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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

1º ano

Trabalho de campo

Tema: A Análise das Desigualdades Sociais e as Funções de Estado nos Países em Vias
de Desenvolvimento

Discente: Hamina Salimo Gumende Uahele Código: 708224931

O/A Tutor/a: Telma Nhantumbo

Curso: Licenciatura em Administração Pública

Disciplina։ Sociologia Geral – Código: A0017

Maputo, Junho de 2022


Categorias Indicadores Padrões Classificação

Pontuação Nota Subtotal


máxima do
Tutor

Estrutura Aspectos  Capa 0.5


Organizacionais
 Índice 0.5

 Introdução 0.5

 Discussão 0.5

 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

 Contextualização 1.0
(indicação clara do
Introdução problema)
 Descrição dos 1.0
objectivos

 Metodologia adequada 2.0


ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio 2.0
do discurso académico
(expressão escrita
cuidada,
coerência/coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão bibliográfica 2.0
nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0

Conteúdo Conclusão  Contributos teóricos 2.0


práticos

 Paginação, tipo e 1.0


tamanho de letra,
paragrafo,
espaçamento entre
Aspectos Formatação
linhas
gerais

Referencias Normas APA 6ª  Rigor e coerência das 4.0


Bibliográficas edição em citações/ referências
citações e bibliográficas
bibliografia
ÍNDICE
CAPÍTULO - I...............................................................................................................................1
1.
Introdução 1

1.1 Objectivos (Geral, Específicos).................................................................................................2


1.2.Metodologia...............................................................................................................................2
1.3.CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA.....................................................................................2
1.3.1. Desigualdades Sociais...........................................................................................................2
1.3.1.1.Tipos de Desigualdades Sociais...........................................................................................3
1.3.2. O Estado.................................................................................................................................3
CAPÍTULO - II..............................................................................................................................4
2.DESENVOLVIMENTO DO TEMA............................................................................................4
2.1.O Poder e Desigualdade Social..................................................................................................4
2.1.1.O poder e as desigualdades sociais na perspectiva de Karl Marx..........................................4
2.2. O Estado e Suas Funções..........................................................................................................5
2.3.Formas do Governo no País.......................................................................................................7
2.3.1. O caso moçambicano.............................................................................................................7
2.4.A importância da participação política......................................................................................8
2.5.Eficiência dos controles.............................................................................................................9
CAPÍTULO - III..........................................................................................................................10
3.Considerações Finais..................................................................................................................10
4.Referências Bibliográficas..........................................................................................................11
CAPÍTULO - I

1. Introdução

Falar sobre desigualdades sociais implica antes de mais a sua correcta definição desta
entanto que conceito, uma vez que esta pode ser vista em diferentes dimensões, o que
dificulta ainda mais a sua conceptualização. Em geral devemos perceber que a
desigualdade social não se refere a uma simples diferença entre indivíduos, uma vez que
certas diferenças entre indivíduos de uma sociedade podem se mostrar irrelevantes em
termos sociológicos, visto que elas podem não influenciar de modo algum as posições
sociais que estes ocupam na estrutura da sociedade. Assim, para se falar de
desigualdades sociais no sentido sociológico é necessário que tais diferenças entre
indivíduos impliquem de algum modo desigual acesso aos bens, serviços e
oportunidades, e que cuja causa explicativa se encontre nos mecanismos da própria
sociedade. 1

A Sociedade humana, desde os primórdios, procurou organizar-se de uma forma


diferenciada, mas com o objectivo último de realizar eficazmente e de uma maneira
concertada as necessidades da colectividade.

Modernamente, os povos estão mais avançados no seu modo organizacional,


proclamando Estados independentes, institucionalizam um poder – poder político –
como instrumento orgânico de regulamentação e realização das aspirações colectivas.

O Estado, portanto, consubstancia o modelo de organização mais avançado da


sociedade humana e é resultado de um longo processo de aprendizagem do homem com
vista ao perfeiçoamento da sua vida em sociedade

Portanto, o presente trabalho de revisão Bibliográfica, tem como objectivo fazer uma
Análise das Desigualdades Sociais e as Funções de Estado nos Países em Vias de
Desenvolvimento.

