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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Responsabilidade Social no acto humano

Nome: Raimundo Albino Serrote

Código: 708200023

Curso: Administração Pública

Cadeira: Ética Social


Ano 3º

Turma: E/2

Docente: Neid Machel

Nampula, Julho de 2022


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Introdução  Descrição dos
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Conclusão 2.0
práticos
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gerais paragrafa, espaçamento
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Referências 6ª edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 4

2. Responsabilidade Social no Acto Humano ............................................................................. 5

2.1. Tipos de Responsabilidade Social .................................................................................... 6

2.1.1. Responsabilidade Social Empresarial ....................................................................... 6

2.1.2. Responsabilidade Social Ambiental ......................................................................... 8

2.1.3. Responsabilidade Social e as Organizações ............................................................. 9

2.2. Directriz para Adopção da Responsabilidade Social no Acto Humano ......................... 10

2.2.1. Adoptar valores e trabalhar com transparência ....................................................... 10

2.2.2. Valorizar Empregados e Colaboradores ................................................................. 11

2.2.3. Fazer Sempre mais pelo Meio Ambiente ................................................................ 11

2.2.4. Envolver Parceiros e Fornecedores ......................................................................... 11

2.2.5. Proteger Clientes e Consumidores .......................................................................... 11

2.2.6. Promover sua Comunidade ..................................................................................... 12

2.2.7. Comprometer-se com o Bem Comum .................................................................... 12

2.3. Responsabilidade Social Interna e Externa .................................................................... 12

3. Conclusão .............................................................................................................................. 14

4. Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 15


1. Introdução

O presente trabalho de carácter avaliativo inerente a cadeira de Ética Social tem como ponto de
foco “Responsabilidade Social no acto Humano”. O agir humano na sociedade tem sido um dos
aspectos mais observados na diáspora.

Pois o acto que cada ser comete é amplo julgamento a questões de códigos de conduta social. A
ética, é a ciência que estuda os costumes e os hábitos que os seres humanos tomam no seu dia-a-
dia, num meio social quer seja numa empresa privada como pública, quer seja mesmos com os
integrantes sociais (Salvador, s/a).

Passo (2012) afirma que com a exigência de uma maneira melhor de o ser humano se lidar com o
seu próximo vem ai a necessidade que esses sejam dotados de responsabilidade social, para que
os valores éticos e morais tenham o seu vigor no meio social.

Para Coelho (2014), a responsabilidade social é o compromisso que um grupo singular ou


colectivo (empresa) tem com a sociedade, sendo importante a aplicação de um comportamento
ético e transparência das actividades e condutas no seio social, levando assim que tanto o grupo
singular como colectivo se comprometam nas causas que elas emitam a sociedade, quer seja boa,
quer seja má.

O presente trabalho, tem com o objectivo, abordar sobre a responsabilidade social, através de
aspectos relacionados a descrição da ética social, responsabilidade social, através de uma
pesquisa em artigos bibliográficos (livros e artigos) e comentários do autor. Falando das
metodologias usadas para a realização do trabalho foi a de revisão Bibliográfica, e durante a
realização do trabalho foram encontradas algumas dificuldades não muito importantes, que é o
escasso de informações pois sendo temas mais falados actualmente escassez de informações é
sólida.
2. Responsabilidade Social no Acto Humano

Para melhor compreensão sobre a responsabilidade social, é necessário saber em primeiro lugar o
que é responsabilidade, e segundo Salvador (s/a), é a propriedade recíproca no sujeito moral
através da qual se deve sentir a causa ou autor do acto moral, ou seja, é o acto de responder a
causa e a consequência dos actos cometidos. Esta relacionada com as obrigações pessoais que o
homem deve assumir para cumprir.

A responsabilidade social é uma característica importante a se notar nos dias de hoje, pois na
maioria das vezes, principalmente no ramo empresarial, isto é, nos dias de hoje, a
consciencialização da responsabilidade tem sido um factor importante para a relação saudável
nos negócios, entre a empresa, a sociedade e os clientes (Coelho, 2014).

