Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução...................................................................................................................................................4
Objectivos...................................................................................................................................................4
Metodologia................................................................................................................................................4
Crescimento Económico..............................................................................................................................5
Desenvolvimento Económico......................................................................................................................7
Factores do Crescimento e Desenvolvimento Economico...........................................................................8
Teorias de desenvolvimento......................................................................................................................14
O Desenvolvimento na Teoria Schumpeteriana.........................................................................................14
Teoria do Subdesenvolvimento.................................................................................................................16
Conclusão..................................................................................................................................................16
Bibliografia................................................................................................................................................18
4
Introdução
Objectivos
Metodologia
4
5
Crescimento Económico
Crescimento económico é caracterizado por uma elevação contínua do Produto Interno Bruto
(PIB), tanto em termos globais como em termos per capita, o PIB normalmente é considerado o
melhor indicador de desempenho de uma economia. Porém, a distribuição do crescimento
económico não é homogénea no espaço e nem entre as pessoas. Em função disso, os impactos
sobre a população divergem. Assim, ao analisar a melhoria dos padrões de vida de determinado
local somente sob a óptica do crescimento económico, pode revelar informações que são
superficiais e induzir a conclusões precipitadas.
Por isso, é de extrema importância analisar o crescimento económico sob a óptica da “qualidade”
e não somente em termos quantitativos, ou seja, avaliar se esse crescimento tem gerado
desenvolvimento. A literatura actual sobre desenvolvimento económico tem dado grande
importância ao fato de que qualquer conjunto de acções que visem o crescimento económico de
um país ou região deve vir acompanhado de uma melhora nas condições de vida.
Segundo Bakof (2006) acrescenta ainda que uma das preocupações recentes é de que o
crescimento económico não ocorre de maneira homogénea, ou seja, países ou até mesmo regiões,
não crescem de maneira equilibrada ou igual, de modo que uns acabam por ter desempenhos
mais satisfatórios que outros. Além disso, uma parcela da população pode se beneficiar desse
crescimento mais que a outra, ou seja, os indivíduos captam os benefícios do crescimento
económico de maneira heterogénea. Isso demonstra que o crescimento, do ponto de vista da
distribuição de renda, não pode ser considerado neutro, pois o mesmo pode actuar a favor, contra
5
6
ou até mesmo de forma neutra, sobre os indivíduos mais pobres. Esta última forma resultaria na
continuação da pobreza.
Estudar o modo como o crescimento económico afecta os diferentes locais ganhou importância
também porque pode auxiliar os governos a prepararem políticas públicas que reduzam as
desigualdades sociais e promovam melhoria na qualidade de vida, atendendo efectivamente a
uma demanda da população como um todo. Com isso, a análise da qualidade do crescimento não
pode estar desvinculada do crescimento da economia global e da forma de crescimento que tem
sido obtida, isso significa que cada país ou região deve adequar seu crescimento de acordo com
sua realidade.
6
7
Desenvolvimento Económico
Segundo FURTADO (2000), as primeiras ideias sobre desenvolvimento económico que definiam
este como um mero aumento do fluxo de bens e serviços, foram progressivamente substituídas
7
8
por ideias que faziam referência as transformações do conjunto de uma sociedade, ligando este
fluxo de bens e serviços à satisfação das necessidades humanas.
Para Sachs (2004) a nova forma de definir o desenvolvimento torna o crescimento económico
uma condição necessária, porém, de forma alguma suficiente. Além do mais, “(...) o crescimento
económico, mesmo que acelerado, não é sinónimo de desenvolvimento se ele não amplia o
emprego, se não reduz a pobreza e se não atenua as desigualdades”. (SACHS, 2004, p.14).
De fato, se definirmos crescimento económico como simples aumento da renda per capita, os
dois termos não se confundem porque há casos em que a produção média por habitante aumenta
mas mesmo no longo prazo não aumento generalizado dos salários e dos padrões de consumo da
sociedade.
Capital Físico
8
9
O capital físico tem efeitos sobre a produtividade, uma vez que providencia os equipamentos
necessários às empresas para as suas actividades e, existindo melhores infra-estruturas, estas
permitem às empresas criarem economias de escala e terem mais e melhores mercados
(AGUAYO et al., 2000).
Capital Humano
A variável capital humano foi considerada pela primeira vez como um factor da função de
produção macroeconómica por Lucas (1988) que a adicionou às variáveis já consideradas pelo
modelo de Solow.
No seu conceito mais abrangente o capital humano é, então, a educação, o treino e experiência de
trabalho adquiridos pelos indivíduos, dentro e fora do sistema formal de ensino, e que lhes
permite absorverem conceitos e tecnologias que poderão usar mais tarde para contribuir para a
sua produtividade e para o seu bem-estar (Teixeira, 1999).
