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3° Ano
Maxixe, 2021
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 3
5. Conclusão ......................................................................................................................... 14
6. Bibliografia ....................................................................................................................... 15
1. Introdução
O estudo da teoria do crescimento económico tem sido um dos principais desafios para os
teóricos da ciência económica. Este ramo da ciência económica busca entender os principais
fatores e mecanismos que determinam o crescimento económico, procurando justificar o
desequilíbrio entre os países e as regiões. Até meados da década de 1950, vários estudos,
influenciados pela escola clássica, consideravam que o crescimento era uma função dos fatores
de produção tais como: recursos naturais, capital e trabalho, existentes em cada país ou região.
Porém, com a evolução dos estudos relacionados com a teoria do crescimento económico,
notou-se a existência de alguma incoerência, pois nem sempre o crescimento económico tem
permitido um aumento das condições de vida (desenvolvimento económico).
1.2.Objetivos
Geral:
Específicos:
A elaboração do trabalho baseou-se na revisão bibliográfica dos aspectos mais relevantes sobre
o tema em pesquisa, análise de documentos escritos e pesquisa electrónica (internet), análise
dos planos quinquenais do Governo e informações sobre o desenvolvimento e crescimento
económico dos PVD’s e o caso de Moçambique com base nos relatórios do Banco de
Moçambique (BM).
A pesquisa realizada, segundo Gil (2002:42) caracteriza-se por ser descritiva pois obedece o
fundamento teórico de estabelecimento das relações e a identificação da existência de
associações entre as variáveis em estudo. O trabalho centra-se essencialmente na análise sobre
o desenvolvimento e crescimento económico.
1.4.Fundamentação teórica
Embora fosse essa uma forma inteligente e sútil que o grande economista usou para se
desvincular parcialmente do pensamento neoclássico, ela é meramente teórica não fazendo
sentido do ponto de vista histórico. É verdade que podem existir circunstâncias nas quais o
crescimento do rendimento per capita não envolve essas transformações e não configuram,
portanto, desenvolvimento económico. É bem conhecido o caso de países cuja rendimento per
capita cresce devido à exploração de um recurso natural de que esse país é muito bem-dotado,
mas não há transformações estruturais na economia, referindo-se particularmente de Angola
que tem como maior fonte de renda o petróleo.
No meu parecer não vejo, razão para identificar aumento do rendimento per capita sem aumento
da produtividade como sendo ‘crescimento económico’. Verificando o uso corrente, observo
que desenvolvimento e crescimento económico são expressões geralmente utilizadas como
sinónimas; por outro lado, a medida usual do desenvolvimento económico continua sendo o
aumento do rendimento per capita. Quando há aumento do rendimento per capita, mas a
economia não se transforma porque não aumenta a produtividade de toda ela, mas apenas de
um enclave geralmente de baixo valor adicionado per capita, não ocorre nem desenvolvimento
nem crescimento económico.
Não há consenso que seja possível definir de forma definitiva qual dessas instâncias é a mais
estratégica, nem é possível prever quando a mudança em uma instância provocará mudança na
outra, mas sua interdependência é um fato social indiscutível que torna duvidosa a conveniência
de se distinguir crescimento de desenvolvimento económico.
Furtado (2004), por sua vez, afirma que o “crescimento económico, tal como o conhecemos,
vem se fundando na preservação de privilégios das elites que satisfazem seu afã de
modernização; já o desenvolvimento se caracteriza por seu projeto social subjacente”. Nesse
caso desenvolvimento económico implicaria distribuição. É impossível não ser simpático a
essas proposições. Elas supõem que o aumento dos padrões médios de vida, que sempre ocorre
com o aumento da produtividade ou o ‘desenvolvimento económico’, deva ser acompanhado
pela consecução de outros objetivos políticos: pelo ‘desenvolvimento social’ ou por uma
distribuição de rendimento menos desigual e portanto, mais justa do produto social; pelo
‘desenvolvimento político’ ou por mais liberdade política, por mais democracia; e pelo
‘desenvolvimento sustentável ou proteção mais efetiva do ambiente natural’. Existe, entretanto,
aqui, uma clara confusão de desenvolvimento económico enquanto fenómeno histórico com
desenvolvimento enquanto algo que normativamente aspirarmos. Entre aspas mencionei as
quatro formas de desenvolvimento.