___________________
1
Módulo de Sociologia Geral, pag.33, UCM
1
1.1. Objectivos

Geral

 Conhecer as Desigualdades Sociais e as Funções de Estado nos Países em Vias de


Desenvolvimento

Específicos

 Definir o conceito de desigualdade social;


 Identificar os tipos de desigualdades sociais;
 Ter noção de Estado e suas funções, formas do governo em Moçambique,
importância da participação politica e eficiência de controles.

1.2.Metodologia

O presente trabalho é meramente de revisão bibliográfica de informação obtida a partir


de fontes escritas, obtidas de livros físicos e virtuais, seguida de uma minuciosa
compilação, usando os meios informáticos disponíveis.

1.3.CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

1.3.1. Desigualdades Sociais

Na literatura a desigualdade social tem diferentes asserções, dependendo do ponto de


vista de cada autor. Por exemplo, Roger Girod diz que desigualdade social “consiste na
repartição não uniforme, na população de um país ou de uma região, de todos os tipos
de vantagens e desvantagens sobre as quais a sociedade exerce uma qualquer
influência.” (Girod, 1984: 3; op cit. In:

Ferreira, idem: 325). Numa perspectiva semelhante, Anthony Giddens olha esta como
“um conjunto de desigualdades estruturadas entre diferentes grupos de indivíduos.”
(Giddens, 1993: 212; op cit. In: Ferreira, ibidem).

Olhando para estas abordagens destes autores pode-se então perceber que é a sociedade
quem cria e estabelece esta e por conseguinte ela não seria algo natural. Assim, pode-se
definir então a desigualdade social como sendo uma diferença socialmente criada e
condicionada aos bens e serviços, ou seja, aos recursos dentro de uma sociedade.

2
Quer isto dizer que a possibilidade dos indivíduos dentro de uma sociedade poderem ter
mais ou menos riqueza, ocuparem posições de direcção e chefia, etc., é por vezes já
condicionada pela própria sociedade. Ela pode ser analisada tanto sob ponto de vista
individualista (centrada no sujeito) e colectivista (ao nível do grupo).

1.3.1.1.Tipos de Desigualdades Sociais

As desigualdades sociais podem ser analisadas olhando para as tipologias que a


constituem em diferentes tipos, podendo estas ser as desigualdades Socioeconómicas
em que o aspecto desigualitário entre indivíduos ou grupos tem a ver com o acesso que
estes tem aos bens e serviços na sociedade, que é condicionado pela riqueza,
rendimentos e bem como o nível de vida.

Também encontramos as desigualdades Socioprofissionais que tem a ver com o tipo de


profissão que os sujeitos desempenham, posição destes perante a propriedade (ser dono
ou trabalhador), poder de decisão na empresa, diferença de nível de escolaridade e
qualificação profissional. Podemos identificar outro tipo de desigualdades que escapa a
esta lógica económica e profissional que é a de Género que está directamente ligada ao
facto dos indivíduos pertencerem a determinado sexo biológico que tanto pode ser
masculino ou feminino.2

1.3.2. O Estado

Salienta Giorgio Del Vecchio que o Estado é “a unidade de um sistema jurídico que tem
em si mesmo o próprio centro autónomo e que é possuidor da suprema qualidade de
pessoa” . Hely Lopes Meirelles compila várias noções de Estado, afirmando, com
fundamento em vários doutrinadores, que o Estado pode ser conceituado, analisando-se
aspectos sociológicos, políticos, jurídicos, entre outros. Sob o aspecto sociológico,
Estado pode ser definido como “corporação territorial dotada de um poder de mando
originário (Jellinek)”; sob o prisma político, o Estado “é comunidade de homens, fixada
sobre um território, com potestade superior de acção, de mando e de coerção
(Malberg)”; constitucionalmente, o Estado “é pessoa jurídica territorial soberana
(Biscaretti di Ruffia)