Os stocks de capital humano são considerados um factor de produção fundamental quer para as
empresas quer para a economia como um todo, pois a acumulação de capital humano leva a uma
maior eficiência e produtividade, bem como a invenções, contribuindo, por isso, para o
crescimento quer a nível microeconómico quer a nível macroeconómico (Simeonova-Ganeva,
2010).
Tal como o capital físico, este tipo de capital requer um investimento, o que representa um
grande custo para a economia que apenas vê esse gasto compensado pela capacidade de inovação
que adquire ao formar a sua população, pois esta fica mais receptiva às novas tecnologias e
conhecimentos, conseguindo, então, evoluir o país [Nelson e Phelps (1966) e Thrilwall (1999)].
9
10
Trabalho
Sendo mesmo considerado que a produtividade do factor trabalho é o índice mais antigo de
crescimento da produtividade (Maddison, 1987).
Inovação
O progresso tecnológico tem um papel fundamental no crescimento económico desde a
Revolução Industrial [Romer (1990), Zeira (1998), Andersson (2001), Teixeira e Fortuna (2003)
e Teixeira (2007)]. Com o passar dos anos é possível ver mais países a adoptar novas tecnologias
do que a criá-las, no entanto, a adoção de novas tecnologias cria diferenças na produtividade
entre países, que explicam algumas das grandes diferenças existente ao nível do Produto Interno
Bruto per capita (Zeira, 1998).
Existem diversos tipos de inovações: as inovações que permitem aos produtores produzirem mais
com menos recursos, as inovações como máquinas que vieram substituir o trabalho humano na
produção e as que vieram substituir o trabalho não-especializado por trabalho especializado
(Zeira, 1998).
Por todo o mundo foi possível observar a passagem de uma produtividade centrada na
manufactura e na produção de bens, para uma produtividade centrada nos mercados de serviços
como comércio, transporte, financeiros e de negócios, entre outros. Então, os mercados de
10
11
serviços e novas tecnologias têm sido a principal fonte de crescimento das economias de rápido
crescimento.
No entanto, as inovações nos serviços são mais difíceis de imitar do que as inovações em
produção de bens físicos, pelo que é necessário criar novas formas de tirar proveito das
inovações nos sectores dos serviços (van Ark, O’Mahony eTimmer, 2008).
Assim, torna-se fácil perceber que progresso tecnológico e o capital humano estão relacionados,
na medida em que para haver mais progresso tecnológico é necessário que haja investimento em
capital humano, mas para se aumentar os stocks de capital humano é também necessário que se
invista mais em tecnologias e inovações [Nelson e Phelps (1966); Martín e Herranz (2004)].
Então, uma grande oferta de trabalho qualificado torna-se um pré-requisito para promover
mudanças estruturais, como a adopção e criação de tecnologias e o estímulo à inovação, pois
existe um círculo vicioso entre baixa educação e uma estrutura de indústrias de baixa-tecnologia
(Silva, 2011).
População
A relação entre população e crescimento económico tem dado origem a vários estudos empíricos
com resultados diversos.
Vários estudos consideram que o crescimento da população impede tanto o crescimento como o
desenvolvimento económico, pois consideram que os crescimentos da população mais rápidos
criam mais dependentes que consomem mas não contribuem nem estimulam a criação de
produto (KELLEY, 1974), outros consideram que o crescimento da população estimula o
crescimento económico, e outros ainda concluem que não existe qualquer relação entre
crescimento da população e crescimento económico (DARRAT e AL-YOUSIF, 1999).
Assim sendo, existem três escolas de pensamento sobre a relação entre população e crescimento
económico (DARRAT e AL-YOUSIF, 1999):
11
12
Política
ALESINA et al. (1992) e JONG-A-PIN (2006) concluíram também nos seus estudos que países
com elevado grau de instabilidade política ou onde existe eminência de colapso do Governo, têm
menor crescimento do Produto Interno Bruto e menos crescimento económico.
AISEN e VEIGA (2011) concluem ainda que a instabilidade política tem efeitos negativos no
crescimento da produtividade total de factores e na acumulação de capital físico e humano, o que
afecta negativamente o crescimento económico.
12
13
Nesse sentido, sua perspectiva vai ao encontro da de outros autores clássicos que, como Ragnar
Nurse e Gunnar Myrdal, construíram, no mesmo período, teorias sobre o subdesenvolvimento
nitidamente marcadas pelas lentes políticas dos países capitalistas centrais. Inserido nas
discussões de sua época, e reproduzindo um referencial amplamente aceito entre os economistas
mais ortodoxos, Rostow acreditava que o desenvolvimento económico teria suas bases
consolidadas através da intervenção sectorial na economia, de modo que o crescimento industrial
se traduziria em modernização.