Assim, nota-se que a responsabilidade social é capacidade que uma pessoa, empresa, em
respeitar as normas impostas a estas de modo que garantam um equilíbrio social. E de acordo
com Coelho (2014) a responsabilidade social pressupõe uma actuação eficaz nas empresas com
todos intervenientes da empresa, quer seja internos ou externos através da aplicação de normas
éticas sociais, na responsabilização dos impactos socio-ambientais que a empresa pode causar,
deste modo a responsabilidade social está ligada estritamente com o tipo de relacionamento com
todos os intervenientes, e a natureza deste relacionamento depende, das políticas, valores, cultura
e a visão estratégica da empresa de modo a atender as expectativas (Coelho, 2014).

Para Ponchirolli (2012), as empresas podem oferecer melhor produto ou serviço imaginável para
os seus consumidores e clientes sem ferir a sua relação com a sociedade, visto que na adopção da
responsabilidade social, a empresa efectua a sua actividade de modo que haja uma equidade da
satisfação social, isto é, entre a empresa e a sociedade.

Para Matundulo. (2017), a responsabilidade social é a forma de como as entidades tanto públicas
quanto privadas tem adoptados para melhor tomada de decisão, através de atribuições de valores
éticos que garantam melhor relação social entre a empresa e a sociedade (ou clientes), tornando-
se como uma estratégia de competitividade entre as empresas.

Outro aspecto importante a destacar sobre a responsabilidade social, é o facto de que da


apreciação de alguns fenómenos como:
 O zelo da verdade;
 Atenção positiva dos sinais do tempo;
 Consciência dos próprios limites;
 Superação de anquilose moral.

E importa abordar com mais ênfase para: Consciência dos próprios limites, que estão
relacionados a ser responsável e não ser orgulhoso, no que diz respeito as suas obrigações
(Passos, 2012).

A responsabilidade implica compromisso com a humanidade, respeitando os direitos humanos,


justiça, dignidade; e com o planeta, comportando-se de forma responsável e comprometida com
a sustentabilidade de toda a rede da vida (Passos, 2012).

2.1.Tipos de Responsabilidade Social

A Responsabilidade social corporativa representa o compromisso contínuo da empresa com seu


comportamento ético e com o desenvolvimento económico. Para isso, promove, ao mesmo
tempo, a melhoria da qualidade de vida de sua força de trabalho e de suas famílias, da
comunidade local e da sociedade. No geral, cria estratégias e acções directamente relacionadas
ao seu ambiente de negócios (FIA, 2019).

Para Coelho (2014), a responsabilidade social corporativa é o conjunto amplo de acções que
beneficiam a sociedade e as corporações que são tomadas pelas empresas, levando em
consideração a economia, educação, meio ambiente, saúde, transporte, moradia, actividades
locais e governo, essas acções optimizam ou criam programas sociais, trazendo benefício mútuo
entre a empresa e a comunidade, melhorando a qualidade de vida dos funcionários, quanto da sua
actuação da empresa e da própria população.

2.1.1. Responsabilidade Social Empresarial

Morreira (2002) afirma que a maneira como as empresas realizam seus negócios define sua
maior ou menor Responsabilidade Social.

O conceito da Responsabilidade Social está relacionado com a ética e a transparência na gestão


dos negócios, como dito anteriormente, e deve reflectir-se nas decisões quotidianas que podem
causar impactos na sociedade, no meio ambiente e no futuro dos próprios negócios (Morreira,
2002).

Possos (2012) afirma que a responsabilidade social da empresa está estritamente ligada ao tipo
de relacionamento que esta terá com seus interlocutores. A natureza da relação entre a empresa e
seus interlocutores vai depender muito das políticas, valores, cultura e, sobretudo, da visão
estratégica que prevalece no centro da organização e no atendimento a essas expectativas.

