentes a cada dimensão (figura seguinte).
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Bibliografia

Alonso. Augusto Hortal (s/d). La dimensön pública dela ética de las profesiones. Texto de
comunicação proferida no colóquio : Ética das Profissões - Desafios da modem idade, cedido pelo
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978-972-697-181-1

Amendoeira, José (2006). Fontes e uso do conhecimento em enfermagem. A cooperação como


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Amendoeira, José (2008). Profissões e Estado: o conhecimento profissional em enfermagem (209-


240) IN: Lima. Jorge de Åvila e Pereira. Hél der Rocha (Org.). Políticas públicas e conhecimento
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8082-97-0

Nunes, Lucilia (2007). Ética das profissões de sad de, IN: Brito, José Henriques Silveira de. Ética
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Paz. Aniceta (2006). Ética como área de saber na formação de enfermeiros, IN: Marques. Ramiro
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Reimão. Cassiano (2007). Ética da profissão docente. IN: Brito. José Henriques Silveira de. Ética
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