Ao mesmo tempo, Rostow parte do pressuposto de que, para se obter uma nova ordem capitalista
em nível internacional, o desenvolvimento deve ser visto ideologicamente, de forma que os
países considerados desenvolvidos tivessem nele seu principal foco. Assim, a teoria rostowiana
aponta que, ao se impulsionar o desenvolvimento para os demais países, as economias
consideradas desenvolvidas, além de expandir ideais capitalistas, poderiam auxiliar as demais
com empréstimos e auxílio técnico (SANTOS SILVA, 2004).
No que tange à primeira etapa, esta se refere à sociedade tradicional, a qual é definida em relação
à sociedade moderna e se identifica liminarmente pela insuficiência de recursos. Nesse sentido,
Rostow entende tratar-se de uma economia baseada na produção rudimentar e tradicional, que
busca a subsistência e prioriza o trabalho, cujos principais recursos provêm da agricultura e que
não obtém senão limitada quantidade de capital.
13
14
Saliente-se que esta é considerada a etapa mais importante entre as descritas por Rostow, pois ela
sinaliza um marco para todas as demais, as quais passam a ter suas características balizadas pelas
configurações definidas nesse processo de transição. No entanto, como esta sociedade em
transição ainda mantém características da sociedade tradicional, a economia continua bastante
limitada.
Da mesma forma, também a quarta etapa, que o autor chama de “marcha para a maturidade”,
agrega o aumento da tecnologia moderna, o incentivo à produção e a busca pela diversificação de
produtos. A mão de obra reduz-se ainda mais no campo, em contraponto ao aumento da mão de
obra especializada nos centros urbanos. Assim, graças a vários incentivos, sobretudo por parte do
Estado, alguns bens anteriormente importados passam a ser produzidos internamente. Consolida-
se aqui a ideia de que, por meio da inovação técnica, pode-se produzir tudo ou quase tudo; e isso
redunda no afloramento de novas áreas produtivas, bem como na possibilidade de importação de
novos produtos para o mercado (SANTOS SILVA, 2004).
Na quinta e última etapa, compreendida como “era do consumo em massa”, Rostow completa
seu modelo focando o consumo de uma sociedade industrial massificada, que, a partir do
aumento da renda per capita, estimula um sistema económico centrado no consumo intensivo,
tanto de alimentos e vestuário quanto de bens duráveis. Verifica-se, por consequência, além
disso, um aumento na busca por uma melhor distribuição de renda (SANTOS SILVA, 2004).
Teorias de desenvolvimento
14
15
Assim, enquanto novos produtos e processos forem gerados, a economia estará em crescimento.
Os investimentos em inovação dinamizam o crescimento, gerando efeitos em cadeia sobre a
produção, o emprego, a renda e os salários.
Isso significa que, nessas condições, há um ajuste equilibrado entre oferta e demanda, assim
como entre poupança e investimento, de modo que o crescimento da economia acompanha o
ritmo de acumulação do capital, mas sem criar diferenças expressivas nos níveis de distribuição,
havendo uma expansão da renda determinada por pequenas variações na força de trabalho
engajada no processo produtivo.
Por seu turno, as receitas provenientes do processo de produção reingressam no sistema fechado
para financiar novas etapas de produção, de modo que aqui o crédito não tem nenhum papel. As
mudanças que ocorrem no sistema são marginais e não alteram substancialmente o equilíbrio
geral; há apenas processos de adaptação (SOUZA, 2012).
15
16
Teoria do Subdesenvolvimento
Conclusão
16
17
17
18
Bibliografia
BAKOF, A.K. Crescimento pró-pobre: conceitos, experiências, políticas públicas e uma analise
empírica do Rio Grande do Sul na década de 1990. 2006. Dissertação (Mestrado Profissional em
Economia) – Faculdade de Ciências Económicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, 2006. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/11493. Acesso em:
17 out. 2022.
CRUZ, C.; RIBEIRO, U. Metodologia científica. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2004.
GIL, A.C. Como elaborar projectos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
JONES, H.G. Modernas teorias do crescimento económico: unia introdução. São Paulo: Editora
Atlas. 1979.
OLIVEIRA, G.B. Uma discussão sobre o conceito de desenvolvimento. Rev. FAE, v.5, n.2, p.37-
48, 2002.
18
19
SANTOS SILVA, Jorge Antonio. Turismo, crescimento e desenvolvimento: uma análise urbano-
regional baseada em cluster. Tese (Doutorado em Relações Públicas, Propaganda e Turismo) –
Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
19