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1º ano
Trabalho de campo
Tema: A Análise das Desigualdades Sociais e as Funções de Estado nos Países em Vias
de Desenvolvimento
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização 1.0
(indicação clara do
Introdução problema)
Descrição dos 1.0
objectivos
1. Introdução
Falar sobre desigualdades sociais implica antes de mais a sua correcta definição desta
entanto que conceito, uma vez que esta pode ser vista em diferentes dimensões, o que
dificulta ainda mais a sua conceptualização. Em geral devemos perceber que a
desigualdade social não se refere a uma simples diferença entre indivíduos, uma vez que
certas diferenças entre indivíduos de uma sociedade podem se mostrar irrelevantes em
termos sociológicos, visto que elas podem não influenciar de modo algum as posições
sociais que estes ocupam na estrutura da sociedade. Assim, para se falar de
desigualdades sociais no sentido sociológico é necessário que tais diferenças entre
indivíduos impliquem de algum modo desigual acesso aos bens, serviços e
oportunidades, e que cuja causa explicativa se encontre nos mecanismos da própria
sociedade. 1
Portanto, o presente trabalho de revisão Bibliográfica, tem como objectivo fazer uma
Análise das Desigualdades Sociais e as Funções de Estado nos Países em Vias de
Desenvolvimento.
___________________
1
Módulo de Sociologia Geral, pag.33, UCM
1
1.1. Objectivos
Geral
Específicos
1.2.Metodologia
1.3.CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA
Ferreira, idem: 325). Numa perspectiva semelhante, Anthony Giddens olha esta como
“um conjunto de desigualdades estruturadas entre diferentes grupos de indivíduos.”
(Giddens, 1993: 212; op cit. In: Ferreira, ibidem).
Olhando para estas abordagens destes autores pode-se então perceber que é a sociedade
quem cria e estabelece esta e por conseguinte ela não seria algo natural. Assim, pode-se
definir então a desigualdade social como sendo uma diferença socialmente criada e
condicionada aos bens e serviços, ou seja, aos recursos dentro de uma sociedade.
2
Quer isto dizer que a possibilidade dos indivíduos dentro de uma sociedade poderem ter
mais ou menos riqueza, ocuparem posições de direcção e chefia, etc., é por vezes já
condicionada pela própria sociedade. Ela pode ser analisada tanto sob ponto de vista
individualista (centrada no sujeito) e colectivista (ao nível do grupo).
1.3.2. O Estado
Salienta Giorgio Del Vecchio que o Estado é “a unidade de um sistema jurídico que tem
em si mesmo o próprio centro autónomo e que é possuidor da suprema qualidade de
pessoa” . Hely Lopes Meirelles compila várias noções de Estado, afirmando, com
fundamento em vários doutrinadores, que o Estado pode ser conceituado, analisando-se
aspectos sociológicos, políticos, jurídicos, entre outros. Sob o aspecto sociológico,
Estado pode ser definido como “corporação territorial dotada de um poder de mando
originário (Jellinek)”; sob o prisma político, o Estado “é comunidade de homens, fixada
sobre um território, com potestade superior de acção, de mando e de coerção
(Malberg)”; constitucionalmente, o Estado “é pessoa jurídica territorial soberana
(Biscaretti di Ruffia)
2
Módulo de Sociologia Geral, pag.34, UCM
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CAPÍTULO - II
2. DESENVOLVIMENTO DO TEMA
De acordo com a análise que Karl Marx (1818-1883) faz da sociedade do seu tempo, a
base do poder e das desigualdades sociais das sociedades industriais capitalistas reside
na propriedade privada dos “meios de produção” (capitais, terras, matérias-primas,
ferramentas e equipamentos). Compreenderemos melhor esta tese se precisarmos alguns
aspectos da análise que este autor faz da sociedade industrial do século XIX. Assim, é
importante reter os seguintes aspectos da abordagem que Karl Marx apresenta:3
- Todas as sociedades devem ser analisadas sob o ponto de vista da sua actividade
produtiva, nomeadamente pelo conjunto das relações sociais que se estabelecem entre
os indivíduos envolvidos no processo produtivo. De facto, Marx entende que é no
trabalho e na actividade económica que o homem define a essência da sua existência.
- Ao entender que todas as sociedades se edificam com base na divisão entre duas
classes antagónicas, o modelo de classes que Marx expõe é dicotómico e pressupõe
relações conflituais.
O Estado
Para Marx e Engels, o Estado é a ordem jurídica e política que regula um sistema de
dominação: do homem pelo homem, segundo Weber, de uma classe por outra.
____________________
3
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4494/1/workingpaper.pdf
5
O Estado é o lugar institucionalizado para tratar da gestão e da vida em sociedade.
Constitui-se num poder central, supremo e soberano em sua trajectória histórica.
O que se entende por funções do Estado são os diversos meios que o Estado utiliza para
atingir, de forma eficiente, seus fins. Estes, que demandariam um estudo apartado,
podem ser entendidos, em apertadíssima síntese, como sendo o bem comum da
sociedade. 4
Para que existe o Estado? Quais são as necessidades fundamentais de que a sociedade
sente e se propõe satisfazer? Estas são algumas das perguntas que podem ser colocadas
por quem reflecte o fenómeno Estado.