Pode haver crescimento do rendimento per capita sem desenvolvimento económico, mas esse
é um caso raro. Podemos tomar o como exemplo o caso de Angola um país que cresceu bastante,
mas não desenvolveu, esses casos na maioria das vezes têm acontecido com países africanos.
Excluídos esses casos, o desenvolvimento económico sempre se caracterizou por aumento do
rendimento per capita e por melhoria dos padrões de vida; em períodos relativamente curtos
isto pode não ter ocorrido porque o desenvolvimento económico era acompanhado por forte
concentração de rendimento, mas basta que se aumente um pouco o período estudado para que
os salários e o padrão de vida médio da população aumentem e a pobreza diminua.
Este fato não impede que a história económica apresente muitos exemplos de processos de
longo prazo de desenvolvimento económico que não são acompanhados pelo aumento dos
salários proporcional ao aumento da produtividade.
1.4.2. Teorias do crescimento econômico
Existem várias teorias de crescimento económico: a corrente clássica (Adam Smith, David
Ricardo, Thomas Malthus), a corrente Keynesiana (Damodar-Harrod, Kaldor), a corrente neo-
clássica (Solow), crescimento endógeno (Lucas e Romer), entre outras mais recentes.
a) Corrente clássica
b) Corrente keynesiana
c) Corrente neoclássica
O Modelo de Solow cria uma relação entre o PIB per capita, também denominado como
Produto, ou Y nas fórmulas, e o capital físico. Existem duas versões principais deste
modelo: sem progresso técnico e com progresso técnico. Nesta corrente o crescimento é
explicado por uma variável exógena (o resíduo de Solow), e assume sempre que há um limite
máximo ao crescimento, denominado de "steady-state", onde o crescimento real do PIB é igual
ao crescimento da população (o que implica que o PIB per capita se mantenha constante). No
entanto, no modelo de Solow com progresso técnico quando o PIB está no ponto de "steady
state" está a crescer à taxa de crescimento da população somada da taxa de progresso técnico.
Já o PIB per capita cresce à taxa de progresso técnico.
d) Crescimento endógeno
Esta perspectiva despoletou a criação de outros modelos, onde se assume que o conhecimento
é o motor do crescimento endógeno, como o são os modelos de Romer e de Lucas. Estes
modelos foram formulados nos anos 80 e 90. Nestes modelos abre-se espaço à intervenção
estatal, pois o óptimo social é superior ao óptimo privado.
Vários economistas seguiram uma via alternativa para explicar o crescimento económico,
assumindo que o papel das instituições e o passado (path dependenceou dependência da
trajetória) são fundamentais para entender o crescimento e o desenvolvimento. Douglas
North, Nobel da Economia, produziu vários artigos que relacionavam crescimento e mudança
institucional, enquanto que Daron Acemoglu, professor do MIT, criou recentemente
modelos microeconómicos que relacionam o papel das instituições e a distribuição
do poder na sociedade com o crescimento económico. No entanto, esses modelos não são
universalmente aceitos.
2. Fatores do desenvolvimento
Schumpeter (1911) foi o primeiro economista a assinalar esse fato, quando afirmou que o
desenvolvimento económico implica transformações estruturais do sistema económico que o
simples crescimento do rendimento per capita não assegura. Ele usou essa distinção para
salientar a ausência de lucro económico no fluxo circular onde no máximo ocorreria
crescimento, e para mostrar a importância da inovação – ou seja, de investimento com
incorporação do progresso tecnológico – no verdadeiro processo de desenvolvimento
económico.