2
Módulo de Sociologia Geral, pag.34, UCM
3
CAPÍTULO - II

2. DESENVOLVIMENTO DO TEMA

2.1.O Poder e Desigualdade Social

2.1.1.O poder e as desigualdades sociais na perspectiva de Karl Marx

De acordo com a análise que Karl Marx (1818-1883) faz da sociedade do seu tempo, a
base do poder e das desigualdades sociais das sociedades industriais capitalistas reside
na propriedade privada dos “meios de produção” (capitais, terras, matérias-primas,
ferramentas e equipamentos). Compreenderemos melhor esta tese se precisarmos alguns
aspectos da análise que este autor faz da sociedade industrial do século XIX. Assim, é
importante reter os seguintes aspectos da abordagem que Karl Marx apresenta:3

- Todas as sociedades devem ser analisadas sob o ponto de vista da sua actividade
produtiva, nomeadamente pelo conjunto das relações sociais que se estabelecem entre
os indivíduos envolvidos no processo produtivo. De facto, Marx entende que é no
trabalho e na actividade económica que o homem define a essência da sua existência.

- Em todas as sociedades podemos distinguir a base económica – a infraestrutura


(formada pelas forças de produção e relações de produção); e a superstrutura (o nível
jurídico, político e ideológico que forma o conjunto das ideias dominantes). O
materialismo é uma posição filosófica que faz depender as ideias dominantes de uma
sociedade da sua base económica.

- Na sequência da perspectiva “materialista” das relações humanas e da sociedade


revelada pelo autor, procede-se a uma distinção entre as “forças produtivas” (formadas
pelos meios de produção, juntamente com os métodos e técnicas de produção e os
próprios trabalhadores com a sua força de trabalho) e as “relações de produção” (que
resultam do regime de propriedade dos meios de produção e das formas de repartição
dos produtos).

- O traço essencial que caracteriza a sociedade moderna é o capitalismo, entendido


como um sistema económico e social baseado na propriedade privada dos meios de
produção e de troca, que se caracteriza igualmente pelo domínio da procura da “mais-
valia” (quantidade de valor produzido pelo trabalhador além do tempo de trabalho
4
necessário à produção de valor equivalente ao que o mesmo trabalhador recebeu em
salário). Desta síntese dos traços fundamentais da visão de Karl Marx sobre
a sociedade capitalista industrial emergem alguns aspectos que clarificam o modo como
o autor concebe as relações de poder, as desigualdades e as classes sociais. Como refere
Anthony Giddens, “Segundo Marx, as classes surgem quando as relações de produção
implicam uma divisão diferenciada do trabalho, divisão essa que permite a acumulação
de excedentes de produção que podem ser apropriados por uma minoria, a qual se
coloca assim face à massa dos produtores numa relação de exploração” (Giddens,
1990: 70).

- Karl Marx faz ancorar a desigual distribuição de poder e a correspondente hierarquia


social na posição que os indivíduos ocupam frente à propriedade privada dos meios de
produção. A posse de propriedade caracterizava a burguesia (classe dominante) e a
ausência de propriedade (com excepção da sua própria força de trabalho) caracterizava
o proletariado (classe dominada).

- Ao entender que todas as sociedades se edificam com base na divisão entre duas
classes antagónicas, o modelo de classes que Marx expõe é dicotómico e pressupõe
relações conflituais.

- Na perspectiva do autor, a história de todas as sociedades é a história da luta de


classes: dos conflitos entre as classes que são proprietárias e as classes que não têm
propriedade.

Em suma, de acordo com Karl Marx, as formas de poder e as desigualdades sociais


estruturam-se pela esfera económica, pelo que as classes sociais serão conjuntos de
agentes sociais determinados pelo seu lugar no processo de produção.