Diz Marcelo Caetano “desde que o poder político garanta a segurança na sociedade,
mantenha a justiça nas relações sociais e olhe pelo bem estar, em harmonia com as
concepções e os meios técnicos da época, está realizada a ordem. Isto é, cada membro
da comunidade, seja indivíduo ou grupo, ocupará o seu lugar próprio correspondendo
a uma função no todo sem prejuízo das finalidades e actividades particulares de cada
um5 ”. Encontramos neste trecho os três fins do Estado, nomeadamente: a segurança, a
justiça e o bem estar da comunidade.
Desta forma, as funções do Estado são o meio utilizado por este para atingir seu fim
genérico: o bem comum da sociedade. Assim, as funções são as actividades do Estado
destinadas ao atingimento de seus fins. Nos dizeres de autorizada doutrina:
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4
JELLINEK, Georg. Teoría General del Estado.
5
MANUEL, Hermínio Torres – Sebenta de lições de Direito Constitucional. 2002/2003
6
Montesquieu tem como Obra “O Espírito das Leis (1748) – Foi discípulo de John
Locke cuja obra conhecia com profundidade
7
CAETANO, Marcello. Manual de Ciência Política e Direito Constitucional. Tomo I.
Coimbra: Almedina, 6ª ed., 2010. Primeira publicação em 1955. Pg. 148.
7
na promoção da democracia e na participação dos cidadãos na vida política” – (n° 1
do art. 34o ).
Somos seres políticos, dizia Aristóteles, e se queremos algo melhor, uma política
melhor e mais racional, temos que fazer o diferente, levar novas ideias para a política.
Portanto, se organizar para decidir no colectivo, participar das decisões sobre os rumos
de um país, cidade ou estado é o caminho para construir uma sociedade mais justa,
igualitária, participativa, democrática e politizada.
Penso eu que a sociedade civil, nesta Constituição de 1990, foi bem referenciada como
um do actores do desenvolvimento da democracia neste Estado de Moçambique. Assim,
podemos ver na CRM no que diz respeito a princípios gerais , cfr: artigo 34 nº1 “as
organizações sociais como forma de associação dos cidadãos com afinidades e
interesses próprios desempenham um papel importante na promoção da democracia e
na participação dos cidadãos na vida política”, e no seu nº 2: “As organizações
sociais contribuem para a realização dos direitos e liberdades dos cidadãos bem como
para elevação da consciência individual e colectiva no cumprimento dos deveres
cívicos”.
8
nosso País. Do mesmo modo as associações contribuem para educação jurídica das
comunidades com vista ao respeito dos direitos do cidadão para o cidadão e do cidadão
para os seus responsáveis, elevando-se assim a consciência para o cumprimento dos
seus deveres cívicos.
Vieira (2005, p.2), ao citar que Sistema é o “conjunto de partes coordenadas (articuladas
entre si) com vista à consecução de objectivos bem determinados”, e que Controle
Interno é o “conjunto de recursos, métodos e processos, adoestados pelas próprias
gerências do sector público, com vista a impedir o erro, a fraude e a ineficiência”
Outro aspecto que demanda a existência de controles internos eficientes na área publica
está relacionado à legalidade de suas acções, pois, enquanto um empresário pode agir a
seu belo prazer, desde que não desobedeça à legislação, na administração pública
somente pode ser feito aquilo que a lei autoriza, e deve ser feito tudo o que a legislação
estabelece. Além desses, existem outros vários objectivos dos controles internos, que
envolvem a busca da eficiência, mediante a garantida de obtenção de resultados através
do cumprimento de planos, metas e orçamentos, a segurança e qualidade da informação,
a proteção do património publico, etc.8
________________
8
https://auditoriaoperacional.com.br/a-importancia-do-controle-interno-nas-
organizacoes-publicas/
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CAPÍTULO - III
3.Considerações finais
Os aspectos mais simples para constatarmos que os homens são diferentes são: físicos
ou sociais. Constatamos isso em nossa sociedade pois nela existem indivíduos que
vivem em absoluta miséria e outros que vivem em mansões rodeados de coisas luxuosas
e com mesa muito farta todos os dias enquanto outros não sequer o que comer durante o
dia. Por isso vemos que em cada sociedade existem essas desigualdades, elas assumem
feições distintas porque são constituídas de um conjunto de elementos económicos,
políticos e culturais próprios de cada sociedade.
Em suma, a ideia de Estado que temos até hoje surgiu, assim, para regular a vida dos
indivíduos e estabelecer as relações e o modo de organização entre o povo, titular do
poder do Estado, e o Estado, detentor do poder para exercer suas atribuições.
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4.Referências Bibliográficas
DEL VECCHIO, Giorgio, apud DALLARI, Dalmo de Abreu, Elementos de teoria geral
do estado. 20 ed. atual. São Paulo: Saraiva, 1998, p. 117.
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4494/1/workingpaper.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Forma_de_governo
https://auditoriaoperacional.com.br/a-importancia-do-controle-interno-nas-
organizacoes-publicas
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 19 ed. atual. São Paulo:
Malheiros, 1994, p. 56
MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. São Paulo: Martins Fontes, 1996. Trad. Cristina
Murachco. Título original: L’Esprit des Lois. Primeira publicação: 1748.
Montesquieu tem como Obra “O Espírito das Leis (1748) – Foi discípulo de John Locke
cuja obra conhecia com profundidade
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Legislação
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