No período pós Segunda Guerra Mundial, havia uma classificação de países denominados como
países de primeiro mundo (desenvolvidos ou também chamados de ricos), países de segundo
mundo (socialistas) e países de terceiro mundo (subdesenvolvidos ou chamados também de
pobres). Após o fim da Guerra Fria, resultado pela dissolução da União Soviética (URSS),
houve a ascensão do sistema capitalista por quase todo o globo terrestre no final do século XX,
nesse sentido os países foram reclassificados entre desenvolvidos e subdesenvolvidos. Os
chamados países desenvolvidos eram aqueles com maiores índices econômicos, taxas
qualitativas mais avançadas, com desenvolvimento industrial e tecnológico de alto porte e uma
economia
com maior participação dos setores econômicos secundário (indústrias e construção civil) e
terciário (prestação de serviços). Por outro lado os países com economias menores, aqueles que
tinham uma produção mais envolvida ao setor primário da economia (agropecuária e
mineração), foram considerados como subdesenvolvidos.
Os países emergentes são responsáveis por aproximadamente 50% do PIB (Produto Interno
Bruto) do mundo, ou seja, metade da produção econômica gerada no globo é responsabilidade
desses países que estão em constante crescimento econômico.
emergentes para tomadas de decisões econômicas, como o G20, Grupo dos 20 países com maior
economia, que é formado por países desenvolvidos e emergentes. Desde 2008 depois da crise
imobiliária que eclodiu nos Estados Unidos e se alastrou a diversos países do mundo, tem como
intuito a estabilidade econômica de seus membros, contando com a participação de ministros
de finanças, presidentes de bancos e chefes de estados nacionais,que se reúnem para discutir
principalmente assuntos de caráter econômico.
A industria transformadora, que representa 13% do PIB, contraiu-se pela primeira vez desde
1994. A contracção foi sentida em todos os três subsectores: manufactura, construção e energia.
Outrora um catalisador-chave da economia, com um crescimento anual médio de 8% desde
o início da década, o sector da construção tem vindo a vacilar, à medida que os investimentos
públicos e privados foram diminuindo. A geração de energia hidroeléctrica também sofreu uma
queda, tendo sido afectada pelos baixos níveis dos reservatórios de água. Por último, as
indústrias de manufacturaessenciais,entreasquaisseincluemas de processamento de alimentos,
debatem-se para manterem os seus níveis de produção, considerando o custo elevado do crédito,
a diminuição da procura e o baixo nível de competitividade relativamente às importações,
enquanto a taxa de câmbio real tem vindo a aumentar.
Apesar de a auditoria ter criado uma oportunidade para Moçambique restaurar a confiança e
apoiar a recuperação económica através de um maior nível de transparência e
responsabilização, o país ficou aquém desta meta, devido à existência de lacunas no relatório
associadas a informações importantes. Após a sua conclusão, em Maio de 2017, uma
constatação-chave do relatório foi a de que as três empresas (EMATUM, Proindicus e MAM)
nunca estiveram plenamente operacionais e não geraram nenhumas receitas significativas.
O relatório de auditoria também constatou que os montantes emprestados nunca foram pagos
directamente às empresas, tendo sido, em vez disso, pagos por transferência directa para várias
contas pertencentes aos principais empreiteiros das mesmas. Foram fornecidas informações
incompletas às entidades responsáveis pela investigação por parte de vários intervenientes
envolvidos, o que resultou em questões pendentes quanto à utilização dos valores emprestados,
entre outras. Consequentemente, o sentimento de confiança por parte dos doadores e
investidores continua a ser reduzido, e Moçambique não tem sido capaz de chegar a acordo
com o Fundo Monetário Internacional quanto à elaboração de um programa. O resultado
inadequado da auditoria traduziu-se na estagnação das negociações de reestruturação da dívida
com os credores, bem como da recuperação económica, contribuindo para a sequência de
eventos que estão agora a posicionar Moçambique num caminho de crescimento mais reduzido.
5. Conclusão
Banco Mundial (vários anos), "World Development Indicators", Banco Mundial: Washington
DC.
Banco Mundial, (2017), "Commodity Markets Outlook – October 2017", Banco Mundial:
Washington DC.
GIL, António Carlos, Como Elaborar Projectos de Pesquisa Social, 4ª ed., Editora Atlas, São
Paulo, 2002.
Solow, R. M. (1956). “A contribution to the theory of economic growth”. The quarterly journal
of.