2.2. O Estado e Suas Funções

O Estado

Para Marx e Engels, o Estado é a ordem jurídica e política que regula um sistema de
dominação: do homem pelo homem, segundo Weber, de uma classe por outra.
____________________
3
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4494/1/workingpaper.pdf
5
O Estado é o lugar institucionalizado para tratar da gestão e da vida em sociedade.
Constitui-se num poder central, supremo e soberano em sua trajectória histórica.

O que se entende por funções do Estado são os diversos meios que o Estado utiliza para
atingir, de forma eficiente, seus fins. Estes, que demandariam um estudo apartado,
podem ser entendidos, em apertadíssima síntese, como sendo o bem comum da
sociedade. 4

Para que existe o Estado? Quais são as necessidades fundamentais de que a sociedade
sente e se propõe satisfazer? Estas são algumas das perguntas que podem ser colocadas
por quem reflecte o fenómeno Estado.

Diz Marcelo Caetano “desde que o poder político garanta a segurança na sociedade,
mantenha a justiça nas relações sociais e olhe pelo bem estar, em harmonia com as
concepções e os meios técnicos da época, está realizada a ordem. Isto é, cada membro
da comunidade, seja indivíduo ou grupo, ocupará o seu lugar próprio correspondendo
a uma função no todo sem prejuízo das finalidades e actividades particulares de cada
um5 ”. Encontramos neste trecho os três fins do Estado, nomeadamente: a segurança, a
justiça e o bem estar da comunidade.

O Estado, para atingir os fins que se propõe, necessita de desenvolver um conjunto de


actividades a que chamamos de funções do Estado. Não existe consenso quanto ao
modo de classificar as funções do Estado. Contudo, levemos a oponhais da maioria dos
autores que baseando-se na divisão tradicional dos poderes do Estado, segundo
Montesquieu6 , fazem corresponder cada poder a uma função, considerando existir três
funções do Estado: a função legislativa ( fazer as leis do Estado) , executiva (executar
as resoluções públicas) e judicial (julgar os crimes e os diferentes entre os indivíduos).

Desta forma, as funções do Estado são o meio utilizado por este para atingir seu fim
genérico: o bem comum da sociedade. Assim, as funções são as actividades do Estado
destinadas ao atingimento de seus fins. Nos dizeres de autorizada doutrina:

O Estado tem a sua razão de ser na necessidade de realização permanente de


certos fins essenciais da colectividade política. Esses fins não são alcançados
pela mera existência do Estado: exigem ação contínua e por isso o Estado tem
6
de desenvolver certas actividades úteis, de modo sucessivo e por tempo
indefinido, para corresponder aos seus fins, atividades a que se chama
funções.7

2.3.Formas do Governo no País

Em ciência política, chama-se forma de governo (ou sistema político) o conjunto de


instituições políticas por meio das quais um Estado se organiza a fim de exercer o seu
poder sobre a sociedade. Tais instituições têm por objectivo regular a disputa pelo poder
político e o seu respectivo exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que o
detêm (a autoridade) com os demais membros da sociedade (os administrados).
( https://pt.wikipedia.org/wiki/Forma_de_governo)

2.3.1. O caso moçambicano

Moçambique adoptou e consagrou o regime democrático, onde a totalidade da


população com maioridade política pode participar no exercício do poder político.

Na Constituição, define-se Moçambique como Estado independente e democrático onde


a soberania reside no povo, sendo este quem a exerce segundo as formas fixadas na
própria Constituição – (Cfr. artigos 1o, 2o, 30o, 107o).

O exercício da democracia, isto é, do poder político em Moçambique, consiste no


direito e dever pessoal de que todos os maiores de 18 anos de idade têm de participar
no processo de ampliação e consolidação da democracia, em todos os níveis da
sociedade e do Estado (art. 73o) – (sistema democrático).