De um modo mais simples, pode-se dizer que a ética nos negócios ocorre quando as decisões de
interesse de determinada empresa também respeitam o direito, os valores e os interesses de todos
aqueles que, de uma forma ou de outra, são por elas afectados (Passador, 2002).

Ainda segundo Passador (2002), uma empresa pode oferecer o melhor produto ou serviço
imaginável para seus consumidores e clientes, mas não estará sendo ética em suas relações com a
sociedade se, por exemplo, no desenvolvimento de suas actividades não se preocupar com a
poluição que gera no meio ambiente.

A responsabilidade social empresarial tem como base que a actividade de negócios e a sociedade
estejam interligadas. Isso cria certas expectativas na sociedade em relação ao modo como a
organização se comporta e no modo como ela gerência seus negócios. Assim, a responsabilidade
social passa a ser uma estratégia importante das empresas que buscam um retorno institucional a
partir das suas práticas sociais. (Germano, 2003).

Responsabilidade social empresarial, portanto, diz respeito à maneira como as empresas realizam
seus negócios: os critérios que utilizam para a tomada de decisões, os valores que definem suas
prioridades e os relacionamentos com todos os públicos, com os quais interagem, não custa
repetir. Quando observamos a questão da Responsabilidade Social na óptica das empresas, é
preciso entender que as iniciativas que fazem a diferença são aquelas que realmente tenham
algum impacto e tragam, de fato, consequências positivas, visíveis a toda a sociedade ou
comunidade (Germano, 2003).

Ainda segundo Germano (2003), avaliar o grau de Responsabilidade dos indivíduos que
compõem uma organização é complexo, uma vez que estes exercem vários papéis e relações na
empresa e na família.
2.1.2. Responsabilidade Social Ambiental

Segundo Passos (2012), a responsabilidade ambiental procura reduzir as agressões ao meio


ambiente e promover a melhoria das condições ambientais, pois, as empresas, de um modo ou de
outro, dependem de insumos do meio ambiente para realizar suas actividades. É parte de sua
responsabilidade social evitar o desperdício de tais insumos (energia, matérias-primas em geral e
água).

Para as autoras Azevedo e Cruz (2006) a empresa que tem o olhar voltado à preservação do meio
ambiente e o bem-estar do indivíduo: “estará contribuindo e até inspirando outras entidades a
unir forças para uma melhor qualidade de vida e uma sociedade mais equilibrada e justa para
todos.” (Ibidem, p. 14).

E complementam que: Principalmente estará concebendo a ideia de que para a gestão dos
negócios é de vital importância que as organizações tenham um papel social para com a
comunidade, e de que tal conduta representará seu crescimento e até continuidade. (Azevedo &
Cruz, 2006, p. 14).

Em relação ao impacto ambiental causado pela presença de uma empresa em seu local de
actuação e a preocupação da mesma em relação a tais impactos, Azevedo e Cruz (2006)
comentam que: Até pouco tempo atrás não havia preocupação quanto às contribuições e
impactos acarretados pela presença de uma empresa em determinado local, pois se pensava que
ela só traria benefícios através da oferta de produtos e serviços e da geração de emprego e renda.
Mas a industrialização transformou a tal ponto a vida social ambiental, que gerou a necessidade
de uma avaliação criteriosa acerca dos custos e benefícios que acompanham uma empresa na
sociedade.

À crescente e assustadora degradação do meio ambiente, decorrente do desenvolvimento


económico desordenado do pós-guerra, levou a sociedade a se preocupar com um tipo de
desenvolvimento económico que levasse em consideração que os recursos naturais são limitados
(Azevedo & Cruz, 2006, p. 13).

Para FIA (2019), a responsabilidade ambiental pode ser considerada uma das maneiras mais
actuais e completas de ser socialmente responsável. Assim, uma empresa que cria um plano de
responsabilidade social ambiental tem acções bem claras e específicas para beneficiar a
sociedade e o meio ambiente. Portanto, os três tipos de responsabilidade social podem ser
aplicados em diferentes instituições empresariais.

2.1.3. Responsabilidade Social e as Organizações

Coelho (2014) afirma que a responsabilidade social tornou-se um factor de competitividade para
os negócios. Hoje, as empresas devem investir no permanente aperfeiçoamento de suas relações
com todos os públicos dos quais dependem e com os quais se relacionam: clientes, fornecedores,
empregados, parceiros e isso incluem também a comunidade na qual actua, o governo, sem
perder de vista a sociedade em geral, que se constrói a cada dia.

Fabricar produtos ou prestar serviços que não degradem o meio ambiente, promover a inclusão
social e participar do desenvolvimento da comunidade de que fazem parte, entre outras
iniciativas, são diferenciais cada vez mais importantes para as organizações empresariais na
conquista de novos consumidores ou clientes (Coelho, 2014).

Coelho (2014) afirma ainda que ao assumirem uma postura comprometida com responsabilidade
social, micro e pequenos empreendedores tornam-se agentes de uma profunda mudança cultural,
contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.

Segundo Chiavenato (2008), o conceito de responsabilidade social da organização está


condicionado pelo meio ambiente social, político, económico, os grupos e organizações
afectados e o tempo. Uma mesma actividade organizacional pode ser socialmente responsável
em dado momento dentro de um conjunto de circunstâncias culturais, sociais etc., e socialmente
irresponsável em outro momento, lugar e circunstâncias.

Para Sertek (2006), a organização tem por finalidade e princípio ser um elo entre as pessoas da
sociedade para estas adquiram bens materiais e culturais, porém a organização tem um
importante papel em promover a harmonia por meio dos princípios e valores éticos:

As organizações nascem com a finalidade de facilitar que uma parcela enorme de pessoas da
sociedade consiga adquirir os bens materiais e culturais que não teriam possibilidade de obter por
acção puramente pessoal. Como o ser humano é um ser social por natureza, e o seu
aperfeiçoamento passa pela convivência e pela prática pessoal e colectiva das virtudes da justiça
e da solidariedade, é necessário solidificar as organizações na sua função de promotoras da
coesão social, por meio dos princípios e dos valores éticos. Nada mais razoável que elas, como
pequenas células do tecido social, sejam a matriz ou o suporte de uma acção
promotora/integradora dos factores de desenvolvimento social eticamente responsáveis. (Sertek,
2006, p. 45).

Segundo Passos (2012), o instrumento utilizado para delimitar e definir a responsabilidade social
da organização é o balanço social. Este documento busca recapitular em um documento único os
principais dados que permitam apreciar a situação da organização no domínio social, registar as
realizações efetuadas e medir as mudanças ocorridas no curso do ano de referência e dos anos
anteriores. Assim, balanço social precisa comportar informações sobre o emprego, remuneração,
encargos sociais, condições de higiene e segurança, produtividade do pessoal, disfunções (como
rotatividade, o absenteísmo, os conflitos trabalhistas), relações trabalhistas etc.

2.2.Directriz para Adopção da Responsabilidade Social no Acto Humano

A responsabilidade social é um valor pessoal e institucional que se reflecte nas atitudes das
empresas, dos empresários e de todos os seus funcionários. Para muitas empresas exercer
responsabilidade social é simplesmente fazer doações e desempenhar acções de filantropia. Tais
empresas apenas praticam acções de responsabilidade social e, em muitos anos, de forma
esporádica e casual (Coelho, 2014).

Segundo o Instituto Ethos (2003), existem sete directrizes para a implantação da


Responsabilidade Social nas organizações:

 Adoptar valores e trabalhar com transparência;


 Valorizar empregados e colaboradores;
 Fazer sempre mais pelo meio ambiente;
 Envolver parceiros e fornecedores;
 Proteger clientes e consumidores;
 Promover sua comunidade;
 Comprometer-se com o bem comum.
2.2.1. Adoptar valores e trabalhar com transparência
Este compromisso serve de instrumento para a existência de um bom relacionamento da empresa
com os públicos com os quais se relaciona.