Reconhece-se na constituição que “as organizações sociais, como formas de associação


de cidadãos com afinidades e interesses próprios, desempenham um papel importante

______________________
4
JELLINEK, Georg. Teoría General del Estado.
5
MANUEL, Hermínio Torres – Sebenta de lições de Direito Constitucional. 2002/2003
6
Montesquieu tem como Obra “O Espírito das Leis (1748) – Foi discípulo de John
Locke cuja obra conhecia com profundidade
7
CAETANO, Marcello. Manual de Ciência Política e Direito Constitucional. Tomo I.
Coimbra: Almedina, 6ª ed., 2010. Primeira publicação em 1955. Pg. 148.

7
na promoção da democracia e na participação dos cidadãos na vida política” – (n° 1
do art. 34o ).

O Regime democrático consagrado em Moçambique tem como pilar característico


universal o princípio de separação de poderes. A institucionalização dos órgãos de
soberania – Presidente da República, Assembleia da República, Conselho de Ministros,
Tribunais e Conselho Constitucional – suscita um entendimento segundo o qual,
tratando-se de soberanos (poder que não tem igual na ordem interna) não existe
nenhuma relação de hierarquia, mas apenas de coordenação. Isto é, nenhum dos órgãos
soberanos (art. 109o) depende formalmente do outro; são iguais e na sua função
estabelecem relações de coordenação para a realização dos fins a que o corpo social
como um todo se propõe.

2.4.A importância da participação política

Somos seres políticos, dizia Aristóteles, e se queremos algo melhor, uma política
melhor e mais racional, temos que fazer o diferente, levar novas ideias para a política.
Portanto, se organizar para decidir no colectivo, participar das decisões sobre os rumos
de um país, cidade ou estado é o caminho para construir uma sociedade mais justa,
igualitária, participativa, democrática e politizada.

Penso eu que a sociedade civil, nesta Constituição de 1990, foi bem referenciada como
um do actores do desenvolvimento da democracia neste Estado de Moçambique. Assim,
podemos ver na CRM no que diz respeito a princípios gerais , cfr: artigo 34 nº1 “as
organizações sociais como forma de associação dos cidadãos com afinidades e
interesses próprios desempenham um papel importante na promoção da democracia e
na participação dos cidadãos na vida política”, e no seu nº 2: “As organizações
sociais contribuem para a realização dos direitos e liberdades dos cidadãos bem como
para elevação da consciência individual e colectiva no cumprimento dos deveres
cívicos”.

Apercebemo-nos, neste dispositivo legal, que as organizações sociais não só


desempenham um papel importante no desenvolvimento do País em todas esferas da
vida social, como também para promoção e consolidação da democracia latente no

8
nosso País. Do mesmo modo as associações contribuem para educação jurídica das
comunidades com vista ao respeito dos direitos do cidadão para o cidadão e do cidadão
para os seus responsáveis, elevando-se assim a consciência para o cumprimento dos
seus deveres cívicos.

2.5.Eficiência dos controles

Vieira (2005, p.2), ao citar que Sistema é o “conjunto de partes coordenadas (articuladas
entre si) com vista à consecução de objectivos bem determinados”, e que Controle
Interno é o “conjunto de recursos, métodos e processos, adoestados pelas próprias
gerências do sector público, com vista a impedir o erro, a fraude e a ineficiência”

Um controle interno adequado é aquele estruturado pela administração e que possa


propiciar uma razoável margem de garantia que os objectivos e metas serão atingidos de
maneira eficaz, eficiente e com a necessária economicidade.

Além desses aspectos, o simples fato de as instituições governamentais serem movidas


com recursos públicos, ou seja, provenientes da arrecadação de impostos, já obriga os
seus gestores a exercer um efectivo controle sobre a adequada aplicação de tais
recursos. Enquanto que numa organização empresarial os eventuais prejuízos ficam
restritos a seus investidores, nas organizações públicas a má aplicação ou desperdício de
recursos prejudica toda a população.