Segundo Instituto Ethos (2003), para uma empresa conseguir eleger e respeitar os valores e agir
com transparência, deve:

 Criar e divulgar uma declaração de missão;


 Identificar e declarar valores éticos com clareza;
 Criar um ambiente de trabalho no qual as questões possam ser discutidas;
 Identificar itens relevantes sobre os direitos humanos.
2.2.2. Valorizar Empregados e Colaboradores

Segundo Passos (2012), as empresas que valorizam seus funcionários valorizam, na verdade, a si
mesmas. A empresa socialmente responsável procura fazer mais, além de respeitar os direitos
trabalhistas. É importante manter um contacto directo com as pessoas que fazem parte da
empresa.

2.2.3. Fazer Sempre mais pelo Meio Ambiente

Gerenciar com responsabilidade ambiental é procurar reduzir as agressões ao meio ambiente e


promover a melhoria das condições ambientais. As empresas, de um modo ou de outro,
dependem de insumos do meio ambiente para realizar suas actividades. É parte de sua
responsabilidade social evitar o desperdício de tais insumos (energia, matérias-primas em geral e
água) (Passos, 2012).

2.2.4. Envolver Parceiros e Fornecedores

Para Chiavenato (2008), todo empreendimento socialmente responsável deve estabelecer um


diálogo com seus fornecedores, sendo transparente em suas acções, cumprindo os contratos
estabelecidos, contribuindo para o seu desenvolvimento e incentivando os fornecedores para que
também assumam compromissos de responsabilidade social.

2.2.5. Proteger Clientes e Consumidores

Segundo Passos (2012), uma organização socialmente responsável oferece qualidade não apenas
durante o processo de venda, mas em todo a sua rotina de trabalho. Faz parte de suas atribuições
promover acções que melhorem a credibilidade, a eficiência e a segurança dos produtos e
serviços. Para garantir a confiança de clientes e consumidores.

2.2.6. Promover sua Comunidade

A relação que uma empresa tem com sua comunidade de entorno é um dos principais exemplos
dos valores com os quais está comprometida. Respeito aos costumes e á cultura local,
contribuição em projectos educacionais, em ONG’s ou organizações comunitárias, destinação de
verbas a instituições socais e a divulgação de princípios que aproximam seu empreendimento das
pessoas ao redor são algumas das acções que demonstram o valor que sua empresa dá à
comunidade (Passos, 2012).

2.2.7. Comprometer-se com o Bem Comum

Para Passos (2012), o relacionamento ético com o poder público, assim como o cumprimento das
leis, faz parte da gestão de uma empresa socialmente responsável. Ser ético, nesse caso,
significa:

 Cumprir as obrigações de recolhimento de impostos e tributos;


 Alinhar os interesses da empresa com os da sociedade;
 Comprometer-se formalmente com o combate à corrupção;
 Contribuir para projectos e acções governamentais voltadas para o aperfeiçoamento de
políticas públicas na área sócia, etc.
2.3.Responsabilidade Social Interna e Externa

Em relação à responsabilidade social interna e externa, Germano (2003, p. 44) informa que: “há
vários tipos de éticas externas, e essa classificação dá pistas sobre a influência que cada um deles
terá sobre as éticas internas decorrentes”, ou seja, o autor traça um paralelo entre as ações de
responsabilidade social interna e externa e ressalta que ambas as ações valorizam a
responsabilidade social das organizações e vale ressaltar que consequentemente sua imagem
como, por exemplo: “auxílio a organizações não-governamentais e projetos de solidariedade,
patrocínio de eventos culturais e artísticos, programas de conservação do meio ambiente e dos
recursos naturais e assim por diante.” (Ibidem, p. 44).
Em se tratando da ética interna das empresas, o autor cita “A doutrina lucrativista de Friedman”,
que influencia directamente o comportamento dos funcionários incentivados a perseguir metas e
resultados:

A doutrina lucrativista de Friedemann traz impactos sobre a ética interna das empresas
justamente porque, quando assim compreendida pela alta direcção, tende a nortear o
comportamento dos demais funcionários – os quais tendem a seguir metas de vendas e
resultados hierarquicamente impostas, por exemplo, ainda que desconheçam o carácter ético
dessa conduta. Não raro, o lucrativíssimo tende a dar origem a uma ética interna pautada pela
competição (pois os departamentos e áreas tendem a reproduzir a ética do aumento cego e
incessante de lucros em seus próprios microcosmos) e, nos casos mais extremos, de
agressividade. (Germano, 2003, p. 47).

Segundo Passador (2002), as acções de gestão interna de responsabilidade social interna


compreendem os programas de contratação, selecção, treinamento e manutenção de pessoal
realizados pelas empresas em benefício de seus empregados, bem como os demais programas de
benefícios voltados para a participação nos resultados e atendimento aos dependentes.

A responsabilidade social externa tem como foco a comunidade mais próxima da empresa ou o
local onde ela está situada. Portanto o foco das acções da responsabilidade social interna é o
público interno da empresa, ou seja, seus empregados e dependentes. Algumas empresas
estendem a sua rede de acções internas de responsabilidade social aos funcionários de empresas
contratadas, terceirizadas, fornecedores e parcerias. (Passador, 2002).
3. Conclusão

De tudo que ficou exposto no presente trabalho, com base nos objectivos traçados, pode-se
concluir que a responsabilidade social é a capacidade que uma pessoa ou organização, tem em
respeitar as normas impostas a estas de modo que garantam um equilíbrio social.

A responsabilidade social é uma característica importante a se notar nos dias de hoje,


influenciando significativamente o agir humano, pois na maioria das vezes, principalmente no
ramo empresarial, isto é, nos dias de hoje, a consciencialização da responsabilidade tem sido um
factor importante para a relação saudável nos negócios, entre a empresa, a sociedade e os
clientes. Em relação aos tipos de responsabilidade social no agir humano, destacam-se três tipos,
nomeadamente: a responsabilidade social empresarial (está estritamente ligada ao tipo de
relacionamento que esta terá com seus interlocutores.

A natureza da relação entre a empresa e seus interlocutores vai depender muito das políticas,
valores, cultura e, sobretudo, da visão estratégica que prevalece no centro da organização e no
atendimento a essas expectativas); responsabilidade social corporativa (que diz respeito ao
conjunto amplo de acções que beneficiam a sociedade e as corporações que são tomadas pelas
empresas, levando em consideração a economia, educação, meio ambiente, saúde, transporte,
moradia, actividades locais e governo, criando programas sociais, trazendo benefício mútuo entre
a empresa e a comunidade, melhorando a qualidade de vida dos funcionários, etc.); e
responsabilidade social ambiental (que procura reduzir as agressões ao meio ambiente e
promover a melhoria das condições ambientais, pois, as empresas, de um modo ou de outro,
dependem de insumos do meio ambiente para realizar suas actividades. É parte de sua
responsabilidade social evitar o desperdício de tais insumos).
4. Referências Bibliográficas

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COELHO, D. (2014). Ética e responsabilidade Social. Pernambuco - Brasil: Centro de Ensino a


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de Junho de 2022, de https://fia.com.br/blog/responsabilidade-social/

GERMANO, A. (2003). O mau comportamento e a ma ética: Aspectos da filosofia da conduta


nas organizações. São Paulo: Fundação Getulio Vargas. Obtido em 26 de Junho de 2022,
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Paulo.

MORREIRA, J. M. (2002). A ética empresarial no Brasil. São Paulo: Pioneira Thomsom


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PASSADOR, C. S. (2002). A responsabilidade social no brasil. Lisboa, Portugal. Obtido em 26


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VASQUEZ, A. S. (2002). Ética. Rio de Janeiro: Forense.

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