Outro aspecto que demanda a existência de controles internos eficientes na área publica
está relacionado à legalidade de suas acções, pois, enquanto um empresário pode agir a
seu belo prazer, desde que não desobedeça à legislação, na administração pública
somente pode ser feito aquilo que a lei autoriza, e deve ser feito tudo o que a legislação
estabelece. Além desses, existem outros vários objectivos dos controles internos, que
envolvem a busca da eficiência, mediante a garantida de obtenção de resultados através
do cumprimento de planos, metas e orçamentos, a segurança e qualidade da informação,
a proteção do património publico, etc.8

________________

8
https://auditoriaoperacional.com.br/a-importancia-do-controle-interno-nas-
organizacoes-publicas/
9
CAPÍTULO - III

3.Considerações finais

No mundo em que vivemos percebemos que os indivíduos são diferentes, estas


diferenças se baseiam nos seguintes aspectos: coisas materiais, raça, sexo, cultura e
outros.

Os aspectos mais simples para constatarmos que os homens são diferentes são: físicos
ou sociais. Constatamos isso em nossa sociedade pois nela existem indivíduos que
vivem em absoluta miséria e outros que vivem em mansões rodeados de coisas luxuosas
e com mesa muito farta todos os dias enquanto outros não sequer o que comer durante o
dia. Por isso vemos que em cada sociedade existem essas desigualdades, elas assumem
feições distintas porque são constituídas de um conjunto de elementos económicos,
políticos e culturais próprios de cada sociedade.

De acordo com Karl Marx, as formas de poder e as desigualdades sociais estruturam-se


pela esfera económica, pelo que as classes sociais serão conjuntos de agentes sociais
determinados pelo seu lugar no processo de produção.

No que concerne ao Estado, compreender os fenómenos da sociedade e seus reflexos no


Estado constitui tarefa crucial para interpretação dos dilemas que assola a humanidade.
Analisar a formação, organização, estrutura e funcionamento do Estado significa
identificar as principais características da sociedade que serviu de matiz para o
surgimento daquele, uma vez que ambos os conceitos -de sociedade e Estado -estão
directamente interligados.

Em suma, a ideia de Estado que temos até hoje surgiu, assim, para regular a vida dos
indivíduos e estabelecer as relações e o modo de organização entre o povo, titular do
poder do Estado, e o Estado, detentor do poder para exercer suas atribuições.

10
4.Referências Bibliográficas

CAETANO, Marcello. Manual de Ciência Política e Direito Constitucional. Tomo I.


Coimbra: Almedina, 6ª ed., 2010. Primeira publicação em 1955. Pg. 148.

DEL VECCHIO, Giorgio, apud DALLARI, Dalmo de Abreu, Elementos de teoria geral
do estado. 20 ed. atual. São Paulo: Saraiva, 1998, p. 117.

Giddens, Anthony (1990) “As Consequências da Modernidade”, Editora Unesp; 5ª


edição; São Paulo-Brasil

GIDDENS, Anthony (1994) “Capitalismo e a Moderna Teoria Social: Uma Analise


das obras de Marx, Durkheim e Weber”; Editorial Presença.

https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4494/1/workingpaper.pdf

https://pt.wikipedia.org/wiki/Forma_de_governo

https://auditoriaoperacional.com.br/a-importancia-do-controle-interno-nas-
organizacoes-publicas

JELLINEK, Geörg. Apud CARVALHO JÚNIOR, Clóvis. Teoria do Estado: O


pensamento sobre o Estado no século XX, p.21.

JELLINEK, Georg.Teoría General del Estado. Cidade do México: Fondo de Cultura


Económica, 2012. Trad. Fernando de los Rios. Título original: Allgemeine Staatslehre.
Primeira publicação: 1900

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 19 ed. atual. São Paulo:
Malheiros, 1994, p. 56

MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. São Paulo: Martins Fontes, 1996. Trad. Cristina
Murachco. Título original: L’Esprit des Lois. Primeira publicação: 1748.

MANUEL, Hermínio Torres – Sebenta de lições de Direito Constitucional. 2002/2003

Montesquieu tem como Obra “O Espírito das Leis (1748) – Foi discípulo de John Locke
cuja obra conhecia com profundidade

Módulo de Sociologia Geral, UCM

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Legislação

Constituição da Republica de Moçambique (CRM)

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